Resumo revista "renováveis magazine" 25

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FICHA TÉCNICA renovåveis magazine 26 2.º trimestre de 2016 Diretor Clåudio Monteiro cdm@fe.up.pt TE987

renovĂĄveis magazine

Corpo Editorial Diretor Comercial: Júlio Almeida T. +351 225 899 626 j.almeida@renovaveismagazine.pt Chefe de Redação: Helena Paulino T. +351 220 933 964 h.paulino@renovaveismagazine.pt Assessoria Ricardo Silva r.silva@renovaveismagazine.pt Design Daniel Dias

revista tĂŠcnico-profissional de energias renovĂĄveis

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editorial a Biomassa, a mais sustentĂĄvel das renovĂĄveis

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espaço opinião biomassa, um recurso vital

Webdesign Ana Pereira a.pereira@cie-comunicacao.pt Assinaturas T. +351 220 104 872 assinaturas@engebook.com www.engebook.com Conselho Redatorial Alexandre Fernandes (ISEG) à lvaro Rodrigues (FEUP/INEGI) Ana Estanqueiro (LNEG) António Joyce (LNEG) António Så da Costa (APREN) António Lobo Gonçalves (EDP RENOVà VEIS) João Abel Peças Lopes (FEUP/Inesc) João Bernardo (DGEG) Joaquim Borges Gouveia (UA) JosÊ Carlos Quadrado (ISEL) Nuno Moreira (UTAD) Maria Teresa Ponce Leão (FEUP/LNEG) Rui Castro (IST) Colaboração Clåudio Monteiro, Frederico Pisco, Carlos Silva, Paula Prata, Isabel Cancela de Abreu, Teresa Ponce de Leão, Francisco Gírio, Sónia Figo, Teresa Almeida, João Manuel F. Ferreira, Amadeu Borges, Luís Gil, Ricardo AndrÊ Guedes, Felipe de Freitas, Humberto Dionísio, Thereza Neumann Santos de Freitas, JosÊ Almeida, Manuel Collares Pereira, António Joyce, Pedro Cunha Reis, Carlos Alberto Costa, 1<0 *SXSKVE½E -QEKIQ 'qWEV 8EZEVIW ,IPHIV 0IQSW António SÊrgio Silva, Ricardo Så e Silva, Júlio Almeida e Helena Paulino

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espaço apesf produção de energia solar fotovoltaica e armazenamento, o “casamentoâ€? perfeito! espaço cogen q MQTSVXERXI JSVQEV TEVE E )½GMsRGME EnergĂŠtica

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renovåveis na lusofonia informação ALER, associados e parceiros

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notĂ­cias

26 dossier sobre biomassa 27 biomassa – recurso pouco explorado em Portugal? QIVGEHS EXYEP HE FMSQEWWE žSVIWXEP 30 ANPEB e o setor nacional de pellets 34 engaço de uva e dejetos de animais vĂŁo ser biocombustĂ­vel 36 cortiça e energias renovĂĄveis

56 investigação e tecnologia consideraçþes sobre tecnologias e ĂĄreas de I&D futuras no domĂ­nio da energia solar case study 58 poupar com energia solar: autoconsumo ou unidade de pequena produção? 62 componentes para instalaçþes a biomassa reportagem 64 seminĂĄrio EPLAN Experience: passaporte TEVE YQE QEMSV I½GMsRGME 66 inovação da Viessman evita sobreaquecimento dos sistemas solares tĂŠrmicos 68 9.Âş Encontro dos Integradores WeidmĂźller: renovar o ciclo informação tĂŠcnico-comercial 70 M&M Engenharia Industrial: a estreia de Syngineer 72 Chatron: Biocooler 74 VENTIL – Engenharia do Ambiente: biomassa, energia limpa, energia sustentĂĄvel 78 AS Solar IbĂŠrica: Enphase micro-inversores 80 SunFields Europe: painĂŠis solares SolarWorld: rendimento insuperĂĄvel 82 F.Fonseca: medição de caudal volumĂŠtrico (sĂłlidos) sem contacto

Tiragem 5000 Exemplares

renovĂĄveis no Brasil 40 o momento atual do setor brasileiro de energias renovĂĄveis

Periodicidade Trimestral

42 anålise da performance da geração eólica brasileira

86 produtos e tecnologias

44 geração distribuída, uma realidade brasileira

98 barĂłmetro das renovĂĄveis

Redação, Edição e Administração CIE – Comunicação e Imprensa Especializada, Lda.ÂŽ Grupo PublindĂşstria Tel.: +351 225 899 626/8 . Fax: +351 225 899 629 . geral@cie-comunicacao.pt www.cie-comunicacao.pt Propriedade PublindĂşstria – Produção de Comunicação, Lda. Empresa JornalĂ­stica Registo n.Âş 243 163 Praça da Corujeira, 38 . Apartado 3825 4300-144 Porto Tel.: +351 225 899 620 . Fax: +351 225 899 629

SW HIWE½SW HSW RIKzGMSW RS &VEWMP 48 mundo acadÊmico o valor e o custo da eletricidade produzida por sistemas solares (fotovoltaicos) (2.ª Parte)

84 Connect KlipponÂŽ da WeidmĂźller

ELEOLRJUDoD 102 calendĂĄrio de eventos 104 links

Publicação Periódica Registo n.º 125808 Depósito Legal: 305733/10 ISSN: 1647-6255 INPI Registo n.º 452220

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editorial

a Biomassa, a mais sustentável das renováveis A Biomassa é uma das fontes renováveis com um maior valor de externalidade, e por isso devemos olhar para ela não apenas como fonte dedicada de energia mas como um desperdício a evitar e um elevado potencial de recurso transversal a vários setores. Cláudio Monteiro Diretor

Antes da eletricidade e dos combustíveis fósseis, a biomassa foi sempre a nossa fonte de energia. É impressionante recordar que em tempos não muito longínquos as nossas aldeias eram totalmente sustentáveis em energia, para aquecimento e cozinha, usando apenas a biomassa da sua área de serviço agrícola. Era a sustentabilidade no seu mais puro exemplo. As populações dedicavam cerca de 20% do seu tempo no cultivo, coleta e acondicionamento da biomassa. Hoje, essa biomassa é apenas massa combustível descontrolada eminentemente perigosa para o ambiente, equipamentos e pessoas. Parece que o nosso desenvolvimento não nos deu a capacidade de usar melhor os nossos recursos, parece mais que só nos especializamos a explorar e a usar os recursos HSW SYXVSW WMREMW HSW XIQTSW UYI PIZEQ ESW QEPIW HEW RSWWEW HITIRHsRGMEW Na data de lançamento deste número surge uma boa notícia, foi anunciado o licenciamento de duas centrais de biomassa de 15 MW cada, em Viseu e Fundão, criando 60 postos de trabalho diretos e 320 indiretos. Um processo com 10 anos, referentes a concursos públicos lançados em 2006, tendo os promotoVIW GLIKEHS EKSVE E IRXIRHMQIRXS TEVE E EKVIKEpnS HI TSXsRGMEW HI GIRXVEMW mais pequenas nestas duas de maior dimensão. São boas notícias e esperamos que incentivem outras iniciativas. O desenvolvimento do setor da biomassa não é possível com iniciativas individuais, requer um trabalho coordenado entre vários setores: agricultura, energia economia, ambiente. É necessário criar fileiras de negócio bem estruturadas, de dimensão nacional. Estas fileiras só podem ser criadas por iniciativa do governo, essa é a grande lacuna que existe no setor, são necessárias grandes iniciativas de grandes governantes.

O desenvolvimento do setor da biomassa não é possível com iniciativas individuais, requer um trabalho coordenado entre vários setores: agricultura, energia economia, ambiente.

É tempo de olhar de novo o tema da biomassa, e neste número da “renováveis magazine” assim fizemos, cobrindo alguns artigos muito interessantes, embora se deva reconhecer que não é fácil encontrar muita atividade sobre o setor. Acredito que o segredo do sucesso sustentável dos povos está na sua capacidade e sabedoria em utilizar os seus recursos endógenos, é tempo de olharmos para a biomassa como um desses recursos. A sua viabilidade não está apenas no seu valor direto, está principalmente nos custos do desperdício. 2


espaço opinião

biomassa, um recurso vital A conclusão da COP 21 em Paris evidenciou o crescente consenso em torno da necessidade de limitar o aumento de temperatura global em 2º C face a níveis pré-industriais, o que envolverá necessariamente a adoção de medidas de redução de missões de gases com efeito de estufa e a implementação de um novo paradigma, assente na crescente descarbonização da atividade económica.

Frederico Pisco APREN

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A necessidade imperativa de reduzir o consumo de comFYWXuZIMW JzWWIMW GSPSGE YQE sRJEWI EMRHE QEMSV RS GSRXVMbuto que o setor das energias renováveis em geral e o da biomassa, em particular, terá ao nível do cumprimento de ambiciosos objetivos de redução de emissões e alteração do mix energético global. Para contextualizar a importância da biomassa à escala mundial, importa destacar que as fontes de energia renovável representam atualmente cerca de 13,5% do abastecimento de energia primária, dos quais a biomassa representa per si 10%. No universo das fontes de energia renovável, e apesar do acentuado crescimento de tecnologias como a energia eólica ou solar fotovoltaica, a energia primária proveniente da biomassa equivale, grosso modo, à soma das restantes fontes de energia renovável, sendo que mais de 80% da biomassa é ainda utilizada para aplicações de uso final como aquecimento e confeção de alimentos. A biomassa apresenta uma caraterística absolutamente diferenciadora. É provavelmente a única fonte de energia renovável que pode ser utilizada para a produção de calor, energia elétrica e pode ainda ser convertida noutras importantes formas de energia como, por exemplo, biocombustíveis e pellets. O uso da biomassa para aquecimento e em soluções de produção simultânea de energia elétrica e vapor com recurso à cogeração mais que duplicou na última década. Em termos de produção de energia elétrica estima-se que à escala mundial cerca de 10% da biomassa seja canalizada para este fim, destacando-se aqui claramente a União Europeia onde a biomassa é responsável por mais de 18% da produção de energia elétrica renovável. Dentro das utilizações da biomassa, o setor dos pellets tem registado um crescimento acentuado, sendo provavelmente a commodity energética mais emergente à escala mundial. Em parte, esta dinâmica está assente na crescente

utilização em co-firing em centrais termoelétricas a carvão, existindo diversos exemplos de centrais que foram reconvertidas para queima a 100%, o que constitui uma das medidas necessárias para alteração do perfil de emissões do setor elétrico a curto prazo. No ano de 2014, a produção de pellets a nível mundial ascendeu a 27 milhões de toneladas, representando a Europa e a América 97% da capacidade produtiva, ao passo que os maiores consumidores de pellets são o Reino Unido (3,6 Mt), E.U.A. (2,9 Mt), Dinamarca (2,2 Mt), Itália (2 Mt) e Alemanha (2 Mt). Atendendo à utilização diversificada da biomassa, é vital salientar a necessidade de utilização racional do recurso, tendo em consideração aspetos como a sustentabilidade da produção e a necessidade de hierarquização em função das utilizações de maior rendimento, como a produção de calor (rendimento entre 80-90%), a produção combinada de calor e eletricidade em cogeração (rendimento entre 70-85%), e a canalização para produtos de elevado valor acrescentado, transacionáveis e inovadores (como, por exemplo, pellets, bioprodutos e biomateriais). No futuro, a aposta ao nível da investigação, desenvolvimento e demonstração no setor da biomassa é absolutaQIRXI ZMXEP I GSRHY^MVj k IQIVKsRGME HI XIGRSPSKMEW GSQS a utilização em pequena escala ou processos de converWnS HI IPIZEHE IJMGMsRGME 2IWXI GEQTS E TVzTVME %KsRGME Internacional de Energia indica a conversão de biomassa para biometano para injeção na rede de gás natural existente como uma via emergente, aproveitando infraestruturas existentes e permitindo alguma flexibilidade. A biomassa assume, portanto, um importante papel, capaz de induzir benefícios de natureza diversa, designadamente ambientais (redução de emissões de gases com efeito de estufa, gestão florestal certificada, valorização de GS TVSHYXSW IGSRzQMGS WSGMEMW VIHYpnS HE HITIRHsRcia energética, criação de emprego ao longo da cadeia de valor, competitividade industrial, promoção de inovação, entre outros). Um setor que representa sensivelmente meio milhão de empregos na União Europeia 28, e em que as indústrias de base florestal são responsáveis por cerca de 9,4% das exportações nacionais totalizando cerca de 4700 M€, merece para o futuro um enquadramento regulatório estável, com mecanismos de suporte eficientes e adequados às especificidades das utilizações da biomassa e onde a promoção da investigação, inovação e desenvolvimento possa contribuir para o aumento da produtividade florestal e TEVE E I\MWXsRGME HI TVSNIXSW HI HIQSRWXVEpnS I TVSHYtos inovadores.


espaço apesf

produção de energia solar fotovoltaica e armazenamento, o “casamento” perfeito! Satisfazer a procura de energia no momento e nos locais em que é necessária e sob a JSVQE EHIUYEHE q YQ HSW TVMRGMTEMW HIWE½SW GSQ UYI RSW HIFEXIQSW

Eng.º Carlos Silva

Associação Portuguesa das Empresas do Sector Fotovoltaico

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A energia solar fotovoltaica teve em Portugal um crescimento assinalável favorecida, em parte, pelas tarifas subsidiadas que permitiu desenvolver o setor das energias renováveis, nomeadamente, o ensino e a indústria especializada e a criação de empresas, culminando no incremento de produção de energia elétrica com base em recursos endógenos. Isto permitiu no panorama mais descentralizado ter, atualmente, a possibilidade e a liberdade de escolher, produzir parte ou toda a energia que consumimos a um preço MHsRXMGS SY MRJIVMSV ES UYI EHUYMVMQSW E YQ GSQIVGMEPM^EHSV HI IRIVKME HIZMHEQIRXI enquadrada pela legislação em vigor da produção de energia para autoconsumo (Decreto-Lei 153/2014). 8IRHS SW WMWXIQEW HI TVSHYpnS GSRWYQSW HI IRIVKME HI YQE JSVQE WMQTPM½GEHE GSQS caraterística o facto de serem dinâmicos e diretamente proporcionais, ou seja, a produção HI IRIVKME q WIQTVI JYRpnS HE I\MWXsRGME RYQ HIXIVQMREHS QSQIRXS HI GSRWYQSW E MRI\MWXsRGME HI JSVQEW HI EVQE^IREQIRXS IGSRSQMGEQIRXI ZMjZIMW E RnS WIV TIPE VIXIRpnS de grandes massas de água nas albufeiras, torna o sistema oneroso ao nível do mantimento deste standby, que permite a imediata resposta das centrais produtoras de energia atuais. Quando surge como tema de discussão a produção de energia elétrica já consideramos a produção de energia baseada em fontes renováveis. No entanto, questionamo-nos se realmente esta poderá ser a forma que terá maior crescimento no futuro, visto existirem algumas limitações. A principal limitação dos sistemas que utilizam como fonte primária o Sol é a sua interQMXsRGME WIRHS E TVMRGMTEP E PMQMXEpnS HE MVVEHMEpnS WSPEV TSV MR¾YsRGME HI JEXSVIW RnS controláveis pelo homem. Apesar da produção de energia fotovoltaica ter como virtudes produzir energia quando mais precisamos dela, durante o dia, produzir mais energia quando esta é mais cara, na ponta, e de ser democrática, e é-o 365 dias por ano. O armazenamento de energia associado à produção, permitindo armazenar nas horas de vazio quando existem menos consumos, manter a carga nas horas de ponta por escassez da fonte primária, para depois libertar essa energia quando dela precisamos, é o elo de PMKEpnS ½REP TEVE UYI REW HMWGYWW~IW WSFVI TVSHYpnS HI IRIVKME HIM\IQSW HI PEHS S EVKYQIRXS HE MRXIVQMXsRGME I HEW PMQMXEp~IW I SPLIQSW HI JSVQE HI½RMXMZE TEVE S WSPEV JSXSvoltaico como forma principal da produção da energia. Estão a aparecer no mercado inúmeras formas de armazenamento de energia, baseados nas mais variadas tecnologias, em que caraterísticas que conhecemos como “calcanhar de Aquiles” das baterias, como o número limitado dos ciclos carga/descarga, tempo de carga, tempo de vida útil e custo, se esbatam dando lugar a baterias com ciclos de carga/descargas quase ilimitados, tempo de vida longo e tempo de carga cada vez menor. % QEWWM½GEpnS HSW WMWXIQEW HI EVQE^Inamento associado ao desenvolvimento e à mobilidade elétrica permitirá convergir, a médio prazo, para sistemas muito competitivos ao nível do custo. O desenvolvimento sustentável é, hoje em dia, bandeira e compromisso da maioria dos países. Portugal não é exceção, até porque a utilização de energia proveniente do solar fotovoltaico é uma das metas para o atingir. Por esse motivo, apostar no desenvolvimento e otimização das tecnologias dos sistemas de armazenamento de energia será o primeiro passo para permitir a integração de centros de produção de energia de origem solar fotovoltaico na base do Sistema Elétrico Nacional.

