A evolução dos ritmos no carnaval baiano nos últimos dez anos: Visando a indústria cultural

UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL GRADUAÇÃO DE JORNALISMO

ELINA MARA DE AZEVEDO SANTOS

A EVOLUÇÃO DOS RITMOS NO CARNAVAL BAIANO NOS ÚLTIMOS DEZ ANOS: VISANDO A INDÚSTRIA CULTURAL

SÃO PAULO 2020

ELINA MARA DE AZEVEDO SANTOS

A EVOLUÇÃO DOS RITMOS NO CARNAVAL BAIANO NOS ÚLTIMOS DEZ ANOS: VISANDO A INDÚSTRIA CULTURAL

Relatório de Fundamentação Teórica e Metodologia apresentado ao Curso de Graduação em Jornalismo da Universidade Cruzeiro do Sul, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Bacharel.

Orientador: Profº Dr. Nivaldo Ferraz

SÃO PAULO 2020

Ficha Técnica Título: Axé Foliã Característica Técnica do Produto: Produto: Revista Eletrônica Formato: Página de Internet Website: https://revistaaxefolia.wixsite.com/website Recurso de edição: Adobe Photoshop Lightroom / Wix para páginas Sinopse: O Carnaval brasileiro é reconhecido mundialmente. Em especial, a festa na cidade de Salvador, na Bahia, o ritmo, as roupas e a cultura africana possuem um espaço pequeno, quando comparado a outros blocos. Esta revista tem o objetivo de promover a inclusão de blocos afros e cantores já consagrados na festa. Destacando os ritmos musicais e os impactos nas mudanças da programação da folia visando a indústria cultural.

Edição de texto: Elina Mara de Azevedo Santos Reportagem: Elina Mara de Azevedo Santos Roteiro: Elina Mara de Azevedo Santos Orientador: Profº Doutor Nivaldo Ferraz Coordenador do curso: Profº Mestre Antônio Assis Entrevistados Jessica Neves de Moraes - Estudante de ciências da natureza Paula J. Sales Marinho dos Santos - Instrutora de Pilates Augusto Henrique Alves Rabelo - Criador da Somos Carnaval

RESUMO O carnaval de Salvador encontra-se em mudança, nota-se isto através da programação da folia, que inclui novos artistas e produções musicais diversas, como por exemplo: o funk, o sertanejo e até mesmo o rock entraram para a celebração. .

Neste trabalho buscamos compartilhar com os leitores histórias de foliões já experientes, além de criadores de conteúdos presentes nas redes sociais. A sociedade soteropolitana registra o crescimento de blocos afro, como uma forma de passar adiante o conhecimento da cultura africana.

Palavras chaves: blocos de carnaval; criadores de conteúdo; cultura afro; indústria cultural;carnaval Bahia.

AGRADECIMENTOS

A Deus, pela minha vida e por me permitir ultrapassar todos os obstáculos, encontrados ao longo da realização deste trabalho.

A minha família, em especial minha mãe Sandra, que teve toda paciência e compreensão, a minha irmã Érica e meu sobrinho João Pedro. Que me apoiou dizendo que eu iria conseguir, para isso era preciso acreditar.

As minhas amigas e colegas de sala, Jaqueline Melo por todas as palavras de conforto e carinho. Em especial a Luana Leite que me ajudou transmitindo energias positivas desde o início do projeto.

Ao professor Nivaldo Ferraz, por ter sido meu orientador e ter desempenhado sua função com dedicação e a todos os professores que me auxiliaram ao longo do caminho.

A minha gerente, Gorete Silva e colegas de trabalho Erica Matos e Vanessa Cruz, por não me deixar desistir. Vocês confiaram em mim, mesmo diante das circunstâncias diárias.

A todos aqueles que contribuíram, de alguma forma, para a realização deste trabalho.

Obrigada!

SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO 2. OBJETIVO 2.1 OBJETIVO GERAL

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2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO 5. PROBLEMATIZAÇÃO 5.1 HIPÓTESE 3. JUSTIFICATIVA 4. PLANO ESTRATÉGICO 4.1 DESCRIÇÃO DO PRODUTO 4.2 LINGUAGEM 4.3 LINHA EDITORIAL 4.5 ESTRATÉGIAS DE DEFINIÇÃO 4.6 PÚBLICO ALVO 4.7 TÉCNICAS UTILIZADAS 4.8 SINOPSE 4.9 FORMATO 6. ASPECTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS 7. REFERÊNCIAS 8. CRONOGRAMA 9. INVESTIMENTO 10. APÊNDICES APÊNDICE A APÊNDICE B APÊNDICE C 10.2 Pautas 10.3 Fotos 11 DIÁRIO DE CAMPO

11 12 12 13 14 14 14 14 15 15 15 15 15 17 21 23 24 25 25 27 31 35 38 49

12. ANEXOS 12.1 Autorização de uso de imagens.

51 51

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1.INTRODUÇÃO

Em meados do século XVI e XVII, durante o período colonial, apareceram os primeiros resquícios do Carnaval no Brasil.

Através de brincadeiras como o

“entrudo”, praticadas por escravos que iam às ruas com seus rostos pintados, jogando água com cheiro e farinha naqueles por quem passavam. Contudo,o carnaval baiano tem seu marco, em 1884,

com desfiles de clubes e carros

alegóricos luxuosos, em que a principal crítica por retratar era o “Jogo de Loteria”. O mais famoso deles era o Clube Carnavalesco Fantoches da Euterpe, fundado por Antônio Carlos Magalhães Costa, bisavô do atual prefeito da cidade de Salvador, ACM Neto.

Passados cem anos, entre 1980 e 1990, a festividade sofreu transformações consideráveis, a exemplo disso temos o Axé Music, que tomou conta das emissoras de rádio e televisão, chamando atenção para o toque contagiante, não permitindo que ninguém ficasse parado. Não foi somente o axé music que teve sua visibilidade nesta época, o primeiro desfile do Bloco Olodum, um dos mais reconhecidos da atualidade, saiu às ruas pela primeira vez.

Ainda na década de 80 e 90, artistas pioneiros como, Luiz Caldas, Sarajane, Márcia Freire e Netinho arrastavam multidões em micaretas ao som de fricote, a roda e Mila, canções que continuam a ser entoadas. Assim como a trilha sonora sofreu alterações entre o século XIX e XX. Para entendermos as transformações do Carnaval nos últimos dez anos, na década de 2000 a 2010, analisamos por meio de pesquisas, a música, o arranjo e os artistas que foram inseridos ao longo do tempo, que demonstram a perda da identidade, quando comparada ao conceito inicial do Carnaval. Isto se deve às mudanças que ocorreram na pós-modernidade, como defende Stuart Hall. Nota-se o acesso por; funk, do eletrônico e do sertanejo, entre outros cantores e bandas, enquanto artistas consagrados do axé music, perdem espaço e observam a cultura sendo esquecida. Os blocos afros como (Olodum, Filhos de Gandhy, Muzenza, Ilê Aiyê e Cortejo Afro) têm como principal objetivo trazerem representatividade ao preto e lutar contra o racismo.

