Jaú - Ano 11 | Edição 91 | Outubro 2020 Distribuição gratuita | Venda proibida
Mirante do Pouso
Tradição com muita segurança
EDUCAÇÃO
Desafios e novos rumos
COMPORTAMENTO Brincadeiras de criança
Editorial Ano 11 – Edição 91 – Jaú, outubro de 2020 Tiragem: 10.000 exemplares Revista Energia é uma publicação da Rádio Energia FM Diretora e Jornalista responsável Maria Eugênia Marangoni mariaeugenia@radioenergiafm.com.br MTb. 71286
Em alguns países onde a crise do novo coronavírus já começou a passar, observamos uma nova realidade
Diretor artístico: Márcio Rogério rogerio@radioenergiafm.com.br Edição e Revisão de textos Heloiza Helena C. Zanzotti revisao@revistaenergiafm.com.br
H
Criação de anúncios: Moinho Propaganda atendimento@moinhopropaganda.com.br Fotografia Moinho Propaganda (14) 3416 7290
Social Club social@revistaenergiafm.com.br Colaboraram nesta Edição Bárbara Milani Flavia Cardoso Gabriela Magro M. da Silva Luiza Caleffi Pereira Colunistas Alexandre Garcia Evelin Sanches João Baptista Andrade Mariah G. Alves dos Reis Ferraz de A. Prado Professor Marins Wagner Parronchi Comercial Marcelo Mendonça Milene Perez Sérgio Bianchi Silvio Monari Impressão: Grafilar (14) 3812 5700 Distribuição: Panfletos&Cia (14) 3621 1634 Revista Energia Rua Quintino Bocaiúva, 330 | 2º andar CEP: 17201-470 | Jaú - Fone: (14) 3624 1171 www.energianaweb.com.br Elogios, críticas e sugestões leitor@revistaenergiafm.com.br Quero anunciar comercial@revistaenergiafm.com.br Opiniões, avisos e quaisquer outras informações expressas nos editoriais e colunas representam exclusivamente a visão de seus autores, e não refletem necessariamente a posição e/ou opinião da Revista Energia, seus parceiros e patrocinadores. Nesses casos, o conteúdo é de total e exclusiva responsabilidade de seus autores.
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Diagramação Moinho Propaganda (14) 3416 7290 Projeto gráfico: Revista Energia
O vírus entre nós! ábitos de higiene reforçados, mudanças no modo de trabalho e na forma como as crianças vão às aulas. É o novo normal, em que o cuidado para evitar novas contaminações é a regra número um. O Brasil, assim como todos os países, passou por muitas adaptações durante a pandemia como, por exemplo, a cultura do home office, que foi implementada e que continua, mesmo com o afrouxamento das políticas de isolamento. Um estudo sobre Tendências de Marketing e Tecnologia de 2020 mostra que o trabalho remoto pode crescer 30% depois da pandemia do coronavírus no Brasil. E mesmo quem não puder trabalhar de casa, adaptações nos escritórios devem acontecer, visando manter a distância segura para os trabalhadores, além de escalas de horários diferenciados. Em nossa matéria de capa, o Restaurante Mirante do Pouso reflete as mudanças no setor da alimentação, e mostra que manter a qualidade e a tradição aliadas à segurança é o diferencial da casa, que manteve seus clientes fidelizados mesmo durante a pandemia, através do delivery e drive thru. Nesta edição da RE você também vai conferir as mudanças que ocorreram na educação durante a pandemia! As escolas da rede privada de ensino adquiriram ferramentas para auxiliar no planejamento escolar com o uso das tecnologias educacionais, prepararam seus professores, criaram estratégias para mensurar o desempenho educacional, apresentaram para os pais esse novo modelo de ensino e as transformações tecnológicas da escola. Hoje falamos em escola digital, escola híbrida, ambiente digital de aprendizagem, um ecossistema para gestão e compartilhamento de conteúdo online/híbrido, onde é possível a transmissão de aulas, compartilhamento de documentos, realização de provas, chamadas e tudo que uma rotina de aula necessita de maneira remota e segura. Atualmente, as crianças já nascem entre computadores, celulares, jogos e tecnologias em geral. As crianças estão acostumadas a realizarem diversas tarefas ao mesmo tempo e inclusive se sentem mais motivadas quando há ferramentas tecnológicas envolvidas no processo de aprendizagem. Mas, até que ponto isso é saudável? Ainda nesta edição você vai fazer uma viagem no tempo para relembrar as brincadeiras de antigamente, que divertiram as crianças por décadas e décadas. Uma sugestão é aproveitar o dia das crianças com seu filho, fazendo brincadeiras do tempo dos seus pais e avós, ensinando que existem outras formas de diversão e possibilidades de se criar jogos e brincadeiras só usando a criatividade! Boa leitura e boa diversão!
Maria Eugênia
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NESTA EDIÇÃO 8 Perfil
36 54 Educação
Comportamento
12 Radar 16 Pense Nisso 17 Seu Próximo Destino 18 Opinião 20 Medicina e Saúde 21 Visão Empresarial 24 Capa 30 Vida Saudável 32 Inspire-se 36 Educação 41 Social Club
Nossa Capa: Sidnei Miranda Heloísa de Melo Miranda , Luiz Diego Melo Miranda, Laerte de Melo e Douglas de Melo Miranda
44 Look de Artista 48 Adote um Pet
Jaú - Ano 11 | Edição 91 | Outubro 2020 Distribuição gratuita | Venda proibida
50 Escolas de Jaú 54 Comportamento 65 Boa Vida Mirante do Pouso
Tradição com muita segurança
66 Última Página EDUCAÇÃO
Desafios e novos rumos
COMPORTAMENTO Brincadeiras de criança
44
Look de Artista
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Sonho de menina Nicoly, aos poucos, vem trilhando uma linda história no mundo da música Texto Gabriela Magro Moreira da Silva
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úsica significa combinação harmoniosa, é a arte de se exprimir por meio de sons. Nicoly Gabriely de Lima é o retrato perfeito disso. Dona de uma voz marcante e de um carisma contagiante, a jovem de apenas 14 anos traz consigo o grande sonho de virar cantora profissional. Natural de Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, a menina se mudou para Jaú com apenas 3 anos, junto com seus pais e seu irmão mais velho. Na infância, Nicoly gostava muito de brincar de boneca e andar de bicicleta, como qualquer outra criança. Mas já demonstrava o amor pela música quando ouvia e cantava as canções das duplas Fernando & Sorocaba e Victor & Léo. PRIMEIROS PASSOS Aos 10 anos, Nicoly descobriu que seu destino era a música e desde então vem correndo atrás para alcançar seus objetivos no meio artístico. Sua primeira oportunidade de cantar para o público aconteceu em um jantar com sua família, em um restaurante da cidade, quando a banda que tocava cedeu o microfone para os clientes e Nicoly logo mostrou seu talento para todos que lá estavam. Contando sempre com o apoio da família, a jovem iniciou suas pri8 Revista Energia
meiras aulas de canto e logo em seguida as de violão. Em 2018 entrou para uma agência e teve o privilégio de aprender com grandes professores como Marcello Boffat, Tininha Araújo, Rico Rondelli e Eduardo Pradella, durante workshops musicais e teatro que aconteceram no Rio de Janeiro. No ano seguinte, foi convidada pela própria Tininha Araújo para participar do curta metragem “Um Dia Especial”. UMA NOVA CONQUISTA A CADA DIA Luís, pai de Nicoly, é o grande fã da filha, e é ele quem corre atrás e não a deixa desistir desse sonho. Juntos, enfrentam as dificuldades financeiras e a falta de reconhecimento pelos quais a jovem ainda passa por ter pouco tempo de carreira. Para tirar seu sonho do papel, a aspirante a cantora tem encarado concursos: já são três concursos e uma vitória de Destaque Mirim, que aconteceu na Estação Ferroviária de Jaú. “Gosto muito de participar desses concursos, sempre fico meio tensa, mas depois dá tudo certo”, relata Nicoly. Recentemente, ela lançou sua primeira música, “Perfume de Amor Próprio”, em seu canal do YouTube, atingindo 3.000 visualizações e mais de 300 inscritos. Já no Facebook, o vídeo chegou a 60.000 visualizações.
