Revista Calçada dos Bichos | Edição nº 7

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calçada dos

Única revista pet com animal para adoção na capa

Ano 2 - Nº 7 | 2018

Grátis

Exclusivo Um bate-papo com Luisa Mell

Interação criança e cavalos Os benefícios da Equoterapia

Mercado | Estilo | Prevenção | Pet Friendly e muito mais

Nosso 1º aniversário! E quem ganhou um presentão foi o Bob!




Editorial

Obrigada pelo primeiro ano de revista!

A

Foto: Daniela Furlan - Fotogenia Pet

revista Calçada dos Bichos nasceu em 2017 com o propósito de ser uma publicação de referência no mercado pet. Daí o nome “calçada”, via onde se encontram os estabelecimentos de comércio e serviços destinados aos pets e onde os animais de estimação passeiam. Abordamos todo universo pet, estamos sempre atentos às novidades do setor para atender às necessidades dos tutores e seus filhos de quatro patas e estreitamos a interação entre a comunidade petlover dando espaço para leitores participarem ativamente. Em março, 1 ano depois, comemoramos nosso primeiro aniversário com muito orgulho de também sermos o agente facilitador de algumas adoções por meio das capas e da seção Área VIP. A parceria com a fotógrafa Daniela Furlan e sua sensibilidade para lidar com os animais carentes, estrelas de todas as capas, tem sido essencial neste processo de desmistificação e de adoção. Também não poderia deixar de citar o diretor de arte Diogenes Santana que criou todo conceito gráfica da revista e da designer editorial Renata Carvalho que assumiu o comando do design da revista com muita delicadeza.

A participação de cada parceiro é fundamental para levarmos informação e entretenimento aos tutores e petlovers Por fim, e não menos importante, a revista só chegou até aqui graças aos nossos parceiros anunciantes. Quando a revista ainda era apenas uma ideia, muita gente acreditou no projeto, em especial as unidades da rede Petland e o Hospital Vet Quality, parceiros desde o primeiro número. Para a revista se manter com distribuição gratuita, alcançar mais pessoas amantes de bichos levando informação e entretenimento e fazermos a diferença na causa animal, a participação de cada um é fundamental para avançarmos, passo a passo, nesta conquista. A revista surgiu de uma ideia solitária envolvida de amor pelos animais, mas todos que já passaram por aqui fazem parte dessa história. Para ela continuar sua trajetória, é preciso superar muitos desafios que o mercado apresenta, mas como diz a máxima: juntos sempre seremos mais fortes.

Quem faz a revista: Daniela Furlan, Kátia Gomes e Renata Carvalho

Obrigada a todos. Até a próxima edição. Kátia Gomes

katiagomes@refinariadeideias.com.br



Sumário Editorial.....................................................................................4 Expediente.............................................................................4 Calçada da Fama.............................................................. 7 Breves........................................................................................8 Entrevista.............................................................................. 10 Buticão.................................................................................... 11 Estilo.........................................................................................12 Veganismo...........................................................................14 Sustentabilidade.............................................................16 Capa..........................................................................................18

Fala, leitor! Se você tem alguma sugestão para a próxima edição, crítica ou elogio ou ainda quer solucionar alguma dúvida, fale com a gente! Responderemos rapidinho. 11 99434-8877 revistacalcadadosbichos calcadadosbichos revista@refinariadeideias.com.br

Área VIP..................................................................................19 Adotei......................................................................................20 Comportamento..............................................................21 Outros Bichos................................................................... 22 Prevenção............................................................................ 24 Bem-estar............................................................................26 Saúde......................................................................................28 Alimentação.......................................................................30 Pet Friendly......................................................................... 32 Opinião................................................................................... 34

Xiii, erramos... Os contatos corretos da Turismo 4 Patas são: 11 98280-9562 e larissa. rios@turismo4patas.com.br e não como divulgamos na edição passada.

Expediente Jornalista Responsável: Kátia Gomes (MTB 32.343) Projeto Gráfico: Diogenes Santana Design Editorial: Renata Carvalho Foto de Capa: Daniela Furlan – Fotogenia Pet Publicidade: contato@refinariadeideias.com.br 11 99434-8877 Impressão: Grafilar Realização: Refinaria de Ideias Comunicação www.refinariadeideias.com.br

Calçada dos Bichos tem DISTRIBUIÇÃO GRATUITA por meio de parceiros e anunciantes; pet shops; clínicas e hospitais veterinários; eventos e estabelecimentos pet friendly; bancas de jornais e em residências (assinaturas). Os anúncios e artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião desta publicação. A reprodução do conteúdo é permitida desde que atribuídos os devidos créditos.


Calçada da F ma

Quem marcou patinhas por aqui... Nossos leitores, mais que especiais, têm lugar reservado na Calçada da Fama. Para você também deixar a marca do seu pet, basta enviar uma foto com a revista para o e-mail revista@refinariadeideias.com.br ou postá-la nas redes sociais usando a hashtag #revistacalcadadosbichos

Willy Kat e Willy Kit, Fernanda

lucy_arteira

Toddy, Dani

Alegria, Larissa Rios

Sky, Camila e Rosevaine Pissaia

zigthespitz

Nino,

melcolaresbarcelos

Tuco, Daniela Morais

quintetoanimal

tikazoeira


Breves Embaixadora Calçada dos Bichos

Fotos: Divulgação

Uma das mais antigas e assíduas leitoras da Calçada dos Bichos é agora a primeira embaixadora da revista. A cadelinha Hope, SRD de 1 ano e 11 meses, foi convidada a representar a revista no mundo pet e ter um espaço na revista graças ao seu perfil carismática e comunicativo, além de ser adotada de acordo com os preceitos da posse responsável. Em breve, escolheremos mais pet models para a Calçada dos Bichos. Fiquem ligados!

