Edição 20

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Artigo

Educ

Vestibular de inverno

Professor fala sobre a paixão pelo futebol

Lançamentos

Estão abertas até 9/6 as inscrições para o Vestibular de Inverno da PUC-SP. A prova se realiza em 13/6. As inscrições devem ser feitas pelo site www.vestibular.pucsp.br, onde também é possível ter acesso ao manual do candidato. O resultado será divulgado em 21/6. |pág. 3

A proximidade da Copa do Mundo da África movimenta a mídia e os torcedores de todo o mundo. Nesta edição, o professor Darcio Martins Geniccolo escreve sobre sua paixão pelo futebol, tema que estuda, relacionando a questão a aspectos econômicos. Martins é

Conheça os últimos lançamentos da Educ (Editora da PUC-SP), realizados por professores e pesquisadores da Universidade. Há títulos nas áreas de filosofia, ciências sociais, história, publicidade e semiótica. Alguns são resultado de teses e dissertações. |pág. 8

Priscila Lacerda

Processo Seletivo

professor do Depto. de Economia da PUC-SP, graduado em Administração Pública (FGV) e mestre em Economia (PUC-SP). Em seu artigo, lança as perguntas: de onde vem tanto interesse por este esporte? O que move o mercado do futebol? |pág. 7

www.pucsp.br Ano 2 Número 20 2ª quinzena maio - 2010

Jornal quinzenal da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Financiamento estudantil

Cultura

Fies muda regras e diminui juros Inscrições estão abertas permanentemente

Memória Despedida à professora Téia

SUS Professores e alunos participam do programa PET-Saúde, no campus Sorocaba

Marquês PUC Inovação é apresentado

No início de maio, a Universidade perdeu a professora Tereza Maria de Azevedo Pires Sério, a Téia. Além de intelectual reconhecida em sua área Psicologia), a docente foi lembrada por professores, funcionários, alunos, ex-alunos e familiares, em ato realizado em 10/5, como alguém que tem sua história de vida misturada à própria história da PUC-SP. Ainda nesta edição, trazemos uma reportagem sobre a homenagem da comunidade sorocabana ao quartanista de Medicina André Moraes Arantes, de 22 anos. O aluno morreu em 1º/5, vítima de um grave acidente de trânsito na cidade. Mais de 500 pessoas foram à sua missa de sétimo dia e saíram em seguida passeata pelas ruas da cidade, pedindo paz no trânsito. |pág. 4, 5 e 8

O PET-Saúde iniciou suas atividades no campus Sorocaba, em 19/5 (foto). A Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (FCMS) participa do programa em parceria com a prefeitura municipal. 185 integrantes estão envolvidos no trabalho, a maior parte formada por estudantes dos cursos de Ciências Biológicas, Enfermagem e Medicina. O projeto da FCMS será desenvolvido por cinco grupos, cada um composto por um docente, seis profissionais da Secretaria Municipal da Saúde, 12 alunos monitores bolsistas e mais 18 alunos monitores não-bolsistas. As ações serão desenvolvidas nas Unidades de Saúde dos bairros Aparecidinha, Carlos Amorim, Habiteto, Vila Sabiá e Vitória Régia. A estudante do 3º ano do curso de Medicina, Luciana Helena Benetti, participou do PET-Saúde 2009 e, este ano, estará novamente no pro-

O campus Marquês de Paranaguá serviu de local para o início das apresentações que a equipe da ViceReitoria pretende fazer, por todos os campi, do projeto PUC Inovação. O primeiro encontro foi realizado dia 6/5. De acordo com o vice-reitor Antonio Vico Mañas, o PUC Inovação pretende reunir iniciativas da comunidade, por meio de projetos, de forma a fomentar a captação de recursos para a Universidade e a prestação de serviços e consultorias para empresas e órgãos públicos. Os encontros são organizados pelo Departamento de Desenvolvimento de Pessoal (Divisão de Recursos Humanos), com apoio do Núcleo de Comunicação Mercadológica (Divisão de Comunicação Institucional). Já há outras datas de encontros marcadas. Mais informações sobre o PUC Inovação em www.pucsp.br/ puc-inovacao. |pág. 2

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Sérgio Said

Divulgação

O Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), programa do Ministério da Educação (MEC), tem novidades. Os juros caíram para 3,4% ao ano e o financiamento pode ser solicitado em qualquer período. As inscrições são feitas pelo Sistema Informatizado do Fies (SisFIES). No site também é possível conhecer o passo a passo para solicitar o financiamento: inscrição no SisFIES; validação das informações e contratação do financiamento. Atualmente, cerca de 390 alunos da PUC-SP contam com o Fies. Desde 1999, quando o programa foi criado, mais de 2.300 estudantes da

Universidade já tiverem o benefício. Podem solicitar o financiamento estudantes regularmente matriculados em cursos de graduação não gratuitos que tenham obtido avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) e que sejam oferecidos por instituição de ensino superior participante do Programa. É necessário apresentar um fiador para recorrer ao financiamento. Para os estudantes que se candidatarem ao Fies este ano não é necessário ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Já aos estudantes ingressantes a partir do primeiro semestre do ano letivo de 2011 será exigido que tenha prestado o Enem. |pág. 3

Da Redação

grama. Dizendo-se muito motivada, Luciana afirma que a integração com a comunidade e com os colegas de outros cursos é muito importante. “Gostei muito de ter participado e ajudar a comunidade”, resumiu. Mesmo para os estudantes que nun-

ca participaram do PET-Saúde, a expectativa é grande. Este é o caso de Laís Rosa e Queren Hapuque, ambas do 1º ano de Enfermagem. “Quero aprender mais e poder continuar o trabalho iniciado pela turma de 2009”, afirmou Queren. |pág. 6

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Dilemas éticos O Depto. de História promove, dia 29/5, às 9h, a Conferência dilemas éticos contemporâneos, com Roberto Romano da Silva, na sala 521 (5º andar, Prédio Novo). Informações: histpos@pucsp.br. www.pucsp.br

02 PUC Inovação

Com os mesmos sentimentos teve que lidar o elenco do espetáculo Alma boa de Setsuan, em cartaz no Tuca. Em plena temporada, de imenso sucesso, e também forma repentina, a produção perdeu, dia 19/5, o ator Marcos Cesana. Mas, como diz o velho ditado, “o espetáculo não pode parar”. Depois de render homenagens ao amigo, experiente ator e dramaturgo, com uma carreira que estava em plena ascensão, a produção integrou ao elenco Laerte Mello e voltou a apresentar o espetáculo no último dia 21/5.

2ª quinzena de maio - 2010 Grão-Chanceler: Dom Odilo Pedro Scherer Reitor: Dirceu de Mello Vice-reitor: Antonio Vico Mañas Pró-Reitores: André Ramos Tavares (Pós-Graduação) Haydee Roveratti (Educação Continuada) Hélio Roberto Deliberador (Cultura e Relações Comunitárias) José Heleno Mariano (Planejamento, Desenvolvimento e Gestão) Marina Graziela Feldmann (Graduação) Chefe de Gabinete: Claudio José Langroiva Pereira Diretora da Divisão de Comunicação Institucional: Eveline Denardi (MTb 27.655) Editora: Thaís Polato (MTb 30.176) Reportagem: Bete Andrade Eveline Denardi Priscila Lacerda Thaís Polato Thiago Pacheco Assistente-administrativa: Vera Lucas Projeto Gráfico e Editoração: Núcleo de Mídias Digitais Impressão: Artgraph Tiragem: 2 mil exemplares Redação: Rua Monte Alegre, 984, sala T-34 Perdizes, São Paulo, SP CEP 05014-901 Tel.: (11) 3670-8196 E-mail: comunicacao@pucsp.br