Local: RiverSide Pub
Outro vídeo de Nicoly também reconhecido foi o da música “Flores”, uma parceria entre Luisa Sonza e Vitão. A própria Luisa comentou e curtiu o vídeo, além de Lauana Prado. Mas a cantora mirim não parou por aí: ao fazer um cover da Banda Chimarruts, teve o privilégio de ganhar uma curtida dos profissionais. FORA DO COMUM Como todos que trabalham com shows e eventos, Nicoly teve que se reinventar nessa quarentena e atualmente participa de Lives beneficentes para divulgar seu trabalho; uma delas foi em prol da ONG 1% aqui de Jaú. A adolescente costumava fazer shows em Jaú e em toda a região, principalmente na cidade de Barra Bonita, onde sempre é chamada para os eventos públicos. Aos poucos, vai conquistando seu espaço e vem fazendo um lindo trabalho. Sua voz é leve, marcante e agrada a todos os públicos. ALÉM DA MÚSICA Nicoly gosta muito de se expressar e não é apenas através da música que encontra um meio de fazer isso. Ela também é apaixonada por escrever e desenhar, e conta que todos os seus desenhos possuem um significado. Mesmo tendo apenas 14 anos, a adolescente já tem planos para sua carreira. Além de ser conhecida pela sua música, também deseja ser reconhecida por todo o esforço em busca desse sonho. Não podemos esquecer que Nicoly ainda estuda, e também tem objetivos na área acadêmica. Estudante do 8º ano em uma escola pública da cidade, faz planos de cursar a faculdade de Medicina. Mas deixa claro que em primeiro lugar sempre é a música.
“É a música que quero para minha vida” GRATIDÃO “Quero agradecer muito a Revista Energia por ter me dado a oportunidade dessa matéria, fiquei muito feliz quando recebi o convite. Gostaria de agradecer principalmente a minha família, que são as pessoas que mais me ajudam. E a todas as pessoas que sempre me apoiaram e apoiam, sou muito grata por tudo, o carinho das pessoas é o que me faz crescer a cada dia, obrigada!”, finaliza Nicoly.
“Descobri meu dom quando tinha 10 anos, e desde então não parei mais” INSPIRAÇÕES E RECONHECIMENTOS Segurança e certeza, é assim que a jovem descreve a importância da música em sua vida. Grande fã de sertanejo universitário, Nicoly também se aventura no Pop, Pop Rock e MPB. E não poderia ser outra a principal inspiração da garota: Marília Mendonça, uma das grandes referências atuais do sertanejo. Ela também se inspira em Zé Neto e Cristiano. Em geral, todos os cantores do meio sertanejo são alvos da grande admiração da garota. Quando Marília Mendonça lançou a música “Graveto”, nesse ano, Nicoly logo fez um cover em homenagem a ela. O que não esperava é que Marília fosse repostar o mesmo vídeo em seu Instagram. O coração da jovem se encheu de gratidão pelo reconhecimento da cantora. Revista Energia 9
Informe publicitรกrio
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Radar Por Alexandre Garcia
ALEXANDRE GARCIA Jornalista, apresentador, comentarista de telejornais, colunista político e conferencista brasileiro. Atuou no Jornal do Brasil, no Fantástico e na extinta TV Manchete. Atualmente é comentarista político na Rede Globo de Televisão.
A volta por cima O samba de Paulo Vanzolini poderia fazer parte dos hinos brasileiros “Levanta, sacode a poeira, dá volta por cima”
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pós sete meses de pandemia, que mandou as pessoas para casa e as tirou dos shoppings e restaurantes; que fez fechar as lojas e fábricas; que semeou pânico das covas e caixões; que paralisou até pensamento - após esse tempo o noticiário diz que, segundo o IBGE, o Brasil está com quase 14 milhões de desempregados. Ora, esse número perde para o desemprego de Dilma, que não precisou de pandemia para paralisar pensamento. Em 2017, dados do IBGE mostraram, ao final do 1º trimestre, 14,2 milhões de desempregados. Um atraso que tirou 7% do PIB em dois anos, maior que o rombo do coronavírus. Em maio daquele ano, a presidente foi afastada e a recuperação do emprego e retomada da economia logo começava, pois o brasileiro é resiliente. A frase do samba de Paulo Vanzolini diz tudo. A letra começa com “Chorei”. Todos choramos nossos mortos, nossas perdas econômicas, nossos empregos. Mas ao cabo da provação não houve o caos, nem mesmo entre os de pouca renda e nenhum emprego. Não houve desordem. O governo ajudou, com o coronavoucher, mas o brasileiro é que sacudiu a poeira do vírus.
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Numa paralisação de que ainda não se avaliaram resultados, fecharam-se 357 mil empresas entre abril e agosto, mas só em julho, mês em que houve a virada da curva de mortes, foram criadas cerca de 300 mil empresas, a maioria micro e pequenas. Brasileiros que perderam seus empregos na fábrica, no restaurante, atrás dos balcões, se tornaram empreendedores, em atividades por conta própria. Antes de abril, o Brasil tinha 18 milhões 297 mil empresas; no fim de agosto eram 19 milhões 289 mil. A iniciativa, a coragem, criaram 1 milhão de novos empreendimentos. O agro não parou; brasileiros passaram a trabalhar em casa; o governo continuou inaugurando obras; os médicos brasileiros descobriram a forma de bloquear o inimigo aos primeiros sintomas; as escolas perceberam que o futuro seria derrotado se não reagissem ao medo; os que tentaram oprimir as liberdades acabaram cedendo à cultura nacional, que tem no Hino da Independência a estrofe: “os grilhões que nos forjava a perfídia astuto ardil/ houve mão mais poderosa, zombou deles o Brasil”. Por isso levantamo-nos, sacudimos a poeira e damos volta por cima. O espírito nacional é mais forte que o astuto ardil.
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Inaugurada dia 14 de setembro em Jaú, a Terça da Serra – Residencial Sênior chega à cidade com uma proposta inovadora de hospedagem para idosos. 14 Revista Energia
A Terça da Serra é um projeto desenvolvido a partir de 2014 pela médica Dra. Joyce Duarte Caseiro que, ao perceber a carência de Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) que prestassem serviços de qualidade, teve a iniciativa de realizar seu empreendimento próprio com o objetivo de fazer algo diferente daquilo que já conhecia. Atualmente, a rede de Residenciais Sênior sediada em Campinas conta com 75 unidades, sendo 35 operacionais e 40 pré-operacionais, e tem como missão oferecer hospedagem e cuidados de alto padrão para idosos de forma humanizada, respeitando a individualidade de cada hóspede, proporcionando qualidade de vida e tranquilidade a eles e também aos familiares. Seguindo sua estratégia de crescimento e contando com todo o know-how de uma grande rede, a cidade de Jaú recebe a sua mais nova unidade dirigida pelas sócias Raquel Padoveze e Dra. Elisa Simioni, ambas da área da saúde. A casa conta com 23 leitos e toda uma gama de serviços especializados no cuidado ao idoso realizados por uma equipe multidisciplinar capaz de trabalhar da maneira mais adequada os aspectos físicos, sociais, psicológicos e emocionais de cada hóspede. Para tanto a unidade de Jaú conta com Gerontóloga, Terapeuta Ocupacional, Fisioterapeuta, Enfermeiro e Nutricionista, além é claro de Cuidadores e Técnicos de Enfermagem que são responsáveis pelo acompanhamento diário dos idosos, proporcionando suporte e segurança em todas as etapas do cuidado, como alimentação e higiene. Segundo a sócia Raquel Padoveze, “A Terça da Serra chegou a Jaú para mudar completamente o conceito de casa de repouso. Os serviços humanizados oferecem qualidade de vida sem igual aos idosos, e beneficiam suas famílias como um todo, já que, ao perceberem a tranquilidade proporcionada pela garantia desses cuidados especializados e exclusivos, os familiares têm a oportunidade de sentirem-se novamente como filhos, netos e amigos. Além de um corpo de profissionais extremamente capacitado, o residencial conta também com uma estrutura totalmente adaptada e planejada para proporcionar aos hóspedes o conforto de estar em casa. Equipado com cozinha e lavanderia próprias, elevador panorâmico e sala de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, o local estimula a independência dos idosos, que têm livre circulação pela casa e autonomia para escolherem o que desejam fazer. “Zelar pela segurança e bem-estar de cada idoso é o nosso maior objetivo. E para isso, contamos com o “Relógio Inteligente”, uma tecnologia exclusiva que nos permite monitorar – de maneira integrada em um único dispositivo – movimentações atípicas, frequência cardíaca, informações médicas e localização de nossos hóspedes, 24 horas por dia. E tudo isso ainda é transmitido, em tempo real, para a nossa central, onde uma equipe de especialistas está sempre de olho em qualquer pequena alteração”, conta a sócia e médica, Dra. Elisa Simioni. A Terça da Serra vai muito além do ideal de uma casa de repouso. Não se trata apenas de oferecer conforto aos idosos, mas sim de proporcionar uma experiência única de tranquilidade e carinho em tempo integral. Agende uma visita e venha conosco conhecer esse novo conceito de cuidado!