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As mudanças dentro do Carnaval na Bahia trouxeram novos hits, que permitiram a polarização do gênero em outras partes do país, a forma diversa da festa proporcionou um aumento na valoração de camarotes, abadás e outros adereços que são característicos da folia.

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2. OBJETIVO 2.1 OBJETIVO GERAL Mostrar as mudanças no carnaval da Bahia ao longo dos anos com a chegada de uma nova categoria e como estes ocasionam modificações nas raízes do carnaval de Salvador, impactando de forma direta na programação da folia e no reconhecimento da população e dos turistas.

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO Demonstrar que o carnaval soteropolitano abriu espaço para receber inúmeras orquestras musicais com o passar dos anos, cresceu e tornou-se mais evidente, a influência da massa na forma de construir a programação e também na “música do verão”, que é escolhida mediante a aceitação do público.

Desenvolvemos conteúdos para a revista eletrônica, a fim de trazer mais conhecimento e deixar registrado a ação da massa dentro da celebração folclórica, para isso entrevistamos pessoas que estão envolvidas com o tema para levantar dados significativos para o público final.

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5. PROBLEMATIZAÇÃO

A Indústria Cultural tem como histórico mostrar o novo, isto é, o mundo vive em constante mudança. Com a festa mais popular do país, conhecida como Carnaval, não é diferente. Que mudanças são essas? A cidade de Salvador cresce cedendo seu espaço aos principais nomes da música nacional, e muitas vezes estes cantores ou bandas, não possuem origem soteropolitana.

5.1 HIPÓTESE

Quando analisamos o carnaval de Salvador, observamos que grande parte de sua mutação está ligada a divisão dos trios, com os grandes ícones musicais A indústria cultural gera impacto na programação do carnaval baiano.

Ao compararmos,os blocos que saem nos trajetos principais, com aqueles que saem nos circuitos de menor visibilidade, nota-se que os artistas que fazem parte do espetáculo e do mercado fonográfico como Ivete Sangalo, Bell Marques, entre outros, têm seu metro quadrado garantido no circuito Barra-Ondina, já os demais como os blocos afros, não possuem local certo, demonstrando desta forma a desigualdade dentro do meio.

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3. JUSTIFICATIVA

Ao longo dos anos, o carnaval de Salvador está dando espaço para a chegada de novos gêneros musicais e artistas. Essa mudança ocorre desde anos 80, quando surgiu o termo “Axé Music” Em 1987, tínhamos como referências do carnaval baiano artistas nomeados como Luiz Caldas, que fez sucesso ao som de Fricote; Sarajane com a famosa música A roda; e Márcia Freire que vinha à frente do grupo Cheiro de Amor. A partir dos anos 2000, outros artistas e grupos faziam a festa do carnaval. Toda prática exercida exige uma transformação, afinal nada se torna fixo, e sabemos que se trata de algo momentâneo.

De acordo com o sociólogo Zygmunt Bauman, não há garantia de uma fixação do sujeito, as coisas têm suas mudanças, fazendo com que as práticas sofram alterações ao longo dos anos. Prática no qual o autor Stuart Hall defende.

Pois a partir do contato com outro indivíduo, de outra identidade, os mesmos começam a se questionar. É quando surge o início do sujeito Pós-Moderno, que dá início a mudança da sociedade. Uma mudança que mexe com os nossos valores independente de classe, pois viveremos todos em um mesmo ritmo.

Uma das maiores festas populares, o carnaval, tem como uma grande extensão a cultura de massa, cujo conceito é exatamente atingir todos os grupos sociais independente dos elementos éticos. Se colocarmos ritmos musicais como exemplo, sabemos que para alcançar o sucesso, precisa atingir essa grande massa que chamamos de público.

Diante nossa análise, realizamos uma pesquisa aprofundada para identificar as mudanças, visando assim a transformação do carnaval baiano, com a chegada de novos ritmos e artistas.

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4. PLANO ESTRATÉGICO 4.1 DESCRIÇÃO DO PRODUTO Axé Foliã, tornou-se uma revista eletrônica, desenvolvida no site Wix.com, uma plataforma online. Trazendo informações sobre o carnaval baiano, além de entrevistas com personalidades do meio. Com conteúdos direcionados aos foliões, contaremos a história e o crescimento da música e da festa pela visão da Indústria Cultural. Nossa identidade visual, possui cores vibrantes.

4.2 LINGUAGEM Usamos a linguagem coloquial, pois tratando-se de um meio de comunicação que vem crescendo, a internet, nos permite o uso de linguagem natural e do cotidiano. Uma linguagem simplificada do portal Uol Tab. 4.3 LINHA EDITORIAL A narrativa visual da revista traz jargões próprios do carnaval soteropolitano, as linguagens utilizadas por foliões e admiradores da folia. Os artifícios usados foram para aproximar a revista de seus leitores.

Missão: Dar voz e espaço para os artistas que fizeram e fazem do Carnaval da Bahia um grande sucesso e ao seu grande público.

Visão: Sonhamos em mostrar que o Carnaval é mais que uma expressão cultural.

Valores: Desejamos ser reconhecidos pelo nosso profissionalismo e qualidade na divulgação de informações e coerência na produção de conteúdo.

4.4 QUANTIDADE DE SEÇÃO A revista Axé Foliã conta com cinco editorias, sendo elas: Seu auê, Quanto Custa, Team Carnaval, Vou te contar, com a edição especial Afro 's, e Saiba mais.

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4.5 ESTRATÉGIAS DE DEFINIÇÃO A revista Axé Foliã, traz um layout moderno, com cores vibrantes, além de uma linguagem de expressão que a tecnologia nos permite. Com o objetivo atender as necessidades da área digital,a revista conta com cinco editoriais, e uma área de opiniões que fica à disposição dos leitores. Sua atualização ocorrerá em um período semestral.

4.6 PÚBLICO ALVO Jovens e adultos, foliões e admiradores que participam não só do carnaval baiano, como também de um universo da folia.

4.7 TÉCNICAS UTILIZADAS Desenvolvimento e conhecimento com o vocabulário da Bahia, além das ferramentas tecnológicas como: Lightroom e Photoshop para tratar as imagens, além da plataforma wix para a criação da revista.

