Análise de Dados para o Monitoramento de Redes Sociais

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Apêndice I: Exemplo de código de API - Coletando Dados nas APIs Search e Streaming do Twitter com o Pacote Rtweet Nesta seção, vamos mostrar alguns exemplos de código para a coleta de dados históricos e em tempo real no Twitter. Com algumas poucas linhas de código, é possível coletar dados relevantes para o contexto eleitoral em análise. Uma vez agregados, os dados podem ser exportados para o formato CSV e posteriormente analisados no Excel ou no Google Sheets, ou então entregues a um cientista de dados encarregado pelo refinamento da análise. Mesmo ao analista que puder contar com um profissional especializado, é recomendável saber coletar dados em tempo real por conta própria. Por mais contraintuitivo que possa parecer, em análises de redes sociais, dados geralmente vão se tornando mais valiosos com o tempo, devido ao fato de capturarem desinformação, bots e ações e postagens efetuadas por atores nocivos potencialmente removíveis das plataformas por violação dos termos de serviço.

Passo 1: Baixe o R, o RStudio e o Rtweet Neste guia, vamos ensinar como realizar a extração de dados básicos da API do Twitter utilizando a linguagem de programação R. Existe um pacote em R específico, chamado rtweet, que facilita enormemente a extração de dados do Twitter. É necessário baixar e instalar determinados componentes antes de seguir em frente. • Rstudio: https://www.rstudio.com/products/rstudio/download/ • R: https://www.r-project.org/

Passo 2: Solicite acesso a uma aplicação do Twitter, receba a chave de acesso e crie um token A coleta de dados no Twitter é feita por meio de aplicações - esse é um meio seguro de utilizar uma conta pessoal para interagir com a plataforma por código. No passado, o Twitter disponibilizava as aplicações gratuitamente e sem restrições de acesso, mas, atualmente, é necessário que seja registrada uma aplicação, o que pode ser feito aqui. Uma vez finalizado o credenciamento, é necessário efetuar o login no Twitter em algum navegador e acessar o site https://apps. twitter.com para obter as chaves do consumidor (consumer keys) e as chaves de acesso (access keys) - são quatro chaves no total. As chaves são strings de texto simples utilizadas pela aplicação para confirmar se os dados estão sendo solicitados, de fato, por uma pessoa - neste caso, o(a) leitor(a). O processo de utilização de chaves para autenticação é conhecido como OAuth, que significa “open authorization”, ou “abrir (solicitar) autorização”. Isso permite que as aplicações desempenhem ações na rede sem que os usuários sejam obrigados a transferir a senha e o nome de usuário a cada ação. Após inserir as chaves e o nome da aplicação, utilize o código esboçado na janela a seguir para criar um “token” de requisição, que dará acesso à API do Twitter.

As linhas de código em R acima são linhas iniciais que podem ser utilizadas para autenticar a aplicação do Twitter e conectar à APÌ da plataforma. Uma vez autorizado o acesso, serão gerados os tokens de consumo e de acesso utilizados para a autenticação da aplicação (como ilustrado no código acima). Após a autenticação (i.e., quando o Twitter tiver computado que a aplicação está extraindo dados para o usuário logado, e não para terceiros), já é possível começar a interagir com a e extrair dados da API.

No site oficial do rtweet (aqui), também é possível encontrar um passo a passo detalhado do processo de autenticação, elaborado pelo Dr. Mike Kearney, professor da Universidade de Missouri e desenvolvedor do rtweet.

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