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Presidente são-tomense quer “fazer história” no relacionamento com Portugal
LLUSOFONIA
O Presidente de São Tomé e Príncipe destacou, em Lisboa, o significado da sua primeira visita de Estado se realizar a Portugal e prometeu “fazer história” no relacionamento bilateral, nomeadamente com novas áreas de cooperação.
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Estou em casa. Portugal é casa dos são-tomenses e São Tomé e Príncipe é casa para todos os portugueses que escolheram residir, visitar ou se deslocar a São Tomé, sejam todos bem-vindos”, afirmou Carlos Vila Nova, no final de um encontro com o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, no âmbito da visita de Estado que realizou a Portugal.
“O facto de ser a minha primeira visita oficial efetuada em Portugal reflete o nível do relacionamento que existe entre os nossos países e os nossos povos”, destacou.
Vila Nova assegurou estar empenhado em “tudo fazer para fortalecer” as relações bilaterais que, sublinhou,
“não se resumem a tudo quanto” os dois países já fazem. “Há modos de continuar a fazer história, por aquilo que passámos em revista e fizemos até agora, está nas mãos fazer história e vamos fazê-lo.
Temos em conjunto muitas coisas que ainda se perspetivam no nosso horizonte”, assinalou.
Nas declarações aos jornalistas,
Carlos Vila Nova assinalou que, mesmo em setores tradicionais de cooperação como a saúde, a defesa, a educação, há uma possibilidade de evolução, “tendo
“em conta o que poderão ser as vantagens que o setor económico pode trazer, virado para o setor empresarial e investimento direto estrangeiro” no seu país.
Da sua visita, Carlos Vila Nova disse levar a garantia de Lisboa e São Tomé trabalharem “juntos” para promoverem “o desenvolvimento económico dos dois países, sobretudo de São Tomé e Príncipe, nas áreas do turismo, agricultura, pescas, que serão novas áreas”.
Recorrendo a uma expressão de Marcelo Rebelo de Sousa, que se referiu a dificuldades de os são-tomenses obterem vistos para viajarem para Portugal como “um quisto”, o chefe de Estado são-tomense disse: “Temos quistos e MARCELO REBELO DE SOUSA DECLAROU O “APOIO TOTAL” DE PORTUGAL A SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE NA ASSUNÇÃO DA PRÓXIMA PRESIDÊNCIA DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA (CPLP) E SALIENTOU A COOPERAÇÃO ENTRE OS DOIS PAÍSES
eliminaremos esses quistos e teremos um caminho mais livre. Não temos uma relação estática, é evolutiva e assim será”.
Antes, o Presidente português destacou a “presença fortíssima e queridíssima da comunidade são-tomense” em Portugal e a “presença da comunidade portuguesa, também muito integrada e inserida em vários domínios, como voluntariado, atividade económica, cultura, saúde, educação” em São Tomé e Príncipe.
Marcelo Rebelo de Sousa declarou o “apoio total” de Portugal a São Tomé e Príncipe na assunção da próxima presidência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e salientou a cooperação entre os dois países, nomeadamente a aprovação recente do Programa Estratégico de Cooperação, até 2025, “o mais ambicioso”, no valor de 60 milhões de euros.
Identificou as várias áreas de cooperação, nomeadamente a nível da saúde, “tão importante no período da pandemia” e a possibilidade de criação de um centro de hemodiálise em São Tomé; no domínio económico e financeiro, com “mais interesse de grupos turísticos portugueses”; no setor da energia, referindo a presença da Galp na prospeção de petróleo, que deverá arrancar no próximo mês, e também na área da defesa e segurança, com a presença do navio patrulha Zaire numa “área muito sensível do Golfo da Guiné”.
Após a audiência no Palácio de Belém, Carlos Vila Nova teve um almoço com o primeiro-ministro, António Costa, e deslocou-se depois à Assembleia da República. Oauditório da UCCLA, em Lisboa, acolheu, a 7 de abril, a 5ª edição do Fórum Permanente – Debates da Lusofonia, que tem como tema “A língua portuguesa, a lusofonia e o bicentenário do Brasil”. A 5ª edição deste evento, on-line e presencial, com a moderação do coordenador do Fórum Permanente – Debates da Lusofonia, Mário Máximo, terá também um momento cultural com declamação de poemas por Manuel Coelho, autor e encenador do Teatro Nacional D. Maria II.
OBanco Nacional de Angola (BNA) anunciou que vai colocar em circulação uma moeda comemorativa de 200 kwanzas (0,39 euros), em 04 de abril, do 20.º aniversário da paz e reconciliação nacional no país. A moeda comemorativa, “cuja distribuição ao público será efetuada pelos bancos comerciais”, refere o BNA em comunicado, destaca a “ilustração de um abraço fraterno entre os angolanos, símbolo de reconciliação e união”. Unicolor de cor prateada e semi-serrilhada, no verso da oitava moeda da “família do kwanza” destacam-se o valor facial ao centro e a inscrição “Kwanzas”, a cestaria como símbolo da cultura nacional.

OITAVA MOEDA METÁLICA ANGOLANA EM CIRCULAÇÃO A PARTIR DE 04 DE ABRIL