Seu pet na festa de casamento

Praça de alimentaCAO O Shopping Penha agora conta com um espaço democrático de convivência para pets e seus tutores. A área dispõe de cadeiras e mesas para que os visitantes possam fazer suas refeições acompanhados de seus pets, além de brinquedos, bebedouros e painéis de fotos. O espaço, com acesso gratuito, fica no 1º piso, próximo à Praça de Alimentação. Rua Dr. João Ribeiro, 304

Animais de estimação em casamento é uma tendência cada vez maior. Muitos casais fazem questão de que o peludo faça parte da cerimônia ou da festa, uma decisão para ser tomada com antecedência para treinar o bichinho. A plataforma Wedy ajuda a decidir e a organizar a participação do seu cãozinho para que isso aconteça da melhor maneira possível, sem imprevistos e incômodos para os convidados e também para o seu pet. site.wedy.com

Aplicativo ajuda na busca de animais perdidos A partir de um perfil com todas as características físicas e comportamentais do bicho de estimação, é possível criar uma ação em rede com todos cadastrados na plataforma Petworking para ajudar a encontrar os pets desaparecidos, em caso de perda ou sumiço. O mesmo vale para que tem um animal para doar e para quem quer adotar. O aplicativo está disponível para IOS e Android. www.petworking.com.br.

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Hospitais veterinários gratuitos Com três unidades na grande São Paulo, os hospitais veterinários gratuitos realizam consultas, exames laboratoriais e cirurgias. Os serviços são exclusivos para tutores de baixa renda que devem comparecer ao local com RG, CPF e comprovante de residência para retirada de senha (prioridade para casos de urgência e emergência), de segunda a sexta, das 6h às 10h. Unidade Zona Norte: Av. General Ataliba Leonel, 3194. Parada Inglesa. Unidade Zona Leste Av. Salim Farah Maluf, 20-22, Tatuapé. Unidade Zona Oeste Rua Manuel Jacinto, 249, Vila Sônia. www.anclivepa-sp.com.br / www.anclivepa-sp.colabore.org

Cine Matilha Sala de cinema independente da Matilha Cultural, entidade sem fins lucrativos, aberta em 2009, tem a proposta de apoiar e divulgar produções culturais e iniciativas socioambientais do Brasil e do mundo. O Cine Matilha tem programação gratuita e é pet friendly. Confira as próximas sessões para ir com seu filho de 4 patas como companhia. Rua Rego Freitas, 542, Consolação. Tel.: 11 3256-2636. www.matilhacultural.com


CB: Hoje os bichos de estimação são tratados como membros da família e também há uma preocupação maior com a causa animal. A que você credita esse novo comportamento? LM: O programa nasceu querendo falar de vira-latas. A gente percebia a rejeição e o horror que causavam. Apesar de muita gente gozar de mim porque eu chorava – sou bem emotiva. Já chorei umas três vezes aqui (risos) – muita gente começou a se identificar e a mudar o comportamento. Os valores mudaram. A adoção virou uma realidade e uma conquista.

Ela quer salvar o mundo!

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uisa Mell dispensa apresentações. O trabalho à frente do Instituto Luisa Mell é reconhecido em todo País. O temperamento emotivo desperta atenção e conquista milhares de seguidores que acreditam na bandeira que levanta. A tutora dos vira-latas Pinguinha e Léo conversou com a reportagem da Calçada dos Bichos durante o lançamento do livro “Como os Animais Salvaram Minha Vida” (Globo Livros, 224 págs). Confira a seguir o bate-papo.

CALÇADA DOS BICHOS: O extinto programa Late Show (Rede TV! 2002-2008) foi o propulsor para você se tornar ativista? LUISA MELL: Não sei bem o dia em que eu virei ativista. Acho que a primeira matéria que eu fui fazer e que estava do lado da morte, de animais maltratados, eu percebi que não era uma apresentadora de televisão. Eu tinha uma missão de vida muito maior.

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CB: É comum a contradição de querer: salvar os animais e ainda ser carnívora... LM: É um contrassenso, sem dúvida. Mas a gente não convive com bois. Ele é um animal igualzinho a um cachorro. Se você conversar com um boi, ele também vai te entender, te olhar...Todos os animais compreendem o afeto. CB: Também há quem ame os animais, mas evita se envolver com a causa por não querer lidar com o sofrimento. O que dizer para essas pessoas? LM: É muito egoísmo. Fechar os olhos não faz com que os animais deixem de sofrer. Você pode ou não entrar nessa história e mudar e salvar os animais, salvar o mundo. Fazer o que você acredita é a grande mensagem que passo no livro. CB: Quais os seus próximos objetivos e qual recado dá aos leitores? LM: Eu quero salvar o mundo! Vamos fazer essa revolução antes que seja tarde demais.

Foto: Calçada dos Bichos

Entrevista


Buticão

Para chamar de seu Qual mimo o seu pet está merecendo hoje? Confira o que tem na nossa vitrine e escolha a sua boa compra. Mais estilo à vida do seu pet

Fotos: Divulgação

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Estilo

Tutores e pet em total sintonia

Q

mais produtos com este conceito, mas sentia dificuldade em encontrar para raças grandes. A necessidade coincidiu com a venda da Tks Dog. Era a oportunidade que ela buscava pessoal e profissionalmente.

uando o tempo pede um pouco mais de calma é hora de rever os velhos hábitos e até adotar um novo estilo de vida. Foi assim com a administradora de empresas Kátia Otero Silva que, após 26 anos trabalhando em uma multinacional, oito deles morando fora do Brasil, resolveu tirar um período de férias e reavaliar a vida profissional, fazendo tudo o que sempre quis mas faltava tempo.

Novos rumos, novas linhas Desde setembro de 2017, Kátia dirige a Tks e vem aprimorando os produtos que seguem o mesmo padrão de tecido e estampa para a mamãe e para o cachorro ou gato como blusas femininas coordenadas com as scarfs que são referências no segmento de moda pet. A proposta da Tks Dog, segundo a empresária, é destacar o amor e a sintonia entre tutores e pets por meio dos looks, seja qual for a ocasião: praia, fitness, Natal, Réveillon, casual, chic, pijamas, Copa do Mundo, etc. Tudo com muito charme e estilo, além de diversão.