4.8 SINOPSE O Carnaval brasileiro é reconhecido mundialmente. Em especial, a festa na cidade de Salvador, na Bahia, o ritmo, as roupas e a cultura africana possuem um espaço pequeno, quando comparado a outros blocos. Esta revista tem o objetivo de promover a inclusão de blocos afros e cantores já consagrados na festa. Destacando os ritmos musicais e os impactos nas mudanças da programação da folia visando a indústria cultural.

4.9 FORMATO A revista traz conteúdos como matérias não só de histórias verídicas, vividas por foliões do carnaval baiano, histórias de uma cultura e dicas.

Os entrevistados, foram surgindo conforme a idéia que traz cada seção contida na revista. Foliões que participam do carnaval soteropolitano a mais de dez

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anos.Entrevistados que puderam compartilhar suas histórias e sonhos além de opiniões que contribuíram para o desenvolvimento deste.

As cores presente na revista são: preto que traz uma visibilidade maior às matérias inseridas na página facilitando a leitura, além de compor um ar moderno e jornalístico. O amarelo presente completa a paleta com a intenção de retirar parcialmente a serenidade que traz o produto.

Seu design foi realizado, pensando na facilidade do leitor e no dia-a-dia. Com a opção da barra de rolagem, é adaptado ao modo Desktop e Mobile.

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6. ASPECTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS

Para construir a análise fundamentada, obtivemos conhecimento do teórico Stuart Hall, com a teoria dos estudos culturais, e para cumprir a teoria culturológica os teóricos Guy Debord e Edgar Morin, que fazem menção à prática contemporânea após a revolução industrial e a sociedade do espetáculo. Pois quando analisamos o carnaval baiano, vemos que grande parte da transformação está ligada a divisão dos trios e com os grandes ícones das músicas. O que acaba ocorrendo é a dominação das pessoas por meio de controle da mídia. As pessoas acabam sendo controladas pelo que a mídia propõe. Hall traz analogia ao sujeito iluminismo, que busca a consciência do ser humano, através do modo de agir, criticar e saber. Como exemplo:

o

consumo

de

produtos

industrializados

que

trazem

a

frente

personalidades fortes, artistas que fazem propagandas. O sujeito sociológico refere-se a algo que está em constante mudança através da interação com o outro.

Através do convívio com outras culturas, crenças as pessoas tendem a mudar seus hábitos, isso vai além de um prato típico ou mesmo estilo musical. A pós-modernidade, é a mudança tardia, tentamos acompanhar em um mesmo ritmo revolucionário de consumo.

Compreendemos que o mundo está em constante mudança, nada mais é fixo, tudo tem o seu tempo. Além de vivermos um momento onde tudo é atraído pelos meios de comunicação. (...) A multiplicidade de gostos e de organizações socioculturais dos brasileiros faz com que o carnaval que acontece fora dos circuitos oficiais venha a legitimar, com brilho, criatividade e espontaneidade, o marketing do carnaval oficial.(...) A pipoca de Salvador, e de muitos outros locais do país fazem parte do chamado “pequeno carnaval”, base indispensável para o processo de construção do “grande carnaval” midiático. (DINIZ, 2007,P. 13-14)

Atualmente o carnaval é a maior expressão de cultura de massa no século XX. Uma das formas de manifestação de forma subordinada pela ótica da indústria cultural destinando-se a uma massa social, isto é, um aglomerado gigantesco de indivíduos compreendidos aquém e além das estruturas internas da sociedade (classes, família e etc) (MORIN, 2002, p. 14).

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Vejamos que a intenção da cultura de massa é atingir todos os grupos sociais, independentemente de elementos éticos. O carnaval é isso. Composto com uma grande diversidade de ritmos. E com isso, aos poucos, suas raízes vão sendo deixadas de lado para com compromisso em agradar seu público.

O carnaval da cidade de Salvador - BA é composto por artistas de peso, no geral, artistas que têm uma representatividade para aquele público. Durante anos a sua transformação é algo notório, temos como exemplo artistas e grupos que foram sinônimos de adoração entre os anos de 2000 e 2010 e que hoje já não estão em tanta evidência no carnaval.

Em 2010 foram 120 entidades entre afoxés, blocos afro, de índio, de samba, de reggae e de percussão que se apresentaram nos circuitos Batatinha (Pelourinho–Centro Antigo), Dodô (Barra-Ondina) e/ou Osmar (Campo Grande).

Entre artistas do rock nacional, a cantora baiana Pitty puxou pela primeira vez um bloco de carnaval. Ao lado de cantores renomados como Nancy Viegas e um dos músicos da banda Radiola, ela arrastou multidões com o trio Carnivalha. Além dos hits musicais que são aceitos de forma positiva pelos foliões.

Mas foi a partir de 2017 e 2018, que o carnaval na Bahia cedeu maior visibilidades aos novos gêneros entre eles; o funk carioca invadiu os circuitos, com a presença de artistas como: Pabllo Vittar, Jojo Toddynho, Mc Loma e Anitta, que manteve seu bloco até o ano de 2020. No entanto, mesmo com a chegada de novos artistas e hits, o circuito Barra-Ondina, mais famoso, não deixa de receber seus artistas nomeados como: Bell Marques, Ivete Sangalo, Claudia Leitte, Chiclete com Banana, entre outros.“O tempo de consumo das imagens, médium de todas as mercadorias, é o instrumento do espetáculo e a finalidade que estes apresentam globalmente, como lugar e como figura central de todos os consumos particulares”.

(DEBORD, 2003, p. 124). A citação acima, entre o espetáculo estão os artistas olimpianos, aqueles que se encontram presente no circuito mais visitado pelos turistas e curiosos.

Um dos conceitos da Sociedade do Espetáculo (Debord, Guy) é seguir os seguintes elementos: uma atuação/performance, o público e a razão. E essa sociedade está cada vez mais espetacularizada.

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A transformação que o carnaval baiano vem passando, não é uma mudança recente. Essa mudança vai além da chegada de novos gêneros, novos artistas e descobertas. Não está ligada somente pelo tema que se modifica anualmente. (...) A assim chamada "'crise de identidade" é vista como parte de um processo mais amplo de mudança, que está deslocando as estruturas e processos centrais das sociedades modernas e abalando os quadros de referência que davam aos indivíduos uma ancoragem estável no mundo social (...) (HALL, 2006 p. 7-8)

A mudança é constante, e ocorre de acordo com o que esta sociedade pede, o que é de agrado ao público. Onde encontrar os artistas que fizeram sucesso entre os anos 80 e 90? Artistas consagrados, e que continuam fazendo seu trabalho, porém de forma mais contida, como o cantor Luiz Caldas, conhecido como o pai do Axé Music. Termo oficialmente titulado em 1987, pelo jornalista e crítico Hagamenon Brito. (...) Esse processo produz o sujeito pós-moderno, conceptualizado como não tendo uma identidade fixa, essencial ou permanente. A identidade torna-se uma “celebração móvel": formada e transformada continuamente em relação às formas pelas quais somos representados ou interpelados nos sistemas culturais que nos rodeiam (...) (HALL, 2006 p. 12-13).

