REVISTA DE LITERATURA INFANTOJUVENIL REINO DA POESIA

REINO DA POESIA Revista de Literatura infantojuvenil V.1, NO. 3, AGO. 2021 ISSN 2763-9428

NOSSA CAPA RITA QUEIROZ Escritora, poeta e professora universitária.

Vencedora do Prêmio Awards da AILB Categoria Poesia.

PRÊMIO

AWARDS AILB

Conheça a vencedora e os Top 5 da categoria infantojuvenil - Focus Brasil New York.

FLIFINHA A FLIFS em 2021 amplia sua programação destinada à criançada. Esse novo espaço foi carinhosamente batizado de FLIFINHA. !

POESIA Divirta-se com a poesia de Glaucia Lemos.

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REVISTA DE LITERATURA INFANTOJUVENIL

CIP - CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO REVISTA DE LITERATURA INFANTOJUVENIL REINO DA POESIA [Recurso Eletrônico] V.1, No.3, Ago. 2021 - Feira de Santana-BA ISSN 2763-9428.

Trimestral Publicação em Língua Portuguesa (Brasil). Literatura infantojuvenil, cultura e artes.

Disponível em: http://revistadeliteraturainfantojuvenilreinodapoesia.com/ https://issuu.com/reinodapoesia/docs/revista_digital_de_literatura_infantojuvenil_reino

1 - Direitos periódicos: Revista de Literatura infantouvenil Reino da Poesia

REVISTA DE LITERATURA INFANTOJUVENIL

V.1, No.3, Ago. 2021 - Feira de Santana-BA ISSN 2763-9428.

CONSELHO

EDITORIAL

Projeto, Criação e Direção: Alexandra Patrocínio.

Diagramação e Design Gráfico: Alexandra Patrocínio.

Apoio Técnico: Josman Lima Revisão de Texto: Érica Azevedo; Rita Queiroz; Nilda Brandão.

Colunistas:

Alexandra Patrocínio; Cíntia Maria; Darlene Lima Elis Cavalcante; Ila Nunes; Nilda Brandão: Palmira Heine; Rita Queiroz.

Sabrina Abreu

Contato: reino.poesia@gmail.com

MAPA DO TESOURO ENCONTRE O SEU!

09 QUEM SOMOS Quer conhecer a nossa revista? O Reino da Poesia vai te contar.

11 NOSSO TIME Toda boa revista tem um grande time. Venha conhecer o elenco que faz esse Reino ser divertido.

14 NOTA DA EDITORA Conheça o tema dessa edição.

15 NOSSA CAPA Conheça a obra literária da escritora Rita Queiroz.

24 ERA UMA VEZ A escritora Palmira Heine conversa sobre literatura e ludicidade.

Brincar com livros é muito divertido!

Crianças: Isabelle

VOLUME 3 Agosto/ 2021

MAPA DO TESOURO ENCONTRE O SEU!

27 CASTELO DA LITERATURA Com a aproximação do dia das crianças, a escritora Alexandra Patrocínio estimula os pais a darem de presente aos filhos livros e brinquedos.

30 PSICOIMAGINAÇÃO A psicóloga, escritora, professora e dançarina popular Ila Nunes conversa com a gente sobre "Era uma vez o livro".

35 A HORA DO CONTO A escritora Rita Queiroz alegra a garotada com seu conto "Meu brinquedo Favorito". A autora convida as crianças para brincarem de livro.

44 ILUSTRAÇÃO SABRINA ABREU A ilustradora Sabrina Abreu conversa com a gente sobre a ilustração no livro infantil.

47 SESSÃO PAI POESIA

Celebrando o nascimento da esperança!

Bebê: Lavínia Gabryelle

Segundo domingo de agosto foi o dia deles. E o Reino da Poesia comemora essa data com poesia!

VOLUME 3 Agosto/ 2021

MAPA DO TESOURO ENCONTRE O SEU!

53 PARADA DA POESIA Nessa terceira edição, a parada da poesia trouxe poemas e pintura de crianças e adolescentes.

59 PEDAGOMÁGICA A professora e Pedagoga Elis Cavalcante conversa com a gente sobre ler e brincar em família.

66 MUSICOFANTASIA A professora e contadora de história Cíntia Maria fala sobre as cantigas populares.

68 A POESIA DE GLAUCIA LEMOS "Cama para o leão" é o nome do divertido poema do livro "O cão azul e outros poemas" de Glaucia Lemos.

73 CALIIB Conheça o Coletivo de Autoras de Literatura Infantil e Infantojuvenil da Bahia.

Era uma vez uma princesa leitora...

Criança: Hanna Mel

VOLUME 3 Agosto / 2021

MAPA DO TESOURO ENCONTRE O SEU!

78 TEEN CONTO Pra galerinha que está crescendo, Se liga nesse conto: "A danada da mochila".

79 CLAUDIA GOMES Conheça a obra da escritora baiana Claudia Gomes.

86 LIMERICANDO NO REINO DA POESIA Você já ouviu falar de "Limeriques"? Veja como são divertidos essa forma de poemas!

87 REINO AFROLITERÁRIO Um bate-papo com Nilda Brandão sobre a importância da representatividade na literatura infantil.

91 INFÂNCIA BRINCANTE

Porque brincar é um direito...

Criança: Eden

Venha brincar com a pró Darlene Lima: uma conversa séria sobre o brincar.

VOLUME 3 Agosto / 2021

A infância é a mais bela fantasia da memória.

Criança: Sofia

infância à o t i e r i od l e ! P a i c n Pelo direito à infância!Pelo direito à infâ

REVISTA DIGITAL

Quem Somos A Revista Digital de Literatura Infantojuvenil Reino da Poesia é uma publicação trimestral destinada para crianças, escritores infantojuvenis, pais, educadores, psicólogos, contadores de histórias e pesquisadores da infância. A revista surge a partir do trabalho desenvolvido no instagram @reinodapoesia que promove cultura, arte e entretenimento para crianças e suas famílias, além do intercambio cultural com artistas e escritores, de todo Brasil. Nossa proposta é atuar no ramo literocultural, divulgando produções artisticoliterárias voltadas à infância, além de produções cientificas que se dedicam a esse tema.

Sobre a revista A revista contará com colunas permanentes, o que não invalida o surgimento de novas propostas nas edições subsequentes. Para cada edição será proposto um eixo norteador para elaboração das matérias. No entanto, as colunas permanentes obedecerão a seus temas específicos a fim de mantermos a unidade de nossa proposta de atuação. Os textos e imagens poderão ser reproduzidos, desde que mencionados a autoria, respeitando todos os direitos autorais previstos na legislação vigente.

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REVISTA DIGITAL

Nosso maior desejo Somos um coletivo de pessoas apaixonadas por literatura e infância, e acreditamos na leitura como um dos instrumentos de melhoria do mundo. Nossa maior missão é fomentar a arte e a cultura nos ambientes virtuais, e também presenciais, com o intuito de colaborar para o desenvolvimento artístico, cognitivo e emocional das crianças e jovens do nosso país. Além de promover e divulgar a literatura infantil produzida no território nacional, mas sobretudo, na Bahia.

Princípios Somos laicos e apartidários. Podemos publicar matérias sobre temas relacionados à religião e/ou política, caso desejarmos, mas não expressaremos uma posição ideológica, partidária ou religiosa. Somos abertos a todas as culturas, gêneros, nacionalidades. Se for de paz, pode se achegar!

Acreditamos na cooperação mútua e no respeito às diferenças;

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NOSSO TIME ALEXANDRA PATROCÍNIO Alexandra Patrocínio é professora de Língua, Literatura. Mestre em Estudos de Linguagem pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). É Psicóloga em Formação. É autora dos livros Girassóis em noites escuras/2018; Depois da Escuridão/2019; As Reinações de Clarinha no Reino da Poesia/2019. Através do Rio/2020; E Clarinha e a Sementinha Mágica/2020.

CÍNTIA MARIA Mestranda em Estudos literários, Pedagoga especialista em Psicopedagogia e Atendimento Educacional Especializado. Professora e Contadora de histórias.

DARLENE LIMA Darlene Lima - Pedagoga Membro da Divisão de Educação Infantil/Seduc Criadora do Dia B - Dia do Brincar

ÉRICA AZEVEDO É graduada em Letras Vernáculas, especialista em Estudos Literários e Mestre em Literatura e Diversidade Cultural pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). É escritora e professora.

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NOSSO TIME ELIS CAVALCANTE Elis Cavalvante é mãe de Luan e Thayna é uma apaixonada pela vida e pela Arte. Desde que iniciou sua trajetória profissional, notou que sua vocação era ensinar. Motivada pela possibilidade de ajudar um número cada vez maior de pessoas com seus projetos criativos, brincadeiras e dinâmicas. Em São Paulo iniciou um projeto de brinquedoteca para crianças e jovens com vulnerabilidade social. É Pedagoga (UNIABC- SP) e com Pós-graduação em Artes pela Faculdade Barão de Mauá – SP. Contato: @elis_vida11

ILA NUNES É psicóloga, professora universitária, escritora, dançarina popular, especialista em Filosofia Contemporânea, especialista em Psicomotricidade, Mestra em Psicologia- UFBA e Doutoranda em Artes Cênicas - UFBA.

JOSMAN LIMA Psicólogo - CRP 03/20790, Graduado em Produção e Multimídia Digital; Pós-graduado em Gestão de Pessoas e em Inteligência Sócio Emocional; Artista Plástico e Fotógrafo por hobby. Autor dos livros: Pintando a Vida, Categoria Devocional; Cúmplices do Amor - Romance Categoria Relacionamento e As Aventuras de Bolota e Quinzinho, Literatura Infantil. Participou de diversas Antologias. Membro da Academia de Letras e Artes de Feira de Santana, da Academia de Cultura da Bahia, da Academia de Ciências, Letras e Artes da Argentina e membro internacional da Associação Cultive, Art-littérature e Solidarité, em Genebra/Suiça.

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NOSSO TIME NILDA BRANDÃO É professora de Língua Portuguesa da Rede Pública de Ensino. Graduada em Letras (UEFS).Especialista em Ensino da Língua Portuguesa(FINOM) e Mestranda em História da África (UFRB).

PALMIRA HEINE É doutora em Linguística pela UFBA, Professora Universitária. Tem se dedicado à produção literária com ênfase em poemas e literatura infantil. Autora de quatorze livros de literatura infantil, Ama livros, crianças, animais e a vida.

RITA QUEIROZ Natural de Salvador, Bahia, Brasil. Professora universitária, filóloga, poeta. É autora de 5 livros de poemas para o público adulto, e 5 livros para o público infantojuvenil. Publicações em diversas antologias e revistas literárias, no Brasil e no exterior. Integrante dos coletivos “Confraria Poética Feminina”, "Mulherio das Letras” e “Coletivo de autoras de literatura infantil e infantojuvenil da Bahia-CALIIB”

SABRINA ABREU Sabrina Abreu, mora em São Roque, interior de São Paulo. Formada em Comunicação social: Publicidade e propaganda, mas é apaixonada por Ilustração infantil.

Começou a desenhar desde pequena na mesa de projetos do pai e desde então já ilustrou vários livros infantis.

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NESTA EDIÇÃO NOTA DA EDITORA Um livro é um brinquedo feito com letras. Ler é brincar.

