V Biennial Performative Arts Meeting – (re)union

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direção artística, produção e comunicação artistic direction, production and communication

Sezen Tonguz

produção executiva production

Kora Criativa

apoio técnico technical support

Fernando Queiroz

design gráfico graphic design

Marta Ramos

assessoria à comunicação communication consultancy

Daniela Carmo

agradecimentos acknowledgements

Adriana Grechi, Amaury Cacciacarro Filho, André Picardo, Andrew Nimmo, Carla Nobre Sousa, Carolina Gameiro, Carolina Martins, Cláudia Sobral, Cristóvão Cunha, David Cabecinha, Dora Carvalho, Eduardo Hall, Francisco Benedy, Jana Binder, Julia Klein, Lysandra Domingues, Mafalda Sustelo, Mariana Campo, Mário Oliveira, Rui Lopes Graça, Sinara Suzin, Teresa Althen

5ª edição 5th edition encontro bienal de artes performativas biennial performative arts meeting

17 abr apr – 04 mai may 2025

espaço alkantara estúdios victor cordon espaço da penha goethe-institut

Ten years ago, it began as just a reunion – a moment to reconnect, to understand what moved us and to create a space for artistic exchange. A festive moment, but not a festival.

Over the years, it has evolved beyond its origins, growing into a platform that has fostered new collaborations, opened dialogues and expanded its reach. Yet, at its core, (re)union has always remained what it set out to be: a place where artists come together, time and again, to ask what it means to move and to create in the world today.

This fifth edition is a milestone. It marks a decade since those first steps and is the first to receive public funding –an important step towards ensuring its future. It is also a moment to reflect: on what we have built, on the responsibilities of sustaining it and on the need for renewal. (re)union has always been a collective effort, shaped by those who participate in and contribute to it. Yet, at times, it can feel like a solitary endeavour. Now, more than ever, I invite new voices to step in, to take ownership and to imagine, together, what comes next.

The 2025 programme brings together artists whose works navigate questions of continuity and transformation, presence and absence, and the ever-changing nature of collectivity. Over three weeks, performances, workshops, conversations and practices will unfold across multiple venues, reaffirming the power of artistic gatherings.

(re)union embraces its essence once more, with the humility of knowing that no one carries a project like this alone and the trust that its strength lies in the community’s capacity to reinvent itself.

Welcome to (re)union 2025.

Sezen Tonguz

Há dez anos, começou por ser apenas um reencontro – um momento para nos reencontrarmos, para percebermos o que nos movia e para criarmos um espaço de intercâmbio artístico. Um momento festivo, mas não um festival.

Ao longo dos anos, evoluiu para além das suas origens, transformando-se numa plataforma que fomentou novas colaborações, abriu diálogos e expandiu o seu alcance. No entanto, no seu cerne, o (re)union manteve-se sempre aquilo que se propôs ser: um local onde os artistas se reúnem, uma e outra vez, para questionar o que significa mover-se e criar no mundo atual.

Esta quinta edição é um marco. Assinala uma década desde esses primeiros passos e é a primeira a receber financiamento público – um passo importante para garantir o seu futuro. É também um momento de reflexão: sobre o que construímos, sobre as responsabilidades de o sustentar e sobre a necessidade de renovação. O (re)union sempre foi um esforço coletivo, moldado por aqueles que nela participam e para ela contribuem. No entanto, por vezes, pode ser um esforço solitário. Agora, mais do que nunca, convido novas vozes a intervir, a assumir responsabilidade e a imaginar, em conjunto, o que virá a seguir.

O programa 2025 reúne artistas cujas obras abordam questões de continuidade e transformação, presença e ausência, e a natureza em constante mudança da coletividade. Ao longo de três semanas, espectáculos, workshops, conversas e práticas desenrolar-se-ão em vários locais, reafirmando o poder dos encontros artísticos.

(re)union abraça mais uma vez a sua essência, com a humildade de saber que ninguém carrega um projeto como este sozinho e a confiança de que a sua força reside na capacidade da comunidade para se reinventar.

Bem-vindos ao (re)union 2025.

Sezen Tonguz

helena dawin contradição cor(po) –corpo azul

Momento de Perguntas e Respostas, com moderação de Vitória Teles Grilo.

Vestígios de Azul foi o projeto selecionado para o programa SPRING! Acompanhamento de projectos em desenvolvimento na temporada de 2023-2024.

Partindo das associações convencionais ao corpo do/a bailarino/a – beleza, juventude, força e perfeição – a conversa questiona de que forma a ambiguidade e a não-normatividade podem ser integradas no movimento. A cor azul surge como fio condutor, atravessando dança, música, bioquímica, desenho e sonoplastia, numa exploração das tensões entre morte e cura, presença e invisibilidade. Como pode o corpo azul expandir os limites da expressão na dança contemporânea?

Nesta conversa-instalação, a artista Helena Dawin aborda os temas do seu projeto Vestígios de Azul.

contradição cor(po) –blue body

Q&A moderated by Vitória Teles Grilo.

Traces of Blue was developed with the support of Rede More as part of the SPRING! Guidance programme for works in progress 2023-2024.

Drawing on the conventional associations with the dancer’s body – beauty, youth, strength and perfection – the talk questions how ambiguity and non-normativity can be integrated into movement. The colour blue emerges as a guiding thread, weaving through dance, music, biochemistry, drawing and sound design, in an exploration of the tensions between death and healing, presence and invisibility. How can the blue body push the boundaries of expression in contemporary dance?

In this talk-installation, artist Helena Dawin explores the themes of her project Traces of Blue.

conversas com iniciativas de artistas

Uma série de duas conversas com quatro iniciativas lideradas por artistas de Espanha, Portugal e Turquia.

Com curadoria de Sezen Tonguz, estas conversas visam abrir um espaço de troca e reflexão através das visões e experiências dos artistas convidados sobre a natureza em constante mudança da coletividade.

talks with artist initiatives

A series of two talks with four artist-run initiatives from Portugal, Spain and Türkiye.

Curated by Sezen Tonguz, these talks aim to open a space for exchange and reflection through the perspective and experiences of invited artists in the ever-changing nature of collectivity.

19.04 18:30

espaço da penha

30.04 18:30

espaço alkantara

auéééu

joana manaças + sérgio coragem

dadans dila yumurtacı

moderação de moderated by ana bigotte vieira

a corner in the world

burcu yılmaz deniz

associación pad felix arjona

moderação de moderated by ana dinger

A companhia auéééu – Teatro foi fundada em 2014 e é constituída por um grupo de oito actores que se juntaram aquando da sua Licenciatura em Teatro, na Escola Superior de Teatro e Cinema. Esta companhia nasce da vontade de pensar a criação em coletivo, numa relação de poder horizontal, na qual se valoriza e se inclui a diferença, o caos e a diversidade individual nos seus processos de construção artística.

