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João Luiz

Caminhada Comunidade em forma Teve início este mês o projeto Caminhar Faz Bem, que promove caminhadas em grupo para alunos, professores e funcionários no parque da Água Branca (zona Oeste). O programa tem monitoria de um docente do Depto. de Educação Física e Esportes e é uma iniciativa da Pró-Reitoria de Cultura e Relações Comunitárias. |pág. 6

Meio Ambiente

Programa Pindorama

Dias 30 e 31/3, um seminário internacional reunirá no Tuca empreendedores, indústrias, governo, universidades e setor privado para debater o mercado de carbono, instrumentos financeiros e de mercado e práticas de gerenciamento. O Carbon Finance Workshop é uma parceria entre a PUC-SP, o Centre for Environment da Universidade de Toronto e a PriceWaterhouseCoopers. |pág. 7

No último dia 4/3, a PUC-SP formou mais uma turma de indígenas pelo Programa Pindorama. Criado em 2001, o projeto pretende dar força à continuidade e à expansão do patrimônio físico e cultural dos povos indígenas do Brasil. Rejane Silva, recém-formada em Direito, integra o Programa e planeja criar no futuro um núcleo de orientação jurídica para atender comunidades indígenas. |pág. 6

www.pucsp.br Ano 1 Número 2 2ª quinzena março - 2009

Jornal quinzenal da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Crescimento da Universidade é indispensável, diz Dirceu

Improviso no Tuca Fred Bottrel

Reitor concede primeira entrevista ao PUC em Notícias Divisão de Comunicação

Cardeal pensa a identidade da PUC-SP

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votação do Regimento Geral da Universidade, do Orçamento para 2009 e a apresentação do Plano de Atividades também para esse ano. Destacou ainda outras prioridades a serem enfrentadas, entre elas a quitação dos débitos da PUCSP com os bancos, a melhoria na infra-estrutura de alguns campi, a superação dos problemas de atendimento aos alunos, a criação de programas de qualificação para funcionários e a Reitoria itinerante, promessa sua de campanha. “A presença do reitor nos locais para conhecimento dos problemas e encaminhamento é indispensável e ainda vai ocorrer. Não que não desejasse circular mais, simplesmente ainda não consegui”, justificou. Sobre a relação com a mantenedora, Fundação São Paulo, Dirceu afirma estar tranqüilo: “nossos objetivos são os mesmos, o prestígio e a eficiência para nossa Universidade”. |pág. 4

REALIDADE CARCERÁRIA

Fernando Vivas/Agência A Tarde/AE

O cardeal D. Odilo Pedro Scherer participou do evento Para uma presença cristã na Universidade, no último dia 14/3, no Tuca. “Esta é uma excelente ocasião para refletirmos sobre o significado da Pastoral Universitária e a presença da Igreja na Universidade”, observou D. Odilo, que também é grão-chanceler da PUC-SP. Docentes, estudantes e militantes católicos acompanharam a solenidade, que contou ainda com depoimentos dos professores Antonio Carlos Malheiros (PUCSP), Maria Luiza Marcilio e Dalton Luiz Ramos (USP e membro da Pontifícia Academia Pro Vita do Vaticano). |pág. 3

Durante uma hora exata, o reitor Dirceu de Mello conversou com a equipe do jornal da Universidade sobre desafios, dificuldades e projeções, e foi taxativo: “É preciso crescer. Nós já somos grandes, então vamos nos tornar gigantes”. Na entrevista, Dirceu afirma que foi um início de gestão muito difícil “O preço de um noviciado é sempre muito grande”, ressaltou. Além de afirmar que conta com uma equipe afiada e disposta, Dirceu revelou: “Resgatei algo que ouvi no passado de uma pessoa que sempre me influenciou muito e que dizia: ‘Dirceu, não se impressione com o que você tem pela frente, olhe o que já fez; é ali que está o estímulo para você enfrentar os desafios’”. E eles são muitos, considera Dirceu. Segundo o reitor, a equipe decidiu definir prioridades para enfrentálos, e vem trabalhando nisso. O professor ressaltou algumas questões já superadas como a

O Escritório Modelo “Dom Paulo Evaristo Arns”, da PUC-SP, participará de um projeto da Defensoria Pública voltado à assistência jurídica gratuita para presos de sete cidades paulistas, em parceria com a Pastoral Car-

cerária. Durante um ano, cerca de 20 advogados e estagiários trabalharão em núcleos em sete cidades da Grande São Paulo. O projeto envolve ainda profissionais de Psicologia e Serviço Social. |pág. 3

O espetáculo Caleidoscópio, em cartaz até 26/4 no Tucarena, é mais uma peça de improvisação a ser apresentada no teatro da Universidade. Diferente da outra peça montada pelo grupo Jogando no Quintal (também em cartaz no Tuca), em Caleidoscópio os quatro atores e o músico do espetáculo se apresentam durante uma hora sem a típica

