Registo Ed.288

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SEMANÁRIO

Director Nuno Pitti Ferreira | Julho de 2018 | Mensário| ed. 288 | 0.50€

Sílvia Pinto em entrevista

Confiante no património gastronómico e qualidade dos produtos locais de Arraiolos

Crónicas da Transtagana PÁG.04 José Manuel Henriques Mira da Silva nasceu em Inhambane, Moçambique. Em terras transtaganas ganhou a sua própria alcunha, que aqui soa a epíteto: “Gandaia”. Gostou. Usou-a para assinar muitas das suas obras. Conta que a escola não foi feliz na forma como lhe apresentou Fernando Pessoa e Camões. Razão tem o Zé pois é hoje da Boa Esperança aquele que ontem era o Cabo das Tormentas. PUB

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Os Outros Sons do Fluviário 2018

Festival de Música em Portel

D. Francisco Senra recebe Pálio em Setembro

PÁG.11 A Sinfonietta de Lisboa, Choro

PÁG.13 É na atmosfera inigualável de

PÁG.16 D. Francisco José Villas-Boas Sen-

Criolo, Raquel Tavares e Teresa Salgueiro, são os cabeças de cartaz da nona edição do Festival “Música no Rio – Os Outros Sons do Fluviário”. O evento é promovido pela Câmara Municipal de Mora e vai ter lugar nos dias 13 e 14, 20 e 21 de Julho, com um total de quatro concertos, tal como tem sucedido nas edições anteriores.

Portel que se reúnem todos os anos um extraordinário lote de músicos nacionais e estrangeiros, dirigidos pelo maestro português Luís Miguel Clemente, de forma a proporcionar aos espectadores um festival de música erudita ímpar, inspirador e inesquecível. O Festival Internacional proporciona igualmente uma extraordinária combinação de oportunidades artísticas e musicais.

ra de Faria Coelho é o novo arcebispo de Évora. Nascido a 12 de março de 1961 em Maputo, Moçambique, o novo arcebispo de Évora frequentou o Liceu Nacional de Barcelos e o Liceu Sá de Miranda, em Braga, enquanto estava já no Seminário Conciliar da cidade minhota. Em 1980, ingressou no Seminário Maior de Évora, onde concluiu o curso superior de Teologia.

D.R.

O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14 Horta das Figueiras | 7005-320 Évora 266771284


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A Abrir

É fundamental que o processo de descentralização seja um sucesso. ANTÓNIO COSTA DA SILVA

Deputado e Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PSD

Há muito que discutimos as matérias relacionadas com a descentralização de competências do estado central para entidades mais próximas dos cidadãos. Também há muito que discutimos a dicotomia interior litoral e todas as matérias relacionadas com a coesão territorial. Por isso, a discussão da descentralização é demasiado importante. Não pode ser desperdiçada! Os portugueses têm grandes expectativas para que o processo de descentralização seja um sucesso. Têm grandes expectativas na melhoria nos serviços públicos. Numa maior proximidade entre o Estado e os cidadãos. Grande parte dos autarcas do nosso País também têm grandes expectativas deste processo. E nós não podemos defraudar essas expectativas positivas. O 1º Pilar do acordo celebrado entre o Governo e PSD (Transferência de competências para as autarquias locais) pressupõe que, nesta sessão legislativa, seja aprovada esta reforma, composta formal e politicamente pela Lei-Quadro, complementada pelos Decretos-Lei Setoriais, pela revisão da Lei das Finan-

ças Locais e pelos “envelopes” financeiros associados a cada Autarquia local com identificação das verbas por área de competências. Significa que os 3 pilares do Acordo entre Governo e PSD (Lei-Quadro, Rev. Da Lei das Finanças Locais) devem ser decididas em simultâneo. Salienta-se que ainda não estão acordados com a ANMP todos os decretos regulamentares (setoriais). É fundamental que o Governo negoceie com o máximo de brevidade os envelopes financeiros associados para todo este processo de descentralização. A iniciativa que o Governo apresentou de revisão da Lei das Finanças locais deve ir de encontro ao prometido. Alguns exemplos: - O IMI passa a ter um enquadramento diferente do que foi anunciado e constava do anteprojeto da proposta de lei. Só os Imóveis do Estado devolutos é que irão pagar IMI, os restantes continuarão isentos; - Baixa a base de incidência do IVA elegível (5%). Inicialmente estava estimado que a verba podia chegar a cerca de 750 milhões de euros anuais e que agora se limita aos 46

milhões de euros O mesmo principio dever ser igualmente

“Os portugueses têm grandes expectativas para que o processo de descentralização seja um sucesso. Têm grandes expectativas na melhoria nos serviços públicos. Numa maior proximidade entre o Estado e os cidadãos”.

aplicado à receita decorrente do fim da aplicação da isenção do IMI aos imóveis do Estado. Sobre esta matéria, o Governo baixou a base de incidência, só incluindo imóveis devolutos do Estado – o que implica uma perda de receita estimada em 200 milhões de euros. O PSD está de boa-fé neste processo porque considera que esta matéria é muito positiva para os portugueses. Transferir competências para as autarquias é positivo. O PSD tem um historial extremamente positivo sobre a descentralização de competências para as autarquias. Por isso, estamos naturalmente envolvidos e empenhados neste processo. Foi durante o último governo liderado pelo PSD que assistimos a avanços decisivos relativamente à descentralização. É fundamental dar-lhe continuidade. O PSD vai continuar empenhadíssimo neste processo de descentralização de competências do Estado Central para as autarquias. Esta é uma missão demasiado importante. Não pode ser perdida esta oportunidade.

Dinâmicas da Gestão

MARKETING DIGITAL MARIA RAQUEL LUCAS

Departamento de Gestão e CEFAGE, Universidade de Évora

Várias transformações do marketing têm vindo a ocorrer associados à disseminação global dos smartphones, tablets e laptops e à interação constante com websites e aplicativos para dispositivos móveis. O desafio para as marcas não é apenas a ligação aos clientes em todos esses dispositivos em tempo real, mas, sobretudo, o conseguir criar ações que funcionem num ambiente digital em rápida mutação, combinando o lado criativo e as narrativas poderosas para explorar os desejos e as aspirações individuais, com o lado técnico dos dados, a engenharia digital e a vertente analítica. Velocidade, relevância e alcance são as três áreas transformadas pelo marketing digital, resultantes: 1) do efeito Google e da forma como os indivíduos procuram informações, produtos e serviços; 2) do efeito das Redes Sociais que induziram mais impulsividade, conectividade e agilidade, sendo verdadeiros canais de mídia e de inf luência à compra e, 3) do efeito dos Serviços prestados através de aplicativos diversos. Todas estas ferramentas permitem às empresas orientar a tomada de decisão em análise de dados, testando a validade das distintas soluções de modo científico, adotar estruturas e modelos inovadores de organização e de interação com os colaboradores internos e externos e, abertura a procedimentos que permitam os ajusta-

mentos necessários. Como podem então, estas duas áreas – marketing e tecnologia - tão diferentes trabalhar juntas de modo eficaz? O marketing preocupa-se em entender as motivações das pessoas e em usar essas informações para criar ações que promovam marcas e incentivem a compra dos produtos. É um processo criativo e muitas vezes intuitivo onde a tecnologia usada para o alcançar, requer competências em matemática, estatística e computação. Facilitar o acesso à tecnologia a mais pessoas, tornando o processo de compra mais pessoal, tem levado a que a cadeia de valor se torne mais horizontal, com menos intermediários e, nesta horizontalização, há fornecimento de conhecimento dos consumidores, para a empresa e para a sociedade, num processo de cocriação. A relação extremamente pessoal e próxima com produtos e marcas que o consumidor tem na atualidade, coloca-o numa posição relevante como inf luenciador de marcas, seja pelo relato de experiências no mundo tradicional em sites, seja pela procura de referências digitais para basear escolhas diversas. Assim, não apenas o tradicional e o digital estão ligados como o marketing e a tecnologia são inseparáveis, acontecendo a aprendizagem sobre consumo em tempo real.