% QEWWM½GEpnS dos sistemas de armazenamento associado ao desenvolvimento e à mobilidade elétrica permitirá convergir a médio prazo, para sistemas muito competitivos ao nível do custo.


espaço cogen

é importante formar para a Eficiência Energética COGEN PORTUGAL E A APOSTA NA FORMAÇÃO PARA A PROMOÇÃO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Paula Prata Vogal da Comissão Executiva da COGEN Portugal

A COGEN Portugal - Associação Portuguesa TEVE E )½GMsRGME )RIVKqXMGE I 4VSQSpnS HE Cogeração, constituída em 1994, é uma assoGMEpnS WIQ ½RW PYGVEXMZSW UYI XIQ GSQS QMWsão promover a sustentabilidade do setor da IRIVKME EXVEZqW HE QIPLSVME HE I½GMsRGME IRIVgética, designadamente pela dinamização de XIGRSPSKMEW I WMWXIQEW IRIVKIXMGEQIRXI I½cientes, em particular soluções de cogeração RE WYE UYEPMHEHI HI XIGRSPSKME QEMW I½GE^ RE produção de eletricidade com menor consumo de energia primária. 'SRWGMIRXIW HI UYI E TVSQSpnS HE I½GMsRcia energética é um dos principais vetores de política energética no seio da União Europeia I HEHS UYI S SFNIXMZS HI QIPLSVEV E I½GMsRcia energética obriga à implementação de tecnologias e sistemas de diversas tipologias, a COGEN Portugal tem vindo a reforçar a sua oferta formativa abordando novas temáticas e abraçando novos formatos que vão ao encontro das necessidades de todos os interessados nos mercados de energia. Anualmente, a COGEN Portugal organiza YQ IZIRXS HI VIJIVsRGME E RuZIP REGMSREP RE jVIE HE )RIVKME 8VEXE WI HI YQE 'SRJIVsRcia que abordará o tema “Crescimento e ComTIXMXMZMHEHI 3 4ETIP HE )½GMsRGME )RIVKqXMGE”. 3 SFNIXMZS q E½VQEV S TETIP HE I½GMsRGME energética como alavanca de competitividade numa economia que precisa de crescer, em especial no âmbito industrial. A 17.ª ConJIVsRGME '3+)2 4SV XYKEP MVj VIEPM^EV WI durante a tarde do dia 26 de setembro, na Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, no Porto. A COGEN Portugal tem vindo a apostar no alargamento da sua oferta formativa, o que tem sido muito apreciado pelos seus associaHSW 3 WIQIWXVI HI TVIZs E VIEPM^EpnS de 8 ações de formação (informação disponível em www.linkedin.com/company/10201045). A oferta formativa da COGEN Portugal no 1.º semestre de 2016 contou com a realização de 6 ações de formação que obtiveram um elevado nível de satisfação por parte dos participantes, cuja avaliação por eles feita a cada sessão resultou numa média global de 3,7, numa escala de 1 a 4.

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renováveis na lusofonia

informação ALER, associados e parceiros

www.aler-renovaveis.org

Viagem de reconhecimento da ALER a Angola (YVERXI S QsW HI EFVMP XMZI S TVE^IV HI ZMWMXEV %RKSPE TEVE realizar a viagem de reconhecimento da ALER a este que será o nosso país prioritário durante o corrente ano de 2016. Esta viagem foi bastante produtiva e incluiu a realização de reuniões e encontros com 40 entidades diferentes, tanto a nível público como privado, permitindo aumentar a rede de contactos da ALER, estabelecer colaborações e partilha de informação com as entidades nacionais relevantes no setor da energia. Tive a honra de reunir com vários representantes do MINEA – Ministério de Energia e Águas, ao nível da Direção Nacional de Energias Renováveis, Direção Nacional de Eletrificação Rural e Gabinete de Intercâmbio Internacional, EPqQ HEW XVsW RSZEW IQTVIWEW T FPMGEW GVMEHEW ETzW S 4VSgrama de Transformação do Setor Elétrico de Angola (PTSE), a saber a PRODEL, ENDE e RNT.Todos se mostraram muito interessados em colaborar com a ALER e promover as energias renováveis.

Foi também possível identificar e reunir com algumas empresas a desenvolver projetos de energias renováveis, o que demonstra que já começa a haver alguma dinâmica e interesse do setor privado neste mercado, que procuraremos promover ao máximo. De referir também a abertura das empresas petrolíferas em recorrerem às energias renováveis no âmbito dos seus projetos de sustentabilidade e investimento social, muitos deles sem funcionar em plenas condições devido aos problemas nos fornecimentos de eletricidade, situação que um sistema de aproveitamento de energias renováveis poderá colmatar. 10

Não deverá ser esquecido que o próprio Governo também tem vindo a desenvolver iniciativas para a promoção das energias renováveis, prevendo a participação do setor privado como, por exemplo, o lançamento do concurso para centrais mini-hídricas, a par da atual redação da Agenda de Ação no âmbito do SE4All (Sustainable Energy for All) e preparação da estratégia Angola Energia 2025, que inclui um Atlas das Energias Renováveis, e que vem complementar o Plano de Ação 2013-2017 atualmente em vigor. Para a concretização de todas estas transformações do setor energético tem sido essencial o apoio dos parceiros do Governo, quer multilaterais com destaque para o Banco Africano para o Desenvolvimento, quer bilaterais, com as quais a ALER também reuniu. Não foram esquecidos outros setores energéticos com menos destaque que a eletricidade, como por exemplo a promoção de fogões melhorados e produção de carvão vegetal sustentável, como uma alternativa susXIRXjZIP k IRSVQI HITIRHsRGME HE FMSQEWWE I UYI WIVj explorada pelo Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD). Mas nem só o MINEA tem vindo a desenvolver ações de promoção das energias renováveis. O Ministério do Ambiente (MINAMB) é cada vez mais um parceiro relevante nesta matéria, principalmente após o Acordo de Paris alcançado na COP 21, e que a Senhora Ministra acabou de assinar no passado dia 22 de abril na sede das Nações Unidas. No âmbito da atuação do MINAMB salientamos a recente criação da Associação Nacional de Empresas de Tecnologias Ambientais de Angola. Contactei também com instituições de ensino, formação e sensibilização sobre a temática das energias renováveis, já que a formação de recursos humanos nacionais qualificados


dossier sobre biomassa

biomassa biomassa – recurso pouco explorado em Portugal? Teresa Ponce de Leão e Francisco Gírio, LNEG

mercado atual da biomassa ¾SVIWXEP Sónia Figo e Teresa Almeida, CBE

ANPEB e o setor nacional de pellets João Manuel F. Ferreira, ANPEB

engaço de uva e dejetos de animais vão ser biocombustível Amadeu Borges, CITAB/UTAD

cortiça e energias renováveis Luís Gil , UTAD

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dossier sobre biomassa

biomassa – recurso pouco explorado em Portugal? O Plano Nacional de Ação para as Energias Renováveis (PNAER) publicado na RCM n.º 20/2013, que resultou da obrigação prevista no Artigo 4.º da Diretiva 2009/28/CE (conhecida como Diretiva das Renováveis), estabelece as trajetórias de introdução de Fontes de Energias Renováveis (FER) de acordo com o ritmo da implementação das medidas e as ações previstas nos setores da eletricidade, aquecimento e arrefecimento e transportes.

8IVIWE 4SRGI HI 0InS I *VERGMWGS +uVMS

Laboratório Nacional de Engenharia e Geologia – LNEG

No PNAER, a contribuição da biomassa para as metas 2020 tem um papel preponderante uma vez que deverá contribuir com 93% do total das FER para o aquecimento/arrefecimento e com 87% (como biocombustíveis) para o setor dos transportes.Também contribuirá, através das centrais de cogeração (CHP) ou de centrais dedicadas que utilizam biomassa para a meta nacional dos 49,6% de eletricidade renovável, em 2020.

A visão do LNEG sobre a FER biomassa A biomassa é um recurso endógeno essencial para a produção de energia. De referir, no entanto, que é necessário enquadrar este recurso de forma diferente relativamente a outras FER (exemplo do vento, sol, mar ou geotermia). A biomassa é o único recurso renovável que contém GEVFSRS I E WYE I\MWXsRGME XIVVIWXVI I XVERWTSVXjvel permite que possa ser importada/exportada, mas também que possa constituir-se como uma fonte de armazenamento de energia química e, IQ GSRWIUYsRGME XIV Q PXMTPSW ½RW UYI RnS ETIREW TEVE ½RW IRIVKqXMGSW Embora a biomassa esteja, tradicionalmente, associada à utilização para queima no setor HSQqWXMGS TEVE ½RW HI EUYIGMQIRXS SY TEVE GS^Mnhar alimentos, desde que a Humanidade aprendeu a controlar o fogo, a “biomassa moderna” para uso energético abrange diferentes categorias. Nestas devem-se distinguir, por um lado, as categorias decorrentes do processamento da madeira ¾SVIWXEP SY HS TVSGIWWEQIRXS HMVIXS HI GYPXYVEW EKVuGSPEW GVIWGMHEW IWTIGM½GEQIRXI TEVE ½RW energéticos; e, por outro lado, as múltiplas biomassas residuais geradas resultantes da atividade humana em geral. São elas, as biomassas residuais MRHYWXVMEMW E TEVXMV HI ½PIMVEW GSQS TSV I\IQTPS a indústria de pasta de papel ou a indústria de mobiliário; as biomassas residuais agrícolas após recolha e processamento na atividade agrícola ou

das agro-indústrias; as biomassas (fração orgânica) dos Resíduos Sólidos Municipais (RSUs) e outras biomassas residuais obtidas a partir de múltiplos processamentos industriais. 7nS XSHEW IWXEW FMSQEWWEW ETVSTVMEHEW TEVE ½RW energéticos? A resposta é, eventualmente, negativa pois há que considerar as aplicações das biomassas não residuais de acordo com o princípio de utilização em “cascata” de forma decrescente em termos de valor acrescentado. Além disso, no caso das biomassas residuais há que inseri-las prioritariamente na hierarquia da Diretiva dos Resíduos que determina a passagem pelas etapas de prevenção e redução, reparação para reutilização, e reciclagem ERXIW HI YQ HIWXMRS ½REP IRIVKqXMGS 3Y WINE S YWS das biomassas deve obedecer a critérios de sustentabilidade, alguns já existentes a nível europeu e nacional (como, por exemplo, a produção de biocombustíveis líquidos a partir de biomassa), outros apenas existentes como recomendações aos Estados-Membros da UE (como é o caso das biomassas como combustíveis sólidos para eletricidade e calor). Com vista a sistematizar o conhecimento nacional e construir os padrões de aplicação destes princípios de sustentabilidade e de avaliação do potencial energéticos das diferentes biomassas nacionais, o LNEG, organismo com responsabilidade de em estado de prontidão dar apoio às políticas públicas, respondeu à chamada dirigida às Instituições Governamentais de Energia no âmbito do POSEUR, submetendo o projeto CONVERTE.