A primeira iniciativa foi realizar o sonho de infância de ter um Dogue Alemão. “Com a chegada do Iron, um universo canino, até então desconhecido, se abriu para mim. Além de todo cuidado com a saúde e bem-estar dele também comecei a enchê-lo de mimos. Foi assim que acabei conhecendo a Tks Dog, uma marca de scarfs para cachorros”. Kátia ficou tão encantada com o produto que começou a colecionar e a comprar sempre de par em par para poder usar também! “Passamos a sair combinando: tal mãe, tal pet”. Ela lembra de procurar

Para manter essa parceria no visual é preciso pensar também no bem-estar do bichinho. “As scarfs são muito práticas de vestir e confortáveis, pois não possuem botões ou

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Fotos: Divulgação

fivelas e nem precisam ser amarradas, ajustáveis facilmente ao tamanho do pescoço de cada animal, do PP ao GG. São confeccionadas em diferentes tecidos que se adaptam à estação do ano. No inverno, por exemplo, os modelos de lã e veludo prometem aquecer sem perder o estilo”, explica Kátia, que segue criando e incorporando novas linhas, como a masculina que conta inicialmente com camisetas e bonés e a linha enxoval pet composta por edredons, almofadinhas, mochila e bandana. Todos os itens são disponíveis a pronta-entrega.

Os modelos das peças se adaptam a todas estações e eventos do ano

Causa animal O nome Tks Dog vem de Thanks Dog, gratidão aos pets sem distinção de raça ou espécie. Sendo assim, os animais carentes também estão no foco da marca que mantém uma parceria com a Ong santista Viva Bichos. Um percentual sob as vendas realizadas por meio das redes sociais e do whatsapp (e em breve da loja virtual:www.tksdog.com. br) é revertido em benefício da instituição. Eventualmente, a Tks organiza eventos e desfiles com renda 100% revertida à Ong. Tudo se cruzou nesta história que ainda não tem fim, mas é muito feliz. Daqui para frente, Kátia não pretende mais voltar à antiga vida de executiva e só tem mesmo a agradecer ao mundo animal. Tks Dog!

Tks Dog tksdog

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thanksdog

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Veganismo

Atenção aos ingredientes dos rótulos!

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pesar do movimento vegan-friendly ser crescente no Brasil, ainda não há nenhum órgão que fiscalize as informações das embalagens e muitas vezes nem tudo é o que parece ser. Há empresas do setor cosmético que não realizam testes em animais, porém utilizam ingredientes de origem animal na composição de seus cosméticos.

Cochonilha, carmim ou vermelho natural 4

conjuntivo dos animais, ou seja, de carcaças, ligamentos e ossos de boi e porco, frequentemente encontrado em cosméticos de tratamento para corpo, rosto e unhas, além de xampus e vitaminas. A proteína de soja e o óleo de amêndoa são substitutos para o colágeno.

Corante extraído do corpo e dos ovos das fêmeas do inseto cochonilha, está presente em batons vermelhos e rosados, xampus e cosméticos avermelhados. O suco de urucum e o de beterraba são alternativas naturais para se obter a mesma coloração na indústria cosmética.

Placenta Retirada de animais fêmeas abatidas em matadouros, pode ser encontrada em xampus, condicionadores e produtos em geral destinados para tratamento capilar.

Queratina É conseguida pela trituração de uma enorme quantidade de cascos, pelos, penas, chifres e penas de animais, muito utilizadas em produtos para tratamento capilar e das unhas. Como alternativa, a proteína de soja e o óleo de amla podem ser utilizados.

Lanolina É o nome dado para o sebo da lã de ovelhas em produtos hidratantes em consequência de sua exposição à alta temperatura. Presente em produtos hidratantes como xampus, máscaras capilares e batons cremosos. Óleos

Colágeno e elastina Obtido por meio da fervura do tecido

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Fotos: Banco de Imagem

Patricia Lima, fundadora da Simple Organic, empresa certificada pela Ecocert e pelo PETA, lista os principais elementos derivados da exploração animal presentes na formulação de cremes, xampus, sabonetes e maquiagem e que podem ser facilmente substituídos por ingredientes vegetais e orgânicos.


extraídos de plantas e vegetais cumprem a função desempenhada pela lanolina.

Ácido esteárico Geralmente derivado da banha (gordura animal de porco) ou sebo (gordura animal da carne de boi ou de carneiro). É produzido por fervura das carcaças dos animais para extração desse ácido graxo para compor sabonetes, cremes hidratantes e máscaras de cílios. O óleo de coco e de babosa são excelentes possibilidades veganas.

Estradiol O estradiol é um tipo de estrogênio retirado da urina de éguas prenhas para compor hidratantes e perfumes.

Cera de abelha, geleia real, mel, pólen e própolis Sob os nomes de bee wax, Royal gelly, honey e pollen, a produção de mel também contribuiu para a crueldade animal. Isso porque muitos criadores utilizam métodos de inseminação artificiais nas abelhas rainhas e também optam pela extração bruta do esperma do zangão para fecundação. As ceras de carnaúba e de candelila, além das manteigas de ucuúba, murumuru, tucumã, cacau e cupuaçu são perfeitas para substituir a cera produzida por abelhas. www.simpleorganic.com.br


A iniciativa tem sido positiva com empresas e indústrias, no entanto os consumidores ainda não têm total consciência da sua responsabilidade social. Segundo a engenheira florestal, Simone Dias, a educação para uma vida sustentável no mundo pet atinge tanto os tutores, inseridos na cadeia econômica, quanto a população de modo geral. “O comércio ilegal de animais exóticos e silvestres causa extinção das espécies na fauna, além de redução na flora já que todo animal tem seu papel na natureza. Outros animais de estimação como tartaruga, peixes ornamentais e répteis também exigem regulamentação, pois introduzem materiais genéticos descartados fora do seu habitat e necessitam de alimentação especifica, nem sempre de fácil acesso”, exemplifica.