Estreita colaboração entre marketing (de conteúdos) e tecnologia é a chave, assim como, atualizar competências de marketing para aproveitar ao máximo a alta velocidade, a relevância e o alcance do meio de digital. Tal implica ter equipas de marketing com investigadores, analistas de dados, engenheiros, desenvolvedores de conteúdos digitais e especialistas em experiência do usuário, que trabalhem juntos em pequenas equipes de projeto para tentar criar valor e crescimento aos negócios. Assim como os profissionais de marketing se devem tornar mais experientes em tecnologia e análises de dados, também os técnicos do lado digital precisam ser mais criativos. Uma qualidade vital a ambos é a curiosidade. Ser curioso sobre todas as outras possibilidades é fundamental, porque as ferramentas a usar dentro de dois anos serão totalmente diferentes das usadas hoje e, porque a tarefa fundamental do marketing deixou de ser a de encontrar o seu próprio nicho. O desafio é ser f lexível e ajustar-se, ajustar-se, ajustar-se.... Como podem as empresas identificar os profissionais de marketing e os tecnólogos do futuro? Devem filtrar, cultivar ou contratar profissionais de nova geração? A solução está no equilíbrio! São necessários profissionais de marketing experientes e com agilidade, dis-

postos a evoluir no seu trabalho e a serem transferidos de funções tradicionais para conteúdos digitais, a identificar oportunidades de novas funções, a equilibrar a paixão por tecnologia, por análise de dados e por modas, com talento, criatividade sem perder o foco na essência do marketing 4.0 que leva em conta os sentimentos humanos, as transformações sociais e as revoluções de interação na rede, e (já) mais de uma década de transformações de comportamento do consumidor por conta dos meios digitais. Será relevante falar sobre vencedores e perdedores em contexto digital? Assim é! Existem diferenças de crescimento e desempenho entre os melhores líderes digitais e os outros e uma forte correlação entre a adoção de tecnologia e o nível de competição empresarial. Quanto maior a intensidade da tecnologia, maior é a diferença do seu desempenho face às concorrentes. Assim, dominar o ambiente digital, entendendo a sua essência, e criar conteúdos que respondam às necessidades em cada momento, ajustando-se às várias transformações e dinâmicas, faz definitivamente a diferença para as organizações. Um bom ranking no Google é fundamental! Atualmente, não estar no Google significa Não Existir!

Ficha Técnica Director Nuno Pitti Ferreira TE194A (TE738) (nuno.pitti@registo.com.pt) Registo ERC nº125430

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Estatuto Editorial em www.registo.com.pt Propriedade PUBLICREATIVE - Associação para a Promoção e Desenvolvimento Cultural; Contribuinte 509759815 Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 Évora - Email: geral@registo.com.pt Direcção Silvino Alhinho; Joaquim Simões; Nuno Pitti Ferreira; Departamento Comercial comercial@registo.com.pt Redacção Pedro Galego CP 7062 A, Rute Marques CP 3286 A (4823) Fotografia Luís Pardal (editor), Rute Bandeira Paginação Arte&Design Luis Franjoso Cartoonista Pedro Henriques (pedro. henriques@registo.com.pt); Colaboradores Luís Tirapicos Nunes; Alfredo Barroso; António Costa da Silva; Eduardo Luciano; José Filipe Rodrigues; Norberto Patinho; João Oliveira; Estefânia Barroso; Figueira Cid Impressão Funchalense – Empresa Gráfica S.A. | www.funchalense.pt | Rua da Capela da Nossa Senhora da Conceição, nº 50 - Morelena | 2715-029 Pêro Pinheiro – Portugal | Telfs. +351 219 677 450 | Fax +351 219 677 459 Tiragem 10.000 ex | Distribuição Regional | Periodicidade Mensal | Nº.Depósito Legal 291523/09 | Distribuição PUBLICREATIVE.


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Exclusivo A Mesa de Arraiolos é uma das 49 mesas pré-finalistas selecionada de entre 182 candidaturas.

Gastronomia e Património nas ”7 Maravilhas à Mesa®“ D.R. - C.M. Arraiolos

Sílvia Pinto, Presidente da Câmara Municipal de Arraiolos considera que a “presença do concelho neste evento é positiva e uma oportunidade importante para a promoção do património, da gastronomia e dos vinhos do concelho, constituindo este momento mais um elemento positivo para a economia local e uma oportunidade para divulgar o que de melhor tem a nossa terra, sendo que o desenvolvimento económico e a resposta aos problemas concretos das pessoas continuarão sempre na primeira linha de das nossas prioridades”.

Que significado tem para Arraiolos estar neste evento “7 Maravilhas à Mesa®” ? Esta presença do concelho nas “7 Maravilhas à Mesa®”, significa deste logo que tem qualidade o nosso património gastronómico e têm qualidade os produtos locais, sendo este um elemento positivo para a economia local e uma oportunidade para divulgar o que de melhor tem a nossa terra.” Devo referir que a Mesa de Arraiolos é uma das 49 mesas pré-finalistas, tendo sido selecionada de entre 182 candidaturas de todo o país. Quando será apresentada a “Mesa de Arraiolos”? No próximo dia 26 de agosto, em Tomar. A Gala será transmitida pela RTP1 e o vencedor será encontrado através de votação do público. Nesta gala estarão as mesas de Tomar, Sintra, Sever do Vouga, S. Roque do Pico, Silves, Chaves e Arraiolos. As restantes galas eliminatórias que começam a 22 de Julho, serão em Reguengos de Monsaraz, Batalha, Viseu, Alijó, Odemira e Lagoa. Gostava também de aproveitar esta oportunidade para agradecer a todos os que participaram na candidatura, com empenho e pela qualidade apresentada, pelo património gastronómico e pela qualidade dos produtos locais e a Luis Segadães presidente das 7 Maravilhas pela cordialidade dispensada na apresentação da Mesa e nas iniciativas realizadas.

Que “patrimónios” foram apresentados pela Câmara Municipal de Arraiolos? Em conformidade com as normas do evento Arraiolos apresentou: Um petisco - Empada de Arraiolos marca registada desde 2015, apresenta, na sua confeção, uma relação íntima com a Gastronomia Alentejana, onde sobressaem os sabores da salsa e manjerona. Uma sopa - Fatias de Alho - sopa tradicional que aposta nos sabores dos enchidos e carnes de porco fritas e na conjugação destes com o pão, o alho e outros condimentos. De sabor intenso, rico em tradições. Um prato de peixe - Sopa de Cação - O cação é uma receita da gastronomia alentejana. De aroma intenso deixado pelo peixe e pelos coentros, acompanha com pão alentejano. Um prato de carne - Migas - com lombinhos de borrego alentejano IGP com grelos e migas de tomate. Alia o típico borrego com as estabelecidas migas de tomate. A tradição num prato de carne. Um Vinho - Monte da Ravasqueira- Vi-

nha das Romãs 2014. Feito a partir das castas Touriga Franca e Syrah, e com um estágio de 20 meses em barricas novas de carvalho francês. Em termos de Património Histórico e Monumental: O Castelo de Arraiolos, mandado edificar pelo rei D. Dinis, no início do século XIV. Destaca-se por ser um dos raros castelos de planta circular, no mundo e o Centro Interpretativo do Tapete de Arraiolos. Tem como missão promover o estudo e a divulgação do Tapete de Arraiolos, assim como a sua conservação, proteção e valorização. O que significa este evento para o turismo no concelho? Este é um momento de uma maior visibilidade e de divulgação do concelho. São os vinhos, a gastronomia, o património cultural e monumental, os Centro Interpretativo do Tapete de Arraiolos e o Centro Interpretativo do Mundo Rural de Vimieiro, as atividades de animação do território e as unidades de alojamento, que no seu conjunto apresentam uma

oferta qualificada, que de forma contínua estão acessíveis a quem nos quer visitar, que constituem o motor deste setor, onde o Tapete de Arraiolos é um elemento fundamental e indissociável de qualquer estratégia de para o desenvolvimento turístico. Neste contexto, por exemplo é relevante o “Tapete está na Rua” que decorreu no inicio do mês de junho.