Aponte seu leitor de QRCODE. Preencha o formulário e receba a apresentação completa da unidade de Jaú. Se encante por cada cantinho!
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Av. Brasil, 50 - Jaú/SP Revista Energia 15
Pense
nisso
Por Professor Luiz Marins
LUIZ MARINS Antropólogo e escritor. Tem 26 livros publicados e seus programas de televisão estão entre os líderes de audiência em sua categoria. Veja mais em www.marins.com.br
A paixão e o entusiasmo dos empreendedores Duas características muito fortes do empreendedor, seja ele empresário ou colaborador de uma empresa, são a sua paixão e o seu entusiasmo
T
odo empreendedor é um apaixonado pelos seus empreendimentos e mesmo pelo ato de empreender. Ele logo se apaixona por ideias novas, projetos novos, novas formas de ver a realidade e agir para modificá-la. E quando dá início ao seu projeto, mesmo tempos depois, ele não perde a paixão do começo. Ele vive todos os dias como se fosse o primeiro. Ele tem a paixão e a garra do primeiro emprego mesmo anos após estar na mesma empresa. Ele tem o entusiasmo e a paixão do primeiro dia, mesmo anos depois de sua empresa ter conquistado o sucesso. E essa paixão e esse entusiasmo contagiam os seus liderados e amigos. E essa paixão e esse entusiasmo inibem os adversários. A palavra “entusiasmo” vem de “théos” em grego que significa “deus”. Os gregos eram panteístas e politeístas, acreditavam em muitos deuses. E a vidente de Delphos ao dar os oráculos se dizia “entusiasmada”, isto é, sentia-se arrebatada pelos deuses, como se tivesse um deus dentro dela. Com um deus dentro dela ela era capaz de transformar a realidade e fazer as coisas acontecerem apesar das adversidades aparentes. Por isso os gregos iam a Delphos, para que, entusiasmados pela vidente, fossem capazes de transformar a realidade apesar das adversidades aparentes. O entusiasmo do empreendedor é muito diferente de um simples otimismo. O otimista é uma pessoa que aguarda, torce e até acredita que as coisas possam dar certo. O entusiasmado acredita na sua capacidade de vencer, de transformar a realidade e de fazer as coisas acontecerem. O otimista é um reativo enquanto que o entusiasmado é sempre um proativo – ele age 16 Revista Energia
em direção à mudança e não apenas reage às circunstâncias. E o empreendedor sabe que para vencer os desafios destes tempos loucos e competitivos é preciso muito entusiasmo e uma ardente paixão pelo que se faz. Ele sabe que só conseguirá colaboradores se entusiasmar as pessoas com a sua paixão. Ele sabe que uma pessoa morna, apática, jamais conseguirá motivar alguém a seguir um caminho difícil ou pouco trilhado no passado, a conquistar com ele o sonho em que nem todos acreditam. Não conheço nenhum empreendedor de sucesso sem paixão pelo que faz e sem entusiasmo para enfrentar os desafios de fazer. E é preciso compreender que a única maneira de ser entusiasmado é “viver entusiasticamente”. Não há outra. O empreendedor sabe que a melhor maneira para fracassar é ficar esperando as condições ideais para depois agir. O empreendedor cria as condições de sua ação com sua paixão pelo fazer. As perguntas que faço ao leitor deste pequeno artigo são: 1. Você age em direção ao sucesso ou espera as condições ideais para depois agir? 2. Você procura se unir a pessoas melhores que você e as entusiasma com a sua crença na capacidade de vencer obstáculos? 3. Você procura gostar do que faz e sente gratidão pelos que ajudaram você a chegar até aqui? Faça esta reflexão. Pense nisso. Sucesso!
“É preciso compreender que a única maneira de ser entusiasmado é viver entusiasticamente”
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Opinião Por: Wagner Parronchi, colunista wagnerparronchi@hotmail.com
Eleições Municipais 2020 Estamos às portas das eleições municipais e peço licença para conversar um pouco com você, querido leitor e eleitor, tentando contribuir um pouco para a escolha do seu candidato
A
ntemão, quero dizer que não serei candidato. Nem
“Arrancar um elogio dessa pessoa, é missão quase impossível”.
por isso não me preocupo com a nossa cidade.
Prefira o candidato que não faz isso. Aquele que pensa positivo.
Também não estou aqui para revelar meu voto.
Que joga limpo. Que tem ideias e não reclamações desta gestão
Quero apenas compartilhar com você, leitor da
ou das anteriores, deste ou daquele candidato. Prefira o candidato
RE e, sobretudo, eleitor, a importância do seu voto
que verdadeiramente ame a sua cidade e de fato apresente
para nossa cidade, para o nosso futuro.
propostas para o bem dela.
Falo pela minha própria experiência, não existe escolha certa
Não vote no candidato que só sabe atacar o seu oponente.
ou errada, isso nós só conseguiremos saber depois das eleições,
Desconfie dessa pessoa, pois quem assim age certamente não
com o trabalho desenvolvido no cargo que vier o candidato eleito
tem suas próprias propostas.
a ocupar.
Pense: o tempo de campanha é muito curto para mostrar tudo
“Porém, alguns sinais durante a campanha eleitoral são
o que é necessário fazer e se o candidato desperdiça seu tempo
facilmente emitidos pelo candidato que não merece o seu
somente atacando o oponente, significa que não tem nada a
voto”.
oferecer.
O sinal mais contundente é o que chamo de “pessoa negativa”. Encontramos essas pessoas em todos os convívios sociais. Na família, no clube, no trabalho, na escola, na sua vizinhança e, porque não dizer, entre os candidatos durante as eleições. São pessoas para as quais nada, absolutamente nada do que se fez é elogiável. Para ela “nada está bom”. Enxerga somente os defeitos nas coisas, nas pessoas e em tudo que se fez pelo bem comum. É aquela pessoa que somente sabe expor o lado negativo. Tudo o que o outro fez ou faz não presta. Aliás, essas pessoas costumam dizer que o outro não presta, sem nem mesmo conhecê-lo.
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Observe com atenção cada proposta apresentada pelos candidatos. Pesquise o candidato. Qualifique o seu voto. As eleições municipais são oportunidade única para melhorarmos nossas vidas e das próximas gerações de jauenses, e devem ser encaradas com a mais absoluta seriedade.