Rubem Alves Nesta terceira edição, a Revista de Literatura Infantojuvenil Reino da Poesia propõe discutir a questão da “Literatura como brinquedo”, uma vez que, esse exemplar, será lançado próximo ao dia das crianças. O intuito é mobilizar pais e cuidadores para investirem na compra de livros de literatura infantil, conscientizando-os que ler é brincar com letras. Além do mais, queremos fazer algumas reflexões sobre o tema, como os propostos por Ninfa Parreiras: como se dá a presença do brinquedo no livro para crianças?

Será que o brinquedo presente na obra literária traz uma compreensão de infância? Quais as consequências da ausência do brinquedo na literatura para crianças? Que relações essa ausência pode suscitar numa leitura do sujeito e da sociedade? É possível conhecer a subjetividade da criança a partir do brinquedo? De que maneira o brinquedo é abordado estilisticamente no texto e na ilustração de um livro infantil? Por que é importante a presença do brinquedo na literatura para crianças?

Assim, nosso olhar estará dirigido à presença do brinquedo nas narrativas e nos poemas e, principalmente, à literatura como brinquedo. O brinquedo amplia a visão de mundo da criança, estabelece relações entre o mundo real e a fantasia, propiciando assim, o conhecimento de si e do outro.

Compreendemos o brinquedo como uma via de possibilidade para se conhecer a subjetividade da criança, por isso, vale ressaltar que as representações do brinquedo na literatura para crianças são símbolos que provocam a transferência da criança com o texto – quando ela se identifica ou não, se apropria, associa. É onde se dá a subjetivação da criança.

Portanto, trazer a representação do brinquedo tanto na prosa quanto na poesia é valorizar a criança e o universo que a cerca.

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Alexandra Patrocínio

EXCLUSIVO

RITA QUEIROZ Escritora Doutora em Filologia e Língua Portuguesa. A professora universitária, escritora e poeta Rita Queiroz publicou mais de 5 livros infantojuvenis, organizou 12 coletâneas e já participou de mais de 100 antologias/coletâneas nacionais e internacionais.

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Natural de Salvador – BA. Pós-

to

doutorado

organizadora

de

12

Linguagens (UNEB), doutorado em

Participação

em

mais

Filologia e Língua Portuguesa (USP),

antologias/coletâneas. Publicações

mestrado e graduação em Letras

em revistas literárias no Brasil e no

(UFBA).

exterior.

com

em

Estudo

Professora

diversos

livros,

de

universitária artigos

e

e

5

coletivos:

livros

infantojuvenis;

Integra

coletâneas. de

100

os

seguintes

“Confraria

Poética

capítulos de livros publicados nas

Feminina”, “Mulherio das Letras”,

áreas de Filologia e Lexicologia.

“Confraria

Autora de 5 livros de poemas e 1

“Coletivo de autoras de literatura

livro de contos para o público adul-

infantojuvenil da Bahia”; além de fa-

Ciranda

Poetrix”

e

zer parte das seguintes academias: Academia Virtual de Nucleo Academico Italiano di Scienza, Lettere e Arti Arte

Literária

(AVAL

-

Cadeira

42),

Academia (NAISLA – Acadêmica Fundadora) e Academia de Artes,

Internacional de Literatura Brasileira (AILB - Cadeira Ciências e Letras do Brasil (ACILBRAS – Cadeira 578).

34), Academia Internacional Mulheres das Letras (AIML Embaixadora

do

Ser

Mulher

Projecto

Solidário

- Acadêmica Fundadora – cadeira 33), Academia de (Portugal). Comendadora das Artes e Negócios do Brasil Artes e Letras Internacional da Baixada Fluminense e (AIML). Embaixadora Internacional da Paz (World Brasil (AALIBB - Acadêmica Imortal Vitalícia, cadeira Literary Forum for Peace and Human Rights).

42), Academia Internacional de Letras e Artes Poetas além do Tempo (AILAP ). Acadêmica Imortal Vitalícia),

R E C sO N H E C I M E N T O S

Vencedora do Prêmio Awards AILB Focus Brasil categoria POESIA Academia Internacional de Literatura Brasileira

Vencedora do Passatempo Verão com Histórias O projeto Mala d’estórias promoveu no Facebook o passatempo “Verão com histórias”. O conto “Férias na casa da vovó” foi escolhido como aquele que teve o maior número de “gostos”. Este conto foi publicado na edição número 1 da Revista de Literatura Infantojuvenil Reino da Poesia.

Para ler o conto aproxime a câmera do seu celular ao QR CODE Reino da Poesia | p. 16 | 96

PUBLICAÇÕES

CIRANDA, CIRANDINHA: VAMOS BRINCAR COM POESIA? Livro de poemas cujas temáticas envolvem a relação com os animais, as brincadeiras da infância (atual – voltada para os jogos eletrônicos, e de outras épocas – com brincadeiras mais analógicas, como o jogo de gude), a natureza, a casa da vovó, o circo e as diversas traquinagens infantis. Publicação da Editora Darda (2019).

BORDADO DE SONHOS

Bordado de sonhos é um livro de poemas destinado ao público infanto-juvenil. As temáticas dos poemas envolvem a amizade, a diversidade, o altruísmo, a preservação do meio ambiente, a valorização dos sonhos, as descobertas através do livro e da leitura, tudo isso em dez poemas ricamente ilustrados. Edição independente (2020).

SONHOS DE CRIANÇA

Livro construído em parceira com a escritora Aldirene Máximo. São 20 poemas ilustrados, 10 de cada autora, com temáticas variadas: dança, animais, sonhos, travessuras, estudos, encantamentos, amizade, aniversário, divertimentos. Edição independente (2020).

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PUBLICAÇÕES

AS ARTES DE VAVALÔ

Em parceira com Márcia Queiroz, é contada a história de um menino que nasceu quase albino, sem pelos e que se torna um garoto irreverente, fazendo mil travessuras onde quer que esteja: na escola, na ótica, em viagem para outro estado, diante de um escritor imortal da academia de letras. Vavalô é puro amor!

Publicado pela Historinhas pra contar (2020).

GRIMALDA, A LAGARTIXA EMPODERADA

Neste livro, a autora Rita Queiroz usa a metáfora da lagartixa para falar sobre empoderamento feminino para o público infantojuvenil.

Grimalda é uma personagem que mostra as diversas faces do ser feminino: espevitada, vaidosa, altruísta, estudiosa, feminista, empoderada, sem abrir mão das atividades que exerce, sejam estas as domésticas, como cozinhar e lavar, bem como aquelas relacionadas com o mundo profissional e as dedicadas ao labor social. Escrito em português, inglês e espanhol. Publicado pela Historinhas pra contar (2020).

RIMA DAÍ, QUE EU RIMO DE CÁ: LIMERIQUES ACOLÁ

Viajar pela rima, pela sonoridade dos versos, pela melodiosa composição dos limeriques, é um exercício que faz despertar o encanto pela poesia. Embarque nessa viagem!

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PUBLICAÇÕES

A REVOLUÇÃO DOS CHIPS

A revolução dos chips é uma historinha que nos leva a refletir sobre nossos papeis sociais, sobre até onde a tecnologia pode ir e o quanto podemos aprender com ela. A partir da visão de dois chips personificados, viajamos pelo universo tecnológico e descobrimos muitas coisas, dentre estas as diversas línguas faladas no mundo, as trocas de mensagens, os sabores e dissabores vivenciados pelos usuários das redes sociais. Tudo isso com muito humor e alegria.

MÍNIMA POESIA

Esse é o nome da próxima obra de Rita Queiroz que integra a Coleção III do Mulherio das Letras. Neste livro, a autora reúne haicais, poetrix e aldravias, poemas minimalistas com longa tradição. Lançamento em breve!

RITA QUEIROZ - ANTOLOGIA

Rita Queiroz é o nome dado a nova antologia da Coleção Dispersos, coordenada por Emanuel Lomelino e produzida pela Infinita Acessoria Literária. Reúne poemas dispersos publicados em inúmeras antologias/coletâneas.

Rita Queiroz

Poesiando por onde passa...

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Tico-tico vivia livre no ar Certo dia um caçador o capturou E ele não mais cantou.

O caçador o deu para seu filho Que ficou muito feliz, mas Engaiolado, Tico-tico chorou.

TICO-TICO

publicado no livro Bordado de sonhos Rita Queiroz

O menino foi conversar com Tico-tico - Por que você não sabe mais cantar?

Quero ouvir lindas canções entoar.

Tico-tico respondeu: - Sou livre, gosto de voar Preso, não consigo meus trinados soltar.

O menino resolveu soltá-lo Tico-tico voou feliz E pelos ares voltou a cantar.

Aponte a câmera do seu celular aqui, e conheça um pouco mais o trabalho da autora.

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Todas as manhãs, o menino vinha acordar Ficaram tão amigos Que dá gosto essa história contar.

Siga-nos no youtube Reino da Poesia

Aponte a câmera do seu celular aqui, e se inscreva no canal.

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HORA DE BRINCAR!

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PALAVRAS CRUZADAS LITERÁRIAS

6

Responda às perguntas e preencha as palavras cruzadas com as respostas corretas.

5

1 4

7

8

8

3 2

1

5

Ser mítico que habita as florestas e tem como grande característica o fato de ser travesso e pregar peças nas pessoas.

Ficou nacionalmente conhecido por influência de Monteiro Lobato.

6

Nome da boneca falante de Monteiro Lobato?

Personagem de Mauricio de Souza que é comilona?

7

2

Princesa congelante.

3

Menino viajante que amava a sua rosa especial.

4

Menina viajante que veio do Reino da Poesia? .

8

Pequeno rapaz que se recusa a crescer e que passa a vida a ter aventuras mágicas.

Menino de 11 anos de idade que descobre que é um bruxo ao ser convidado para estudar na Escola de Magia.

1.Magali; 2.Frozen; 3. Pequeno Princípe; 4. Clarinha 5. Saci; 6. Emília; 7. Peter Pan; 8. Harry Potter

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ERA UMA VEZ...

PALMIRA

HEINE

Literatura infantil e ludicidade POR

PALMIRA

HEINE

A brincadeira para a criança não é um ato aleatório, mas

ratura, ao vir acompanhada de um brinquedo, por

ao contrário, é uma das formas de aguçar a criatividade,

exemplo, nos chamados livros-brinquedo, não fique em

a imaginação e a construção de papéis sociais que são

segundo plano.

desenhados através do brincar, sendo, portanto, parte da constituição da infância. Como povoa o universo infantil, a brincadeira tem função estruturante na personalidade, e o brincar, quando associado à literatura para a infância é elemento importante de sedução e atração da criança para o universo da literatura.

Associar livros e brincadeira é uma forma de apresentar a literatura como algo prazeroso que desperta o interessa da criança, que, por sua vez, pode se tronar, uma futura leitora. Alguns elementos atualmente têm sido usados como aliados na união entre o livro e o brincar, dentre eles podemos destacar a contação de

O brinquedo deve ter papel de estimular o interesse da

histórias através do uso de brinquedos (fantoches,

criança para a leitura do livro, não sendo apenas um

objetos diversos, uso da linguagem teatral, etc. ), o uso

elemento aleatório. Como elementos motivadores da

de brinquedos que remetam à história do livro, tais como

criatividade

quebra-cabeças, pinturas, elaboração de receitas e

ludicidade podem ser usados como parceiros para

desenhos,

inegável

fomentar o gosto pela leitura e permitir que a linguagem

importância do brincar e da relevante união entre

literária seja apresentada a esse público, de modo a

brincadeiras e livros, é preciso ter cuidado para que a lite

despertar o interesse dos pequenos leitores.

dentre

outros.