A

Lei nº 12.305/2010 de Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) procura organizar a forma como o País lida com o descarte de resíduos e rejeitos e exigir dos setores públicos e privados mais transparência no gerenciamento do lixo produzido. Em 2015, a Abinpet (Associação Brasileira das Indústrias de Produtos para Animais de Estimação) iniciou sua atuação em um comitê para tratar da PNRS-PET a fim de unir o setor pet na adequação à legislação e diminuir, assim, o impacto ambiental na cadeia produtiva causada pelo mercado.

A especialista afirma que a posse de todo animal implica em uma consequência ambiental. “O Brasil é o quarto país do mundo em quantidade de cães. Para o mercado, significa aquecimento econômico. Mas, quantos deles estão em posse de tutores responsáveis ou recebem cuidados mínimos? A quantidade de animais nas ruas é insustentável para o meio ambiente e para a saúde pública”, diz, acrescentando que além de políticas para controle populacional de animais em situação de abandono e campanhas de castração, cabe ao tutor ter um olhar mais crítico e questionar como pode contribuir para a diminuição de resíduos descartados.

Todo animal causa algum tipo de impacto ambiental

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Foto: Banco de Imagem

Responsabilidade ambiental no mundo pet

Foto: Banco de Imagem

Sustentabilidade


DICAS Jenifer Bochetti , graduanda em engenharia ambiental e voluntária no projeto Cães do Morro da Lua, dá algumas sugestões para tornar a posse do animalzinho menos impactante para o planeta.

Higiene e estética Procure por fórmulas com ingredientes naturais, consultando sempre o seu médico veterinário. Para os banhos em casa, opte por usar um balde e desligue o chuveiro enquanto passa os produtos no pet.

Alimentação Evite petiscos industrializados e substitua por petiços naturais como legumes: cenoura, brócolis, mandioquinha, banana, maçã, entre outros. Além de ser melhor para saúde do pet, você estará diminuindo o consumo de plástico.

Brinquedos Prefira os fabricados com materiais recicláveis como cortiça e bambu. Você também pode criar o brinquedo para os peludos usando garrafas pets ou caixa de papelão para fazer túneis.

Dejetos Além de recolher as fezes dos pets durante os passeios, é preciso jogá-las no vaso sanitário para que passem pelo tratamento da Sabesp, assim como os dejetos humanos. Ao optar por saquinhos, use os biodegradáveis, mas nunca os despejem no vaso sanitário ou nas lixeiras comuns. Quando o desejo é recolhido com saco plástico e jogado em lixeiras comuns, o plástico começa a se degradar e a produzir gases de efeito estufa, a chamada poluição.

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Bob com a sua nova família

Motivos para comemorar!

O

modelo que estampa a capa dessa edição comemorativa é o Bob, um vira-lata de 6 anos que vivia com outros cachorros do projeto Cães do Morro da Lua, originado em 2015 com a iniciativa de um mutirão para promover a adoção de animais que estavam em uma favela com um acumulador. O dia começou diferente para ele que recebeu um tratamento de beleza no pet shop Trusty Pet antes de chegar ao estúdio Fotogenia Pet, na Pompéia, e terminou de um jeito inesperadamente feliz.

Com a chegada do Bob, a Zuzu também comemorou. “Ela estava muito tristinha após a morte da minha shitzu ano passado. Já tinha pensado na possibilidade de adotar, mas ainda estava avaliando quando seria, de repente tudo mudou... (risos) Agora a Zuzu e o Bob são uma dupla inseparável. É muito bonitinho os dois juntos”, afirma destacando que o Bob até anda aprontando: “Roubou um frango que deixei cinco minutos na pia”, diverte-se.

Durante a sessão de fotos, a voluntária do projeto recebeu uma ligação do pet shop, informando que havia uma pessoa interessada em conhecer o cachorro adulto disponível para adoção que seria fotografado para uma revista. Minutos depois, Marcela Cardoso, seu filho Theo e a pequena Zuzu (uma pinscher de 4 anos adotada) chegaram e, de imediato, se apaixonaram! Naquele momento ele ganhou uma família.

Sobre adotar um cão adulto, Marcela esclarece e dá o exemplo: “É poder cuidar e amar quem tem menos possibilidade de ser adotado e receber em troca um amor enorme que não esperávamos”. A preocupação com o bem-estar do cão se reflete até no nome, não alterado. “Seria um capricho querer mudar o nome dele depois de seis anos atendendo por Bob”.

Marcela conta que o primeiro dia na nova casa ele passou o tempo todo deitado em uma poltrona, sem comer e sem fazer xixi e cocô. “Com paciência e carinho fui me aproximando dele. Chegou a rosnar, então esperei que ele se aproximasse. Hoje somos amigos e ele até me lambe”, afirma 1 mês depois de adotá-lo.

O Cães do Morro da Lua tem outros “Bobs” esperando para também comemorar a adoção. Conheça alguns deles na página ao lado e colabore com o projeto. Projeto Cães do Morro Banco Itaú Ag. 0767 Conta poupança 24855-2/500 Luiza S Blanco CPF 227.952.428-77 11 99511-1544 projetocaesdomorrodalua@gmail.com

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Fotos: Daniela Furlan - Fotogenia Pet e Arquivo Pessoal

Capa


Área VIP

Previsão: muito amor envolvido

T

odo mundo precisa de afeto, independente de espécie ou raça, e os animais do projeto Cães do Morro da Lua não são diferentes. Muitos aguardam há anos uma família que pode ser, simplesmente, você. Adotar um cãozinho é garantia de amor correspondido para sempre! 11 99511-1544

5

Zika

1,6

4

Filhotão 6

Lobinho

Snow 2

5

Fred 2

Estopona 1

Jack

Nº Anos de idade

Carminha 5

6

Babi 9

Foca

Floquinho

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7

Boris

Fotos: Diego Serres

projetocaesdomorrodalua@gmail.com


Fotos: Arquivo Pessoal

Adotei

O furacão Mafalda!

