Edição 24

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Homenagem

Reitor e secretários-executivos falam com a comunidade

Encontro reúne ex-alunos ilustres no Tucarena

No dia 14/9, às 19h30, o reitor Dirceu de Mello e os secretáriosexecutivos da Fundação São Paulo José Rodolpho Perazzolo e João Julio Farias Junior participam de audiência pública no Tuca, sob a mediação do professor José Arbex Jr., do curso de Jornalismo.

A 21ª edição do Encontro de ExAlunos se realizou no Tucarena, no útlimo dia 26/8 (foto). Além do reitor Dirceu de Mello, estavam presentes entre os docentes homenageados Paulo Edgar Almeida Resende, Maria do Carmo Guedes, Nestor Efraim Rojas

Haverá transmissão do evento pelo www.pucsp.br. As regras da audiência pública serão divulgadas às 12h do dia 13/9, também pelo site. O evento é aberto a toda a comunidade e não há necessidade de inscrição prévia.

Bete Andrade / DCI

Audiência pública

Boccalandro, Antonio da Costa Ciampa, Tercio Sampaio Ferraz Junior e Maura Pardini Bicudo Véras. O evento teve a participação do coral da PUC-SP, o Cuca, e a apresentação artística da dupla Duofel, interpretando Beatles.

www.pucsp.br Ano 2 • Número 24 1ª quinzena setembro - 2010

Jornal quinzenal da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

História

Semana Acadêmica 2010

Tuca comemora 45 anos

Abertas inscrições para simpósios

Data é marcada pela consolidação do Centro de Documentação e Memória

Gal Costa, em show no Tuca, nos anos 70

Avaliação MEC

Acessibilidade

No último dia 23/8, a Reitoria enviou e-mail a toda a comunidade comentando a avaliação realizada pelo Ministério da Educação (MEC). O documento faz menção ao fato de que, na semana em que a PUC-SP completou 64 anos (dia 22/8), o resultado traz motivos para a Universidade comemorar: “O Ministério da Educação (MEC) acaba de divulgar o resultado da avaliação para recredenciamento da instituição. O relatório final reforça a excelência acadêmica e a pujança da comunidade puquiana. Na primeira avaliação institucional por que a PUC-SP passou em sua história, de 05 pontos possíveis, a Universidade obteve a nota 04. O processo avaliou a PUC-SP em dez dimensões. Três delas se destacaram e mereceram dos avaliadores a nota máxima”. |pág. 2

“Espaços de diálogo sobre diversidade e inclusão social, como este promovido pela PUC-SP, são fundamentais na construção de novas soluções para o convívio de todos, com equiparação de oportunidades”. A frase que inicia esta reportagem é da jornalista Flávia Cintra, 37, repórter do Fantástico e tetraplégica desde os 18. Ela é uma das participantes da Semana de Inclusão e Acessibilidade da PUC-SP, que se realiza de 14 a 23/9, nos campi Perdizes, Barueri, Sorocaba, Santana e Consolação. A programação completa está disponível no site da Universidade, pelo endereço www.pucsp.br/ semanaacessibilidade. Promoção: Pró-Reitorias de Cultura e Relações Comunitárias e de Graduação. |pág. 2

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Estão abertas até 17/9 as inscrições de simpósios para o 4º Congresso de Pesquisa Discente, evento que integra a programação da Semana Acadêmica 2010. O tema deste ano é Práticas Cientificas, Relações Humanas e o Futuro e o evento acontece entre os dias 25 e 30/10. Pode cadastrar simpósio qualquer professor-doutor da PUC-SP. A proposta do simpósio será formalizada quando o coordenador enviar o título e um resumo com até 200 palavras, conforme instruções em formulário on line disponível no site www. pucsp.br/semanaacademica. Cada simpósio deve ser coordenado por um ou dois pesquisadores doutores, e ao menos um dos coordenadores deve ser da Universidade. O objetivo do Congresso de Pesquisa Discente é apresentar, durante os simpósios, estudos realizados em nível de graduação e de pós-graduação stricto e lato sensu,

nas diferentes áreas de saber. Pela graduação, o evento compreende trabalhos conclusão de curso (TCC e equivalentes), Programa de Educação Tutorial-PET, grupos de estudo e Ligas de Especialidades Médicas; em nível de pós-graduação, poderão ser apresentadas pesquisas de doutorado, mestrado acadêmico e profissional e monografias finais de especialização. Para os alunos que queiram apresentar pesquisas nos simpósios, as inscrições começam no dia 27/9. Informações: semanaacademica@ pucsp.br. Além do 4º Congresso de Pesquisa Discente, a Semana Acadêmica 2010 compreende também as sessões de comunicação e apresentação de pôsteres do 19º Encontro de Iniciação Científica, que acontece dia 27/10. A Semana Acadêmica é promovida pelas Pró-Reitorias de Graduação; de Pós-Graduação; e de Educação Continuada.

PUC-SP tem intercâmbio docente e discente

Acervo pessoal

O teatro da PUC-SP comemora 45 anos, dia 11/9, com duas ótimas notícias: a reestruturação de seu Centro de Documentação e Memória (CDM) e a digitalização de todo o seu acervo de fotos, cartazes e documentos. Ambos os projetos se realizam sem ônus para a PUC-SP. O primeiro deles tem patrocínio do Banco Safra, após captação realizada por meio da Lei Rouanet, e o outro será feito em parceria com a Imprensa Oficial. Todo o processo, desde as obras estruturais até a digitalização do acervo, deve ser encerrado até fevereiro de 2011. Segundo a superintendente do Tuca, professora Ana Salles Mariano, durante este período o acervo continuará disponível para consulta. |pág. 8

Acervo DCI

Thaís Polato

Evento ocorre entre os dias 25 e 30/10

O professor português Eduardo Rodrigues passou o mês de agosto na PUC-SP, vivenciando a diversidade cultural e acadêmica da Universidade, como ele próprio definiu. Rodrigues é professor da Universidade do Porto (Portugal) e um dos participantes do projeto Mundus 17. Pelo mesmo programa, já estiveram em outros países os docentes da PUC-SP Flávio Saraiva (Economia), Fabrício Bastos (Administração) e Reginaldo Mattar Nasser (Relações Internacionais). O Mundus 17 também promove intercâmbio entre estudantes, como o aluno do curso de Relações Internacionais da PUC-SP, Eduardo Gresse (foto). Ele cursou, por um semestre, Ciências Políticas na Universidade Georg-August de Goettingen, na Alemanha. |pág. 3