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Apesar

da

e

imaginação

infantis,

o

brinquedo

a

O livro infantil aliado à ludicidade faz com que os primeiros contatos com a leitura possam ser prazerosos e divertidos...

Assim, contar histórias com fantoches, usar objetos para

fessores nas escolas, por exemplo, ou pelos pais e

remeter à narrativa de um livro, solicitar que as crianças

adultos com as crianças, bem como a disponibilização de

reproduzam os personagens da obra com colagens,

livros de literatura para este público aliada a brincadeiras

pinturas etc., são elementos lúdicos que podem ser

e à ludicidade, sejam recheadas de ludicidade e se

utilizados por adultos e podem gerar uma experiência

conectem com o ato do brincar. O livro infantil aliado à

prazerosa entre livro e leitor. Tomo aqui as palavras de

ludicidade faz com que os primeiros contatos com a

Rubem Alves que diz que “o livro é um brinquedo feito

leitura possam ser prazerosos e divertidos, o que é muito

de

importante para a introdução da literatura na vida

letras”,

ressaltando

também

que

defender

a

ludicidade em obras literárias para a infância, não

infantil.

significa afirmar que estas são destituídas de sua função reflexiva, que, de forma relevante, proporciona à criança refletir sobre o mundo, vivenciar conflitos, e se colocar no lugar dos personagens da narrativa.

Partindo desse princípio, acredito que a ludicidade e reflexão estão associadas à literatura infantil. O adulto que conta uma história pode utilizar diversos recursos lúdicos como músicas, recontos com objetos, fantoches, desenhos, caixas, etc., mas isso pode ser feito de modo a aliar a brincadeira ao livro, a história contada à leitura, a fim de estimular o olhar dos pequenos leitores para os livros. Assim defendo que a literatura realizada pelos pro Reino da Poesia | p. 25 | 96

Palmira Heine Instagram: @palmiraheine

A REVISTA REINO DA POESIA ACREDITA NO BRINCAR

CHEGA DE VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA Por uma infância brincante!

No Brasil, o serviço Disque 100, criado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, recebe, encaminha e monitora denúncias de violência contra crianças e adolescentes. É possível ainda registrar a ocorrência de crime de abuso sexual pelo 190 (Polícia Militar) e pelo 127 (Ministério Público). As denúncias podem ser feitas de forma anônima.

Reino da Poesia | p. 26| 96

Instagram: @reinodapoesia

BRINCANDO COM LIVROS ARTIGO DE ALEXANDRA PATROCÍNIO

Um livro é um brinquedo feito com letras. Ler é brincar.

Rubem Alves

De uma coisa todo mundo concorda, o brincar é coisa séria na vida das crianças. É um direito essencial à vida. Desde 1959 a Organização das Nações Unidas (ONU) já tratava dessa necessidade.

Em 1989, a Convenção dos Direitos da Criança enfatizou a garantia do direito de brincar:

“Toda criança terá direito a brincar e a divertir-se, cabendo à sociedade e às autoridades públicas garantirem a ela o exercício pleno desse direito”.

CASTELO DA LITERATURA ALEXANDRA PATROCÍNIO

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Destaca-se que a Constituição Brasileira e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) também asseguram esse direito, através do Marco Legal da Primeira Infância (Lei 13.257/2016). Tal legislação coloca a criança desde o nascimento até os seis anos de idade como prioridade no desenvolvimento de programas, na formação dos profissionais e na formulação de políticas públicas. Nesse sentido, sobre o brincar, o Marco Legal indica que a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios deverão organizar e estimular a criação de espaços lúdicos que propiciem o bem-estar, o brincar e o exercício da criatividade em locais públicos e privados onde haja circulação de crianças. Estes,

também, devem zelar pela fruição de ambientes livres e seguros em suas comunidades.

No entanto, basta caminhar livremente pelos espaços públicos de nossa cidade para perceber o quanto estamos aquém dessa realidade.

Nesse contexto, a Revista de Literatura infantojuvenil Reino da Poesia defende o livro literário como brinquedo e a criação de espaços comunitários de leitura como garantia do exercício pleno do brincar, sejam eles fechados ou ao ar livre.

Ademais, compreendemos a leitura literária como uma via de possibilidade para se conhecer a subjetividade da criança, por isso,

vale ressaltar que a leitura amplia a sua visão de mundo, estabelece relações entre o mundo real e a fantasia, propiciando, assim, o conhecimento de si e do outro.

nas crianças letradas ou não, uma curiosidade pelas páginas escritas e seu universo: cores, ilustrações, cheiros, formatos e tamanhos.

No entanto, muitos pais encaram o livro e a leitura como um dever, uma obrigação, até mesmo como uma tortura - alguns até se compadecem dos filhos que leem muito, como se estes não pudessem se divertir no universo mágico da leitura. Por isso, frequentemente, investem em presentes caros e tecnológicos, principalmente nas datas comemorativas. Poucos são os pais ou cuidadores que se lembram de presentear crianças com livros. Isso acontece por inúmeras razões, mas uma delas tem a ver com suas próprias experiências de leitura na infância, que muitas vezes foram atreladas a um fazer pedagógico, e este aspecto de natureza formativa – que é próprio do espaço escolar pode resultar em adultos não leitores que consequentemente, reproduzirão para os seus filhos, ainda que inconscientes, essa ojeriza ao livro e a leitura.

Portanto, apostar na ideia do livro como brinquedo, como algo divertido e prazeroso pode quebrar o ciclo de adultos não leitores na família e propiciar a formação de leitores profícuos no futuro.

Nesse sentido, o livro como objeto se torna qualquer coisa na imaginação delas, aviões, passarinhos, carros, livros, enfim, brinquedos.... E à medida que as histórias vão surgindo daquele objeto, através da leitura ou contação de história de um adulto, o livro se torna um milhão de pequenas coisas - incontáveis mundos maravilhosos surgem na imaginação dos pequeninos e até dos grandinhos. É exatamente, nesse momento, que a brincadeira e a ludicidade acontece numa proporção que o adulto não consegue metrificar, mas consegue sentir e perceber os olhinhos brilhantes e as emoções vibrando no corpo. Isso não tem preço!

Presentear as crianças, de qualquer idade, com livros é inseri-las no mundo que pensávamos antes ser exclusivo dos adultos, tal presente desperta Reino da Poesia | p. 28 | 96

"Se compram de tudo para as crianças: celulares caros, bicicletas caras, patinetes elétricos, tablets... mas não se tem dinheiro para comprar um livro de 50 reais, pois é muito caro".

Além do mais, financeiramente é mais vantajoso que brinquedos tecnológicos que são quebrados e precisam ser trocados a cada versão. Apesar de sabermos que isso nada tem a ver com dinheiro; se compram de tudo para as crianças, celulares caros, bicicletas caras, patinetes elétricos, tablets... mas não se tem dinheiro para comprar um livro de 50 reais, pois é muito caro.

Sabemos que um livro, como objeto, pode se rasgar, perder...Mas sua história fará parte para sempre do imaginário e das memorias afetivas dos pequenos leitores, pois a criança cria laços afetivos com o objeto de observação e a leitura armazena lembranças de interação com os símbolos que irão acompanhá-la durante toda a sua vida.

Todavia, queremos deixar claro que não estamos falando sobre o não comprar brinquedos (carros, bonecas, bolas, patins, skates...) para as crianças, pelo contrário, o brinquedo e o brincar são próprios da infância e é um direito delas. Antes, estamos falando que o livro também é brinquedo e se pode brincar de muitas coisas com ele. Portanto, em datas festivas ou não dê livros de presente para as crianças, dê brinquedos também!

Alexandra Patrocínio Insta: @reinodapoesia

A OSTRINHA E A PÉROLA Uma pequena e frágil ostrinha vivia no oceano de sua concha sentindo-se segura e tranquila. Ali nada a incomodava, mas ela não podia ver o mar de corpo aberto, e se fechava em sua casca.

Um dia, porém, ela se vê diante de um grande desafio: um inimigo havia invadido sua concha e ela se encontrará frente a uma situação muito delicada: Como se proteger se era tão frágil? É que a ostrinha não sabia algo muito importante: às vezes é preciso se transformar para enfrentar os inimigos se quisermos nos tornar fortes. Para surgir uma pérola, foi preciso encarar o perigo. O ataque de um inimigo fez aparecer um valioso tesouro símbolo de força e resistência. @palmiraheine

Reino da Poesia | p. 29 | 96

LAN ÇA MEN TO

Conheça e adquira o livro " A ostrinha e a Pérola de Palmira Heine.

Livro digital e fisico.

PSICO

IMAGINAÇÃO ILA NUNES

ERA UMA VEZ O LIVRO...

Um livro pode ser tudo quando cai na mão de uma criança, se vai aberto ao chão pode virar uma cabana, na cabeça, um chapéu, se pode voar, é um avião. Um livro pode ser qualquer coisa, só depende da imaginação. Um livro pode ser apenas um livro, basta ler as palavras e as imagens para se começar uma história, afinal de contas ele foi inventado para isso, para ser lido e interpretado.

Cada página guarda uma pista que desvendará o mistério a ser revelado no final. Por isso, temos que ler o livro por inteiro, do título até a palavra de despedida. Toda leitura termina com um até logo e nunca com um adeus, isso porque mesmo que a gente não queira repetir a leitura, ainda assim as imagens ficam na mente. Como já disse o educador e escritor Rubem Alves, a aprendizagem é o que fica depois que o esquecimento fez a sua parte. É comum que a mente nos trapaceie e fujam os detalhes da história. Se quisermos nos apropriar dessas minúcias o jeito é revisitar o livro, aí a gente vai reencontrar as personagens, cada uma do seu jeito e com importante lição para nos dar. A cada passar de folha, uma emoção diferente, um sentimento que às vezes a gente nem conhecia e é Reino da Poesia | p. 30 | 96

bem o livro que irá nos ensinar. Engraçado é pensar que não nascemos com todos os sentimentos e emoções. É isso mesmo, aprendemos a sentir e a nos emocionar com as experiências da vida e, muitas vezes, é o livro quem vem nomear aquela sensação que nos toma e nos faz chorar de alegria, tristeza, compaixão… Ah, falando em compaixão, lembrei-me de uma história importante que aprendi, ainda que me faltem os pormenores. Na verdade é uma matrioska de história, um enredo dentro de outro, sigamos.