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assar despercebida não é algo típico da Mafalda, uma SRD de dois anos de muita “zoeira”. A carinha de sapeca já denuncia que ela está sempre atenta e disposta a brincar, custe o que custar! Até mesmo quando estava para adoção já demonstrava essa personalidade brincalhona. “Quando fui buscar a cadelinha que me interessei em adotar, ela fugiu de mim, mas a Mafalda se deitou de barriga para cima e mordeu meu dedo. Naquela hora me senti especial. Depois descobri que ela faz isso com todo mundo!”, recorda a tutora Daiane Cunha, que buscava uma vira-lata de pequeno porte.

da cachorra não permitia ser contrariada. “No natal de 2016, fiquei o dia todo fora comprando presentes. Quando cheguei em casa fui embalá-los e me fechei no quarto. Ela ficou bem quieta o tempo todo. Ao terminar e abrir a porta ela entrou correndo com um pedaço de cocô na boca, jogou nos presentes e saiu”, recorda. Daiane e o marido Felippe inclusive já precisaram se mudar do apartamento em que moravam por conta de reclamações das artes da Mafalda. No novo prédio, logo nos primeiros dias, ela foi brincar no espaço comum para cachorros e saiu correndo disparada, atravessando a porta de vidro instalada naquela semana. A partir daí, ficou famosa também no novo prédio.

No dia seguinte, Mafs, como é carinhosamente chamada, já destruiu um chinelo e a lista só foi crescendo: celular, dinheiro, sofá... Daiane lembra que chorava por conta das destruições e só após assistir o filme “Marley & Eu” que percebeu o lado cômico da situação e passou a se divertir com os acontecimentos, contando as peraltices no Instagram com a hashtag #destruicaodamafs. Em seguida, vieram os vídeos legendados que são sucessos na rede e arrancam muitas risadas.

Apesar de alguns prejuízos e de ter procurado uma cachorra com outro perfil, Daiane não se arrepende da adoção. “Não importa a aparência do animal e ela ser superagitada a ponto de sempre me acordar para brincar. Acabei gostando dela do jeito que ela é”, afirma Daiane, mostrando que paciência e amor superam tudo.

A tutora diz que agora a Mafs só destrói os próprios brinquedos, mas tiveram dias difíceis, pois o temperamento agitado

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mafalda_auau


Comportamento

Fotos: Banco de Imagem

Ter um pet na terceira idade. Já pensou nisso?

C

uidar de um pet exige dedicação, envolvimento e comprometimento. Para pessoas que chegaram à terceira idade, essa responsabilidade também é um estímulo intelectual, motor, cognitivo e emocional. Ao criar uma relação de afetividade com o bichinho também se contribui para um envelhecimento saudável, embora não seja possível afirmar que essa relação irá evitar ou retardar qualquer tipo de doença. “Existe uma série de variáveis ambientais e neurofisiológicas que interferem no processo de adoecimento. De qualquer forma, a estimulação tem um papel de provocar positivamente o funcionamento da cognição humana e, realizada de modo saudável, numa intensidade adequada, é muito provável que traga benefícios e bem-estar”, analisa o psicólogo e professor da FADISP, Luiz Francisco.

Embora alguns cachorros demandem um gasto maior de energia e precisem ser adestrados, há uma tendência do animal se adaptar ao temperamento do tutor, conforme explica o veterinário da Toca dos Bichos Leandro Assis O primeiro passo para escolher o animal Fermosili. “Um cão adulto, por exemplo, de estimação é saber com qual tipo de pet costuma ser mais calmo e perfeito para o idoso tem maior facilidade de cuidado e companhia. De modo geral, o animal tem interação. Avaliar qual o nível de exigência uma grande sensibilidade para interagir prática é importante para não sobrecarregar no ritmo do idoso e favorecer a diminuição ou angustiar o tutor idoso. Para isso, a ajuda do sedentarismo, estresse e solidão. Por de um especialista em comportamento essa razão, há tantos cães terapeutas em animal irá colaborar no treinamento do hospitais e asilos”. pet por meio de alguns comandos básicos como “senta, deita e fica”. “O cachorro precisa ser sociabilizado, ou seja, manter DWG Adestramento um comportamento neutro diante de 11 97435-9516 diferentes estímulos para que em um contatodwg@hotmail.com passeio, por exemplo, o animal não puxe a guia e coloque em risco a segurança Toca dos Bichos o idoso e do próprio animal”, afirma o Rua Salvador Simões, 545, Ipiranga. adestrador da DWG Guilherme Garrido. 11 2367-8389

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Reabilitação por meio do contato com cavalos

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ndar a cavalo é um dos exercícios mais antigos da humanidade e um grande prazer para quem pratica a atividade. Hipócrates, pai da medicina, já aconselhava a prática da cavalgada para a solução de alguns problemas de saúde.

Modelo de aulas

Benefícios como inclusão social, interação com o meio ambiente e estímulos sensoriais fazem da atividade um método terapêutico bastante eficaz dentro de uma abordagem interdisciplinar que une saúde, educação e equitação. O método é chamado de Equoterapia e funciona de forma complementar ao tratamento de adultos e crianças com necessidades especiais: paralisia cerebral, derrame, esclerose múltipla, hiperatividade e déficit de atenção, autismo, Síndrome de Down, depressão, estresse, fobias, agressividade, por exemplo. A terapia é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina desde 1997. Nela o cavalo e o meio equestre são os agentes facilitadores de ganhos motores, sensoriais, emocionais, cognitivos e sociais. Na Equoterapia não existem competições, apenas apresentações lúdicas e integrativas com a família.