Founded in 2014, the auéééu – Teatro company comprises eight actors who got together while studying Theatre degrees at the Escola Superior de Teatro e Cinema. The company was born out of the desire to think about collective creation, adopting a horizontal power relationship in which difference, chaos and individual diversity are valued and form part of the art-creation processes.

Fundado em 2008 por Dila Yumurtacı, juntamente com os artistas Melek Nur Dudu e Merve Uzunosman, dadans é um coletivo interdisciplinar que funde dança, cinema, teatro e arte performativa para criar obras que desafiam as fronteiras. O nome “dadans” –inspirado no som rítmico “dadadadaa” e não no movimento Dada – reflete a sua abordagem lúdica e vanguardista. Rejeitando definições fixas, o grupo prospera na experimentação, misturando géneros para produzir arte ousada e não convencional. Com um espírito de colaboração, os dadans continuam a ultrapassar os limites artísticos, fazendo de cada projeto uma exploração única de movimento, narração de histórias e expressão visual.

Established in 2008 by Dila Yumurtacı alongside artists Melek Nur Dudu and Merve Uzunosman, dadans is an interdisciplinary collective that merges dance, cinema, theatre, and performance art to create boundary-defying works. The name “dadans” – inspired by the rhythmic sound “dadadadaa” rather than the Dada movement – reflects their playful yet avant-garde approach. Rejecting fixed definitions, the group thrives on experimentation, blending genres to produce bold, unconventional art. With a collaborative spirit, dadans continues to push artistic limits, making each project a unique exploration of movement, storytelling and visual expression. auéééu

a corner in the world

A Corner in the World começou como um festival internacional de artes performativas contemporâneas em Istambul, reunindo artistas da Turquia e das regiões circundantes. Após duas edições, o festival expandiu-se para uma organização com uma nova equipa, com o seu foco a mudar para alimentar novas vozes e forjar novas ligações com actores e instituições independentes em toda a cidade. Os sócios fundadores Burcu e Fatih têm vindo a liderar a organização desde 2020, construindo uma comunidade de profissionais criativos que opera em vários domínios das indústrias criativas.

associación pad

A Associação de Profissionais e Companhias para o Desenvolvimento da Dança em Andaluzia (PAD) é uma associação sem fins lucrativos que representa os profissionais da dança da Andaluzia perante as instituições públicas e privadas, com o intuito de promover e apoiar o setor, melhorar as condições laborais e formativas, e fomentar o seu desenvolvimento profissional. Atua como agente para a coesão e fortalecimento do setor da dança, visando aumentar o prestígio da profissão e promover maior reconhecimento na sociedade.

A Corner in the World started out as an international festival for contemporary performing arts in Istanbul, bringing together artists from Türkiye and its surrounding regions. After two editions, the festival expanded to an organisation with a new team, with its focus shifting to nurturing new voices and forging new connections with independent actors and institutions across the city. Founding partners Burcu and Fatih have been leading the organisation since 2020, building a community of creative professionals that operates across various fields within the creative industries.

The Association of Professionals and Companies for the Development of Dance in Andalusia (PAD) is a non-profit association that represents dance professionals in Andalusia before public and private institutions, with the aim of promoting and supporting the sector, improving working and training conditions, and fostering their professional development. It acts as an agent for the cohesion and strengthening of the dance sector, with the aim of increasing the prestige of the profession and promoting greater recognition in society.

mesa de cozinha facilitado por burcu yılmaz deniz

A Mesa da Cozinha, inspirada em The Long Table de Lois Weaver, oferece um espaço democrático para discussões abertas e performativas. Com a palavra como único prato, os participantes podem entrar, sair e regressar livremente, envolvendo-se num intercâmbio dinâmico de ideias. Não há anfitrião nem hierarquias – apenas um espaço partilhado para o diálogo, onde o silêncio é bem-vindo, o desconforto é reconhecido e o riso incentivado.

Sem a necessidade de chegar a conclusões, o foco está na exploração aberta, acolhendo diversas perspetivas e abordagens, enquanto se aprofunda a compreensão de questões urgentes no setor cultural.

Guiada pelos temas destacados no (re)union 2025, esta sessão convida os participantes a uma reflexão coletiva através de um jogo performativo.

kitchen table facilitated by burcu yılmaz deniz

The Kitchen Table, inspired by Lois Weaver’s The Long Table, offers a democratic space for open and performative discussions. With talk as the only course, participants are free to join, leave and come back as they wish, engaging in a dynamic exchange of ideas. There is no host or hierarchy, just a shared space for dialogue. A space in which silence is welcomed, awkwardness is recognised and laughter is encouraged.

With no conclusions drawn, the emphasis is on open-ended exploration encouraging different perspectives and approaches while we deepen our understanding of urgent issues in the cultural sector.

Guided by themes highlighted in (re)union 2025, this session invites participants to take part in a collective reflection through a performative game.

christina elias

ação e percepção: laboratório somático

Ao longo de dois dias de laboratório, este workshop convida participantes de todos os níveis a explorarem a perceção de si e do ambiente através de estímulos que vão além do visual: ver através da pele, ouvir com as mãos, orientar-se pelo som e tocar raios de sol.

No contexto de práticas de improvisação em tempo real, a proposta passa pela associação entre composição de texto e movimento de forma integrada. Partindo de princípios de técnicas somáticas da dança contemporânea, como Laban-Bartenieff Fundamentals e Body-Mind Centering, bem como do Butô, serão exploradas experiências que estimulam flexibilidade, força, concentração, criatividade e resposta ao ambiente.

action and perception: somatic laboratory

This two-day workshop invites participants of all levels to explore self-perception and environmental awareness through stimuli that extend beyond the visual: seeing through skin, hearing with hands, orienting oneself using sound and touching rays of sunlight.