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Infância e Juventude Dias 14, 15 e 16/9 se realizam sessões abertas do curso de Pós-Doutorado em Ciências Sociais, Infância e Juventude. Inf.: http://www4.pucsp.br/projetojovensurbanos. www.pucsp.br

02 Institucional

Basta passar em frente ao Tuca às quintas-feiras, por volta das 9 da noite, há alguns meses, para notar a quantidade de jovens que se dirige ao auditório da PUC-SP. Muitos deles vão pela primeira vez ao teatro, embalados pelo sucesso do espetáculo Improvável. Alguns sabem que pisam em um teatro histórico, que abriu suas portas, cadeiras e coxias para ajudar a consolidar a democracia no país. Essa mistura, entre o novo e o que já é uma honrosa memória, revela o tipo de teatro que o Tuca comemora ser, ao chegar aos seus 45 anos, neste 11 de setembro. O presente para esta data não poderia ser melhor: a realização do projeto, há muito esperado, de consolidação do seu Centro de Documentação e Memória. Sob a coordenação da superintendente do teatro, professora Ana Salles Mariano, o CDM é tocado por uma jovem de nome Luiza que em 2005, aos 22 anos, mergulhou fundo numa enorme quantidade de documentos, fotos, cartazes, histórias e “causos” acumulados por mais de quatro décadas. Ex-estagiária e há dois anos funcionária do teatro, Luiza agora vê nascer da forma que sempre sonhou o CDM, possibilitando que mais e mais pessoas tenham acesso à história do Tuca. História, aliás, que inspira seu mestrado, em fase de conclusão. Luiza pesquisa a produção cultural do Tuca, da década de 60 até os dias atuais, sob a orientação do prof. Antonio Rago Filho. Boa leitura!

1ª quinzena de setembro - 2010 Grão-Chanceler: Dom Odilo Pedro Scherer Reitor: Dirceu de Mello Vice-reitor: Antonio Vico Mañas Pró-Reitores: André Ramos Tavares (Pós-Graduação) Haydee Roveratti (Educação Continuada) Hélio Roberto Deliberador (Cultura e Relações Comunitárias) José Heleno Mariano (Planejamento, Desenvolvimento e Gestão) Marina Graziela Feldmann (Graduação) Chefe de Gabinete: Claudio José Langroiva Pereira Diretora da Divisão de Comunicação Institucional: Eveline Denardi (MTb 27.655) Editora: Thaís Polato (MTb 30.176) Reportagem: Bete Andrade Eveline Denardi Priscila Lacerda Thaís Polato Thiago Pacheco Assistente-administrativa: Vera Lucas Projeto Gráfico e Editoração: Núcleo de Mídias Digitais Impressão: Artgraph Tiragem: 2 mil exemplares Redação: Rua Monte Alegre, 984, sala T-34 Perdizes, São Paulo, SP CEP 05014-901 Tel.: (11) 3670-8196 E-mail: comunicacao@pucsp.br

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Semana debate acessibilidade Entre os participantes, está a jornalista do Fantástico Flávia Cintra, que inspirou o novelista Manuel Carlos, em Viver a Vida Bete Andrade “Espaços de diálogo sobre diversidade e inclusão social, como este promovido pela PUC-SP, são fundamentais na construção de novas soluções para o convívio de todos, com equiparação de oportunidades”. A frase que inicia esta reportagem é da jornalista Flávia Cintra (foto), de 37 anos, repórter do Fantástico e tetraplégica desde os 18. Ela é uma das participantes da Semana de Inclusão e Acessibilidade na PUC-SP, que se realiza de 14 a 23/9, nos campi Perdizes, Barueri, Sorocaba, Santana e Consolação. Sua vida inspirou a personagem Luciana, da novela Viver a Vida, de Manoel Carlos, exibida pela TV Globo este ano. Nos bastidores da trama, Flávia trabalhou orientando a atriz Alinne Moraes na composição de sua personagem. A jornalista conta que, ao sofrer o acidente de carro em uma rodovia de São Paulo que mudou radical-

mente sua vida, passou por um duro período de adaptação. Superada esta fase, Flávia se tornou ativista pela causa dos deficientes físicos e hoje ministra palestras sobre superação em empresas e instituições. “Naquele momento de fragilidade, tudo o que aparecia eram possibilidades”, afirma. ATIVIDADES – O relato da experiência de Flávia integrará a série de atividades destinada a alunos, professores e funcionários da PUC-SP, além de interessados em geral. Elas tratarão dos temas da inclusão e da acessibilidade a partir de variados enfoques, abordando o direito das pessoas com deficiência, passando por apresentação dos trabalhos acadêmicos e comunitários desenvolvidos pela PUC-SP e discussões sobre tecnologia assistiva. A abertura do evento ocorre no dia 14/9, às 19h30, no campus Monte Alegre, com a mesa-redonda Acessibilidade e Inclusão: Con-

quistas e Desafios. Estarão presentes os pró-reitores Hélio Roberto Deliberador e Marina Graziela Feldmann. Entre os participantes da mesa estão Mara Gabrilli (psicóloga, publicitária e vereadora), Linamara Rizzo Batistella (especialista em Medicina Física e Reabilitação), Luiz Alberto David Araujo (pós em Direito Constitucional) e Marcos Belizário (secretário municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida). A mediadora será a mestranda em Comunicação e Semiótica Viviane Ferreira Silva. A Semana conta também com a presença de Lauro Luiz Gomes, promotor de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo e integrante da Promotoria de Justiça de Proteção das Pessoas com Deficiência, e de Ricardo Tadeu Marques da Fonseca, desembargador Federal do Trabalho e primeiro juiz cego brasileiro. Estão previstas ainda distribuição do manual Pessoas

Julio Castro

Editorial

com deficiência: trocando experiências e apresentações culturais, como uma exposição dos quadros da Associação dos Pintores com Boca e Pés (APBP). Todo o evento terá tradução em Libras. A jornalista Flávia Contra encerra a Semana, com a palestra Possibilidades e realizações das pessoas com deficiência. A programação completa está disponível no site da Universidade, pelo endereço www.pucsp.br/semanaacessibilidade. Promoção: Pró-Reitorias de Cultura e Relações Comunitárias e de Graduação.

Nota sobre o resultado da avaliação institucional do MEC Na semana em que a PUC-SP completa seus 64 anos, surge mais um motivo para nos orgulharmos de fazer parte desta Universidade. O Ministério da Educação (MEC) acaba de divulgar o resultado da avaliação para recredenciamento da instituição. O relatório final reforça a excelência acadêmica e a pujança da comunidade puquiana. Na primeira avaliação institucional por que a PUC-SP passou em sua história, de 05 pontos possíveis, a Universidade obteve a nota 04. O processo avaliou a PUC-SP em dez dimensões. Três delas se destacaram e mereceram dos avaliadores a nota máxima.