O Projecto CONVERTE 3 4VSNIXS '32:)68) TVIXIRHI MHIRXM½GEV HI uma forma objetiva e quantitativa, as diferentes tipologias de biomassas endógenas que possam ser aplicadas no curto-médio prazo em soluções tecnológicas economicamente viáveis para a produção de eletricidade, calor, vetores energéticos e, em particular, em biocombustíveis

Figura 1 'SRXVMFYMpnS HEW *)6 TEVE S GSRWYQS XSXEP HI energia em 2020.

avançados, que cumpram todos os critérios de WYWXIRXEFMPMHEHI HI½RMHSW TIPEW (MVIXMZEW )YVSpeias, em particular da nova Diretiva 2015/1513 (conhecida como Diretiva ILUC) que terá que ser transposta até setembro de 2017. No âmbito do CONVERTE será construída uma Grelha de 'PEWWM½GEpnS )RIVKqXMGE GSRHYGIRXI k EXVMFYMpnS de um Selo do Potencial Energético e um Selo de Sustentabilidade, que relaciona diferentes tipologias de biomassa com oito tecnologias de conversão, numa base de avaliação comum, com o SFNIXMZS HI HI½RMV S IRGEQMRLEQIRXS TVIJIrencial para a produção de energia. Os resultados do CONVERTE, que serão disponibilizados publicamente, constituirão uma ferramenta que permitirá reduzir a complexidade da avaliação e respetiva tomada de decisão no processo de encaminhamento dos recursos biomássicos para energia, e que possa ser potencialmente facilitaHSVE IQ TVSGIWWSW HI GIVXM½GEpnS I SY HI JSVmatação de políticas públicas. Será ainda uma ferramenta de conhecimento do potencial endógeno nacional ao dispor da economia nacional e dos empreendedores que considerem a biomassa, a par de outras FER, como um dos principais recursos endógenos nacionais. 27


dossier sobre biomassa

mercado atual da biomassa ¾SVIWXEP %XYEPQIRXI GSRWXEXE WI UYI E SJIVXE FMSQEWWE ¾SVIWXEP TEVE TVSHYpnS HI IRIVKME q WYTIVMSV k WYE TVSGYVE )WXE WMXYEpnS XIQ VI¾I\SW HMVIXSW RS WIY TVIpS UYI XIQ ZMRHS E HMQMRYMV Sónia Figo e Teresa Almeida 9RMHEHI HI &MSQEWWE ¯ 'IRXVS HE &MSQEWWE TEVE E )RIVKME

A utilização de biomassa florestal para a produção de energia liga dois importantes pilares da economia, a floresta e a energia. A sua articulação promove uma gestão profissional e sustentável da floresta, contribuindo TEVE E HMQMRYMpnS HE RSWWE HITIRHsRGME IRIVKqXMGE Na Estratégia Nacional para as Florestas, atualizada na RCM n.º 6-B/2015, a produção de biomassa para centrais energéticas foi um dos bens identificados na Classificação Funcional dos Espaços Florestais, segundo os bens e serviços prestados pelos ecossistemas florestais. Também no Plano NacioREP HI (IJIWE HE *PSVIWXE 'SRXVE -RGsRHMSW E KIWXnS WYWXIRXjZIP HE JPSVIWXE tem um papel fundamental, nomeadamente, através da remoção da elevada carga combustível existente nas florestas. No quadro da política energética nacional, o Plano Nacional de Ação para as Energias Renováveis (PNAER 2020) identifica como aposta estratégica para o período 2013-2020 o estímulo ao desenvolvimento da utilização energética da biomassa, sobretudo florestal, sendo de sublinhar as medidas específicas para este biocombustível sólido, relativamente aos setores Elétrico e Aquecimento & Arrefecimento, nomeadamente, “Centrais de biomassa”, “:EPSVM^EpnS HE FMSQEWWE JPSVIWXEP” e “Calor Verde”. 2S IRXERXS S SFNIXMZS HI EXMRKMV QEMW 1; HI TSXsRGME IPqXVMGE instalada em centrais de biomassa florestal, através da construção de 15 centrais termoelétricas que decorreriam do concurso de 2006 para

E EXVMFYMpnS HI 1; HI TSXsRGME WSQERHS SW 1; HI 4VSNIXSW de Interesse Público (PIP) licenciados fora deste concurso, está longe de se concretizar. Adicionalmente, a obrigatoriedade de retirar os sobrantes da exploração florestal como sendo uma das medidas estabelecidas no âmbito do SisXIQE HI (IJIWE HE *PSVIWXE 'SRXVE -RGsRHMSW PIZSY E UYI QYMXEW IQTVIWEW se apetrechassem com equipamentos para a recolha e transporte de biomassa florestal, na expetativa do incremento do mercado da biomassa florestal. Constata-se agora que as expetativas criadas para o consumo de biomassa estão aquém do previsto, sendo que atualmente no mercado nacional da biomassa florestal residual a oferta é superior à procura. É frequente assistir-se a testemunhos, quer empresas de exploração florestal, quer proprietários florestais, sobre a dificuldade em escoar os sobrantes da exploração florestal, os quais a legislação obriga a retirar das matas, ou do material resultante da gestão florestal (desbastes, desramações e limpezas). Mesmo as empresas que possuem contratos de fornecimento de biomassa com os grandes consumidores sentem, neste momento, dificuldade IQ IWGSEV S WIY TVSHYXS HEHS UYI SW WIYW GPMIRXIW XsQ SW WIYW TEVUYIW de abastecimento sobrelotados. Para além dos projetos de centrais a biomassa, que acabaram por não se concretizar muito devido à crise económica que entretanto se instalou, nos últimos dois anos outros fatores alteraram significativamente o mercado da biomassa florestal em Portugal, nomeadamente: As fábricas de celulose passaram a aceitar predominantemente rolaria com casca, sendo a casca aproveitada para abastecer as suas centrais de produção de energia (dedicadas ou de cogeração), diminuindo assim o consumo de biomassa diretamente proveniente da exploração florestal; Na indústria pellets, a necessidade de biomassa florestal utilizada no processo de secagem de matéria-prima também decresceu, fruto da diminuição da procura internacional de pellets, resultado do fecho de EPKYRW KVERHIW GSRWYQMHSVIW IYVSTIYW HS EYQIRXS HE GSRGSVVsRGME internacional, da diminuição do preço dos combustíveis fósseis, acrescendo a tudo isto os invernos menos rigorosos sentidos na Europa nos últimos dois anos, conduziram as fábricas de pellets a produzir significativamente abaixo da sua capacidade instalada. Consequentemente, o excesso de oferta de biomassa florestal no mercado em relação à procura teve reflexos diretos no seu preço. O gráfico WIKYMRXI ETVIWIRXE E ZEVMEpnS HI TVIpSW HI VIJIVsRGME HI ZjVMSW XMTSW HI biomassa florestal, de janeiro de 2011 a maio de 2016.

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dossier sobre biomassa

ANPEB e o setor nacional de pellets A primeira fábrica de pellets instalada em Portugal data do ano de 2006 com o objetivo de responder à procura evidenciada no centro da Europa e Reino Unido. Até ao ano de 2010, a capacidade produtiva aumentou de 75 000 toneladas/ano para cerca de 850 000 toneladas/ano, suportada na instalação de 15 novas fábricas. .SnS 1ERYIP * *IVVIMVE %24)& ¯ %WWSGMEpnS 2EGMSREP HI 4IPPIXW )RIVKqXMGEW HI &MSQEWWE

Atualmente, com cerca de 26 unidades de produção a laborar, a capacidade produtiva estimada é de 1400 000 toneladas/ano, sendo que a produção efetiva se cifra nas 1100 000 toneladas anuais. Cerca de 20% da produção é direcionada para o consumo interno, sendo que os restantes 80% são exportados para mercados diversos como Espanha, Reino Unido e Benelux, tendo um peso exportador em torno dos 116 milhões de euros. A Associação Nacional de Pellets Energéticos de Biomassa (ANPEB) foi fundada em fevereiro de 2010 com o objetivo de promover o desenvolvimento do setor das pellets de madeira em Portugal. Esta associação pretende representar todo o setor dos pellets, desde o fabrico até à utilização. Na área da produção, a associação representa já a maioria dos fabricantes nacionais com uma produção anual de aproximadamente 1000 000 toneladas. Os principais objetivos da ANPEB são: promover os benefícios do uso de pellets de madeira como fonte energética endógena e ambientalmente responsável; representar e participar no desenvolvimento da indústria dos pellets de madeira nacional; formar e informar sobre tecnologias, equipamentos e melhores práticas aplicadas aos pellets, clarificando dúvidas comuns, quer do público geral, quer de entidades legisladoras e reguladoras. A ANPEB é membro da AEBIOM – Associação Europeia para a Biomassa e do EPC – Conselho Europeu dos Pellets. A primeira é a principal dinamizadora do setor da bioenergia em geral, no contexto europeu, e o segundo representa os interesses do mercado dos pellets, agregando na sua composição 16 associações nacionais de pellets de toda a Europa. As duas SVKERM^Ep~IW XsQ VIPEp~IW TVz\MQEW GSQ S 'SRWIPLS I 4EVPEQIRXS )YVSpeu em Bruxelas contribuindo, positivamente, para o desenvolvimento do setor dos pellets, quer em decisões legislativas, quer na criação de projetos de investigação ligados à bioenergia.

Nova Diretiva Europeia para as energias renováveis – para além de 2020 A consulta pública promovida pela Comissão Europeia, no sentido de auscultar opiniões e pareceres de atores no setor energético, relativamente ao modo e conteúdo que irá suportar a definição da nova Diretiva Europeia 30

para as energias renováveis apresenta-se, de momento, como uma oportunidade clara de refletir sobre as conquistas e erros cometidos na implementação da denominada Diretiva 20-20-20. Como consta no último relatório de acompanhamento das medidas implementadas, num estudo levado a cabo pela Comissão Europeia [1], é declarado que Portugal está em linha com os objetivos definidos no Plano Nacional para as Energias Renováveis, com um contributo significativo da produção de energia elétrica renovável. É salutar o esforço efetuado neste sentido, não estando, no entanto, os procedimentos e medidas adotados isentos de falhas na abordagem e implementação, nomeadamente na produção de energia elétrica, setor doméstico, serviços e indústria.

Produção de energia elétrica Não terá sido dada a devida importância à necessidade de diversificação de fontes energéticas na consolidação da segurança de fornecimento de enerKME I HMQMRYMpnS HE HITIRHsRGME IRIVKqXMGE I\XIVRE A aposta na energia eólica foi considerada a melhor opção para a redupnS HEW IQMWW~IW RE TVSHYpnS HI IRIVKME IPqXVMGE WIRHS E TSXsRGME XSXEP instalada atual de 5 GW. Neste caso não foram consideradas caraterísticas intrínsecas à produção de energia através do vento como: IPIZEHE MQTVIZMWMFMPMHEHI I MRXIVQMXsRGME reduzida garantia de abastecimento; elevado custo de produção de energia. Na prática, o custo de produção ronda os 100 €/MWh [2], sendo necessário, para efeitos de segurança de abastecimento, pagar subsídios de disponibilidade a centrais termoelétricas de modo a garantir a demanda de energia. As turbinas eólicas funcionam, à capacidade máxima, apenas 26% do tempo. Para tornar a sua instalação viável economicamente, o estado tem que suportar o custo extra da produção de energia. 3 GVIWGMQIRXS GSRXuRYS HE TSXsRGME IzPMGE MRWXEPEHE RnS GSRWMHIVSY E I\MWXsRGME HI WSPYp~IW HI EVQE^IREQIRXS HI IRIVKME UYI IUYMPMFVEWWIQ HI GIVXE JSVQE E MRXIVQMXsRGME HE WYE STIVEpnS %WWMQ HITEVEQS RSW atualmente, com um cenário de investimento urgente no aumento da capacidade hídrica, com vista ao aproveitamento da energia elétrica, proveniente das eólicas, para efeitos de bombagem de água a jusante das albufeiras de novo para montante (barragens revertíveis). Esta energia, produzida


dossier sobre biomassa

engaço de uva e dejetos de animais vão ser biocombustível 3 TVSNIXS XIQ Nj YQ TIHMHS TVSZMWzVMS HI TEXIRXI I TVIZs E TVSHYpnS HI IWXMPLE HI pellets e de briquetes compostos por desperdícios e subprodutos resultantes de exploração agropecuária. Amadeu Borges -RZIWXMKEHSV HS '-8%& 98%(

A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) está a desenvolver um biocombustível sólido resultante do aproveitamento desperdícios de engaço e bagaço de uva, podas da vinha e de olival e de dejetos animais e outros subprodutos agropecuários. “Quisemos desenvolver um biocombustível sólido, com um elevado poder GEPSVuJMGS GSQ ZMWXE RnS ETIREW ES ETVSZIMXEQIRXS WYWXIRXjZIP HI HIWTIVHuGMSW I WYFTVSHYXSW EKVSTIGYjVMSW QEW XEQFqQ GSRXVMFYMV TEVE E VIHYpnS HS GSRWYQS HI IRIVKME TVMQjVME EXVEZqW HI JSRXIW HI IRIVKME VIRSZjZIP IQ detrimento dos combustíveis fósseis”, afirma Amadeu Borges, responsável pelo Projeto e Investigador da UTAD e do Centro de Investigação e de Tecnologias AgroAmbientais e Biológicas (CITAB). Nestes últimos anos, as fontes de energia renovável tornaram-se mais competitivas relativamente aos combustíveis fósseis e com a energia nuclear. Um exemplo é a biomassa – resíduos naturais e resultantes da atividade humana na agricultura, floresta, indústria da madeira e subprodutos do cultivo da vinha – apontada como exemplo de fonte de energia renovável com grande potencial e considerada uma fonte interessante de energia. “3 IWTIXVS HI ETVSZIMXEQIRXS IRIVKqXMGS HI FMSQEWWE q QYMXS ZEWXS I ZEVME HIWHI SW FMSGSQFYWXuZIMW WzPMHSW TEVE E GSQFYWXnS HMVIXE SY KEWMJMGEpnS I GSQFYWXuZIMW PuUYMHSW GSQS zPIS ZIKIXEP FMSIXERSP QIXERSP EXq aos biocombustíveis gasosos como biogás ou gás de síntese. No caso da FMSQEWWE GSQS GSQFYWXuZIP WzPMHS E GSQFYWXnS HMVIXE XIQ E QEMSV

Este projeto prevê a eliminação e aproveitamento subprodutos da exploração agropecuária como engaço e bagaço de uva, podas da vinha e de olival, dejetos de animais, entre outros.

MQTSVXlRGME TVjXMGE TEVE E KIVEpnS HI IRIVKME XqVQMGE I IPqXVMGE”, esclarece Amadeu Borges. )WXI TVSNIXS TVIZs E IPMQMREpnS I ETVSZIMXEQIRXS HI WYFTVSHYXSW HE exploração agropecuária como engaço e bagaço de uva, podas da vinha e de olival, dejetos de animais, entre outros, com vista à redução do impacto ambiental. Transformados em estilha, em pellets e em briquetes, estes serão um biocombustível sólido, cujas principais vantagens serão a valorização económica e energética, mas também um enorme potencial técnico, económico e ambiental. A UTAD quer, assim, constituir uma alternativa às fontes de energia que “continuam atualmente muito dependentes dos combustíveis fósseis, QSXMZS TIPS UYEP EW GSRGIRXVEp~IW HI '32 na atmosfera continuam a aumentar”, salienta o investigador.

Colaboração com Entidade para o Mercado dos Combustíveis A UTAD celebrou, recentemente, um protocolo com a Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis com vista ao estudo e desenvolvimento de biocombustíveis. A colaboração da UTAD será feita através do investigador do CITAB, Amadeu Borges, e vai incidir no estudo das emissões de gases nocivos ao meio ambiente, resultantes da utilização de biocombustíveis, quando comparadas com as dos combustíveis de origem fóssil, com vista ao seu melhoramento; no estudo da performance de motores, quando alimentados a biocombustível; e na produção de biocombustíveis gasosos. 34


dossier sobre biomassa

cortiça e energias renováveis Este artigo descreve as várias formas em que a cortiça está atualmente relacionada com a energia renovável e possibilidades futuras nesse domínio. Luís Gil (MVIpnS +IVEP HI )RIVKME I +ISPSKME (+)+ luis.gil@dgeg.pt

Resumo Os resíduos da transformação da cortiça podem ser usados como biomassa para a produção de energia e os materiais derivados de cortiça podem ter vários tipos de aplicações em diferentes sistemas de produção ou utilização de energias renováveis. São apontadas algumas pistas para futuras aplicações da cortiça em sistemas de energia renovável assim como novos usos de tecnologias de energia renovável no processamento industrial da cortiça.