2ª Feira do livro Alunos, professores, funcionários e a comunidade externa poderão comprar com desconto obras de diversas áreas, durante a 2ª Feira do Livro da PUC-SP. O evento, promovido pela Divisão de Comunicação, se realiza entre os dias 30/3 e 3/4. Além da venda de livros haverá também uma programação cultural, com debates e mostra de filmes franceses. |pág. 8

máscara de palhaço: o desafio é construir cenas de longa duração, ao calor do momento, com trilha criada ao vivo e tendo o público como testemunha. Segundo o diretor Márcio Ballas, o trabalho é resultado de exercícios, treinamentos, leitura de artigos acadêmicos e intercâmbio com grupos de improvisação da Europa e da América Latina. |pág. 8

Pedagogia Social A Faculdade de Educação, o curso de Pedagogia e o Núcleo de Trabalhos de Comunitários promoveram a 1ª edição das Jornadas Brasileiras de Pedagogia Social. Na ocasião, também houve o lançamento do livro Pedagogia Social (ed. Expressão e Arte), resultado de conferências realizadas em parceria entre PUC-SP, USP, Unicamp, Mackenzie e Unisal. |pág. 2

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Diálogo da universidade com a comunidade O reitor Dirceu de Mello ministra palestra sobre o tema, dia 27/3, às 9h, no Ciee (rua Tabapuã, 540, Itaim Bibi). Inscrições pelo tel. (11) 3040-6541. www.pucsp.br

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D. Odilo chama docentes a refletirem sobre identidade da PUC-SP

Editorial O desafio do diálogo

A conversa que o reitor teve com a editora Thaís Polato e o repórter Thiago Pacheco tocou em pontos como finanças da Universidade, desafios acadêmicos, diálogo com a comunidade e invasão de Reitoria. Os temas escolhidos para as perguntas surgiram da observação e do conhecimento da equipe de reportagem sobre a PUC-SP. Assim também surgiu a idéia de criar um blog do jornal, espaço para a comunidade se manifestar sobre os temas abordados na publicação. Neste número, como não poderia deixar de ser, abrimos a possibilidade de professores, alunos e funcionários se manifestarem sobre as respostas dadas pelo reitor na entrevista que pode ser lida das páginas 4 e 5. Desafio, ressaltamos, prontamente aceito pelo professor Dirceu. “Detesto monólogo”, afirmou. A cada edição, o PUC em Notícias selecionará uma ou mais reportagens para serem comentadas no blog. Desde já, também estamos abertos a críticas e sugestões sobre todo o conteúdo do jornal, através de nosso e-mail, de nossos telefones ou pessoalmente, na sala da Divisão de Comunicação, localizada no térreo do Prédio Velho, campus Perdizes. Dessa forma, vamos construindo novos e integrados canais de comunicação com a comunidade puquiana. O boletim online Acontece na PUC-SP e a atualização das notícias no site, ambos feitos diariamente, mais o PUC em Notícias, jornal quinzenal, e o novo blog têm a intenção de trazer à tona, cada um a seu modo e de maneira complementar, o que a PUC-SP produz em termos acadêmicos, administrativos e comunitários. Boa leitura. Redação

2ª quinzena de março - 2009

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Eveline Denardi “E eu que andava nessa escuridão/ de repente foi me acontecer/ me roubou o sono e a solidão/ me mostrou o que eu temia ver...” Foi ao som destes versos de Toquinho, em Escravo da Alegria, que o Coral da PUC-SP (Cuca) deu início na manhã de 14/3, no Tuca, ao evento Para uma presença cristã na Universidade. Dirigindo-se especialmente aos professores universitários, o padre Vando Valentini, do Núcleo Fé e Cultura, enfatizou: “Vamos começar com música porque a linguagem da arte é forte e contundente para apresentar diferentes temas para discussão”. Padre Vando se referia à interlocução entre fé, cultura e conhecimento na universidade católica. Foi justamente com essa idéia que o cardeal D. Odilo Pedro Scherer abriu seu discurso. À mesa, estava acompanhado do reitor Dirceu de Mello – que agradeceu a presença do cardeal e alertou para o significado especial do evento na mesma trajetória das atividades que se iniciaram com a recente incorporação da Faculdade de Teologia à PUC-SP – e dos professores Antonio Carlos Malheiros (PUC-SP), Maria Luiza Marcilio e Dalton Luiz Ramos (ambos da USP). Na platéia, estavam o Bispo Auxiliar de São Paulo, D. José Benedito Simão, professores, estudantes e militantes católicos. “Esta é