Recebeu a nota máxima, 05, a dimensão 2 (“A política para o ensino – graduação e pós-graduação –, a pesquisa, a extensão, normas de operacionalização, incluídos os procedimentos para estímulo à produção acadêmica, as bolsas de pesquisa, de monitoria e demais modalidades”), que trata da alma, da essência mesmo de uma instituição de ensino superior. O relatório não só atesta a qualidade acadêmica de nossa Universidade como também afirma que, em muitos quesitos, a PUC-SP se encontra “muito além” dos referenciais mínimos de qualidade. Também foi avaliada com a nota máxima, 05, a dimensão 3 (“A responsabilidade social da instituição, considerada especialmen-

te no que se refere à sua contribuição em relação à inclusão social, ao desenvolvimento econômico e social, à defesa do meio ambiente, da memória cultural, da produção artística e do patrimônio cultural”), que reforça outra marca da PUC-SP: sua preocupação com a transformação social. Trata-se de uma conquista antiga da instituição e daqueles que cotidianamente, ao longo da sua história, lutam por uma sociedade pautada pelos valores humanistas e cristãos. A dimensão 6 (“Organização e gestão da instituição, especialmente o funcionamento e representatividade dos colegiados, sua independência e autonomia na relação com a mantenedora, e a participação dos

segmentos da comunidade universitária nos processos decisórios”), mais uma a ser contemplada com a nota máxima, 05, reflete o pioneirismo da gestão da Universidade e o caráter comunitário de suas decisões. É com orgulho, portanto, que comemoramos os resultados dos três pilares que sustentam nossa PUC-SP: a excelência acadêmica, a histórica luta pela transformação social e a democracia interna. E é também com orgulho que vivemos, no cotidiano, estas três dimensões que nos impulsionam ao futuro. Parabéns a toda a comunidade. A Reitoria

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Oficinas de Português A DRH e o Depto de Português estão com inscrições abertas para a oficina Português para o Mundo Corporativo Inf.: rh_capacitacao@pucsp.br ou (11) 3670-3383. www.pucsp.br

03 Internacional

Erasmus Mundus promove intercâmbio docente Estudantes da PUC-SP também participam do programa, que deixou de ser restrito a universidades européias

Rodriguez é professor da Universidade do Porto Pelo mesmo programa, já estiveram em outros países, como professores visitantes, os docentes da PUC-SP Flávio Saraiva (Economia), Fabrício Bastos (Administração) e Reginaldo Mattar Nasser (Relações Internacionais). Saraiva esteve na Universiteit Gent (Bélgica), Bastos e Nasser estiveram na Universidade do Porto (Portugal). O objetivo do Mundus 17 é promover enriquecimento mútuo entre a União Européia

e a América Latina, por meio do intercâmbio de pessoas, conhecimentos e capacidades ao nível do ensino superior. Durante sua estada em São Paulo, Rodrigues, que é professor do Depto. de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, lecionou na graduação e na pós-graduação, nos cursos de Sociologia e de Relações Internacionais. Também deu início a um projeto de investigação com a participação da profes-

sora da PUC-SP Carla Cristina Garcia (Depto. de Sociologia) e realizou palestras na Semana de Ciências Sociais e no curso de Direito (neste curso, a convite da professora Heloisa Derzi). Segundo Rodrigues, sua escolha pela PUC-SP se deve ao fato da instituição ter um grande prestígio nas suas áreas de interesse. “Aqui encontrei condições para aprofundar meus estudos e abrir canais para um projeto conjunto de investigação. Considero imperativo abrir e reforçar canais acadêmicos entre nossos países”, ressaltou o docente português. ALUNOS – O Mundus 17 também promove intercâmbio entre estudantes. Aluno do último semestre do curso de Relações Internacionais da PUC-SP, Eduardo Gresse cursou, por um semestre, Ciências Políticas na Universidade Georg-August de Goettingen (Alemanha). “Escolhi o programa por conhecer seu sucesso na Europa. Fiquei muito surpreso com a dedicação, a

atenção e o excelente tratamento oferecido por toda a equipe, tanto na Alemanha quanto no Brasil”, ressalta. O intercâmbio também deu a Gresse a oportunidade de confirmar a excelência do curso de Relações Internacionais da PUC-SP. “Antes de iniciar o intercâmbio, cheguei a pensar que a universidade alemã, por estar entre as mais renomadas em seu país, seria melhor em infra-estutura e qualidade acadêmica do que a PUC-SP. De fato, a estrutura

deles é invejável, mas pude perceber como nosso curso de RI é altamente qualificado. Um simples exemplo disso é o fato de que, em uma das matérias, o professor de lá passou a mesma bibliografia a que temos acesso aqui na PUC-SP”, destaca. Além de Gresse, outros nove alunos da PUC-SP participaram do Mundus 17, programa pelo qual a Universidade também já recebeu quatro estudantes. Para saber mais: http://mundus17.up.pt.

Acervo Pessoal

Sociólogo, o professor português Eduardo Rodrigues passou o mês de agosto na PUC-SP, vivenciando a diversidade cultural e acadêmica da Universidade, como ele próprio definiu. Daqui, disse ter levado só boas experiências. “Tive a oportunidade de conhecer toda a parte acadêmica, os alunos, a cidade, suas dinâmicas sociais e modelos de organização. Para um sociólogo, isto são sempre questões centrais. Levo as melhores referências e a vontade de manter e ampliar os contatos e os trabalhos”, afirma. Rodrigues é professor da Universidade do Porto (Portugal) e um dos participantes do projeto Mundus 17, consórcio baseado na parceria estabelecida entre instituições e associações de ensino superior européias, brasileiras, paraguaias e uruguaias. O consórcio é constituído no âmbito do Programa Erasmus Mundus – Acção 2 e financiado pela Comissão Européia.

Priscila Lacerda

Priscila Lacerda

Gresse, estudante de RI, na Alemanha

Pesquisa Educ apresenta lançamentos em Relações Internacionais e Psicologia Em setembro, a Editora da PUC-SP (Educ) apresenta dois novos lançamentos da série Hipótese. A coleção traz as teses e dissertações de destaque defendidas nos programas de pósgraduação da Universidade. No dia 1º/9, Aluísio Ferreira

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de Lima lançou Metamorfose, anamorfose e reconhecimento perverso – A identidade na perspectiva da Psicologia Social Crítica. A obra é resultado da tese defendida pelo autor, no Pós em Psicologia Social. A obra pretende explicitar,

a partir da teoria de identidade proposta por Antonio da Costa Ciampa (expressada no sintagma identidademetamorfose-emancipação), como ocorre a construção da personagem doente mental a partir do reconhecimento de diferentes atores sociais, e a

relação que essa personagem estabelece com o discurso da saúde mental proposto pela reforma psiquiátrica. Já no dia 15/9, às 18h30, Thiago Rodrigues lança Guerra e política nas Relações Internacionais, na Livraria Cortez (rua Bartira, 301).