Era uma vez o livro que pertencia ao menino Caio e que contava a tão conhecida história O Patinho Feio, do escritor Hans Christian Andersen. No meio de uma ninhada de patinhos amarelos apenas um era cinzento. Ele se destacava entre os irmãos. Quando na lagoa iam passear, o patinho grisalho era motivo de chacota. Enquanto o patinho feio chorava de lá, Caio chorava de cá dizendo num lamento: “o patinho não é feio, ele é bonito”. É nesse momento que personagem e leitor se misturam. Eu que avistava tudo atenta e grata pela oportunidade de participar do desenvolvimento afetivo e emocional do meu sobrinho ainda criança, tratei de perguntar: “por que você chora, Caio?”. Caio responde: “porque o patinho tá chorando”. Parecendo um pouco vaga a resposta e carente de uma nomeação, tratei de ir mais adiante na leitura da

fábula: "Ali ele se escondeu atrás do junco. Estava cansado e muito triste”. Acrescentei minha impressão numa afirmativa: “ah! então você está triste porque o patinho está triste também”. Talvez, sentir tristeza por compaixão já fosse do repertório afetivo e emocional de Caio, mas certamente ele ainda desconhecia o nome, podendo aprender com a obra infantil.

Assim são os livros, cheios de surpresas por entre as frases escritas, do começo ao fim, de cima para baixo, lendo o que a vida escreve principalmente quando as linhas são tortas. O bom disso é aprender que ler é revirar o livro de cabeça para baixo ou deixar ele virar qualquer coisa, é criar novas palavras, inventar uma nova história e descobrir que tudo isso é uma grande diversão.

"O livro tem essa função, de ser o outro que significa as coisas do mundo e de dentro de nós, resta a gente estar aberto a esse encontro"

O livro tem essa função, de ser o outro que significa as coisas do mundo e de dentro de nós, resta a gente estar aberto a esse encontro. Caio esteve aberto para o livro que se abriu para ele. No meio da história, a tristeza, no final, a alegria da transformação, o patinho feio virou um lindo cisne. Este foi um conto com final feliz, mas nem sempre é. Às vezes, o seu desfecho tem um mal estar que nos faz refletir com lágrimas nos olhos.

Ila Nunes Silveira @ilanunessilveira Reino da Poesia | p. 31 | 96

UMA COLETÂNEA DIFERENTE TAMBÉM É LEGAL! Se você acredita que a educação pode mudar mentalidades, sinta-se convidado(a) a percorrer as páginas da coletânea Ser diferente é legal: histórias sobre respeito e tolerância. A obra é composta por textos sensíveis, alguns inspirados em acontecimentos reais, que versam sobre o cotidiano de pessoas comuns. Os heróis e heroínas do livro convivem diariamente com o preconceito de cor e/ou de gênero,

ou

sofrem

por

serem

considerados(as)

magros(as), gordos(as), altos(as) ou baixos(as) demais, ou

enfrentam

inúmeras

dificuldades

por

serem

portadores(as) de necessidades especiais ou por serem falantes transgressores(as) do modelo padrão da

língua

portuguesa.

Enfim,

são

personagens

violentados(as) de alguma maneira simplesmente por não se encaixarem nos modelos sociais considerados ideias pelo discurso hegemônico. Espera-se, então, que a coletânea contribua para uma reflexão efetiva sobre o bullying, o preconceito e a discriminação, e motive discussões sobre a necessidade da construção de

uma

sociedade

mais

fraterna,

tolerante

e

respeitosa.

COLETÂNEA Ser diferente é legal: histórias sobre respeito e tolerância EDITORA: Darda Editora Onde comprar: com a escritora

LÉA COSTA

AUTORA: Léa Costa Santana Dias

COLETÂNEA Ser diferente é legal: histórias sobre respeito e tolerância

LÉA COSTA

AUTORA: Léa Costa Santana Dias @LEACSDIAS

EDITORA: Darda Editora Onde comprar: com a escritora

@PROJETOAMANHECER2020 FACEBOOK: HTTPS://WWW.FACEBOOK.COM/LEA.COSTASANTANADIAS

Léa Costa Santana Dias é doutora em Literatura e Cultura pela UFBA. Professora de Literatura Brasileira da UNEB. Autora do livro Euclides da Cunha em terras baianas e amazônicas: impressões de um viajante sobre sertões brasileiros e outros espaços (Edufba, 2021).

Autora

do

livro

Te

amo,

Papai

Noel

(Historinhas pra contar, 2021). Organizadora da coletânea

infantojuvenil

Ser

diferente

é

legal:

histórias sobre respeito e tolerância, pela Editora Darda. Integra as seguintes coletâneas destinadas ao público infantil: Contos que a Bahia tem 2 (Edição das autoras, 2020), Ciranda poética (Darda, 2020), Contos de ninar (Ler Editorial, 2020), Infância: cores e sabores (Darda, 2020).

@roupa_leconteur

HORA DO CONTO RITA QUEIROZ

MEU BRINQUEDO FAVORITO Desde bebê que ouvia, mesmo na barriga de minha mãe, as histórias que ela contava. Não sabia que ela estava lendo nos livros, isso não importa muito, pois já ficava com os olhinhos brilhando e com a emoção transbordando pela placenta.

Depois que vim ao mundo, minha mãe continuava lendo as mais diferentes histórias, escritas nos gibis, nas revistinhas, nos livros cheios de figuras. Além de ler, ela também fazia mímicas para eu entender do que se tratava.

Reino da Poesia | p. 35 | 96

Era muito engraçado suas imitações de sapo, galinha, passarinho, cachorro e até das flores. Ria tanto que dobrava a risada, com a boquinha banguela, sem nenhum dente.

Fui crescendo e me apaixonando pelos livros.

Tratava-os de igual para igual com os outros brinquedos. Era tanto amor que não deixava ninguém pegar. Arrumava-os enfileirados, do mesmo modo que fazia com os carrinhos. Ai de quem mexesse, ficava nervoso!

O primeiro livro que comprei foi o “Diário de um banana”. Devorei-o em poucas horas. Ria tanto da leitura, como fazia quando era criança pequena. Aos poucos minha paixão cresceu tanto, que só queria livro, de todos os tamanhos, cores e sabores. Sim, livro tem sabor: tem aqueles com sabor de goiaba, framboesa, laranja, queijo, bolo de chocolate e limonada. Uma delícia melhor que a outra há nos livros. Você deveria experimentar.

Assim o livro se tornou meu brinquedo favorito.

Posso levá-lo para a praia, para o parque, para o campinho de futebol. Até hoje brinco com minha mãe de livro. Você conhece essa brincadeira? Vou te ensinar: leia um livro e faça adivinhações com outras pessoas, se elas acertarem, já leram aquele livro, caso contrário, terão de ler e fazer o mesmo com os amigos e as amigas. Dei o nome dessa brincadeira de ciranda literária.

Então, vamos brincar de livro?

Rita Queiroz Professora. Poeta. Escritora. @ritaqueirozpoesiando

Reino da Poesia | p. 36 | 96

BRINCANDO COM PALAVRAS

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SOPA DE LETRAS BRINQUEDOS

Encontre as palavras abaixo!

U S H E L L A U I

A V I Ã O O C K P

B B T B W N R W P

A A T O P B R A A

M E W N A O O V S

B I C E T L N E K

O P L C I A E S A

Boneca

Bola

Patins

Pipa

Avião

Skate

Carro

Slime

Bambolê

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L L S A N D C G T

Ê H O S S L I M E

O

O

G

EC R

A M O

A CULPA É SEMPRE DOS FILHOS DOS OUTROS MEU FILHO NÃO FAZ ISSO!

Enxergar seus filhos com qualidades e defeitos é uma prova de amor racional. A negação poderá resultar em adultos sem limites. Estudos confirmam que esse modo de defender um filho incondicionalmente, estando ele certo ou errado, é um reflexo da forma que os próprios pais se enxergam, ou seja, eles vêem os filhos como uma cópia deles mesmos, e pelo fato de terem medo de assumir os próprios erros, de maneira inconsciente, acabam acobertando os erros dos filhos, atribuindo suas falhas aos filhos dos outros, buscando incessantemente encontrar culpados.

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A

C

O

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JA U R

E

A

Conto

Á

G

U

I

A

A coruja e águia, depois de muita briga resolveram fazer as pazes.

— Basta de guerra — disse a coruja.

— O mundo é grande, e tolice maior que o mundo é andarmos a comer os filhotes uma da outra.

— Perfeitamente — respondeu a águia.

— Também eu não quero outra coisa.

— Nesse caso combinemos isso: de agora em diante não comerás nunca os meus filhotes.

— Muito bem. Mas como posso distinguir os teus filhotes?

— Coisa borrachos cheios de filhote de meus.

fácil. Sempre que encontrares uns lindos, bem feitinhos de corpo, alegres, uma graça especial, que não existe em nenhuma outra ave, já sabes, são os

— Está feito! — concluiu a águia.

Reino da Poesia | p. 41 | 96

Dias depois, andando à caça, a águia encontrou um ninho com três monstrengos dentro, que piavam de bico muito aberto.

— Horríveis bichos! — disse ela. — Vê-se logo que não são os filhos da coruja.

E comeu-os.

Mas eram os filhos da coruja. Ao regressar à toca a triste mãe chorou amargamente o desastre e foi ajustar contas com a rainha das aves.

— Quê? — disse esta admirada. — Eram teus filhos aqueles monstrenguinhos? Pois, olha não se pareciam nada com o retrato que deles me fizeste…

Moral da história: Para retrato de filho ninguém acredite em pintor pai. Já diz o ditado: quem ama o feio, bonito lhe parece.

Em: Fábulas, Monteiro Lobato, São Paulo, Brasiliense, s/d, 20ª edição.

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PRÊMIO

AWARDS AILB TOP 5

1º Lugar Reino da Poesia | p. 43 | 96

Sabrina

Abreu

ILUSTR

ÇÃO

A ilustração no livro infantil A ilustração no livro infantil é a primeira ligação dos pequenos com o livro. É a partir dela que muitos escolhem seus preferidos. É difícil lembrar um livro infantil sem ilustração ou outro meio de interação, sendo que a história é importante para compor um livro, mas muitos não sabendo ler procuram por algo atrativo.

A ilustração chega antes aos olhos dos pequenos, mas ela nem sempre torna um livro como favorito na infância.

Livros com figuras 3D, de pano, ou de outro material trazem para os bebês a primeira sensação de ter um livro entre os dedinhos. A referência do adulto nesta fase visa a entreter a criança para que também tenha uma relação com o objeto.

Após essa introdução é preciso algo a mais, nem sempre só a ilustração traz para a criança a necessidade de conhecimento que deseja.

A ilustração continua como ponto de partida, a escolha do livro está relacionada às cores, aos formatos, o que possibilita à criança interagir com a história. A infância pode ser refletida nas aventuras ilustradas, seus objetos favoritos também podem ser expressos e novos conhecimentos adquiridos.

Reino da Poesia | p. 44 | 96

Neste sentido a imaginação aflora e a consciência do brincar também é desenvolvida e aprimorada.

Ao ilustrar para a infância percebo que as possibilidades são infinitas, trazer o brincar, os brinquedos, a imaginação de como a criança compreende o mundo à sua volta, me leva novamente a ser criança.

O livro oferecido na infância traz mais do que a questão do aprendizado, pois fica entendido que aquele tem o potencial de brincadeira, de diversão, do aprender brincando. Além disso, é descoberto o prazer de ouvir uma história, sentar no cantinho e se encantar com o mundo apresentado ou simplesmente ao folheá-lo se deliciar com as imagens ali ofertadas.

Assim, a conexão da criança com o livro traz o reconhecimento de si própria, como um ser com desejos, curiosidades e em formação. A ilustração pode trazer aprendizado por meio de identificação, mas também a representação das cores e formas, fazendo o livro se tornar um amigo com muitas histórias para contar.