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Equipe apresenta programa no campus Marquês de Paranaguá Prestação de serviços a empresas e órgãos públicos e captação de recursos para a Universidade são objetivos do programa Thiago Pacheco A equipe da Vice-Reitoria iniciou em maio a apresentação do projeto PUC Inovação para toda a comunidade universitária. O primeiro encontro foi realizado dia 6/5, no anfiteatro do campus Marquês de Paranaguá: no total, cerca de 50 professores e funcionários compareceram às duas sessões do evento para entender o funcionamento do programa. De acordo com o vicereitor Antonio Vico Mañas, o PUC Inovação pretende reunir iniciativas da comunidade, por meio de projetos, de forma a fomentar a captação de recursos para a Universidade e a prestação de serviços e consultorias para empresas e órgãos públicos. “A PUC-SP não pode parar no tempo. Precisamos inovar, buscar soluções originais para nos mantermos vivos e competitivos. O PUC Inovação pretende fazer da instituição uma das mais destacadas prestadoras de serviço ligadas ao setor educacional, no Brasil e no mundo, preservando sua prática acadêmica humanista, solidária e cristã”, declarou. O professor Ricardo Zanotta, assessor da Vice-Reitoria e integrante do PUC Inovação, apresentou em números o potencial da Instituição nessa modalidade: “O faturamento da PUC-SP é de R$ 400 milhões ao ano. Há universidades que, só com a prestação de serviços, captam R$ 200 milhões”. E provocou a platéia: “Atualmente, toda nossa receita está baseada nas mensalidades. Mas e se tivéssemos que atingir 30% da receita por meio da prestação de serviços? Capital intelectual para isso nós temos, e iniciamos também um mecanismo para incentivar e agrupar essas idéias. Dependemos

agora dos projetos de vocês: quem vai responder se a PUC-SP pode ser uma instituição inovadora é a comunidade, e não a Reitoria ou a Fundação São Paulo”. CRIATIVIDADE – Envolver professores, funcionários e alunos no PUC Inovação, incentivando a participação e a proposição de projetos por meio do programa, é o principal objetivo das apresentações. “Perdemos oportunidades, muitas vezes, porque as pessoas da comunidade têm idéias, mas não sabem quem procurar. A PUC-SP propicia a criatividade, e o PUC Inovação é exatamente a área da instituição em que vamos reunir essas idéias, formatá-las em projetos e vender”, explicou o vice-reitor. Os encontros estão sendo organizados pelo Departamento de Desenvolvimento de Pessoal (Divisão de Recursos Humanos), com apoio do Núcleo de Comunicação Mercadológica (Divisão de Comunicação Institucional). No dia 1/6, às 17h30, haverá uma apresentação dirigida a professores e funcionários da Faculdade de Direito e da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (campi Monte Alegre e Santana), no auditório “Paulo de Barros Carvalho” (sala 239, 2º andar, prédio novo, campus Monte Alegre). As inscrições devem ser feitas pelo e-mail rh_capacitacao@pucsp.br, informando nome, e-mail e telefone. REMUNERAÇÃO – O PUC Inovação existe desde fevereiro de 2009. Desde então, foram realizados alguns eventos no âmbito do programa e uma parceria com a SKY para oferecer cursos de extensão aos assinantes da operadora de TV a cabo. Segundo Vico, esse período foi dedicado à re-

Thaís Polato / DCI

Não é fácil escrever o editorial deste jornal, que traz a triste notícia da morte de dois membros de nossa comunidade. O que torna esta tarefa possível, no entanto, é o mesmo sentimento que moveu as homenagens realizadas a Téia e André: para além da tristeza, que suas repentinas ausências causaram, todos celebraram suas intensas vidas e se dispuseram a apoiar uns aos outros e “tocar em frente”.

Vice-reitor Antônio Vico Mañas está à frente do programa gulamentação e também à promoção de acertos e desenvolvimento de alguns pontos específicos do programa – por exemplo, em relação à remuneração das pessoas envolvidas nos projetos. “Há possibilidade de remuneração para cada ação que seja viabilizada”, esclareceu o professor Eduardo Nakamiti, integrante do PUC Inovação e assessor da Vice-Reitoria. “Os proponentes terão participação nos resultados e poderão receber até 6% do valor contratado. Outros 20% serão encaminhados para a Fundação São Paulo. Dos 74% restantes, uma parte ficará para os custos de implementação do projeto e outra parte será destinada, como incentivo, aos gestores e executores do projeto. Ainda destinaremos um percentual desse montante para um fundo, administrado pela Reitoria, voltado a investimentos em

tecnologia, infra-estrutura e benefícios para funcionários”, pontuou. INTERESSADOS – A equipe do PUC Inovação (que inclui também os professores Geraldo Gianini, Luiz Carlos Rusilo, Flávio Crocce Caetano e o funcionário Ricardo Dias) já está à disposição da comunidade. Os interessados em apresentar projetos podem entrar em contato pelo telefone (11) 3670-8284 ou pelo e-mail pucinovacao@ pucsp.br. É preciso informar o nome do proponente, setor, telefone, e-mail, componentes da equipe (quando houver), descrição e classificação (projeto, idéia ou indicação), justificativa, objetivos, cliente/público alvo e necessidades operacionais. Mais informações sobre o PUC Inovação podem ser obtidas na página www. pucsp.br/puc-inovacao. Thiago Pacheco / DCI

Editorial

PUC Inovação apóia iniciativa ambiental Estão abertas as inscrições para os interessados em participar da 15ª edição do mutirão de limpeza realizado pela entidade Zeladoria do Planeta do Brasil (ZPB). A varrição ocorre na avenida Paulista, no próximo dia 30/5. A iniciativa é uma parceria da ZPB, Aiesec e PUCSP, no âmbito do PUC Saudável e PUC Inovação. Para se inscrever, basta enviar e-mail para puc@zpb.org.br. Saiba mais sobre o projeto em www.zpb.org.br.

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Colóquio Dia 29/5, às 8h, no campus Monte Alegre, se realiza o IV Colóquio de Fonoaudiologia, Educação e Psicopedagogia. Inscrições: http://coloquiofpe.blogspot.com. www.pucsp.br

03 Fies

Financiamento estudantil muda regras e diminui juros Em novo formato, programa fica com inscrições permanentemente abertas O Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), programa do Ministério da Educação (MEC), tem novidades este ano. Agora, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação é o novo Agente Operador do Programa. Os juros, que já chegaram a ser de 9,5%, caíram para 3,4% ao ano e o financiamento pode ser solicitado em qualquer período, ou seja, não há mais período determinado para adesão. As inscrições são feitas pelo Sistema Informatizado do Fies (SisFIES). Para acessar as informações sobre o Fies e realizar a inscrição, basta ir ao endereço http:// sisfiesportal.mec.gov.br. No site também é possível conhecer o passo a passo para solicitar o financiamento: inscrição no SisFIES; validação das informações e contratação do financia-

mento. Atualmente, cerca de 390 alunos da PUC-SP contam com o Fies. Desde 1999, quando o programa foi criado, mais de 2.300 estudantes da Universidade já tiverem o benefício. “O novo formato aumenta ainda mais as possibilidades dos estudantes de arcarem com seus estudos quando já estiverem no mercado de trabalho. Também amplia o acesso a universidades de qualidade, como a PUC-SP, contribuindo para o desenvolvimento do país”, afirma o professor Hélio Roberto Deliberador, pró-reitor de Cultura e Relações Comunitárias. INGRESSO – Podem solicitar o financiamento estudantes regularmente matriculados em cursos de graduação não gratuitos que tenham obtido avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior

Publicidade e Propaganda Curso leva cinco prêmios

Conheça as novas condições de pagamento

Renato Stockler / DCI

Da Redação*

Fase de utilização Durante o período de duração do curso, o estudante pagará, a cada três meses, o valor máximo de R$ 50, referente ao pagamento de juros incidentes sobre o financiamento. Fase de carência Após a conclusão do curso, o estudante terá 18 meses de carência para recompor seu orçamento. Nesse período, o estudante pagará, a cada três meses, o valor máximo de R$ 50, referente ao pagamento de juros incidentes sobre o financiamento. Fase de amortização Encerrado o período de carência, o saldo devedor do estudante será parcelado em até três vezes o período financiado do curso, acrescido de 12 meses.