“Observe com atenção cada proposta apresentada pelos candidatos. Pesquise o candidato. Qualifique o seu voto”
Medicina e Saúde Por: Dra Mariah Guieiro Alves dos Reis Ferraz de Almeida Prado Medicina e Residência Médica em Otorrinolaringologia pela Faculdade Estadual de Medicina de Marília-FAMEMA Especialização/Fellowship em Rinologia Avançada, Endoscopia Endonasal e de Base de Crânio pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP Título de Especialista em Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial pela Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial - ABORLCCF Membro da European Rhinologic Society-ERS e ABORL-CCF
Não sinto os cheiros, e agora? Você deixou de sentir o cheiro do seu cafezinho? Já não sente mais o seu perfume preferido?
S
e a sua resposta foi sim...Muita calma! Nos tempos
estão entre as teorias emergentes no estudo da fisiopatologia,
de pandemia por COVID-19 estes questionamentos
sendo necessários mais estudos para comprovação das mesmas.
ficaram ainda mais frequentes e embora ainda haja
No entanto, sabe-se que na infecção por COVID-19 a disfunção
muito o que ser estudado e elucidado a respeito
olfatória ocorreria normalmente na ausência de sintomas nasais,
da infecção pelo SARS - COVID 2, devemos
os quais usualmente são evidenciados em diversas patologias
ficar atentos para um dos sintomas que pode
otorrinolaringológicas.
acompanhar a doença: a anosmia - ou perda do olfato.
Por exemplo, na Rinossinusite - uma doença multifatorial
Estudos recentes de alcance internacional chamam a atenção
com sintomas de via aérea superior – notam-se como queixas
para o fato de que muitos dos pacientes com COVID-19 podem
frequentes associadas ao bloqueio/congestão nasal e/ou rinorréia
apresentar a perda do olfato, sendo esta geralmente intensa e
(escorrimento nasal) as alterações olfatórias e de paladar. Ainda,
súbita. Alterações do paladar também são descritas.
síndromes genéticas, alterações estruturais do organismo,
O olfato é um dos sentidos primários mais diretos e essencial
patologias congênitas ou adquiridas e até mesmo doenças
na interação dos seres humanos com o meio externo. Desde o
neurológicas podem cursar com quadros de anosmia. Nesse
nascimento, o sentido olfatório está presente e as sensações
sentido, o importante é termos em mente a importância de um
olfativas acumuladas durante a vida, armazenadas na memória,
diagnóstico correto e precoce para cada patologia, para então
podem auxiliar na expressão de nossos sentimentos diante da
instituirmos o tratamento e acompanhamento adequados.
interpretação dos odores assimilados diariamente.
No caso da anosmia, chamamos a atenção para o fato de que os
O SARS-COV 2 infecta a mucosa nasal se ligando a um receptor
Otorrinolaringologistas são os profissionais mais indicados para o
conhecido como ACE2, presente em diversas áreas do corpo,
diagnóstico e tratamento precoce associados ao sintoma. Por isso,
sobretudo na mucosa nasal e pulmonar. A ação direta ou indireta do
se a perda do olfato é um problema para você ou algum familiar, não
vírus sobre o epitélio olfatório e/ou sobre o Sistema Nervoso Central
deixe de nos consultar.
Revista Energia 21
Capa
A tradição
que você ama, com
muita segurança! A pandemia do coronavírus acarretou uma série de mudanças e adaptações em todos os setores da economia, especialmente no ramo da alimentação
Texto Heloiza Helena C Zanzotti
24 Revista Energia
Revista Energia 25
O
cliente que frequentava restaurantes mudou.
em Jaú. O estabelecimento sempre atraiu moradores de Jaú, da
Como no mundo todo, novos hábitos passaram
região e até de outros estados, que fazem questão de saborear a
a fazer parte do cotidiano das pessoas. Diante
tradicional comida caseira, com o sabor inconfundível que nos re-
de um novo cenário, oferecer aos clientes a se-
mete à infância. Com uma estrutura ampla e localização privilegia-
gurança necessária é o primeiro passo para a
da, ambiente espaçoso e climatizado, antes da pandemia a casa
retomada de qualquer negócio, principalmente
sempre esteve lotada, mesmo em dias de semana.
daqueles que trabalham com alimentação.
Alguns detalhes explicam a preferência dos clientes como o cui-
Em um momento em que as preocupações tomaram conta da
dado na escolha dos ingredientes, a qualidade dos produtos e o
vida das pessoas de maneira mais intensa, além de cumprir todas
ponto forte da casa: leitoa e frango à passarinho, picanha na chapa
as normas pré-estabelecidas, os proprietários dos estabelecimentos precisam cuidar para que o cliente sinta-se seguro. ELES SENTEM FALTA O Sebrae traçou recentemente um novo perfil dos consumidores e apontou que mais da metade deles sente falta de interagir com as pessoas; de sair com a família e amigos para fazer refeições fora de casa; de comemorar datas importantes em bares ou restaurantes; de comer aquele prato que adora no seu estabelecimento favorito. Isso se explica pelo fato de que as pessoas não vão a restaurantes apenas para comer; vão para se desligar um pouco do trabalho, para encontrar outras pessoas, reunir a família, ou seja, vão para viver bons momentos. No entanto, todos consideram fundamental a adoção de novos
e tilápia frita, sempre acompanhados de arroz com bacon, feijão, salada e a irresistível polenta frita. Além destes, passou a fazer parte do cardápio um caprichado filé à parmegiana, que já caiu no gosto da clientela. Atualmente sob os cuidados de Luiz Diego Melo Miranda, Sidnei Miranda, Érika Patrícia de Melo Miranda, Laerte de Melo e Aparecida Donizete Bertolin de Melo, responsáveis pelo atendimento e cozinha, a unidade do Pouso Alegre de Baixo mantém a tradição que levou a casa a tornar-se referência em comida caseira. MIRANTE DO POUSO 2 Atendendo a inúmeros pedidos, em novembro de 2019 o Restaurante Mirante do Pouso abriu a sua segunda unidade, a unidade Jaú,
e rígidos hábitos de higiene, distanciamento entre mesas e outros
localizada na Avenida Dudu Ferraz 551, no Jardim São Francisco. À
cuidados. E os clientes estão cada vez mais atentos às regras de
frente da casa estão Douglas de Melo Miranda e Angélica de Fátima
higienização e segurança alimentar na hora de escolher onde comer.
Melo, que se empenham em manter o mesmo nível de qualidade da comida e o atendimento ímpar que cativam a clientela. Bom atendi-
MIRANTE DO POUSO
mento, qualidade e preços justos são os diferenciais do restaurante.