Introdução A cortiça, como é correntemente conhecida a casca do sobreiro (Quercus suber 0 q YQ HSW QEMW MQTSVXERXIW TVSHYXSW ¾SVIWXEMW RnS PIRLSsos. É produzida principalmente nos países do Mediterrâneo ocidental, WIRHS 4SVXYKEP S PuHIV QYRHMEP XIQ GIVGE HI HE jVIE QYRHMEP HI ¾Sresta de sobro a que corresponde quase a 50% da produção mundial de cortiça). Em 2014 a produção mundial de cortiça atingiu cerca de 201 000 toneladas e a área mundial de sobreiral era de cerca de 2,1 milhões de hectares [1]. As exportações portuguesas de cortiça são lideradas pelas rolhas, que constituem cerca de 70% em valor monetário, mas os materiais de construção em cortiça representam cerca de 26% deste valor [1]. % GSVXMpE q GSRLIGMHE GSQS WIRHS S QEXIVMEP HI I\GIPsRGME TEVE E vedação de bebidas alcoólicas engarrafadas, mas este material celular natural possui também muitas outras interessantes aplicações. A estrutura microscópica da cortiça pode ser descrita como um conjunto de células fechadas de forma hexagonal (em média) prismática ligadas umas às outras em forma de favo de mel. As paredes das células da cortiça apresentam algumas ondulações com intensidade variada. %W TEVIHIW GIPYPEVIW WYFIVM½GEHEW VITVIWIRXEQ ETIREW GIVGE HI em volume sendo o resto preenchido com ar. A cortiça apresenta também uma estrutura macroscópica em camadas (anéis anuais de crescimento), com diferentes dimensões de células dependendo do período de formação (diferente altura e diferente espessura das paredes celulares). Tudo isto contribui para as propriedades caraterísticas do material da cortiça que contribuem para toda uma panóplia de aplicações [2]. Considerando agora a relação entre a cortiça e as energias renováveis ZIVM½GE WI UYI ZjVMSW WMWXIQEW I GSQTSRIRXIW HI TVSHYpnS HI IRIVKME renovável usam ou podem usar cortiça e materiais à base de cortiça. Para além disto, algumas tecnologias de energia renovável são ou podem ser usadas em vários passos do processamento industrial da cortiça.

Cortiça e energia solar A cortiça pode ser usada como matriz para a produção de ecocerâmicas biomiméticas de céria com base em cortiça para se obterem espumas cerâmicas possuindo a estrutura celular da cortiça, para a produção 36

de hidrogénio usando energia solar concentrada [3]. Hexaferrites podem ser usadas de modo a obter espumas cerâmicas magnéticas através de pirólise, usando cortiça como matriz e modelo, resultando num sólido muito leve e poroso com a microestrutura da cortiça. 3 MWSPEQIRXS HI XYFEKIRW GSQ EKPSQIVEHS HI GSVXMpE I\XVYHMHS ¾Ixível é usado, por exemplo, no uso de energia solar térmica, devido à VIWMWXsRGME ESW EKIRXIW EQFMIRXEMW I ES IRZIPLIGMQIRXS HIWXI TVSHYXS quando usado no exterior [4]. Os coletores solares térmicos produzem água quente mas esta água tem que ser transportada desde a zona de armazenamento a quente até à torneira. Pelo menos uma parte da tubaKIQ HI jKYE ½GE GSPSGEHE RS I\XIVMSV IQ UYI SW JEXSVIW EQFMIRXEMW (radiação UV, chuva, gelo…) aceleram a degradação dos isolantes térmicos HE XYFEKIQ )WXI MWSPEQIRXS HI XYFSW IQ EKPSQIVEHS HI GSVXMpE q ¾I\uvel, fácil de montar e demonstrou ser muito resistente à ação do ambiente envolvente, diminuindo custos de manutenção. Isto é naturalmente tamFqQ ZIVHEHI TEVE EW XYFEKIRW HI UYEPUYIV XMTS HI ¾YMHSW UYIRXIW HI qualquer sistema de energias renováveis, com um limite de utilização de cerca de 200º C. Outro produto que tem cortiça e que pode ser usado em aplicações “solares” é a designada “GSVXMpE TVSNIXEHE” [5]. Partículas de cortiça são misturadas com um material polimérico de ligação, usualmente in situ, e esta mistura é pulverizada diretamente e de forma fácil sobre a superfície a cobrir. A gama de temperatura de trabalho é de -165º C a +165º C. A mistura adere bem a qualquer tipo de superfície. Trata-se HI YQ QEXIVMEP GSQ KVERHI IPEWXMGMHEHI ¾I\MFMPMHEHI I VIWMWXsRGME QIGlnica. Pode, inclusivamente, ser usado para reparar material de isolamento defeituoso previamente existente. A “GSVXMpE TVSNIXEHE” pode ser usada para isolar os reservatórios e/ou a tubagem de coletores solares térmicos ou de quaisquer outros sistemas de energias renováveis que necessitem de proteção no domínio da impermeabilização e do isolamento térmico e acústico. É também prevista a utilização de derivados de cortiça para a produção de coletores solares térmicos, constituindo o corpo do coletor, com capacidade estrutural e de isolamento térmico. Usando compósitos de cortiça adequados é possível (foram realizadas algumas expeVMsRGMEW I\TPSVEXzVMEW JSVQEV RYQ passo, o corpo do coletor solar, Figura 1 Isolamento de tubagem em agloincorporando sistemas de suporte QIVEHS GSQTSWXS HI GSVXMpE I\XVYHMHS


renováveis no Brasil

o momento atual do setor brasileiro de energias renováveis O Brasil pode ser hoje considerado um dos maiores mercados mundiais do setor das energias renováveis.

6MGEVHS %RHVq +YIHIW (MVIXSV +IVEP 1)+%.390) HS &VEWMP (MVIXSV 8qGRMGS +VYTS 1)+%.390)

(MVIXSV TEVE S WIXSV HE )RIVKME HE 'lQEVE &VEWMP 4SVXYKEP 'IEVj

Durante o ano de 2015, enquanto a economia encolhia 3,8%, o mercado de energia eólica brasileiro cresceu 45% (em capacidade instalada), um dos maiores crescimentos mundiais do setor, e atingiu a 10.ª posição mundial de capacidade instalada com 8,715 GW (Portugal possui hoje 5,0 GW instalados). No setor da energia solar fotovoltaica, os 3,2 GWp de projetos já contratados no mercado regulado, colocam também o Brasil como um dos maiores mercados emergentes desta fonte (Portugal possui cerca de 530 MWp, incluindo microgeração, enquanto que a Austrália, com a 10.ª maior capacidade instalada, contava com 5 GWp). Só em 2015, o total de investimento proveniente do setor terá sido superior a R$ 24,8 mil milhões (€5,8 mil milhões para taxas de dezembro de 2015) e os empregos gerados de pelo menos 40 mil. Para um setor que praticamente inexistia no país há sete anos, este foi um trajeto de sucesso que, ainda que não isento de erros, contou com o alinhamento da vontade política com a con½ERpE IQTVIWEVMEP REGMSREP I IWXVERKIMVE I SW ZEWtos recursos naturais que o país possui.

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Porém, inevitavelmente, o momento político e económico que atravessa o país, atinge também S WIXSV ES UYEP WI WSQEQ REXYVEMW MRI½GMsRGMEW de um mercado ainda jovem. A falta de liquidez do mercado nacional tem deixado diversos promotores a braços com QYMXEW HM½GYPHEHIW IQ ½RERGMEV SW WIYW TVSNItos, mesmo junto do Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES), camTInS HS ½RERGMEQIRXS HIWXI XMTS HI TVSNIXSW (YVERXI S ERS HI JSVEQ RSXzVMEW IWXEW HM½GYPHEHIW XIRHS LEZMHS YQ EFVERHEQIRXS WMKRM½cativo no ritmo de instalações. Alguns promotores encontram-se já em WqVMEW HM½GYPHEHIW IQ JYRpnS HSW GYWXSW KIVEdos pelos atrasos e multas por atraso no início de operação. O acesso à dívida externa é, na prática, inviável, dada a situação de risco cambial, o rating de crédito do país e de muitas das suas empresas. )WTIGM½GEQIRXI RS GEWS WSPEV JSXSZSPXEMGS nesta fase totalmente dependente de tecnologia importada, o mercado reconhece hoje um sério risco de falta de cumprimento de projetos contratados no primeiro leilão, de outubro

de 2014. Dos projetos aí contratados, apenas a ENEL Green Power permanece dentro dos planos de implantação. )Q GSRWIUYsRGME SW TVMRGMTEMW JEFVMGERXIW HI QzHYPSW JSXSZSPXEMGSW XsQ EHMEHS E HIGMWnS de entrada no país aguardando um período de QEMSV HI½RMpnS TSPuXMGE I IGSRzQMGE 1EW QIWQS SW TVSNIXSW GSQ ½RERGMEQIRXSW assegurados e em construção, sofrem com o momento do país. Atrasos nas linhas de transmissão, nomeadamente as concessionadas e à falida Abengoa, são particularmente preocupantes. Como se tudo isto não bastasse, a eólica TEVIGI EKSVE IRJVIRXEV YQE GSRGSVVsRGME HI outras fontes, como as Pequenas Centrais Hídricas, que não via há anos. No único leilão VIEPM^EHS IWXI ERS IQ ½REMW HI EFVMP RIRLYQ projeto eólico conseguiu contratar a sua energia, algo que nunca tinha sucedido desde 2009. Finalmente, as distribuidoras pretendem aproveitar este momento de estagnação económica para abrandar o ritmo de contratação de uma nova energia, procurando fazer face à situação ½RERGIMVE HqFMP IQ UYI E QEMSVME WI IRGSRXVE Contudo, o momento atual do mercado traz também oportunidades. De facto, o ano de 2015 foi caraterizado por um grande fenómeno de concentração por aquisições de empresas e projetos. Esse movimento foi particularmente intenso da parte de promotores e fundos estrangeiros, que aproveitaram ainda as taxas de câmbio favoráveis e a vantagem no acesso a capital externo, praticamente vedado a promotores brasileiros. )QTVIWEW I JYRHSW MRXIVREGMSREMW HI VIJIVsRcia no setor, como a francesa EDF-EN, a belga Tractebel/Engie, a norueguesa Statkraft, a espaRLSPE 'YFMGS SY E GEREHMERE &VSSO½IPH IRXVEVEQ SY VIJSVpEVEQ WMKRM½GEXMZEQIRXI E WYE TVIsença no mercado brasileiro durante 2015 e IWXE WIVj YQE XIRHsRGME UYI WI QERXIVj EMRHE por 2016 e 2017.


renovĂĄveis no Brasil

anålise da performance da geração eólica brasileira FATORES DE CAPACIDADE ESTIMADOS :)6797 VERIFICADOS O mercado eólico brasileiro passa, hoje, por uma fase de consolidação de investimentos tanto na parte de geração como de fabricação. Essa fonte de energia renovåvel começou no Brasil ZEKEVSWEQIRXI RS ½REP HSW ERSW I XIRHS MRWXEPEHS ETIREW 1; IQ UYEXVS IWXEHSW com geradores de mÊdio porte. *IPMTI HI *VIMXEW *+ 7SPYp~IW IQ )RIVKMEW JIPMTI JVIMXEW SPMZIMVE$SYXPSSO GSQ ,YQFIVXS (MSRuWMS 9*)67% LYQFIVXSHMSRMWMS$YJIVWE IHY FV

Com a criação do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia ElÊtrica um formidåvel aprendizado foi obtido e posteriormente favoreceu o crescimento da energia eólica em terras brasileiras. Mas a maturação aconteceu atravÊs do sucesso nos leilþes federais de energia que tornaram a fonte competitiva, atraindo diversos investidores nacionais e internacionais num processo de desenvolvimento contínuo, gerando oportunidades e empregos. Atualmente o Brasil possui 376 parques eólicos em operação que somam mais de 9,2 GW, colocando-o no ranking dos 10 países com maior capacidade instalada no mundo. Existem duas formas de adentrar no setor de geração eólica no Brasil, uma Ê atravÊs da participação em leilþes de energia organizados pelo governo (ambiente de contratação regulado) e a outra Ê atravÊs da venda de energia direta para o consumidor (ambiente de contratação livre). Independente de qual mercado esteja destinado ao parque, este deve seguir diretrizes impostas pelos órgãos regulamentadores no que diz respeito a aspectos tÊcnicos e comerciais, especialmente na contabilização da energia gerada. No ambiente de contratação regulado, os contratos de comercialização de energia se distinguem entre quantidade e disponibilidade, onde o parque deve entregar uma quantidade de energia em um determinado período SY S UYI JSV HMWTSRuZIP IQ GEHE QsW VIWTIGXMZEQIRXI (IRXVS HSW GSRtratos existem margens que permitem o desvio da produção tanto para GMQE UYERXS TEVE FEM\S 7I RE SGSVVsRGME HI YQ MRJSVX RMS E YWMRE IRXVIKYI menos energia do que o limite estabelecido na margem inferior, esta sofrerå penalidades financeiras e em algumas modalidades de contrato, deverå constituir um lastro para compensar as concessionårias que compraram energia. AtravÊs de dados consolidados da Câmara de Comercialização de Energia ElÊtrica, entidade que realiza a contabilização dos contratos de compra e venda de energia no Brasil, foram analisadas a performance de 200 parques eólicos com tempo de operação entre um e oito anos. Todos esses parques possuem uma produção anual certificada referente ao valor de energia anual que Ê excedido com uma probabilidade de 50% (P50) para um período de 20 anos. A adoção do P90 ocorreu a partir dos leilþes do ano de 2013 e esses parques possuem menos de um ano de operação comercial, impedindo anålises com maior assertividade. Os resultados estão expressos na Tabela 1 e discriminados por um período de operação dos respectivos parques e seus fatores de capacidade. Os parques pertencem a 44 empresas geradoras distintas com 10 diferentes fabricantes de aerogeradores. 42

Anos

Parque

FC estimado (%)

FC ZIVM½GEHS (%)

Desvio (%)

Parques abaixo do estimado (90%)

8

4

35,34

29,47

-16,59

3 (75,00%)

6

33

31,96

33,34

4,31

7 (21,21%) 1 (33,33%)

5

3

29,75

32,17

8,12

4

2

41,99

40,11

-4,47

0 (0,00%)

3

24

39,09

37,71

-3,54

9 (37,50%)

2

22

45,56

44,28

-2,80

3 (13,64%)

1

112

45,32

41,61

-8,18

53 (47,32%)

1-8

200

41,06

38,49

-6,26

76 (38,00%)

Tabela 1 Resultados dos fatores de capacidade estimados versus verificados.

f MRXIVIWWERXI IZMHIRGMEV UYI SW TEVUYIW IzPMGSW FVEWMPIMVSW XsQ ETVIsentados bons resultados de operação no que diz respeito aos seus fatores de capacidade em relação aos parques no resto do mundo. Todavia, Ê de se ressaltar que apesar dessas usinas estarem gerando, em sua maioria, dentro ou acima da margem de desvio (66 usinas geraram acima do esperado), um número consideråvel estå atingindo fatores de capacidade muito aquÊm do estimado. Diversas são as possíveis causas dessa baixa performance, dentre elas destacam-se um recurso eólico superestimado, regime de ventos desfavoråvel, adequabilidade dos aerogeradores no ambiente do parque, bem como adversidades de operação e manutenção. 'SQS GSRWIUYsRGME HMWWS IWWIW TEVUYIW IWXEVnS WYNIMXSW E WERp~IW financeiras e exposição a elevados preços de liquidação de diferença (quando assim houver necessidade de recomposição de lastro), revisão da receita anual, diminuição da Taxa Interna de Retorno, aumento do tempo de payback e acrÊscimo nos custos de OPEX. Em síntese, os parques eólicos brasileiros apresentam resultados operacionais favoråveis, mas que podem ser melhores dadas as características do recurso eólico aqui existente. Os resultados apontam para bons mÊtodos de desenvolvimentos dos projetos eólicos no Brasil e que a fonte tem contribuído, significativamente, para a matriz energÊtica nacional, proporcionando um desenvolvimento sustentåvel e uma transformação nos cenårios econômico, social e ambiental, agregando valor àqueles que aqui investem.


renovĂĄveis no Brasil

geração distribuída, uma realidade brasileira O mundo vem passando por um processo intenso de plena expansão da produção de energia WSPEV JSXSZSPXEMGE HMERXI HSW WMKRM½GEXMZSW FIRIJuGMSW UYI E QIWQE TVSTSVGMSRE TEVE E WSGMIHEHI TVMRGMTEPQIRXI IQ ZMVXYHI HE EGIPIVEHE UYIHE HI TVIpS HSW QzHYPSW I IQ GSRWIUYsRGME da própria energia. Thereza Neumann Santos de Freitas )RKIRLIMVE )PIXVMGMWXE I )RKIRLIMVE HI 7IKYVERpE HS 8VEFEPLS )WTIGMEPM^Ep~IW IQ +IWXnS 4 FPMGE I +IWXnS HI 'MHEHIW (MVIXSVE HI 6IPEp~IW -RWXMXYGMSREMW HE *IHIVEpnS 2EGMSREP HSW )RKIRLIMVSW *2) :MGI 4VIWMHIRXI HS 7MRHMGEXS HSW )RKIRLIMVSW RS )WXEHS HS 'IEVj 7IRKI ')

Fonte: Satrix Energias RenovĂĄveis.