No livro, o autor (doutor em Ciências Sociais pela PUC-SP) efetua uma análise das relações internacionais exterior ao campo jurídico-político das teorias liberal e realista. Rodrigues procura ativar um estudo da guerra, da política e das relações internacionais, a

partir de leituras de Pierre-Joseph Proudhon e Michel Foucault – deslocamento que, de acordo com o autor, permitiria observar a política não como paz civil, mas como a continuação da guerra por meio das instituições e das relações de poder.

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Congresso de Leigos No dia 18/9, a Pastoral Universitária e o Núcleo da Fé e Cultura realizam a Oficina sobre Educação, proposta da Arquidiocese de São Paulo. Inf.: www.pucsp.br/pastoral. www.pucsp.br

04 DRH - Santa Lucinda

Funcionários do HSL completam 3º ciclo de avaliação Processo, que inclui funcionários e chefias, foi iniciado em 2007; neste ano, atingiu todos os funcionários do Hospital

PROCESSO – O processo compreende três etapas. Primeiro, cada funcionário efetua sua autoavaliação; em seguida, as chefias fazem a avaliação dos profissionais; por último, a chefia se reúne com cada funcionário e, juntos, realizam uma avaliação conjunta do desempenho laboral. As chefias também fazem as autoavaliações, e seus desempenhos são analisados por seus superiores hierárquicos.

Como o processo é anual e a dinâmica do trabalho no Hospital é grande, a equipe criou o Relatório de Fatos Relevantes (Refar), para assinalar cotidianamente os acontecimentos positivos ou negativos. Os formulários utilizados durante o processo foram elaborados por um comitê, com apoio de uma consultoria externa e validação pela Comissão Própria de Avaliação (CPA). PARTICIPAÇÃO – O comitê foi integrado por membros da Direção do então CCMB, da DRH e representantes das unidades acadêmicas e administrativas. Angela ressalta o caráter participativo da formatação deste instrumento avaliativo, e conta que todos os funcionários foram capacitados para participar do processo. Os formulários dirigidos aos profissionais diferem pouco daqueles dirigidos às chefias. Os primeiros contemplam itens relacionados a competência técnica, competência interpessoal e disciplina. O das chefias, além destes,

contém ainda itens relacionados ao assessoramento. Também há distinções entre a ponderação de cada um destes aspectos para funcionários e chefias. RESULTADOS – Ao final do processo, Angela afirma que os resultados positivos resultam em elogios, e os negativos indicam pontos que devem ser corrigidos. “O foco do processo não é fiscalizar, mas sim corrigir desvios, de modo a aperfeiçoar o trabalho e o relacionamento funcionário-chefia”, explica. Ela observa que os resultados também auxiliam os gestores a avaliar a necessidade de promover ações de capacitação, tanto de funcionários e quanto de chefias. Ela destaca ainda que o processo permite estabelecer comparações entre os resultados anuais. A avaliação, tabulação de dados e relatórios finais de 2010 já foram feitas pelo RM (módulo “Totvs – Avaliação e Pesquisa”). Os resultados anteriores, porém, também foram lan-

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LIDERANÇAS – Agora, ao final de mais uma etapa do processo, a gerente da DRH afirma que será realizada uma reunião com lideranças do Hospital para atualizar o processo. “Queremos entregar os comparativos e reforçar os

conceitos, para que todos saibam lidar com os resultados. E, principalmente, devemos reafirmar os princípios da avaliação. Entendemos esse processo como um monitoramento contínuo, portanto devemos refletir constantemente sobre ele com o objetivo de aperfeiçoá-lo”, declara. A DRH deve iniciar o processo de avaliação de desempenho dos profissionais dos outros campi da Universidade após a revisão do atual Plano de Cargos e Salários.

Bruna Pretel

Priscila Lacerda

Aula inaugural do MBA Atlântico, realizada em 30/8, no campus Perdizes, marca a abertura no país do MBA Atlântico, primeiro Master in Business Administration lecionado em três países: Angola, Brasil e Portugal. “A integração no campo do ensino superior, de universidades situadas em continentes distintos, mas marcadas pelo mesmo espírito cristão-católico, é um acontecimento de particular importância e destaque”, afirmou o reitor Dirceu de Mello, no início da sessão solene, que contou ainda com palestra do professor Ma-

rio Sergio Cortella (Pós em Educação: Currículo), com o tema Diversidade Cultural e Ambiente de Negócios: desafios e oportunidade, e apresentação do Coral da PUC-SP (Cuca). A aula inaugural també teve a presença do vice-reitor Antônio Vico Mañas, dos professores Paulo Romaro (chefe do Depto. de Administração da PUC-SP), Nuno Côrte Real (diretor da Escola de Gestão da Universidade Católica Portuguesa) e dos coordenadores do curso nos três países: professores Clotilde Perez (Brasil), Paulo Lancastre (Portugal) e José Amaral (Angola). Mais informações sobre o curso: www.pucsp.br/cogeae e www.mbaatlantico. com.

çados no sistema. Os relatórios serão enviados a cada funcionário, apresentando os dados de seu desempenho individual, a cada ano, e também informando as médias comparativas aos outros setores.

Show surpreende pacientes

Lusofonia: PUC-SP lança primeiro MBA lecionado em três países Priscila Lacerda

Hospital Santa Lucinda, em Sorocaba

Surpresa, muitos sorrisos e aplausos. Foi assim a reação dos pacientes do Hospital Santa Lucinda (HSL) diante da apresentação da trupe Terapia do Riso, criada há cerca de três anos por um grupo de amigos. “Nosso objetivo é levar alegria, harmonia e esperança às pessoas que estão em asilos, creches, orfanatos e hospitais”, conta Eduardo Estevani, um dos integrantes do grupo, que se apresentou em 19 e 20/8. Caracterizados como Michael Jackson, Elvis Presley, Roberto Carlos e outras celebridades artísticas, os artistas voluntários conseguiram atingir seu objetivo. Essa foi a opinião de Kelen Cristina Rosa de