É diversificado o turismo no concelho? Como referi a oferta tem qualidade e é abrangente. No artesanato o Tapete de Arraiolos é único. A gastronomia tradicional, a empada de Arraiolos® ou as atividades de enoturismo com provas de vinho são presença regular nas adegas. As atividades equestres, a eco-pista, as caminhadas e os circuitos pedonais ou as atividades ligadas à natureza são também importantes na nossa estratégia para fazer crescer e para desenvolver o concelho. E como não podia deixar de ser as unidades de alojamento, fundamentais para a oferta qualificada de Arraiolos. Mas dia a dia da Câmara Municipal há uma intervenção permanente para consolidar propostas e projetos como a modernização do Complexo da Manizola e a criação da ligação pedonal ao recinto da Feira e ao Bairro da Cruz da Barreta, a Regeneração do Cineteatro, a criação duma pista de atletismo no Campo Cunha Rivara, a manutenção de equipamentos e parques infantis do concelho. Por outro lado a ação municipal em função do compromisso assumido com os Arraiolenses continua a travar a luta necessária para inverter o processo de desertificação humana e despovoamento do concelho, objetivos delineados que confluem a Reabilitação Urbana, a ampliação e implementação de loteamentos industriais e oficinais ou a a política de proximidade com os agentes económicos locais e os protocolos com as associações empresariais serão um contributo para melhorar a atividade económica no concelho de Arraiolos.

Esporão prepara aposta nas cervejas A palavra “surpresa” saiu da boca do administrador do Esporão, a herdade alentejana produtora de vinho e azeite, quando convidou um grupo de jornalistas para visitar as instalações da Sovina, a incontestável líder de mercado no magro segmento das cervejas artesanais em Portugal, e que pertence ao Esporão há menos de quatro meses. No fundo, Roquette quer fazer com a cerveja o que também conseguiu fazer com o azeite, antecipando um mercado com muito potencial de crescimento. Pensou se começaria do zero ou se se aproximava de quem estava no mercado. “A ideia de nos aproximarmos da Sovina começou logo ali, depois dessa prova. Avançar também para este segmento

da cerveja tradicional faz todo o sentido numa empresa de raiz agrícola”, explicava então. “Não é um mero investimento financeiro de uma empresa como o Esporão, que tem já quase dez anos no mercado e se quer aproveitar do que os outros já tinham feito. Não. É, antes, aproveitar o que de bom tem cada uma destas empresas para, juntas, fazerem um caminho novo”, sintetiza João Roquette. João Roquette fala antes, entusiasmado, da missão que quer abraçar e que, garante, vai beneficiar todos: o desafio de fazer crescer em Portugal uma cultura da cerveja artesanal. “A construção dessa cultura é algo que nos entusiasma imenso. Porque já fizemos isso em outras áreas e porque nós próprios também estamos a descobri-

-la, a ver o potencial que ela tem”, afirma. Essa foi uma das razões que levaram o Esporão a aproximar-se da Sovina: não só serem líderes de mercado, mas também pioneiros na divulgação dessa cultura, por venderem equipamentos e matéria-prima para os restantes cervejeiros, para quem quer fazer cerveja em casa ou montar um negócio em Portugal. “Obviamente agora vamos conseguir amplificá-la, com os meios de comunicação à nossa disposição, criar mais materiais, tornar tudo mais visível”, enuncia. O Esporou já vende em 50 mercados, trabalha com uma distribuidora forte, tem ambição de criar centros de experiências onde é possível conhecer num único espaço as história que estão por de-

trás de cada um dos produtos que levam a sua marca: vinhos, azeites e, porque não, cervejas artesanais. “O Esporão tem condições únicas para fazer parte dessa revolução e conseguir desenvolver esta categoria”, sublinha Roquette, lembrando que nos Estados Unidos este mercado demorou 20 anos a construir-se. E em Portugal estamos a dar os primeiros passos. Não sabe se é um segmento de consumidores que vai retirar à cerveja tradicional (e industrializada), se vai trazer sacrifícios ao segmento do vinho, se serão consumidores que surgem apenas aqui, neste segmento. Com paciência, tenacidade e alguma criatividade vai começar a colocá-las nas prateleiras, também da grande distribuição, e a fazer mercado.


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Exclusivo TEXTO: JOSÉ PINTO

FOTOGRAFIA: FLORBELA VITORINO

jmnp1962@hotmail.com

florbelavitorino.foto@gmail.com

Crónicas da Transtagana

Zé Gandaia, poeta das cores faz rimar savana com transtagana José Manuel Henriques Mira da Silva nasceu em Inhambane, Moçambique. Em terras transtaganas ganhou a sua própria alcunha, que aqui soa a epíteto: “Gandaia”. Gostou. Usou-a para assinar muitas das suas obras. Conta que a escola não foi feliz na forma como lhe apresentou Fernando Pessoa e Camões. Razão tem o Zé pois é hoje da Boa Esperança aquele que ontem era o Cabo das Tormentas. É ainda, será sempre, a praia de Inhambane a povoar-lhe os sentidos. E sente que, “sem saber”, de lá trouxe o “azul profundo” e do avistamento a certeza que “no desembarcar, há aves, flores, Onde era só, de longe a abstrata linha.” E não é uma cruz. “São os enleios da vida”(1). A vontade imensa de descobrir, a mesma que o tirava da Escola para a praia em Inhambane, permitiu-lhe juntar as cores da savana à paisagem transtagana, na terra que hoje é sua e de seu pai tinha sido. Autodidata, frequentou durante algum tempo a Escola António Arroio em Lisboa. Trabalhou em publicidade (RTP), na construção civil e nas vindimas até se fixar, principalmente, na pintura, mas também na ilustração, cenografia, desenho de Tapetes de Arraiolos. Sempre com arte. Em Évora a tertúlia no Café Portugal e o espreitar das constantes manifestações na Praça do Giraldo, despertaram o seu profundo sentido de solidariedade e justiça, quantas vezes envolto na revolta, na irreverência e nessa vontade intacta de lutar por uma sociedade mais humana, onde “à versão de um e à versão do outro se sobreponha a verdade”. “A obra visível de Zé Gandaia”, exposição promovida pela Associação Casa das Artes de Arraiolos, mostrou-nos mais da sua obra, da força das figuras imaginárias, vindas de inspirações poéticas, a quererem contar histórias, pois que cada pintura tem a sua. Alegorias e reflexos que na taberna vêm

