RED INFORMACIÓN - Edición N°11 Diciembre 2018

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isso deve ser tratado de um modo especial. Portanto, defendo o combate implacável e rigoroso a toda forma de spam na plataforma! Cabe ressaltar que o WhatsApp já fez muitos esforços nessa direção. Também recomendo que todas as funcionalidades que permitam a disseminação massiva de conteúdos devem ser tratadas como ferramentas de propaganda e acessíveis apenas a usuários especiais, cadastrados para esse fim. Provavelmente pagantes de forma progressiva ao uso! Usuários comuns não deveriam ter acesso a ferramentas de replicação de alta escala. Recomendo que os grupos de WhatsApp comportem números bem menores de pessoas (hoje cabem até 256) e que as ferramentas de encaminhamento de conteúdo (hoje para até 20 pessoas de uma vez) e de listas de distribuição (para até 256 pessoas) sejam repensadas em seus limites. Quanto mais próximo de uma comunicação humana natural, melhor! A manutenção dos limites atuais deve ser projetada para usuários especiais. A entrada em grupos deve ser feita de forma voluntária e não por adição de terceiros de modo indesejado e as salas públicas precisam ter regras e transparência a respeito de seus administradores. Durante o período eleitoral, todo conteúdo encaminhado de forma massiva deve respeitar as regras de propaganda eleitoral para outras plataformas. Todo conteúdo que entrar na plataforma por essas ferramentas deverá ter o seu autor original identificado com o conteúdo e ser compartilhado previamente

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com a Justiça Eleitoral. A plataforma deve bloquear conteúdos que desrespeitarem essas normas. E, se necessário, tomar medidas de controle como aconteceu na Índia, para que as proporções dos conteúdos maliciosos não afetem o engajamento cívico. Não considero minhas propostas como censura. Entendo que a liberdade de expressão e a privacidade devem ser exercidas na escala natural das conversas humanas. Ao usar as ferramentas digitais para usos massivos de envios, em especial com conteúdo de propaganda eleitoral, já não se trata de liberdade de expressão, mas, sim, de estratégias de marketing com forte potencial para manipulação das pessoas e distopias, como temos visto seguidamente no mundo e também no Brasil. A comunicação massiva exige transparência e prestação de contas que hoje o WhatsApp não nos permite. Com alterações nas ferramentas de comunicação e nas redes sociais, conseguiremos atingir uma situação mais equilibrada para a democracia, com menos manipulação das pessoas. Naturalmente que isso é apenas parte da solução, como mencionei acima em nosso Mapa do Sistema. Precisamos de um processo profundo de educação da população, de novas regras para outros aspectos das eleições e de uma visão sistëmica desse problema complexo. Acredito num futuro onde as pessoas exercerão seu voto primordialmente de modo informado e racional.


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