Profa. Maria Luiza (USP), o reitor Dirceu e o cardeal D. Odilo, no Tuca, na manhã de 14/3 uma excelente ocasião para refletirmos sobre o significado da Pastoral Universitária e a presença da Igreja na Universidade”, observou D. Odilo. O cardeal também afirmou considerar significativa a contribuição do novo estatuto da PUC-SP para a universidade explicitar sua identidade – o documento cria a Coordenadoria da Pastoral Universitária. TESTEMUNHOS – A prática dos preceitos católicos no dia-a-dia e seus reflexos na atividade acadêmica e na vida profissional foram trazidos à tona pelas experiências dos convidados. O tema Direitos Humanos mereceu destaque. Coube à Presidente da Comissão de Direitos Humanos da USP, Maria Luiza Marcilio,

destacar como a fé católica influenciou sua formação, levando-a a Paris para conhecer a experiência que resultou na criação do Centro de Estudos de Demografia Histórica da América Latina, na USP. A bioética foi abordada pelo professor da USP e membro da Pontifícia Academia Pro Vita do Vaticano, Dalton Luiz Ramos. Seus relatos abordaram a ética ao lidar com doenças que geram forte preconceito social e levam o paciente ao isolamento. Já o professor da área de Direitos Humanos da PUC-SP, Antonio Carlos Malheiros, emocionou a platéia ao narrar algumas situações de sua vida. Contou como foi marcante a primeira vez em que esteve em uma favela e de

que forma isso o influenciou. Quando não atua como desembargador no Tribunal de Justiça de São Paulo, Malheiros pode estar em atividade na Comissão Justiça e Paz, lidando com alfabetização de adultos e moradores de rua ou vestido de palhaço em algum hospital infantil brincando com crianças vítimas de queimaduras. “O que mais caracteriza essas histórias são as manifestações de carinho. É preciso ter alguém no ambiente universitário que também o ofereça. Não podemos ficar desolados e achar que o bem já não é possível. Os universitários não vêm aqui só para ser doutores, mas à procura da felicidade”, afirmou padre Vando Valentini, ao final do evento.

Jornada aborda pedagogia social Evento lançou livro em parceria da PUC-SP, USP, Unicamp, Mackenzie e Unisal Priscila Lacerda A Faculdade de Educação e o curso de Pedagogia promoveram a 1ª edição das Jornadas Brasileiras de Pedagogia Social, no Tucarena, dia 16/3. O evento teve palestras de João Clemente (Mackenzie), Roberto da Silva (FE/ USP), Sanna Ryynänen (Finlândia) e o lançamento do livro Pedagogia Social (ed. Expressão e Arte), resultado de conferências realizadas em parceria entre PUC-SP e USP, Unicamp, Mackenzie e Unisal. A pró-reitora de Graduação,

Marina Graziela Feldmann, falou da importância de se debater o tema. “Trata-se de um encontro muito significativo, pois representa a oportunidade de estreitar a comunicação acadêmica entre estudiosos de várias universidades nacionais e internacionais, em conjunto com representantes de movimentos sociais e culturais. É importante trazer para o debate a pedagogia social enquanto referência teórica e metodológica, com vistas a se construir alternativas na questão da exclusão-inclusão educativa de

pessoas e de grupos em outros espaços diferentes da escola”, afirmou. Sanna, mestre e doutora em pedagogia social pela Universidade de Tampere (Finlândia), trabalha como voluntária no Projeto Axé, em Salvador, e falou sobre sua pesquisa de campo. “Esse trabalho, chamado de educação não formal, deveria ser voltado não somente para pessoas classificadas em situação de risco, mas para todos, pois a pedagogia social procura uma sociedade mais igualitária e justa”, defendeu.

Priscila Lacerda

Grão-Chanceler: Dom Odilo Pedro Scherer Reitor: Dirceu de Mello Vice-reitor: Antonio Vico Mañas Pró-Reitores: André Ramos Tavares (Pós-Graduação) Haydee Roveratti (Educação Continuada) Hélio Roberto Deliberador (Cultura e Relações Comunitárias) José Heleno Mariano (Planejamento, Desenvolvimento e Gestão) Marina Feldmann (Graduação) Chefe de Gabinete: Cláudio José Langroiva Pereira Coordenadora da Divisão de Comunicação Institucional: Eveline Denardi (MTb 27.655) Edição: Thaís Polato (MTb 30.176) Reportagem: Eveline Denardi Priscila Lacerda Thaís Polato Thiago Pacheco Assistente-administrativa: Vera Lucas Projeto Gráfico e Editoração: Núcleo de Mídias Digitais Impressão: Artgraph Tiragem: 2 mil exemplares Redação: Rua Monte Alegre, 984, sala T-34 Perdizes, São Paulo, SP CEP 05014-901 Tel.: (11) 3670-8001 E-mail: aci@pucsp.br

Segundo o cardeal, o trabalho da Pastoral Universitária irá contribuir de maneira significativa para a presença católica na instituição Luciney Martins / O São Paulo

Rigorosamente, não são cem dias de gestão, fez questão de frisar o reitor Dirceu de Mello, em sua primeira entrevista ao PUC em Notícias. O professor se referia aos recessos de final de ano e do Carnaval que encolheram um pouco este período, significativo para qualquer administração que se inicia.

