Edição 32

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Opinião

Convidado internacional

O que podemos aprender com o desastre no Japão?

O projeto Encontros de dança volta ao Tuca, com Yoshikuni Igarashi (Nashville) realizando a palestra Corpos da Memória, e lançamento de livro, além de intervenção de Letícia Sekito (foto). A atividade acontece em auditório do Tuca. |pág. 8

O desastre que atingiu o Japão no dia 11/3 entrou para a história como a maior série de desastres naturais e tecnológicos sofrida por um país numa única ocasião. É possível aprender algo com essa tragédia – principalmente nós, do Brasil, que estamos em fase de preparação de

Gil Grossi

Encontros de dança

dois eventos de imenso porte mundial (Copa do Mundo e Olimpíadas)? Para analisar essa situação, PUC em Notícias apresenta o artigo de Ricardo Giovenardi (colaborador do PUC Inovação na área de Estratégia e Inteligência para Grandes Eventos). |pág. 7

www.pucsp.br Ano 3 • Número 32 2ª quinzena abril - 2011

Jornal quinzenal da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Orgulho de ser PUC

Tuca

Ex-aluna é premiada com projeto sobre gastronomia e solidariedade Sandra Simões se formou na PUC-SP em Psicologia, na turma de 1987

Cipas

Sandra Simões, entre duas alunas do Gastronomia Solidária

Cogeae

Divulgação

Despertar nas pessoas o desejo de melhorar de vida, tendo o alimento como caminho para a inserção no mercado de trabalho. Com esse objetivo, a psicóloga Sandra Simões, ex-aluna da PUC-SP, criou o projeto Gastronomia Solidária. Três anos depois, acaba de receber o prêmio do Gourmand World Cookbooks Awards 2010, com livro homônimo ao projeto, na categoria fundraising (captação de recursos). Sandra conta sua experiência em entrevista para esta edição do PUC em Notícias. |pág. 2

Priscila Lacerda/DCI

Priscila Lacerda

Doutores da Alegria iniciam Roda Artística 2011 |pág. 8

Inauguração

Os funcionários interessados em participar da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), nos campi Perdizes, Consolação, na Divisão de Educação e Reabilitação dos Distúrbios da Comunicação (Derdic) e na Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão (Cogeae), podem se inscrever até o dia 6/5. O mandato tem duração de um ano, e os membros da Comissão devem atuar na prevenção de acidentes e doenças decorrentes do desempenho das funções, de modo a tornar permanentemente compatível o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. Saiba mais em www.pucsp.br/cipa.

O MBA Atlântico, parceria da PUC-SP com as Universidades Católicas de Angola e Porto (Portugal), acaba de formar sua primeira turma. A formatura dos 22 alunos se realizou na cidade do Porto, em 8/4, com a presença do professor Antonio Vico Mañas, vice-reitor da PUC-SP. O curso proporciona mobilidade entre os três países, tanto para professores quanto para alunos, e tem como objetivo formar gestores e líderes para as empresas com interesses nos países de expressão portuguesa. As inscrições para a segunda turma estão abertas, e o curso tem início em 2/5. |pág. 5

Bete Andrade/DCI

MBA Atlântico Novo auditório homenageia docente do Direito Eleição para No último dia 1º/4, a PUC-SP inaunovos membros forma turma gurou mais um auditório, na sala

Momento em que a placa de homenagem foi descerrada

100-A, campus Perdizes. O novo espaço leva o nome do prof. titular Marco Antônio Marques da Silva (vice-coordenador do Pós em Direito): “Trata-se de um homem que, de origem modesta, construiu sua vida, cresceu, se fez, entrou no Tribunal de Justiça (TJ). Professor e desembargador, está sempre pronto para tudo. E querido, caso contrário, não teríamos aqui hoje esta audiência”, discursou o reitor Dirceu de Mello, referindo-se à grande quantidade de pessoas que compareceu à homenagem ao docente. Laércio Albino Cezar, vice-presidente do Banco Bradesco (que cedeu os recursos para a montagem do auditório), também esteve na cerimônia. |pág. 4


Alfabetização De 23 a 25/5, acontece no Tuca o Seminário Internacional de Alfabetização na Perspectiva da Psicologia Cognitiva da Leitura. Acesse www.alfabetizacao2011.com.br. www.pucsp.br

02 Comunidade

Nesta edição, a repórter Priscila Lacerda entrevistou uma ex-aluna de Psicologia, formada em 1987, e se encantou com o trabalho de solidariedade que ela realiza bem perto do campus Perdizes. Sandra Simões descobriu no alimento a possibilidade de ajudar pessoas a entrarem no mercado de trabalho. Há três anos, criou o projeto Gastronomia Solidária. Agora, acaba de ser premiada com livro homônimo ao projeto, no Gourmand World Cookbooks Awards 2010, categoria fundraising. “Eu queria mais do que distribuir alimento, queria despertar nas pessoas o desejo de conhecimento e oferecer treinamento, capacitação para que pudessem se inserir no mercado de trabalho e na sociedade”, diz a psicóloga. Nosso convite é para que você conheça a história de Sandra e das pessoas que ela ajuda. Mas também para que nos ajude a revelar novas histórias, escrevendo para a redação (imprensa@pucsp.br), dando dicas de “por onde andam nossos ex-alunos”. Boa leitura!

2ª quinzena de abril - 2011 Grão-Chanceler: Dom Odilo Pedro Scherer Reitor: Dirceu de Mello Vice-reitor: Antonio Vico Mañas Pró-Reitores: André Ramos Tavares (Pós-Graduação) Haydee Roveratti (Educação Continuada) Hélio Roberto Deliberador (Cultura e Relações Comunitárias) José Heleno Mariano (Planejamento, Desenvolvimento e Gestão) Marina Graziela Feldmann (Graduação) Chefe de Gabinete: Claudio José Langroiva Pereira Diretora da Divisão de Comunicação Institucional: Eveline Denardi (MTb 27.655) Editora: Thaís Polato (MTb 30.176) Reportagem: Bete Andrade Eveline Denardi Priscila Lacerda Thaís Polato Thiago Pacheco Assistente-administrativa: Vera Lucas Projeto Gráfico e Editoração: Núcleo de Mídias Digitais Impressão: Artgraph Tiragem: 2 mil exemplares Redação: Rua Monte Alegre, 984, sala T-34 Perdizes, São Paulo, SP CEP 05014-901 Tel.: (11) 3670-8196 E-mail: comunicacao@pucsp.br