In the context of real-time improvisation practices, this workshop focuses on the integration of text composition and movement. Drawing on principles of contemporary dance somatics techniques such as Laban-Bartenieff Fundamentals, Body-Mind Centering and Butoh, this workshop will explore a variety of experiences to foster flexibility, strength, concentration, creativity and responsiveness to the environment.

cansu

ergin oficina de dança contemporânea contemporary dance workshop

Este workshop está estruturado em torno do desenvolvimento do movimento e da consciência corporal com o objetivo de se mover da forma mais eficaz possível dentro do espaço. A ideia fundamental do workshop não é apenas cultivar o aspeto físico da dança, mas também estabelecer uma ligação profunda entre o corpo e a mente. Uma série de dinâmicas que envolvem expansão, relaxamento, contração, foco pélvico e ligações entre os centros do corpo constituem os elementos centrais do workshop.

O objetivo do workshop é construir gradualmente sequências de movimento e não só desenvolver competências técnicas, mas também aprofundar a qualidade do movimento com cada repetição. Parte do workshop será dedicada à improvisação de movimentos, permitindo aos participantes usar os seus instintos criativos e explorar áreas inexploradas do movimento.

This workshop is structured around the development of movement and body awareness with the aim of moving in the most effective way possible within the space. The fundamental idea of the workshop is not only to nurture the physical aspect of dance but also to establish a deep connection between the body and the mind. A series of dynamics involving expansion, relaxation, contraction, pelvic focus and connections between the body’s centres form the core elements of the workshop.

The workshop aims to gradually build movement sequences and not only develop technical skills, but also deepen the movement quality with each repetition. Part of the workshop will be dedicated to movement improvisation, enabling participants to use their creative instincts and to explore unexplored areas of movement.

mariana tengner barros

a frequência do limiar –oficina de improvisação

Dirigido a todas as pessoas a partir dos 18 anos, com ou sem deficiência, que tenham interesse nestas questões e que tenham vontade de explorar diversas formas de expressão através do corpo.

Este será um laboratório de experimentação criativa, que indaga as possibilidades da dança, do movimento e da performance como prática política de ativação do corpo. Serão investigados modos de atenção e estados de consciência que permitam a reconfiguração dos filtros que usamos para entender a “realidade”. Através da pesquisa de movimento com base na percepção e sensação, conexão corpo-mente e expansão dos sentidos, preparar-se-á outro corpo, articulado, que exprime a linguagem não linear e complexa oriunda da tópica emocional, sensorial e imaginativa, permitindo que a forma apareça através da sensação e da atenção. A prática de liberdade, sem as diversas “programações” a que estamos sujeitos enquanto seres humanos, ao desconstruir e reconstruir as múltiplas imagens que temos de nós próprios, e do mundo, enquanto dançamos. A noção de dança será constantemente posta em causa através da reconfiguração dos padrões de comportamento e identidade.

the frequency of the threshold – improvisation workshop

This workshop is aimed at anyone aged 18 or over, with or without a disability, who is interested in these issues and wishes to explore different forms of body expression.

This laboratory for creative experimentation will examine possibilities of dance, movement and performance as a political practice for activating the body. It will investigate modes of attention and states of consciousness which allow us to reconfigure the filters that we use to understand “reality”. Through movement research based on perception and sensation, body-mind connection and the expansion of the senses, the laboratory will prepare another articulated body that expresses the non-linear and complex language that comes from the emotional, sensory and imaginative domain, allowing form to appear through sensation and attention. The practice of freedom, without the various “programmes” to which we are subject as human beings, deconstructs and reconstructs the multiple images we have of ourselves and the world while we dance. This workshop will constantly challenge the notion of dance by reconfiguring patterns of behaviour and identity.

lucia nacht moving together: social choreography and collective creation 21-24.04 14:30-17:00

24.04 17:00 apresentação presentation

Durante a oficina, os participantes irão explorar a coreografia social, a dramaturgia social e o eu transindividual em relação às artes performativas como motor de transformação social. Referências teóricas e artísticas serão partilhadas para dialogar com os interesses dos participantes, estimulando o pensamento crítico, a consciência social e a ação coletiva. O objetivo é criar de forma colaborativa uma ação performativa como uma intervenção e percurso pelo espaço público. Os participantes irão investigar a história da área, suas conexões atuais e as questões sociais da comunidade, utilizando as artes performativas como ferramenta de mudança social. Será desenvolvido um mapeamento social e uma coreografia para envolver os espectadores e a comunidade local, incorporando propostas participativas que moldam o trabalho e diluem a autoria. Ao criar uma rede de conexões e emoções partilhadas, busca-se gerar um impacto tangível no tecido social, utilizando as artes performativas como meio de reimaginar e transformar a realidade.

In this workshop, participants will explore social choreography, social dramaturgy and the trans-individual self in relation to the performing arts as a driver of social transformation. Theoretical and artistic references will be used to engage with the participants' interests, stimulating critical thinking, social awareness and collective action. The aim is to collaboratively create a performative action as an intervention and journey through public space. Participants will investigate the area's history, its current connections, and the community's social issues, using performing arts as a tool for social change. A social mapping and choreography will be developed to engage spectators and the local community, incorporating participatory proposals that shape the work and dissolve authorship. By creating a network of shared connections and emotions, this workshop aims to have a tangible impact on the social fabric, using performing arts as a way of reimagining and transforming reality.

rita vilhena

+ yael

karavan

pela nossa pele

Pele nossa Pele foi o projeto selecionado para a Residência Temática Internacional Lisboa 2021, com o tema "Novas Presenças no Campo Artístico: corpo–imagem e corpo–paisagem", sob coordenação local de Vitória Teles Grilo e com o apoio da cedência de estúdios pelo Rumo do Fumo.

Neste workshop, Rita Vilhena e Yael Karavan irão orientar os participantes no desenho de uma ação performativa, centrada nos temas do clima e eco-feminismo, a ser apresentada no Goethe-Institut.

Pela nossa Pele é um projeto que visa refletir sobre o lugar onde vivemos e lembrar-nos de que somos parte da Natureza. Vilhena e Karavan irão guiar a comunidade local numa ação performativa com o objetivo de sensibilizar e motivar o pensamento criativo dos participantes sobre o tema do filme.

our skin

Pele nossa Pele was the project selected for the International Thematic Residency Lisbon 2021, under the theme "New Presences in the Artistic Field: body–image and body–landscape", with local coordination by Vitória Teles Grilo and studio support provided by Rumo do Fumo.

In this workshop, Rita Vilhena and Yael Karavan will guide participants as they design a performative action based on the themes of climate and eco-feminism. This action will be presented at the Goethe Institut.