Em alguns casos, como na Alemanha, a energia, em escala tradicional de produção, tornou-se competitiva com relação à gerada com combustíveis fósseis e do tipo eólica em terra, segundo Fraunhofer ISE, Instituto de Pesquisa em Energia Solar da Europa. No Brasil um grande diferencial de competitividade pode ser identificado na conjunção do alto preço das tarifas de energia elÊtrica com o bom nível de insolação, pois são fatores que contribuem com o processo de anålise e avaliação relacionado ao investimento inicial do empreendimento para produção de energia solar fotovoltaica e o tempo de retorno do mesmo para o consumidor-produtor. Atualmente, a geração de energia elÊtrica a partir de fontes renovåveis, principalmente a solar fotovoltaica, vem sendo adotada com objetivos econômicos e tambÊm ambientais, como forma de mitigação e proteção do meio ambiente e do planeta. E nesta linha, constata-se a implementação de mecanismos, inclusive com concessão de incentivos, UYI HnS EFVERKsRGME I IWXMQYPEQ YQ XMTS HI KIVEpnS HI TIUYIRS TSVXI geralmente localizada próximo aos centros de carga, que trazem potenciais vantagens que se refletem nos sistemas elÊtricos, como: diversificação da matriz energÊtica; redução de carga nas redes e diminuição da

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necessidade de investimento em expansão a curto prazo nos sistemas de distribuição e transmissão, entre outros. Diante dos inúmeros benefícios proporcionados pela energia solar I IQ HIGSVVsRGME HE GVMWI IRIVKqXMGE FVEWMPIMVE SGEWMSREHE IQ TEVXI pela escassez de chuvas, no país, este tipo de produção vem ganhando espaço no mercado como opção viåvel para redução de custo de energia, principalmente residencial e do setor produtivo, visto a grande elevação da tarifa de energia gerada pela ativação em 2013 de todas as termoelÊtricas existentes no Brasil, ajuda governamental e emprÊstimos para concessionårias de energia elÊtrica, como medidas necessårias para minimizar maiores prejuízos para a economia do país. O Brasil tem um potencial de geração de energia solar fotovoltaica que supera a soma do potencial de todas as outras fontes de energias renovåveis disponíveis no país, a saber o hídrico de 280 gigawatts (GW) e eólico de 300 gigawatts (GW). Com índice de radiação solar considerado um dos mais altos do mundo, por ter grande parte do seu território localizado relativamente próximo à linha do Equador, não poderia continuar desprezando esta energia renovåvel como primordial para o equilíbrio energÊtico de sua matriz. Portanto, tambÊm outros fatores como a evolução demogråfica, o crescimento da atividade econômica que vinha ocorrendo, o constante aumento do consumo de energia elÊtrica no país e a necessidade de alternativas para expansão e diversificação do parque gerador elÊtrico brasileiro abriram espaço para uma legislação inovadora que Ê a Resolução Normativa n.º 482, HI HI EFVMP HI HE %2))0 ¯ %KsRGME 2EGMSREP HI )RIVKME )Pqtrica que estabelece as condiçþes gerais para o acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elÊtrica e introduz o Sistema de Compensação de Energia ElÊtrica, criando a opção para o consumidor gerar a sua própria energia a partir de fontes renovåveis. Em termos de potencialidades brasileiras ainda podemos levar em consideração que a geração distribuída fotovoltaica estå na infância, em relação ao seu desenvolvimento e oportunidades para toda uma cadeia produtiva, que abrange diversas atividades comerciais e industriais, dando opçþes para abertura de novas empresas, formação de profissionais da årea tecnológica, específicos para o mercado e para concessionårias, alÊm da capacitação de mão de obra tÊcnica


renováveis no Brasil

SW HIWE½SW HSW negócios no Brasil Visto com um país de oportunidades e alternativa ao declínio de outros mercados, GSQ S EHMGMSREP HI WIV YQ TEuW IQ UYI S 4SVXYKYsW q E PuRKYE S½GMEP S &VEWMP JSM S TEuW IWGSPLMHS por muitas empresas portuguesas, para internacionalizar os seus negócios. .SWq %PQIMHE cofundador do projeto ANYWIND

Bom negócio, ou nem por isso? Com alguns casos de sucesso foi, no entanto, TEPGS HI FEWXERXIW I\TIVMsRGMEW RnS XnS FIQ WYGIHMHEW Desde 1986, que a atenção das empresas portuguesas se tem centrado tendencialmente nos países da União Europeia. Os sucessivos alargamentos, a abertura de fronteiras, a livre circulação de pessoas e bens (espaço Schengen), a moeda única (zona Euro), a crescente homogeneização cultural e legislativa, os diversos programas de apoios comunitários, entre outros, mudaram o paradigma de se fazer negócios na Europa, potenciando as relações entre empresas desta área geográfica, mas alterando os critérios de decisão. Pouco a pouco, com o passar dos anos (quase 30), diversos riscos, normalmente atendíveis quando se inicia negócios num novo país, tais como risco cambial, sistema fiscal, dificuldades em transações financeiras, segurança, cultura, disponibilidade de profissionais, e outros, deixaram de existir, sem que muitos de nós nos tenhamos apercebido. Este processo facilitador, lento e suave, acabou por descapitalizar o mercado de profissionais competentes e experimentados em gerir processos de internacionalização, e desabituou muitos dos empresários, e empresas, em lidar com os desafios de novas realidades em contextos mais exigentes. Entre Portugal e Brasil existem diferenças muito relevantes: (i) dimensão geográfica: Brasil é o quinto maior país do mundo, atrás da Rússia, Canadá, Estados Unidos e China, e 90 vezes maior que Portugal; (ii) número de habitantes: Brasil é também o quinto país mais populoso do mundo, atrás da China, Índia, Estados Unidos e Indonésia, e com 20 vezes mais população que Portugal; (iii) do ponto de vista de organização administrativa, o Brasil é uma federação, formada por 27 estados, enquanto Portugal pode-se considerar equivalente a um único estado; (iv) do ponto de vista fiscal, o Brasil é, talvez, dos países mais complexos do mundo, provavelmente em conjunto com a Rússia; (v) no Brasil o sistema fiscal pode mudar de estado para estado, e dentro de cada estado, de município para município, enquanto em Portugal, pelo menos nos impostos mais relevantes, as regras são homogéneas em todo o território; (vi) no Brasil existem fronteiras entre os estados, para efeitos tributários, onde, quem transporta mercadoria, de um estado para outro, deve parar e pagar os devidos impostos (i.e. ICMS), enquanto na Europa existe livre circulação de pessoas e bens; (vii) o Brasil tem uma moeda (Real), que não é aceite nas transações internacionais, com alguma volatilidade, originando variações de preços inesperadas nas transações entre o Brasil e países terceiros, enquanto Portugal possui o Euro, que é uma das moedas com maior reconhecimento internacional, a par com o Dólar norte-americano, e aceite nas transações internacionais. Além disso, na hora de realizar as consolidações de contas, esta volatilidade influi nos resultados das empresas portuguesas, com negócios no Brasil;

ZMMM RS &VEWMP E XE\E FERGjVME HI VIJIVsRGME 7)0-' XIQ ZEPSVIW GSQ HSMW 46

dígitos há bastantes anos, enquanto em Portugal a EURIBOR tem-nos acostumado a valores abaixo da unidade, e até valores negativos, o que impacta diretamente nos custos financeiros das operações, com bastante mais severidade no Brasil; (ix) a taxa sem risco no Brasil, correspondente à taxa de emissão de divida soberana, é das mais altas do mundo, o que deve influir nas taxas de rentabilidade que os empresários devem exigir dos seus negócios; (x) a inflação, no Brasil, é relevante e tem que ser tomada em consideração, em especial na tomada de decisões acerca de negócios futuros, algo que em Portugal, desde meados dos anos 80, não é mais uma preocupação significativa; (xi) no Brasil, a legislação laboral existente, origina sobrecustos muitos consideráveis nas empresas, que devem ser considerados como quase inevitáveis, e estimados nos planos de negócios das empresas; (xii) no Brasil, os Acordos de Contração Coletiva, relativos à mesma atividade, podem diferir de um estado para outro, obrigando a subidas salaVMEMW WMKRMJMGEXMZEW TIWWSEPQIRXI XMZI E I\TIVMsRGME HI YQE WYFMHE HI que depois não podem ser anuláveis, aumentando a estrutura de custos de forma permanente; (xiii) os obstáculos às transações financeiras, entre o &VEWMP I TEuWIW XIVGIMVSW XsQ UYI WIV EREPMWEHSW GSQ GYMHEHS GSQIpERHS logo no início do processo, quando da capitalização da empresa Brasileira, realizando um conveniente enquadramento dos movimentos financeiros juntos das autoridades Brasileiras, em especial o Banco Central Brasileiro; (xiv) o acordo de dupla tributação entre Portugal e o Brasil deve ser avaliado com cuidado, para um correto enquadramento das operações/rendimento; (xv) no Brasil, os eventuais ónus das transações financeiras, para fora do país, ficam a cargo dos Bancos que as realizam. Este facto leva a que os Bancos sejam conservadores na interpretação das normas aplicáveis, muitas vezes com interpretações subjetivas, o que leva a que, relativamente a uma mesma operação, Bancos diferentes enquadrem, do ponto de vista fiscal, a operação de forma distinta. Esta arbitrariedade pode trazer problemas aquando da consolidação de resultados em Portugal, dificultando eventuais deduções de impostos; (xvi) para quem quer vender equipamentos no Brasil, a norma CE não é reconhecida. É necessário estudar e realizar as necessárias adaptações aos equipamentos, para que possam ser comercializados no Brasil.

%2=;-2( q YQE IQTVIWE IWTIGMEPM^EHE RE TVIWXEpnS HI WIVZMpSW ES WIXSV IzPMGS JYRHEHE IQ XIRHS Nj TEVXMGMTEHS RE MRWXEPEpnS I QERYXIRpnS HI QEMW HI 1; IQ UYEWI TEuWIW HIWHI E )YVSTE %QqVMGE %WME I 3GIlRME


mundo académico

o valor e o custo da eletricidade produzida por sistemas solares (fotovoltaicos) (LEVELISED COST OF ELECTRICITY – LCOE, INCENTIVOS, POLÍTICA ENERGÉTICA) 2.ª Parte

Manuel Collares Pereira Titular da Cátedra Energias Renováveis da Universidade de Évora, Presidente da Direção do IPES António Joyce Investigador Principal do LNEG, Membro do Conselho Estratégico e Científico do IPES Pedro Cunha Reis Engenheiro EFACEC, Membro da Direção do IPES

2. O custo da eletricidade renovável (Levelised Cost of Electricity – LCOE) 2.1. Introdução Há uma grande diferença entre as energias renováveis e as energias ditas convencionais: o seu custo é sobretudo um custo de investimento em equipamento capaz de converter a energia solar ou eólica em eletricidade, contrastando com a situação da energia convencional em que, além do investimento inicial num equipamento de transformação, se exige a compra contínua, no tempo, do combustível cuja energia química ou física se transforma em elétrica. A situação convencional é uma situação muito diferente e o custo da energia convencional com a qual se compara sempre a do fotovoltaico é, sobretudo, o resultado direto do custo do próprio combustível. Isto é, fazemos uma comparação de “TsVEW GSQ QEpnW”. Quanto ao fotovoltaico, um sistema gerador de energia elétrica que poderá funcionar, ainda com um rendimento aceitável, até aos 25 anos, a forma que temos de fazer as contas aos custos da energia produzida, terá que ter em conta a produção que foi capaz de realizar no seu tempo de vida, o investimento inicial feito e os gastos com operação e manutenção do equipamento. A forma rigorosa de fazer este cálculo (LCOE) explica-se no capítulo seguinte. Nesta 48

Sumário executivo Descarbonizar a economia é um dos objetivos essenciais para o cumprimento dos compromissos COP21. A área da energia é a que mais contribui para a introdução de GEVFSRS RE EXQSWJIVE HEHE E IRSVQI HITIRHsRGME UYI E IGSRSQME XIQ HS VIGYVWS E combustíveis fósseis. São necessárias tecnologias limpas, as das Energias Renováveis. Neste breve estudo pretende-se apresentar e discutir algumas condicionantes à introdução destas novas tecnologias para a produção de eletricidade – em particular as do solar – desenvolvendo alguns pontos de vista, muitas vezes ignorados, quando se entra de forma cega numa discussão/comparação de custos sem se reconhecer que, regra geral, não se está a falar de realidades diretamente comparáveis.

introdução, o que se pretende sublinhar é que, para comparar com a eletricidade convencional, se deveria fazer exatamente a mesma coisa, para termos uma comparação de “TsVEW GSQ TsVEW”. A comparação feita nestes termos obrigaria a calcular o LCOE da energia convencional e este resultaria, sem dúvida, num valor muito mais elevado que o valor spot do mercado neste momento. A principal razão tem que ver com o facto de se lidar com combustíveis que são finitos, cujo valor, por essa razão, é hoje muito menor que dentro de 10 ou de 20 anos. Embora, temporariamente, os valores do mercado possam descer (como, por exemTPS WI IWXj E TEWWEV GSQ S TIXVzPIS E XIRHsRcia futura só pode ser de subida, por razões de fundo, estruturais1.