Vejamos que nada se torna fixo diante a sociedade, tendo a resposta para essa transformação que ocorre anualmente. A mudança na pós-modernidade é exatamente a busca de novos valores, uma forma de nos apropriarmos de uma cultura ao nosso redor.

Contudo, em pesquisa quantitativa realizada através do formulário do google, com o público de jovens entre 18 a 25 e adultos acima de 30 anos, entre as regiões Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro Oeste. Público no qual fazem parte de movimentos de carnaval e também blocos carnavalescos. Buscamos a opinião e o resultado sobre a apropriação do carnaval baiano surpreendeu, 40% dos entrevistados acreditam que exista apropriação do espaço do carnaval, já 20% diz que não. A unificação dos ritmos musicais na programação do carnaval traz à cidade, crescimento e ganhos financeiros.

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Blocos Afros a raiz do carnaval soteropolitano Com a procura de novos ritmos, o carnaval baiano se modificou, dando visibilidade aos novos astros e ritmos musicais. Contudo os blocos afros não são muitos procurados e discutidos diante a sociedade.

Os turistas optam por novidades, no entanto quando questionados através da pesquisa realizada, 30,8% dos entrevistados são da região Sudeste e 69,2% do Nordeste. Questionamos se teriam interesse em sair em algum bloco afro, e as respostas foram surpreendentes, 73,1% no total de 26, 19 dos entrevistados possui interesse e sairiam em bloco afro, já 23,1% não possui certeza.

Dos blocos afros mais reconhecidos pelos turistas são: Olodum, Ilê Aiyê e Filhos de Gandhy. Vale ressaltar que Olodum ficou conhecido através da participação do clipe do cantor Michael Jackson, com a música “They Don't Care About Us” gravado em 1996, no bairro do Pelourinho. O bloco Ilê Aiyê, com a música “O mais Belos dos Belos", que até os carnavais atuais é entoada por diversos artistas de peso. Filhos de Gandhy conhecido pelo grande público através da tradição de passar o colar, que são oferecidos às pessoas como forma de desejar paz durante o carnaval e ao longo do ano, no entanto toda essa tradição foi esquecida pelos foliões. Que hoje entregam o colar em troca de beijo.

Os blocos afros são raízes fundamentais para a realização do atual carnaval de Salvador, com o intuito de trazer a visibilidade da cultura e de suas histórias.

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7. REFERÊNCIAS ARRAZ, Lucas. ACM Neto reforça que Carnaval de Salvador em 2021 segue indefinido - BN Bahia Notícias - 11 de Novembro de 2020.

COELHO, Cecília. Diversos ritmos entoam carnaval no Brasil Secretaria especial da cultura Disponível em <http://cultura.gov.br/diversos-ritmos-entoam-carnaval-no-brasil/.> Acesso em: 14/06/2020.

CULTURA. Salvador: Rádio Metrópole, 29 de setembro de 2017. Programa de rádio.

DEBORD, Guy. A sociedade do Espetáculo . 1.ed. Curitiba: Appris, 2018.

DINIZ, André. Almanaque do Carnaval: A história do carnaval, o que ouvir, o que ler, onde curtir. Rio de Janeiro: Jorge Zahar , 2008.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 11.ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.

NASSIF, Luis - “Carnaval perde essência para poder lucrar”, diz Luiz Caldas – GGN- 06 de fevereiro de 2012 – Cultura MACIEL, Victor. Carnaval 2020 é marcado por recordes. Disponível em: <Carnaval 2020 é marcado por recordes> Acesso em 31/10/2020.

MORIN, Edgar. Cultura de Massas no século XX . 9.ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2002.

Oliveira, Marcelo, Campos, Maria, Era das batucadas: Carnaval baiano das décadas 1930 e 1940. 2013. Dissertação de Mestrado – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2015.

PREFEITURA de Salvador. O Carnaval de Salvador.

Disponivel em < http://carnaval.salvador.ba.gov.br/.> Acesso em 10 de novembro de 2020.

PROGRAMAÇÃO. Blocos do Carnaval de Salvador 2020. Disponível em <http://carnavalsalvadorbahia.com.br/blocos> Acesso em 10 de novembro de 2020.

QUERO ABADÁ. Blocos do Carnaval de Salvador 2021. Disponível em <https://www.queroabada.com.br/blocos-carnaval-salvador> Acesso em 10 de novembro de 2020.

SECRETARIA da Cultura. Diversidade de estilos e ritmos marcou carnaval. disponivel

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em:<http://www.cultura.ba.gov.br/2010/12/1493/Diversidade-de-estilos-e-ritmos-marc ou-carnaval-2010.html.> Acesso em SETUR.Secretaria de Turismo do Estado da Bahia.Disponível <http://www.setur.ba.gov.br/> Acesso em 10 de novembro de 2020.

em

21

8. CRONOGRAMA

Jan

Fe

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Atividade Escolha do Tema + Pesquisa

X

Delimitação do Tema

X

Objetivo +Problematização + Hipóteses

X

Introdução + Justificativa + Aspectos Teóricos e Metodológicos Pesquisa de fontes Entrega da Etapa I do TCC

X

X X

Gravação de entrevistas com fontes oficiais e oficiosas

x

x

Decupagem

x

x

x

x

x

Início da montagem da revista Entrega do trabalho

x

Finalização da capa, sumário e acabamentos

x

Entrega do Trabalho de Conclusão de Curso.

x

Dez

22

9. INVESTIMENTO Item

Quantidade

Valor unitário (em média)

Valor total

Passagem de ônibus

0

R$ 4,30

R$ 0,00

Passagem de trem com integração

0

R$ 3,18

R$ 0,00

Táxi por aplicativo

0

R$ 15,00

R$ 0,00

Gravador de voz

0

R$ 150,00

R$ 0,00

Impressão

0

R$ 30,00

R$ 0,00

Revisão

1

R$ 56,00

R$ 0,00

Total

R$ 00,00

Devido a pandemia provocada pelo novo coronavírus em 2020 as entrevistas foram realizadas on-line.

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10. APÊNDICES APÊNDICE A Entrevistada: Paula Marinho, dançarina e Princesa Muzenza carnaval 2020.

Conte-me um pouco de seu trabalho e como iniciou nos blocos afros e sua relação com eles. E como se tornou princesa em 2020?

O meu encadeamento com os blocos afros vem

em crescente continuidade e

relação com a área em que atuo, por esse motivo posso dizer que hoje fui contemplada com o título de Muzembela 2020. Por pesquisar e estar em constante busca de saber muito mais sobre nossa cultura e ancestralidade.