à mesa com cartazes e esculturas produzidas em contextos diderenciados, com um sentido crítico acutilante e irónico só ao alcance dos que se encontram com o conhecimento. E à conversa vem a poesia. Camões e Pessoa, e mais Jorge de Sena, que com os seus poemas são inspiração para a génese da obra do Zé Gandaia. E quanto dela nasceu de alegorias sonhadas ou apenas como resultado dum momento daqueles dias, em que a mão desata a desenhar ou a “escrever sozinha”. Ele trouxe de forma sublime para o projeto municipal “Arraiolos+Limpo”, elementos decorativos inspirados no nosso mais genuíno artesanato – O Tapete de Arraiolos – que juntou a outros motivos identitários das freguesias, utilizando-os na recuperação de vidrões. Zé Gandaia procura “perceber como funcionaria o raciocínio das senhoras que no século XVIII ou XIX fizeram os desenhos dos tapetes” que ele reproduz nos vidrões, mas que iluminam a sua arte para construir uma mensagem. Foram “heroínas desconhecidas” as tape-

teiras de outrora. Na sua intervenção Zé Gandaia faz conviver a tradição e a história do concelho de Arraiolos com o futuro e a importância da preservação ambiental, numa situação que lhe é querida: “defender o planeta”, mas também porque: - “Gosto do que faço”. Fixou residência em Arraiolos e aqui desenvolveu parte da sua atividade profissional e artística. Para além das inúmeras obras onde experimentou diferentes técnicas e abordou temas diversos, trabalhou com regularidade, de forma individual ou coletiva na criação de cartazes, construção de carros alegóricos e decorações de rua, com destaque para o “Carnaval de Évora”, a Feira de S. João e a Feira S. Boaventura. Com o seu trabalho, criou, recriou e retratou nas últimas décadas, o concelho de Arraiolos e a cidade de Évora, contribuindo para a divulgação do património histórico da transtagana, fazendo da arte um ato de criar e logo um modo de transmitir vida. Veio tal feito a ser tido como ação de elevado prestígio, merecedora de admiração e

reconhecimento público e, em 2006, no dia da Liberdade, a Câmara Municipal de Arraiolos agraciou o Zé Gandaia com a Medalha de Mérito Municipal-Cultura. Em todos os dias e em todas as horas devíamos encontrar tempo para as pessoas e para as paisagens. Para as suas histórias e para as sentir. Irreverente e com elevado sentido de solidariedade, tendo presente uma ligação forte com a natureza, talvez inspirado nas praias de Inhambane onde começou a verdadeira façanha da sua vida – descobrir – coloca na pintura, escultura, ilustração, murais, retratos, cartazes, cenografia, toda a força das cores de África e duma aprendizagem feita saber que lhe permite desenhar como ninguém o vento. O quente “Vento Suão” (2). O “Pessegueiro da D. Teresa”(1) e “As conversas de bêbados”(1) são “A Esperança”(1), para lá do “Céu Domesticado”(1) porque para atingir o conhecimento “temos é que meter luz nisso” como nos ensina o Zé Gandaia, pintor e escultor de formas e de palavras. (1) - Títulos de quadros na exposição “A obra visível de Zé Gandaia” (2018/Casa das Artes – Arraiolos)


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Radar “Há que dizer que a “experiência Rock in Rio” começa, para mim, bem antes de se iniciarem os concertos.”

Rock in Rio. Eu fui. E tu? ESTEFÂNIA BARROSO

Professora

Ainda poucas horas se esgotaram depois da minha visita ao Parque da Bela Vista e já senti a necessidade de escrever sobre o assunto. O bom senso aconselha-me a viver as situações a 100%, mas deixar passar o tempo para as analisar e, já sem sentimentos de euforia, escrever sobre elas. Contudo, desde que saí do parque da Bela Vista que sinto um formigueiro nas mãos, sinto as palavras a dançar na minha mente, numa vontade enorme de partilhar o momento e, como tal, após umas (poucas) horas de sono e recuperação, cá estou para contar a experiência e partilhar o muito que senti e vivi. Para início de conversa (uma vez que esta crónica mais não é do que uma conversa) gostaria de vos dizer que sempre temi multidões. Comecei a ir a concertos com um número razoável de pessoas na minha tenra idade de estudante universitária. Ainda assim, assumo que, por mais que gostasse de bandas e de músicas, não era muito menina para seguir a caminho de Lisboa para assistir a um concerto num qualquer campo de futebol (algo que esteve tão em voga há uns anos). Quando começaram a surgir os festivais confesso que pensei: “multidões/ confusão/ filas para tudo/ cansaço extremo” e, apesar de ouvir que atuavam lá bandas interessantes, não me sentia motivada para ir. Até que se deu a primeira ida ao Rock in Rio porque queria muito ver o concerto de um artista (Bruce Springsteen, na época) e fiquei maravilhada com tudo o que via e ouvia. Lembro que adorei, na altura, não só o concerto mas também todo o ambiente que se sentia e vivia. Este ano repeti o festival, voltei ao Rock in Rio. A banda “The Killers” foi a responsável por essa ida, é um facto, ainda que as outras bandas em cartaz para essa noite também me soassem bem. Há que dizer que a “experiência Rock in Rio” começa, para mim, bem antes de se iniciarem os concertos. Sendo eu, como gosto de dizer, da província, tenho de viajar cedo em direção a Lisboa. Por isso, o meu primeiro conselho para quem, como eu, viaja de longe e durante algumas horas, é que se faça acompanhar por uns bons amigos que poderão providenciar umas boas gargalhadas. Foi exatamente isso que fiz. Por isso, a viagem decorreu sem problemas e foi bem divertida. Chegados ao parque, já depois da viagem, depois da procura do melhor lugar de estacionamento e depois de quilómetros de caminhada, eis que chegámos às portas da Cidade do Rock. Aí, como é claro, realizou-se a primeira paragem obrigatória para fotos, para conversar com pessoas que não conhecemos (faz parte da mística dos festivais socializar e conversar com pessoas que não conhecemos até porque todos estamos imbuídos do mesmo espírito: divertir e ouvir boa música) e lá seguimos para ser recebidos por uma chuvinha que considerámos que não iria ser mais do que uns aguaceiros aborrecidos. Ainda assim, comprámos umas “lindas” capas para a chuva que emprestaram, ao longo da noite, a ideia que existia um dress code para o festival: capa plástica transparente de tamanho XXL! Ainda que debaixo de chuva tirámos as fotos que se impunham nos principais locais emblemáticos, fizemos uma visitinha rápida à Rock Street e fizemos a “voltinha das alturas” na Roda Gigante. Tudo isto an-

D.R.

tes de acontecer o primeiro concerto, ainda no fim da tarde, dos James. E posso dizer que a energia James fez-se sentir. A presença em palco de uma jovem percussionista com uma energia invejável, a própria energia do vocalista (que parece sentir-se em casa em Portugal), a emoção no olhar e no semblante que muitas vezes se fez notar, as músicas de sempre, que todos cantavam em uníssono e outras mais recentes, entre outras pequenas coisas fizeram-me avaliar o concerto como “muito bom”. Terminado esse concerto, considerámos ir jantar mas a programação dizia-nos que em seguida viriam uns certos Xutos & Pontapés e nós não queríamos perder pitada pelo que decidimos não arredar pé. Assumo que estava um pouco curiosa e algo apreensiva com este concerto. Como iriam eles apresentar-se sem o Zé Pedro? E lá chegaram aqueles que 99% dos portugueses consideram “a banda”. Tim vinha com um sorriso enorme, com a voz a que nos habituou. Kalu trazia uma enorme energia que parecia querer provar que iam fazer história nessa noite e João Cabeleira, vinha, como habitualmente, mais reservado mas transbordando sentimento e inspiração. Apesar da falta em palco que todos notávamos, sentia-se que existia a vontade

de tornar aquele concerto memorável. O concerto decorreu a um ritmo vertiginoso, as músicas de sempre iniciavam-se umas a seguir às outras, com algumas palavras do Tim pelo meio que elevavam a emoção que já se ia sentindo na Bela Vista. Houve momentos fantásticos ao longo da atuação. Os primeiros acordes de “O Homem do Leme” trouxeram os primeiros pingos de chuva mais fortes, que rapidamente se transformaram em fortes aguaceiros. Pensei, de mim para mim: aí está o Zé Pedro a fazer uma gracinha às pessoas que vieram aqui homenageá-lo. “Não sou o único”, música escrita pelo Zé Pedro, como fez questão de lembrar o Tim, trouxe ainda mais emoção ao público, à medida que se viam nos ecrãs fotos antigas da banda. A banda brindou-nos ainda com temas mais recentes, como fosse o “Mar de Outono”. “Para ti, Maria” foi tocado em conjunto com Zé Pedro. A imagem e o som do malogrado membro dos Xutos acompanhou os outros membros da banda criando um momento mágico e difícil de esquecer. A chuva adensava-se à mesma medida que a emoção ia aumentando. Penso que, tal como eu, a maior parte das pessoas que assistiam a tudo isso mal a notavam. O memorável momento de que todos falam chegaria no fim