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Para iniciar a terapia é preciso passar por uma avaliação realizada pelas equipes dos centos de Equoterapia, normalmente, formadas por fisioterapeutas, psicólogos, pedagogos, assistentes sociais, além dos condutores. Assim é possível estabelecer um plano de atividades que serão realizadas e qual o profissional mais adequado para o acompanhamento a fim de desenvolver as potencialidades e minimizar as dificuldades do aluno. Todos os detalhes são considerados: desde as características físicas e comportamentais dos cavalos, os materiais de encilhamento (tipo de sela, manta, com ou sem estribo) tipo de solo onde o cavalo vai andar (grama, terra, cimento), frequência da andadura (alta ou baixa), percurso (zigue-zague, subida ou descida), além de materiais ludopedagógicos. Lembrando que, a Equoterapia não se resume a uma terapia em que o praticante deva estar sempre montado a cavalo. É possível realizar uma série de atividades em solo que favoreçam desde o vínculo com o animal até as habilidades funcionais como alimentação, higiene do cavalo e banho.

Fotos: Wilson Spinardi Junior

Outros Bichos


Equitação adaptada para adultos e crianças com necessidades especiais

Centro de Equoterapia GATI Av. Profº Vicente Rao, 2021, Jd. Aeroporto 11 3442-3013 e 99271-9180 Centro de Equoterapia Nossa Sra. da Penha

As aulas, compostas por atividades lúdicas e equestres, duram cerca de 40 minutos e são ministradas, geralmente, uma vez por semana. As matrículas têm custos, mas a maioria dos centros de Equoterapia oferece programa de bolsas para pessoas com necessidades especiais que não possuem condições para arcar com o tratamento.

Rua Francisco Bueno, 384, Tatuapé 11 2942-0900 Parque da Água Branca Av. Francisco Matarazzo, 455, Barra Funda 11 3803-4200 e 3868-3189 Sociedade Hípica Paulista Rua Quintana, 206, Brooklin 11 5504-6100

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Prevenção

Exames laboratoriais nos pets garantem diagnóstico

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az parte dos cuidados com a saúde dos animais os exames laboratoriais. São eles que irão auxiliar o médico veterinário a confirmar uma suspeita ou detectar diferentes patologias e a determinar o tratamento e o prognóstico do pet.

O espaço foi idealizado pelos veterinários com décadas de experiência, Daniel dos Santos Baptista e Simone Baptista. Até abrirem as portas, foram seis meses de reforma para adaptar todas as salas de exames de maneira ordenada para que a logística pudesse funcionar da melhor maneira e o Raio-X Vet prestar serviço nas diferentes áreas da medicina veterinária:

Para que a análise seja segura, é fundamental que o laboratório escolhido para a realização dos exames disponha de profissionais qualificados e de equipamentos com tecnologia de precisão. A partir desse conceito, surgiu o Raio-X Vet - Centro de Diagnósticos Veterinários há 1 ano instalado na Vila Olímpia e que já contabiliza mais de 1300 animais atendidos e mais de 4000 exames realizados.

Radiologia Digital Especializada (animais silvestres e exóticos, ortopedia, clínica geral e preparação para cirurgia); Ultrassonografia com Doppler Colorido; Cardiologia com Doppler Colorido; Mensuração de pressão arterial; Eletrocardiograma; Exames laboratoriais de análises clínicas.

Fotos: Divulgação

Tecnologia de precisão: resultados em poucas horas

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Segundo dr. Daniel, responsável técnico pelo espaço, com exceção dos exames de microbiologia (bactérias) que são encaminhados para outro laboratório, todas as análises são realizadas no Raio-X Vet, o que colabora para um resultado mais preciso e em poucas horas. “As imagens são examinadas calmamente de acordo com as áreas de estudo a fim de excluir todas as possibilidades e chegarmos a uma conclusão nítida e o tratamento avançar de forma positiva. O resultado é enviado em até 4 horas para o e-mail do tutor e do veterinário que solicitou o exame”. A mesma tranquilidade é aplicada no momento dos exames. Para cada paciente são reservados 45 minutos, independente

do tempo de duração exato de cada exame. O propósito é poder conversar com o tutor, não estressar o animal e tirar o melhor proveito do procedimento. Além dos exames, o centro de diagnósticos também oferece consulta com cardiologista e em breve novas especialidades estarão disponíveis tornando o Raio-X Vet um centro veterinário completo. Periodicamente são ministrados cursos práticos e teóricos de aperfeiçoamento e palestras para profissionais da área. Raio-X Vet – Centro de Diagnósticos Veterinários Rua Doutor Andrade Pertence, 67, Vila Olímpia 11 3045-2200 11 99722-2458


Foto: Banco de Imagem

Bem-estar

Solidão canina: 4 motivos para evitar

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2. Automutilação

pesar dos tutores precisarem se ausentar muitas horas de casa por conta do trabalho, os cães e gatos, em diferentes níveis, sofrem com a tristeza e estresse causados pela solidão. Confira a seguir os 4 principais motivos para não deixá-los sozinhos e como evitá-los, segundo Lívia Romeiro, veterinária do Vet Quality.

O cão pode morder ou lamber exageradamente extremidades do seu próprio corpo, como rabo e patas, machucando-se seriamente. Para evitar esse comportamento, crie um ambiente estimulante para ele. Um lugar agradável e cheio de atrativos fará com que o animal veja o lado positivo de ficar sozinho. Disponibilize brinquedos educativos, ossinhos para que possam morder e objetos seguros que o animal goste de brincar.

Alguns sintomas podem indicar síndrome de ansiedade de separação 1. Bagunça

3. Mudança de comportamento

Para descontar seu estresse, ansiedade, raiva e medo, alguns cães podem destruir objetos e partes da casa, cavar buracos, comer plantas e, além de deixar sua casa uma bagunça, acabam se machucando. Como prevenção, estimule a atividade física. Passeie e brinque diariamente com seu bichinho para que ele gaste energia e também se sinta amado e seguro de que você sempre voltará para casa.