Eleição renova chefias acadêmicas Site www.pucsp.br/eleicao concentrará todas as informações sobre o pleito Thiago Pacheco A publicação das normas que disciplinam o processo eleitoral (Ato do Reitor 13/2011) marca o início da renovação de cargos acadêmico-administrativos e de representação docente nos órgãos de deliberação e consulta da PUC-SP. As Eleições 2011 apontarão os novos chefes e suplentes de Departamentos; coordenadores e vice-coordenadores de cursos de graduação e de programas de pós-graduação; e representantes docentes de cada Faculdade nos Conselhos de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (Conplad) e de Cultura e Relações Comunitárias (Ceccom). Todas as informações sobre o processo eleitoral estão disponíveis no site Quem pode se candidatar ▪ Para chefe de Departamento e suplente, podem ser candidatos os professores integrantes do Departamento, pertencentes ao quadro de carreira e no exercício do magistério. ▪ Para coordenador e vice de cursos de graduação, podem se candidatar os professores dos Departamentos aos quais o curso esteja vinculado, desde que pertencentes ao quadro de carreira e no exercício do magistério. ▪ Para coordenador e vice de programas de pósgraduação, podem ser candidatos os professores doutores credenciados e em efetiva atividade no programa, com no mínimo dois anos em exercício no quadro de carreira do magistério. ▪ Para representantes docentes e suplentes nos colegiados, podem ser candidatos os professores do quadro de carreira do magistério.

www.pucsp.br/eleicao. “O objetivo é que o endereço seja um espaço de serviço. Vamos utilizá-lo para informar toda a comunidade sobre o pleito (candidatos, datas e locais de votação, normas eleitorais). Mas queremos também facilitar o acesso das Comissões Setoriais Eleitorais (CSEs) aos documentos do processo eleitoral, como os formulários para inscrição de chapas, de mesários, fiscais, apuração e outros”, afirma o professor Hélio Deliberador, pró-reitor de Cultura e Relações Comunitárias, responsável pelo processo eleitoral. “O site, enfim, deve servir para mobilizar a comunidade em relação às eleições. A renovação da Universidade e o planejamento de seu futuro só poderão ser feitos com a participação democrática de professores, alunos e funcionários”, complementa. Quem pode votar Todo professor e funcionário que estiverem no efetivo exercício de suas funções no ano letivo corrente, e mantenham vínculo empregatício com a Fundação São Paulo; e todo aluno regularmente matriculado nos cursos de graduação e nos programas de pós-graduação stricto sensu. ▪ Elegem os chefes e suplentes de Departamento os professores do respectivo Departamento. ▪ Os coordenadores e vices de curso de graduação podem ser eleitos pelos professores que exerçam atividades naquele curso, no ano de 2011, e pelos alunos matriculados no curso no mesmo ano. ▪ Os coordenadores e vices de curso de programas de pós-graduação podem ser eleitos pelos docentes credenciados no programa no ano letivo de 2011, e os alunos regularmente matriculados no programa no mesmo ano.

Votação ocorre dias 14 e 15/6 INSCRIÇÕES – As inscrições estarão abertas nos dias 24 e 25/5, em datas e locais a serem estabelecidos pelas CSEs de cada uma das nove Faculdades. A lista dos candidatos será publicada em 30/5, e a campanha segue até 10/6; a votação acontece dias 14 e 15/6 e a apuração se inicia logo após o fechamento das urnas. A posse dos eleitos será em agosto. ▪ Para representantes docentes e suplentes nos órgãos colegiados, são eleitores os professores vinculados às Faculdades que exerçam atividades no ano letivo de 2011. O Ato 13/11, que rege as Eleições 2011, define alguns casos especiais entre os eleitores. Os professores que lecionam em mais de uma graduação poderão votar nos coordenadores dos cursos em que dão aulas. Entre os alunos, os matriculados em mais de um curso poderão votar para a Coordenação de curso em todas as unidades em que estiverem matriculados. E finalmente, caso o eleitor seja de mais de um segmento da Universidade, será incluído segundo a seguinte ordem: professor, aluno. As listas de eleitores, preparadas pela Secretaria de Administração Escolar (SAE, no caso de alunos) e pela Divisão de Recursos Humanos (DRH, no caso dos docentes), serão publicadas antes do pleito no site www.pucsp.br/eleicao.

As Eleições 2011 são organizadas por uma Comissão Central Eleitoral (CCE), composta de docentes, funcionários e alunos. Integram a CCE as professoras Ana Zilocchi (presidente) e Sandra Muradi e o professor Marcelo Gomes Sodré; as funcionárias Cristiane Souza e Regina Oliveira; e os alunos Gilvan Batista do Nascimento Jr. e Alessandra I. B. de Almeida.

Nota Páscoa A Pró-Reitoria de Cultura e Relações Comunitárias e a Pastoral Universitária, com apoio da Divisão de Recursos Humanos (DRH), promovem missa de celebração de Páscoa, dia 27/4, às 12h, na capela do campus Perdizes. No campus Sorocaba, o Grupo de Trabalho de Humanização (GTH) do Hospital Santa Lucinda (HSL) realizou em 20/4 um dia especial para celebrar a Páscoa. Houve entrega de brindes especiais para pacientes e acompanhantes e apresentação do Coral Saúde, formado por docentes, alunos e funcionários.

Mildredy Ventorin

Desde o ano passado, temos colocado em pauta, no jornal PUC em Notícias, matérias que revelem por onde andam e o que fazem nossos ex-alunos. O objetivo é mostrar como a PUC-SP marcou suas vidas e de que forma estas pessoas levam para frente o que viveram por aqui.

Thiago Pacheco/DCI

Editorial


Estágios A Coordenadoria Geral de Estágios (CGE) está com inscrições abertas até 29/4 para alunos das Engenharias Elétrica, Biomédica e de Produção. Inf.: 3670-8298. www.pucsp.br

03 Ex-aluna premiada

Psicóloga une gastronomia e solidariedade Projeto trabalha com moradores de rua e pessoas carentes, treinando e capacitando para inseri-los no mercado de trabalho ção e inclusão social surgiu freqüentando o sopão, todas as segundas-feiras. Para que o projeto tomasse corpo, mergulhei de cabeça na empreitada. Fui sozinha, de porta em porta, explicando a proposta a chefs de cozinha e reunindo os primeiros voluntários. Não foi fácil, mas provei não ser impossível.

Acervo Priscila pessoal Lacerda/DCI

PN – Que chefs de cozinha participaram do Gastronomia Solidária? Sandra – Alexandre De Divitis, Ana Luiza Trajano (Brasil a Gosto), Benê, Carlos Ribeiro (Na Cozinha), Dijanira Trindade (Arte em Bolos), Ida Maria Frank (Due Cuochi Cucina), Lúcia Velloso Verginelli (Luana Gastronomia), Lutti, Paulo Pereira (Di Cunto), Rodrigo Oliveira (Mocotó) e Sylvia Bergamo, entre outros.