Sabemos

que

o

carnaval

é

conduzido por novidades, mudanças e

principalmente novos ritmos musicais. Você acredita que possa existir apropriação do espaço carnavalesco na Bahia?

Sim, acredito que existe uma apropriação no nosso espaço carnavalesco, de início da própria sociedade que muitas vezes traz essa manifestação com o intuito de diversão e captação de interesse para o externo, não dando a devida importância que essa festa tem.

Quanto aos Blocos Afros, eles tendem a serem “teoricamente” esquecidos pelos turistas, até mesmo por não terem esse conhecimento cultural. Você acha que com essa chegada de novos ritmos, afeta os blocos afros?

Nós baianos, somos dotados de inteligência, conhecimentos e expertises para criar e trazer novas possibilidades de movimentações e ritmos em nossas danças. Porém seria necessário o estudo constante das nossas ancestralidades, eu digo esse diálogo nas mídias, nas escolas no processo educacional da nossa população porque os blocos afros é nosso navio: Carregado e rico de histórias nossas recontadas,

passadas

de

gerações

para

assim,

sempre

retornarmos

e

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rememoramos de onde vimos quem somos. Afirmando sempre o povo de luta e resistência.

Como você reage com essas chegadas de novos ritmos no carnaval?

Agregar novos ritmos é importante para manter a diversidade da nossa cultura.

Com a alteração da programação e adiamento do carnaval 2021. Qual a sua perspectiva?

O importante agora no momento é o carnaval ser realizado com segurança para todos.

A representatividade afrodescendente sempre estará presente nos blocos afros. Para você qual a importância deles?

Eu verbalizo que os blocos afros são nossos pergaminhos, escrito em peles negras.

Contados nas vestimentas exuberantes e expostas, nos cantos de contos verdadeiros e existentes com muitas dores e glórias, na expressão

geral do

movimento corporal vivo latente de povos unidos, são resistências, realeza, biografias. São vidas!

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APÊNDICE B Entrevistada: Jessica Neves, estudante.

Como começou sua paixão pelo carnaval? Há quanto tempo você frequenta-o?

Bom quando nasci, era dia de carnaval então a minha paixão começa aí. Desde os meus quatro, cinco anos de idade eu frequento o carnaval. Sempre ia com a minha família para camarote no circuito do Campo Grande onde o carnaval era mais famoso.

Nessa época, o circuito mais famoso era o do Campo Grande?

Sim, nessa época foi o Campo Grande. Até na época que os meus pais participavam. As pessoas colocavam bancos nas portas para curtirem o carnaval. Já no circuito da Barra-Ondina, após um tempo que os blocos começaram a descer, porém não era todos que iam para lá. Hoje em dia, todos passam pelo circuito da Barra e Campo Grande.

O que te move o carnaval, e se sim; Qual a necessidade?

Uma sensação surreal, estar atrás de um trio do cantor que a gente gosta, com companhias legais. No meu primeiro ano, fui com minha prima e foi bem divertido.

Tem algum artista que você faz questão de estar presente nos bloco todos os anos? Dicas de blocos e por quê?

Atualmente é a Claudia Leitte, estando no carnaval é o que importa. Sou fã da cantora Claudia Leitte, todo carnaval quero sair com ela, mais eu curto um pouco de tudo. Gosto de Ivete, Bell. Na época tinha o Xandy (Harmonia do Samba). Eu sempre curti tudo, mas sou fã de Claudia mesmo (risos).

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Falando da questão financeira, há pessoas que falam que o carnaval de Salvador é feito para os turistas. Qual sua opinião?

Atualmente, para ser sincera, está mais para os turistas do que para o povo baiano.

Por que os blocos estão ficando muito “puxado” (caro). Tanto que tem turistas que saem em uma “casetada” (muitos), cinco ou seis blocos, colocam um abadá por cima do outro. Não sei como aguentam. Por que é puxado? São mais de seis e sete horas no circuito Barra-Ondina, então pense em sair e pegar outro. A maioria é turista, são poucos os baianos que saem em muitos blocos.

Quanto à chegada de novos ritmos musicais, no carnaval. Qual a sua opinião?

Eu acho que o carnaval de Salvador perdeu sua essência, por que se é carnaval “AXÉ”. Na minha opinião, deixando claro, que não tenho nada contra aos demais ritmos, porém temos que valorizar mais o axé. Há tempos atrás era só axé. Não tinha outros ritmos, até o pagode era fraco. Eu não acho legal misturar outros ritmos, porque quando você chega em uma festa sertaneja, ninguém toca um axé, em bailes funk também não tocam. Então porque no carnaval de Salvador tem de tocar?

Na minha opinião não deveria tocar, para que assim possamos valorizar o axé. Eu acho que o carnaval está ficando mais fraco, o axé está sumindo, eles não estão valorizando o axé. Mas, se eles acham que com os demais ritmos atrai mais gente.

Você acha que os blocos afros estão sendo desvalorizados dentro do carnaval baiano?

Eu acredito que sim. Como atualmente o carnaval de Salvador está tendo muitos turistas, eles não sabem valorizar aquela cultura. Exemplo: De onde vem o axé? É mais a questão de desvalorizar os blocos, eles não sabem que ali tem uma cultura, só quem conhece os blocos são as pessoas de Salvador. Blocos afros são negros que fazem as festa, tem as pessoas que não entende, acreditam que é só para os negros e nao vão. Eu mesmo, não sou negra, se pudesse eu sairia em bloco afro. Acho lindo, podermos mostrar a cultura baiana, e suas origens. Eu garanto que os turistas não sabem as culturas de bloco afro.

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Falando dos blocos afros, você já participou de algum?

Nunca participei, acho lindo. Vejo passar, o Ilê por exemplo, se eu pudesse sairia, tem a Banda Didá que só sai mulheres, não têm homens tocando. Então se todos dessem um pouco mais de valores aos blocos afros, talvez seriam mais valorizados.

E o que você acha que falta, para eles serem valorizados, e terem esse reconhecimento?

Eu acredito, que seja por parte das pessoas de fora, porque teve um bloco, não me recordo, que foi cantar fora do Brasil. Disseram que foi até bom cantar fora. Mas acho que é isso, saber acompanhar, conhecer um pouco os blocos, entender o que eles querem passar, as mensagens. Eu acho que os Filhos de Gandhy, os turistas conseguem entender mais a história por conta do colar. Então, assim como eles quiseram investigar os filhos de Gandhy, por que os demais também não. Lá em Salvador, as pessoas já conhecem, então acho que parte das pessoas.

O que mudou em todos esses anos frequentando o carnaval?