Sabrina Abreu @ilustradora_sabrinaabreu

DE ONDE VEIO ESSE REINO? Em tempo de pandemia, nunca foi tão importante a literatura, essa que move os saberes, ativa a imaginação, faz sonhar e traz esperanças, principalmente, para as milhares de crianças que se encontram afastadas da escola e do convívio social.

Nesse contexto, o ig do instagram Reino da Poesia ganhou visibilidade. Nasceu com o objetivo de incentivar às famílias – uma vez que são os adultos que detêm o controle das redes sociais - a lerem com seus filhos em casa, e movimentar as redes sociais com brincadeiras, saraus, dramatizações, contação de história, ou seja, produzirem conteúdos a partir da leitura de textos literários.

Vale lembrar que os momentos de leitura coletiva fazem toda a diferença na vida das pessoas,

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principalmente, nesse momento difícil, pois possibilita trocas de afetos e convivência, bem como, diversão, conteúdos educativos e estímulo à criatividade.

Além de reforçarem laços sociais, trocas de experiências entre os familiares e a construção de redes de apoio saudáveis que ajudam a manter a saúde mental nas relações entre pais, filhos e/ou cuidadores.

Levando em consideração esse contexto, e tendo em vista a minha formação docente em Letras e o mestrado em Literatura, além da minha paixão por escrever para o público infantojuvenil. Durante a quarentena de 2020, decidi que precisava desenvolver um projeto de cunho artístico-cultural na área de formação de leitores e incen-

tivo à escrita voltado para o público infantil e juvenil. E, foi assim, que nasceu o instagram Reino da Poesia e a série de lives intituladas “Conta pra mim” que teve inicio em abril de 2020 até a presente data.

Assim, podemos inferir que as lives do Reino da Poesia contribuíram para o fortalecimento de vínculos entre as crianças e uma desejável troca de saberes.

Reino da Poesia Insta: @reinodapoesia email: reino.poesia@gmail.com

Era uma vez um grupo de educadores que tinham um sonho de realizar na Princesa do Sertão uma grande ciranda em torno da leitura e do livro. Esse sonho se tornou realidade em 2008, na Praça da Matriz, onde, numa enorme tenda, professores, estudantes, escritores, crianças jovens e adultos vindos de todos os lugares da região encheram suas mãos e corações com muita Literatura, através de várias linguagens... Crescendo a cada edição, a Feira do Livro, transformou-se no Festival Literário e Cultural de Feira de Santana, construído através de parcerias e do trabalho coletivo, todos unidos pela formação de uma sociedade leitora. Desde o início, o público infantil é presença marcante, circulando entre as alamedas dos expositores.

Por isso, a FLIFS em 2021 amplia sua programação destinada à criançada. Esse novo espaço foi carinhosamente batizado: FLIFINHA. Reino da Poesia | p. 46 | 96

VAMOS LUTAR PARA ACABAR COM O ABUSO INFANTIL.

DEIXEMOS CRIANÇAS SEREM CRIANÇAS!

QUE SEJAM LIVRES PARA BRINCAR E VIVER EM UM LAR AMOROSO.

DISQUE 100

UM LEMBRETE DA REVISTA REINO DA POESIA Reino da Poesia | p. 47 | 96

O Vaqueiro Ao meu pai, Zequinha

Lá vem meu velho vaqueiro, sorriso frouxo, olhar distante, coração de menino.

Montado no seu cavalo de rodas, trazia na mala bastante saudade, beijos coloridos, doces e muitos risos.

SESSÃO PAI POESIA

Os roncos do cavalo de longe anunciavam

tsim tsim tsim... do alto avistava a sua chegada ouviam-se apenas os gritos: painho chegou!

Toda casa em alvoroço, corria em sua direção, crianças e animais se esbarravam na confusão.

Mas um dia... o velho cavalo cansado arriou suas pernas levando consigo o velho vaqueiro.

Não se sabe ao certo, quem levou quem, cavalo e vaqueiro nem se despediram, morreram entrelaçados como dois namorados.

Alexandra Patrocínio Reino da Poesia | p. 48 | 96

Filhos,

SESSÃO PAI POESIA

NOSSA MELHOR POESIA

Anderson e Isabelle

Gilvan e Malu

Amor que não se mede...

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Amor igual ao teu Eu nunca mais terei

Ian e André

Carlos, Carol, Duda e Clarinha

Júnior e Júlia Reino da Poesia | p. 50 | 96

s e õ ç o m E s a d s n e v u n s A Esse é um livro que nos faz refletir sobre as emoções.

Escrito

para

crianças,

mas

os

adultos vão amar conhecer os gêmeos Tizo e Tiza e suas nuvens das emoções. E por falar nisso, como anda sua nuvem? Têm dias que nossas nuvens estão mais leves e outros, mais carregadas, e tudo bem! Essa história é um excelente recurso terapêutico e pedagógico para se trabalhar com crianças.

CONTATOS: E-MAIL: ALEXANDRAPNPATROCINIO@GMAIL.COM

À VENDA NA AMAZON

Palavras para sentimentos Sabia que existem várias palavras para nossos sentimentos? Veja isso.

Você também pode sentir-se:

Talvez você também se sinta:

Animado Alegre Feliz Maravilhoso

Melancólico Triste Para baixo Infeliz

-se com en o d

Com raiva?

Você também pode sentir-se:

Você também pode sentir-se:

Inspirado Curioso Criativo Focado

Bravo Irritado Frustrado Furioso

ia? erg

Senti n

Est á

á triste? t s E

z? eli

sentindo f e s

MINHA BONECA EMILY NA MATERNIDADE EM NOVEMBRO DE 2018 MINHA ADORA DOLL FUI BUSCAR DECIDIR QUE EMILY ELA IA SE CHAMAR. ELA TEM OLHOS VIOLETAS IGUAL UMA AMETISTA CABELOS CASTANHOS ESCUROS IGUAL GRÃOS DE CAFÉ PELE MORENA CLARA IGUAL A AREIA DA PRAIA MINHA BONECA COMPANHEIRA DE DIVERSÃO TROCO FRAUDAS, FAÇO PAPINHA, ELA É MEU BEBEZÃO PARECE ATÉ DE VERDADE...

QUANDO EU CRESCER VAI SER FÁCIL A MISSÃO. BEATRIZ MIRANDA

Reino da Poesia | p. 53 | 96

@biaazq

PARADA DA POESIA

"OS BRINQUEDOS NA SOLIDÃO DO PARQUE" ESSES DIAS EU JÁ VI COMO OS PARQUES ESTÃO EM SOLIDÃO NEM É DIA SIM, DIA NÃO. É TODOS OS DIAS EM SOLIDÃO. MESMO SE FOR UM BALÃO, UM CÃO OU UM CAMINHÃO...

ATÉ AS CORES DO PARQUE MUDOU...

O PARQUE ESTÁ SEM CAMINHO SOZINHO .

CADÊ AS CRIANÇAS TADINHAS? EM CASA ESTÃO. PORQUE IR AO PARQUE... ...NÃO IRÃO.

"

O BALANÇO ANDA SÓ TRISTE NÃO PRA LÁ E PRA CÁ E SIM PARAR! O ESCORREGA NÃO É MAIS ESCORREGADO...

SOZINHO FICA TODO PARADO. A TADINHO DO PULA-PULA NÃO SE FOI MAIS PULADO. E AQUELE LUGAR DIVERTIDO? A FAMOSA CANGORRA. SÓ PARADO EM SEU QUADRADO. E AQUELA MACIA CAIXA DE AREIA... ...JÁ ESTÁ ESQUECIDA TADINHA! MAS ESSE PERÍODO VAI TER UM FIM QUANDO ESSE PERÍODO ACABAR TODAS AS CRIANÇAS VÃO PODER BRINCAR ATÉ O FINAL DO DIA CHEGAR! LIS REIMÃO

Reino da Poesia | p. 54 | 96

@lisreimao

PARADA DA POESIA

" PARA SEMPRE CRIANÇA

NA INFÂNCIA NÓS GOSTAMOS MUITO MESMO É DE BRINCAR DE PULA-PULA, ESCONDE-ESCONDE E UMA BOA PIPA SOLTAR VOU FALAR MAIS DETALHADO NO CORDEL QUE ESTOU A CRIAR. " AS NOSSAS BRINCADEIRAS SÃO MUITOS DIVERTIDAS TEM PETECA, BOLA DE GUDE ANIMAÇÃO SEM MEDIDAS E LÁ PRO FIM DO DIA OUVIR UM CONTO DE FADAS. DOS BONS MOMENTOS QUE TENHO EU DIGO COM ESPERANÇA VAMOS VIVER A INFÂNCIA E GUARDAR NA LEMBRANÇA QUE SEMPRE DEVEMOS TER UM CORAÇÃO DE CRIANÇA FRANCINE MARIA

@francine.mariacanta

Reino da Poesia | p. 55 | 96

PARADA DA POESIA

A CIGARRA CI CI CI CI CI ESSE É O SOM QUE A CIGARRA FAZ. CI CI CI CI CI A CIGARRA CANTA POR AÍ!

PULA PRUM LADO, PULA PRO OUTRO, MEXE A CABEÇA E GIRA O PESCOÇO.

"

PULA PRUM LADO PULA PRO OUTRO DÊ UMA RODADINHA E TENTA DE NOVO CI CI CI CI CI A CIGARRA CANTA POR AÍ CI CI CI CI CI VEM SE DIVERTIR PULA PRUM LADO PULA PRO OUTRO DÊ UMA RODADINHA E TENTA DE NOVO PULA PRUM LADO PULA PRO OUTRO DÊ UMA RODADINHA E DESCANSA O CORPO. LILI QUEIROZ Reino da Poesia | p. 56 | 96

@joelmaestelaqueiroz

PARADA DA POESIA

POESIA NA PONTA DO PINCEL

Maíra Motta

Era uma vez, Maira Motta e sua cadelinha Margarida @mairamarquesmotta Reino da Poesia | p. 57 | 96

LANÇAMENTO Outubro!

PEDAGOMÁGICA ELIS CAVALCANTE

EM CADA LEITURA , UMA BRINCADEIRA INTERESSANTE Sabemos que ler e brincar é uma perfeita combinação para formamos leitores, e sempre com um gostinho de “quero mais”. Através dessas ferramentas, despertaremos o gosto pela leitura através do brincar. Existe um movimento com essa leitura, faz sentido para o leitor toda ação exercida nesse planejamento, onde convidamos o adulto e a criança a lerem brincando, internalizar sonhos, tornar imaginação em ação, extrair momentos de prazer e descobertas sobre si e tudo que os cercam. Além disso, refletir sobre: O que eu sei fazer? O que eu gostaria de representar? E assim, concluir: Eu posso ser quem eu quiser nessa ou naquela brincadeira.

Nesse processo, os avanços, o amadurecimento e o interesse crescem. É assim que os motores do conhecimento ativam e avançam.

Já dizia Carl Sagan: Que a imaginação é um dos motores fundamentais para o conhecimento humano.

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e para conseguir essa maturidade em transitar para diversos repertórios é preciso muita leitura. Por esse motivo, Elis Cavalcante vem convidar essa família linda, pensar o quão importante e essencial é a leitura para as nossas crianças. Vamos pensar em apadrinhar a nossa criança com um livro. Não deixem que esse motor do conhecimento desligue, mas que ele esteja sempre ativado com a leitura, a brincadeira e o movimento.