do concerto: políticos – o nosso Presidente da República, o nosso primeiro-ministro, Ferro Rodrigues entre outros, alguns famosos e amigos da banda – Maria Rueff, Sá Pinto, Margarida Pinto Correia, e muitos mais, subiram ao palco e acompanharam a banda enquanto tocavam “A Minha casinha”. Foi uma homenagem bonita e sentida, a emoção era grande, ainda que se sentisse a alegria contagiante do Zé Pedro em todos os presentes (público e convidados). Chovia como nunca, a presença de Zé Pedro era quase palpável e pressentia-se que aquela chuvada não acontecia por razão nenhuma. Sentia-se, sobretudo, que fazíamos parte de um momento que dificilmente seria esquecido. Foi bonito e memorável! E quando acabou? Aí seguiu-se a razão primeira para a minha ida ao Rock in Rio: a atuação dos The Killers. Assumo que tinha algum receio. Seriam eles uma banda a sério? Seriam daquelas bandas que tocam tão bem que faz nascer uma energia incrível no público? O facto de passar das 21 horas ainda não ter jantado e de sentir que estava a ficar algo molhada (nem a capa maravilhosa conseguia conter tanta chuva) aumentava o meu receio. Rapidamente esse receio foi dissipado. O início do concerto, com uma explosão de papelinhos cor-de-rosa e um ritmo frenético levaram-me logo a pensar “vamos ter show”. E para mim foi mesmo. Navegando entre os velhos êxitos em que todos acompanhavam, pelo menos, os refrões, e os novos, promovendo o mais recente álbum, Brandon Flowers, um verdadeiro animal de palco, foi levando o público a cantar, pular, dançar e a vibrar com tudo o que se passava. Não sei o que dizem os críticos sobre este concerto. Não me interessa. O que sei é que depois daquele concerto dos Xutos & Pontapés não era fácil “agarrar” o público. E eles conseguiram-no. Magistralmente! E eu percebi que não tinha motivos para recear o concerto. Depois do concerto seguiu-se o fogo-de-artifício! Desse posso dizer que estava maravilhosamente coordenado com a música que o acompanhava (temas das bandas cabeças de cartaz deste ano)! Fez-nos olhar para o céu maravilhados com as cores mágicas que por lá apareciam, um sorriso no rosto! Só depois do fogo-de-artifício acontecer é que senti fome…e fui jantar… Adoro festivais. Eles provam que podemos e sabemos organizar grandes eventos. Eles provam que sabemos ser civilizados. Acabaram-se os recintos cheios de copos de plástico pelo chão. A ideia, agora, é comprar um copo e guardá-lo toda a noite. Eles provam que nos sabemos divertir sem grandes abusos: não se notam grandes abusos no consumo de álcool ou de qualquer outra substância. O que se vê são grupos de amigos, famílias, apostados em aproveitar ao máximo o que a Cidade do Rock lhes pode oferecer: música e divertimento. Não existe (pelo menos eu não senti) qualquer sentimento de insegurança por sermos muitos. Paira no ar a felicidade, o bom humor, a satisfação por partilhar aquele local e aqueles momentos. Sente-se uma energia positiva! Eu vim de coração e alma cheios e com a sensação que voltarei sempre que puder. Rock in Rio foi e é uma experiência diferente. Vale a pena ir? Se vale!!! Venham outras experiências tão boas quanto esta!


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Radar Dois courts de ténis, área para realização de grandes eventos, espaços verdes e de descanso.

Mais um equipamento disponível à população A desactivação das linhas ferroviárias levou a que muitos destes espaços fossem recuperados conferindo-lhes outras valências. No caso de Mora, a primeira intervenção da antiga Estação dos Comboios passou pela recuperação dos edifícios existentes e a construção de um novo, dando assim lugar ao que é hoje o Museu Interactivo do Megalitismo. Posteriormente, seguiu-se a construção do Parque Urbano num valor de 1.046.330,90€, obra que teve início em Abril do ano passado e que foi financiada pelo Programa Operacional Regional do Alentejo - Alentejo 2020 (PORA). Uma intervenção que pretendeu transformar a área envolvente, proporcionando um espaço verde de utilização colectiva complementada por alguns equipamentos lúdicos/desportivos, associada ao Museu, ao Auditório Municipal, ao Pavilhão Municipal de Exposições e ao Parque de Feiras, constituindo-se como área complementar da estrutura urbana histórica da vila. A reconversão desta zona urbana aparentemente inutilizada deu-lhe uma nova utilidade e valência, integrando-a no espaço urbano. Deste novo espaço fazem parte dois courts de ténis, área para realização de grandes eventos, espaços verdes e de descanso. Um novo equipamento que para além da vertente de lazer, veio recuperar um espaço, dando-lhe um embelezamento, tornando-o mais aprazível e onde ainda será instalado um parque infantil e equipamentos de fitness. PUB

D.R. - CM Mora

Uma obra de grande dimensão e que consta no programa eleitoral da força política mais votada pela população do

Concelho de Mora, nas últimas eleições autárquicas (2017), programa esse que os eleitos da Câmara Municipal de Mora

fazem questão de cumprir; e esta é mais uma prova do compromisso assumido perante a população.


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Radar O evento é promovido pela Câmara Municipal de Mora e vai ter lugar nos dias 13 e 14, 20 e 21 de Julho.

Festival Música no Rio - Os Outros Sons do Fluviário 2018 Sinfonietta de Lisboa, Choro Criolo, Raquel Tavares e Teresa Salgueiro, são os cabeças de cartaz da nona edição do Festival “Música no Rio – Os Outros Sons do Fluviário”. O evento é promovido pela Câmara Municipal de Mora e vai ter lugar nos dias 13 e 14, 20 e 21 de Julho, com um total de quatro concertos, tal como tem sucedido nas edições anteriores. Com bilhetes com o valor simbólico de 1€, o Festival acontece inserido no cenário natural do Parque Ecológico do Gameiro, junto ao Fluviário de Mora, na freguesia de Cabeção, Concelho de Mora. A abertura do Festival estará a cargo da Sinfonietta de Lisboa, presença assídua desde a primeira edição do evento. Este primeiro espectáculo contará com a interpretação de compositores russos, pela Sinfonietta, e a narração da obra “O Pedro e o Lobo” de Prokofiev, pela actriz e convidada Maria João Luís. Na noite seguinte, os sons brasileiros invadem o Parque Ecológico do Gameiro com a actuação de Choro Criolo, por Humberto Araújo com a participação da cantora convidada Sofia Vitória. No fim-de-semana seguinte a música regressa ao Gameiro, com Raquel TavaPUB

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res e Teresa Salgueiro a encerrar o certame, com espectáculos a acontecer a 20 e 21 de Julho, respectivamente. O Festival “Música no Rio – Os Outros Sons do Fluviário” assume-se como um evento que marca pela diferença. A oferta musical, para além de diversificada é de prestígio. Pelo palco do “Música no Rio – Os Outros Sons do Fluviário” já passaram vários artistas de renome, como por exemplo Sérgio Godinho, Rão Kyao, António Zambujo, Sinonietta de Lisboa, Paulo Carvalho, entre outros. O ambiente que se cria, aliado ao contexto cultural da iniciativa, proporcionam momentos de pura tranquilidade. O Parque Ecológico do Gameiro e toda a zona envolvente do Fluviário de Mora primam pelo elemento natural que lhes é característico, tornando o cenário em que acontece o Festival verdadeiramente idílico. Nove anos de existência lançaram o Festival “Música no Rio – Os Outros Sons do Fluviário” no panorama dos festivais de Verão, onde não falta a dinâmica e a música de qualidade. Como evento anual contribui também ele para o desenvolvimento do Concelho de Mora.


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Radar “Já demos provas que esta CPD tem capacidade de congregar vontades e tem credibilidade”.