Inaugurado em maio de 2012, o Restaurante Mirante do Pouso tor-
Tanto cuidado e dedicação mantiveram o Mirante do Pouso entre
nou-se referência em comida caseira no bairro Pouso Alegre de Baixo,
os que mais fizeram entregas delivery em Jaú durante a pandemia,
no período em que estes estabelecimentos estiveram fechados para atendimento ao público. Também pelo drive-thru, muita gente não abriu mão da tradicional comida caipira. Sempre muito elogiadas pelo sabor e preparo caprichado, as marmitas do Mirante do Pouso passaram a fazer parte das refeições diárias de muitas famílias que continuaram a consumi-las mesmo após a reabertura dos restaurantes. Muitos clientes vão além, e afirmam que não pretendem deixar de pedir pelo delivery, pois compensa receber a refeição quentinha, pronta para consumo, preparada na hora e com esse sabor da verdadeira comida caseira. Para aqueles que estão voltando a frequentar a casa, uma boa pedida é o Happy Hour do Mirante, que oferece porções caprichadas e aquela deliciosa cerveja gelada. E para os amantes do futebol, a casa faz transmissões de jogos nacionais e internacionais. Melhor que ficar em casa, não é? SEGURANÇA É PRIORIDADE Estamos vivendo novos tempos, os procedimentos estão mais rigorosos em todos os locais, álcool em gel e máscara já se tornaram itens básicos do dia a dia. E acabou-se o tempo de restaurantes lotados. Para o pessoal do Mirante do Pouso, o importante agora é priorizar a segurança e a saúde dos seus clientes e colaboradores, para que se sintam seguros. Entrar hoje em um bar ou restaurante e desfrutar com os amigos ou com a família exige confiança. A pandemia trouxe mudanças que vieram para ficar e exigem treinamento e capacitação constantes de quem trabalha na área. Por isso, os proprietários se preocuparam em capacitar todas as pessoas envolvidas no processo da alimentação. Dos que trabalham na cozinha aos garçons. “Desde o início da pandemia, antes do decreto para fecharmos, já havíamos adotado medidas como a redução da capacidade de nossas unidades e disponibilização de álcool em gel”, explica Douglas. Agora, meses depois, os cuidados foram redobrados. Além das recomendações básicas como fornecimento de álcool em gel, limitação da ocupação do local, distanciamento entre mesas, ambiente ventilado e uso obrigatório de máscara, outras práticas trazem mais segurança aos frequentadores da casa, como a higienização de todos os equipamentos e alimentos; talheres, copos e pratos higienizados entregues individualmente; reforço na higiene durante os procedimentos internos; mesas limpas e desinfetadas, entre outros cuidados.
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PAIXÃO QUE ATRAVESSA GERAÇÕES Era uma vez uma família apaixonada por uma boa comida caseira... Um dia, decidiram abrir um restaurante para colocar em prática a paixão por cozinhar, por reunir pessoas que apreciam a boa culinária. Assim nasceu o Mirante do Pouso. A união de todos, o trabalho bem feito e muita dedicação fizeram da casa um dos melhores e mais procurados restaurantes da região de Jaú. Diz o ditado que família que trabalha unida permanece unida. Assim pensam os proprietários e colaboradores do restaurante, que dão um toque todo especial e marcam seu nome na gastronomia local. E a nova geração já está engajada nos trabalhos do Mirante, mostrando que o amor pela culinária passa de pais para filhos e é, sim, a receita do sucesso! SINTA-SE EM CASA O bem-estar propiciado pelo Mirante do Pouso com sua acolhida, atendimento ímpar e ambiente agradável, além da comida caprichada, faz com que o cliente esqueça de suas atribulações cotidianas durante as refeições. “Aqui o cliente é tratado como se fosse da família, nosso atendimento é bem personalizado, conhecemos até suas preferências”, afirma Sidnei. Oferecer um serviço de alto nível é prioridade para uma família que se une com o intuito de proporcionar aos clientes a melhor refeição fora de casa. “Não queremos que o cliente peça apenas uma vez, queremos que eles sejam assíduos!”, enfatiza Sidnei. “Nosso restaurante é um lugar muito seguro, nossos salões são enormes e todos os cuidados com higiene nós já somos acostumados a ter. E mesmo com a capacidade reduzida, ainda podemos receber muitos clientes na casa”, completa Douglas.
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Revista Energia 29
Por Evelin Sanches Mestrado em Administração Pública e Governo MBA em Gestão Estratégica de Negócios
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Deficientes Auditivos ou de Fala: 0800 724 0525. Ouvidoria 0800 646 2519.
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# INSPIRE-SE Por Aline Emanuelle Perim Formada em Biomedicina Estética pela UNIARA, aprimoramento em análises clínicas pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, especialista em Biologia Molecular pelo Instituto Naoum, especialista em Biomedicina Estética pelo Nepuga, Estrategista de Emagrecimento - Licenciada pelo Método de Emagrecimento Afine-se aline_perim@hotmail.com
Resiliência para tempos difíceis Se a vida fosse feita só de momentos bons, será que tudo seria realmente melhor? Qual o valor que daríamos para nossas conquistas? Eu não sei você, mas eu conheço uma pessoa que pensa e consegue encarar a vida exatamente assim. Durante todo o tempo que o Renato (foto ao lado) passou na Revivali, ele nos fez lembrar que tempos difíceis são necessários para fortalecer nossa resiliência. Um objetivo não pode ser parado pelas dificuldades, mas sim fortalecido dentro do “seu eu” de que agora, mais do que nunca, você vai fazer acontecer. Mesmo durante a quarentena, o Re bateu sua meta no Afine-se, eliminando 16 kg. E você, qual seu objetivo? Questione-se sobre o que te impede de conquistar isso, HOJE. Nada pode te parar, a não ser você mesmo.
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Educação
Desafios e perspectivas da Educação em tempos de
pandemia
Como os educadores, pais e professores estão se adaptando à realidade desafiadora imposta pela crise epidemiológica? Texto Flavia Cardoso Foto: Arquivo pessoal 36 Revista Energia
Imagem: internet Revista Energia 37
O
momento é crucial para complexas reflexões, mas
zagem à distância e planejar constantemente as ações didáticas para
é incontestável que a maior imediação entre esco-
que a aprendizagem alcançasse todos os alunos. O estudo constante
la e família é necessária para sanar os conflitos e
dos professores e a necessidade de encarar a tecnologia como nova
integrar as responsabilidades.
aliada fizeram com que todos ampliassem seus momentos de estudo
Além da tarefa árdua de educar, a família
individual e enraizassem ainda mais seus conhecimentos”.
passou a ser atuante, também, no processo de
Para o professor de Física do Colégio São Lucas, Rafael Figueira,
escolarização das crianças e jovens. Por outro lado, para favorecer o
está sendo um período de muita aprendizagem e uma oportunidade
sucesso dos alunos no processo de aquisição do conhecimento, os
indubitável de conhecer novas ferramentas que podem auxiliar no en-
profissionais da educação precisaram se reinventar: além do conteúdo,
sino, de repensar a forma como os conteúdos devem ser trabalhados
tiveram que dominar as mais modernas ferramentas tecnológicas e es-
e quais devem ser priorizados pela sua importância em cada área do
tudar diariamente novas formas de abordagem, interação e avaliação.
conhecimento. “Depois de oito anos em sala de aula, vejo este cenário como um
REINVENÇÃO DA PRÁTICA DOCENTE
período de grande crescimento pessoal e profissional também. Um de
A RE conversou com a Coordenadora Pedagógica na Rede Escolar
meus grandes mestres, que hoje tenho o privilégio de ter como cole-
SESI – SP, Michelle Cristina Capeloci, educadora há 22 anos, que ates-
ga de trabalho em uma escola, costuma dizer que este processo de
ta essa reinvenção até mesmo nos momentos de formação continuada
mudança para o ensino remoto, de forma tão repentina, assemelha-se
com os professores, compreendendo que, além da reciclagem profis-
a precisar trocar o pneu de um carro com ele em movimento. Então,
sional, o emocional dos docentes é também um fator a ser estudado e
tivemos que nos reinventar, cada um em sua particularidade como
discutido. “Comprovei que temos professores brilhantes em comparti-
professor, além de nos unirmos, compartilhando os saberes sobre as
lhar e apoiar, em resgatar propostas e, principalmente, em inovar e criar
metodologias empregadas, as ferramentas computacionais utilizadas,
ideias para que as famílias entendam, nesse momento, que a escola
nos ajudando mutuamente para lidarmos com as novas demandas das
sempre será parceira na construção dos conhecimentos dos alunos
aulas e a superar algumas dificuldades impostas por este período”.
e, principalmente, no desenvolvimento da formação cidadã”, afirma. Quanto às dificuldades, Michelle acredita que a maior delas é a de
A IMPORTÂNCIA DA SOCIALIZAÇÃO NO DECURSO DE FORMAÇÃO
trabalhar remotamente, da própria casa, com poucos recursos, tendo
Apesar de identificar vários pontos positivos neste novo modelo de
que adaptar os espaços de convivência, divididos com outros mem-
Educação, é imprescindível refletir acerca da ausência do contato diário, da
bros da família. “Por essa razão foi preciso criar estratégias de aprendi-
convivência, da socialização entre todos os envolvidos no cotidiano escolar.