(Sinaes) e que sejam oferecidos por instituição de ensino superior participante do Programa. O estudante somente poderá solicitar o financiamento para um único curso de graduação em que estiver regularmente matriculado. Não serão considerados regularmente matriculados os estudantes cuja matrícula acadêmica esteja em situação de trancamento geral de disciplinas durante o período de inscrição no Fies. Também

é necessário apresentar um fiador para recorrer ao financiamento. Para os estudantes que se candidatarem ao Fies este ano não é necessário ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Já aos estudantes ingressantes a partir do primeiro semestre do ano letivo de 2011 será exigido que tenha prestado o Enem.

Vestibular Inscrições

Notas Jornada de Enfermagem

* Com informações do Ministério da Educação

Exemplo Um estudante que financiou todo o curso com duração de 4 anos pagará desta forma: Durante o curso: pagamento trimestral de até R$ 50. Carência: nos 18 meses após a conclusão do curso, o estudante pagará, a cada três meses, o valor máximo de R$ 50. Amortização: ao final da carência, o saldo devedor do estudante será dividido em até 13 anos [3 x 4 anos (período financiado do curso) + 12 meses].

Fono

Estudantes viajaram ao Espírito Santo para a premiação Bete Andrade O curso de Publicidade e Propaganda venceu cinco das sete categorias da 18ª Exposição da Pesquisa Experimental em Comunicação. Os alunos foram vitoriosos nas categorias Agência Jr, Campanha Publicitária, Cartaz, Outdoor e Fotografia Artística. O evento aconteceu de 13 a 15/5, durante o 15º Congresso Brasileiro de Ci-

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ências da Comunicação da Região Sudeste, realizado na Universidade Federal do Espírito Santo. Os alunos da PUC-SP são os únicos representantes da Região Sudeste inscritos no 33º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, que ocorre de 2 a 6/9, na Universidade de Caxias do Sul. Na ocasião, concorrerão com alunos de instituições de ensino superior de outras regiões do país.

Estão abertas, até 9/6, as inscrições para o vestibular de inverno da PUC-SP. A prova será realizada na manhã de 13/6. As obras exigidas são: Antologia poética (com base na 2ª edição aumentada, Vinicius de Moraes); Capitães da areia (Jorge Amado); Dom Casmurro (Machado de Assis); O cortiço (Aluísio de Azevedo) e Vidas secas (Graciliano Ramos). As incrições devem ser feitas pelo site www.vestibular. pucsp.br, onde também é possível ter acesso ao manual do candidato. O processo seletivo oferece vagas nos campi Monte Alegre, Barueri, Santana e Sorocaba, assim como na Faculdade Santa Marcelina e Faculdades Integradas Rio Branco. Os resultados serão divulgados em 21/6 e a primeira chamada de matrículas será dias 22 e 23/6. Informações: (11) 3670-3344.

SZS Comunicação

Acervo pessoal

Bete Andrade

Beatriz Barros Picchi (foto) é aluna do quarto ano de Enfermagem e foi uma das participantes da 6ª Jornada de Enfermagem, de 12 a 15/5, no campus Sorocaba. Para ela, a atividade é essencial a um profissional que está prestes a encarar a realidade. “Temos contato com profissionais conceituados”, afirmou. Já para o novato Tiago Oliveira Melo, do 1° ano, a jornada traz muito mais

que a realidade, traz a história da enfermagem. “Além de representar a integração com profissionais e alunos, a jornada resgata a história da enfermagem. Tive contato com coisas que eu não conhecia”, declarou. A atividade foi promovida pela Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (FCMS), Hospital Santa Lucinda (HSL), Prefeitura de Sorocaba e Centro Acadêmico 12 de Maio.

Dias 28 e 29/5, a partir das 9h, o Pós em Fonoaudiologia promove o Seminário em Clínica e Pesquisa, no auditório “Paulo de Barros Carvalho” (sala 239, 2º andar, prédio novo). Acesse www.pucsp.br para conhecer a programação. Informações: (11) 36708518.

África Até 28/5, acontece no campus Monte Alegre, saguão da Biblioteca Nadir Gouvêa Kfouri (térreo, prédio novo), a exposição AfroBrasil. A proposta do evento é apresentar a proximidade histórica e cultural da África e do Brasil. Realizada pelos estudantes africanos da PUC-SP, a exposição é uma parceria das pró-reitorias de Cultura e Relações Comunitárias e de Graduação, do Centro de Estudos Africanos (Cecafro) e do Setor de Atendimento Comunitário (PAC).

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Jornalismo Até 28/5, se realiza a Semana de Jornalismo 2010, com o tema Jornalismo e Direitos Humanos, no campus Monte Alegre. Acesse a programação em www.pucsp.br. www.pucsp.br

04 Memória

PUC-SP se despede da professora Téia, em ato que lembrou Thiago Pacheco

TRAJETÓRIA – Téia in-

gressou como aluna do curso de Psicologia da PUC-SP em 1968. Concluiu o curso em 1973, mas iniciou a carreira docente antes disso, como monitora, em 1971. Formada, passou a integrar

a equipe de Metodologia Científica do Ciclo Básico (1971 a 1987) – experiência marcante para ela, para a Universidade e para a sociedade brasileira. Os professores eram organiza-

dos em grupos de trabalho e elaboravam tudo juntos: currículo, formato das aulas e material didático; as equipes que ministravam as aulas eram interdisciplinares, assim como as classes eram formadas por alunos de diversos cursos. “Queríamos uma Universidade mais democrática, que abrisse novos canais de comunicação. Essa esperança era uma marca. Havia um otimismo, uma crença de que era possível interferir na realidade mais perto da gente, que era a Universidade, para produzir resultados sociais mais abrangentes”, afirmou Téia ao Jornal da PUC-SP, em 2001, em reportagem sobre os 30 anos do Ciclo Básico. “Existia uma experiência de Universidade que hoje não há mais. Acho que a PUC-SP deveria pensar um projeto que colocasse de novo em pauta aspectos que o Ciclo Básico trouxe”, defendeu, na ocasião. Téia tornou-se mestre em Psicologia Social, pela PUC-SP, em 1983, e, em

1990 concluiu o doutorado, em Psicologia Experimental, na USP. Em 1999, integrou o grupo que criou o programa de Pós em Psicologia Experimental: Análise do Comportamento da PUC-SP. Orientou 40 mestrados e um doutorado, além de 13 trabalhos de conclusão de curso (TCC´s) e 29 pesquisas de iniciação científica. Militante, foi também uma das fundadoras da Associação dos Professores da PUC-SP (Apropuc), em 1976, e participou de inúmeros movimentos e mobilizações na Universidade, ao longo dos anos. Mas números e datas são frios. A transcrição dos depoimentos realizados durante o ato, embora não possa transmitir a emoção da homenagem, permite dimensionar a força da participação de Téia na história da PUC-SP e das pessoas que conviveram com ela. E podem ajudar a explicar os motivos que levaram tanta gente, de tantas idades, áreas de saber, e épocas, a se reunir por ela.

“Nosso último encontro terminou com um abraço afetivo, na entrega do título a Maria do Carmo Guedes. Gostaria de lembrar a intensidade da história que vivemos na PUC-SP. Da maneira como fizemos uma construção coletiva, superando diferenças menores em nome de causa maiores. Ela era guerreira e devemos continuar fazendo, coletivamente, a história da Universidade e do país.”

“Fui aluna da PUC-SP nos anos 70. Não fui aluna da Téia, mas nos encontramos nas grandes lutas dessa Universidade. Ela deixou uma marca grande em cada um de nós. A gente via nela uma direção, era um exemplo de coragem, postura, luta. Fizemos passeatas juntas... Como foi importante viver isso. Que a lembrança desses bons momentos seja suporte para agüentar o agora.”