The Our Skin project aims to reflect on the place where we live and to remind us that we are Nature. Vilhena and Karavan will lead the local community in a performative action that seeks to raise awareness and encourage participants' creative thinking around the subject of the film.

rita vilhena + yael karavan pela nossa pele

our skin

concepção, criação e direcção artística conception, creation and artistic direction

Yael Karavan, Rita Vilhena interpretação e co-criação interpretation and co-creation

Yael Karavan, Rita Vilhena, Joana Castro, Thamiris Carvalho, Jim Clark

realização, imagem e montagem direction, image and editing Francisca Manuel sonoplastia sound design

Diogo Melo

Pela nossa Pele é um vídeo dança + performance da comunidade criada durante um workshop de três dias. O projeto explora a transformação do corpo feminino à medida que se funde com a paisagem rural, fazendo com que as fronteiras entre os corpos das mulheres e a paisagem desapareçam.

Our Skin is a video dance + community performance created during a three-day workshop. It explores the transformation of the female body as it merges with rural landscape, blurring the boundaries between women's bodies and this landscape.

figurinos costumes

Carlota Lagido interpretação na performance interpretation in performance participantes da oficina no (re)union 2025 (re)union 2025 workshop participants registo fotográfico photos by Josefa Searle, Carlota Lagido produção executiva production

Rita Vilhena

gestão administrativa e financeira administrative and financial management

Vítor Alves BrotasAgência 25 produção production

Partícula Extravagante, Agência 25 apoio support

Câmara Municipal Castanheira de Pêra residências artísticas artistic residencies

Estúdios Victor Córdon, Rede More/Rumo do Fumo

agradecimentos acknowledgments

União de Freguesias de Castanheira de Pêra e Coentral, Prazilandia, Turismo e Ambiente E.M., O Lugar do Meio, Derbimoto, Sandra Bento, Zé Ventura, Luísa Homem, Mariana Silva projecto apoiado por project supported by República Portuguesa: Cultura/Direção Geral das Artes

andré soares no’an practicing beings

Nós somos. A PRESENÇA É A NOSSA DANÇA. Aqui reunimo-nos para experimentar e incorporar a Presença/Existência partilhada.

VoicingBeings e OracleDances estarão a apoiar as nossas ligações e pontes entre capacidades invisíveis e visíveis. Mergulharemos em danças telepáticas e no Silêncio, bem como em viagens guiadas para entrar em contacto e permitir Espaços Mágicos do Coração. Desenhando e movendo-nos tal como somos. Como é que desvendamos outras maravilhas íntimas e cruas de formas simples.

We are. PRESENCE IS OUR DANCE. We come together here to experience and to embody shared Presence/Existence.

VoicingBeings and OracleDances will be supporting our connections and our bridges between invisible and visible capacities. We will throw ourselves into telepathic dances and Silence, as well as into guided journeys to get in touch with and enable Magical Heart Spaces. Drawing and moving just as we are. How can we uncover other intimate, raw wonders in simple ways.

sara marasso solo lava

Este workshop partilha uma pesquisa coreográfica e sonora em torno de um material líquido e denso como a lava, matéria escolhida para incorporar a ideia de densidade e resistência. Através da exploração de uma qualidade de movimento lento e contínuo e do seu oposto, ligado à pulsação, trabalharemos, de forma lúdica, elementos de ritmo, aceleração e abrandamento num espaço de relação.

This workshop shares choreographic and sound research around a liquid, dense material such as lava, chosen to embody the idea of density and resistance. By exploring a slow, continuous kind of movement, as well as its opposite that is linked to pulsation, we will playfully work on elements of rhythm, acceleration and slowing down in a space of relationship.

espaço da penha

14:30 lucia nacht moving together: social choreography and collective creation

espaço da penha

14:30 lucia nacht moving together: social choreography and collective creation goethe-institut

18:00 rita vilhena + yael karavan pela nossa pele our skin

espaço da penha 11:00 andré soares no’an practicing beings 14:30 lucia nacht moving together: social choreography and collective creation goethe-institut

17.04

estúdios victor córdon 11:00 christina elias ação e percepção action and perception: somatic laboratory goethe-institut

18:00 helena dawin contradição cor(po) –corpo azul blue body

18:00 rita vilhena + yael karavan pela nossa pele our skin 24.04

espaço da penha 11:00 andré soares no’an practicing beings

14:30 lucia nacht moving together: social choreography and collective creation goethe-institut

18:00

espaço alkantara

18:30 burcu yılmaz deniz mesa de cozinha kitchen table

espaço alkantara 14:30 can bora rituais incorporados: do eu ao coletivo embodied rituals: from self to collective 18:30 conversas com iniciativas de artistas #2 talks with artist initiatives #2

19:30

rita vilhena + yael karavan pela nossa pele our skin

rita vilhena + yael karavan pela nossa pele our skin

espaço alkantara

19:00 mariana bártolo três curtas metragens three short films marta ramos quando estava à procura de uma coisa e encontrei outra when i was looking for one thing and found another

18.04

estúdios victor córdon

11:00 christina elias ação e percepção action and perception: somatic laboratory

02.05

espaço alkantara

19:00 can bora henna night reimagined: o poder dos rituais, a participação e o corpo somático the power of rituals, participation and the somatic body

21:00 bárbara cordeiro estado de graça

19.04

espaço da penha

11:00 cansu ergin oficina de dança contemporânea contemporary dance workshop

15:00 mariana tengner barros a frequência do limiar the frequency of the threshold

18:30 conversas com iniciativas de artistas #1 talks with artist initiatives #1

espaço da penha

11:00 sara marasso solo lava

espaço alkantara

15:00 f.e.r.a. espaço de leitura reading corner

16:00 julia salem o que o meu pé me conta?

19:00 christina elias blindfolded society

21:00 álvaro silva la escalera

20.04

espaço da penha

11:00 cansu ergin oficina de dança contemporânea contemporary dance workshop

espaço da penha 11:00 sara marasso solo lava

espaço alkantara

11:00 daniela andana 405

15:00

f.e.r.a. espaço de leitura reading corner

16:00 julia salem, marta ramos, simão costa entre o corpo e o papel – caminhos possíveis

can bora rituais incorporados: do eu ao coletivo

Neste workshop baseado no movimento, os participantes irão explorar o poder dos rituais como meio de conexão consigo próprios e com a experiência coletiva. O processo inicia-se de forma individual, levando cada participante a identificar uma necessidade pessoal enraizada na sua vivência e a criar um ritual que lhe responda através do movimento. A partir desta prática ritual incorporada, a atenção desloca-se para os corpos interligados. Recorre-se a técnicas somáticas e exercícios de expansão da perceção para investigar o que significa mover-se em comunidade, sintonizando ritmos partilhados e uma presença coletiva. Em conjunto, cria-se um ritual que reflete as energias interligadas e as formas de apoio mútuo através do movimento. Este workshop convida a redescobrir o corpo como espaço de transformação – tanto pessoal quanto coletiva – através do ritual e da conexão incorporada.