Bruna Pretel

A Divisão de Recursos Humanos (DRH São Paulo e Sorocaba) e o Hospital Santa Lucinda acabam de finalizar o terceiro ciclo de avaliação do corpo técnicoadministrativo do Hospital. “Trata-se de um instrumento de mão dupla”, considera Angela Renna, gerente da DRH. “A avaliação auxilia os gestores a acompanhar a atuação dos funcionários e a pensar em metas, e também ajuda o próprio funcionário a ponderar sobre seu desempenho”, completa. Os resultados da avaliação de 2010 (com dados referentes ao ano de 2009) foram apresentados na reunião do Conselho de Administração do Hospital Santa Lucinda, dia 20/8. De um resultado até 100% (conceito “muito satisfatório”), a média geral dos funcionários atingiu 84%, e a das chefias, 88%. O processo teve participação de todo o corpo administrativo do Hospital: 379 profissionais, sendo 236 de

Enfermagem, 125 técnicosadministrativos e 18 chefias. As avaliações de desempenho começaram em 2007. De acordo com Angela, o processo se iniciou como consequência da implantação, em 2006, do Plano de Cargos e Salários do campus Sorocaba (para funcionários do Hospital e do então Centro de Ciências Médicas e Biológicas, atual Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde). Até o final deste ano, o terceiro ciclo da avaliação deve ser realizado também com os funcionários e chefias da Faculdade.

Acervo DCI

Thiago Pacheco

Almeida da Silva, que acompanhava sua filha, Camila Almeida da Silva, internada no HSL. “Não esperava por essa visita tão especial”, confessou Kelen. “Num momento de dificuldade e tristeza, eles trouxeram muita alegria para nós”, elogiou. A apresentação do grupo Terapia do Riso foi coordenada pelo Grupo de Trabalho de Humanização (GTH) do HSL.

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Estágios no campus Consolação Estão abertas até 15/9 as inscrições de alunos de Ciência da Computação e Tecnologia e Mídias Digitais para estágio em EaD. Leia o edital em www.pucsp.br. www.pucsp.br

05 Antropologia

Documentário homenageia a obra de Carmen Junqueira A antropóloga Carmen Junqueira dedicou mais de quatro décadas de estudos e trabalhos à questão indígena. Um documentário recémlançado pelo Núcleo de Sociabilidade Libertária (Nu-Sol, Pós em Ciências Sociais), produzido pela TV PUC, celebra essa obra. Por meio de suas reminiscências e observações de campo, a própria Carmen vai tecendo um painel da vida dos povos indígenas, ao mesmo tempo em que apresenta a sua concepção de Antropologia. Carmen se graduou em Ciências Políticas e Sociais na Escola de Sociologia e Política, em 1959, e dou-

torou-se na Unicamp, em 1967. Uma das mais respeitadas indigenistas do país, suas pesquisas estão mais relacionadas aos povos kamaiurá (no Parque Indígena do Xingu, MT) e cinta-larga (no Parque Indígena do Aripuanã, MT/RO). “Ainda vou lá todo ano”, ressalta a docente. Professora emérita da PUC-SP desde 2002, Carmen começou a lecionar na Universidade em 1963. PIONEIRA – Além dos incontáveis alunos que formou na graduação, foi pioneira também na pósgraduação – ao criar, em 1973, o Programa de Es-

tudos Pós-Graduados em Ciências Sociais da PUC-SP. Além das narrativas e das reflexões da professora, o vídeo carmen junqueirakamauirá: a antropologia MENOR, lançado na noite de 30/8, no Tuca, traz o depoimento de quatro amigos, colegas, ex-alunos de Carmen: os professores Rinaldo Arruda, Lúcia Helena Rangel, Roberto Gambini e Betty Mindlin. PUC em Notícias apresenta, nesta edição, alguns trechos dessas declarações. Leia no texto e no quadro abaixo. Mais informações sobre o documentário podem ser obtidas pelo e-mail nusol@nu-sol.org.

“Conheci a Carmen como estudante. Fui sua aluna na graduação (1970). De professora, ela se tornou minha orientadora no mestrado, em 1974, e de orientadora se tornou minha amiga. Passei a freqüentar a casa da Carmen, a filha dela, a Verinha, ficou muito minha amiga, o Carlinhos ainda era pequeno, e o Abel, que na época era marido dela, e ficamos todos muito amigos. Carmen é uma pessoa que seduz, encanta, até hoje. Escolhi fazer Antropologia por causa dela. A gente acreditava que as mudanças da sociedade seriam benéficas para os povos indígenas do Brasil e de toda a América. É esse horizonte, de uma Antropologia engajada, de uma Antropologia politizada, da produção de um conhecimento que fizesse sentido

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Carmen, Darcy Ribeiro e Orlando Villas Boas, no Tuca

Carmen fala sobre suas pesquisas

Pesquisadores falam sobre Carmen “A Carmen é uma mulher pequena, frágil, mas quando entra no ambiente, está presente. Entrando, sempre, de forma desabrida e firme, ela também cria inimigos. Além disso, Carmen tem uma postura guerreira, é guerreira.” Rinaldo Arruda, prof. do Depto. Antropologia e coordenador do Núcleo de Estudos de Etnologia Indígena, Meio Ambiente e Populações Tradicionais da PUC-SP

fotos - Acervo DCI

Vídeo do Nu-Sol e da TV PUC traz depoimentos sobre seus mais de 40 anos de estudos em torno da temática indígena

histórico e político... Acho que essa é a maior lição da Carmen.” Lúcia Helena Rangel, profa. do Depto. Antropologia e diretora-adjunta da Faculdade de Ciências Sociais “Carmen tinha uma qualidade que superava a dos seus colegas da geração, porque era capaz de aliar o amor pela reflexão, e o interesse pelas idéias, com a alegria de viver, busca de liberdade, carinho, uísques deliciosos, comidas maravilhosas, muita risada... E assim eu comecei a ouvir falar de Antropologia de uma maneira nova, que eu nunca tinha ouvido falar no meu curso na Universidade de São Paulo. Porque a Carmen sempre falava de Antropologia, sempre falava de índio. Ela produziu uma obra que não é extensa, quantitativamente falando, mas é uma obra muito boa e

muito importante porque foi se decantando com o tempo. A Carmen cada vez mais precisa de menos palavras.” Roberto Gambini, sociólogo e analista “A Carmen foi um rio que passou em minha vida. É impossível ficar triste perto dela, é um sol que aparece na vida da gente. Nunca ela deixou de ser importante na política indigenista brasileira, ela sempre foi um marco, um farol, e isso, também, acho que não está devidamente documentado. Ela está no período de maior maturidade literária, está escrevendo que é uma beleza, como uma grande escritora. Os índios dizem que nunca viram uma professora tão boa.” Betty Mindlin, antropóloga e doutora em Ciências Sociais pela PUC-SP