Maria da Graça Gonçalves, ex-diretora da antiga Faculdade de Psicologia

Sandra Mraz, diretora da Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artes

Fotos: Thaís Polato / DCI

“A Téia era, claramente, certamente, o signo da PUC-SP, tanto pelo trabalho acadêmico quanto pela mobilização político-institucional que fazia aqui dentro”. “Parte de mim, parte desta Universidade vai com ela”. A primeira frase é do professor Luiz Augusto de Paula Souza, o Tuto, diretor-adjunto da Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde; a segunda, do professor Hélio Deliberador, pró-reitor de Cultura e Relações Comunitárias da PUC-SP. Ambas foram ditas durante o ato que homenageou a professora Tereza Maria de Azevedo Pires Sério, a Téia, que faleceu subitamente, aos 64 anos, no último dia 8/5. Juntas, as frases sintetizam a homenagem: a PUC-SP não queria se despedir de Téia. Pelo contrário. As filhas Ana Cristina e Ana Luiza, seu ex-marido, alunos, ex-alunos, funcionários e colegas de docên-

cia (inclusive a professora Maria Amália Andery, ainda se recuperando de um acidente): os presentes ao ato queriam avivar sua presença, e por meio de depoimentos e lembranças (leia alguns depoimentos nesta página) tentavam prolongar sua permanência, o seu espírito questionador, de rigor científico, e também carinhoso – assim como a PUC-SP. “Téia foi sempre atuante e esteve presente em todos os momentos significativos da história da PUC-SP nos últimos 30 anos. Ela merece ser lembrada por todas as ações, pela coerência com que exerceu sua profissão”, destacou em mensagem enviada ao PUC em Notícias, a professora Ana Salles Mariano, superintendente do Tuca. Antes mesmo da homenagem realizada no dia 8/5, a docente já ressaltava à equipe de jornalistas a importância de se preparar uma reportagem sobre Téia.

Acervo pessoal

Tereza Maria de Azevedo Pires Sério, carinhosamente chamada de Téia, faleceu em 8/5; homenagem dia 10/5 lembrou sua trajetór

“Quero falar da minha alegria em ver a presença de todos, num momento tão triste. Estamos aqui para homenagear a Téia, mas também para nos apoiarmos uns aos outros. Não fizemos esta homenagem com muita organização, e sim com o desejo de estar com as pessoas e agüentar juntos o peso dessa dor e dessa perda. Nos encontramos recentemente na solenidade do título de professora emérita para a Maria do Carmo Guedes. Ela estava alegre, e

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quando alegre, parecia uma criança. Os discursos da ocasião me fizeram lembrar tempos difíceis da PUC-SP, que às vezes eu esqueço. A Téia era, claramente, certamente, o signo da PUC-SP, tanto pelo trabalho acadêmico quanto pela mobilização político-institucional que fazia aqui dentro. Sem ela, a PUC-SP perde muito.” Luiz Augusto de Paula Souza, o Tuto, diretor-adjunto da Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde

“Entrei como aluna em 1972 e fui de sua primeira turma. No final do ano, eu e outros colegas fomos convidados para sermos monitores de Metodologia Científica do Ciclo Básico. Então posso dizer que entrei na PUC-SP e continuo aqui até hoje, 38 anos depois, pelas mãos da Téia. Maria Beatriz Abrami- Ela dava sentido a nossas ludes, presidente da Associa- tas e estudos, e estará sempre ção dos Professores (Apropuc) presente em nossa vida, nossa – a professora leu uma carta Universidade.” da entidade sobre a perda da colega, que pode ser lida no Priscila Cornalbas, diretosite www.apropucsp.org.br ra e ex-presidente da Apropuc “Nos conhecemos aos 18 anos, na Ação Popular. Ela sempre participou da Apropuc, em épocas de muita ou de pouca mobilização. Foi da primeira Diretoria da Associação e, nos últimos tempos, conversávamos para que ela participasse de uma chapa para a direção.”

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Presidenciáveis Dia 29/5, às 8h, o seminário Por um novo Brasil – social e economicamente justo, politicamente ético e ambientalmente sustentável analisa os projetos dos presidenciáveis, no Tuca. Informações: (11) 3670-8517. www.pucsp.br

05

rou sua história na Universidade

a trajetória de docência e militância na Universidade “No velório, os alunos foram chegando e ficando, mesmo com a chuva, o cansaço, a demora... ninguém foi embora. É como se dissessem: “Eu vou estar aqui por você, como você sempre esteve por mim”. Ela nos fazia acreditar que podíamos mudar o mundo.” Mateus Pereira, aluno do Pós em Psicologia Experimental: Análise do Comportamento

“Estou aqui desde 1969, e nesse período compreendi a maneira de ser e lutar, a dedicação e a personalidade da professora Téia. A única coisa certa da vida é a morte, mas não a inesperada, que nos castiga demais: foi assim que recebi a notícia. O número de pessoas no velório, no sepultamento e hoje, aqui, são a

prova evidente do que a Téia representou para a Universidade. Falo pessoalmente, em meu nome, e não como reitor. É como o coração sangrando que estamos aqui para esta homenagem à Téia, que só fez por engrandecer nossa Universidade.” Dirceu de Mello, reitor

“Minha palavra é para vocês duas (filhas de Téia), que refletem o fruto mais bonito dela, a beleza de ser mulher, a presença feminina dela entre nós. Parte de mim, parte desta Universidade, vai com ela. A finitude marca a existência, a impermanência é a marca do humano. Mas é também o que faz a beleza da vida, e só

as mulheres podem trazer a vida. Só o tempo transforma a dor, que tira um pedaço, em saudade, agradecimento à presença dela, o que dela fica em vocês e em cada um de nós.” Hélio Deliberador, próreitor de Cultura e Relações Comunitárias

“Somos aprendizes eternos da Téia.” Clarissa Pereira, idem “Ninguém vai esquecer o que era ser aluno da Téia.” João Mariano, idem “Se a PUC-SP para mim é família, o pós é o meu círculo mais íntimo. Quando

fui ingressar e a professora Maria do Carmo Guedes me perguntou por que queria continuar aqui, onde havia feito graduação, eu respondi: ‘Porque não quero deixar as pessoas que eu amo’. Temos uns aos outros, e vamos tocar pra frente.” Daniel Del Rey, idem

“Fui aluno da Téia na graduação, na pós-graduação, nos corredores... Com ela a gente aprendia em cada conversa, não em aula. Serei sempre o ‘Thomaz San’, como ela me chamava.” “Estou aqui desde 1981 e a entrevistei várias vezes. A última delas foi longa, antes da eleição para a atual Reitoria, período conturbado de novo Estatuto, novo Regimento. Uma das primeiras pessoas que procuramos para discutir aquele momento foi a Téia, que de início não queria falar: ‘Valdir, to desanimada... Não sei se quero falar sobre isso...’, dizia. Mas o desânimo era da boca para fora. Na fala dela havia esperança na PUC-SP.”

“Estamos aqui como amigos, companheiros, vocês sabem quanto andamos juntos por aqui... Usei a roupa dela na minha gravidez, havia amor na nossa relação. Lembro de uma cadeirada que levamos de um aluno do Ciclo Básico. Ele não concordou com nossa avaliação, pois o havíamos reprovado. Por isso, jogou uma cadeira na gente. Conseguimos nos livrar abaixando e a cadeira passou por cima. Felizmente não atingiu ninguém.”