É PRA LER OU PRA BINCAR? QUE TAL FAZER OS DOIS? Chegou o momento cheinho de emoção e muita criatividade. É isso que acontece quando a leitura se transforma em uma brincadeira e leva toda a família junto.

ATIVIDADE “ LEGADO FAMILIAR” Imagine que você e sua família escolheram um livro para ler e brincar... Vamos começar?!

Vai começar… a brincadeira...

Livro na mão e muita imaginação!

Qual o livro escolhido?

Quantos personagens têm?

O que eles fazem?

Quais são suas características?

Reino da Poesia | p. 60 | 96

1-Faça uma roda, no chão, na varanda, em um parque, também na garagem, escolha um lugar para que os amigos, a família estejam todos bem à vontade.

2-Agora, você pega o nome de todos os amigos, da família e vamos preparar quem vai representar os personagens do livro escolhido. Pode ser sorteado cada personagem com as pessoas presentes nesse momento da leitura.

Já pensou? Vai ser divertido!

3- Agora é o momento de pensar como iremos representar as situações que envolvem os personagens.

O livro é parte real da brincadeira, as pessoas mudam a voz, fazem suas surpreendentes caretas, suas diversas expressões e contam as partes da história encantando com seu livro brincante.

Pode mudar a voz, usar roupas diferentes, soltar a voz nas gargalhadas e gestos, vamos reunir e confeccionar fantoches com os dedos, com as mãos, os objetos viram bichos, gente vira personagem da história contada, são nossos brinquedos, história e a vida em movimento.

Quem nunca? Pegou o livro fez de cabana, empurrou o sofá fez de cenário, livro virou um tapete voador, na história escondeu o rosto, de repente fez uma surpresa cheia de alegria para ver o mundo cheio de cores e movimentos?

Vamos dar vida aos personagens, a história nunca acaba e a brincadeira sempre continua, são risos e outras histórias que surgem. A leitura com suas brincadeiras é assim, não tem fim São esses recursos que despertam a “leitura brincante”. Esse é o convite para a integração com o eu e o outro, sejamos mestres na arte de ler brincando.

4-Para finalizarmos Registre esse momento com fotos dos participantes, sensações sendo representadas e marquem a gente.

Brincamos, criamos, imaginamos e vivemos momentos que ficarão na memória.

Estes são esperados por aqueles olhinhos curiosos de toda criança. O escolhido foi você! Faça diferença!

Você tem uma missão: escolha fazer a diferença e testemunhar o quão importante é LER e ao mesmo tempo brincar com a família e com os amigos.

Quem quiser fazer parte dessa viagem, com certeza, serão esses momentos únicos.

Tire uma foto da criatividade e do prazer em estar fazendo leitura, brincando e poste no Instagram marcando o Reino da Poesia. O livro é um brinquedo curioso cheio de ideias.

Reino da Poesia | p. 61 | 96

Aguardamos as fotos: Marque a gente @elis_vida11 (ELIS Cavalcante) e @reinodapoesia (Instagram). Assim, fica registrado essa movimentação, sendo o livro o nosso melhor brinquedo para avançar com prazer nesse mundo do conhecimento. Esse momento precisa ser divertido!

Também, pode enviar as fotos para o email reino.poesia@gmail.com, para que possam fazer parte da construção da próxima edição da Revista. E, com certeza, teremos registros da leitura e toda sua Arte de brincar com motores do conhecimento ativados e muita criatividade para encantar os olhinhos dos nossos leitores. Assim, teremos muitas histórias para contar. Faça a diferença!

Então… vai começar a brincadeira e o escolhido foi VOCÊ!

Com carinho, Elis Cavalcante.

Le Conteur Era uma vez um menino bardo chamado Le Conteur.

Ele adorara viajar pelo mundo com seu violão mágico nas costas e com um livro especial nas mãos.

Le Conteur amava conhecer pessoas, contar histórias de esperança e cantar canções de amor com muita vibração.

Ele guardava um segredo no coração; era o número cem de uma geração.

Na família Le Conteur a cada cem anos um menino bardo nascia, mas depois de uma triste profecia já fazia muito tempo que nenhum bardo aparecia.

O nascimento de um bardo era notório em toda aldeia fosse dia ou fosse noite o arco-íris no céu surgia todos se alegravam pelo nascimento de um guardião da poesia

@roupa_leconteur Reino da Poesia | p. 62 | 96

O menino viajava feito avião com ajuda do seu mágico violão bastava um acorde para chegar em outra região.

Sentado em qualquer lugar o menino poeta começava a declamar rapidinho ao seu redor uma roda começava a se formar.

As crianças corriam em sua direção atraídas pelo som do violão e pela contação... com olhos graúdos e brilhantes elas sacudiam suas mãos gritavam bem alto: viva o menino bardo contador de história que com sua viola mágica nos encanta e nos consola.

E foi assim que Le conteur viveu os seus dias declamando poesia por onde passava.

Alexandra Patrocínio

@roupa_leconteur Reino da Poesia | p. 63 | 96

O lançamento da nova coleção Primavera-Verão da Le conteur chega embalado pelo som da contação de histórias e se destaca pelas cores vibrantes e tecidos incríveis! Durante toda a estação, haverá mini-lançamentos aos quais, carinhosamente, serão chamados de “Embarques” – nome bem convidativo, uma vez que, a ideia é convidar a criança a embarcar no mundo mágico do menino bardo. Assim, as crianças, ao chegarem à loja, serão recebidas ao som da contação da história e música do Le Conteur.

Embarque nessa alegria!!

R a i

s s a

Aproxime a câmera do seu celular e fale com a loja.

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MUSICOFANTASIA CÍNTIA MARIA

BRINCANDO COM AS CANTIGAS POPULARES Por Cíntia Maria

Tem um dito popular que diz: Quem canta seus males espanta! Cantar acalma o coração e é uma excelente ferramenta como fonte de inspiração para navegar em águas mais profundas no universo das brincadeiras. Brincar cantando nos remete a uma prática muito conhecida da infância e está guardada na memória de afetos de muitas “crianças grandes”: as cantigas de roda ou cantigas populares, brincadeiras cantantes que foram transmitidas na oralidade, sem compromisso autoral, mas com a intenção de brincar com as canções que os mais velhos aprendiam de seus mais velhos.

Tudo o que é reminiscente vira cadeia de transmissão da oralidade. Aquilo que não se perdeu pelo tempo. E toda a humanidade tem gratidão a todos que recolheram, em todo o mundo, “as sabedorias dos ancestrais e as transmitiram de uma geração para outra, pela via da oralidade e da escrita” (SOUZA, 2018, p. 157).

Reino da Poesia | p. 66 | 96

O encaminhamento dado à modernidade é extrair toda riqueza potencial que existe nela e convencer os detentores da verdade sobre a valoração do conhecimento das tradições como base útil de informação e de valor insubstituível.

Buscamos a todo tempo encontrar sentido para nossa vida no desejo de aprender a lidar conosco mesmo. Organizar e colocar ordem em nossa casa interior, assim as cantigas de roda nos remete a histórias que vão tecendo em nós memórias de afetos importantes para constituir vínculos afetivos e aprendizagens significativas que nos envolvem com o conhecimento de mundo e com a cultura popular.

As cantigas populares também possibilitam situações de interação entre a leitura e o brincar, que são essenciais para todas as crianças. A utilização de cantigas de roda e as parlendas, como recurso didático, apresentam-se como importante

ferramenta para a leitura lúdica no processo de introdução da criança no mundo da leitura. Com suas construções fáceis, poéticas e ricas em rimas, facilitam a compreensão do código linguístico.

Ana Maria Machado (2001, p. 7) reforça tal posicionamento afirmando que: “As Cantigas Infantis tradicionais são um tesouro que a gente não pode jogar fora”. Quem não tem guardado como lembrança as cantigas de roda e que, ao relembrar, se emociona com as mesmas, marcadas de ritmo, resultado de uma composição rica por formação de jogos sonoros, jogos de palavras, rimas, musicalidades, cantos e danças. Sendo assim, as canções populares possibilitam que os pais participem ativamente da vida dos filhos, cantando e ensinando cantigas que desenvolvem corpo e mente através das brincadeiras de roda e ao mesmo tempo resgatem e construam memórias afetivas.

Nesse sentido, o uso das cantigas de roda serve como projeto educativo da instituição familiar.Cantigas de Roda como: “Alecrim”, “Ciranda Cirandinha”, “São João”, “Eu Passei na Ponte” e a “Viuvinha” são de origem portuguesa; no caso de “Terezinha de Jesus”, muito cantada em vários estados brasileiros, é de origem europeia, “Meu Chapéu é de origem espanhola; “O Pastorzinho” de origem italiana; as canções “Linda Rosa Juvenil”, inspirada no conto “A Bela Adormecida” e “Eu Fui ao Tororó” fazem referência à Guerra do Paraguai. Há, ainda, canções que vieram de lugares mais distantes.

“Onde está a Margarida?; “De Marré, Marré . . .” ; “Na Mão direita tem uma Roseira”; “Na Ponte da Vinhaça”, tiveram como berço a França. Tais culturas vieram para o Brasil e ficaram conhecidas e reconhecidas como brincadeiras e jogos lúdicos utilizados pelas crianças como forma de diversão e entretenimento.

Reino da Poesia | p. 67 | 96

Esses ensinamentos perpassam tanto pelas sociedades antigas como pelas atuais. Os saberes inferem ensinamentos que precisam sempre ser lembrados de forma a “cantar de novo” para reencantar, recordar, ressignificar. É nesse momento que as pessoas se abrem para uma escuta sensível e generosa do mundo que lhe rodeia buscando respostas para o sentido da sua existência. O contar ou cantar de novo contribui para a formação de uma unidade grupal que encontra voz na memória dos seus partícipes que são convidados a contá-la ou cantá-la outra vez, até mesmo para si. Contar ou cantar de novo está intrinsicamente ligado à tradição, cuidando para que o passado se rumine com o presente e permaneça vivo. As experiências vividas acionam a memória individual carregada de subjetividade que, ao mesmo tempo, trata do coletivo e surge de acordo com os pares os quais o indivíduo se relaciona, evocando a memória afetiva transubstanciando sentimentos já vividos agregando “símbolos, viveres e pensares seus e de tantos outros que a vista não pode alcançar” (SOUZA, 2018).

Instagram: @procintiamaria

GLAUCIA LEMOS e s c r i t o r a

Gláucia Lemos é baiana de Salvador. Tomou posse na Academia de Letras da Bahia desde 2010. Graduada em Direito pela Universidade Católica do Salvador (Ucsal) e pósgraduada em Crítica de Arte pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com especialização em Estética. Também estudou música e arte e lecionou História da Arte e Estética na Escola de Belas Artes de Maceió, Alagoas.

No jornalismo, foi colunista do mensário “A Bahia” e também colaborou com o jornal A Tarde, o Diário de Notícias, Jornal da Cidade, Gazeta de Alagoas, Jornal da Crítica e Tribuna da Bahia, sempre com ensaios, resenhas, artigos e matérias literárias.