A finlandesa Sanna

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Aula inaugural na Comfil A professora Salma Tannus Muchail (Depto. e Pós em Filosofia) realiza aula magna, dia 30/3, às 19h30, no Tucarena. www.pucsp.br

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Debate avalia impacto da crise mundial em São Paulo Área de serviços é uma das apontadas para a realização de projetos em conjunto entre universidades e governo municipal Um grupo de acadêmicos e representantes do governo municipal paulistano se reuniu no último dia 12/3, no auditório superior do Tuca, para pensar em alternativas locais de enfrentamento à crise financeira mundial. “As instituições de ensino podem nos ajudar a descobrir quais instrumentos o município pode oferecer para diminuir os efeitos da crise. A informação produzida nas universidades deve gerar ações de planejamento por parte do poder público para mudar a realidade”, avaliou o vereador José Pólice Neto (PSDB), organizador do debate Os impactos da crise mundial nas finanças da Metrópole São Paulo. O professor Antonio Vico Mañas, vice-reitor da PUC-SP, fez uma proposta para aproximar as universidades do governo municipal, por meio das 31 subprefeituras da capital. “A economia de São Paulo é baseada em serviços. As instituições devem pesquisar, identificar potencialidades nessas áreas e orientar a gestão de novos serviços, de forma a criar soluções inovadoras e novos negócios”, argumentou. Vico enfatizou a necessida-

de de inverter a abordagem da crise – analisando-a da esfera local para a global, e não a partir do sentido oposto. “A universidade deve buscar conhecimento e propor soluções, ser um elo para provocar e sustentar as ações governamentais”, declarou. “Ao governo municipal cabe fomentar esses debates, e aos governos estadual e federal, projetar grandes ações”. Ainda segundo o vice-reitor, avaliar os impactos da crise, na PUC-SP, significa dar um “olhar social para a questão”: “congregamos áreas diferentes como Serviço Social, Economia, Comunicação, Ciências Sociais, Engenharias... Podemos juntar todas elas a favor do desenvolvimento da cidade”. A professora Celina Martins Ramalho (FGV e vicepresidente da Ordem dos Economistas do Brasil) concordou com a proposta de fazer das subprefeituras um espaço para diagnosticar problemas e também com a necessidade de inovar (inclusive na gestão municipal e na capacitação dos gestores públicos) para pensar em novos meios produtivos. O vereador Pólice Neto também falou da importância de associar o olhar urbanista ao da produção econômica, incentivando o desen-

volvimento das regiões da cidade de acordo com a aptidão de cada uma delas. “Temos que reunir as universidades para investigar essas vocações, do contrário, o desenvolvimento regional continuará a depender de políticas assistencialistas. Elas são importantes, mas não podemos ficar sujeitos apenas a elas”. ESTADO X MERCADO – Celina apontou mais um efeito da crise, relacionado às demissões causadas nesse contexto, para o município. “Por um lado, o desemprego causa inadimplência de tributos, portanto, perda de receita. Por outro, causa criminalidade e violência e o estado deve investir mais recursos para acolher a situação”. Para solucionar esse desequilíbrio, a professora defendeu o resgate da Teoria Keynesiana e a intervenção do Estado na economia. “Podemos descrever duas grandes linhas de pensamento econômico. Uma considera que os mercados funcionam, e ao Estado cabe apenas um papel regulador, sem entrar no processo produtivo. A outra avalia que os mercados não funcionam, e portanto o Estado deve intervir na economia para promover o equilíbrio do

Thiago Pacheco

Thiago Pacheco

Ao microfone, o vereador Pólice Neto defende que as universidades pesquisem as vocações de cada região da cidade para promover o desenvolvimento local mercado”, explicou Carlos Antonio Luque (presidente da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Fipe). “O problema é que uma dessas linhas só se sobrepõe porque a outra naufragou”, completou. Luque reforçou a importância da participação do setor público na economia, mas apontou um problema: a Lei de Responsabilidade Fiscal. “Na crise, os agentes econô-

micos ficam receosos em investir e Keynes sugere que o Estado, neste caso, deve gastar para dar força à economia. Mas a Lei, que foi importante para controlar os gastos públicos, possui um efeito ruim na crise. Ela segura o investimento estatal exatamente no momento em que se exige expansão de gastos. Portanto, não podemos esperar muito do governo”. Também participaram do

encontro, o segundo da série iniciada em novembro na Câmara Municipal, os professores Fernando Coelho (USP) e Antonio Corrêa de Lacerda (Depto. Economia PUC-SP), além de Wilson Araújo (subsecretário da Receita Municipal). O próximo debate Os impactos da crise mundial nas finanças da Metrópole São Paulo será realizado no campus da USP na zona Leste da capital.