Valdir Mengardo, professor do Depto. de Jornalismo e editor do PUCViva

Lucia Helena Rangel, diretora-adjunta da Faculdade de Ciências Sociais

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“Não sou professora nem fui amiga íntima da professora, mas a conheci numa outra época da PUC-SP. Ela falava, vibrava, não passava despercebido. Era uma realidade mais difícil, há 20 anos, mas havia uma alegria de lutar juntos. Nossa comunidade é grande, uma cidade; a gente pode se ver pouco, mas não esquece do outro. Fazia tempo que não via tanta gente junta em nome do carinho. Exatamente como era a Téia: ela agregava as pessoas.” Marta Rojas, funcionária da Ouvidoria

“O sentimento de tristeza é de toda a pós-graduação em psicologia, todos os programas de Psicologia Experimental. Embora consternados, lembramos a liderança acadêmica da Téia. Cada conversa com ela era de instigação intelectual. Nela havia rigor de pensamento e entusiasmo com a ciência. Seu comprometimento com a integridade, a vida, vai ficar em todos nós que estudamos com ela.” Emmanuel Tourinho, professor da Univ. Federal do Pará e coordenador da área de Psicologia da Capes

“Não vivi tão próxima da professora, mas sinto que é uma perda enorme para a PUC-SP, mais até que para o programa de Psicologia Experimental. É um alerta para cuidarmos, em vida, daqueles que amamos. A perda não é só para quem conviveu com a Téia, é também para aqueles que conheceram sua personalidade. Gastaria de falar ainda do afeto que senti desde que entrei nesta sala hoje. Sinto mais orgulho pelo grupo da Psicologia.” Neide Noffs, diretora da Faculdade de Educação

Thomaz Woelz, ex-aluno

“Estamos todos tristes, mas dispostos a nos apoiar, para ajudar uns aos outros.” Marilda Pierro de Oliveira Ribeiro, coordenadora do curso de Psicologia

21/5/2010 14:00:55


Estágios De 1º a 20/6, a Coordenadoria Geral de Estágios (CGE) realiza o acompanhamento on-line dos estágios não obrigatórios. Informações: cgeacompanha@pucsp.br. www.pucsp.br

06 Memória

Violência no trânsito mata estudante de Medicina Sérgio Said Cerca de 500 pessoas, entre colegas, professores, diretores e funcionários da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (FCMS) e do Hospital Santa Lucinda participaram, em 7/5, da missa de sétimo dia em intenção ao estudante André Moraes Arantes, de 22 anos. Ele cursava o quarto ano do curso de medicina na PUC-SP e faleceu em decorrência de um grave acidente de trânsito, na cidade de Sorocaba. Com tarjas pretas presas nas mangas dos jalecos, estudantes de todas as turmas dos cursos de Medicina e Enfermagem lotaram o auditório “Maracanã”, naquele campus, e não conseguiam conter a dor e a emoção pela perda do amigo. Procurados pelos repór-

teres dos principais jornais e emissoras de televisão que cobriram a missa, os colegas de turma do estudante morto não conseguiam sequer responder as perguntas, tamanha a comoção com a morte. Familiares de André vieram de Araçatuba (SP) para assistir à missa. Seu irmão, Marcelo Moraes Arantes, falou com a imprensa: “É comovente saber que meu irmão era tão querido aqui em Sorocaba. Agradecemos todo o apoio e carinho que estamos recebendo. O André amava a medicina e nasceu para estudar o que estudava. Ele sempre lutou pela vida, mas acabou perdendo-a”. O professor José Eduardo Martinez, diretor da FCMS, destacou a postura dos estudantes que compareceram ao ato religioso. “A lição de amizade e cidada-

nia que os alunos da nossa faculdade nos deram nesta ocasião merece nosso respeito e admiração”. O próreitor de Cultura e Relações Comunitárias, professor Hélio Roberto Deliberador, também ressaltou a importância do ato dos estudantes. “Foi uma lição de cidadania e solidariedade, que nos deixa esperançosos no sentido de que estes valores estejam sempre presentes no cotidiano da Universidade. Também foi uma atitude importante para que a família e todos os amigos possam elaborar e superar este momento tão difícil que é o luto”, afirmou. Após a missa, um grupo de estudantes saiu em passeata por algumas ruas do centro de Sorocaba, para homenagear o colega e pedir, por meio de faixas e cartazes, mais paz, respeito e consciência no trânsito.

crição do ginecologista para tomar a vacina). Deliberador enfatizou a importância da campanha, que realiza prevenção do câncer do colo de útero, para a saúde da mulher; destacou ainda o desconto significativo no valor da vacina aplicada na PUCSP em relação ao preço de mercado.

PUC-SP é contemplada com o PET-Saúde

Thiago Pacheco / DCI

Sérgio Said

Divulgação

Campus Barueri realiza palestra sobre Economia

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Colega do curso de Medicina observa foto de André, durante a missa

Campus Sorocaba

Prevenção Mulheres recebem vacina contra HPV A campanha de vacinação promovida pela Universidade foi um sucesso, de acordo com o professor Hélio Deliberador, pró-reitor de Cultura e Relações Comunitárias. Durante o dia 17/5, foram vacinadas 349 mulheres (90% delas até 26 anos, e 10% maiores de 27 anos; acima desta idade, era preciso pres-

SZS Comunicação

Missa de sétimo dia para André Moraes Arantes, de 22 anos, foi seguida de passeata pela cidade de Sorocaba; comunidade pedia paz e cidadania nas ruas

O Centro Acadêmico Leão XIII, realizou dia 7/5, no auditório do campus Barueri, o I Ciclo de Palestras de 2010. Na ocasião, o professor Rubens Sawaya falou sobre o tema As escolas do pensamento econômico. A palestra contou com a participação dos alunos dos cursos de Economia e Comércio Internacional, que lotaram o auditório do campus.

A Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (FCMS) da PUC-SP foi, novamente, contemplada pelos ministérios da Educação e da Saúde para participar do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde), que será desenvolvido em parceria com a Prefeitura Municipal de Sorocaba (PMS). Segundo o diretor da FCMS, professor José Eduardo Martinez, a participação em mais uma edição do PET-Saúde é uma oportunidade para estreitar ainda mais o relacionamento entre as áreas acadêmica e da saúde pública. “Os resultados apresentados no último ano mostram que a PUC-SP e a Prefeitura Municipal têm muito a contribuir para a saúde pública”, afirmou, referindo-se às diversas ações executadas durante o PET-Saúde 2009. O PET-Saúde é regulamen-

tado pela Portaria Interministerial nº 421, de 3 de março de 2010, inspirado no Programa de Educação Tutorial (PET), do Ministério da Educação, e tem como objetivo geral fomentar a formação de grupos de aprendizagem tutorial em áreas estratégicas para o Sistema Único de Saúde (SUS), caracterizandose como instrumento para qualificação em serviço dos profissionais da saúde, bem como de iniciação ao trabalho e vivências dirigidos aos estudantes das graduações em saúde, de acordo com as necessidades do SUS. Para 2010, o projeto Fortalecimento Contínuo da Atenção Integral em SorocabaSP, elaborado conjuntamente entre a FCMS e a PMS foi selecionado e contemplado pelo PET-Saúde e será desenvolvido por cinco grupos tutoriais, cada um composto por um docente (três do curso de Medicina, um do de Enfermagem e um do de Ciências

Biológicas), seis profissionais da Secretaria Municipal da Saúde, 12 alunos monitores bolsistas e mais 18 alunos monitores não-bolsistas (pertencentes aos três cursos. Os grupos tutoriais atuarão nas Unidades de Saúde dos bairros Aparecidinha, Carlos Amorim, Habiteto, Vila Sabiá e Vitória Régia. As ações executadas no contexto do PET-Saúde visam facilitar o processo de integração entre as unidades de ensino, os serviços de saúde públicos e a comunidade, institucionalizar as atividades pedagógicas dos profissionais dos serviços de saúde; valorizar essas atividades pedagógicas; promover a capacitação docente dos profissionais dos serviços; estimular a inserção das necessidades do serviço como fonte de produção de conhecimento e pesquisa na universidade; e incentivar o ingresso de profissionais do serviço na carreira docente.