embodied rituals: from self to collective

In this movement-based workshop, participants will examine the power of rituals as a means of self-connection and collective experience. The process will begin individually, as each participant identifies a personal need rooted in their life experiences to then create a ritual that responds to this through movement. From this embodied ritual practice, the focus will shift to interconnected bodies. Using somatic techniques and perception-expanding exercises, participants will investigate what it means to move as a community, attuning themselves to shared rhythms and collective presence. Together, they will create a ritual that reflects their interwoven energies and the ways in which they support one another through movement. This workshop invites participants to rediscover the body as a site of transformation – both personal and communal – through ritual and embodied connection.

marta ramos quando estava à procura de uma coisa e encontrei outra

when i was looking for one thing and

found another

criação creation

Marta Ramos desenho expositivo exhibition design

Marta Ramos, Hugo Zuzarte montagem assembly

Hugo Zuzarte agradecimentos acknowledgements

Sezen Tonguz

Há ideias que não queremos abandonar, mas que ainda não lhes encontramos um lugar ou um conceito. Falar sobre elas é falar de um percurso, já que surgiram graças a uma cadeia de acontecimentos inesperados. Podemos mostrar algo assim? Podemos pela tentativa e pela experiência deixar que o trabalho se vá revelando? Podemos seguir uma intuição assente no desejo de transformar algo que ainda não sabemos bem o que é, em algo que possamos designar? Quando estava à procura de uma coisa que achava estar relacionada com um corpo que se poderia desenhar e apagar, encontrei outra, que é exterior a mim, com cores vibrantes e que pode assumir vários contornos. Será que o tal corpo impermanente se transformou em múltiplas formas assentes em ideias esbatidas? Talvez esta coisa que encontrei não esteja assim tão distante daquela outra que procurava. Esta talvez seja então mais uma tentativa de tecer fios entre dois momentos, percebendo de onde é que as coisas vêm, sem ter que saber já para onde vão.

There are ideas that we don’t want to abandon, yet we haven’t found a place or a concept for them. Speaking about them means speaking of a process, as they emerged from an unexpected chain of events. Can we show something like this? Can we, through trial and experience, allow the work to reveal itself? Can we follow an intuition based on the desire to transform something we don’t quite yet understand into something that we can name? When searching for something that I believed was related to a body that could be drawn and erased, I found something else – something external to me, something with vibrant colours capable of taking on multiple forms. Could that impermanent body have transformed into multiple shapes grounded on faded ideas? Perhaps this thing that I found is not so far from the one I was searching for. Maybe this is yet another attempt to weave threads between two moments, understanding where things come from without having to know, just yet, where they are going.

mariana bártolo três curtas metragens

three short films

1 Portugal/França France, 17 min., 2023 guião/realização script/direction

Mariana Bártolo, Guillermo García López M/16

2 Alemanha Germany/Portugal, 22 min., 2021 guião/realização/montagem/produção script/direction/montage/executive production

Mariana Bártolo M/10

3 Alemanha Germany/Portugal, 11 min., 2021 realização/montagem/produção direction/montage/production

Mariana Bártolo M/6

As gaivotas cortam o céu Densa atmosfera de mudanças e greves sindicais no porto de pesca do Porto. Clara, proprietária de um bar de pescadores ameaçado pelo encerramento, encontra nos braços de Raquel, empregada em navios de cruzeiro, o único abrigo para expressar os seus medos e contradições.1

Mansa Portugal, ano 2000. Maria João, 11 anos, vive num subúrbio conservador no norte de Portugal, exposta à forte doutrina da sua educação. Em plena pré-adolescência, testemunha mudanças na sua percepção da realidade, e na relação com a família e com a sua melhor amiga Ana. O emergir da sensualidade e do desejo despertam-na para novas sensações corporais e afectivas.2

Barbas de baleia evoca mitos e histórias de uma pequena aldeia na costa do Atlântico. Através de contos de família, um tema surge repetidamente: o misterioso dom de encontrar água em terra árida. Filmada em película, esta curta-metragem segue uma tradição antiga e quase perdida.3

Seagulls cut through the sky Dense Atmosphere of change and union strikes in Porto’s harbour. Clara, owner of a fishermen’s bar threatened by closure, finds in the arms of Raquel, waitress on cruise ships, the only shelter to express her fears and contradictions.1

Meek Portugal in the year 2000. Eleven-year-old Maria João lives in a suburb in the north of the country and is exposed to the influences of her conservative upbringing. Her relationship with her family and her best friend Ana are changing. A newly discovered sensuality and desire lead her to new body sensations and interests.2 Whale beards speaks about myths and memories from a small village on the Atlantic coast. In old family tales a theme appears again and again: the mysterious gift of finding water on dry land. Shot on analogue film, this short traces an old and almost lost tradition.3

#strictlyworkinprogress

Uma secção do (re)union dedicada à apresentação de obras artísticas em processo. Esta plataforma oferece aos artistas a oportunidade de partilhar trabalhos inacabados, mas com uma intenção artística clara, num contexto de experimentação. O objetivo é testar ideias com o público e criar espaço para o diálogo e o feedback construtivo.

Em 2024, cinco projetos foram selecionados através de uma convocatória aberta, tendo cada artista desenvolvido a sua investigação durante residências artísticas de uma semana em Lisboa e Almada. Agora, partilham o estado atual dos seus trabalhos – alguns finalizados, outros ainda em processo – em diversos formatos.

A section of (re)union dedicated to showcasing artistic works in progress. This platform offers artists the opportunity to share unfinished pieces with a clear artistic intention in a context of experimentation. The goal is to test ideas with the audience and create space for dialogue and constructive feedback.