Escritório Modelo e Pastoral Carcerária prestarão atendimento jurídico a presos Unidade integrará programa da Defensoria Pública paulista junto ao Ministério da Justiça O Escritório Modelo “Dom Paulo Evaristo Arns” da PUC-SP irá participar de um projeto para assistência jurídica gratuita para presos de sete cidades paulistas. “Desenvolveremos atividades junto a varas de execução criminal e presídios para proporcionar atendimento digno e personalizado aos detentos e suas famílias, inclusive com a participação de profissionais de Psicologia e Serviço Social”, explica o professor Luiz Guilherme Arcaro Conci, coordenador do projeto. Obtido pela Defensoria Pública paulista junto ao Ministério da Justiça, o projeto será executado em parceria entre o Escritório Modelo da Universidade e a Pastoral Carcerária. Durante um ano, cerca de 20 advogados trabalharão em núcleos nas

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cidades de São Paulo, Guarulhos, Osasco, Mogi das Cruzes, Santo André, São Caetano, São Bernardo do Campo. “Cada advogado e sua equipe deverão atender cerca de 250 presos por mês. Eles realizarão tarefas como pedir soltura e fiscalizar execuções penais, encaminhando situações como a de presos que já cumpriram a pena mas ainda estão nos presídios”, afirma o coordenador. Os editais para seleção de estagiários serão publicados em breve. MEDIAÇÃO – O Escritório Modelo promove diversas atividades de caráter social. Uma delas é o Balcão de Direitos, coordenado pelo professor Nelson Saule Jr., voltado à concretização de direitos e à democratização do acesso à informação sobre direitos. Já o Projeto Pacificar, coordenado também

pelo professor Conci, foi criado para divulgar e aplicar a mediação como forma de resolver impasses antes da entrada de um novo processo no Poder Judiciário. Os atendimentos deste projeto são feitos tanto no Escritório Modelo quanto em favelas e comunidades – onde os profissionais e estagiários também trabalham como multiplicadores, divulgado a mediação como instrumento de solução de conflitos. O Escritório Modelo oferece ainda atendimento jurídico gratuito e promove ações coletivas. “O Escritório Modelo apresenta um campo de estágio diferente para nosso aluno”, avalia o professor Conci. “Aqui, eles atendem quem não paga e entram em contato com classes menos favorecidas, ou seja, têm uma relação profissional-cliente que não é medida apenas

Acervo Divisão de Comunicação

Thiago Pacheco

População aguarda para ser atendida, na sede do Escritório Modelo pelo aspecto econômico. Essa experiência forma um profissional com visão humanista, que conhece mais

a realidade do país.” Para manter suas atividades, o Escritório Modelo “Dom Paulo Evaristo Arns”

conta com o apoio de parcerias. Para entrar em contato com a equipe, ligue para (11) 3873-3200.

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Relação com a comunidade Diálogo é indispensável, como professor esta é a minha lógica. Detesto monólogo. (Dirceu de Mello) www.pucsp.br

04 Entrevista

Prestação de serviços e convênios são principais caminhos

Em março, a gestão do reitor Dirceu de Mello completou seus primeiros cem dias – se não descontarmos os recessos, como frisou o p A entrevista pode ser comentada pelos leitores no blog do PUC-SP em Notícias, através do endereço http://blog.pucsp.br/pucemnoti Fotos: Thiago Pacheco

Reitor Dirceu de Mello concede entrevista, em seu gabinete Thaís Polato e Thiago Pacheco PUC em Notícias (PN) – Quais foram os principais desafios e as dificuldades que o sr. e sua equipe encontraram até agora? Dirceu de Mello (DM) – O início de qualquer atividade é sempre muito difícil, até porque a Universidade é muito grande, tem diversos campi, inúmeras faculdades, número elevado de alunos, de professores e funcionários. Depois, claro, tivemos que entrar em contato com as questões que já estavam postas antes da nossa gestão se iniciar. PN – Quais o sr. destacaria? DM – A votação do Estatuto da Universidade já havia se completado, mas estava em curso ainda a votação do Regimento Geral. Ele é indispensável para a vida da própria instituição. Atacamos esse problema e o documento foi aprovado em 18/3, pelo Conselho Universitário (Consun). Tínhamos também que enfrentar um problema muito sério, de natureza econômica, que era a votação do orçamento. Rigorosamente falando, seria uma obrigação nossa só para o próximo ano. Mas enfrentamos o desafio e também conseguimos fazer com que fosse aprovado pelo Consun. Durante esse curto período de gestão começou ainda a funcionar um novo órgão da Universidade, o Conselho de Administração (Consad). Já houve sucessivos encontros porque, de acordo com o Estatuto, ele deve se reunir duas vezes por mês. Também precisávamos re-