Ultimamente, o carnaval está tendo muitas brigas e acidentes. Eu acho que a violência no carnaval mudou bastante. Na época dos meus pais, as pessoas ficavam nas ruas. Os blocos cheios, apertados e nada de violência.

E agora com essa nova programação, qual a sua perspectiva. O que você achou dessa mudança de datas? Você se programou?

Eu sei que tem a questão da saúde. Primeiro devemos cuidar da questão da saúde.

Como foliã nata, eu acredito que deveria ser cancelado. Afinal, em julho não tem mais aquela essência do carnaval, até porque em junho e julho tem o São João, aqui no Nordeste. Por mais que eu ame o carnaval, eu sofra por não ir. Eu não me programei.

Já se imaginou sem carnaval?

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Eu não imagino. Já fiquei um ano sem ir, foi um ano péssimo, chorei horrores.

Mas ficando dois anos sem o carnaval por conta da saúde, entendo. Fico triste, porém é compreensivo.

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APÊNDICE C Entrevistada: Augusto Rabelo, fundador da comunidade Somos Carnaval.

Como surgiu a ideia de criar a comunidade?

A ideia de criar a comunidade surgiu naturalmente depois de alguns meses fazendo trabalhos, sobre o carnaval, criando dicas e conteúdos na internet. Eu percebi que precisava de algo mais, o folião na minha opinião não tinha só a necessidade de informação, também tinham a necessidade de conhecer pessoas com o mesmo interesse. O conceito da comunidade, foi surgindo naturalmente, foi amadurecendo, e criamos a Nação Somos Carnaval. Que é uma ação internacional, porque temos grupos da Argentina, Estados Unidos, de foliões que se conheceram através dos grupos. A ideia de criar a comunidade foi ajudar esses grupos, e dessa vez foi através da conexão humana. E por meio dessas conexões que temos através de grupos de WhatsApp, já aconteceu de tudo; casamento, amizades fortes, pessoas que começaram a viajar juntas. Muitas histórias legais têm ocorrido dentro da comunidade. E esse é o nosso intuito, é ajudar providenciando mais conexões e amizades. E além disso, as pessoas trocam ideias e concepções. Os grupos são divididos por carnavais, micaretas e festivais. Mas o intuito é ajudar a conectar as pessoas, e criar novas histórias.

Pensa em expandir, essa comunidade. Se sim como, o que te move essas criações?

Constantemente eu tenho a preocupação de expandir a comunidade, mas encaramos limitações operacionais. Porque para expandir precisamos de pessoas acompanhando e fazendo a gestão da comunidade. Eu vou me virando sozinho por enquanto. Mas tenho o desejo de expandir a comunidade, já começamos a fazer isso antes da pandemia. Criamos grupos por estados, e pretendemos continuar, assim que as coisas voltarem ao normal. O que me move o desejo de expandir a comunidade é ver o que já aconteceu, ver as histórias, as conexões, as histórias boas que surgem, dicas que são trocadas. Todas essas experiências, me motivam a

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querer fazer ela (comunidade) em uma escala ainda maior. Engraçado que falamos de carnaval todos os dias nos grupos e isso é muito legal, porque mostra o quanto isso é rico, e sentimentalmente importante para todos nós!

Há quanto tempo frequenta o carnaval baiano?

Antes mesmo de conhecer o carnaval de Salvador, eu já tinha conhecido outros carnavais. Até foi proposital deixar Salvador por último, eu sempre segurava para conhecer, porque sabia que uma vez que fosse, ia ficar complicado de não querer voltar, até porque já ouvia muito isso. Então eu conheci a princípio os carnavais de Minas Gerais, como Diamantina, Abaeté, Pompéu, Ouro Preto. Fui para o carnaval de Votuporanga, o “Oba Festival”. Conheci o carnaval do Rio, de Olinda, fui alternando algumas dessas viagens a ida ao carnaval de Salvador. Mas eu fiz uns bons anos de carnaval em Salvador. Esse ano (2020), foi o meu oitavo ano no carnaval de Salvador. É sempre uma alegria, uma novidade.Cada ano é diferente, e minhas idas consecutivamente ao carnaval de Salvador foi o que fez criar o Somos Carnaval (comunidade). Porque eu via o tanto de besteira que era falado do carnaval de Salvador, eu ficava indignado. E falava “Precisamos criar algo na internet para desmentir, esse mitos e preconceitos”.

Falando em carnaval, qual seu bloco de coração, o qual você não deixa de participar, e faz questão de estar presente todos os anos.

Olha, eu sou um folião bem eclético. Não tenho um bloco de coração. Eu faço minha programação adotando critérios de pluralidade, não gosto de repetir blocos, no entanto alguns amigos, até mesmo dentro da comunidade, gostam de ir nos mesmo.

Eu nunca gostei disso! Eu sempre divido, então assim blocos que me marcaram, que guardo com carinho, espero um dia poder ir novamente, é o bloco do Araketu, no qual eu vivo muitos momentos no carnaval de Salvador e o bloco da Timbalada, era um bloco que sai às sexta-feira de tarde, às 16h00. Pegamos o pôr do sol ainda no Farol da Barra. E era incrível, sempre uma emoção. Falando aqui eu até me arrepio, porque foram bons momentos. Então se tiver que falar, dois blocos que me marcaram. Foi o bloco do Araketu e o da Timbalada.

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Você acha que com essa chegada de novos ritmos, tem afetado de alguma forma o carnaval. Programação, o mesmo o afastamento de alguns artistas É um fenômeno comum, ainda mais no carnaval de Salvador, a entrada de novos ritmos, tivemos sertanejo, que teve um pico, e hoje a gente não vê mais nem forro, comandando tios no carnaval de Salvador. Eu acho normal, até saudável ter na programação de carnaval novos ritmos. Eu acho que a mistura é sempre bem vinda, e a maior lição que o Brasil passa para o mundo é essa. Somos essa mistura, essa pluralidade e temos que entender que isso é uma riqueza. Contanto ela precisa estar dentro de um planejamento maior, em que possam valorizar as raízes musicais. A invasão e ocupação dos gêneros raízes, originários do local é muito ruim. Acho que existem alguns gêneros que vem, e querem aparecer do carnaval também, e isso faz do carnaval, é que trazer pessoas de outros gêneros é bom. Traz mais turistas para cidade, recurso, gerar empregos.Então eu acho que a mistura, é importante. É sempre um desafio para um artista que não é de axé tocar em um trio elétrico, por cinco, seis ou sete horas.

E agora com essa nova programação, a mudança na data do carnaval, qual a sua perspectiva. O que você achou dessa mudança de datas?

Tendo em vista a crise do coronavírus, e toda a necessidade de isolamento social que isso traz, eu vejo que a mudança da data do carnaval, ela é razoável, ela precisa acontecer, na medida que até fevereiro a gente não tem certeza e é bem provável que não. Que a gente não tenha solução; vacina em massa, e tudo mais.