21/5/2010 14:08:11


Oportunidade Estão abertas, até 28/5, as inscrições para interessados em estagiar no Núcleo de Estudos Avançados do Terceiro Setor (Neats), do Pós em Administração. Informações: estagios@pucsp.br. www.pucsp.br

07 Opinião

Dárcio Martins Geniccolo* Com a proximidade da Copa do Mundo da África do Sul, fica evidente o altíssimo grau de interesse que este evento atrai em todo o mundo. A cobertura da imprensa é grandiosa. Transmitem-se treinos, jogos, entrevistas e todo tipo de acontecimento relacionado ao principal torneio do futebol mundial. Bilhões e bilhões de dólares são destinados à organização: construção de estádios e vultosos investimentos em infraestrutura e turismo. Vendas de camisas, bandeiras e outros adereços ligados à temática da Copa do Mundo são elementos complementares deste contexto milionário que ocorre a cada quatro anos. Sem dúvida, o chamado mercado do futebol já é um setor bastante relevante da economia mundial, movimentando bilhões de dólares por ano. Patrocínios milionários, salários astronômicos de jogadores e técnicos, direitos de transmissão televisiva valorizados compõem um cenário bastante auspicioso para este esporte profissional. Há uma relevante demanda no mundo para tudo que é relacionado ao futebol. Além de sua importância econômica, o futebol tem grande relevância cultural e social. As perguntas que motivam minha breve reflexão feita neste espaço são: de onde vem todo este interesse por tal esporte? O que move este mercado do futebol? Não tenho a menor pretensão de tentar explicar isso cientificamente, usando a Economia, Sociologia ou a Psicologia. Contudo, pretendo, a partir da minha experiência pessoal, fornecer alguns elementos para uma possível discussão mais elaborada. Comecei a pensar sobre isso conversando com amigos que, assim como eu, são fanáticos por futebol. Passo, no mínimo, umas vinte

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e cinco horas semanais na frente da televisão, acompanhando de tudo ligado a futebol: de jogos grandiosos, como Barcelona e Real Madri, até discussões intermináveis (e inúteis) sobre a imprevisibilidade das partidas de futebol (“O futebol é uma caixinha de surpresas...”). A pergunta é: por que diabos faço isso?!? Será que existe alguma racionalidade neste comportamento? E o que é mais intrigante: pensando no tamanho do mercado mundial do futebol, é muito provável que eu não seja o único a fazer essa loucura semanal. Bem, se tivesse que responder, subitamente, qual seria a razão essencial deste comportamento (quase um vício!), diria que é porque gosto de futebol. Gosto muito. Gosto da dinâmica do jogo, do barulho da torcida,

nostálgico me faz muito bem. E, além disso, à medida que leio mais profundamente a respeito de futebol, em suas diversas dimensões, fico mais apaixonado. Por exemplo, é extremamente interessante ler sobre as origens históricas, sociais e econômicas do futebol moderno. A história da prática do esporte praticado com os pés começa em tempos remotíssimos. Na China Antiga, na Civilização Asteca e na Florença renascentista já se praticavam versões muito primitivas de futebol, muitas vezes se utilizando crânios de inimigos como bola. Contudo, o futebol como conhecemos, com regras unificadas e com a presença de um árbitro tem início em meados de 1840, na Inglaterra. Neste período, nas escolas da elite inglesa, começou-se

O mercado do futebol já é um setor relevante da economia mundial, movimentando bilhões de dólares por ano. Patrocínios milionários, salários astronômicos de jogadores e técnicos, direitos de transmissão televisiva valorizados compõem um cenário bastante auspicioso para este esporte profissional. de xingar o árbitro. Gosto de ter a presunção de achar que sei mais sobre a escalação e esquemas táticos do que os técnicos. Gosto de saber que, como várias outras crianças, o futebol foi uma das primeiras experiências sociais que tive com meu pai (apesar de ser, com muito orgulho, são-paulino e meu pai um fanático corintiano!). Este sentimento

a praticar um esporte ancestral do futebol e do rúgbi atuais: era permitido o uso de pés e mãos na sua prática. Ao longo do tempo, os próprios alunos discutiam e deliberavam a respeito das regras deste esporte; portanto, uma construção social intensa. E, mais interessante ainda, cada escola tinha suas próprias regras, que refletiam a dinâmi-

ca sociopolítica própria de cada estabelecimento de ensino. Alguns dos principais educadores ingleses, incluindo Thomas Arnold, diretor da Rugby School, um dos principais expoentes desta época, eram ardorosos defensores das práticas esportivas como instrumentos pedagógicos importantes. Acreditavam, já naquela época, que participando de esportes coletivos organizados (principalmente o futebol), os alunos exercitariam várias habilidades pessoais/ sociais: cooperação, competição, respeito às regras (formais e informais) e ao árbitro, lidar com potenciais sanções impostas, aprender a vencer e perder, dentre outras. Dentro desta visão pedagógica e, sempre a partir da iniciativa dos alunos, no final do século XIX, tais escolas se reuniram e decidiram unificar as regras. Longe de ter sido uma reunião que gerasse um resultado harmonioso, sem discordâncias, surge aí a primeira versão contemporânea do chamado Football Association. Simultaneamente a este processo de unificação de regras, o esporte começou a “pular” os muros destas instituições de ensino: iniciava-se a irreversível (e fundamental) popularização e massificação da prática do futebol. É muito interessante verificar que, ao longo do século XX, auge da popularização mundial do futebol, houve um intenso processo de evolução do jogo e das regras, captando ou tentando captar características específicas de cada região do planeta. O que, acredito, faça com que as pessoas, no mundo inteiro se identifiquem muito com o jogo: as regras gerais, além de fácil assimilação, refletem valores sociais universais como nenhum outro esporte faz. O futebol traz consigo um caráter humano inigualável na dinâmica de seu jogo. Por exemplo, ele é pratica-

Priscila Lacerda / DCI

Uma breve reflexão sobre a paixão pelo futebol, em ano de Copa do Mundo

do com os pés, o que já faz com que haja uma imprecisão muito maior na execução de seus fundamentos principais, por exemplo, que o basquetebol, jogado com as mãos. O erro no futebol é muito mais frequente e esperado que em outros esportes. Já os momentos de alegria, de clímax no futebol são muito raros, são jogadas de exceção: os gols são geralmente escassos. A vida que levamos é muito similar. Uma outra coisa bastante intrigante é perceber que – a Copa do Mundo deste ano será uma nova oportunidade para isso – apesar do caráter universal do futebol e de suas regras e, de vivermos no tal mundo globalizado, com abundância de informações e tudo o mais, as diversas seleções nacionais de futebol apresentam maneiras de jogar, dinâmicas de jogo, comportamentos táticos diferentes entre si: refletem valores culturais e sociais de cada lugar. Claro que não estou me referindo àqueles estereótipos simplistas que a imprensa esportiva propaga, como dizer que o brasileiro é individualista, o alemão é “frio” e preciso ou o argentino é “catimbeiro”. Mas é possível verificar diferenças na maneira como se encara o jogo. Exagerando (bastante!) no

argumento, creio que o futebol reflete muito nosso cotidiano, nossa vida. Os elementos do futebol, do jogo em si e de seu entorno, atraem multidões por essa razão fundamental: as diferentes interpretações das regras pelo árbitro, os heróis e vilões das partidas, a grande possibilidade de uma equipe pequena vencer uma de maior expressão/ qualidade técnica, a identificação com um time de futebol (sentimento de pertencer a algo maior)... Talvez, por isso, mais do que qualquer outra razão, este esporte tenha tantos seguidores, torcedores, fiéis. Ou tanta demanda. Talvez por isso tudo (e mais!), a cada quatro anos, o mundo todo se mobiliza para acompanhar a Copa do Mundo. E, talvez por isso eu passe este tempo todo assistindo/consumindo futebol e me comporte como um Homem de Neandertal raivoso durante uma partida.

* Professor do depto. de Economia da PUC-SP, graduado em Administração Pública (FGV) e mestre em Economia (PUC-SP). Pesquisa temas nas áreas de Organização Industrial, Regulação, Política da Concorrência, Comércio Exterior e Economia do Esporte/Futebol.