O animal também pode passar a demonstrar agressividade, agitação, depressão e falta de apetite. Uma boa solução para evitar a mudança de comportamento é investir em adestramento. O cão treinado por um profissional consegue ser educado desde pequeno a ficar sozinho sem grandes problemas.

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As técnicas de treinamento ensinam o cão a se comportar de forma adequada e não sofrer com a solidão.

4. Ansiedade e pânico Todos os sintomas citados anteriormente podem acontecer simultaneamente e indicar que o cão está sofrendo com a síndrome da ansiedade de separação. Quando isolado, o cão tem crises de pânico, late ou uiva desesperadamente, faz bagunça, se automutila e sofre com o medo de ser abandonado. “Não há provas que a doença tem propensão a ser desenvolvida por algumas raças específicas, mas cães de pequeno porte que geralmente

convivem mais com seus donos ou cães que foram abandonados e sofreram na rua tendem a desenvolver a síndrome com mais facilidade”, observa dra. Lívia. Ao notar que seu cão apresenta esses comportamentos, procure por um veterinário e adestrador para que eles possam diagnosticar a doença e iniciar o tratamento. Em todos os casos,a especialista conclui: “não faça da sua despedida e chegada um grande evento e preze pelo conforto do seu pet". Vet Quality Centro Veterinário 24h Rua Veira de Morais, 1862, Campo Belo 11 5097-9642


Saúde “Conhecer o histórico do animal é fundamental para a prevenção”, garante Rodrigo

Check-up periódico garante longevidade

e golden retriever, que costumam ser acometidos por problemas ortopédicos. “Todos os animais, independente da raça e espécie, podem ter alguma doença pré-existente que só irá se manifestar tardiamente em estágio avançado quando “Conhecer o histórico do animal é as chances de cura ou de retardar o fundamental para identificar precocemente diagnóstico são reduzidas”, completa qualquer mudança no seu quadro de saúde, Rodrigo, que também é especialista em facilitando muito o tratamento e garantindo animais exóticos e silvestres. sua qualidade de vida e a chegada à velhice”, explica o veterinário e proprietário Tudo começa pelo exame clínico, onde são do pet shop Bichos da Mata, Rodrigo avaliados: peso, saúde bucal, batimentos Schmalb Donati. cardíacos, pulmão, pressão arterial e palpação do abdome. Para completar Segundo o veterinário, um check-up anual, o check-up, são necessários exames a partir do primeiro ano de vida do bichinho, laboratoriais de funções renal e hepática, pode prevenir e diagnosticar predisposições hemograma e eletrocardiograma. Com típicas de determinadas raças de cães e o avanço da idade, há necessidade de gatos. A raça de felinos Maine Coon, por exames complementares e específicos exemplo, tem como característica ser maior para cada fase da vida do animal. e mais pesada do que outras raças e, por este motivo, podem apresentar displasia Bichos da Mata coxofemoral que se caracteriza por dores Segunda a sábado, das 8h às 18h. nos quadris e às vezes por limitações dos Rua da Mata, 187, Itaim Bibi. movimentos. O mesmo acontece com cães 11 3079-4791 de porte grande, como dogue alemão 11 93800-8719

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Foto: Arquivo Pessoal

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expectativa de vida dos animais de estimação tem aumentado nas últimas décadas. Muito se deve à atenção dos tutores com a saúde e o bem-estar do pet, que antigamente não existia. Além de vacinação anual, vermifugação, alimentação balanceada, atividades físicas e recreativas, as visitas periódicas ao veterinário desde filhote à vida adulta, são hábitos recentes de um novo modelo familiar que contribuem muito para os filhos de 4 patas viverem melhor e por mais tempo.



Alimentação

Para adoçar o paladar pet

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Fotos: Divulgação

esistir à tentação de comer um docinho não é fácil nem para os bichinhos. Para incrementar o cardápio de sobremesa pet é possível incluir receitas saudáveis e eliminar o perigo do chocolate, substituindo-o pela alfarroba. Confira duas receitas que a Pet Chef da Namu Cursos, Fernanda Lima, ensina a seguir.

Bombom Canino Ingredientes: • • • • •

1 col. de chá de essência de baunilha 1 col. de sobremesa de mel 1 xícara de farinha de trigo integral ou farinha de aveia ½ xícara de farinha de alfarroba ½ xícara de água

até que a farinha de alfarroba esteja totalmente misturada aos demais ingredientes. 3. Em uma forma de silicone, coloque a massa e leve ao forno pré- aquecido por 30 minutos. 4. Quando estiver com um aspecto mais firme, tire do fogo e deixe esfriar.

Modo de preparo:

5. Sirva ou congele. 1. Aqueça o forno até a temperatura de 180°C 2. Misture todos os ingredientes em uma tigela

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Rendimento: 12 unidades


Cookie Ingredientes: • • • • • • •

125 g de óleo de coco 180g de levedo de cerveja 1 ovo 300g de farinha de aveia ou farinha de trigo integral 1 colher (chá) de fermento em pó 1 colher (chá) de essência de baunilha 60g de farinha de alfarroba

Modo de preparo: 1. Misture o levedo de cerveja, ovo batido e óleo de coco. 2. Adicione a essência de baunilha, farinha de alfarroba e fermento. 3. Acrescente a farinha aos poucos e misture bem até ficar bem maleável. 4. Forme bolinhas pequenas e amasse para ficar no formato do cookie tradicional. 5. Asse em forno preaquecido, sobre papel manteiga, por aproximadamente 15 a 20 minutos (250° C). Rendimento: 6 unidades

www.namucursos.com.br

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Testado e aprovado A tutora Anita Franco testou a receita do cupcake que publicamos na edição anterior e sua cadelinha Lucy aprovou! Teste também as receitas e compartilhe com a gente. lucy_arteira


Pet Friendly

A diferença entre receber e aceitar

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mercado pet é hoje uma das áreas que mais crescem na economia brasileira. Tudo isso, graças ao aumento do número de animais de estimação nos lares e da inserção destes novos integrantes às famílias e, consequentemente, à programação de lazer e viagens familiar.