Alunas preparam receitas de chefs parceiros do projeto Priscila Lacerda Despertar nas pessoas o desejo de melhorar de vida. Com esse pensamento, em abril de 2008, a psicóloga Sandra Simões, ex-aluna da PUC-SP (1987), se reuniu com o grupo da pastoral do sopão da Paróquia São Domingos (Perdizes), onde é voluntária, para tocar adiante o projeto Gastronomia Solidária. Três anos depois, ela acaba de receber o prêmio máximo do Gourmand World Cookbooks Awards 2010, com livro homônimo ao projeto, na categoria fundraising (captação de recursos). Prova real de que seu objetivo vem se realizando: trabalhar com moradores de rua e pessoas carentes, proporcionando treinamento e capacitação para inseri-los no mercado de trabalho e na sociedade, por meio da gastronomia. O caminho não foi fácil, mas os parceiros foram muitos, ressalta a psicóloga. Na entrevista a seguir, você vai conhecer melhor a história de amor e solidariedade que vem sendo construída com muitos sabores pela ex-aluna da PUC-SP: PUC em Notícias – Como surgiu a idéia do livro? Sandra Simões – Pela

vivência semanal com o público assistido pela pastoral do sopão da Paróquia São Domingos, onde trabalho até hoje como voluntária. Essa experiência me permitiu entender um pouco melhor a realidade dessas pessoas (moradores de rua, desempregados e pessoas de baixa renda). Me causou inquietude, pois percebi que o trabalho que vinha fazendo, ajudando no preparo do alimento, não era o suficiente para despertar nelas o desejo de melhorar de vida. Assim, o livro surgiu como algo de concreto, que pudéssemos apresentar e motivá-las a buscar treinamento e capacitação na área da gastronomia. PN – Quando decidiram escrever sobre a experiência? Sandra – A idéia surgiu, na verdade, antes mesmo de criarmos nossa sede. Naquele tempo, as oficinas aconteciam em um salão de eventos da paróquia. Foi nesse período que pensamos em lançar um livro contando um pouco da essência dessa iniciativa solidária. Queríamos também agregar à obra algumas receitas dos chefes de cozinha que participavam ativamente do Gastronomia Solidária na

época. A principal finalidade da primeira publicação foi criar algo de concreto que motivasse a todos. Depois de desenvolver toda a idéia do conteúdo, corri atrás de parceiros que apoiassem a publicação, além de firmar parceria com a Editora Texto & Design. O Colégio Pentágono (Perdizes) ajudou com uma cota de patrocínio e o restante saiu do meu próprio bolso.

PN – Qual o perfil dos alunos que participam do projeto? Sandra – Hoje trabalhamos com três diferentes perfis de público: jovens de periferia, pessoas desempregadas e de baixa renda, e moradores de rua. Temos alunos de ambos os sexos, a partir dos 14 anos de idade.

PN – Por que a escolha da gastronomia? Sandra – Convivendo com as pessoas que iam ao sopão entendi que o alimento tem uma força muito grande. Faz com que venham toda semana, de muito longe, em sua busca. Mas eu queria mais do que distribuir alimento, queria despertar o desejo do conhecimento e oferecer treinamento, capacitação para que pudessem se inserir no mercado de trabalho e na sociedade.

PN – O que você considera que esse trabalho tenha mudado na vida dessas pessoas? Sandra – Todos que passaram pela experiência do Gastronomia Solidária têm condições de ingressar no mercado de trabalho, não como chefs em uma primeira experiência, mas ocupando cargos secundários dentro de uma cozinha industrial. Algumas vezes, vale lembrar, não basta apenas oferecer o conhecimento prático de culinária, mas um acompanhamento psicossocial, para que realmente esse público seja re-inserido na sociedade levando suas relações profissionais e pessoais da melhor forma possível.

PN – Qual a sua familiaridade com a gastronomia? Sandra – Nenhuma. A idéia de usar o alimento como ferramenta de educa-

PN – Existem pessoas que foram capacitadas pelo projeto já trabalhando na área? Sandra – Sim, contamos

com resultados positivos com alguns de nossos treinandos. Alguns já trabalhavam em restaurantes e buscaram aqui um aperfeiçoamento. Após a experiência, passaram a ocupar cargos mais importantes na hierarquia gastronômica. Além disso, contamos com alguns parceiros que dão oportunidades aos nossos treinandos, pois conhecem e acreditam no nosso trabalho. Temos também casos de alunas que trabalham de forma autônoma, gerando um aumento em seu orçamento, atingindo assim um dos objetivos do projeto. PN – Em sua opinião, porque o livro levou o prêmio? Sandra – Dou crédito a todos os profissionais de altíssima qualidade que me ajudaram em todos os passos do livro. Desde as entrevistas, receitas cedidas, fotos, diagramação, publicação e divulgação. Agradeço a todos os chefs que contribuíram de forma solidária, ao Frei Betto (escritor e jornalista), agradeço as Editoras Texto & Design e Melhoramentos e, principalmente, aos nossos alunos que passaram por todas as etapas de conclusão das oficinas e tiveram a coragem de expor suas vidas a vocês leitores. Além disso, fomos inovadores no segmento. Nunca antes houve na categoria Responsabilidade Social um livro que agregasse receitas tipicamente brasileiras a historias de vida de chefs e alunos. PN – Como foi sua vivência na PUC-SP? Sandra – Tenho pela PUC-SP ótimas lembranças, não apenas pela vivência e experiência com o projeto Gastronomia Solidária, mas também pela intensa trajetória histórica, marcada pela presença firme e decisiva na defesa da democracia e dos direitos humanos. Desde que me formei, em 1987, busco uma atuação firme e decisiva em prol de uma sociedade mais humana e mais justa de oportunidades. PN – Em que sua profissão ajuda neste projeto? Sandra – Formada em Psicologia, agreguei conhecimentos e habilidades junto a valores familiares como:

amor, solidariedade, amizade, respeito e caráter. Dessa forma, já nos primeiros contatos com esse público me senti no dever de contribuir da forma mais construtiva possível para tirá-los das ruas. PN – De que maneira a Universidade apóia o projeto? Sandra – Iniciamos uma possibilidade de parceria no ano de 2009, por intermédio do PAC (Serviço de Atendimento Comunitário). Organizamos um evento na quadra da escola de samba Unidos do Peruche unindo os trabalhos do PAC junto a comunidade da Peruche e o projeto Gastronomia Solidária. Ficamos muito honrados também com as presenças fortes e marcantes do frei Carlinhos (aluno do Serviço Social), que eu entendo ter sido o fio condutor de todo processo, e da irmã Walkíria (Pastoral Universitária), responsável pela implantação do serviço social no projeto, além do apoio da Pró-Reitoria de Cultura e Relações Comunitárias. PN – Quais são os planos daqui para a frente? Sandra – Conseguir um fluxo de caixa maior, por meio de parcerias, podendo assim investir pesado na questão da infra-estrutura e divulgação, ampliando também o leque de cursos disponíveis. Um exemplo de que isso pode dar certo são as oficinas de música/canto que já estão sendo oferecidas pela maestrina Alais Dias, regente do coral do Colégio Pentágono. O livro Gastronomia Solidária (Ed. Melhoramentos) teve a participação de profissionais como o diretor de arte André Clemente; do fotógrafo Ricardo D’Angelo e do repórter Horst Kissmann, além da parceria da Vox Gráfica e Editora. A renda obtida com a comercialização do livro será integralmente revertida para a continuidade do projeto. Mais informações no Espaço Interativo Cidadão Já, que fica na Rua Dr. Homem de Mello, 574, Perdizes, (11) 2768-9245.