Publicou o primeiro livro de contos em 1979, Era uma vez uma rosa que virou mulher, também ilustrado pela autora, em edição da Fundação Cultural do Estado da Bahia. Desde então, já são 35 títulos, 21 deles infantojuvenis, que a projetaram como uma das principais autoras do gênero na literatura brasileira.

Em sua obra também consta outros livros de contos, antologias, novelas, ensaios, poemas, poesias infantis e quatro romances premiados. Em 2013 publicou seu livro “Marce”, pela Solisluna Editora. Além da Academia de Letras da Bahia, é filiada à União Brasileira de Escritores (UBE-SP) e ao Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB).

Disponivel em https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/quem-e-glaucia-lemos-escritoraReino da Poesia | p. 68 | 96 homenageada-na-flica-2019/

CAMA PARA O LEÃO O leão amanheceu irritado como quê?

Urrou que dormira mal Ressaca do carnaval?

Qual o quê...

Urrou que estava cansado de tanto dormir no chão.

— Um rei precisa de cama e de colchão.

Resolveu ir viajar.

No meio da caminhada encontrou-se com o cão.

— Me arranje logo uma cama!

— Uma cama, rei leão?

— Uma cama, amigo cão!

O cão era muito esperto.

Chegou-se mais para perto, coçou a orelha esquerda, e segredou pro leão: — Você quer ser outro bicho, Ou gosta de ser leão?

— Nada disso, amigo cão.

Reino da Poesia | p. 69 | 96

Gosto, sim, de ser leão.

— Pois então esqueça a cama.

Já dizia meu avô, que era um cão experiente, que leão que dorme em cama vira um bicho diferente.

— E que bicho será esse? — quis entender o leão.

— Um que tem serra na cauda?

— Dragão?

— Qual dragão... um que tem papo!

— Será sapo?

— Sapo, nada... um que engole vento!

— Por certo não é um jumento...

— Quer saber? Preste atenção: Leão encostado em cama...

Veja o bicho! Sinta o drama!

Vai virar camaleão.

Glaucia Lemos Poema retirado do livro "O Cão Azul e Outros Poemas"

Reino da Poesia | p. 70 | 96

FILHOS NÃO PODEM SER USADOS COMO INSTRUMENTO DE VINGANÇA

ALIENAÇÃO PARENTAL Alienação Parental é causar prejuízo na relação do filho com um dos genitores, de forma a prejudicar o vínculo entre eles.

FORMAS DE ALIENAÇÃO Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Lei 12.318/2010

Fazer campanha contra as atitudes do genitor; Dificultar o exercício da autoridade; Dificultar o contato da criança e do adolescente com o genitor; Dificultar o exercício de convivência familiar; Omitir informações pessoais relevantes sobre a criança ou o adoloscente; Apresentar falsa denúncia contra genitor a familiares; Mudar para local distante, sem justificativa.

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Caliib

COLETIVO DE AUTORAS DE LITERATURA INFANTIL E INFANTOJUVENIL DA BAHIA

@CALIIB_BAHIA

Reino da Poesia | p. 73 | 96

QUEM SOMOS O Caliib surgiu em 2018 com a união de escritoras baianas que desejavam trabalhar coletivamente.

Inicialmente era composto por 8 autoras, hoje tem 6 escritoras que realizam atividades literárias coletivamente, participam de feiras em museus, escolas, bibliotecas e de contações de histórias em diversos locais. O grupo já organizou 2 coletâneas infantis: Contos que a Bahia tem 1 e 2 e atualmente está realizando a organização da Coletânea De conto em conto, de ponto em ponto que está dividida em dois volumes e conta com a participação de 25 escritoras.

Reino da Poesia | p. 74 | 96

Natural de Salvador, é Doutora em Linguística, professora, poeta e escritora.

Além de uma vasta obra acadêmica na linha de estudos do discurso, tem 14 livros infantis publicados, dentre eles Chapeuzinho no Pelô, Mila, a pequena sementinha, Donatela, a girafinha banguela, Bela, a diferente abelhinha que virou rainha. Rã Zinza, A outra história de Dona Baratinha e O sonho azul.

Terezinha Passos nasceu em Senhor do Bonfim, interior da Bahia. É graduada em Letras com Literatura. Tem dois livros publicados de maneira independente: Um Amor de Lagartixa e Meu Vovô Encantado e participou de diversas antologias poéticas.

Nós dias de hoje , Terezinha trabalha como contadora de histórias e faz parte do grupo Contadeiras.

Reino da Poesia | p. 75 | 96

Professora, contadora de histórias e escritora. Uma escutadora, investigadora e eterna admiradora da cultura, arte e infância. Psicopedagoga, Especialista em Ludicidade e Criatividade, cursando segunda Graduação em Pedagogia e Pós-graduação em Literatura Infantojuvenil. Formada em Narração Oral pela Escola Itinerante de Clara Haddad (Portugal), participante de Coletâneas e Festas Literárias nacionais e internacionais, membro do Conto das 7 Mulheres, das Contadeiras, do Cardume e do CALIIB. Autora do Livro Infantil O Voo da Xica e do e-book Semente de Enchente.

Professora universitária, escritora, poeta. Autora de cinco livros de poemas para o público adulto e 5 livros para o público infantojuvenil. Organizadora de 9 coletâneas. Integra os seguintes coletivos: Confraria Poética Feminina, Caliib, Mulherio das Letras e Confraria Ciranda Poetrix. Acadêmica nas seguintes academias: AVAL, AILB, AIML, AILAP, NAISLA, AALIBB e ACILBRAS.

Reino da Poesia | p. 76 | 96

Carla de Jesus é natural de Salvador-Ba, escritora, leitora, professora e contadora de histórias. Psicopedagoga, Mestranda em Educação Permanente pela Universidad Del Salvador – Argentina. A autora já publicou seis livros na literatura infantojuvenil, alguns textos em diversas antologias nacionais e internacionais. Suas narrativas estão sempre voltadas para o amor e a arte. Integra o Caliib, e a Fuzarca Literária vencedor do Prêmio Lei Aldir Blanc Bahia (2021). @vimtecontarcarladejesus

Alexandra Patrocínio é poeta, escritora, contadora de história, professora de Língua, Literatura e Redação. Mestre em Estudos de Linguagem (UNEB). Psicóloga em Formação (UNIFAN). É membro da Academia Feirense de Letras – Cadeira 32. Faz parte da Academia de Cultura da Bahia e da Academia internacional de Literatura, ocupante da cadeira 296. Faz parte do Movimento Mulherio das Letras – Bahia, Brasil e Europa; da Confraria Poética Feminina e do Coletivo de Autoras de Literatura Infantil e Infantojuvenil da Bahia - CALIIB. É autora de sete livros. livros. Contato: @reinodapoesia

Reino da Poesia | p. 77 | 96

TEEN CONTO

ALEXANDRA PATROCÍNIO

A DANADA DA MOCHILA Dudu tinha 15 anos, era magro, franzino e reservado, o típico menino diferente. Alvo fácil para os valentões. Estava no sexto ano, tinha déficits na leitura e na escrita - o que explicava a distorção idade/série.

Olhar para ele inquietava-me, para onde fosse levava a mochila preta nas costas: banheiro, bebedouro, cantina ou jogar bola, não importava onde, ele e ela eram inseparáveis. Às vezes eu me pegava pensando o que teria dentro daquela mochila: seria alguma arma?

Drogas?

Incomodada, chamei a mãe de Dudu, e contei-lhe a minha preocupação — a danada da mochila.

Porque ele não se separava dela? A mãe disse: — Não faço a mínima ideia, pró. Até para tomar banho ele a leva para o banheiro. Desde os cinco anos de idade, essa história se repete. Pergunteia: a senhora já olhou o que tem dentro? Ela respondeu: — Não, nunca tive curiosidade. Mas com certeza deve ser caderno, caneta, lápis, essas coisas de estudante.

— Já perguntou para ele?

-

Reino da Poesia | p. 78 | 96

— Não, pró, nunca perguntei. Isso é maluquice de criança mesmo.

Inconformada disse: — mas ele já é um adolescente, mãe. Com medo da reação dela ao se dar conta que o filho cresceu, imediatamente emendei a próxima pergunta: — a senhora lembra se aconteceu alguma coisa que justificasse esse comportamento?

Não aconteceu nada não, pró! Já falei. Dudu é uma criança normal. Aliás, só aconteceu uma coisa, o traste do pai dele foi embora quando ele ainda era pequeno, acho que tinha uns cinco anos. Ele nunca prestou como homem, mas como pai sempre foi presente, pelo menos tentava.

Toda sexta-feira, às 17 horas em ponto, ele ligava para Dudu e mandava-o arrumar a mochila dizendo que estava vindo pegá-lo. Mas sempre acontecia alguma coisa, ele não chegava, nem ligava avisando, a criança coitadinha ficava esperando por horas, até mesmo dias. E assim foram todos os finais de semana, até hoje. Eu até entendo, pró, o pai dele é um homem muito ocupado.

Em silêncio, concluo: a mochila de Dudu estava cheia de esperança.

Alexandra Patrocínio

CLAUDIA GOMES itora r Esc

Cláudia Gomes Professora, poetisa, escritora Feira de Santana, BA rical_fsa@yahoo.com.br INSTAGRAM: claudia_gomes_poeta BLOG: Escritora e Poeta Cláudia Gomes YOU TUBE: Escritora e Poeta Cláudia Gomes

Natural de Salvador, BA, mora em Feira de Santana há bastante tempo onde exerce a profissão de professora de Língua Portuguesa nas redes estadual e municipal. Grande incentivadora da leitura do texto literário e da escrita de texto poético, escolheu o curso de Letras, pois sempre gostou de devanear, criar amigos e situações inimagináveis os quais terminavam sempre em produções poéticas. Escreve em antologias há três anos e desde a primeira publicação não parou mais. Em suas aulas de literatura, gosta de recitar seus poemas assim como os de autores já consagrados pela literatura, em especial a brasileira. Valoriza escritores regionais, pois acredita que estes abordam temas que se aproximam da vida de seus alunos. Ocupa a cadeira 54 da Academia Independente de Letras (PE). Ocupa a Cadeira 7 da Academia Internacional de CMulheres e a 139 da Academia Internacional de Letras. Participa do grupo Mulherio das Letras (Brasil/Portugal). Lançará em breve, o livro infantil VOVÒ É UMA SEREIA o qual traz reflexões sobre racismo e sobre família.

Reino da Poesia | p. 79 | 96

LIVROS

PUBLICADOS

COM

OS

ALUNOS

(adolescentes): ·Vida que te quero vida ·Escritores da vida ·Travessias poéticas ·Brindando a poesia PUBLICOU

NAS

SEGUINTES

ANTOLOGIAS

INFANTIS: Minicontos para a criança que há em você.

Poesia de Botão.

Toda criança é uma poesia III. Mundo infantil.

Lúdicas Estrofes.

Ciranda Poética.

Livro solo: Malu: a bailarina das águas

Reino da Poesia | p. 80 | 96

PUBLICAÇÕES

CLAUDIA GOMES

PRODUÇÕES SOLO Este livro traz como protagonista um peixinho, Malu, que vivia no Rio Jacuípe. Malu queria se aventurar pelas águas do rio e conhecer novos amigos e o universo aquático. Muito feliz, deixou seus pais e seguiu bailando em busca da felicidade. No entanto, o que encontrou deixou-a muito triste: lixo e descartes de objetos usados pelos seres humanos. A viagem de Malu ficou complicada. O caminho para voltar à sua casa também.