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solver o Plano de Atividades, uma projeção daquilo que deveria acontecer em 2009. Nós o apresentamos ao Conselho Superior da Fundação São Paulo, depois ele foi aprovado pelo Consad e pelo Consun. Mas eu deixei bem claro que ainda será completado. Os pró-reitores já estão cuidando disso, porque só mesmo diante de uma visão de conjunto da Universidade e em contato com a situação que nós encontramos é que havia possibilidade de elaborar essa documentação. Acho que essas foram as grandes dificuldades que nós encontramos. Agora, insisto sempre, o preço do noviciado é sempre muito grande. Eu nunca fui reitor, os pró-reitores escolhidos também nunca o haviam sido. Aliás, não existia nem as instâncias de Pró e Vice-Reitoria. PN – Passado este primeiro momento, quais as prioridades da gestão? DM – Os desafios são muitos. Aliás, vocês usaram uma palavra que eu adotei. Eu sabia que encontraria um trabalho muito grande, mas não imaginava que fosse tão grande. Como todos nós sabemos, embora esteja devidamente controlado e caminhando seguramente para uma solução definitiva, nós temos o problema econômico da Universidade. O primeiro desafio foi exatamente dirigir todo nosso empenho, todo nosso potencial, no sentido de minimizar esse de problema. PN – De que forma? DM – O potencial da PUC-

-SP é muito grande, muito grande mesmo. Nós chegamos à conclusão que ele nunca foi devidamente aproveitado. Então, nós estamos caminhando com projetos que envolvem prestação de serviços e convênios, para resultar na chegada de novos recursos. Porque, é claro, poder-se-ia pensar em aumento de mensalidades, diminuição do quadro de professores e funcionários, redução geral de vencimentos, mas estas são medidas extremas. E, numa época difícil como essa que nós estamos passando, são providências não só antipáticas como injustas. E como falei em mensalidades, gostaria de dizer que já encontrei aqui novos valores quando assumi, estabelecidos um dia antes da posse. Outra prioridade é a expansão de nossa Universidade. A mídia tem destacado as dificuldades econômicas que atravessam, de forma geral, todas as universidades privadas. Portanto, isto não é “privilégio” da PUC-SP. O mercado do ensino superior oferece uma concorrência muito grande. Então, dir-se-á, “ah, mas a PUC-SP já é grande. Pelo ranking do MEC somos a segunda universidade privada do Brasil e a primeira em São Paulo”. Mas ela precisa crescer mais ainda, porque a concorrência está aqui à nossa volta. PN – Que tipo de crescimento? DM – Expansão de nossos cursos. Há potencial para isso. Veja, por exemplo, uma realidade: a USP instalou uma Faculdade de Direito em Ri-

beirão Preto. Antigamente, nem se podia imaginar uma coisa dessas: “faculdade de direito da USP sair do largo São Francisco?” Ela não saiu, continua lá, mas estendeu seu braço para uma das capitais do estado, uma cidade como Ribeirão Preto. E posso aí jogar também com a situação de cursos que nós temos e que são muito procurados. PN – Em quais áreas poderíamos crescer? DM – Já crescemos nas áreas da FEA (Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária), nos campi Barueri e Santana. Vejo potencial em outras como relações internacionais, jornalismo, medicina... E podemos crescer não só a partir de expansão territorial, mas também no próprio local onde o curso funciona. Outra forma é incentivar cursos a distância, ação para a qual já temos um convênio firmado. Eu sei que é um tema mais ou menos polêmico. Quando se fala nisso, alguns dizem: “Mas curso a distância, que coisa esquisita... E o controle?” Mas é uma realidade que nós não podemos ignorar. O próprio MEC incentiva esses cursos. A PUC-SP não pode ficar para trás. No momento em que nós não avançamos, não damos um passo, os outros estão dando esse passo, e daí, como ficamos? É muito mais difícil recuperar o tempo perdido. No que diz respeito a seu controle, sua fiscalização, temos que confiar nos nossos professores, nossos funcionários. Tudo é uma questão de administração.

que professores e funcionários estão recebendo seus salários em dia. Os direitos pendentes estão sendo também resolvidos. É muito importante dizer que, respeitada suas esferas de atividade, a Universidade é uma coisa, a Fundação São Paulo é outra. Mas não podemos esquecer que a Fundação São Paulo é a mantenedora da Universidade, que essa é uma realidade. Cada uma definindo perfeitamente seus espaços, por meio de um trabalho harmônico, conjunto, e bem intencionado, temos muito mais oportunidade de chegar a bons resultados. PN – A diferença de papéis da Universidade e da Fundação São Paulo (Fundasp) já está clara? Como o sr. a definiria? DM – É muito fácil, basta examinar o Estatuto da Universidade e o Regimento Geral. PN – Mas para a comunidade em geral, que nem sempre tem facilidade de acesso a esse tipo de documento, como o sr. a definiria? DM – A Fundação São Paulo é a empregadora, disso não há dúvida nenhuma, de todos que têm vínculo empregatício com a PUC-SP. Agora, a atividade acadêmica e administrativa, por força do Estatuto e da Constituição, é da Universidade. Isso não quer dizer que a Universidade não tenha também sua autonomia financeira. A Fundação é empregadora e evidentemente