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Web Currículo Nos dias 7 e 8/6, se realiza o 2º Seminårio Web Currículo, no campus Monte Alegre. O tema deste ano Ê Integração de tecnologias na pråtica pedagógica e no currículo. Informaçþes: webcurriculo@pucsp.br. www.pucsp.br

08 Cultura

Curso Teatro e Comunicação

Tuca apresenta Ăłpera em portuguĂŞs Montagem da companhia Ă“pera PortĂĄtil conta a histĂłria de Rita, dona de uma hospedaria A companhia Ă“pera PortĂĄtil apresenta no Tuca o espetĂĄculo Rita (foto), Ăłpera cĂ´mica em um ato de Gaetano Donizetti. O espetĂĄculo conta a histĂłria de Rita, dona de uma hospedaria, que vive a maltratar seu segundo marido. No entanto, a vida do casal sofre uma reviralvolta com a inesperada chegada de Gasparo, primeiro marido da protagonista, que todos acreditavam tivesse morrido afogado num naufrĂĄgio. Criada em 2005, a Ă“pera PortĂĄtil ĂŠ a primeira companhia brasileira que surge com a proposta de

popularizar Ăłperas, apresentando montagens totalmente traduzidas e cantadas em portuguĂŞs. Rita ĂŠ a terceira montagem do grupo que ĂŠ formado por experientes artistas do meio musical e teatral. A direção do espetĂĄculo ĂŠ de Pablo Moreira. No elenco, estĂŁo Jamile Evaristo, Paulo Menegon e Ossiandro Brito. A direção musical ĂŠ de Wesley Lacerda. As prĂłximas apresentaçþes acontecem nos dias 30/5 e 6/6, no Tuca – Sala Ensaio (rua Monte alegre, 1.024), Ă s 16h30. Os ingressos para a comunidade da PUC-SP custam R$ 10. Mais informaçþes: (11)2626-0938.

Divulgação

Bete Andrade

A Escola de Atores do Tuca estå com inscriçþes abertas para nova turma do curso Teatro para facilitar a comunicação. O objetivo do curso Ê aprimorar a comunicação pessoal pelo trabalho de preparação vocal, consciência corporal e eficåcia argumentativa. As aulas, que começam em 25/5, terão exercícios de preparação de voz e de expressão corporal em situaçþes comunicativas próprias da vida profissional. TambÊm haverå trabalho de interpretação de textos para desenvolvimento de eficåcia argumentativa. Acesse www.teatrotuca.com. br para saber mais sobre o curso. Informaçþes: (11) 3670-8453 ou tucacursos@ pucsp.br.

Produção científica Confira lançamentos da Educ e de professores e pesquisadores da PUC-SP dilemas (teóricos e políticos) de duas geraçþes distintas da filosofia contemporânea francesa.

ClĂĄudia Perrone-MoisĂŠs

ItinerĂĄrios cruzados: os caminhos da contemporaneidade filosĂłfica francesa nas obras de Jean-Paul Sartre e Michel Foucault

Procurando dialogar com estas e Resultado de um grande esforço de pesquisa, o livro outras questĂľes do passado e do Adhemar de Barros: prĂĄticas e tensĂľes polĂ­ticas no poder presente, o livro Adhemar de traz ao leitor a oportunidade de conhecer o funcionamento Barros: prĂĄticas e tensĂľes polĂ­ticas da polĂ­tica brasileira, mais especificamente do estado de no poder, de Ari Macedo Couto, SĂŁo Paulo. A trajetĂłria polĂ­tica de AdhemarO de Barros um escrito com cuidado e desvenda a trajetĂłria de Adhemar de texto de LuciĂŠBuff, exemplo da dinâmica polĂ­tica que abarca o perĂ­odo de momento oportuno, num delicadeza, chega num Barros, priorizando o perĂ­odo de kairos histĂłrico e polĂ­tico preciso: a saber, o questioincorporação das massas ao processo polĂ­tico e a formação 1947 a 1962. O texto proporciona namento, cada vez mais intenso, na opiniĂŁo pĂşblica uma leitura envolvente, fundamendo populismo no Brasil. Ao relatar as brasileira, prĂĄticasa erespeito tensĂľes da relação do presente do paĂ­s tada em extensa investigação com seu Ari doloroso passado. Presente democrĂĄtico, polĂ­ticas que vivenciou Adhemar de Barros, Marcelo que continua marcado por exclusĂŁo e violĂŞncia, documental e coleta de depoimenMacedo Couto revela-nos as teias domas poder paulista, tortura e morte de tantos cidadĂŁos, muitas vezes tos realizados para a tese de doutodestacando dois perĂ­odos: os governos adhemaristas anĂ´nimos; e passado da ditadura militar, marcado rado, defendida na PUC-SP. violĂŞncia, pela tortura, pela morte e pelo desade 1947 e 1962. Esses dois momentospela sĂŁo importantes ExĂ­mio conhecedor do ofĂ­cio de de muitos, cujos nomes se tornam cada para compreender a atuação do lĂ­der parecimento polĂ­tico estudado, pesquisa, o autor, com magia e vez mais conhecidos. pois apresentam as articulaçþes, alianças, artimanhas, Nesse debate muitas vezes tumultuoso, em partitransparĂŞncia, conseguiu recuperar cular a respeito revisĂŁo ou nĂŁo da famosa “Lei da conchavos e outras prĂĄticas polĂ­ticas adotadas pelodapolĂ­tico. personagens e prĂĄticas, remontar Anistiaâ€?, os instrumentos da reflexĂŁo filosĂłfica, uma cenĂĄrios e desvendar tensĂľes, reflexĂŁo paciente, lenta, precisa e honesta, tanto em contribuindo para as discussĂľes Claudio Luis de Camargo Penteado suas incertezas quanto em sua radicalidade, podem, sobre as prĂĄticas e relaçþes de sim, ajudar a pensar e a agir melhor. É isso que faz este texto, primeiro uma tese de doutorado defendida poder, ultrapassando o foco exclusino Programa de Estudos PĂłs-Graduados da PUC-SP vo nos partidos polĂ­ticos. Com rara em 2007, agora publicado sob forma de livro. Maria sensibilidade, privilegiou em sua Luci parte do pensamento de dois filĂłsofos franceses anĂĄlise as experiĂŞncias das articulacontemporâneos, Paul Ricoeur e Jacques Derrida, que vĂŞm de horizontes ideolĂłgicos e religiosos diferençþes polĂ­ticas, o que lhe permitiu tes, mas que sĂŁo, ambos, observadores atentos das descobrir o inesperado, no de Paul Ricoeur e Jacques Derrida ReflexĂľesnĂŁo a partir questĂľes ĂŠticas e polĂ­ticas presentes. Ambos meditam sentido de apontar o excepcional, sobre o escândalo do mal que homens desejam e mas de trazer Ă tona o que, atĂŠ entĂŁo, conseguem fazer a outros homens, uma reflexĂŁo estava submerso e que se mantĂŠm filosĂłfica antiga que ressurge com virulĂŞncia a partir da Shoah; meditam, igualmente, sobre a possibilidade na contemporaneidade.

Luci Buff

Horizontes do perdĂŁo

Maria Izilda S. Matos

Coleção Humanidades 978-85-283-0403-9

de uma retomada da vida em comum, mesmo depois de experiĂŞncias coletivas traumĂĄticas, interpelados ambos pela corajosa instauração da “ComissĂŁo Verdade e Reconciliaçãoâ€? na Ă frica do Sul, depois do fim do Apartheid. Certamente, Ricoeur e Derrida diferem bastante em suas consideraçþes a respeito do conceito nuclear deste trabalho, o conceito de perdĂŁo. Ao ler o livro de Maria Luci, algo se torna, porĂŠm, claro, de maneira irrecusĂĄvel: perdoar nĂŁo ĂŠ nem esquecer, nem anistiar, nem apagar. O perdĂŁo significa, pelo contrĂĄrio, uma retomada e elaboração conscientes do passado em vista de uma “reconciliaçãoâ€? nĂŁo imposta, mas verdadeira. Ele significaria muito mais como uma aposta, talvez sobre-humana, na possibilidade de uma renovação da vida em comum, tanto no presente quanto no futuro. Cabe a cada leitor entender o que significa tal exigĂŞncia no Brasil de hoje.