Direitos Humanos Estão abertas até 30/4, as inscrições para o Concurso Direitos Humanos no Brasil, promovido pela emissora alemã Deutsche Welle. Inf.: www.dw-world.de/concursogmfbrasil. www.pucsp.br

04 Homenagem

Universidade inaugura auditório no campus Perdizes Thiago Pacheco As homenagens ao professor Marco Antônio Marques da Silva (vice-coordenador do Pós em Direito) transbordaram do auditório que passou a levar seu nome, na manhã de 1º/4. A sala 100-A (campus Perdizes, 1º andar, prédio novo) ficou pequena para a enorme quantidade de autoridades, patrocinadores, alunos, ex-alunos, colegas desembargadores, amigos e familiares de Marques da Silva que compareceu à solenidade. “Na infinita cadeia de momentos com que nossa vida é cerzida, alguns há que têm características próprias. São aqueles momentos que generosamente caem sobre nós na forma de honrarias”, declarou o homenageado, que agradeceu: “É um ato profundamente generoso. E isso, como já disse, posso agradecer. É o que faço com o sentimento verdadeiro da humildade real, e não com aquela humildade que mais não é do que a falsa modéstia, a mais forte e desencarnada vaidade – de contido e silencioso agradecimento”. O reitor Dirceu de Mello justificou a homenagem: “Trata-se

de um homem que, de origem modesta, construiu sua vida, cresceu, se fez, entrou no Tribunal de Justiça (TJ). Professor e desembargador, está sempre pronto para tudo. E querido, caso contrário, não teríamos aqui hoje esta audiência”, discursou. Entre as autoridades, participaram da cerimônia Laércio Albino Cezar (vice-presidente do Banco Bradesco) e os desembargadores Ciro Pinheiro e Campos (presidente da Seção Criminal do TJ-SP, representando o presidente do Tribunal), Roberto Haddad (presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região), Nelson Nazar (presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região) e Walter de Almeida Guilherme (presidente do Tribunal Regional Eleitoral), além do deputado estadual Fernando Capez (PSDB) e dos professores Marcelo Sodré (diretor-adjunto da Faculdade de Direito, representando o diretor da Faculdade) e Paulo de Barros Carvalho (coordenador do Pós em Direito). O auditório foi montado com recursos do Banco Bradesco, e tanto o professor Marques da Silva quanto o reitor Dirceu agradeceram a parceria com o banco.

Ambos enumeraram outras ações do Bradesco de apoio à Universidade: reforma do Tuca, da quadra da Derdic, além de auditórios (o que se inaugurava e o “Dom Paulo Evaristo Arns”, inaugurado em março). O vice-presidente do banco, Laércio Albino Cezar, falou dos “laços de amizade” que tem em relação à PUC-SP, instituição “ativa e atenta à formação das pessoas, preparando-as para ocupar seu lugar na sociedade”. Ele também falou sobre ao homenageado, referindo-se aos “valores de cidadania” e ao “ideal de progresso de país” expressos em seu trabalho como professor, escritor e jurista. Em nome da Faculdade de Direito, o discurso foi feito pelo professor Ricardo Sayeg. Ele contou a trajetória de Marques da Silva: ingressou na PUC-SP aos 18 anos, “adesão ao Direito e à fé cristã”; formou-se em 1981, titulou-se em especialização, mestrado, doutorado e livredocência; admitido como professor em 1982, subiu até o cargo de titular; aprovado para a magistratura em 1983, no “primeiro concurso público a que se submeteu”; autor de 13 livros, incluindo

Bete Andrade / DCI

Sala faz homenagem ao professor titular Marco Antônio Marques da Silva (Faculdade de Direito)

Ao microfone, o professor homenageado no mais novo espaço da PUC-SP “o importante Tratado LusoBrasileiro da dignidade humana, ao lado do jurista português Jorge Miranda”, “imortal” da Associação Paulista de Direito, membro da Associação Paulista de Magistrados e da Associação Brasileira de Direito Criminal, fundador e secretário-executivo da Comunidade de Juristas de Língua Portuguesa (CJLP), professor-visitante da Faculdade de Direito da Uni-

versidade de Lisboa (“único brasileiro agraciado com o colar da instituição, em 100 anos”). Sayeg também falou da vida familiar, cumprimentando a esposa do homenageado Evani, suas filhas Natália e Amanda, e sua mãe, Celina. “Marco Antônio é um dos tesouros de nossa Faculdade de Direito. Aqui na PUC-SP, você também é um imortal”, concluiu. Ao final, Marques

da Silva recebeu uma placa comemorativa da Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão (Cogeae), concedida pelo coordenador da unidade, professor Luiz Guilherme Arcaro Conci (Fac. de Direito). E os abraços e beijos dos conhecidos que esperavam o final da cerimônia, dentro do auditório, na sala contígua e no corredor do 1º andar, para cumprimentá-lo.

▪ Sala dos Professores “Profa. Carisa Abud da Silva” ▪ Biblioteca “Prof. Fernando Furquim de Almeida”

trinni da Silva Coelho” ▪ Laboratório de Patologia “Prof. Walter Edgar Maffei” ▪ Anfiteatro “Prof. Hudson Hubner França” (4º andar) L ▪ aboratório de simulação e procedimentos de Medicina e Enfermagem “Profa. Maria das Graças Martins” ▪ Anfiteatro da Biblioteca “Prof. Gelson Kalil” ▪ Biblioteca “Prof. Luiz Ferraz de Sampaio Júnior”

Conheça todas as salas e auditórios que homenageiam personalidades da história da PUC-SP Algumas das pessoas que ajudaram a construir a PUC-SP em seus 65 anos foram homenageadas pela Universidade e dão seus nomes a salas, auditórios, edifícios, laboratórios e unidades. Conheça abaixo as homenagens*. Campus Perdizes ♦ Edifício “Cardeal Mota” (prédio velho) ▪ Sala “Prof. Joel Martins” (sala P-65, 1º andar, prédio velho) ▪ Sala “Marina Colombo de Bartolo” (sala P-68, 1º andar, prédio velho) ▪ Sala “Profa. Tereza Maria de Azevedo Pires Sério”, conhecida como Téia (sala T-41, térreo, prédio velho)

