Renergy #12

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matriz energética

Aposta nos ventos O

Brasil é o país da América Latina que mais concentra novos investimentos em energia eólica. O montante chega a U$ 18 milhões, metade de tudo que é aplicado em novos negócios do setor na região. Até o ano passado, nossa capacidade instalada de produção de energia eólica era de 1,5 GW, mas estimativas apontam que até 2020 este número chegará a 15 GW. Com clima favorável e vasto território, o potencial eólico brasileiro é superior a 350 GW. No território brasileiro, o Nordeste é o que concentra o maior potencial eólico. Cerca de 78% dos projetos eólicos brasileiros estão na região, com destaque para os estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia. Mas Pernambuco não quer ficar de fora deste mercado tão promissor. E não quer ser apenas um produtor de energia eólica, a meta é mais ambiciosa. O governo pernambucano quer transformar o estado em um polo logístico para as empresas ligadas ao mercado de energia eólica. Para isso, eles têm trabalhado em várias frentes, que passam pela realização de obras de infraestrutura, incentivos fiscais e divulgação das vantagens e diferenciais competitivos do estado. Entres esses supostos benefícios, está a questão geográfica. O estado

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Pernambuco está investindo para ser um polo de energia eólica do Brasil. As ações do estado incluem incentivos fiscais para empresas do setor e a entrada do Porto de Suape na Abeeólica

tem uma localização central em relação aos demais do Nordeste, além de possuir conexão por estrada para todas as principais áreas produtoras de energia eólica da região. Outro diferencial apontado é o Porto de Suape, que, segundo o Governo do Estado, é “o melhor porto público do país”. Sem entrar neste mérito, o certo é que Suape possui boas condições operacionais e de infraestrutura para abrigar grandes empresas. Os berços de atracação do porto são protegidos por arrecifes naturais, resultando em águas tranquilas, e

as condições climáticas são amenas, permitindo operações 24 horas por dia, durante o ano inteiro. Além disso, Suape dispõe de um sistema viário projetado para o transporte de peças de grandes dimensões, sem interferências urbanas e que dispensa licenças especiais no trajeto entre o porto e as fábricas instaladas no complexo. Ainda no campo da logística, o Governo destaca a ferrovia Transnordestina, obra do Governo Federal, que ligará Suape ao município de Eliseu Martins, no Piauí, e ao Porto de Pecém, no Ceará. Segundo o Estado, a conclusão


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