1 Exemplo: o petróleo tem apresentado recentemente YQE XIRHsRGME HI HIWGMHE QEW MWWS HIZI WI E VE^~IW GMVcunstanciais, de política (preservação da hegemonia e controlo por um ou dois países produtores), de crise económica associada a uma redução de procura, logo a um excesso de oferta, de exploração de novos tipos de petróleo (shale oil – petróleo não convencional), sem sustentabilidade e sem regras sobre os impactos ambientais na extração, reforço da presença de países como o Irão com o levantamento do embargo, e outros. São razões

Que deriva (percentagem da subida do seu custo acima da inflação) do custo da energia se deveria usar? Qualquer valor, desde que positivo em média, faria o custo da eletricidade tornar-se significativamente mais alto daqui a 10 ou 20 anos, enquanto para o fotovoltaico, o que calculamos hoje, mantém-se constante para qualquer desses períodos! Contudo, para o fotovoltaico (e para a eólica) estamos condenados a fazer o cálculo do LCOE. Assim é importante que se defina com clareza o que é (as definições usadas por todos devem ser as mesmas para estes efeitos de comparação). É o que se fará no próximo capítulo. %PKYQEW HI½RMp~IW O custo da eletricidade produzida durante o tempo de vida de uma unidade produtora de

circunstanciais que tenderão a desaparecer e fazer os custos do petróleo subir. )WXE VIJIVsRGME ES TIXVzPIS q JIMXE E XuXYPS HI I\IQTPS pois cada vez menos se usa petróleo para a produção de eletricidade. O ponto é o de que há cada vez menos petróleo convencional, o custo do não convencional é muito mais alto (o shale oil está barato, mas não é tão abundante e só custa menos porque não se contabilizam os custos dos impactos referidos anteriormente).


investigação e tecnologia

considerações sobre tecnologias e áreas de I&D futuras no domínio da energia solar Foi efetuado um trabalho de pesquisa no domínio das tecnologias ainda não demonstradas e das áreas de investigação e desenvolvimento em energia solar. A pesquisa centrou-se em documentos e eventos recentes e abrangentes, representativos, publicados por especialistas e/ou instituições de renome, HI JSVQE E TSHIV XIV WI YQE TIVWTIXMZE JYXYVE GSQ FEWI RE WYE I\TIVMsRGME Luís Gil luis.gil@dgeg.pt Investigador Principal Habilitado (MVIpnS +IVEP HI )RIVKME I +ISPSKME ¯ (MZMWnS HI )WXYHSW -RZIWXMKEpnS I 6IRSZjZIMW

Resultados da pesquisa Dez diferentes autores publicaram a sua visão dos desafios futuros no domínio da I&D em energia num recente artigo intitulado “The Frontiers of Energy” publicado na Nature Energy [1]. Neste artigo, os autores apresentam algumas pistas para o que virá a ser necessário no futuro: “%PKYQEW TSYGEW XIGRSPSKMEW IQ TEVXMGYPEV WIVnS ZMXEMW TEVE WI GSRWIKYMV corresponder ao crescimento da procura de energia e para se atingir uma XVERWMpnS TEVE E HIWGEVFSRM^EpnS )RXVI IWXEW XIGRSPSKMEW E IRIVKME WSPEV q a fonte renovável mais amplamente e homogeneamente distribuída.” “… o aumento da escala de tecnologias fotovoltaicas para se atingirem as necessidades globais de eletricidade a longo prazo permanece oneroso. 4SV MWWS EZERpSW IQ GMsRGME JYRHEQIRXEP RSZSW QEXIVMEMW I TVSGIWWSW TEVE SW WMWXIQEW JSXSZSPXEMGSW ¯ XEMW GSQS GqPYPEW WSPEVIW JPI\uZIMW HI TIPuGYPE JMRE que possam ser impressas em substratos tais como plástico, papel ou folhas metálicas – e novos conceitos de sistema para a energia solar concentrada, XsQ S TSXIRGMEP HI EYQIRXEV EMRHE QEMW E GSQTIXMXMZMHEHI VIPEXMZE I TVSmover um rápido aumento da escala da energia solar.” ±© SW GSQFYWXuZIMW WSPEVIW TVSHY^MHSW TSV GSRZIVWnS HI '32 e H2O EXVEZqW HI JSXSGEXjPMWI SJIVIGIQ YQ KVERHI TSXIRGMEP GSQS GSQFYWXuZIMW VIRSZjZIMW TEVE SW XVERWTSVXIW IQFSVE I\MWXE YQ GIVXS R QIVS HI HIWEfios científicos e tecnológicos e o progresso tenha que ser comparado com EW VIJIVsRGMEW©² ±9QE VIZMWnS VIGIRXI MRHMGE UYI E IPIXVzPMWI HE jKYE TSV ZME WSPEV YWERHS QEXIVMEMW EFYRHERXIW GSQ YQE IJMGMsRGME HI GSRZIVWnS HI IRIVKME HI I YQ XIQTS HI ZMHE HI HI^ ERSW EMRHE RnS JSM GSRWIKYMHE ²

56

±)QFSVE QYMXEW HIWXEW XIGRSPSKMEW HI GSRZIVWnS I YXMPM^EpnS IWXINEQ Nj E WIV HIQSRWXVEHEW SY MRWXEPEHEW E YQE GIVXE IWGEPE YQE TVSHYpnS FEVEXE HI LMHVSKqRMS E TEVXMV HI JSRXIW HI FEM\S GEVFSRS MRGPYMRHS IRIVKMEW VIRSZjveis, permanece ainda um desafio.” ±7MWXIQEW HI HIGSQTSWMpnS HE jKYE TSV ZME WSPEV UYI IQTVIKEQ JSX~IW IQ ZI^ HI IPIXVMGMHEHI TEVE GSRZIVXIV jKYE IQ LMHVSKqRMS I S\MKqRMS TSHIQ TVSporcionar uma fonte de combustível ainda mais verde… Tais sistemas devem, TSV MWWS FIRIJMGMEV HI QEXIVMEMW QYMXS FEVEXSW MRXIKVEpnS WMRIVKuWXMGE HI JYRGMSREPMHEHIW I SY RSZSW JEXSVIW HI JSVQE© 7nS RIGIWWjVMSW EFWSVZIHSVIW HI luz para proporcionar fotoânodos estáveis ligados a fotocátodos adequados.” ±1EMW EZERpSW RE UYuQMGE HSW QEXIVMEMW HIWIRZSPZMQIRXS HI GEXEPMWEHSVIW IRKIRLEVME HI WMWXIQEW I RERSGMsRGME TSHIVnS TIVQMXMV YQ KIVEHSV HI combustível solar integrado comercialmente viável que possa produzir hidroKqRMS HMVIXEQIRXI E TEVXMV HE PY^ WSPEV ² Numa outra publicação (maio de 2015) sobre o futuro da energia solar, que também sumariza a informação pretendida, sobre o futuro da energia solar, um relatório do MIT [2], no Sumário Executivo, refere o seguinte: “© TEVE EYQIRXEV E GSRXVMFYMpnS HE IRIVKME WSPEV TEVE E QMXMKEpnS HEW EPXIVEp~IW GPMQjXMGEW E PSRKS TVE^S VIGSQIRHE WI JSVXIQIRXI UYI YQE KVERHI TEVXI HSW VIGYVWSW JIHIVEMW HMWTSRuZIMW TEVE E MRZIWXMKEpnS I o desenvolvimento solar se foque nas tecnologias benignas e emergentes de filme fino que se baseiem em materiais abundantes.” ±3W KEWXSW GSQ - ( I HIQSRWXVEpnS IQ XIGRSPSKME HI '74 'SRGIRXVEXIH 7SPEV 4S[IV ¯ )RIVKME 7SPEV 'SRGIRXVEHE HIZIQ JSGEV WI RS EZERpS IQ HIWMKR HI WMWXIQEW MRGPYMRHS WMWXIQEW HI JSGS RMGS XEMW GSQS EW XSVVIW WSPEVIW I IQ GMsRGME HSW QEXIVMEMW WYFNEGIRXI UYI TIVQMXMVnS STIVEp~IW HI EPXE XIQTIVEXYVE I RS HIWIRZSPZMQIRXS HI WMWXIQEW QIPLSVEHSW para a recolher e receber energia solar.” ±© VIGSQIRHE WI UYI S 9 7 (ITEVXQIRX SJ )RIVK] IWXEFIPIpE YQ TVSgrama para apoiar sistemas de CSP à escala piloto para acelerar o progresso em novos designs de sistemas de CSP e materiais.” “Por causa da potencial importância do armazenamento de energia TEVE JEGMPMXEV EPXSW RuZIMW HI TIRIXVEpnS HE IRIVKME WSPEV EW XIGRSPSKMEW HI EVQE^IREQIRXS IQ KVERHI IWGEPE WnS YQ JSGS EXVEXMZS TEVE SW KEWtos de I&D federais.”


case-study

poupar com energia solar: autoconsumo ou unidade de pequena produção? 3 MRZIWXMQIRXS REW IRIVKMEW VIRSZjZIMW QEMW IWTIGM½GEQIRXI GSQ S MRXYMXS HI TSYTEV com a energia solar, ainda é, apesar de já ter sido mais apetecível aos portugueses, mais rentável do que colocar o dinheiro num depósito a prazo em Portugal. ComparaJá.pt

Porém, os últimos dados divulgados pelo Banco Central Europeu (BCE) MRHMGEQ UYI RS TEWWEHS QsW HI QEMS S FSPS XSXEP HS GVqHMXS ES GSRsumo disponível em Portugal fixou-se em 12 574 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 320 milhões de euros. Este incremento mensal é o mais elevado em quase dois anos. A partir de um agregado familiar de quatro pessoas – dois adultos e duas crianças – e de dados recolhidos a partir de algumas consultoras, como a FuturSolutions e a Vulcano, a plataforma gratuita de simulação de produtos financeiros ComparaJá.pt analisou dois possíveis cenários no que toca à utilização de energia renovável solar pela família. O primeiro é referente ao autoconsumo que, tal como o nome indica, destina-se ao consumo do agregado, e o segundo a uma Unidade de Pequena Produção, cuja energia produzida é vendida para a rede.

Autoconsumo versus unidade de pequena produção Antes de avançar para a análise propriamente dita é importante estabelecer a diferença entre painéis solares térmicos e fotovoltaicos, sendo os primeiros transformadores de radiação solar em energia térmica para o aquecimento da água ou similares, e os segundos conversores de energia solar em corrente elétrica.

Quanto às diferenças entre a Unidade de Produção para Autoconsumo e Unidade de Pequena Produção encontram-se na tabela abaixo.

Autoconsumo A Unidade de Produção para Autoconsumo (UPAC) da fonte renovável injeta a energia produzida na instalação de consumo, se bem que, em casos excecionais, os excedentes podem ser injetados na RESP. O objetivo desta produção é adequar a capacidade de produção ao regime de consumo, QMRMQM^ERHS E MRNIpnS HI IRIVKME RE 6)74 I UYI E TSXsRGME HI PMKEpnS HE 94%' WINE QIRSV SY MKYEP E HE TSXsRGME GSRXVEXEHE RE MRWXEPEpnS de consumo.

Unidade de Pequena Produção O novo regime jurídico da produção distribuída estabelece, para além da modalidade anterior, a produção de eletricidade em regime de Pequena Produção (PP). Mas o que são ao certo as UPP? 4SHIQ WIV I\TPMGEHEW GSQS YRMHEHIW HI TVSHYpnS GSQ TSXsRGME HI ligação igual ou inferior a 250 kW que injetam, tendo como fonte o sol, toda a energia produzida na Rede Elétrica de Serviço Público (RESP).

Autoconsumo

Pequena Produção

Atividade de produção e fonte

Sem ligação à rede.

Produção de energia da fonte renovável, com ligação à Rede Elétrica de Serviço Público (RESP).

0MQMXIW HE TSXsRGME

! HE TSXsRGME GSRXVEXEHE 4SXsRGME MRWXEPEHE RnS HIZI WIV " \ TSXsRGME HI PMKEpnS

Requisitos de produção

Energia produzida para consumo.

Energia consumida deve ser => a 50% da energia produzida. Venda da totalidade ao Comercializador de Último Recurso (CUR).

Quota

Quota anual de 20 MW.

Remuneração e compensação

Tarifa atribuída com base numa licitação na qual os concorrentes oferecem HIWGSRXS k XEVMJE HI VIJIVsRGME

Contagem

Contagem obrigatória da eletricidade produzida e injetada na RESP com TSXsRGME MRWXEPEHE WYTIVMSV HI O;

Contagem obrigatória da eletricidade injetada na RESP.

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! HE TSXsRGME GSRXVEXEHE EXq YQE PMKEpnS Qj\MQE HI O;


case-study

componentes para instalações a biomassa O termo “biomassa² MHIRXM½GE XSHSW SW QEXIVMEMW HI SVMKIQ SVKlRMGE ZIKIXEP SY ERMQEP que não sofreram processos de fossilização e que podem ser utilizados como fonte de energia. 4SV GSRWIKYMRXI RS lQFMXS HIWXIW QEXIVMEMW RnS WI MRGPYIQ SW GSQFYWXuZIMW JzWWIMW GSQS S GEVZnS o petróleo e o gás natural. CALEFFI Portugal

A energia que deriva da biomassa é considerada de tipo renovável. Naturalmente, isto é verdade desde que o seu consumo não tenha um impacto excessivo na biodiversidade, e não roube demasiado terreno às restantes culturas (sobretudo às alimentares), fazendo crescer demasiado os seus custos. Para além disso, a energia que deriva da biomassa é de tipo sustentável, já que não causa um aumento de anidrido carbónico (CO2) no ambiente, gás considerado responsável (ainda que não se disponha de certezas cienXu½GEW E VIWTIMXS TIPS IJIMXS IWXYJE O CO2 emitido pela combustão das plantas é, de facto, o mesmo absorvido por estas na fase de crescimento. O aquecimento com biomassa tem, por isso, um impacto nulo sobre o efeito estufa.

Porém, o que ocorre com as substâncias fósseis é diferente. De facto, a combustão destas substâncias emite para a atmosfera, o carbono por estas absorvido há milhares e milhares de anos, e armazenado no subsolo, isto é, emite para a atmosfera CO2 armazenado anteriormente debaixo da terra. Contudo, deve ser tido em conta que, para evitar fenómenos de poluição do ambiente, a biomassa deve estar isenta de materiais contaminantes. De seguida, abordaremos brevemente a natureza e as formas de biomassa mais utilizadas, isto é, o biogás, os biocombustíveis e os vários tipos de biomassa lenhosa. 62

Biogás É constituído por uma mistura de vários gases (sobretudo metano) produ^MHE EXVEZqW HE JIVQIRXEpnS EREIVzFME SY WINE RE EYWsRGME HI S\MKqRMS HI matéria orgânica, geralmente proveniente de resíduos orgânicos do lixo, das MRH WXVMEW EKVSEPMQIRXEVIW I I¾YIRXIW ^SSXqGRMGSW % JIVQIRXEpnS SGSVVI em reservatórios adequados. O biogás é usado como carburante e também em instalações de cogeração, isto é, que produzem quer energia elétrica quer calor.