“Eu fiz a Escola de Sociologia e Política. Mas na ESP, a rigor, eu me interessava por política. Um acidente, quase, me fez desviar a atenção para a Antropologia. O professor, Fernando Altenfelder Silva, distribuía leituras, para os alunos, de etnologia brasileira, e tinha um livro que ninguém queria pegar, porque era em inglês. E eu, como sabia mais ou menos inglês, peguei o livro. Foi uma coincidência danada, porque esse livro era sobre o Alto Xingu, a região que eu trabalho até hoje. Comecei a achar interessante, aquele negócio, intrigante, aquela sociedade, todo mundo sem roupa, sem governadores... O Eduardo Galvão, grande antropólogo, me aconselhou... “Por que você não vai para os kamaiurá?”. As primeiras viagens são as mais complicadas, porque você quer levar tudo e não usa nada. Mas, fui. Entrei na aldeia, parecia um sonho, aquele pátio enorme, circular, aquelas casas majestosas, em volta do círculo, criança brincando... Aí o tratorista põe suas malas no chão e vai embora. E você ali, no meio da aldeia, olhando... Então chegou um rapaz, e falei: ‘Não sei se o Orlando (Villas-Bôas, antropólogo brasileiro) avisou,

eu vim fazer pesquisa aqui’ Ele falou: ‘Ah, espera um pouquinho, você vai ficar na casa do chefe, que é o tacumã, e ele está chegando’. Eu continuei lá, esperando... é muito desajeitado, você fica sem-graça. Daí a pouquinho chegou o tacumã. Fui pra casa dele, a esposa me recebeu muito bem, montaram minha rede... Eu falei, bem, estou no céu, isso aqui não é na Terra, é aquilo pelo qual eu lutei a vida toda. Olhava, todo mundo igual, porque todo mundo sem roupa, com a mesma cara, mesmo cabelo, mesma cor de olhos... Não havia grandes gargalhadas, havia silêncio e penumbra nas casas, se ouvia mais a algazarra das crianças. Fui ficando cada vez mais certa de que aquilo era uma grande família harmoniosa... Em 1978, eu e a Betty (Mindlin), grande amiga, resolvemos conhecer outros povos. Escolhi os cinta-larga, lá de Serra Morena, noroeste de Mato Grosso. Os kamaiurá são um povo contido. Gargalhadas, crises de tristeza, isso tudo não era permitido, se devia fazer na sua rede, quieto. Nos cinta-larga, era exatamente o contrário. Como sou muito alegre, barulhenta, me identifiquei mais com os cinta-larga.

Gostaria realmente de transformar toda a minha observação da economia, do sistema de poder, da mitologia, enfim, da vida social e simbólica deles... Escrevo para que, daqui a algum tempo, tenham sua história registrada, porque já estão esquecendo certas coisas. Às vezes sou eu que tenho que relatar um mito que já não se lembram mais. Acho importante registrar tudo isso, os desenhos, as pinturas, e as práticas, principalmente o jogo do poder, que me interessa mais. Quer dizer, aquela disciplina que eu tinha virado as costas, na graduação, me pegou pelas costas, de novo. A idéia de analisar o poder acabou me mostrando que, em qualquer circunstância, as pessoas disputam, mesmo que o poder seja mínimo e que não haja privilégio material. O poder não é só privilégio material, tem um fascínio, uma sedução. Acho que mais nada, na vida social, tem tamanha sedução do que o poder... Cheguei à conclusão que todos os modelos são defeituosos, mas que tem uma coisa que prevalece, e é o poder, e é sobre ele que nós temos que trabalhar muito. Essa é a minha Antropologia, e eu estou satisfeita com ela.”

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3ª Feira do Livro PUC-SP

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13 a 18 de setembro e 20 a 25 de setembro

Lúcia Santaella - “A escrita como antídoto ao esquecimento” • Pela primeira vez, a professora fala sobre o conjunto de sua obra, internacionalmente reconhecida, sua vida e carreira. • 13/9, 19h30 - Auditório Joel Martins (P-65, 1º andar, prédio velho)

Christine Greiner, Marcelo Evelin e Gícia Amorim - “Sobre presuntos, luto e memória” C

• Uma conversa sobre a partida de grandes mestres da dança e o corpo em estado de crise na arte e na vida. A palestra aborda a obra de Kazuo Ono, Pina Bausch e Merce Cunningham e é realizada em parceria com o Aberto Desdobrado e o ciclo Encontros de Dança. • 13/9, 13h30 - Auditório Paulo Freire (andar superior, Tuca)

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Promoção do evento: Divisão de Comunicação Institucional | Layout: Núcleo de Mídias Digitais

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Pollyana Ferrari - “As eleições nas mídias sociais” • Experiente jornalista de internet e autora do recém-lançado A força da mídia social, a professora fala sobre os candidatos e o uso das mídias sociais. • 15/9, 19h30 - Auditório Joel Martins (P-65, 1º andar, prédio velho)

José Luiz Goldfarb - “Livro: papel ou digital? O que importa é ler” • Responsável pelo twitter @puc_sp e curador do Prêmio Jabuti, o professor fala sobre a chegada do livro digital ao Brasil. 20/9, 19h30 - Auditório Joel Martins (P-65, 1º andar, prédio velho)

Campus Perdizes

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Enem A PUC-SP não utilizará o resultado do Enem. A primeira chamada será divulgada em 21/12, não havendo tempo para utilizar o Enem, cujo resultado sairá em janeiro de 2011. www.pucsp.br

07 VI Colóquio Luso-Brasileiro

Professor português discute globalização e Direito Penal Thiago Pacheco A globalização é um fenômeno social inelutável, e é preciso aproveitar tal conjuntura para globalizar também os direitos e princípios fundamentais. Este foi o eixo em torno do qual o professor José de Faria Costa (catedrático de Direito Penal da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, Portugal, e presidente do grupo português da Associação Internacional de Direito Penal) discorreu o tema Direito Penal e globalização, em conferência na manhã de 25/8, na sala “Prof. Joel Martins” (sala P-65, prédio sede). Antes de efetuar a relação entre o Direito Público propriamente dito e a globalização, Costa apresentou algumas características fundamentais da contemporaneidade. “É impensável parar a globalização, trata-se de um desses fenômenos que se impõem a nós. No entanto, precisamos filtrá-la em termos críticos e conceituais”, defendeu. A principal crítica do professor partiu de uma análise sobre a contraposição existente entre a uniformização de bens e serviços e a do pensamento. “A globalização pretende nos dar bem-estar, por meio da circulação de bens. Estes se transacionam, tornam as coisas mais fáceis. Mas, ao lado disso, há custos. Em Bei-