▪ Sala “Monsenhor Enzo Campos Guzzo” (Depto. Ciências da Religião, sala T-42, térreo, prédio velho) ▪ Sala “Profa. Silvia Lane” (sala T-80, térreo, prédio velho) ▪ Sala “Profa. Maria do Carmo Guedes” (sala T-80A, térreo, prédio velho) ▪ Sala “Profa. Rosely Coelho de Oliveira” (Depto. História, sala S-7, subsolo, prédio novo) ♦ Edifício “Reitor Bandeira de Mello” (prédio novo) ▪ Centro Administrativo “José Feliciano Ferreira da Rosa Aquino” (garagem, prédio novo) ▪ Biblioteca “Profa. Nadir Gouvêa Kfouri” ▪ Auditório “Paulo VI” (biblioteca, térreo, prédio novo)

▪ Espaço Jurídico “Prof. Geraldo Ataliba” (biblioteca, subsolo, prédio novo) ▪ Auditório “Prof. Ricardo Hasson Sayeg” (sala 100, 1º andar, prédio novo) ▪ Auditório “Prof. Marco Antonio Marques da Silva” (sala 100-A, 1º andar, prédio novo) ▪ Auditório “Dom Paulo Evaristo Arns” (sala 117-A, 1º andar, prédio novo) ▪ Sala dos professores “Prof. André Franco Montoro” (Faculdade de Direito, sala 212, 2º andar) ▪ Auditório “Prof. Paulo de Barros Carvalho” (sala 239, 2º andar, prédio novo) ▪ Auditório “Alceu Amoroso de Lima (sala 333, 3º andar, prédio novo) ▪ Centro de Pesquisas “Prof. Haroldo de Campos” (PósGraduação, sala 4B-09)

♦ Sala dos professores “Prof. Celestino Correia Pina” (Faficla) ♦ Quadra “Prof. José Antonio Carqueijo Junior” ♦ Clínica Psicológica “Ana Maria Poppovic” ♦ Escritório Modelo “Dom Paulo Evaristo Arns” Fundação São Paulo ▪ Edifício “André Franco Montoro” Campus Consolação ▪ Laboratório de Física “Prof. Sérgio Branelli” ▪ Oficina de Física “Prof. Francisco Branelli” ▪ Prédio 1 – “Prof. Marcelo Damy de Souza Santos” ▪ Sala “Prof. Joel Martins” (sala 20, Prédio 2)

Campus Sorocaba ▪ Sala “Prof. Carlos Correa Roux” (sala 120, 1º andar) ▪ Anfiteatro “Prof. Humberto Cerruti” (sala 113) ▪ Museu de Anatomia “João Martins Rainha” ▪ Laboratório de Anatomia “Prof. Newton de Oliveira” ▪ Laboratório Morfofuncional “Prof. Diana Tannos” ▪ Sala “Prof. Durval Fernandes Tricta” (sala 201, 2º andar) ▪ Sala “Prof. José Ramos de Oliveira Júnior” (sala 412, 4º andar) ▪ Laboratório de Parasitologia “Profa. Lina Maria de Pa-

Campus Barueri ▪ Auditório “Prof. Paulo de Barros Carvalho”

*Segundo levantamento de nossa reportagem, os campi Ipiranga e Santana não contam com este tipo de sala.


Xadrez na biblioteca A exposição Contemporaneidade do Xadrez, do artista plástico Ferracioli, pode ser vista até 29/4 no Espaço Cultural da Biblioteca Nadir Kfouri (térreo, prédio novo). Informações: www.pucsp.br/videoteca. www.pucsp.br

05 Religião

PUC-SP, Metodista e Mackenzie realizam congresso Evento é organizado pela Associação de Pós-Graduação e Pesquisa em Teologia e Ciências da Religião (Anptecre)

A Associação de Pós-Graduação e Pesquisa em Teologia e Ciências da Religião (Anptecre) promove, entre os dias 2 e 4/5, seu 3º Congresso Nacional. Organizado pela PUC-SP e pelas universidades Mackenzie e Metodista, o evento tem como tema Teologia e Ciências da Religião: interfaces. Entre outros objetivos, o congresso pretende reunir programas, professores, pesquisadores e alunos de pós-graduação do Brasil, dedicados à Teologia e às Ciências da Religião. Além disso, também se trata de uma oportunidade para consolidar e ampliar a atuação da Anptecre no cenário nacional. Esta terceira edição deve reunir cerca de 250 comunicações selecionadas pela Comissão Científica da Anptecre. “Espera-se que, através desses grupos, a Associação possa vir a ser uma articuladora e incentivadora de peso para os estudos e pesquisas (específicas ou interdisciplinares) sobre o complexo campo religioso do Brasil”, afirma o professor Edênio dos Reis Valle, do Pós em Ciências da Religião

da PUC-SP e um dos organizadores do evento. Valle destaca uma novidade no Congresso deste ano. “Para a PUC-SP há ainda um dado notável nesta edição: pela primeira vez, o Pós em Teologia comparecerá como representante de nossa Universidade”. PROTAGONISMO – Esta é a segunda vez que a capital paulista é sede do Congresso – em 2008, a PUC-SP abrigou o evento, em seu campus de Perdizes; em 2009, foi a vez da PUC-MG. Este ano, o evento se realizará no Mackenzie. “São Paulo é, sem dúvida, uma das principais usinas produtoras de conhecimento no Brasil. Também no campo das Ciências da Religião e da Teologia nossa cidade detém a liderança. Os programas de pós-graduação nesta área nasceram em São Paulo e tiveram a PUC-SP e a Metodista como pioneiras, nos anos 70, deste tipo de estudo especializado no Brasil”, afirma o professor Valle. “Com o surgimento da Anptecre, há dois anos e meio, foi natural que São Paulo se destacasse como um pólo acadêmico líder no novo cenário propiciado por uma Associação que congrega os 14 programas

2/5 13h30 às 17h30 - Inscrições e entrega dos materiais 14h às 17h30 - Assembléia da Anptecre 19h30 - Abertura do Congresso (momento musical) 20h - Conferência inaugural - Teologia e Ciências da religião: interfaces. Evolução e situação desde a perspectiva mundial, com José Maria Castillo / Espanha 21h30 - Coquetel Samuel Iavelberg / Câmera 1

Thaís Polato

Valle: São Paulo é pioneira no estudo das ciências da religião reconhecidos pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior)”, completa o docente da PUC-SP. PROGRAMAÇÃO – O 3º Congresso Nacional da Anptecre terá um convidado internacional para a conferência inicial, na noite de 2/5. O professor José Maria Castillo (Espanha) falará sobre Teologia e Ciências da religião: interfaces. Evo-

lução e situação desde a perspectiva mundial. Conheça a programação completa de conferências e debates no quadro ao lado. O evento contará também com internvenções artísticas. Na noite de abertura, haverá um momento musical e, no segundo dia do Congresso, uma apresentação de A correspondência epistolar entre Sigmund Freud e Oscar Pfister: Apresentação dramatizada, dirigida por Karin H.K. Wondracek (EST-RS).