Biocombustíveis Da biomassa também se podem extrair diversos tipos de combustíveis. Os mais importantes são o etanol e o biodiesel. O etanol é extraído da fermentação de vegetais ricos em açúcar como beterraba, milho e cana de açúcar. O biodiesel é extraído, por sua vez, a partir das oleaginosas como o girassol, a colza e a soja. Os biocombustíveis são utilizados sobretudo para alimentar motores a diesel.

Biomassa lenhosa A madeira constitui o combustível mais antigo utilizado pelo Homem para o aquecimento das habitações e para cozinhar alimentos. Apenas na segunda metade do século XIX teve início a sua substituição gradual por combustíveis fósseis (carvão, gás, petróleo). Depois, a partir da segunda metade do século XX, a sua substituição, pelo menos nos países mais desenvolvidos, foi quase total. Todavia, nos últimos anos, SGSVVIY YQE MRZIVWnS HE XIRHsRGME HIZMHE E diversos fatores, entre os quais: a forte diminuição das reservas de combustíveis tradicionais; os danos ambientais causados pelo uso prolongado de combustíveis fósseis; a disponibilidade, a partir de meados do século XXI, de salamandras I GEPHIMVEW E PIRLE QYMXS QEMW I½GMIRXIW I QIRSW TSPYIRXIW HS UYI as usadas até então.

Grupo de recírculo anticondensação De modo a impedir a formação de condensação e os perigos inerentes nas instalações com caldeiras tradicionais, evita-se que a água regresse à caldeira demasiado fria.


reportagem

seminário EPLAN Experience: passaporte para uma maior I½GMsRGME ,SNI IQ HME E IJMGMsRGME em engenharia é de extrema MQTSVXlRGME QEW S UYI q efetivamente uma “engenharia eficiente²# %W I\MKsRGMEW do mercado atual aumentaram e para responder aos desafios q UYEWI YRlRMQI E MHIME que são necessárias mais horas de trabalho, mais dedicação e mais stress.

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Mas e se isso não for necessário? Não se trata de produzir mais nem mais rápido, mas sim de produzir melhor para reduzir os tempos de fabrico e de entrada dos produtos no mercado. E o fator chave para que tal aconteça passa por otimizar os processos de trabalho, de forma a obter melhorias sustentáveis no futuro da empresa. Com o intuito de mostrar como é que cada área específica de uma empresa pode ser o mais eficiente possível, a M&M Engenharia Industrial realizou no dia 28 de maio, no Porto, o seminário EPLAN Experience, onde deu a conhecer um conceito inovador e modular que combina E XIGRSPSKME GIVXE GSQ YQE I\TIVMsRGME I ZMWnS precisas para a obtenção de uma engenharia em menos tempo, com menos custos e maior qualidade. Aplicável a qualquer empresa, independentemente da sua dimensão, localização ou área, o EPLAN Experience otimiza os projetos de engenharia através de 8 áreas de ação que se podem definir como sendo as áreas específicas das operações de uma empresa que precisam ser rentabilizadas para se tornarem mais eficientes. Começando por reconhecer que uma percentagem muito elevada dos custos de um projeto se devem ao Departamento de Engenharia, iniciou-se o seminário com a ideia de que é fundamental avaliar as necessidades concretas de cada empresa. Foi rapidamente unânime a opinião de que para se obter uma engenharia eficiente é necessário um foco nas tarefas que conferem valor acrescentado à engenharia individual.

Com uma apresentação bastante demonstrativa, José Meireles e David Santos da M&M EngeRLEVME -RHYWXVMEP EFSVHEVEQ XVsW HEW jVIEW de ação que compõem o conceito EPLAN Experience. Através das áreas de ação “Normas e Padrões”, “Estrutura do Produto” e “ConJMKYVEpnS HE 4PEXEJSVQE” foi possível conhecer os métodos de desenvolvimento mais atuais, baseados na reutilização e na engenharia funcional, conhecer como estruturar os produtos sob uma abordagem de engenharia individual, aprender como reutilizar ao máximo os dados dos projetos e como trabalhar com projetos de macros EPLAN. De salientar que o EPLAN Experience pode ser implementado onde é mais necessário, ao ritmo que mais se adequa à empresa podendo iniciar-se em qualquer área de ação. José Meireles deu ainda uma visão de como as empresas internacionais se estruturam em matéria de processos e abordou a importância da inovação com exemplos práticos da expeVMsRGME UYI TSWWYM VIPEXMZEQIRXI ES UYI XIQ sido feito nos países vizinhos. O responsável EPLAN, salientou que “seguir sempre os mesQSW TVSGIWWSW Hj YQE WIRWEpnS HI WIKYVERpE enorme aos utilizadores dos softwares” mas alertou para o facto de “IWWE QIWQE WIKYVERpE RIQ sempre consegue garantir os processos de engeRLEVME QEMW IJMGMIRXIW Nj UYI E IWXEKREpnS RnS TIVQMXI UYI YQE IQTVIWE WMKE EW XIRHsRGMEW HS QIVGEHS I VIWTSRHE kW I\MKsRGMEW HSW GPMIRXIW UYI WnS GEHE ZI^ QEMSVIW ² A ideia de que a inovação é um fator de sucesso para todas


reportagem

inovação da Viessman evita sobreaquecimento dos sistemas solares térmicos A tecnologia com paragem por temperatura ThermProtect vem resolver o crónico problema do sobreaquecimento nos coletores solares planos, tornando desnecessário o recurso a equipamentos adicionais de dissipação. A Viessmann desenvolveu um tratamento seletivo para os absorvedores, recorrendo ao óxido de vanádio, uma estrela em ascensão na família dos materiais inteligentes. por Carlos Alberto Costa

66

O sobreaquecimento era, até agora, um dos riscos mais sensíveis nos sistemas solares térmicos, representando um potencial dano para os componentes do sistema. A Viessmann, um dos maiores grupos mundiais no fabrico de sistemas industriais, de aquecimento e de refrigeração, lançou no mercado uma inovação que vem autolimitar este efeito negativo. Apresentado à imprensa numa sessão que decorreu a 28 de abril no Lagoas Park Hotel, em Oeiras, trata-se do primeiro tratamento seletivo do absorvedor para coletores planos, uma tecnologia inteligente que autolimita a absorção de energia a partir dos 75 graus centígrados, protegendo o sistema do sobreaquecimento e da formação de vapor. Mónica López, Gestora de Produto na Viessmann, e Olga Duarte, da Direção Comercial da Termomat, empresa que representa em Portugal os produtos da multinacional de origem alemã, apresentaram a nova gama solar Vitosol FM, enquadrando a inovação tecnológica num contexto de recuperação do mercado da energia solar térmica. “O Grupo Viessmann aposta na energia solar pois, cada vez mais, os projetistas necessitam de assegurar que os edifícios sejam mais eficienXIW I TSV MWWS FYWGEQ WSPYp~IW TEVE GSRWIKYMVIQ EW TVIWXEp~IW IRIVKqXMGEW I\MKMHEW )WXI q S GIRjVMS 4SVqQ UYERHS EZEPMEQSW S VIXSVRS

HI YQE XIGRSPSKME RnS XIQSW Wz UYI RSW JM\EV RE TSYTERpE HI IRIVKME TVSTVMEQIRXI HMXE QEW XEQFqQ EWWIKYVEV UYI q VIRXjZIP TEVE XSHSW I XEQFqQ RSW FIRIJuGMSW UYI XVEVj IQ XIVQSW ambientais”, refere Mónica López. Olga Duarte lembra, a este propósito, o enquadramento legal em Portugal que apenas obriga a instalar equipamentos de captação solar em novos edifícios – as obras de reconZIVWnS RnS XsQ IWWE SFVMKEXSVMIHEHI ¯ E UYI se junta, ainda, alguma dúvida instalada sobre a rentabilidade do investimento solar térmico. “5YIVIQSW HIQSRWXVEV UYI q TSWWuZIP GSRGMPMEV a rentabilidade do investimento com a sua efiGMsRGME I ZEPSV EQFMIRXEP”, salienta a representante da Termomat. Mónica López acrescenta: “Pretendemos EWWIKYVEV UYI E TSYTERpE IRIVKqXMGE q GSRWIguida com uma tecnologia que minimize proFPIQEW f GSQ IWXI JSGS UYI E :MIWWQERR desenvolve tecnologias e equipamentos de alto rendimento e fiáveis na altura do seu funcionamento. Em Portugal, tal como em Espanha, o WIXSV WSPEV XqVQMGS EXVEZIWWSY QSQIRXSW IQ UYI RnS IWXEZE FIQ ZMWXS WSFVIXYHS HIZMHS k SFVMKEXSVMIHEHI HI GSPSGEpnS 3W TEMRqMW WSPEVIW IVEQ colocados porque era obrigatório. Depois, logo RSW TVISGYTjZEQSW GSQ E TSYTERpE 8SVRE WI RIGIWWjVMS VSQTIV IWXE XIRHsRGME TSMW S WSPEV q YQE XIGRSPSKME UYI GSRZMZI FIQ GSQ SYXVEW VIRSZjZIMW SY RnS VIRSZjZIMW ²


reportagem

9.Âş Encontro dos Integradores WeidmĂźller: renovar o ciclo Coimbra foi palco, a 6 de maio, de mais um Encontro de Integradores 3½GMEMW HE ;IMHQ‚PPIV RS %R½XIEXVS HS VIRSZEHS 1YWIY HE 'MsRGME da Universidade de Coimbra, o LaboratĂłrio Chimico mandado construir pelo 1EVUYsW HI 4SQFEP IQ para ser o primeiro laboratĂłrio TSVXYKYsW TEVE S IRWMRS e investigação da quĂ­mica em Portugal. por Helena Paulino JSXSKVE½E TSV 1<0 *SXSKVE½E -QEKIQ

Nesta 9.ÂŞ edição do evento estiveram presentes cerca de 80 integradores oficiais da WeidmĂźller onde receberam os seus certificados, num convĂ­vio animado entre os integradores oficiais da WeidmĂźller em Portugal e os representantes da marca. Deodato Taborda Vicente, Diretor-Geral da WeidmĂźller Portugal, recebeu os integradores oficiais com uma palavra de apreço por terem comparecido ao evento e por continuarem a apostar na marca WeidmĂźller. Desvendou qual o segredo do sucesso dos 160 anos em que ligaram pessoas, mercados e indĂşstrias em todo o mudo, que passa pelo desempenho, GSQTIXsRGME I JMEFMPMHEHI 4SV XYHS MWWS WnS HSW parceiros favoritos para muitas indĂşstrias – de mĂĄquinas, de processo, de energia, de transportes e fabricantes de equipamentos – na conetividade, pela inovação dos produtos, soluçþes e serviços que apresentam para implementar no ambiente industrial e assim responder Ă s necessidades individuais e aos desafios crescentes com o aparecimento da IndĂşstria 4.0 e do conceito da “fĂĄbrica inteligenteâ€?.

Parceiros win-win JosÊ Catarino, Diretor Comercial da Weidmßller, começou por homenagear parceiros que estiveram presentes nos primeiros encontros de quadristas oficiais da Weidmßller e por via das circunstâncias jå não se encontram entre nós: Luís Filipe Margarido e Paulo Paraty. JosÊ Catarino foi ao passado relembrar o ano de 1999 em que se deu o início do Programa de 68

Quadrista Oficial WeidmĂźller, sendo este um programa inserido no Manual da Qualidade WeidmĂźller certificado pela TĂœV. Seis anos volvidos, este programa evoluiu para o Integrador Oficial da WeidmĂźller. Algumas histĂłrias e fotografias foram relembradas, e JosĂŠ Catarino explicou que este programa pretende cimentar o relacionamento da WeidmĂźller com os clientes integradores mais importantes em Portugal de forma a criar uma relação win-win, e assim conquistar vantagens realmente competitivas para ambas as empresas. O Programa Integrador Oficial WeidmĂźller pretende assegurar uma sĂŠrie de benefĂ­cios, serviços e recursos exclusivos para os seus membros, ou dito por outras palavras, a WeidmĂźller oferece um pacote de benefĂ­cios aos seus clientes preferenciais para responder Ă s suas necessidades e expetativas da melhor forma. E do outro lado espera-se que os membros do Programa Integrador Oficial WeidmĂźller utilizem, de forma preferencial, a vasta gama de produtos e serviços da WeidmĂźller nos seus trabalhos diĂĄrios. A WeidmĂźller desde que iniciou este programa que se comprometeu com os seus membros a dar prioridade no tratamento das suas encomendas, a instalar de forma gratuita os softwares Rail designer, Galaxy e Mprint-Pro, ter um serviço pĂłs-venda para ferramentas e mĂĄquinas automĂĄticas que inclui a minimização de prejuĂ­zos quando hĂĄ uma avaria ou ĂŠ necessĂĄria uma manutenção. E, alĂŠm disso, a WeidmĂźller efetua as etiquetas de identificação na Print Marking System sem custos para os membros deste


barómetro das renováveis

barómetro das renováveis março 2016 Este barómetro utiliza informação correspondente ao boletim informativo da DGEG “Renováveis – Estatísticas Rápidas – março 2016” e informação de produção de eletricidade disponível no portal da REN. Cláudio Monteiro e António Sérgio Silva

Até final de janeiro de 2016, os valores de TSXsRGME MRWXEPEHE VIRSZjZIP JSVEQ 1; 6024 MW de hídrica, 5033 MW de eólica, 735 MW de biomassa e 644 MW de fotovoltaica. Até final de 2015, comparativamente com 2014, instalaram-se mais 618 MW de renovável, salientando-se um incremento de 8% de hídrica, 1,6% de eólica e 9% de fotovoltaica.

Quanto à produção, no último ano móvel do ano, a produção de eólica aumentou 4,2%, a produção fotovoltaica subiu 12,3%, a hídrica desceu 3,1%, a biomassa desceu 5,7%. No total, a produção renovável está aproximadamente igual ao ano anterior, graças às chuvas e vento do último trimestre. O consumo desceu 0,3%, mas no último trimestre de

2015 registou-se a descida mais acentuada no último semestre. No último ano móvel a fração de renováveis atingiu apenas 56% do consumo igualando o ano anterior. A produção hídrica representou 25% do consumo, a eólica 24%, a biomassa 5,2% e a fotovoltaica 1,5%.