Eu acho que teremos dois carnavais. Teremos um carnaval em fevereiro, que vai acontecer, porque as pessoas vão para as ruas de uma forma ou de outra. Vai ser pequeno e pouco estruturado, visto que os governos não irão investir nas estruturas para o carnaval. E o outro, durante o ano, julho, agosto e setembro, em que a gente terá um mini carnaval, para preencher os setores turísticos,e toda área de entretenimento. Um ano que teremos um prejuízo ao nível do carnaval, é muito difícil. Acho que sim, em 2022 promete ser o carnaval dos carnavais. Se todos souberem fazer o dever de casa, se preparar, rever as políticas, rever os planejamentos, inclusive avaliando questões como: acessibilidade, receber turistas

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estrangeiros, o atendimento, às experiências que os foliões possam ter no carnaval.

Eu acho que existe uma perspectiva de melhorias, mas sem dúvida eu acho que 2021, será um cabo de guerra.

Já se imaginou sem carnaval?

Eu costumo brincar, aqui nas minhas falas, nos meus vídeos. Que o carnaval é algo permanente, eterno, especialmente na sociedade brasileira. Então eu brinco que se caísse uma bomba atômica no Brasil em janeiro, teremos carnaval em Fevereiro do mesmo jeito. E por incrível que pareça, eu acho que o coronavírus trouxe outras perspectivas, realmente o carnaval não vai acontecer como gostaríamos, eu fico meio melancólico, bem triste por não ter o carnaval acontecendo. Porque o carnaval é um momento de alegria, desabafo, um momento de união, coletividade positiva.

Então é triste saber que não vamos ter o carnaval que estamos acostumados. Mas ao mesmo tempo,sabemos que é por uma questão maior, questão de saúde, e realmente não dá, ainda mais a gente que trabalha com o carnaval, não dá para imaginar. Não daria para imaginar jamais essa possibilidade de não ter o carnaval. O que eu acho que fica dessa conversa, é que não ter o carnaval; primeiro: valorizar esse momento, e entender a importância que o carnaval tem para a sociedade, a cultura da sociedade. Esse momento de relaxamento, de alegria geral que a gente vive no carnaval. Então ter o carnaval nos leva a valorizar. E a segunda coisa: como sociedade, precisamos observar, os eventos, para todo mundo é um desafio de não poder fazer o carnaval. Mas precisamos observar essas questões como; saúde pública, observar quem está orientando o governo, e disso tudo, fazer do limão uma limonada. Se todo mundo, aqui, não só o folião, planejar seu próximo carnaval, ter coragem de entrar na comunidade e conhecer novas pessoas. Já que teremos perdido o carnaval 2021, então isso também traz um chamado. Para não perdermos tempo, para não perder os carnavais, afinal o carnaval é um por ano, então precisamos aproveitar e também fica lançado o desafio dos produtores de eventos, que consigam fazer para o carnaval de 2022, ou o final de 2021 um evento melhor ainda. Trazendo novos conceitos e novas experiências para os foliões.

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10.2 Pautas

PAUTA PRODUTO: Área digital – Revista eletrônica

TEMA/ASSUNTO Carnaval Baiano – SEÇÃO Vou te contar

EDIÇÃO Novembro/2020

HISTÓRICO A revista Axé Foliã terá em volta de quatro editorias, sendo elas: Team Carnaval, Conte-me mais, Seu aué, e Últimas notícias.

Nossa identidade visual será inspirada nas cores vibrantes presentes nas fitinhas do Senhor do Bonfim FONTE: Paula Marinho, 34. Dançarina, e Muzembela do carnaval 2020.

Tel (71) 98857-6069 ALINHAMENTO EDITORIAL - ENFOQUE/ANGULAÇÃO Sua história com os blocos afros.

PERGUNTAS ● Contar um pouco sobre seu trabalho e como iniciou no bloco afro. Sua relação com o bloco, e como se tornou princesa dos blocos em 2020? ● Falando um pouco do carnaval, sabemos que o carnaval é conduzido por novidades, mudanças e principalmente, novos ritmos musicais. Você acredita que existe apropriação do espaço carnavalesco na Bahia? ● Já os blocos afros, tendem a serem esquecidos “teoricamente” pelos turistas, até mesmo por não terem esse conhecimento cultural. Você acha que com essa chegada de novos ritmos, afeta os blocos afros não conhecidos. ● Como você reage com essas chegadas de novos ritmos musicais, no carnaval. ● Com essa nova programação (adiamento) qual a sua perspectiva para o carnaval 2021. ● A representatividade afrodescendente sempre estará presente nos blocos afros.

Para você qual a importância dos blocos afros.

OBSERVAÇÃO: A entrevista será realizada através da plataforma digital Zoom, WhatsApp ou Skype.

EQUIPAMENTOS: Computador, softwares, aplicativos.

REPÓRTER: Elina Azevedo

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PAUTA PRODUTO: Área digital – Revista eletrônica

TEMA/ASSUNTO Carnaval Baiano – SEÇÃO Seu Aue

EDIÇÃO Novembro/2020

HISTÓRICO A revista Axé Foliã terá em volta de quatro editorias, sendo elas: Team Carnaval, Conte-me mais, Seu auê, e Últimas notícias.

Nossa identidade visual será inspirada nas cores vibrantes presentes nas fitinhas do Senhor do Bonfim FONTE: Jessica Neves, 28. Estudante de Ciências da Natureza e professora de ballet.

Tel (74) 99818-1503 ALINHAMENTO EDITORIAL - ENFOQUE/ANGULAÇÃO A entrevista tem como foco, a sua história com o carnaval.

PERGUNTAS ● Como começou sua paixão pelo carnaval? (há quanto tempo você frequenta o carnaval baiano). ● As companhias são as mesmas, de todos esses anos? ● O que te move o carnaval, e se sim qual a necessidade? ● Tem algum artista que você faz questão de estar presente nos blocos todos os anos? ● Dicas, de blocos e por quê? ● Quanto à chegada de novos ritmos musicais, no carnaval. Qual a sua opinião? Já saiu em algum bloco que não fosse axé? ● Você acha que com a chegada de novos ritmos, de alguma forma tem afetado o carnaval de rua, e/ou a programação? Até mesmo afastamento de alguns artistas nos circuitos. ● Falando dos blocos afros, você já participou de algum. E o porquê? ● O que mudou em todos esses anos frequentando o carnaval? ● E agora com essa nova programação, qual a sua perspectiva. O que você achou dessa mudança de datas? ● Já se imaginou sem carnaval?

OBSERVAÇÃO: A entrevista será realizada através da plataforma digital Zoom ou Skype.

EQUIPAMENTOS: Computador, softwares, aplicativos.