tem que resolver também os problemas nessa área, mas com a participação decidida da Universidade, até porque nós criamos e votamos no Consun a existência do Conselho de Administração, o Consad. PN – Em que a Universidade e a Fundação podem trabalhar juntas? DM – Eu entendo, e quanto a isto estou tranqüilo, que o objetivo da Reitoria e da Fundação é um só: prestígio e eficiência da Universidade. Se temos o mesmo propósito, podemos perfeitamente caminhar juntos. Agora, isso não representará, é claro, subserviência de uma parte ou de outra, o que seria completamente diferente. A divergência é possível, mas aquela que se coloca em nível superior e que depois seja, é claro, resolvida pelos órgãos competentes. Quantas e quantas vezes se estabelece a divergência... Durante muito tempo, integrei o Consun como diretor do Centro de Ciências Jurídicas, Econômicas e Administrativas da PUC-SP. E quantas e quantas vezes os próprios conselheiros não estiveram de acordo com um determinado encaminhamento? O importante é que cada um sustente bem o seu ponto de vista, para que o órgão competente decida. O que posso dizer, felizmente, é que, no momento, e acredito que esse momento se perpetuará, as esferas de atuação da Universidade e da Fundação estão perfeitamente

PN – Do ponto de vista financeiro, o sr. considera crescer a principal saída? DM – Sim. Nunca vi com simpatia o fato de termos débito com dois bancos e com o BNDES. Na linha de trabalho que nosso grupo projetou, a preocupação é diminuir e até chegar à eliminação deles, através dessas formas de recursos que pontuei até agora. Mas isso leva tempo, não é um trabalho que produza resultado de um dia para o outro. O importante é plantar desde o início da gestão. E as coisas estão indo bem, estou muito otimista. PN – Para o dia-a-dia da Universidade, como está a questão econômica? DM – Tudo controlado, tanto

Gestão implantou Reitoria de portas abertas

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Desenvolvimento A PUC-SP tem que crescer. Se já somos grandes, temos que nos tornar gigantes. (Dirceu de Mello) www.pucsp.br

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inhos para trazer recursos à Universidade

mo frisou o professor. Abaixo, Dirceu fala sobre os principais desafios deste período e as prioridades para os próximos anos de gestão. r/pucemnoticias. definidas, e que nosso objetivo é comum: a grandeza de nossa instituição. PN – Como enfrentar o problema da qualidade no atendimento na Universidade? DM – A necessidade de resolução dos problemas em torno da Secretaria de Administração Escolar (SAE) é urgente. Considero interessante a idéia do atendimento único, mas é importante destacar que sua instalação foi feita há um ano, portanto, bem antes de nossa posse. Recebo muitas reclamações. Mas os problemas seriam bem menores se tivesse havido um compasso entre a instalação da secretaria única e necessário apoio da estrutura tecnológica. Essa é a origem das dificuldades que enfrentamos. Estamos tomando providências, é claro, numa ação conjunta com a secretaria executiva da Fundação São Paulo. PN – Quais providências? DM – Ainda não posso falar porque tenho receio de adiantar algo e depois a solução acontecer num caminho diferente. Só queria ressaltar que estou aqui há muitos anos, sei que as reclamações são mais ou menos crônicas, mas não é só aqui que isso acontece, em outras universidades também, até mesmo na USP. Só que o mau exemplo não pode ser modelo para nós, temos que olhar nossa situação. PN – Recentemente, foram criadas três novas divisões nas áreas de tecnologia, infra-estrutura e comunicação. Se desconsiderarmos o problema financeiro, o sr. acha que resolvendo os problemas inerentes a essas três áreas, a PUC-SP consegue dar um salto de qualidade? DM – Estou absolutamente convencido. Nós estávamos inteiramente carentes. São serviços que existiam, mas que eram realizados com grandes dificuldades, sem condições. Ser uma divisão é se transformar um pilar que sustenta a instituição, algo bem diferente de ser uma mera assessoria. Nesse sentido, volto a falar em desafios. A divulgação daquilo que temos e do que podemos fazer é essencial. Nosso comportamento era muito modesto nesse sentido. Muita gente ignora, por exemplo, que a PUC-SP tenha determinados cursos. Criamos a Divisão de Comunica-