Sónia Ramos recandidata-se à Distrital do PSD de Évora

A actual presidente da Distrital do PSD de Évora, Sónia Ramos, anunciou aos militantes, em Assembleia Distrital, a sua recandidatura àquele órgão a que preside desde Novembro de 2016. “Volvidos um ano e meio, julgo pertinente e oportuno fazer um balanço do trabalho efetuado, que me permite com orgulho, mas com muita humildade, dizer-vos que esta Comissão Política atingiu, na generalidade, os seus objetivos. Em ano e meio recuperámos cerca de 300 militantes, entre militantes suspensos que acreditaram neste projeto e novos militantes que se juntaram a nós. Reativámos 5 secções concelhias: Borba, Alandroal, Mourão, Arraiolos e Redondo. Reguengos de Monsaraz será a 6.º Secção, com eleições já marcadas para o próximo dia 18 de julho. Até meados do Verão ficaremos com 11 das 14 secções reativadas, sendo certo que quando iniciámos funções tínhamos apenas 5 secções eleitas regularmente.” referiu a dirigente social democrata. Sónia Ramos adianta, ainda, que a move PUB

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o facto de “o balanço das eleições autárquicas também não poder deixar de ser positivo pois obtivemos mais mil votos se compararmos com o resultado eleitoral autárquico anterior, mais um vereador, ficando com 6 no distrito,

mais uma Junta de freguesia – Redondo – e a Presidência de uma Assembleia Municipal, no mesmo concelho.” concluiu. No balanço do seu mandato a líder distrital laranja adiantou ainda como fruto do seu

trabalho a “implementação do Secretariado Distrital das MSD de Évora e dos núcleos de Estremoz e de Montemor-o-Novo.” Mais acrescentou as dinâmicas sobre o funcionamento de seis grupos temáticos, “a que chamámos plataformas, abrindo, assim, à comunidade o nosso Partido e a premência de atrair novos quadros. Esses grupos foram reajustados às temáticas do Conselho Estratégico Nacional, ao qual já indicámos os respetivos Coordenadores.” Sobre o futuro, Sónia Ramos, referiu, ainda, a realização de um Ciclo de Conferências sobre a União Europeia “que realizaremos até março de 2019. Temos já confirmadas as presenças do Eurodeputado Carlos Coelho em outubro deste ano e de Jorge Moreira da Silva em março de 2019.” Sobra as eleições europeias e legislativas, em 2019, Sónia Ramos, referiu que são objectivos estratégicos e que por isso continuará “a atrair militantes e novos quadros! Já demos provas de que esta CPD tem a capacidade de congregar vontades e tem a credibilidade necessária e indispensável para o fazer”, concluiu.


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Radar O Festival tem como visão tornar-se num projeto de referência nacional e internacional.

Festival Internacional de Música - Portel É na atmosfera inigualável de Portel que se reúnem todos os anos um extraordinário lote de músicos nacionais e estrangeiros, liderados pela excelência artística do maestro português Luís Miguel Clemente, de forma a proporcionar aos espectadores um festival de música erudita ímpar, inspirador e inesquecível. O Festival Internacional de Música de Portel proporciona igualmente uma extraordinária combinação de oportunidades artísticas e musicais, destinadas a jovens instrumentistas e maestros, profissionais emergentes e estudantes de música, de todas as nacionalidades e idades. Durante as duas semanas de festival, é desenvolvida uma Academia de Orquestra com um estimulante programa de treino musical, desenhado para contribuir pedagogicamente para o desenvolvimento e aperfeiçoamento artístico de instrumentistas de orquestra sinfónica, orquestra de sopros e solistas. Na sua vertente formativa, os participantes têm a oportunidade de integrar os grupos residentes do festival: ensembles de música de câmara, a Jovem Orquestra da Costa Atlântica e a Orquestra Nacional de Sopros. O Festival Internacional de Música de Portel tem como visão tornar-se num projeto de referência nacional e internacional, primando pela qualidade, inovação, criatividade e diversidade da programação, das atividades lúdicas e formativas que o constituem. Procuramos ainda mostrar que o Alentejo é uma fantástica região do território português, dotada de um extenso património cultural material e imaterial, com enorme potencial

D.R. - www.luismiguelclemente.com

para o desenvolvimento de um festival de música erudita. Luis Miguel Clemente é um proeminente maestro, pedagogo e investigador português, reconhecido como um dos mais talentosos e estimulantes da sua geração, que desenvolve uma intensa atividade musical em Portugal e no estrangeiro. Maestro enérgico e refinado, motivado por uma profunda crença no poder positivo da música para unir e inspirar, é considerado “a charismatic and inspiring leader, endowed with flawless conducting technique coupled with meticulous musical and musicological knowledge”

(Colin Metters, Emeritus Professor of Conducting at the Royal Academy of Music). Atualmente é Maestro Titular e Diretor Musical da Orquestra da Costa Atlântica, um dos projetos musicais mais dinâmicos e versáteis da atualidade portuguesa. É também, desde 2015, Maestro Titular e Diretor Musical da Orquestra Internacional de Jovens da Costa Atlântica. Desde 2016 é Codiretor Artístico e Maestro do Coro Sénior de Esposende, um projeto coral de inclusão social galardoado com o prémio BPI Seniores 2016. Em 2018, Luis Miguel Clemente irá cumprir a décima temporada como Diretor Artístico e Maestro Ti-

tular da Orquestra Nacional de Sopros. É Cofundador e Diretor Musical do Festival Internacional de Música da Costa Atlântica, festival premiado em 2015/2016 e 2016/2017 pela União Europeia com o selo EFFE da European Festivals Association. É Diretor Pedagógico e Professor Titular de direção de orquestra na Academia Internacional de Direção de Orquestra da Costa Atlântica, orientando uma classe internacional de maestros. Desenvolve há mais de 20 anos um ecléctico percurso musical, performativo, académico e científico, possuindo um curriculum vitae multifacetado e abrangente. Luis Miguel Clemente é licenciado em Ciências Musicais pela Universidade Nova de Lisboa e licenciado em Direção de Orquestra pela Associated Board of the Royal Schools of Music de Londres (Inglaterra). É mestre em Performing Arts pela Maryland University (EUA). Entre 2007 e 2011 aperfeiçoou os seus estudos em direção de orquestra no instituto italiano ISEB, na estrita classe do maestro holandês Jan Cober, diplomando-se com mérito. Aperfeiçoou-se com maestros da craveira de Alexander Polischuk, Jean Sebastien Berreau, Arturo Tamayo, Michael Dittrich ou Josep Pons. Desde 2014 tem como mentor o maestro e pedagogo de renome mundial Colin Metters, com o qual se aperfeiçoa e colabora frequentemente como maestro assistente. Foi distinguido com o Diploma de Especialização em Performance, Direção de Orquestra na Universidade de Aveiro. O Festival realiza-se entre 16 e 28 de julho.

Évora comemorou o Dia da Cidade e do Concelho A Câmara Municipal de Évora assinalou o Dia da Cidade numa cerimónia que teve lugar na manhã da passada sexta-feira (29 de Junho), no Salão Nobre dos Paços do Concelho. O evento incluiu, além da atribuição de medalhas, o lançamento do nº2 da 3ª série do Boletim de Cultura da Câmara Municipal de Évora “A Cidade de Évora”, apresentado por Cármen Almeida, coordenadora da referida publicação e responsável pela Divisão de Cultura e Património da autarquia eborense. Diversas entidades e cidadãos marcaram presença, entre eles o Vice-Chefe do Estado-Maior da Força Aérea Portuguesa, Tenente-General Sílvio Sampaio e o Ministro-Conselheiro da Embaixada do Japão em Portugal, Hiroaki Sano. O evento incluiu também uma cerimónia no Jardim Público, de deposição de sementes de duas espécies de árvores de Hiroshima sobreviventes ao bombardeamento atómico que os EUA fizeram sobre esta cidade japonesa em 1945. O Ministro-Conselheiro da Embaixada do Japão e o Presidente da Câmara Municipal de Évora fizeram a plantação das referidas sementes, após breves palavras de enquadramento deste acto, nomeadamente da sua importância como símbolo da luta pela Paz no Mundo. As sementes ficarão protegidas por uma estrutura metálica que representa a “cúpula da bomba atómica”, um edifício parcialmente destruído em 1945 e que se manteve inalterado até hoje em memória da destruição provocada pela bomba.