Five projects were selected in 2024 through an open call, with each artist developing their research during one-week artistic residencies in Lisbon and Almada. Now, they will share the current state of their works – some finished, others still in progress – in a variety of formats.

can bora

henna night reimagined: o poder dos rituais, a participação e o corpo somático

Vivemos numa época de solidão extrema, ansiedade e incerteza. Os nossos corpos sentem-se cada vez mais isolados, paralisados e passivos perante a fragmentação da vida moderna. Um dos maiores desafios que enfrentamos hoje é o isolamento – tanto social como emocional. No entanto, os rituais sempre existiram para contrariar isso, criando espaços de encontro, partilha e apoio mútuo. Henna Night, uma tradição profundamente enraizada na Anatólia, é um desses rituais, sempre centrado na comunidade, no acolhimento e na proximidade. Nesta palestra performativa, Can Bora abre o universo da sua mais recente criação, Henna Night Reimagined, que explora o que acontece quando os rituais são queerizados – despojados das suas expectativas heteronormativas e abertos a novas formas de estarmos juntos. No seu cerne, Henna Night Reimagined é um convite a repensar a conexão – entrar num ritual não como um mero espectador, mas como uma presença ativa e pulsante. É um ato de resistência contra o isolamento e um despertar do poder do corpo para criar, transformar e pertencer.

henna night reimagined: the power of rituals, participation and the somatic body

concept and text conceito e texto

Can Bora apoio support

CC AMSTEL, Rede More, AFK, Amarte Fonds, Voordekunst, Het Cultuurfond

We live in a time of extreme loneliness, anxiety and uncertainty. Our bodies feel increasingly isolated, frozen and passive in response to the fragmentation of modern life. One of the greatest challenges we face today is isolation – both social and emotional. Yet rituals have long existed to counteract this, offering spaces for gathering, sharing and mutual support. Henna Night, a deeply rooted Anatolian tradition, is one such ritual that has always been about community, about holding and being held. In this performative lecture, Can Bora opens up the universe of his latest creation Henna Night Reimagined that explores what happens when rituals are queered –stripped of heteronormative expectations and opened up to new ways of being together. At its core, Henna Night Reimagined is a call to reimagine connection – to step into a ritual as an active, breathing presence rather than a passive onlooker. It is an act of resistance against isolation and a reawakening of the body’s power to create, transform and belong.

bárbara cordeiro estado de graça

criação e performance creation and performance

Bárbara Cordeiro colaboração artística artistic collaboration Walesca Timmen apoio dramatúrgico dramaturgical support

Andrei Bessa apoio support

Rede More, Forum Dança, Laboratório & Festival Internacional de Artes Performativas Linha de fuga, Estúdios

Victor Córdon agradecimentos acknowledgements

Sezen Tonguz, Francisco Thiago Cavalcanti, Gustavo Ciríaco, Catarina Saraiva

Esta investigação é uma tentativa de contextualizar as diferentes pessoas que nos habitam, não só pelo que carregam, mas pelas narrativas que ficcionamos quando apenas podemos observar um frame. Imaginando que os filmes se agarram com as mãos e os podemos deixar cair no chão, e de forma aleatória escolher para nós apenas os que caem virados para cima e de muitos quadros criar uma nova história. estado de graça é sobre encontrar coexistências. É uma possibilidade de trazer a rua para casa, a rua para dentro, o outro em nós. Uma investigação quase-documental que brinca com a realidade e a ficção. A expressão estado de graça é usada para designar um estado, geralmente temporário, em que se recebe a benevolência de alguém, e onde a pessoa se consegue livrar de tormentos recorrentes como ganância, ódio ou inveja. estado de graça, aqui, é uma acumulação de frames que não pertencem a este momento.

This investigation attempts to contextualise the different people that inhabit us, not only through what they carry, but by the narratives that we fictionalise when we are only able to observe a single frame. Let’s imagine that we are holding film in our hands and that we can let them fall to the ground, randomly choosing only the ones that fall face up, to create a new story using many frames. This piece is about finding coexistences. It is a chance to bring the street into the home, the street that is inside, the other that lies within us. It is an almost-documentary investigation that plays with reality and fiction. The expression Estado de Graça is used to describe a usually temporary state in which one receives someone’s kindness and is freed from recurring torments such as greed, hatred or envy. In this context, Estado de Graça is an accumulation of frames that do not belong to this moment.

christina elias blindfolded society

conceito, texto, performance, figurino concept, text, performance, costumes

Christina Elias coreografia/movimento choreography/movement

Christina Elias, Sofia Neuparth edição de som sound editing

Ricardo Dias Gomes

"Blindfolded Society" é uma performance livremente inspirada no "Ensaio sobre a Cegueira" de José Saramago que, através das linguagens da dança e do texto falado, partilha uma visão crítica sobre a sociedade contemporânea e a cegueira social e moral que a caracteriza. Christina Elias, vendada, criará em direto uma narrativa composta de movimento e texto em línguas diversas respondendo a fragmentos do romance de Saramago que serão projetados no espaço como paisagem sonora.

"Blindfolded Society" is a performance loosely inspired by José Saramago's "Blindness". Through the languages of dance and spoken word, this work shares a critical view of contemporary society along with the social and moral blindness that characterises it. A blindfolded Christina Elias, creates a live narrative that is made up of movement and text in various languages, responding to fragments from Saramago's novel that are projected into the space as a soundscape.

álvaro

idea e direção idea and direction

Álvaro Silva acompanhamento criativo – direção creative support – direction

Annika Sonja Havlicek – Valentina Azzati

La Escalera transforma a limpeza num ato artístico e de resistência. Álvaro Silva, criador e intérprete da obra, parte da sua experiência como “rapaz das limpezas” para refletir sobre a forma como os artistas em dificuldades são forçados a aceitar outros trabalhos para sobreviver. Inspirada na história da família de Silva, esta peça homenageia aqueles que realizam este trabalho essencial.

Aqui, a esfregona torna-se um símbolo, uma ferramenta de serviço e de expressão. Entretanto, a limpeza é redefinida, através de gestos repetitivos, como um compromisso com a criação e a comunidade. Mais do que um ato individual, é um serviço coletivo que estabelece uma ligação profunda.

La Escalera defende a dignidade da profissão, mostrando como o quotidiano se pode tornar arte. O invisível torna-se visível, oferecendo uma reflexão sobre a solidariedade e o reconhecimento de um trabalho coletivo, sempre presente mas raramente celebrado.

La Escalera transforms cleaning into an artistic and resistant act. Álvaro Silva, the work’s creator and performer, draws from his experience as a "cleaning boy" to reflect how struggling artists are forced to take on other jobs to survive. Inspired by Silva’s family history, this piece honours those who perform this essential work.

Here, the mop becomes a symbol, a tool of service and expression. Meanwhile, cleaning is redefined, through repetitive gestures, as a commitment to creation and community. More than being an individual act, it is a collective service, establishing a deep connection.