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e alunos por meio da tecnologia, principalmente na educação básica. Porém, os recursos utilizados, as novas metodologias implantadas e todo aprendizado que este período nos trouxe aumentaram o leque de ferramentas de ensino. Uma vez que este leque foi aberto, jamais voltará ao seu tamanho original. Imagino que os recursos utilizados neste período continuarão a ser usados nas aulas regulares como instrumentos auxiliares de ensino”. 15 DE OUTUBRO: DIA DOS PROFESSORES. “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção” (Paulo Freire). A missão de lecionar passou a ser ainda mais desafiadora, pois o processo de criação de possibilidades torna-se, a cada Para a professora de Educação Infantil, Débora Sousa Pessoa, pedagoga docente no Colégio Saint Exupéry há cinco anos, o maior desafio nas aulas remotas tem sido a distância dos alunos. “Todos os dias trocamos sorrisos, abraços e olhares que tornam a vida mais colorida. Aprendemos a sentir o olhar deles através da câmera, mas o toque faz falta no cotidiano”. A educadora ainda destaca o retorno às aulas presenciais, que terão um novo formato: “minha expectativa para o futuro consiste em receber os alunos de forma segura, tanto em questão de
dia, mais complexo e necessário. Sobre as expectativas para o futuro, o professor Rafael compartilha um desejo: “Diante dos desafios enfrentados por todos nós nesse período de pandemia, tenho a esperança de que, no futuro, possamos, efetivamente, desenvolver uma cultura em nosso país de valorização da educação e de buscar melhorar a qualidade de ensino como um todo”.
saúde física como saúde psicológica, ajudando-os a vencer as ansiedades desse novo período de vida que viveremos”.
FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS
Ainda sobre este aspecto, a RE ouviu o relato da professora Dra
Conceitualmente, a Educação é a extensão do processo de forma-
Renata de Oliveira Figueira, que leciona Matemática há sete anos no
ção de uma pessoa durante toda a vida; é a transferência de valores
Colégio São Lucas: “Um dos maiores desafios foi manter a interati-
morais e é de responsabilidade da família. Já o termo Escolarização é o
vidade com os alunos pelas telas frias dos computadores, tablets e
conjunto de conhecimentos adquiridos na escola, e o professor tem o
celulares. Não poder ver a reação espontânea deles ao aprenderem
papel de otimizar o aprendizado de tais conhecimentos. Contudo, nos
algo, ou quando estão com dúvidas no item explicado, faz muita falta
últimos anos, vimos a escola não apenas fazer parte da Educação, re-
neste período”.
forçando a educação parental, como também, algumas vezes, sendo o
Na opinião da educadora, nada substitui as aulas presenciais. “Talvez seja impossível recriar toda a proximidade entre professores
único cenário onde ela acontece. Isso porque, na ânsia de querer oferecer sempre o melhor aos filhos, os pais priorizam o trabalho e acabam se ausentando do processo diário de educar e formar. Segundo a professora de Educação Infantil, Juliana de Castro Colacite Quagliato, que também é mãe de quatro crianças e adolescentes, a pandemia nos ensinou a desacelerar, a perceber que o mais importante na vida são as relações. “Tenho em casa quatro crianças cheias de energia e curiosidades, que dividiam o tempo entre as atividades esportivas e escolares. De repente, tudo parou. Tivemos que aprender a preencher o tempo com atividades prazerosas e simplistas como, por exemplo, assistir a um filme em família”.
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A educadora relata que a maior tristeza é não poder responder aos filhos quando poderão retornar à escola, mas que, por outro lado, as aulas em casa possibilitaram conhecer melhor os filhos enquanto alunos. “Participar do processo de ensino aprendizagem não é tarefa fácil, mesmo sendo educadora, nem sempre as crianças estão dispostas
A coordenadora Michelle afirma que essa questão é bastante re-
a ficarem sentadas prestando atenção. Ouço pessoas dizerem que o
flexiva e de inúmeras opiniões, mas é fato que a família e a escola
ano escolar está perdido, mas não vejo desta forma, é gratificante ver
precisam efetivamente serem parceiras para que os alunos sintam-se
o desenvolvimento e a aprendizagem acontecendo e os conteúdos es-
seguros e motivados a aprender de uma forma diferente do já vivi-
colares sendo revistos”.
do. “Familiares não são professores, mas são um veículo de acesso
A RE conversou também com a educadora Josiane de Camargo
à comunicação para que a aprendizagem aconteça nesse momento,
Ferraz, Coordenadora da Unopar e Diretora do Colégio Saint Exupéry,
quando as telas dos computadores, tablets, celulares e folhas são o
sobre os desafios dos responsáveis em casa: “Tenho certeza que os
limite da escola nesse período de pandemia”.
vínculos familiares foram ainda mais fortalecidos, mesmo com toda dificuldade de acompanhar e estar perto. Os pais não são professo-
VESTÍGIOS DE EVOLUÇÃO
res, ouvi muito isso. E não são mesmo! Mas não podemos deixar de
Este ano tem se mostrado extremamente surpreendente e desafia-
evidenciar o quanto, não só nesse momento, o papel da família é fundamental e benéfico quando ela está entrelaçada e envolvida com a escola. Recordo que foi um “susto” nos depararmos diante de uma situação tão desafiadora e incerta. Hoje colhemos bons frutos de tudo isso. Lógico que são colheitas diferentes diante do que já estávamos habituados, mas não deixam de ser colheitas!” A professora Débora conta que sempre diz aos pais que não teria nenhum valor todo o investimento do colégio e as aulas serem dinâmicas se eles, os pais, não estivessem oferecendo o amparo do outro
dor. A chegada de um vírus de rápida contaminação nos direcionou para uma situação que nossa geração nunca tinha vivido, com a necessidade do isolamento. O educador Rafael diz que aprendeu muito com este período histórico, pois as demandas que surgiram nesse tempo – como a necessidade do distanciamento social, as incertezas em relação ao trabalho e a vida como um todo – possibilitaram que saíssemos de nosso lugar comum e repensássemos em nossa vida, na importância de nossas famílias, dos amigos, em nossa fé e assim pudéssemos crescer em virtudes e nos tornarmos pessoas melhores. A Diretora e Coordenadora Josiane tem expectativas de um futuro
lado da telinha. “É indiscutível como a relação entre família e escola se
repleto de aprendizagens: “Espero que tenhamos aprendido novos va-
fortaleceu! Sempre que possível agradeço os pais por nos receberem
lores e saiamos fortalecidos e certos de que nada é impossível quando
diariamente em sua casa com tanto carinho e responsabilidade pela
existe o querer e o fazer! Saber tirar de toda dificuldade o que de po-
educação”.
sitivo ela trouxe”.
Para a docente Renata, embora seja um período na educação de
Michelle compartilha do mesmo sentimento e ressalta: “Precisa-
difícil adaptação, tanto dos professores e escolas quanto dos alunos e
mos, efetivamente, uns dos outros para aprender, devemos compar-
pais, há uma mudança positiva nos vínculos familiares. “Recebi men-
tilhar ideias para que os valores sejam transmitidos e ensinados de
sagens de pais que se divertiram ao relembrar a fórmula de Bháskara
forma que nossos estudantes se tornem capazes de promover conhe-
ao ajudarem seus filhos com a compreensão das aulas. Agora a nossa
cimento para a cura do corpo e da mente, enfrentando novos e outros
sala de aula está aberta para toda a família”.
desafios que evidentemente surgirão”.