D.R. - CM Évora

Recorda-se que nesta edição do Dia da Cidade o investigador Henrique Leonor Pina foi agraciado, a título póstumo, com a Medalha de Ouro da Cidade de Évora pelo seu trabalho de valorização das potencialidades arqueológicas do Concelho, nomeadamente por ter identificado e dado visibilidade a vários monumentos megalíticos, entre eles o Cromeleque dos Almendres, quando se procedia ao levantamento da Carta Geológica de Portugal.

A Medalha de Mérito Municipal – Classe Ouro foi entregue ao Juventude Sport Clube que este ano comemora o seu 100º Aniversário pela relevância do papel desempenhado ao longo da sua existência para a comunidade local. Uma Medalha de Mérito Municipal – Classe Ouro foi também atribuída ao ex-Comandante dos Bombeiros Voluntários de Évora, José Francisco Monteiro, pelos relevantes serviços prestados em prol da

Humanidade, ao longo de 30 anos de carreira, sendo exemplo dessa abnegação o contributo decisivo na fundação das corporações de bombeiros de Portel e Viana do Alentejo. Na sua intervenção, o Presidente da Câmara Municipal de Évora, Carlos Pinto de Sá, explicou o motivo da escolha do tema da paz para o ano em curso, sua importância e actualidade. “A construção de uma sociedade melhor e mais justa é também um contributo para a paz” considerou o autarca, justificando assim a escolha dos medalhados que nesse sentido deixaram a sua marca na história de Évora. Destacou ainda o lançamento do novo número do Boletim “A Cidade de Évora” expressando o seu reconhecimento à equipa pelo trabalho desenvolvido. Houve ainda intervenções de agradecimento e evocação do trabalho concretizado pelos medalhados por parte de Raquel Caniço, sobrinha de Henrique Leonor Neto, Paulo Monteiro, filho de José Francisco Monteiro e António Sousa, Presidente da Direção do Juventude Sport Clube. O Boletim “A Cidade de Évora” foi apresentado por Cármen Almeida que recordou alguns traços marcantes desta publicação científica, designadamente o seu papel pioneiro na divulgação e preservação do património. Salientou o seu valor, tanto a nível nacional como internacional, mencionando ainda alguns dos colaboradores, muitos deles grandes vultos da cultura portuguesa.


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Radar A apresentação é da responsabilidade de Bernardino Mira, Leonor Serpa Branco e Margarida Perdigão.

Exposição de pintura - ”Entre Portas e Janelas“ Abriu dia 8 de junho e estará patente nos Paços do Concelho de Arraiolos até ao dia 8 de agosto de 2018, a Exposição de Pintura - “Entre Portas e Janelas”, a qual pode ser visitada de segunda-feira a sexta-feira, das 09h00 às 17h00. Na exposição coletiva de pintura estão obras de Adelaide Cabrita Alberto Frazão, Alice Batista Ana Barreiros, Ana Clara Santo Ana Riço, Armindo Leão, Bernardino Mira, Cristina Oliva, Eduarda Rosalino, Fátima Botas, Filipa Madeira, Graça Firmo, Helena Cambezes, Hermínia Pimentão, Idália Oliveira, Isabel Cid, Isabel Leão, Joana Borrego, João Freire, Luís Mendes, Manuela Pina, Margarida Alegre, Margarida Belchior Lopes, Margarida Perdigão, Maria Adelina Varela, Maria da Conceição Pires, Maria do Carmo Cruz, Maria do Rosário Oliveira, Maria Eduarda Sousa, Maria Henriqueta Barrulas, Maria José Alcaravela, Maria José Contas, Noémio Costa, Rosa Rodrigues, Sílvia Andrezo e Teresa Santa Marta. Sílvia Pinto, Presidente da Câmara Municipal de Arraiolos agradeceu aos parti-

D.R. - CM Arraiolos

cipantes o “empenho e a disponibilidade demonstrados para concretizar esta ini-

ciativa, onde se manifesta a arte e a sensibilidade” mas também, nas palavras dos

próprios “as histórias de vida das pessoas que estão para além destas portas e janelas.” A apresentação, da responsabilidade de Bernardino Mira, Leonor Serpa Branco e Margarida Perdigão, reflete sobre o que se vê das janelas ou das portas e a simbologia associada à sua existência, na afirmação de “que todos os lugares do mundo têm portas e janelas”. A exposição será ela própria uma janela aberta para o caminho percorrido pelos autores e que nos transmitem através da sua pintura. E elucidam-nos que em “ruas de diferentes sítios e lugares, encontramos portas com cores e texturas muito variadas. Revelações do tempo. Consciencializamos de que todos os lugares do mundo têm portas e janelas. As janelas são a ligação dos mundos interior e exterior. São a curva do que está dentro e fora de nós. As portas são a passagem de quem entra e de quem sai. São o símbolo de quem chega, de quem parte e de quem fica…”

Volta a Portugal com etapa mais longa entre Beja e Portalegre A chegada da quarta etapa às Penhas da Saúde será a grande novidade da 80.ª edição da Volta a Portugal em bicicleta, que pelo terceiro ano consecutivo não terá uma chegada à Torre. A etapa rainha, disputada ao quinto dia da prova, que se disputa de 1 a 12 de Agosto, num total de 1579 quilómetros, vai surgir ainda cedo, mas poderá marcar diferenças entre os principais candidatos. Em 5 de Agosto, os ciclistas terão de percorrer 171,4 quilómetros, entre a Guarda e as Penhas da Saúde, também em plena Serra da Estrela, uma contagem de categoria especial, já depois de terem passado pela Torre, o ponto mais alto de Portugal continental, também da máxima dificuldade. Além desta chegada às Penhas da Saúde, que já não acontecia há 22 anos, as grandes decisões da 80.ª edição da Volta devem ficar guardadas para os dois últimos dias. A nona e penúltima etapa vai trazer a sempre aguardada chegada à Senhora da Graça, em Mondim de Bastos, 155,2 quilómetros depois da partida de Felgueiras. Antes da chegada ao Monte Farinha, os ciclistas terão de passar outras duas contagens de primeira categoria, em Alto da Barra e Barreiro. Em 12 de Agosto, o sucessor do espanhol Raul Alarcón (W52-FC Porto) subirá ao pódio final em Fafe, após um contra-relógio de 17,3 quilómetros, menor do que o de 2017 (20,1km).

D.R. - bomdia

A 80.ª edição da Volta a Portugal vai começar em 1 de Agosto, com um prólogo de 1,8km na Avenida Luísa Todi, em Setúbal, que substitui Lisboa, que desde 2008 não ficava fora do mapa da prova. A primeira etapa em linha marca o regresso do Algarve à Volta a Portugal, com uma ligação entre Alcácer do Sal e Albufeira, numa oportunidade para os sprinters, após 191,8 quilómetros. Depois de o Alentejo litoral dar a partida para a primeira etapa, será o Alentejo interior a marcar a segunda tirada, a maior da 80.ª edição, com 195,8 quilómetros, entre Beja e Portalegre, que se prevê muito quente em pleno Verão.