jing, São Paulo, pelo mundo, vestimos as mesmas roupas e comemos as mesmas comidas, mas também vemos as mesmas notícias filtradas pela CNN”, alertou. “Recebemos tudo empacotado, em termos monolíticos, inclusive o pensamento. É como se dissessem: ‘Dou bem-estar, em contrapartida, não pensem’. Os intelectuais devem lutar contra essa situação”. Para Costa, um dos caminhos é refletir sobre o que mais a globalização pode trazer: por exemplo, o fenômeno da universalização dos princípios e direitos fundamentais ao Estado democrático. Segundo o jurista, a própria idéia de estado-nação está se diluindo na Europa (embora, observe, nos países emergentes, como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul aconteça exatamente o oposto: o reforço da identidade). “A matriz do estado-nação se apóia em três aspectos: cunhar moedas, fazer a guerra e administrar a Justiça. Na Europa de hoje, nenhum país mais faz moeda, temos o euro; não temos mais Exército; apenas a administração da Justiça se mantém, e mesmo aí há mudanças”, argumentou. DIREITO PENAL – Segundo o professor, o Direito Penal é o “último reduto” do estadonação: “Com facilidade os países abrem mão do Direito

Civil, do Direito de Família, em nome de acordos internacionais. Apenas recentemente, porém, iniciaram esse movimento em relação ao Direito Penal”, declarou. Como exemplos dessa “erosão da administração e execução penal”, citou o mandado de detenção europeu – que pode ser emitido pelo Ministério Público Europeu em qualquer país da comunidade – e o Tribunal Penal Internacional. Costa reiterou as dificuldades quanto à globalização desta disciplina jurídica, pelo menos em relação à Europa. Para ele, não há uma matriz comum européia, mas situações específicas: “O furto na Dinamarca é diferente do furto em Portugal, possuem valores distintos. Por isso, é muito difícil criar um só Código Penal para todos os países”. No entanto, apesar dessa dificuldade, o professor exortou a necessidade de os profissionais do Direito manterem-se vigilantes em relação aos direitos fundamentais: segundo ele, há valores que já são considerados universais, mas ainda são afrontados (como exemplo, citou situações de escravidão trabalhista na Europa). “O crime faz parte de nossa natureza, é um dado antropológico que nunca será erradicado. De forma que o Direito Penal sempre se fará necessário, como regulação, e também como instrumento

Bete Andrade / DCI

José de Faria Costa defendeu a necessidade de universalizar os direitos e princípios fundamentais

Jurista português afirmou, em palestra, que Direito Penal é o “último reduto” do estado-nação da luta pela globalização dos princípios e direitos fundamentais do homem”. TRANSFORMAÇÃO – Participaram da conferência os professores Marco Antonio Marques da Silva (vice-coordenador do Pós em Direito e coordenador do Grupo de Pesquisa Dignidade Humana e Estado Democrático de Direito), Ricardo Hasson Sayeg (cordenador do Núcleo de Pesquisa do Capitalismo Humanista), Roberto Baptista Dias da Silva (coordenador do curso de Direito, representando a direção da Faculdade de Direito) e o advogado Nelson Faria de Oliveira (secretário-geral administrativo da Comunidade de Juristas

de Língua Portuguesa, CJLP). Na platéia, além de docentes, estiveram presentes alunos de graduação e pós-graduação. Os integrantes da mesa também teceram algumas considerações sobre o tema do evento. Para o professor Marques da Silva, a globalização trouxe avanços, mas também “globalizou as angústias”: “O Direito deve intervir, atuar pela transformação social e por um mundo mais justo, em que a dignidade humana seja uma constante”. Já o professor Sayeg afirmou que a palestra de Costa teve o efeito de “tirar-nos do discurso de alienação em que vivemos, apesar de nos mantermos o tempo todo conectados”. Segundo ele, uma das tarefas de

seu grupo de estudos é “entender as outras dimensões da globalização, abandonando essa alienação em relação aos detentores do poder econômico, que estabelecem nossa conduta, e pior, nossa dominação”. Em nome da CJLP (entidade que reúne juristas dos oito países de língua portuguesa, com sede em Lisboa), Oliveira enfatizou a força que os profissionais da área do Direito possuem para mudar o mundo e diminuir as diferenças de classe, raça, gênero. “Há 30 anos, estávamos onde estão hoje, e esperamos que no futuro estejam aqui. Portanto, só com vocês cumpriremos o objetivo da transformação social”.

Evento também terá debates com outros professores

Comunidade se reuniu na capela do campus Perdizes

De 13 a 25/9, o campus Perdizes é sede da 3ª Feira do Livro da PUC-SP, que reúne mais de 40 editoras. Para participar, todas têm de oferecer descontos de, pelo menos, 20% em suas publicações. Aberto a toda a comunidade e também ao público externo, o evento ocorre de segunda a sexta-feira, das 9 às 22h, e aos sábados, das 9 às 17h. A Feira do Livro conta ainda com uma programação cultural que reúne nomes nacional e internacionalmente reconhecidos para discutirem suas obras junto ao público: veja programação na pág. 6.

Os 64 anos da PUC-SP, comemorados em 22/8, foram celebrados no último dia 25/8, com uma missa na capela do campus Perdizes. Conduzida por Dom Edmar Peron, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, responsável pela presença da Igreja nas Universidades, juntamente com o pe. Vando Valentini, coordenador da Pastoral Universitária e do pe. Valeriano Costa, diretor da Faculdade de Teologia, a missa contou com a presença dos gestores da Universidade e integrantes de todos os segmentos da comunidade.