REPÓRTER: Elina Azevedo

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PAUTA PRODUTO: Área digital – Revista eletrônica

TEMA/ASSUNTO Carnaval Baiano – SEÇÃO Team Carnaval

EDIÇÃO Novembro/2020

HISTÓRICO A revista Axé Foliã terá em volta de quatro editorias, sendo elas: Team Carnaval, Conte-me mais, Seu aué, e Últimas notícias.

Nossa identidade visual será inspirada nas cores vibrantes presentes nas fitinhas do Senhor do Bonfim FONTE: Augusto Rabelo, Fundador da Maior Comunidade de Foliões do Mundo o “Somos Carnaval”.

Tel (61) 98138-8703.

ALINHAMENTO EDITORIAL - ENFOQUE/ANGULAÇÃO Pessoas criaram uma comunidade voltada para os foliões. Entre eles, perfis em redes sociais, canal no YouTube, entre outros.

PERGUNTAS ● Como surgiu a ideia de criar a comunidade? ● Pensa em expandir, essa comunidade. Se sim como, o que te move essas criações? ● Há quanto tempo frequenta o carnaval baiano? ● Falando em carnaval, qual seu bloco de coração, o qual você não deixa de participar, e faz questão de estar presente todos os anos. ● Sua opinião quanto à chegada de novos ritmos musicais, no carnaval. (Saiu em algum bloco que não fosse axé?). (Se arrependeu?) ● Você acha que com essa chegada de novos ritmos, tem afetado de alguma forma o carnaval. Programação, o mesmo o afastamento de alguns artistas. ● Notou alguma mudança em todos esses anos frequentando o carnaval? ● E agora com essa nova programação, a mudança na data do carnaval, qual a sua perspectiva. O que você achou dessa mudança de datas? ● Já se imaginou sem carnaval?

OBSERVAÇÃO: A entrevista será realizada através da plataforma digital Zoom, WhatsApp ou Skype.

EQUIPAMENTOS:

REPÓRTER:

Computador, softwares, aplicativos.

Elina Azevedo

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10.3 Fotos

Concentração do trio elétrico no Farol da Barra

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Valores de alguns blocos para o carnaval de 2021.

Força da mulher preta

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Carlinhos Brown puxa arrastão na quarta de cinzas no carnaval de Salvador

Da esquerda para direita: Jessica, Patricia e Rayceles

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Saiba+

Pesquisa realizada através do formulário do Google

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Páginas do produto - Revista eletrônica

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11 DIÁRIO DE CAMPO Julho - Durante a primeira e a quarta semana do mês, busquei possíveis fontes, personagens que seriam fundamentais para o levantamento de opiniões e histórias acerca do tema pesquisado.

Agosto - Na primeira semana, ocorreu o atendimento em grupo por produtos a serem desenvolvidos no trabalho de conclusão de curso. O professor Nivaldo, buscou saber os interesses, e as intenções de cada orientando. Durante a orientação individual, que ocorreu em 26/08/2020, o professor sinalizou a mim quanto a escrita, além de questionar sobre o planejamento gráfico e os apêndices.

Solicitou as pautas fossem definidas e redigidas. Questionei sobre as seções que ocupariam a revista, o mesmo me orientou que fosse necessário ao menos uma fonte para cada matéria. Após realizar as perguntas para cada entrevistado que confirmou sua participação neste trabalho, montei as pautas individuais. Esperei por três dias a confirmação, no entanto, obtive retorno de apenas dois personagens pré selecionados.

Setembro - Questionei junto ao professor que uma das seções deveria ser substituída, afinal as músicas de verão, foram afetadas devido a pandemia. O que funciona como termômetro para o carnaval do ano seguinte. Deste modo, nasceu a seção Notícias, substituída pela Saiba+.

Anotei algumas questões que fossem

necessárias para o relatório. Conforme solicitado, realizei o primeiro design do boneco da revista para obter o retorno do professor, junto disponibilizei as pautas finalizadas. Com a confirmação das pautas, comecei a agendar as entrevistas para adiantar o processo de transcrições. Devido a alteração de uma das fontes, tive que realizar o 2º desenho do boneco da revista, alterando assim uma das colunas. Na quarta semana, realizei a primeira sonora com a personagem escolhida, Jéssica Neves. Questionei o professor na orientação sobre as dúvidas que surgiram para a fundamentação teórica e metodológicas. Onde o mesmo me orientou a realizar a pesquisa quantitativa sobre a opiniões dos foliões, quanto a alteração no calendário do carnaval de 2021. Houve a orientação para todo o grupo, quanto às alterações que deveriam ser realizadas no relatório, incluindo o tempo que cada aluno teria para a apresentação de banca.

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Outubro - Primeira semana, comecei a decupagem da primeira entrevista, sondei as pessoas ao meu redor, sobre opiniões da diversidade do carnaval, quanto a chegada de novos ritmos.Realizei a entrevista com Paula Marinho, recebi a confirmação de uma fonte para a entrevista. Atualizei as pautas para serem incluídas no relatório conforme a orientação. Na segunda semana, desenvolvi a pesquisa através do formulário do google, pesquisa quantitativa. Recepcionei a segunda autorização de uso de imagem, comecei a separar possíveis imagens para compor as matérias.

Pesquisei imagens, em sites e confirmei o uso das imagens dos

entrevistados.

Novembro - Realizei a terceira sonora e terminei a decupagem e transferi para o relatório. Atualizei outra parte do relatório. Apurei informações sobre a programação do carnaval 2021. Terminei as matérias e encaminhei para a correção e orientação do professor Nivaldo.

Após o retorno, realizei a correção e as

alterações necessárias. Comecei a montar as matérias no site, criei uma conta no google para a revista, e uma conta no aplicativo Instagram. Sondei o professor com o uso das imagens, além de alguns itens a inseridos no RFTM. Durante o período de criação do produto e conclusão do relatório, obtive imprevistos como: desistência e desaparecimento de fontes que já teriam confirmado e topado a

conceder a

entrevista. Além da montagem da página na web que foi um grande desafio. No final de tarde do dia 22/11 comecei a montar a segunda proposta pagina. Comecei do zero. No entanto, diante aos imprevistos, pude através deste obter

técnicas

jornalísticas, desafios, e conhecimentos.

Pretendo dar continuidade a página da web, após a conclusão, seguindo a periodicidade semestral. Levando através de histórias, conhecimentos culturais ao grande público.

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12. ANEXOS

12.1 Autorização de uso de imagens.

Jessica Neves aos cinco anos no carnaval de rua de Salvador.

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Fique por dentro

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Essa turma veio direto de Brasília para curtir o carnaval na Bahia.

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Paula Marinho, eleita ao titulo de Muzembela 2020.

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