Mas existe uma grande diferença entre apenas permitir a presença dos animais e acolhê-los de maneira adequada. Infelizmente, muitos estabelecimentos se auto-intitulam Pet Friendly simplesmente porque perceberam que a aceitação do mascote tornou-se um fator de grande relevância na decisão dos locais a serem frequentados por seus tutores.

Tendo em vista essa nova fatia de mercado com grande potencial, surgiram inúmeras opções de hotéis, pousadas, bares, restaurantes, shoppings, lojas e até salões de beleza que aderiram à política pet friendly. Essa é uma tendência mundial, praticada há bastante tempo em países como Estados Unidos, França, Alemanha, Inglaterra, entre outros. E que, aqui no Brasil, já tem demonstrado crescimento considerável.

Sim, esta é uma poderosa estratégia de diferenciação no mercado. Porém, de nada adianta abrir as portas para os clientes com pets sem ter ao menos uma noção básica sobre o perfil e as principais expectativas e necessidades deste público. Pior ainda, sem os conhecimentos que ajudarão a prestar um atendimento com segurança e equilíbrio para todos os públicos que frequentarão o seu

A probabilidade do animal ser o agente influenciador na hora do cliente optar por determinado local e não pelo concorrente é enorme 32


Fotos: Arquivo Pessoal

hospitalidade também devem se estender ao animal. Ter uma equipe bem preparada para o atendimento deste público também é fator importante. Não à toa, justamente por perceber essa necessidade de profissionalização e adequação do mercado, a empresa Turismo 4 Patas criou, há cerca de 5 anos, o Selo de Certificação Pet Friendly, onde os estabelecimentos certificados passam por uma consultoria e treinamento especializado.

espaço. Alguns locais sequer sabem quais são os portes e principais raças de cães, estabelecem regras absurdas (como, por exemplo, o cliente ter que andar com o cão no colo) e não se empenham para que o tutor sinta que o seu mascote é tão bem-vindo quanto ele no local. No final das contas, eles não enxergam que se o cliente está ali, a probabilidade do animal ter sido o agente influenciador na decisão dele optar por aquele local e não pelo concorrente é enorme.

Então, quando for levar o seu mascote para uma viagem ou passeio, procure conhecer bem a politica de aceitação de animais do local, quais serviços oferecem ao seu bichinho, onde ele pode circular, o que há para ele fazer, etc. Cabe a você, tutor, escolher a alternativa que mais se adeque ao perfil do seu animal e garantir que a presença e permanência dele seja segura, agradável e divertida para todos. Escolha locais que sejam realmente Pet Friendly e verá a diferença entre RECEBER E ACEITAR.

Quando os pais saem de férias com as crianças, dentre as preocupações estão o fato do hotel oferecer salão de jogos, playgrounds ou serviço de baby-sitter, certo? Com tutores que fazem questão de levar seus pets a tiracolo não é diferente. Saem em disparado na frente, aqueles estabelecimentos que se preocupam em acomodar bem todos os membros da família, incluindo os pets. Alguns estabelecimentos oferecem um kit de boas vindas com itens que vão desde caminhas, brinquedos ou guloseimas para os animais. Outros disponibilizam lixeiras especificas para os dejetos caninos, bebedouros com água fresca ou, os que vão ainda mais longe, preparam um roteiro especial e mapeiam os locais e atividades pet friendly nas redondezas. Entendendo assim que os seus serviços e a sua

Larissa Rios, fundadora da Turismo 4 Patas, é Turismóloga, especialista em hospitalidade animal e roteiros de viagem e eventos pet friendly e assinará esta coluna a cada edição www.turismo4patas.com.br

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Opinião

A importância de se comunicar com os pets

Quais são os “truques” que ele usa quando quer passear? Eu convivo com animais de todas as espécies desde os meus 6 anos de idade. Sou protetora há mais de 40 anos e posso garantir que a boa comunicação faz uma grande diferença na relação entre animais e pessoas, além de melhorar a conexão, o entendimento e o respeito entre as espécies. Vamos tentar?

Pontualmente, ele começa a latir, avisando que está com fome, olhando para a tigela. É um reloginho. A Terry, outra cachorrinha aqui da ONG, late intensamente quando quer ir para outro ambiente, fazendo gestos para que alguém à siga. Quando está no cômodo desejado, movimenta o corpo para que a porta seja aberta. A sapeca olha para a porta e para a pessoa até que a passagem seja liberada. Você pode me perguntar se é possível adestrar o pet para facilitar a comunicação. Minha resposta é que estamos falando de áreas diferentes. A comunicação é um laço criado com o animal. O adestramento está relacionado com o comportamento que você quer que ele tenha. Conviver, observar e permitir que ele se expresse livremente são as melhores alternativas para vocês ficarem cada vez mais conectados.

A comunicação é um laço criado com o animal diferente do adestramento

Ila Franco é fundadora da Aila - Aliança Internacional do Animal. Formada em Belas Artes pela Sorbbone Université, a americana trabalha em prol dos animais há mais de 40 anos, sendo 20 deles no Brasil.

Se a tarefa lhe parece absurda ou impossível, olhe melhor. Olhe de verdade. Olhe com o coração. Olhares, grunhidos, choro, apatia e outras atitudes significam que o animal está se comunicando. Não são barulhos e comportamentos aleatórios. É o modo que ele tem para criar laços de comunicação com os seus humanos. Cada animal, assim como as pessoas, tem a sua personalidade. Há os calmos, os agitados, os brincalhões, os manhosos e muitos outros. O Zezé, um dos meus cachorros, faz as refeições duas vezes ao dia, sempre às 9 horas e às 16 horas.

www.aila.org.br

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Foto: Arquivo Pessoal

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ocê já se comunicou com o seu pet hoje? Prestou atenção às reações de alegria, tristeza, fome e medo emitidas por ele? A sua chegada do trabalho faz o amigão pular, girar, lamber e latir?


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