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Por Bárbara Milani
H
á quase seis décadas o SESI atua em Jaú. No início, a escola começou com o Centro de Atividades Domésticas e com a Unidade de Odontologia. Em seguida, o Centro Escolar foi estabelecido e as áreas tiveram vários locais de atendimento ao longo dos anos. Muita gente ainda recorda quando o SESI 026 funcionava no prédio da Igreja São Benedito! O Centro de Atividades Ruy Martins Altenfelder Silva, mais conhecido como SESI 026, começou suas atividades no atual endereço em 1992, e possui uma metodologia estruturada e baseada no sócio-interacionismo, onde os alunos são incentivados a construir seus conhecimentos com propriedade e autonomia. A Rede SESI-SP implementou projetos que engrandecem e estimulam os alunos a adquirirem novas habilidades e aprendizagens como, por exemplo, a disciplina de Programação e Robótica para todos os anos escolares, proporcionando maior interação com a tec-
nologia e o raciocínio lógico dos alunos. A robótica possibilita aos estudantes competirem em campeonatos estaduais, nacionais e mundiais, além de proporcionar novas experiências e o contato com línguas estrangeiras. Atualmente, o SESI 026 conta com 416 alunos matriculados no Ensino Fundamental l; 321 no Ensino Fundamental ll e 157 alunos no Ensino Médio, totalizando 894 alunos. A unidade tem laboratórios de química, física, informática e biblioteca. Na unidade escolar do SESI Jaú, os alunos contam ainda com atividades de contraturno vivenciadas no CAT, Centro de Atividades, que possibilitam o seu desenvolvimento global em modalidades esportivas e culturais, centralizando as áreas de Educação, Esporte, Cultura, Nutrição, Saúde e Segurança no Trabalho. A instituição oferece soluções para as indústrias de Jaú e de toda a região, prezando sempre pela qualidade de vida dos industriários e seus familiares.
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Você tem vontade de voltar à infância?
“Brincadeira de criança como é bom, como é bom. Guardo ainda na lembrança como é bom, como é bom” – Molejo Texto Bárbara Milani Foto: Arquivo pessoal 54 Revista Energia
Imagem: internet Revista Energia 55
V
ocê já reparou no seu filho brincando ou sentou-se no chão para brincar com ele? Antigamente, tínhamos o costume de nos divertirmos na rua com os amigos, brincar de pega-pega, esconde-esconde, polícia e ladrão, futebol de botão, etc. Mas, onde foi parar essa tradição? Com o avanço da tecnologia em nossas vidas, as crianças ficaram cada vez mais propensas a se desligarem das brincadeiras presenciais e irem para o mundo dos jogos virtuais. BRINCADEIRA DE CRIANÇA Os jogos em equipe são meios naturais que permitem à criança expressar-se, libertar os sentimentos e descontentamentos, e essas brincadeiras infantis são fundamentais na estruturação do indivíduo como na percepção motora, equilíbrio e orientação espacial. Segundo o psicólogo especializado em neuropsicologia, Adriano Aparecido do Carmo, 34, o excesso de contato com jogos e estímulos virtuais prejudica o processo do desenvolvimento psicomotor e social da criança. “Esses prejuízos tendem a ter início de manifestações mais evidentes no período escolar, quando a criança será exigida por terceiros e, rotineiramente, são eles que identificam esses déficits”, explica. Outra vantagem da brincadeira em grupo é favorecer alguns princípios básicos como o compartilhar, a cooperação, a liderança, a
competição e a obediência às regras, saber perder e saber ganhar.
Que ser humano estou preparando para o mundo? O psicólogo sugere que os pais façam essa pergunta para si mesmos: Que ser humano estou preparando para o mundo? “São nas relações que o homem se constrói, aprende a ser resiliente e a desenvolver empatia, a ser mais humano”. EDUCAÇÃO A palavra “educação” pode assumir diferentes significados, entre eles os valores determinados em gerações familiares. O processo educativo também é compreendido como o desenvolvimento inte-
lectual, físico ou moral dos indivíduos na sociedade. Algumas pessoas entendem que toda atuação familiar é educativa porque os pais são importantes na educação dos filhos, sendo responsáveis por legitimar ou rechaçar conhecimentos e valores. De acordo com Adriano, o comportamento dos pais ou cuidadores são essenciais para a educação e instrução dos filhos. “Hoje uma criança de 2 anos já tem um smartphone acoplado ao berço. A falta de tempo desses pais faz com que eles busquem recursos que interajam/distraiam a criança”, detalha. Os pais só não percebem os prejuízos que vão aparecer a longo prazo: o excesso de estímulo na primeira infância (de 0 a 6 anos) determinam o futuro comportamental da criança. “Em desenvolvimento, o cérebro cria uma rede de conexões neuronais que irão condicioná-lo cada vez mais a querer ser suprido por estímulos luminosos, deixando de lado as brincadeiras motoras com outras crianças que passam a ser estressantes e sem graça”, explica A QUESTÃO DA SEGURANÇA A globalização trouxe grande facilidade para adquirir produtos eletrônicos e atualmente o mercado oferece esses equipamentos para todas as classes sociais. O aumento no índice da violência também ajuda na busca pelos eletrônicos. “Os pais não se sentem seguros em permitir que seus filhos saiam às ruas para brincarem com outras crianças como antigamente. Por causa dessa falta de segurança, buscam recursos eletrônicos que mantenham seus filhos entretidos dentro de casa”, afirma o psicólogo. Os pais justificam que hoje as ruas são perigosas, mas também não encontram tempo para levar as crianças a parques, praças, quadras e áre-
as verdes, principalmente porque terão que supervisioná-las o tempo todo. BRINCADEIRA RAIZ
A esteticista Auri Cerqueira dos Santos, 39, e o bancário Marcelo Ricardo dos Santos, 47, são pais de dois meninos: Theo, de 9 anos, e Thales, de 4 anos. Apesar da diferença de idade entre os filhos, eles preferem optar por brincadeiras “às antigas”. “Quando apresentamos as brincadeiras para eles é algo mágico, porque eles brincam e adoram. Eles até preferem a tecnologia, mas temos
o hábito de ensinar brincadeiras antigas”, explicam. Os pais concordam que a internet deve ser usada para acrescentar, mas a socialização sempre vai ser necessária e é um diferencial para o futuro das crianças. OS IRMÃOS
Com 5 anos de diferença, os irmãos Theo Cerqueira Zafra e Thales Cerqueira dos Santos sempre brincam juntos com o pai Marcelo. O mais velho gosta muito de jogos virtuais, mas não dispensa brincadeiras como futebol, pega-pega e esconde-esconde. “Gosto de todas as brincadeiras e jogos virtuais como Fifa, PES e Minecraft, que é um jogo de sobrevivência. A única brincadeira que eu não conheço é gato mia, porque nunca brinquei”, confessa Theo. Thales, o irmão mais novo, ainda está na pré-escola e em plena fase de aprendizado e desenvolvimento. Ele gosta de brincar na piscina e com bexiga cheia d’água. “Gosto muito de brincar no parque da escola, mas também gosto de jogar Sonic porque é divertido”. Das brincadeiras tradicionais, o garoto gosta de polícia e ladrão, e de soltar pipa.
“Éramos felizes e não sabíamos” AMIGOS DA FAMÍLIA
A aposentada Irene Marmol Navarro, 67, que também foi recreadora de creche por 21 anos, sente muita saudade de quando era criança. “Tudo era bom na minha infância, éramos felizes e não sabíamos”, relembra. Naquela época era comum os vizinhos frequentarem as casa uns dos outros, e como não tinha televisão, os amigos brincavam na rua. “Jogávamos leska, futebol, pião, bolinha de gude, etc. Sempre na frente de casa, nunca íamos longe. Os pais sempre estavam nos supervisionando”. Foi-se o tempo em que as crianças faziam as tarefas da escola e iam brincar na rua até a mãe gritar de dentro de casa chamando para tomar banho e jantar. “Nós nos considerávamos parentes de tanto que ficávamos juntos. Tenho muita saudade e boas lembranças dessa época”, finaliza Irene.