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Pesquisadora realiza palestra dia 13/9, às 19h30

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História Missa marca aniversário da PUC-SP

Acervo DCI

Feira do Livro Lucia Santaella discute sua obra

Celebração foi conduzida por Dom Edmar Peron

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Games Estão abertas, até 25/10, as inscrições para o 3º Festival PUC-SP de Criação e Desenvolvimento de Games. Acesse www.pucsp.br para saber mais. www.pucsp.br

08 Comemoração

Novo centro de memória marca 45 anos do Tuca Teatro consegue patrocínio para estrutura, digitalização e captação de material histórico ção de mobiliário adequado e de ar-condicionado, entre outras coisas. Inclui ainda a assessoria de uma consultora na área e de um estagiário, também previstos no orçamento do patrocínio já conseguido. O que torna o presente ainda mais especial, no entanto, é que ao, mesmo tempo que este patrocínio era conseguido para a reforma, o teatro foi beneficiado por uma outra parceria, desta vez com a Imprensa Oficial. O órgão irá digitalizar e oficializar toda a massa documental (leia box) do Tuca, sem qualquer ônus para a PUC-SP. Todo o trabalho de reestruturação física e de digitalização do acervo deve durar, no máximo, até fevereiro de 2011. Segundo a superintendente do Tuca,

História do Tuca se mistura à do país O Tuca é um dos maiores patrimônios culturais da cidade. Inaugurado em 1965, transformou-se num marco da história das artes cênicas no Brasil desde a sua estréia, com a encenação da peça Morte e Vida Severina. Baseada em um poema de João Cabral de Melo Neto, musicado por Chico Buarque e dirigido por Roberto Freire, o espetáculo foi encenado por um grupo de jovens atores, aplaudidos na estréia por mais de dez minutos. No ano seguinte, a peça venceu o Festival Mundial de Teatro Universitário, em Nancy (França). O Tuca se colocou como um dos espaços de resistência político-cultural ao regime militar. Importantes nomes da cultura passaram pelos seus palcos: Caetano Veloso, Gilberto Gil, Os Mutantes, Gal Costa, Vinícius de Moraes, Toquinho, Mercedes Sosa, Maria Betânia, Elis Regina, Astor Piazzolla, Sarah Vaughan, Nara leão, Chico Buarque, Milton Nascimento... Foi no Tuca, em 1979, que os brasileiros receberam o educador Paulo Freire, em sua volta do exílio. O teatro

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também viu debates, eventos acadêmicos e manifestações com a presença de inúmeros intelectuais e políticos, como Alceu Amoroso de Lima, Dom Hélder Câmara, Celso Furtado, Edgar Morin e Orlando Villas-Bôas. Em 1977, o Tuca recebeu atividades da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), um dos fatores que levaram à invasão da PUC-SP por tropas da PM, em setembro. Não foi a única tentativa de intimidar o Tuca e a PUC-SP: em 1984, dois incêndios arrasaram o teatro. O primeiro foi considerado criminoso pela Justiça. Após os incêndios, o Tuca voltou a funcionar com a mobilização da sociedade civil. Em 2003, uma reforma modernizou o teatro, mantendo,

no entanto, referências à sua história. Hoje, a programação do teatro é variada e inclui peças, shows, exposições e outras atividades acadêmicas e culturais. Por meio de seu Centro de Artes Cênicas, o Tuca também oferece cursos de teatro (profissionalizante e para iniciantes). A programação atualizada pode ser conferida em www.teatrotuca.com.br.

professora Ana Salles Mariano, durante este período o acervo continuará acessível, para consulta, a pesquisadores e interessados em geral. ORALIDADE – Junto ao processo de reestruturação do Centro de Documentação e Memória, o Tuca inicia uma campanha para captar material e depoimentos orais sobre a história do teatro, junto à sociedade em geral. “Com a nova estrutura teremos condições de receber, digitalizar e armazenar as coisas relativas ao Tuca que as pessoas queiram doar ou emprestar e, assim, ampliar ainda mais o acesso à história do teatro. Para a captação e edição dos depoimentos, fechamos parceria com a TV PUC”, afirma a superintendente.

Acervo inclui documentos, fotos e cartazes dos espetáculos O Centro de Documentação e Memória do Tuca existe desde 2006 como um acervo organizado e disponível para consulta da comunidade interna e externa. “Mesmo sem ter uma estrutura adequada, recebemos muita gente nestes anos. Quem costuma nos procurar são jornalistas, arquitetos, estudantes e até mesmo fãs”, conta Luiza Novaes (foto), citando a recente visita de uma admiradora do cantor Pedro Mariano. A moça esteve no CDM para ter acesso ao material de um show realizado em homenagem a Elis Regina, com participação dos filhos Pedro e João Marcelo, dez anos após a morte da cantora. Formada em Ciências Sociais, Luiza atualmente cursa mestrado em História (PUCSP) e especialização em Gestão de Bens Culturais (FGV). Começou no CDM como estagiária, em 2005, e há cerca de dois anos se tornou documentalista júnior. Sob a orientação do prof. Antonio Rago Filho, finaliza a dissertação Produção cultural do Tuca, da década de 60 até os dias atuais. Luiza trabalha ao lado do

estagiário Rafael Monteiro Romão, terceiranista de História, ambos sob a coordenação da professora Ana Salles Mariano, superintendente do Tuca. MATERIAL – O acervo abrange correspondências, contratos, cessão de uso do auditório, aprovação da censura (exercida durante a Ditadura), alvarás de exibição, roteiros de espetáculo, programação, balanços financeiros da bilheteria, recortes jornalísticos e materiais de divulgação dos espetáculos realizados no Tuca e clipping de reportagens e anúncios, além

de fotografias e gravações audiovisuais. Vale ressaltar que a documentação aberta ao público está organizada em dossiês de espetáculos, contendo diferentes tipologias referentes às etapas de produção e pós-produção desses eventos, sejam espetáculos teatrais, musicais ou acadêmicos. O CDM conta com o apoio técnico do Centro de Documentação e Informação Científica “Prof. Casemiro dos Reis Filho”, da PUC-SP, que também está participando do processo de reestruturação do CDM. Acervo DCI

O Tuca comemora 45 anos, dia 11/9, reverenciando sua memória. O que não quer dizer que o teatro esteja parado, vivendo do passado. Pelo contrário. A intensa programação do Tuca tem mantido até cinco peças em cartaz, simultaneamente, cursos de teatro, eventos acadêmicos e locação de espaço para empresas realizarem ações corporativas. Em agosto, o teatro também foi palco de dois debates que ajudam a definir os rumos do país: os candidatos com maior intenção de voto para a presidência do país e para o governo do Estado discutiram seus projetos no Tuca, a convite da Folha de S.Paulo e do UOL.

A memória, portanto, não tem sentido de saudosismo para o Tuca, em sua chegada aos 45, mas de conquista. Afinal, de depois de anos de trabalho e tentativas, dois projetos importantes acabam de ser aprovados para o teatro. Formam, juntos, um presente de aniversário para o Tuca, mas também para a sociedade que ajuda a construir a história deste teatro, um marco da democracia e da cultura no país (leia texto abaixo). A novidade é que, este mês, começa a estruturação completa do Centro de Documentação e Memória do Tuca, o CDM. Aprovada pela Lei Rouanet e com recursos cedidos pelo Banco Safra, a obra inclui reforma do espaço onde hoje já funciona o CDM (em uma sala na lateral do Tuca), instala-

Bete Andrade / DCI

Thaís Polato

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