La Escalera upholds the dignity of the profession, showing how the everyday can become art. The invisible is made visible, offering a reflection on solidarity and the recognition of a communal labour that is ever-present yet rarely celebrated.

criação e conceito creation and concept

Daniela Andana

co-criação e interpretação

co-creation and interpretation

Daniela Andana

Sofia do Mar

espaço cénico, desenho de luz e figurinos

scenic space, light design and figures

Daniela Andana

A ideia da peça é alertar para o consumo excessivo, aliás chamar a atenção para o não consumo do plástico. Este plástico que tem uma duração breve nas nossas mãos mas que dura 405 anos no planeta. Mas na verdade ninguém sabe se são 200, 405, 450, 500 ou 600 anos, ainda não passou esse tempo para se saber! Vamos considerar 405 anos. A ideia de 405 anos é abismal! Se pensarmos que a esperança média de vida é de 85 anos então em 405 anos cabem praticamente 4 vidas desde a nascença até à morte. São aproximadamente 6 gerações que vão sofrer as consequências da garrafa de plástico que hoje não foi reciclada ou reutilizada.

405 convida públicos mais jovens e adultos a uma reflexão crítica sobre a crise ecológica e ambiental, com foco na poluição dos oceanos e na urgência de repensarmos as nossas escolhas.

This piece seeks to raise awareness about the impact of our excessive consumption of plastic – a material that remains in our hands for mere moments yet lingers on the planet for centuries. While estimates suggest that it takes 405 years to decompose, the truth is uncertain: it could be 200, 450 or even 600 years, as not enough time has passed to know for sure. Let’s think about the number 405 in years: it is staggering. If we consider that the average lifespan is 85 years, then it is almost four entire lifetimes or about six generations that will bear the consequences of a plastic bottle that was not recycled or reused today.

This work invites both younger audiences and adults to critically reflect on the ecological and environmental crisis, with a focus on ocean pollution and the urgent need to rethink our choices.

A F.E.R.A. (Feira de Edições Realizadas por Artistas) reúne publicações associadas às artes performativas apresentando o trabalho de artistas que fazem do registo e/ou da tradução gráfica das suas práticas e vivências artísticas um meio de produção e partilha de pensamento. A diversidade de formatos de publicação reflete a importância desses processos na trajetória de artistas e coletivos, consolidando a sua presença na história da comunidade artística.

Nesta edição no âmbito do (re)union, para além da criação de um espaço de leitura com algumas publicações do acervo F.E.R.A., a autora e performer Julia Salem introduz a sua publicação-audiobook Re-inscrever-se Pelo Chão e ativa uma performance de percurso "O que o meu pé me conta?", com práticas que integram a publicação.

Para além disso, terá lugar uma conversa, Entre o Corpo e o Papel – caminhos possíveis, com Julia Salem, Simão Costa (autor em parceria com Marta Cerqueira da publicação “#7Untitled · Dança de Materiais Inertes”) e Marta Ramos (designer de ambas as publicações). O encontro propõe refletir sobre os processos criativos dos autores e a relação das artes performativas e as respectivas edições.

F.E.R.A. brings together publications related to the performing arts, showcasing the work of artists who use the documentation and/or graphic translation of their artistic practices and experiences as a means of producing and sharing thought. The diversity of publication formats reflects the importance of these processes in the trajectory of artists and collectives, consolidating their presence in the history of the artistic community.

In this edition in scope of (re)union, alongside the creation of a reading space featuring selected publications from the F.E.R.A. collection, author and performer Julia Salem presents her audiobook-publication Re-inscrever-se Pelo Chão (Re-inscribing Oneself Through the Ground) and activates a performance walk, "O que o meu pé me conta?" (What My Foot Tells Me), based on practices from the publication.

In addition, a conversation entitled Between the Body and the Page – Possible Paths will take place, featuring Julia Salem, Simão Costa (co-author with Marta Cerqueira of the publication #7Untitled · Dance of Inert Materials), and Marta Ramos (designer of both publications). The gathering aims to reflect on the artists’ creative processes and the relationship between performing arts and their respective forms of publishing.

03 + 04.05 15:00-18:30 espaço de leitura reading corner

03.05 16:00 julia salem o que o meu pé me conta? performance de ativação activation performance

É uma performance de percurso em que a autora ativa algumas das práticas perceptivas e criativas disponíveis na publicação. Nomeadas práticas errantes, pretendem descondicionar e nossa percepção e recriar as relações de encontro entre corpo e espaço.

A performance walk in which the artist activates some of the perceptive and creative practices featured in the publication. Named "errant practices", these aim to decondition our perception and recreate the relationships between body and space.

04.05 16:00 julia salem, marta ramos, simão costa entre o corpo e o papel – caminhos possíveis conversa talk

curadoria e coordenação curation and coordination Ana Trincão, Julia Salem produção production Apneia Colectiva artistas participantes participating artists Julia Salem, Simão Costa, Marta Ramos artistas representades represented artists Artes e Engenhos (Alexandre Pieroni Calado, João Ferro Martins e José Miranda Justo), Ana Borralho & João Galante, And_Lab, Andresa Soares com Filipe Pinto, O Rumo do Fumo (André Guedes e Miguel Loureiro, Vera Mantero e Ana Pais e André Lepecki), Apneia Colectiva (Colectivo e Julia Salem), Zaratan/ Bruno Humberto, Cem Palcos, Dally Schwarz & Marcus Aganju, Dani D' Emilia, Joclécio Azevedo e Circular, João Fiadeiro, Patrícia Almeida, Cláudia Dias e António Pedro Lopes, Interferências Colectivo de Artistas, Lígia Soares, Linha

de Fuga, Má-Criação, Madalena Vitorino e Inês Barahona, Mãosimmão (Simão Costa e Marta Cerqueira), Mariana Tengner Barros e Raquel Castro, Miguel Oliva Teles e Daniel Pizamiglio, Nuisis Zobop (Hugo Calhim Cristóvão & Joana Von Mayer Trindade), Paula Caspão et al, Parasita (Ritó Natálio e Coreia), Penhasco Arte Cooperativa, School for Nothing (Sara Vaz e Marco Balesteros), Sara Anjo, Sofia Dias & Vítor Roriz e Catarina Dias, Sónia Baptista, Susana Guardado, Raquel André, Real Pelágio, Rede Mo.Re, Rita Vilhena, Yael Karavan e Josefa Searle, Rogério Nuno Costa, Teatro Praga (André Teodósio, Diana Niepce, Ana Rita Teodoro & Joana Levi, José Maria Vieira Mendes, Pedro Penim, Aurora, Diogo Bento, João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira, Cyriaque Villemaux, Suely Rolnik, entre outros), Teresa Silva e Vânia Rovisco