3/5 8h30 às 10h Teologia e Ciências da religião: interfaces. Evolução e situação desde a perspectiva brasileira Conferencista: Pedro Ribeiro de Oliveira (PUC-MG) Debatedor: Alberto da Silva Moreira (PUC-Goiás) 10h30 às 12h Jesus: sábio ou Deus? Moderador: Antônio Manzato (PUC-SP/Teol) Debatedores: Wilhelm Wachholz (EST-RS) e Johan Konings (Faje-BH)

Messianismos no Brasil Moderadora: Zuleica D. P. Campos (Unicap) Debatedores: Antônio Maspoli (Mackenzie) e Pedro Lima Vasconcelos (PUC-SP) 13h30-15h30 / 16-18h Grupos temáticos*

19h30 - Noite cultural A correspondência epistolar entre Sigmund Freud e Oscar Pfister: Apresentação dramatizada Responsável: Karin H.K. Wondracek (EST-RS) 4/5 8h30 às 10h Análise da situação dos Programas: Papel e perspectivas para a Subárea Teologia e Ciências da Religião na Universidade brasileira Conferencista: Marcelo Perine (PUC-SP) Debatedor: Luiz Carlos Susin (PUC-RS) 10h30 às 12h Diálogo interreligioso Moderadora: Neide Miele (UFParaíba) Debatedores: Luis Henrique Dreher (UFJF) e Frank Usarski (PUC-SP/CER)

Violência e religião Moderador: Luís Rossi (PUC-PR) Debatedores: Ricardo Bitun (Mackenzie) e Jung Mo Sung (Umesp) 13h30-15h30 / 16-17h45 Grupos temáticos 18h - encerramento

* Saiba mais sobre o congresso em www.anptecre. org.br/3anptecre.

Internacional MBA Atlântico forma primeira turma Vice-Reitor Antonio Vico Mañas esteve no encerramento do curso, em Portugal

Lecionado em Angola, Brasil e Portugal, o MBA Atlântico acaba de formar sua primeira turma. A formatura dos 22 alunos se realizou na cidade do Porto (Portugal), em 8/4, com a presença do vice-reitor da PUC-SP, professor Antonio Vico Mañas e de dirigentes das duas outras universidades participantes. As inscrições para a segunda turma estão abertas e o curso tem início em 2/5.

PARCERIA – O MBA Atlântico é uma parceria entre a PUC-SP e as universidades católicas de Angola (Luanda) e do Porto (Portugal), na área de Administração. O curso proporciona mobilidade entre os três países, tanto para professores quanto para alunos, e tem como objetivo formar gestores e líderes para as empresas com interesses nos países de expressão portuguesa. O curso funciona como um programa de 12 meses, dividido em três blocos trimes-

trais, com residência repartida entre os três países, num total de 1020 horas de formação. O programa tem início em Angola, segue para o Brasil e se encerra em Portugal. O MBA Atlântico é voltado a graduados em Administração, Marketing, Comunicação, Economia, Engenharias, Direito e outras áreas afim. O curso é oferecido por meio da Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão (Cogeae). Mais informações sobre o curso podem ser obtidas nos

sites www.pucsp.br/cogeae e www.mbaatlantico.com. TECNOLOGIA – O vicereitor também aproveitou sua estada em Portugal para visitar o Parque de Ciência e Tecnologia Taguspark. O objetivo foi o de conhecer o espaço e aprofundar as relações entre estas as duas entidades (saiba mais na próxima edição do PUC em Notícias). O Taguspark é o maior parque de ciência e tecnologia de Portugal.

Dilvulgação UCP

Thaís Polato

Turma de formandos do Brasil, Angola e Portugal


www.pucsp.br

06


Clube de Leitura No dia 28/4, às 17h, o Departamento de Jornalismo dá início ao Clube de Leitura, com a análise de O Esqueleto da Lagoa Verde, de Antonio Callado. Informações: wladyrn@yahoo.com. www.pucsp.br

07 Opinião

Notas Docência

Ricardo Giovenardi* O desastre que atingiu a ilha do Japão no dia 11 de março entrou para a história como a maior série de Desastres Naturais e Tecnológicos sofrida por um país numa única ocasião. Também nenhum antes deles obteve tantos registros em vídeo – alguns familiares chegaram a ser localizados através de sites de vídeos compartilhados. O que podemos tirar de proveito deste terrível evento? Como podemos utilizar as lições que as equipes de Resposta a Incidentes japonesas estão dando ao mundo para preparar grandes eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas que serão realizadas no Brasil? História - Outros eventos semelhantes... Por volta das 5 horas da manhã, em 28 de dezembro de 1908, Messina, na Sicília (Itália), foi atingida por um terremoto de 7.5 de magnitude e, logo em seguida, por tsunamis de 15 metros de altura, atingindo uma velocidade de 800 km por hora. Segundo registros das marinhas Russa e Britânica, que prestaram os primeiros atendimentos aos sobreviventes, elas estabeleceram a ordem e iniciaram as operações de salvamento e socorro, presenciando as cenas mais fortes que um homem poderia presenciar. O caos, o pânico, a peste e o desespero estavam soltos na cidade e sem previsão de sair. Todos dormiam quando Messina foi atingida pelos primeiros tremores e quem conseguiu sair de suas residências foi atingido por tsunamis, desabamentos de prédios ou explosões que se seguiram aos primeiros tremores. Não havia para onde fugir. Registros apontam para um número aproximado de 160 mil mortos¹. Evento no Japão... Ao contrário de Messina, o Japão não foi atingido de surpresa e a Resposta ao Incidente não demorou tanto tempo para iniciar. O Japão, que freqüentemente é atingido por terremotos e tem alguns registros de tsunamis, vem ao longo do tempo preparando a sua nação para responder a um desastre natural. Suas

construções são preparadas para tremores de terra, a população é constantemente treinada e está preparada para reagir ao desastre de forma organizada, assim como os órgãos de Defesa Civil e as Forças Armadas. Mas o Japão não está sofrendo somente os efeitos de um desastre natural e, sim, sua principal conseqüência: o desastre tecnológico nuclear. Suas construções são preparadas para tremores de terras ou tsunamis, mas o que ocorreu neste evento foi muito acima do normal, comprometendo de vez as instalações das usinas. As lições aprendidas... O Desastre Natural e Tecnológico que o Japão vem enfrentando pode servir como um grande ensinamento para todas as nações que estão realmente preocupadas em proteger sua população e também para as empresas que não querem sofrer uma indisponibilidade em suas operações – com mortes de colaboradores, comprometimento da planta e outras possíveis ameaças. Podemos aprender com os erros e acertos, pois esta combinação de desastres é uma situação pela qual nenhum país havia passado recentemente. A indústria foi afetada, assim como o comércio e o abastecimento de recursos básicos. Como este conjunto de eventos será tratado? Como as fábricas em solo japonês irão abastecer as outras unidades espalhadas pelo mundo, com componentes fabricados no Japão e o risco de contaminação nuclear? Existe o pós-evento do terremoto e do tsunami e o pós-evento nas usinas nucleares, como será a gestão desta crise? Como recuperar a credibilidade dos produtos fabricados no Japão? Haverá algum impacto nas exportações japonesas? A imagem do país perante a comunidade internacional está sendo cuidada? Mesmo com todas estas adversidades e o alto número de destruição e mortos, ainda sim conseguimos tirar boas lições da resposta japonesa a este evento. Lições que não podemos deixar aproveitar para melhorar nossos protocolos de Resposta a Incidentes: Primeira Lição – Co-