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1941; 1947 a 1951; e 1963 a 1966) Ê um exemplo da dinâmica política que abarca o período de incorporação das massas ao processo político e a formação do populismo no Brasil.

de influĂŞncias emocionais e culturais que agem sobre o consumidor.

O passado nĂŁo reconhece o seu lugar: teima em aparecer no presente. MĂĄrio Quintana

ADHEMAR DE BARROS prĂĄticas e tensĂľes polĂ­ticas no poder

Corrupção, clientelismo, fisiologismo, manipulaçþes e articulaçþes partidĂĄrias, ardis de marketing,“rouba, mas fazâ€? sĂŁo questĂľes presentes no nosso cotidiano polĂ­tico, constituem elementos de denĂşncias frequentes nos noticiĂĄrios, causando indignação e descrença nas possibilidades de transformação. A histĂłria polĂ­tica brasileira caracteriza-se por permanĂŞncias e mudanças, trajetĂłrias nas quais emergem memĂłrias de lideranças e prĂĄticas do passado; entre outras, merece destaque a de Adhemar de Barros. Nascido na elite paulista, Adhemar de Barros formou-se mĂŠdico, completando seus estudos na Europa, iniciou sua trajetĂłria polĂ­tica nos anos 1930, como opositor de GetĂşlio Vargas, mas foi por este nomeado interventor de SĂŁo Paulo (1938), o que impulsionou sua carreira polĂ­tica. ExĂ­mio orador, sedutor de correligionĂĄrios e eleitores, teve vĂĄrios cargos pĂşblicos (deputado estadual, prefeito e governador por trĂŞs mandados – candidato Ă presidĂŞncia da RepĂşblica) e tornouse um dos mais influentes polĂ­ticos das dĂŠcadas de 1940, 50 e 60.

Jeanne Marie Gagnebin

As prĂĄticas polĂ­ticas de Adhemar de Barros

Capa_Horizontes do perdĂŁo.indd 1

O professor AndrÊ Yazbek (Departamento de Filosofia) lançou seu livro Itinerårios cruzados: os caminhos da contemporaneidade filosófica francesa nas obras de Jean-Paul Sartre e Michel Foucault (Educ), dia 4/5. A obra Ê resultado da tese defendida pelo professor no Pós em Filosofia: partindo do antagonismo representado pelos projetos concorrentes de Jean-Paul Sartre e Michel Foucault no horizonte dos anos 60, Yazbek revisita a trajetória dos dois autores para delinear as opçþes e os

Ari Marcelo Macedo Couto

ADHEMAR DE BARROS

Horizontes do perdĂŁo

Não Ê à toa que Luci Buff intitulou seu trabalho Horizontes do Perdão. Se horizonte pode querer dizer a probabilidade de desenvolvimento e melhoria, pode tambÊm significar um limite ou, ao contrårio, uma extensão indefinida. O perdão sempre pode ser utilizado para uma melhora de determinada situação, como limite para interromper algo insustentåvel, mas o perdão tem tambÊm uma extensão indefinida que os olhos não alcançam. Escolher o tema do perdão Ê assumir o dilema do imperdoåvel. O perdão sempre serå um grande desafio, que neste livro foi assumido, sem dúvida, com seriedade e muito talento.

Luci Buff

Do grego, o termo que nomeia esta SÊrie da Editora da PUC-SP, EDUC, remete à ideia de base, fundamento, princípio de algo, suposição. Academicamente, expressa uma ou mais proposiçþes antecipadas que, provisoriamente, buscam a explicação para fatos e fenômenos que serão ulteriormente verificados pela dedução ou pela experiência. Essa, a razão do nome da SÊrie Hipótese: um conjunto de teses e dissertaçþes que ao serem publicadas e divulgadas ficam disponibilizadas para, segundo o processo natural da Ciência, serem analisadas, criticadas, sempre em busca do novo, da solução de problemas. Iniciada em 1991, na EDUC, a SÊrie Hipótese mantÊm seu objetivo original de premiar teses e dissertaçþes da PUC-SP que anualmente tenham se destacado em seus Programas de PósGraduação pela qualidade acadêmica, pelo avanço na produção do conhecimento na årea. A seleção dos trabalhos tem início no Programa e só se conclui com o encaminhamento feito pelo Comitê de avaliação da Pós-Graduação, que submete cada tese ou dissertação ao crivo analítico de mais dois pareceristas de åreas afins.

dĂŁo na filosofia, mostrando que esta questĂŁo demanda a incursĂŁo no nĂŁo-filosĂłfico. Ari Marcelo Macedo Couto

Thiago Pacheco

10/3/2010 10:57:47

Horizontes do perdão: reflexþes a partir de Paul Ricoeur e Jacques Derrida Maria Luci Buff Migliori (doutora em Filosofia pela PUC-SP) lançou no último dia 4/5 seu livro Horizontes do perdão: reflexþes a partir de Paul Ricoeur e Jacques Derrida (Educ). A obra integra a coleção Hipótese, da Educ, que apresenta as teses e dissertaçþes de destaque nos programas de pós-graduação da Universidade: no caso de Horizontes de perdão, a autora procura indagar a forma de inscrição Êtica do per-

Ari Marcelo Macedo Couto (doutor em CiĂŞncias Sociais pela PUC-SP) lança seu livro Adhemar de Barros: prĂĄticas e tensĂľes polĂ­ticas no poder (Educ) dia 20/5, Ă s 19h, na Livraria Cultura do Shopping Villa-Lobos (av. das Naçþes Unidas, 4777). Na obra, originada de sua tese de doutorado, o autor busca revelar quais eram as prĂĄticas polĂ­ticas utilizadas por Adhemar de Barros para se manter sempre em evidĂŞncia no cenĂĄrio polĂ­tico – a trajetĂłria polĂ­tica de Adhemar de Barros (governador paulista em trĂŞs ocasiĂľes: 1938 a

Revista Projeto História, nº 36 EstratÊgias Semióticas da Publicidade Os professores Maria Lucia Santaella (Pós em Tecnologias da Inteligência e Design Digital, Tidd) e Winfred NÜth (Kassel University, Alemanha) acabam de lançar EstratÊgias Semióticas da Publicidade (Editora Cengage Learning). A obra busca detectar as estratÊgias utilizadas tanto pela comunicação de produtos quanto nos produtos de comunicação para compreender as variadas camadas

O Pós em História acaba de lançar a edição 36 da revista Projeto História. O tema desta edição Ê Nacionalismo, Internacionalismo e Ideologias: o conjunto de textos apresenta um leque variado, plural e com temporalidades distintas sobre a natureza histórica das ideologias, formas específicas do nacionalismo e do internacionalismo. A revista investiga as tradiçþes culturais, personagens e protagonistas históricos, grupos sociais e fraçþes de classe que se empenharam na defesa e consolidação dessas

ideologias. Nesta edição, hĂĄ uma tradução do conjunto de artigos jornalĂ­sticos A Guerra AngloFrancesa contra a RĂşssia, de Karl Marx; artigos sobre a questĂŁo agrĂĄria na Revolução Mexicana, a atual crise econĂ´mica mundial, as idĂŠia de Leonel Brizola durante o governo JoĂŁo Goulart, os 70 anos de fundação da IV Internacional, o nacionalismo na cultura brasileira, o sentido de nação nos artigos futebolĂ­sticos de Nelson Rodrigues. ReĂşne tambĂŠm projetos de pesquisa sobre o cinema de Walter Hugo Khouri, a imprensa cearense durante a Guerra do Paraguai, a identidade nacional nas charges da revista Careta, entre outros. HĂĄ ainda resenhas dos livros O pĂŞndulo da HistĂłria. Tempo e eternidade no pensamento CatĂłlico (1800-1960) (de Ivan Aparecido Manoel), O encontro da Revolução com a histĂłria, socialismo como projeto na tradição marxista (de ValĂŠrio Arcary) e A Venezuela que se inventa – poder, petrĂłleo e intriga nos tempos de ChĂĄvez (de Gilberto Maringoni). Inf. sobre a revista Projeto HistĂłria: (11) 3670-8511.

21/5/2010 14:10:03


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