E agora? Será que Malu esteve sozinha nessa viagem?

Será que ela conseguiu retornar para os braços, ou melhor, para as caudas dos seus pais?

Coletânea (resultado do 1º Concurso para estudantes da rede pública da Bahia) Escrevivências Poéticas Estudantis

Essa obra homenageia os 60 anos do livro QUARTO DE DESPEJO da autora mineira Carolina Maria de Jesus. Com tema livre, os autores são estudantes da rede pública da Bahia: adolescentes e jovens da rede municipal e estadual tanto do ensino fundamental II, do ensino médio quanto do ensino superior.

Reino da Poesia | p. 81 | 96

POR UMA INFÂNCIA COM LIVROS

LIVRO TAMBÉM É BRINQUEDO! Reino da Poesia | p. 45 | 60

12 de outubro

Lançamento

CADÊ MAMÃE CINTIA MARIA

"Cadê mamãe" é mais uma obra da escritora e contadora de histórias, Cintia Maria. A obra é fruto da experiência entre Cintia e seu filho Eden, e permeia na memória afetiva que se constitui dessa ligação forte da natureza humana com aquela que cuida, a mãe. O nome "mãe" tão repetido em todo o enredo da narrativa relaciona-se com essa marca de afeto. O livro deseja se encontrar com mães, crianças e outras pessoas que queiram experenciar o vínculo afetivo infantomaternal.

Adquira já o seu direto do site da Amazon através do link: https://www.amazon.com.br/dp/B09CDVNGJF/ref=sr_1_2? __mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91 &dchild=1&keywords=cade+mamae&qid=1628692344&sr=8-2

Cintia Maria Professora da Educação Básica da rede pública. Pedagoga especialista em Psicopedagogia e Atendimento Educacional Especializado. Mestranda em Estudos Literários, contadora de histórias, coordenadora e atuante do Grupo Pipa’s Literart’s, colunista da Revista Digital Infantojuvenil Reino da Poesia, autora do e-book A cama do sapinho Flogue.

Tina menina que rima Menina que brinca Menina que rima Menina que brinca de fazer rimas

Tânia Alves d aS ilv a

Tina diz que sabe tudo Em um segundo Faz rima sobre o mundo Gosta de fazer graça Mergulha nas palavras Enfeita e dá asas Em seu castelo Faz versos singelos Expressa o que há de mais belo Ideias pairam na cabeça Tina, não se esqueça Escreva antes que amanheça No papel palavras traçam E se entrelaçam E na poesia, se abraçam Cada verso combina Com os anseios da menina Que brinca de rima Tânia Alves da Silva @taniaalves948 Reino da Poesia | p. 84 | 96

Tânia Alves da Silva, é professora de educação infantil da Rede Municipal de Campinas. Formada em pedagogia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas – PUC, pós graduação lato sensu em Alfabetização e Letramento pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci (Grupo UNIASSELVI).

ALEXANDRA PATROCÍNIO

L

IM

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IQUES

O Limerique é um poema curto com apenas uma estrofe e cinco versos rimados (AABBA), que contam histórias engraçadas e, por isso mesmo, encantam o universo infantil. Daí, o surgimento da expressão “Limericando” no sentido do fazer, do brincar – divertir-se com os limeriques. No Brasil, a arte do limerique foi representada pelos escritores Joaquim de Sousândrade e Clarice Lispector, mas na literatura infantil quem se destacou foi a escritora Tatiana Belinky. Os limeriques aqui apresentados não obedecem aos rigores métricos originais, mas a ideia da diversão em cinco versos rimados continua.

A BARATA FOFOQUEIRA

PERU DE NATAL

ERA CEIA DE NATAL E O PERU ESTAVA ANIMADO ACHAVA QUE ERA O ILUSTRE CONVIDADO DE NOTÍCIA EM NOTÍCIA, LÁ VAI ELA NEM IMAGINAVA, NAQUELE NATAL A BARATA FOFOQUEIRA ADORA VER NOVELA QUE ELE SERIA O PRATO PRINCIPAL SABE DA VIDA DA GENTE SE ARRUMOU TODO PRA O SEU ÚLTIMO FERIADO.

MAS NÃO ESCOVA O DENTE AH, BARATA TAGARELA

ALEXANDRAPATROCÍNIO Reino da Poesia | p. 86 | 96

REINO AFRO LITE RÁ RIO Nilda Brandão

A literatura infantojuvenil afro é essencial para a formação do imaginário criativo das crianças negras não somente delas, mas também das crianças nãonegras. Assim como os brinquedos, a literatura fala muito com a criança e sobre a criança. Logo, é essencial que tenhamos um olhar atento e cuidadoso no momento da escolha do brinquedo e da literatura que proporemos para nossos pequenos, posto que esses entretenimentos precisam dialogar construtivamente com o seu destinatário. É fato que os brinquedos e o ato de brincar podem promover o desenvolvimento cognitivo, sensorial e afetivo dos infantes, bem como ampliar a sua visão de mundo. Além de trazer essa provocação, a literatura infantojuvenil afro desperta o olhar do pequeno leitor para o entendimento acerca da diversidade. Dessa forma, a criança vai entendendo que assim como existem variados brinquedos como boneca, carrinho, bola, casinha, pula-pula, os joguinhos... e que todos têm a sua importância, Reino da Poesia | p. 87 | 96

assim também são as pessoas, múltiplas e diversas, no entanto, todas importantes. Para tanto, proporcionar a criança o convívio e contato com produções que primem pela diversidade é demonstrar para ela que é possível amar e respeitar o outro mesmo que ele não seja igual a nós.

Nesse sentido, é essencial que texto afro literário ilustre o mundo da criança e o seu imaginário, de maneira que os leitores se vejam, se leiam, se interpretem nas linhas e entrelinhas das narrativas as quais estão em contato. Ademais, essas contações, quando comprometidas com as questões étnico-raciais, podem propiciar o desenvolvimento da autoestima das crianças negras, assim como a construção de uma identidade negra positiva. É importante que as crianças negras apareçam nas literaturas “de maneira positiva, como protagonistas, pertencentes a uma família, com ilustrações bem delineadas” (Andreia Lisboa de Sou-

sa, 2020) de modo a contribuir para a autoestima das crianças negras, assim como para a sensibilização das não-negras. Nesse sentido, importa pensar sempre a literatura infantojuvenil afro na perspectiva da criação de um imaginário infantil não excludente, posto que as imagens que povoam as nossas mentes desde a infância influenciam nossos pensamentos durante a vida e podem contribuir ( se não forem estereotipadas e inferiorizadas) para a autoestima e aceitabilidades das diferenças, visando a uma vida adulta feliz.

Outrossim, a literatura afro promove esse encontro identitário do sujeito com as suas narrativas. Seria mágico para uma menina negra se ver representada nas princesas dos contos de fadas (tradicionalmente brancas) que tanto circundam o seu cotidiano como Rapunzel, Branca de Neve, Cinderela, Bela e etc. E para os meninos negros, vislumbrarem que eles também são príncipes, assim como aqueles das narrativas que tanto lhes são contadas, seria uma possibilidade incrível e poderosa, posto que esse entendimento proporciona a compreensão de que eles também podem ocupar, não somente esses lugares de poder , mas o que eles quiserem.

Enquanto mãe de menina negra, fico extremamente feliz quando vejo uma poesia, um conto, uma fábula ilustrar positivamente a sua cor de pele, o seu cabelo, os seus traços físicos.....é magico ouvir Isadora - nome de minha pequena- dizer : “Mamãe, o cabelo dela (personagem) é igual ao meu, a pele é chocolate como a nossa.” É incrível poder presenciar e vivenciar essas falas, coisas que não foram possíveis em minha infância. Não tenhomemória de nenhum contato com personagens parecidas comigo nos livros infantis.

Para tanto, já é notável um movimento de ressignificação, democratização e inclusão do corpo preto nas literaturas, principalmente na literatura infantil, dado o entendimento da necessidade de produzir uma escrita engajada com a realidade social a qual tem em sua composição uma comunidade majoritariamente negra. Mas ainda, há muito que acrescentar e implementar.

Assim, convido a reflexão sobre as razões de os personagens das narrativas infantis, ainda, serem majoritariamente brancos. É preciso pensarmos sobre isso!!!!

Marina Reino da Poesia | p. 88| 96

Uma Delícia de leitura

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Abelardo era um chocolate daqueles bem doces que as crianças adoravam. Todos na sua família eram doces como ele. O tio Teobaldo era doce e recheado. O pai, Benjamin, tinha recheio de amendoim. A mãe, Dona Zuleide, era chocolate ao leite. Os irmãos Teco e Beija tinham um recheio de ameixa. E ele, Abelardo, tinha amêndoa para todo lado. Mas ele achava chato ser sempre doce. Assim, com seu paladar apurado, às vezes mordia um pedacinho de sua mão para sentir seu próprio gosto e ficava enjoado. Por que eu sou tão doce? Eu não podia ser amargo? Questionava Abelardo chateado.

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! e v e r b FALANDO DE ANSIEDADE COM OS PEQUENOS.

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Invista na educação emocional de seu filho.

Joaquim Lima

Infância Brincante DARLENE LIMA

O que é brinquedo?

Vocês já vivenciaram uma cena em que uma criança ganha um brinquedo de presente, o deixa de lado e começa a brincar com a embalagem?

Por que isso acontece?

O brincar é ação que envolve liberdade, prazer e acontece de forma informal. A brincadeira até a primeira infância depende muito mais do imaginário, nessa faixa etária, o lúdico necessariamente não está atrelado ao brinquedo industrializado.

Os objetos e materiais existentes no cotidiano e na cultura são suportes para a brincadeira, da mesma forma que o brinquedo. As crianças percebem, desde cedo, que através das caixas, vasilhas, tecidos, latas, etc. elas sonham, exercitam seus sentidos e descobrem muitos conhecimentos.

das em aviões, caixas são transformadas em cavernas e a criança vai expressando o mundo, criando, recriando e mostrando para o adulto muitas descobertas.

A variação de possibilidades que os objetos oferecem, deixam as crianças mais livres da dimensão do real. Nesse contexto, a própria criança organiza sua situação de brincadeira e atribui um importante significado a cada objeto escolhido.

Assim, as crianças deixam claro que todo e qualquer objeto pode ser brinquedo e ser capaz de cumprir a função do lúdico. Nesse momento as escolas e o ambiente familiar devem oferecer e oportunizar a brincadeira independente da presença do brinquedo industrializado.

Favorecendo a criatividade, os elementos da natureza e os objetos são fontes enriquecedores do brincar e cada dia são mais fortes aliados do desenvolvimento infantil. Tampas são transforma-

Darlene Lima @professoradarlene

Reino da Poesia | p. 91 | 96

UMA REVISTA PARA QUEM SABE SONHAR

REVISTA DE LITERATURA INFANTOJUVENIL REINO DA POESIA PUBLIQUE COM A GENTE! Se você é como a gente, não cresceu e ama as delícias da infância, essa revista é para você.

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Volume 1

Reino da Poesia | p. 94 | 96

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Reino da Poesia | p. 96 | 96