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38 REVISTA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO Nº 113

COM AS CONTAS EM DIA,

investir é uma boa

JUL/AGO 2016

ESPECIALISTAS MOSTRAM O QUE DEVE SER CONSIDERADO OU DESCARTADO NO MOMENTO DE APLICAR OS RECURSOS

POR NÁJIA FURLAN Com esses controles financeiros organizados, é hora de pensar em investimentos. Em um momento tão instável da economia, os especialistas do Grupo de Excelência em Administração Financeira (GEAF) do Conselho Regional de Administração de São Paulo (CRA-SP), mostram o que deve ser considerado ou descartado. A primeira dica é do Adm. Fábio Iorio, mestre em Finanças. Segundo ele, de modo geral, os investimentos de renda fixa pós-fixados, ou seja, que acompanham a taxa básica de juros da economia (Selic), como Tesouro Selic, CDBs, LCIs e LCAs têm se mostrado interessante. “Isso devido ao nível que, atualmente, está em 14,25% ao ano, aliado ao menor grau de incerteza em relação a sua rentabilidade, enquanto que os investimentos de renda variável como ações, por exemplo tendem a ser observados com maior cautela

INVESTIMENTOS

por parte do investidor, devido à alta volatilidade dos preços e a baixa expectativa com relação aos resultados das empresas”, afirma. Segundo Iorio, antes de mais nada é importante ter clareza em relação à situação financeira atual da empresa e quais os objetivos que se pretende realizar no curto, médio e longo prazo. “É fundamental, para aqueles que ainda não possuem, construir uma reserva financeira para emergências, que deverá ser alocada em ativos com elevada liquidez, como o Tesouro Selic, CDBs e ou fundos DI de curto prazo, equivalente em média entre seis e doze meses de suas despesas mensais fixas”, sugere. Somente após constituir esta reserva para emergências, é que se poderá, segundo o especialista, partir para investimentos considerados de maior risco, como ações por exemplo.

Sempre alerta Outro especialista que nos ajuda nessa educação financeira é o Adm. André Massaro, coordenador do Grupo de Excelência em Administração Financeira do CRA-SP. Para este, parte-se sempre do princípio de que o melhor investimento para uma empresa é investir em sua própria atividade. “Se não for o caso, é melhor a empresa mudar de atividade... Porém, em certas circunstâncias, a empresa pode ter uma sobra de liquidez e, por razões diversas, prefere postergar o investimento. Nessas situações, o ideal é que se busque alguma opção de investimento de alta liquidez e baixo risco”, indica .


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