A zona afectada pelos grandes incêndios de 2017 será homenageada na terceira etapa, com os 175,9 quilómetros entre a Sertã e Oliveira do Hospital a deverem ser observados no local pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Já após a passagem pela Serra da Estrela, o pelotão, com certeza já mais reduzido do que na partida, cumprirá a quinta etapa, última antes do dia de descanso - este ano uma etapa mais cedo -, entre o Sabugal e Viseu, nuns 191,7 quilómetros muito acidentados. O descanso em Viseu será importante para os ciclistas atacarem a segunda metade da Volta a Portugal, que começa com

Preservar saberes - “Ponto Pé-de-flor” A Câmara Municipal de Arraiolos incentivou a realização de um curso dirigido às diversas unidades produtivas de tapete de Arraiolos, sediadas em Arraiolos, tendo como objetivo preservar o saber fazer e a técnica do “ponto-pé-de-flor” no Tapete de Arraiolos. O curso realizado pelas associações “Trilho” e “Monte” contou com 18 formandas e decorreu no Arraiolos Multiusos ente 7

de fevereiro e 16 de maio de 2018. Sílvia Pinto, Presidente da Câmara Municipal de Arraiolos face ao interesse manifestado pelas unidades produtivas e tapeteiras considerou “positivo para o futuro desta arte essa adesão e o entusiasmo das bordadoras participantes, bem como a colaboração das unidades produtivas aderentes: Arte em Casa; Fracoop; Sempre Noiva; Maria do Sameiro; Tapetes

D.R. - CM Arraiolos

a única estreia da 80.ª edição. Sernancelhe receberá pela primeira vez um início de uma etapa, que vai ligar aquela vila do distrito de Viseu à transmontana Boticas, num total de 165,4 quilómetros, de constante sobe e desce, com uma contagem de primeira categoria a menos de 20 quilómetros da meta. A segunda chegada em alto acontece à sétima etapa, na chegada ao Santuário de Santa Luzia, em Viana do Castelo, uma contagem de terceira categoria, colocada 165,5 quilómetros após a partida de Montalegre. Antes das duas etapas finais haverá uma etapa de transição, a mais curta em linha (147,6 quilómetros), entre Barcelos e Braga (quilómetros), mas com duas passagens pelo Sameiro já nos quilómetros finais a poderem surpreender. Entre as equipas inscritas, há cinco do escalão continental profissional, as espanholas Caja Rural, de Rafael Reis e Joaquim Silva, Burgos-BH, de José Mendes, e Euskadi-Murias, a Israel Cycling Academy e a belga WB Aqua Protect Veranclassic, que deixou boas indicações na Volta ao Alentejo. As três equipas espanholas poderão apresentar segundas linhas, porque na mesma altura se disputa a Volta a Burgos. No total serão 21 equipas, entre as quais as nove continentais portuguesas e outras sete estrangeiras do mesmo escalão.

Hortense; Tiraz; Vitorino Paulo.” A consolidação desta “reaprendizagem” e a preservação da técnica do “ponto-pé-de-flor” no Tapete de Arraiolos, deverá resultar na contratualização com as empresas de um projeto que permita valorizar o espólio do Centro Interpretativo do Tapete de Arraiolos, com exemplares de tapetes representativos deste “saber fazer” secular.


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D.R. - Global Notícias

Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 Évora Tel. 266 750 140 Email geral@registo.com.pt SEMANÁRIO

PSD / Évora

Concelhia com novo líder Francisco Figueira, advogado de 37 anos, é o novo presidente da Concelhia de Évora do PSD, desde há duas semanas, tendo conseguido uma eleição consensual, em listas únicas, tanto para a Comissão Política como para a Mesa da Assembleia. “O nosso objetivo, numa primeira fase, será apoiar e articular os autarcas que foram eleitos nas últimas eleições de forma a aumentar a eficácia da ação política do PSD no concelho”, afirmou o dirigente social-democrata, em declarações, na noite eleitoral, à Diana fm. Francisco Figueira vai ocupar o cargo durante os próximos dois anos, mas olha já para as eleições autárquicas de 2021. “Pretendemos que esta equipa possa, nos próximos dois anos e já tendo em vista o horizonte das próximas autárquicas, reforçar a mensagem do PSD e preparar essas eleições”, realça. Francisco Figueira foi o mandatário distrital da candidatura de Rui Rio à liderança do PSD. É vice-presidente da Distrital de Évora do PSD e da Associação Nacional dos Jovens Advogados Portugueses. PUB

Igreja Portel

Campeonato europeu sénior de Minigolfe Em Agosto Portel volta a estar no Centro da Europa para ser anfitrião do Campeonato Europeu de Seniores de Minigolfe. Este evento desportivo internacional é promovido pela Federação Mundial de Minigolfe e organizado pela Câmara Municipal de Portel, pela ADA Portel e pela Federação Portuguesa de Minigolfe. O Campeonato Europeu de Seniores de Minigolfe vai decorrer no Campo Internacional de Minigolfe de Portel de 8 a 11 de Agosto, estando em competição 11 países, como Portugal, República Checa, Suíça, Eslováquia, Suécia, Áustria, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Rússia, Reino Unido, com cerca de 120 participantes, entre atletas e treinadores. http://minigolfe2018. portel.pt/wordpress

D Francisco Senra Coelho recebe Pálio em Setembro D. Francisco José Villas-Boas Senra de Faria Coelho é o novo arcebispo de Évora. Nascido a 12 de março de 1961 em Maputo, Moçambique, o novo arcebispo de Évora frequentou o Liceu Nacional de Barcelos e o Liceu Sá de Miranda, em Braga, enquanto estava já no Seminário Conciliar da cidade minhota. Em 1980, ingressou no Seminário Maior de Évora, onde concluiu o curso superior de Teologia, sendo ordenado a 29 de junho de 1986, pelo então arcebispo de Évora, D. Maurílio de Gouveia. Quando foi nomeado Bispo Auxiliar de Braga, em abril de 2014, D. Francisco José Senra Coelho era pároco de Nossa Senhora de Fátima e de São Manços, em Évora, e de Nossa Senhora da Consolação, em Arraiolos, além de ser o vigário forâneo da Vigaria de Évora e o moderador da Zona Pastoral Centro/sul da Arquidiocese de Évora. O novo arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho, vai

receber a 2 de setembro o pálio abençoado pelo Papa Francisco, insígnia litúrgica de honra e jurisdição da Igreja Católica. A faixa de lã branca, com seis cruzes negras de seda, foi recebida dia 29 de Junho, na Praça de São Pedro, no Vaticano, pelo núncio apostólico em Portugal, D. Rino Passigato, que a vai depois impor ao arcebispo metropolita, aquando da sua entrada solene em Évora. No dia dos padroeiros de Roma, São Pedro e São Paulo, 39 arcebispos nomeados nos últimos 12 meses proferiram esta manhã um juramento no qual cada um se comprometeu a ser “sempre fiel e obediente” ao “beato Pedro apóstolo”, à “santa, apostólica Igreja de Roma”, ao Papa e seus “legítimos sucessores”. Os pálios estiveram junto do túmulo do apóstolo Pedro, desde a noite do passado dia 28 de junho, o primeiro Papa da Igreja Católica, e foram transportados durante a celebração para junto de Francisco, que os abençoa

e entregou a cada arcebispo, no final da Missa. Esta insígnia é feita com a lã de dois cordeiros brancos benzidos pelos Papas na memória litúrgica de Santa Inês, a 21 de janeiro, e simboliza o Bom Pastor que leva nos ombros o cordeiro até dar a sua própria vida, como recordam as cruzes negras bordadas. Em 2015, Francisco decidiu modificar a celebração de entrega dos pálios aos novos arcebispos metropolitas, deixando de impor esta insígnia no Vaticano, uma tarefa agora confiada aos núncios apostólicos (representantes diplomáticos da Santa Sé). A entrada solene de D. Francisco Senra Coelho, de 57 anos, na Arquidiocese de Évora está agendada para o domingo, 2 de setembro de 2018, pelas 17h00, na Catedral local. O pálio é envergado pelos arcebispos metropolitas nas suas dioceses e nas da sua província eclesiástica. Fontes: Rosário Silva / Rádio Renascença e Agência Ecclesia


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