Re-inscrever-se pelo chão publicação + performance ativação concepção, criação, textos e voz conception, creation, texts and voice

Julia Salem design e co-criação design and co-creation

Marta Ramos imagens images

Pedro Fragoso, Julia Salem áudio audio

João Ferro Martins colaboração collaboration

Ruben Neves, Casimiro Santos, César Lopes, Francisco Pinheiro, Sr. Garcias, Maria e Cesário Fialho agradecimentos acknowledgements

Rafael Alves, Céu Geraldes Alves, Téo Machado, Paula Delecave, Andresa Soares

originalmente desenvolvido no âmbito do originally developed within the scope of PISAMOS – projeto de pesquisa e criação da APNEIA COLECTIVA apoio support

Direção-Geral das Artes

#7Untitled • Dança de Materiais Inertes concepção conception

Marta Cerqueira e and Simão Costa com with Marta Ramos (design) coordenação editorial editorial coordination

Sezen Tonguz fotografias photographs

Alípio Padilha, Jade Mandillo, João Quirino, Marta Cerqueira textos texts

Marta Cerqueira, Simão Costa revisão review

Manuel Furtado apoio support

Direção-Geral das Artes

julia salem re-inscrever-se pelo chão

É uma criação que mergulha em estudos de casos de errância, encontros com comunidades, diálogos com especialistas e processos de experimentação em caminhada em diferentes territórios de Portugal, no campo e na cidade (Beira, Alentejo e Lisboa). A partir das experiências no processo de investigação sobre rotas de imigração, de trabalho e práticas de caminhada por investigadores, caminhantes e artistas, encontra rotas riscadas, arriscadas, renegadas. "O que o meu pé me conta?", orienta a tecitura de uma malha de rotas r(ô) tas, reescrevendo o chão que pisa, através de práticas errantes, desenhos, escritas e sons. Esta pesquisa resultou num objeto híbrido, uma publicação-audiobook, uma instalação interativa e uma performance de ativação com práticas errantes, desenvolvidas ao longo do processo, tanto como metodologia de investigação como na criação do objeto.

A creation that dives into case studies of wandering, encounters with communities, dialogues with specialists, and walking-based experimentation across various territories of Portugal, both rural and urban (Beira, Alentejo, and Lisbon). Based on experiences gathered during research into routes of immigration, labour, and walking practices by researchers, walkers, and artists, the work uncovers traced, risky, and renegade paths. "O que o meu pé me conta?", guides the weaving of a network of r(ô)tten routes, rewriting the ground it walks on through wandering practices, drawings, writings, and sounds. This research culminated in a hybrid object: a publication-audiobook, an interactive installation, and an activation performance involving errant practices developed throughout the process, both as a research methodology and as part of the creation of the object.

marta cerqueira + simão costa #7untitled · dança de materiais inertes

A 7ª obra da série Dança de Materiais Inertes abre esta coleção a um novo formato de apresentação. Em parceria com a editora “Stolen Books” e a designer Marta Ramos, a bailarina e o pianista que são coreógrafa e compositor criam um livro, a partir do universo visual das suas instalações e espetáculos [20162023] e da paisagem envolvente dos locais de residência artística. Quanto corpo e quanto som cabem dentro do universo bidimensional das páginas de papel?

The seventh work in the Dance of Inert Materials series opens this collection to a new presentation format. In partnership with the publisher ‘Stolen Books’ and the designer Marta Ramos, the dancer and the pianist who are also choreographer and composer create a book, based on the visual universe of their installations and shows [2016-2023] and the surrounding landscape of their artistic residencies. How much body and sound can fit inside the two-dimensional universe of paper pages?

→ A programação no Espaço Alkantara e Goethe-Institut Portugal é de entrada livre Donativos com base na sugestão de uma contribuição financeira consciente e variável, consoante a programação escolhida, são bem-vindos!

→ A inscrição nos workshops tem uma taxa de participação com um donativo livre sugerido mínimo de 5€ por sessão.

→ Os donativos possibilitarão a continuidade das atividades da associação Rede More.

→ Os bilhetes de entrada livre para performances estarão disponíveis 1 hora antes da sua apresentação.

→ Todas as oficinas estão sujeitas a inscrição. As inscrições às oficinas são feitas através do preenchimento e envio de formulários online até 48 horas antes do início da oficina.

→ O programa inclui atividades em inglês (EN), português (PT) e castelhano (ES). As línguas utilizadas em cada atividade estão indicadas junto ao ícone de balão de fala. Nas conversas, poderá ser disponibilizada tradução, caso necessário. Esta tradução será feita de forma improvisada e colaborativa, garantindo a compreensão entre todas as pessoas participantes.

Programação sujeita a alterações. Para informações actualizadas siga os nossos canais nas redes sociais. @redemorept

→ Events at Espaço Alkantara and Goethe-Institut Portugal are free of charge. Of course, we welcome conscious financial donations for events that you attend!

→ Registration is required for all workshops. Workshops have a participation fee, with a minimum suggested voluntary donation of €5 per session.

→ Your donations will make it possible for the Rede More association to continue the activities.

→ Tickets for performances are available at venues one hour before the start.

→ Workshop registrations will only be accepted using an online form and must be submitted at least 48 hours before a workshop starts.

→ The program includes activities in English (EN), Portuguese (PT) and Spanish (ES). The languages used in each activity are indicated next to the speech bubble icon. For the talks, simultaneous translation will be available if needed. Please note that this translation will be provided in an improvised and collaborative manner, ensuring understanding among all participants.

This programme is subject to changes. For up-to-date information, follow our social media channels @redemorept

Espaços Venues

Espaço Alkantara

Calçada Marquês de Abrantes, 99, Lisboa

Metro: Cais do Sodré

Autocarros Buses: 706, 714, 713, 727

Eléctrico Tram: 25

Comboio Train: Estação de Santos

Espaço da Penha

Travessa do Calado, 26B, Lisboa

Metro: Arroios ou or Alameda

Autocarros Buses:706, 718, 730, 735, 742,797

Estúdios Victor Córdon

Rua Victor Córdon, 20 Lisboa

Metro: Baixa-Chiado/Cais do Sodré

Autocarros Buses: 714, 728, 732, 735, 736, 760, 774, 781, 782

Eléctrico Tram: 28E, 25E

Comboio Train: Cais do Sodré

Goethe-Institut Portugal

Campo dos Mártires da Pátria, 37 Lisboa

Metro: Avenida

Autocarros Buses:17B, 723, 730, 760, 767

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