nhecer ambientes e monitorá-los A realização das Análises de Riscos e Ameaças dos locais onde uma empresa ou uma cidade está instalada é fundamental para os órgãos de Defesa Civil e os serviços de resposta médica. O Japão acionou o alarme de terremoto e, uma hora antes de ser atingindo pelos tsunamis, acionou sirenes. Os meios de comunicação puderam informar a rota das ondas e a população procurou locais para se proteger, tudo conforme os protocolos de segurança. Segunda Lição – Utilização dos Planos de Resposta A população seguiu os planos desenvolvidos de acordo com os resultados das Análises de Risco. Ou seja, não foi enviada para um local com risco de desabamento ou de inundação, pois as equipes de Defesa Civil já haviam estudado suas principais. Nenhuma ação foi tomada no improviso, tudo já estava planejado e registrado nos Planos. Terceira Lição – Conscientização da população Em 2010, a British Standards Institution lançou a PD 25666-2010, uma norma que trata dos aspectos de todos os testes a que planos de contingência, recuperação de desastres e emergências precisam ser submetidos. Lançou também a PD 25111-2010, que trata dos aspectos humanos com os quais um plano precisa estar preocupado. O Programa de Conscientização também precisa levar em conta como a equipe de Resposta a Incidentes está tratando a população que atende, pois há diferenças culturais e regionais a serem previstas. Realizar testes e simulações constantes ajuda a preparar a população a auxiliar as equipes de Resposta a Incidentes. O simples fato de um morador não entrar em uma área alagada, por exemplo, diminui o risco de morte e de doenças. Evitar se tornar mais uma vítima no centro médico já é uma enorme colaboração. Quarta Lição – O Monitoramento e o Aviso Monitorar todas as ameaças que possam atingir uma

cidade é uma grande responsabilidade de um Centro de Gerenciamento e Monitoramento de Desastres. A tecnologia somente será útil se utilizada de forma correta. De nada adianta o possuir os mais avançados equipamentos, se a equipe não estiver preparada para identificar o surgimento de uma ameaça e acionar os alarmes e planos para a população. O Japão, em conjunto com outros Centros de Monitoramento do Pacífico, conseguiu prever os tsunamis, avisar a população com uma hora de antecedência e iniciar todos os protocolos de emergência. “Abusar” da tecnologia é um fator muito positivo: o uso de SMS para notificar a população da eminência de um grande evento, por exemplo, é uma excelente estratégia. Quinta Lição – Resposta ao Incidente As equipes precisam estar prontas para responder aos incidentes. Máquinas, tratores, barcos, ferramentas pesadas e quaisquer outros equipamentos necessários precisam estar disponíveis para emprego imediato. Caso a organização não os tenha, é preciso identificar onde se conseguirá obtê-los, verificar qual fornecedor ou parceiro levará menos tempo para chegar ao local do desastre. Também é preciso saber quais especialistas podem auxiliar, tanto no trabalho de resgate quanto no gerenciamento da crise. Outra questão a ser tratada: e a logística de todas as equipes está sendo bem realizada? Há combustível para os equipamentos, água potável para as equipes e a população, meios de comunicação disponíveis (satélite, GPS, Rádio Amador), hospital de campanha, banco de sangue móvel, material para limpeza, alimentos provenientes de áreas fora da zona de desastre? Enfim, pode-se contar com toda a infra-estrutura e a inteligência necessárias para garantir a Resposta ao Incidente? Também é preciso que haja um único Centro de Comando, de onde saiam todas as ordens para a Resposta ao Incidente. O nome do gerente da crise deverá ser anunciado e cabe a ele coordenar todos os trabalhos.

Acervo pessoal

O que aprender com o desastre no Japão

As equipes de Resposta a Incidentes, as autoridades e a direção das empresas não podem optar pelo improviso. O improviso neste tipo de situação pode induzir ao erro, à perda de vidas e de patrimônio, além de abalo na imagem do país ou da instituição. Os desastres de 11 de março no Japão, assim como os atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos, estão ensinando ao mundo que as ameaças existem e estão rondando as nossas vidas. Mas grande pergunta é: como você esta se preparando para responder a incidentes? ¹ SPIGNESI, Stephen J. As 100 Maiores Catástrofes da História, (pag. 106 - 109). Editora DIFEL, 2005 *Colaborador do PUC Inovação na área de Estratégia e Inteligência para Grandes Eventos. Graduado em Processamento de Dados com MBA em Gestão de Tecnologia da Informação e Internet pela Uninove e Pós Graduado em Gerenciamento de Crise – Desastre e Emergência pela Universidade Gama Filho. Certificado pelo BCI – Business Continuity Institute, nível Especialista, e formado em Inteligência Competitiva e Estratégica em Israel. Atuou em projetos de Segurança e Continuidade de Negócios em empresas do segmento financeiro, logístico, manufatura, bens de consumo, alimentos e outros. Fundador do site BCM BRASIL www.bcm-brasil.com.br, relacionado a Segurança e Continuidade de Negócios.

No dia 3/5, a partir das 8h, se realiza no campus Perdizes o 2º Simpósio Interno – Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid /PUC-SP), promovido pela Faculdade de Educação. O evento se realiza no auditório “Paulo de Barros Carvalho” (sala 239, 2º andar) e em outras salas do Prédio Novo. O simpósio é voltado a alunos do ensino superior pertencentes ao Pibid e a professores da rede pública. Informações: pibid@pucsp.br.

Psicologia A Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde (FCHS) promove, dia 4/5, das 19h30 às 21h30, palestras em torno do tema A Clínica na era da técnica: Heidegger e a Daseinsanalyse. O evento, voltado a alunos do curso de Psicologia, se realiza no auditório Paulo de Barros Carvalho (sala 239, 2º andar, prédio novo). Às 19h30, o professor Marco Antonio Casanova (UFRJ) fala sobre A clínica na era técnica; em seguida, João Augusto Pompéia, professor da PUC-SP, fala sobre A clínica na era da técnica. A medição é do docente da FCHS e pró-reitor de Cultura e Relações Comunitárias, Hélio Roberto Deliberador. Após as palestras haverá o lançamento do livro A clínica na era da técnica (Ed. Via Verita), de João Augusto Pompéia e Bilê Tatit Sapienza.

