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Mais uma Pernada
Por JOSÉ GURGEL
Ontem foi dia de mais uma Audiência Pública sobre a Participação Público Privada – PPP, que foi convenientemente transformada em uma Concessão pra facilitar a vida dos chegados, pois na realidade é um jogo de cartas marcadas, com aquela velha conversa de quem se posicionou contra essa criminosa armação, não quer o progresso, é contra o empresariado ou tem alguma conotação político partidária e outras baboseiras. Apesar dos inúmeros protestos durante a audiência, ela será empurrada goela abaixo da população apenas satisfazendo os famosos amigos do rei, onde alguns ganham e a população se ferra.
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Emissários do governo com aquela conversa fiada de sempre, apresentam-se para defender com unhas e dentes os projetos mirabolantes produzidos em gabinetes, de muitos que sequer conhecem a realidade do nosso Guará.
Esquecem totalmente dos votos de cidadãos do qual eles são representantes, uma Câmara com 24 representantes da população, apenas dois estavam presentes, pois assuntos que interessam a população não fazem parte dos interesses dessa galera.
O restante, na verdade deu uma banana para a população, pois assuntos onde o interesse maior da população está em jogo, evitam aparecer.
Deveriam agir em defesa do coletivo, não de grupos ou de interesses individuais como costumam fazer, na maior cara de pau.
Chega a dar nojo como agem em defesa de seus patrões, como se a cons- ciência e a opinião de cidadãos decentes estivessem à venda. A população ficou na certeza que mais uma vez vai sair perdendo, pois a Audiência Pública, mostrou o que podemos esperar de tudo isso, garanto que nada de bom sairá para a população.
O Guará sangra com essas ideias mirabolantes que querem impor a ferro e fogo, pois os amigos do rei estão cobrando o pedágio, que, como sempre, será pago com o patrimônio público, que é do povo. Nossa cidade carece cada vez mais de obras de infraestrutura, e o que se vê é um festival de mágicas mirabolantes, como exemplo cito o inútil calçadão da Feira do Guará, sem que nada venha solucionar ou minorar os problemas do Guará.
O T Nel
O Caixa Preta é um gozador nato, agora com a escolha do nome do túnel de Taguatinga, ele deita e rola.
O nome dado ao túnel foi do jogador de futebol Pelé, até aí tudo bem, mas afinidade do tal jogador com Taguatinga é praticamente zero, mas pra enfeitar a coisa, o Caixa resolveu bolar um conto onde Pelé é o personagem principal.
Segundo cabra, o menino Pelé morava na Ceilândia, foi nos campinhos de futebol da cidade onde se projetou para o futebol.
Lembra quando o Santos F.C o procurou para treinar nas equipes de base do time, foi com imensa tristeza que ele deixou os colegas de pelada e amigos, indo pra
Santos onde foi morar e jurou nunca mais pisar em Ceilândia terra que tanto amava, mas estava feliz em sair dali.
Pelé como jogador de futebol foi sem dúvida alguma um dos grandes da história do futebol, um marcante personagem desse esporte apaixonante em todo o mundo, merecidamente o futebolista do século isso ninguém tem dúvidas.

Mas fora dos gramados, uma lástima, depois de sua aposentadoria, inteligência nunca foi o seu forte, fora dos campos nunca perdeu uma oportunidade de falar alguma pérola, gostava muito de dinheiro no que não o critico e puxar saco sem necessidade dos poderosos, mas quando era pra falar sobre coisas sérias, sai da frente, era uma asneira atrás da outra.
Mas graças a sabedoria de alguns humoristas que assessoram o iluminado governador, que dotado de uma sapiência de ameba, resolveu encampar a ideia dos aspones de plantão, batizou o túnel com o pomposo nome de Rei Pelé.
Uma linda homenagem de um inútil pra outro, como se Taguatinga ou mesmo o DF não tivesse um nome sequer que merecesse tal homenagem.
Na minha humilde opinião, está na hora de mudar esse tipo de homenagem, procurando sempre homenagear quem tem alguma afinidade com a cidade ou o DF, pois senão daqui a algum tempo teremos uma homenagem as Cegas Virgens da Patagônia, que na visão dessa turma, viveram em terras vizinhas mas sempre estiveram de olho no DF.
Já tem um bando de gaiatos a procura de um apelido para o túnel, já ouvi um bocado, o pessoal é bem criativo, logo será tão conhecido como aquele do centro de Brasília, o famoso Buraco do Tatu.
Arre égua!!
O Monumento
O Caixa Preta todo risonho veio me contar, sobre calçadas que estão sendo feitas aos montes, inclusive uma que chamou a atenção dele, fizeram uma calçada numa rotatória.
Segundo o velho Caixa a calçada deve ter sentido, pois leva direto ao monumento ao poste desconhecido, diz ele que chorou emocionado com essa ideia fantástica de desperdício de dinheiro público.
Com o pomposo lançamento do programa: Minha Calçada, Minha Vida lançado recentemente, os problemas do Guará em relação a calçadas estão findos.
Ledo engano, pois os milhares de metros de calçadas que poderão vir a ser implantados por aqui apenas deixarão ex-
Tijoladas Do Caixa
posto cada vez mais o problema de mobilidade e acessibilidade aqui em nossa cidade.
Parece uma maquiagem sem planejamento algum, simplesmente fazer por fazer mas sem enfrentar os reais problemas que venham resolver definitivamente ou minorar as nossas deficiências urbanísticas, estão longe de acontecer, pois o que se vê é muito oba-oba que simplesmente resultarão em nada.
Rezo para estar errado, mas as chances são minímas, muitos planos sequer sairão do papel, tudo na base do me engana que eu gosto.
Basta ver este vergonhoso calçadão até hoje inacabado e a ciclovia que sai do nada para lugar algum.

Isso tudo sem apresentar soluções para os problemas já existentes que parecem esbarrar na inépcia em resolver velhos problemas ou ao menos tentar resolver.
As explicações não convencem, nem dão esperança de serem solucionados, enquanto isso o povo fica sofrendo com esses descalabros.
O que tem que ser feito é terminar o que ainda não foi terminado, talvez até pensando em outras alternativas para implantação futura.
Para isso não existe fórmula mágica, a única que conhecemos e esperamos que aconteça é que sejam feitas, não fiquem apenas no projeto ou no imaginário de alguns.
Te cuida, Guará!