lampejo - vol.6 n.2

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Daniel Lins. Uma cartografia minoritária, pp. 287-295

DANIEL LINS. UMA CARTOGRAFIA MINORITÁRIA Túlio Muniz1

Em 1999 aconteceu o primeiro Simpósio Internacional de Filosofia Nietzsche-Deleuze. “Intensidade e Paixão” atualizou o pensamento brasileiro no séc. XX, e antecipou o séc. XXI. À frente, Daniel Lins, Sylvio Gadelha e Alexandre Veras. Foi pura diferença, puro Acontecimento, e, como tal, “está portanto dos dois lados ao mesmo tempo, como aquilo que, na linguagem, distingue-se da proposição, e aquilo que, no mundo, distingue-se dos estados de coisas. Melhor: de um lado, ele é o duplo diferenciante das significações; de outro, das coisas” (Zourabichvili, 2004, pg.07). Atemporal, o Simpósio teve dez edições, até 2010, em Belém, “Natureza e Cultura”. O Acontecimento tornou-se nômade, des-dobra, ilha flutuante, local de bons encontros e alteridade. Tal qual a obra e vida de seu principal articulador e idealizador, Daniel Lins, que, mesmo antes do Simpósio, despontava como ‘artesão de Corpos Sem Órgãos’ (para emprestar o título de seu livro

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Professor de História na Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Jornalista profissional.

Revista Lampejo - vol. 6 nº 2

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