4SXsRGME -RWXEPEHE 1; 2010

2011

2012

2013

2014

2015

Jan-16

9722

10 691

11 160

11 449

11 848

12 458

12 465

4898

5333

5539

5535

5573

6024

6024

4234

4666

4877

4877

4916

5360

5360

PCH (10 MW a 30 MW)

290

290

288

288

285

292

292

PCH () 10 MW)

374

377

374

370

372

372

372

3914

4378

4531

4731

4953

5033

5033

712

712

712

717

706

735

735

Centrais com cogeração

476

459

441

441

416

443

443

Centrais sem cogeração

116

116

123

123

123

123

123

RSU

86

86

86

86

86

86

86

Biogás

34

51

62

67

81

83

83

Geotérmica

29

29

29

29

29

29

29

Fotovoltaica

169

239

349

437

587

637

644

Centrais

134

175

244

299

418

455

462

6

9

9

35

63

83

91

98

101

101

1

2

22

47

65

73

73

Total Renovável Hídrica GCH (>30 MW)

Eólica Biomassa

CPV Microgeração Minigeração

Tabela 1 4SXsRGME MRWXEPEHE HE *SRXIW HI )RIVKMEW 6IRSZjZIMW *)6 EXq QEVpS HI *SRXI (+)+

EnergizAIR indicadores para a média de abril a junho de 2016

SOLAR FOTOVOLTAICO

Lisboa: 151% SOLAR TÉRMICO

Lisboa: 92% EÓLICA

Portugal Continental 3 083 000 habitações Para mais informações sobre cada um dos indicadores http://energizair.apren.pt

98

Figura 1 )RIVKME VIRSZjZIP TVSHY^MHE QIRWEPQIRXI EXq QEVpS HI MRHMGERHS E JVEpnS HI VIRSZjZIP VIPEXMZEQIRXI ES GSRWYQS *SRXI FEWIEHS RE MRJSVQEpnS HI TVSHYpnS HMjVME HMWTSRuZIP RS TSVXEP HE 6)2


FMFPMSKVE½E

Montaje y mantenimiento de los sistemas de control y regulación de parque eólico (UF0220)

€26,50

Autor: Antonio Aguilera Neves ISBN: 9788499312934 Editora: Vertice Número de Páginas: 158 Edição: 2014 (Obra em Espanhol) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br

)WXE SFVE TIVXIRGI ES GIVXM½GEHS HI TVS½WWMSREMW HI KIWXnS HE QSRXEKIQ I QERYXIRpnS HI TEVUYIW IzPMGSW (enae0408), correspondendo exatamente ao módulo mf00619_3: Montagem e Manutenção de Instalações de Energia Eólica. E também à unidade formativa 3 (uf0220) de montagem e manutenção dos sistemas de controlo e regulação do parque eólico. Os aerogeradores dos parques eólicos necessitam de uma montagem e manutenção especial, manutenção especial, TEVE MWWS q MQTVIWGMRHuZIP S GSRLIGMQIRXS HSW IPIQIRXSW UYI JE^IQ TEVXI HSW WIYW WMWXIQEW HI GSRXVSPS HI TSXsRcia (bus de condensadores, crowbar VIXM½GEHSV EXMZS I SYXVSW I GSRXVSPS I VIKYPEpnS -RGPYM EMRHE YQ GETuXYPS MRXVSdutório sobre eletrónica. Índice: Electrónica. Montaje y mantenimiento del sistema electrónico de potencia en el aerogenerador. Montaje y mantenimiento del sistema de control y regulación en el aerogenerador. Montaje y mantenimiento del telemando de control de la subestación del parque.

Gestión del mantenimiento de instalaciones de energia eólica (MF0617_3)

€30,50

Autor: Antonio Aguilera Neves ISBN: 9788499313023 Editora: Vertice Número de Páginas: 288 Edição: 2014 (Obra em Espanhol) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br

)WXE SFVE TIVXIRGI ES GIVXM½GEHS HI TVS½WWMSREMW HI KIWXnS HE QSRXEKIQ I QERYXIRpnS HI TEVUYIW IzPMGSW (enae0408), correspondendo exatamente ao módulo mf00617_3: Gestão da Manutenção de Instalações de Energia Eólica. Além de incluir um capítulo introdutório no qual se analisa o que é um parque eólico e como funcionam os aerogeradores, esta obra centra-se nos planos de manutenção das instalações de energia eólica, detendo-se em aspetos como a sua conceção e desenvolvimento. Também encontramos na obra capítulos dedicados à prevenção e correção de avarias em equipamentos e aerogeradores. Índice: Constitución general de un parque eólico. Gestión del mantenimiento en instalaciones de energía eólica. Gestión del mantenimiento preventivo y correctivo en aerogeneradores.

Desarrollo de proyectos de instalaciones de energia mini eólica aislada (UF0217)

€26,50

Autor: Antonio Aguilera Neves ISBN: 9788499312606 Editora: Vertice Número de Páginas: 168 Edição: 2014 (Obra em Espanhol) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br

100

)WXE SFVE TIVXIRGI ES GIVXM½GEHS HI TVS½WWMSREMW HI KIWXnS HE QSRXEKIQ I QERYXIRpnS HI TEVUYIW IzPMGSW (enae0408), correspondendo exatamente ao módulo mf00615_3: Projetos de Montagem de Instalações de Energia Eólica. Trata-se de uma unidade formativa 2: uf0217: Desenvolvimento de Projetos de Instalações de Energia Mini-Eólica Isolada. %W MRWXEPEp~IW HI IRIVKME QMRM IzPMGE TSWWYIQ TIUYIRSW EIVSKIVEHSVIW GSQ YQE TSXsRGME MRJIVMSV E O; 4SV isso estão a ser utilizados, com sucesso, para fornecer eletricidade a locais isolados, como vivendas ou sinalizações. Este texto reúne todos os aspetos a ter em conta na hora de realizar uma destas instalações, desde o melhor local para as implementar até às premissas administrativas necessárias. Índice: Estudio de las características del emplazamiento. Cálculo de la energía anual estimada. Elección de la turbina. Sistemas de anclaje y sujeción. Afecciones. Redacción de memoria técnica o proyecto. Permisos administrativos. Fases de instalación.


FMFPMSKVE½E

+YME HI %TPMGEp~IW HI +IWXnS HI )RIVKME I )½GMsRGME )RIVKqXMGE ¯ IHMpnS

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inclui 10% desconto PVP €33,00

Autor: André Fernando Ribeiro de Sá ISBN: 9789897231544 Editora: Engebook Número de Páginas: 527 Edição: 2016

3FVE IQ 4SVXYKYsW Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br

A energia é um bem que deve ser otimizado a um custo cada vez mais relevante. É importante maximizar a sua proHYpnS I½GMIRXI I VEGMSREPM^EV S WIY GSRWYQS 2nS JEPXEQ JSVQEW HI IGSRSQM^EV IRIVKME RE WYE TVSHYpnS RS WIY transporte, na sua distribuição e no seu consumo. 3 TVIWIRXI PMZVS TVIXIRHI IZMHIRGMEV EPKYQEW TSXIRGMEMW ETPMGEp~IW HI KIWXnS HI IRIVKME I I½GMsRGME IRIVKqXMGE 1YMXEW ETPMGEp~IW JSVEQ QIRGMSREHEW TVSHYpnS I½GMIRXI UYIV GSQ JSRXIW HI IRIVKME VIRSZjZIP UYIV EXVEZqW HI algumas fontes de energia não convencionais; minimização de perdas nas redes de distribuição de energia elétrica; otimização da utilização de equipamentos térmicos; sistemas de iluminação; sistemas de cogeração; sistemas de JSVpE QSXVM^ MRGPYMRHS WMWXIQEW HI EV GSQTVMQMHS WMWXIQEW JVMKSVu½GSW WMWXIQEW HI FSQFEKIQ WMWXIQEW HI ZIRtilação; edifícios; transportes e gestão de tarifário. )WXE IHMpnS ZMWE EXYEPM^EV GSRXI HSW HI EPKYRW HSW 'ETuXYPS ES )Q KIWXnS HI IRIVKME I I½GMsRGME IRIVKqXMGE I\MWXI QYMXS TEVE IWXYHEV I VIZIPEV QEW TVMRGMTEPQIRXI TEVE TSYTEV 3 ZIVHEHIMVS HIWE½S IWXj IQ QE\MQMzar a aplicação das medidas de economia de energia de uma forma sustentável: pela economia, mas também pelo ambiente e pela sociedade. Índice: Introdução. Aspectos Gerais e Motivação. Fontes de energia renovável e outras não convencionais. Perdas Eléctricas em Redes de Distribuição. Sistemas de Iluminação. Optimizar a utilização de equipamentos térmicos. Sistemas de Cogeração. Força Motriz. Sistemas de Ar 'SQTVMQMHS 7MWXIQEW *VMKSVu½GSW 7MWXIQEW HI &SQFEKIQ 7MWXIQEW HI :IRXMPEpnS )HMJuGMSW 8VERWTSVXIW +IWXnS HE *EGXYVE HI )PIGXVMGMHEHI &MFPMSKVE½E I 7MXIW ;IF

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Autor: Francisco J. G. Silva ISBN: 9789897231704 Editora: Engebook Número de Páginas: 432 Edição: 2016

3FVE IQ 4SVXYKYsW Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br

O presente livro pretende ser um guia didático sobre os principais processos de soldadura, focando aspetos como a nomenclatura e simbologia, processo de soldadura por Elétrodo Revestido, MIG-MAG, Fio Fluxado, TIG, Plasma, %VGS 7YFQIVWS 7SPHEHYVE 0EWIV TSV *IM\I HI )PIXV~IW TSV *VMGpnS TSV )\TPSWnS 6IWMWXsRGME 3\MEGIXMPqRMGE I Brasagem. Para além disso é realizada uma resenha dos principais defeitos que podem ser gerados por estes proGIWWSW EWWMQ GSQS YQE FVIZI VIJIVsRGME kW XqGRMGEW HI ERjPMWI UYI TSHIQ WIV YXMPM^EHEW RS GSRXVSPS HSW GSVH~IW de soldadura e na sua caraterização. É uma obra essencialmente vocacionada para pessoas que necessitem adquirir conhecimentos técnicos na área da WSPHEHYVE HI YQE JSVQE VjTMHE I GSRGMWE GSQS EPYRSW HS IRWMRS WYTIVMSV EPYRSW HI GYVWSW TVS½WWMSREMW XqGRMcos industriais em início de carreira, ou que tenham mudado de área e necessitem dedicar-se, pela primeira vez, aos processos de soldadura, técnicos operacionais com curiosidade sobre a forma como devem utilizar cada processo e quais as suas possibilidades de aplicação, ou simplesmente curiosos pelo processo, que queiram dar os primeiros passos como autodidatas nesta matéria. Índice: -RXVSHYpnS k 7SPHEHYVE 4VITEVEpnS I GSHM½GEpnS HI NYRXEW WSPHEHEW 7SPHEHYVE TSV EVGS IPqXVMGS 7SPHEHYVE TSV )PqXVSHS 6IZIWXMHS Soldadura Semiautomática (MIG-MAG). Soldadura com Fio Fluxado. Soldadura TIG. Soldadura por plasma. Soldadura por arco submerso. SolHEHYVE TSV VIWMWXsRGME 7SPHEHYVE TSV JVMGpnS 7SPHEHYVE TSV I\TPSWnS 7SPHEHYVE TSV PEWIV 7SPHEHYVE TSV JIM\I HI IPIXV~IW 7SPHEHYVE 3\MEGIXMPqRMGE &VEWEKIQ (IJIMXSW HI 7SPHEHYVE 'SRXVSPS HI (IJIMXSW IQ 7SPHEHYVE %TsRHMGI % )\IQTPSW GSQTPIQIRXEVIW HI WMQFSPSKME YXMPM^EHE IQ WSPHEHYVE %TsRHMGI & 'EWSW HI IWXYHS WSFVI KEFEVMXSW HI WSPHEHYVE %TsRHMGI ' 5YIWX~IW

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calendário de eventos

FORMAÇÃO, SEMINÁRIOS E CONFERÊNCIAS Designação

Temática

Local

Data

Contacto

Autómato Programável Plc-S7-1200 Nível 1

Formação na Área da Automação

Palmela, Portugal

15 a 16 setembro 2016

ATEC – Academia de Formação infopalmela@atec.pt www.atec.pt

Tecnologia Mecatrónica

Formação na Área da Mecatrónica

Ermesinde, Portugal

26 setembro 2016 a 31 julho 2018

CENFIM IVQIWMRHI$GIR½Q TX [[[ GIR½Q TX

Domótica Para Eletricistas

Formação na Área da Electricidade

Porto, Portugal

27 setembro 2016

ATEC – Academia de Formação infoporto@atec.pt www.atec.pt

Autómato Programável Plc-S7-1200 Nível 1

Formação na Área da Automação

Porto, Portugal

27 setembro 2016

ATEC – Academia de Formação infoporto@atec.pt www.atec.pt

Autómato Programável Plc-S7-1200 Nível 2

Formação na Área da Automação

Porto, Portugal

17 a 18 outubro 2016

ATEC – Academia de Formação infoporto@atec.pt www.atec.pt

Autómato Programável Plc-S7-1200 Nível 2

Formação na Área da Automação

Palmela, Portugal

01 a 02 dezembro 2016

ATEC – Academia de Formação infopalmela@atec.pt www.atec.pt

Designação

Temática

Local

Data

Contacto

FENASAN

Feira na Área do Ambiente

São Paulo, Brasil

16 a 18 agosto 2016

AESabesp aesabesp@aesabesp.org.br www.fenasan.com.br

INTERSOLAR SOUTH AMERICA

Feira na Área das Energias Renováveis

São Paulo, Brasil

23 a 25 agosto 2016

Aranda eventos@expocenternorte.com.br www.expocenternorte.com.br

BRAZIL WINPOWER

Feira na Área das Energias Renováveis

Rio de Janeiro, Brasil

30 de agosto a 1 de setembro 2016

Brazil Windpower 2016 Conference and Exhibition info@brazilwindpower.org www.brazilwindpower.com

RENERGY, RENEWABLE ENERGY INDIA EXPO

Feira na Área das Energias Renováveis

Greater Noida, Índia

7a9 setembro 2016

Exhiference Media rajneesh.khattar@ubm.com www.renewableenergyindiaexpo.com

EXPO SOLAR & PV KOREA

Feira na Área das Energias Renováveis

Goyang, Coreia do Sul

7a9 setembro 2016

Media Group Infothe interexpo@infothe.com www.exposolar.org/2016

SOLAR POWER INTERNATIONAL

Feira na Área das Energias Renováveis

Las Vegas, EUA

12 a 15 setembro 2016

Solar Energy Trade Shows 2014 customerservice@sets.solar www.solarpowerinternational.com

FEIRAS

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links

IEA Bioenergy – Task 43 IEA Bioenergy Task 43 visa promover o desenvolvimento de bioenergia através da divulgação de informação relacionadas com o setor. Fornece análises, sínteses e conclusões sobre diversos assuntos relacionados com a biomassa, incluindo os mercados de biomassa e aspetos socioeconómicos e ambientais.

www.ieabioenergytask43.org/

European Biofuels Technology Platform A Plataforma Europeia de Tecnologia de Biocombustíveis (EBTP) visa contribuir para o desenvolvimento de cadeias de valor dos biocombustíveis de classe mundial com custos competitivos e a criação de uma indústria de biocombustíveis, para acelerar a implantação sustentável de biocombustíveis na União Europeia EXVEZqW HI YQ TVSGIWWS HI SVMIRXEpnS HI½RMpnS HI TVMSVMHEHIW I TVSQSpnS HE investigação, desenvolvimento tecnológico e demonstração.

www.biofuelstp.eu/index.html

Sustainable Biomass Partnership % 7YWXEMREFPI &MSQEWW 4EVXRIVWLMT 4%7 q YQ WMWXIQE HI GIVXM½GEpnS GSRGIFMHS para a biomassa lenhosa, principalmente na forma de pellets de madeira e cavacos de madeira, usado na produção de energia industrial em larga escala.

www.sustainablebiomasspartnership.org/

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