Segurança Lembramos a todos a necessidade de manter a atenção aos seus pertences, nos espaços da Universidade. A Pró-Reitoria de Cultura e Relações Comunitárias considera que este cuidado colabora na prevenção de furtos e na segurança da PUC-SP. Além da atenção da comunidade, a Pró-Reitoria tem mantido contato com entidades externas (Polícia, Prefeitura e ConsegPerdizes) no sentido de melhorar as condições de segurança no entorno do campus Perdizes.


Jornalismo Cultural Estão abertas, até 15/7, as inscrições para o programa Rumos Jornalismo Cultural, edição 20112013, do Itaú Cultural. Inscrições e informações: www.itaucultural.org.br/rumos. www.pucsp.br

08 Tuca

Internacional Encontro de dança

Doutores da Alegria iniciam nova temporada de Roda Artística

Dia 26/4, às 19h30, realiza-se no Tuca mais uma edição do projeto Encontros de dança. O evento terá intervenção de Letícia Sekito, lançamento do livro Corpos da Memória, narrativas da guerra na cultura japonesa do pós-guerra, 1945-1970, de Yoshikuni Igarashi, e da coletânea Imagens do Japão: pesquisas,

ONG cria esquetes a partir da experiência em leitos pediátricos Da redação Os Doutores da Alegria iniciam a temporada 2011 de sua tradicional Roda Artística, em que 15 palhaços do elenco paulistano da ONG apresentam esquetes criados a partir das visitas aos leitos pediátricos dos hospitais. O espetáculo, voltado para adultos e crianças, será apresentado nos dias 1º/5, 3/7, 28/8 e 30/10, às 11h, no Tucarena.

Senhora de Dubuque Peça tem preços populares A peça A Senhora de Dubuque, montagem inédita de Edward Albee no Brasil, está em temporada com preço especial de R$ 10, no Tuca. Na peça, o dramaturgo questiona as estruturas sólidas, os conflitos familiares e entre os indivíduos, levando

recebeu também o Prêmio Cultura e Saúde, concedido em junho de 2009 pelo Programa Cultura Viva, iniciativa conjunta dos Ministérios da Cultura e Saúde.

Tucarena Rua Monte Alegre, 1.024 1º/5, 3/7, 28/8, 30/10 Aos domingos, às 11h 60 minutos

Recomendação: Livre Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada e comunidade PUC-SP) www.teatrotuca.com.br

mesma ópera cantada em italiano, as óperas Bastião e Bastiana, de Mozart e Rita, de Donizetti. La Serva Padrona é composta por Giovanni Baptista Pergolese, tem dire-

ção cênica de Pablo Moreira, direção musical e piano de Wesley Lacerda e, no elenco, Jamile Evaristo (soprano), Paulo Menegon (baixo) e Robert Felsen (ator).

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Fique por dentro

Ópera cômica também já fez sucesso no cinema

Karin Rodrigues e Alessandra Negrini

Entrevistas TV PUC estréia programa Pensar e fazer arte

Espetáculo integra ciclo de apresentação de óperas curtas cenação está atualizada. La Serva Padrona paz parte do ciclo de programação de óperas curtas no Tuca, que já apresentou em 2010, além da primeira versão da

Divulgação

Palhaços em cena, em espetáculo voltado a adultos e crianças

Ópera La Serva Padrona volta ao Tuca A companhia Ópera Portátil volta a apresentar no Tuca o espetáculo La Serva Padrona, ópera cômica em um ato de Giovanni Baptista Pergolese. O espetáculo conta a história de Uberto, um senhor que tem como criada uma jovem órfã, Serpina, que trabalha nos serviços de sua casa. Apesar de ter criado Serpina desde pequena, ele sente atração por ela. O espetáculo em um ato faz sucesso no cinema (em filme de Carla Camurati) e nos palcos, pelo seu grau de comunicação com as peripécias de uma criada que quer se tornar patroa. A novidade é que desta vez a ópera será apresentada toda em português e a en-

os espectadores à reflexão sobre a consciência da morte e da existência. A Senhora de Dubuque fica em cartaz até 1º/5, com sessões às sextas-feiras e sábados (às 21h30) e aos domingos (18h). Saiba mais em www.teatrotuca.com.br.

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INOVAÇÃO – Com um elenco de cerca de 45 palhaços profissionais que atuam em hospitais públicos de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Belo Horizonte, os Doutores da Alegria são reconhecidos em todo o país por seu profissionalismo e inovação. A organização recebeu o Prêmio Criança 1997 da Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança, foi incluída três vezes na lista das 100 melhores práticas globais da divisão Habitat da Organização das Nações Unidas e

intervenções poéticas, provocações, organizada por Christine Greiner e Marco Souza e a palestra Corpos da Memória, com Yoshikuni Igarashi (Nashville). A atividade acontece no auditório “Prof. Paulo Freire (1º andar, Tuca). Saiba mais em www.encontrosdedanca.wordpress.com.

As apresentações acontecem de 30/4 até 14/5, aos sábados, às 17h, na Sala de Ensaio do Tuca (rua Monte Alegre, 1024, 1º andar). O Tuca oferece para professores, alunos e funcionários da PUC-SP a oportunidade de assistir os espetáculos em cartaz pelo valor de R$ 10. A indicação etária do espetáculo é de 12 anos. www.teatrotuca.com.br

Acaba de estrear na TV PUC o programa Pensar e fazer arte, projeto oriundo do Grupo de Ensino e Pesquisa em Interdisciplinaridade (Gepi, Pós em Educação: Currículo). A cada semana, o professor Claudio Picollo (Depto. Inglês) entrevista artistas, diretores e críticos das mais diferentes expressões artísticas/culturais. Os episódios inéditos vão ao ar sempre às terças-feiras (20h); as reprises acontecem todas as segundas (14h), quartas (6h), quintas (11h30), sextas-feiras (11h30 e 20h) e domingos (11h30). Para assistir ao programa, basta acessar a TV PUC nos canais 11 da NET e 71 da TVA ou pelo site www.cnu.org.br/ aovivo.asp). Veja ao lado a lista de temas abordados e as datas de exibição:

26/4 – maestro Mario Zaccaro (Theatro Municipal de São Paulo) 3/5 – Spartaco Ângelo Vizzotto 10/5 – Manolo Vilches 17/5 – Ivani Fazenda (professora coordenadora do Gepi) 24/5 – Ivani Fazenda (professora coordenadora do Gepi) 31/5 – Patricia Guardia 7/6 – Sonia Albano de Lima 14/6 – cantora lírica, diretora e produtora Eloisa Baldin (Theatro Municipal de São Paulo) 21/6 – Mara Regina de Oliveira 28/6 – Mara Regina de Oliveira


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