MUNDO TECNOLÓGICO
No mundo contemporâneo, arrumar tempo para possibilitar experiências coletivas é um grande desafio e é notável que o acesso das crianças à tecnologia vem ocorrendo cada vez mais cedo. É claro que existe o lado positivo das tecnologias que estão em avanço o tempo todo, mas os aparelhos também trazem muitos malefícios que vão afetar a mentalidade e o estado emocional, além de problemas que refletem no físico como insônia, irritação, isolamento, agressividade, problemas de memória, de aprendizagem, visão, postura, etc. Segundo o psicólogo Adriano, devemos sempre acreditar no melhor porque todos somos, de alguma maneira, responsáveis pelo processo de desenvolvimento de uma criança. “A escola com o processo de escolarização, os pais com a educação e a sociedade em contribuir com meios que ajudam nas relações”, relata. As brincadeiras de rua podem conviver perfeitamente com os jogos eletrônicos. A dona Irene tem pena da nova geração. “Eles não conhecem nada das verdadeiras brincadeiras de criança. A internet é uma ótima oportunidade para melhorias, mas muitos ficam limitados a isso. Os pais precisam estar atentos aos conteúdos que os filhos acessam”. VAMOS VOLTAR À INFÂNCIA?
Para a maioria dos especialistas em educação infantil, é importante manter vivas as brincadeiras tradicionais, e não devemos deixar que elas se percam em meio a clicks, curtidas, posts na internet e em jogos que simulam a vida real. E você, leitor, depois de ler sobre brincadeiras antigas, sentiu saudade? O que acha de juntar-se com seu filho ou sobrinho e brincar com ele? Ensine como brincar de polícia e ladrão, pega-pega, esconde-esconde, futebol de botão, amarelinha, passa anel... Aposto que alguns de vocês têm bolinhas de gude guardadas. Pegue-as e mostre às crianças da sua família. Passe para a sua futura geração aquilo que seus pais e avós ensinaram. Esse é o seu desafio agora: volte à infância e relembre bons momentos ao lado das crianças que promoverão mudanças no mundo!
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Boa
Por João Baptista Andrade Diretor da Mentor Marketing e AMA Brasil
Comida e Café Se o preclaro leitor ou leitora pensou que o nosso mui tradicional cafezinho pós-refeição seria o tema da coluna, enganou-se na mesma medida que a Rússia ao vender o território do Alaska em 1867 por 7,2 milhões de dólares porque acreditava que aquilo “não valia nada”
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laro está que o nosso país é mais que devoto do fruto da rubiácea. Isso não se discute nem em mesa de boteco, naquelas horas em que o chope domina o cérebro do grupo e simplesmente não existe mais assunto para discussão. É preciso explicar aos abstêmios que a roda do boteco não é uma irmandade, é uma confraria de debatedores (por vezes, gladiadores). Aliás, vale lembrar nesses tempos de tão maus às coisas públicas (res publica, em latim), que um dos símbolos nacionais é um ramo de café. Quem não acreditar que vá verificar as Armas Nacionais ou Brasão Nacional. Ao redor do planeta existem muitas culturas distintas e interessantes. Cada uma delas tem lá a sua graça no que se refere à bebida social preferida. Refiro-me às beberagens não alcoólicas, pois do contrário isso não seria uma coluna, mas sim algo entre compêndio e enciclopédia. Vamos descartar, por uma questão de espaço e concisão, as culturas que bebem derivados de leite. Isso elimina uma parte considerável (e exótica para a maioria de nós) do planeta. O foco aqui é a mistura de produtos vegetais e água quente. Pensando dessa maneira absurdamente tacanha (lembremse que eu envelheço, mas continuo caipira) existem dois grandes agrupamentos mundiais: os adoradores do chá e os do café. Os povos que preferem o chá como bebida social são muitos: da Ásia à África, do Rio Grande do Sul ao cerrado brasileiro. As infusões podem conter diferentes formas de folhas, o que permite uma grande variedade de sabores. Eu até tomo chá, mas gosto mesmo é de café. Forte, escuro, não queimado e aromático. Dizem que o café tira o sono, que deixa o fulano amalucado (acho que tem uns chás por aí que dão esse barato), mas não para mim. Sou capaz de tomar dois ou três espressos curtos depois do jantar e ainda assim dormir feito um bebê de colo, feliz e sorridente. Entretanto, eu quero falar hoje sobre o café como ingrediente, como parte daquilo que a gente come. Posso quase apostar que alguns pensaram naquilo que é mais evidente: tiramisu ou calda de chocolate amargo para os profiteroles e assim por diante. Mas eu quero falar de uma combinação absurda, surgida num lugar improvável. Existem comidas que são inerentemente sofisticadas, pois não? Escargots, trufas e lagostas são exemplos emblemáticos. Reza a lenda que Gilberto Smith Duquesne, o autodeclarado maior especialista em lagostas do mundo, estava preparando um jantar na embaixada de Cuba em Paris quando, sem mais aviso, um bule de café caiu sobre as lagostas cozidas e prestes a serem servidas. Catástrofe das catástrofes. Aquela carne fibrosa, mas inacreditavelmente branca estava mais escura que uma galinha d’angola. Não havia como remediar o acontecido. Enquanto todos pensavam no fiasco eminente, Gilberto fez o mais improvável. Criou uma nova receita em minutos para servir ao embaixador e seus convidados: lagosta ao café. Quer saber se deu certo? Todos amaram. Mas qual a razão dessa arenga toda? Simples. Tenho meia dúzia de caudas de lagostas prontas e esperando o clássico molho de manteiga com ervas e purê de maçã. Na mão uma xícara cheia de café e uma vontade amalucada de ver o que acontecerá depois... Se eu não for linchado (já viu quanto anda custando um quilo de lagostas ultimamente?), escrevo mais uma vez. Até a próxima (ou não). Revista Energia 65
Última página Por Luisa Caleffi Pereira Jornalista formada pela Universidade Federal de Uberlândia
“De máscara”, o Máskara
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Esse não é um texto sobre a pandemia...
ampouco sobre os poderes da máscara de um antigo deus e de como seria, atualmente, O Máskara da vida real. Pelo menos não necessariamente. No filme, a vida do pacato Stanley Ipkiss, interpretado por Jim Carrey, se transforma quando ele encontra a máscara de Loki, deus nórdico. Ao experimentar a máscara, Stanley assume uma nova personalidade - um ser com o rosto verde que possui a coragem para fazer as coisas mais arriscadas e divertidas que Stanley sempre quis, e assim ele se torna o inconfundível Máskara! A máscara que dava força e confiança para o personagem, hoje é sinônimo de medo, insegurança, proteção, incerteza. De hoje, e do amanhã. O Máskara fazia sorrir. A máscara esconde o riso. Já falei em outras oportunidades sobre ressignificar aquilo que já carrega um conceito próprio e dar um novo significado às palavras, fazê-las derramarem suas intenções. Naquela ocasião, usei o exemplo de algumas palavras compostas, especifica-
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mente por justaposição, e hoje o exemplo vem das homônimas. Lembram dessas regras da língua portuguesa? Pois é, eu disse que esse texto não era necessariamente sobre a pandemia. A não ser que você seja professor de língua portuguesa ou tenha uma memória extraordinária para lembrar o que é justaposição, esse texto também não faz parte de um manual da língua portuguesa. E eu não sei bem dizer exatamente sobre o que é. Nem sobre o que estamos vivendo. O que sei é que cada vez mais é inevitável ressignificar as palavras, hábitos, pensamentos e rotina. Para (sobre)viver é essencial que “Ter o significado de” não seja único e absoluto, mas maleável, que se adapte facilmente ao que é diferente. Não é fácil como nos filmes, mas é necessário aqui e agora, para que as próximas cenas sejam tão “cartunescas” quanto nas histórias em quadrinhos que deram vida a tantos personagens. O Máskara ficou para a história; agora é hora de nós construirmos História usando máscara.
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Seu shopping on-line do futuro
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