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ção Institucional, alargando o campo de atuação da antiga ACI e incluindo atividades como a de cerimonial, algo que sempre senti falta na Universidade. A outra divisão que criamos é a de Infra-estrutura e Plano Diretor (Diplad), para dar conta de todas as nossas necessidades de planejamento, construções etc. Ambas estão em fase de definição de organograma, cargos e pessoas envolvidas. A terceira divisão já havia sido criada pela Fundação São Paulo é a Divisão de Tecnologia da Informação (DTI), também um órgão importantíssimo. PN – Durante sua campanha para reitor, o sr. falou de uma especial atenção à qualificação dos funcionários. Como vê isso agora? DM – Ainda não pudemos tomar nenhuma providência nesse campo. Como disse, há muitos problemas a serem enfrentados. Quando chegamos aqui, houve até um certo momento de desânimo geral, “mas é tanta coisa a ser feita!”, pensávamos. Então, reuni meus colaboradores e falei que precisávamos estabelecer prioridades. Resgatei algo que ouvi no passado de uma pessoa que sempre me influenciou muito e que dizia: “Dirceu, não se impressione com o que você tem pela frente, olhe o que já fez; é ali que está o estímulo para você enfrentar os desafios”. Porque se formos pensar no conjunto, para resolver de plano, perdemos o controle e desanimamos. Fomos então estabelecendo as prioridades. A questão que vocês levantam é prioridade também, só que ainda não chegou o momento. Também não pude fazer ainda as visitas permanentes aos setores e aos campi, como havia prometido. Não que não desejasse, simplesmente ainda não consegui. A presença do reitor para conhecimento dos problemas e encaminhamento é indispensável e vai ocorrer.

funcionário e professores. É o modelo ideal de relacionamento? DM – Sim, até porque vínhamos... Eu não gosto muito de falar sobre o passado, mas como parece que é um fato público e notório, eu senti que não havia esse relacionamento mais próximo com as entidades de classe. Já fiz mais de uma reunião e estabeleci até um calendário. Quero ter todo mês aqui a Afapuc, a Apropuc, as entidades de alunos. Já recebi diretores de diversos centros acadêmicos. Outro dia, os alunos de Jornalismo quiseram entrevistar o reitor e recebei 29 estudantes que me entrevistaram. Acho esse diálogo importantíssimo. Sou de uma época em que o aluno tinha que chamar o professor de “excelência” e não podia sequer fazer uma pergunta em classe. O dia em que eu fiz uma pergunta, o professor me colocou fora da classe, e como me recusei a sair, ele instaurou uma sindicância contra mim. Um dos meus compromissos é dialogar com os alunos. A mocidade é curiosa, quer saber por que, quer saber como...

Respeitadas as esferas de atividade, a Universidade é uma coisa, a Fundação é outra

PN – O sr. fez algumas reuniões com as associações de

PN – O que tem sido tratado nesses encontros? DM – Os mais variados pro-

blemas. Alguns como a questão da secretaria única, de valores em aberto, no caso de professores e funcionários... Alguns já estão se resolvendo. Os alunos também perguntam se vou convocar a polícia. E eu digo “espero não ter que convocar a polícia, porque espero que vocês não ocupem aqui a minha sala”. Até porque estabeleci o sistema da porta aberta. Uma coisa que sempre achei indispensável, e está lá desde o dia que assumi o cargo. PN – Como tem sido, na prática, a Reitoria de porta aberta? DM – Acontece assim: a pessoa vem, quer falar com o reitor e eu recebo. Claro que respeito aqueles que já haviam marcado hora, mas basta esperar um pouco que eu atendo. PN – A constância no relacionamento com os alunos afasta o risco de uma possível invasão? DM – Não vou dizer que afaste, o futuro a Deus pertence. Mas que cria dificuldades maiores, é fato. O diálogo é indispensável. Como professor esta é a minha lógica, detesto o monólogo. A primeira coisa que eu digo numa classe é exatamente isso: perguntem o quanto quiserem, conversem comigo. Dúvida tem que ser resolvida na hora. PN – No caso de uma invasão, como o sr. agiria? DM – Bom, espero que não haja invasão, porque através do diálogo nós podemos nos acertar. Recebo os alunos, nós

dialogamos. Isso, é claro, impede um desentendimento entre a Reitoria e os estudantes. PN – Por que a sindicância aberta quando da última invasão de Reitoria, em 2007, voltou ao Consun? DM – Minha gestão havia recebido o resultado do processo já com a decisão tomada. Dei ciência para a comissão processante e aos alunos envolvidos, na pessoa de seu advogado. No entanto, os estudantes recorreram da decisão e eu encaminhei o recurso para o Consun. Nesse meio tempo, surgiu uma prova nova. Mandei todo o material para a relatora do colegiado, que já estava designada e que se trata da professora Nena Jerusa Cei, para que analise o processo e o recurso. Também dei conhecimento do fato novo à comissão processante e à defesa, a fim de resguardar o direito de todos. Acredito que o feito será julgado na próxima sessão ordinária do Consun. PN – Em relação a um outro problema crônico da Universidade, como vocês têm pensado em resolver a fragmentação entre os campi? DM – Também é nossa prioridade. Quando estive nos locais como candidato senti isso fortemente. As pessoas me diziam “não sentimos aqui o mesmo clima de universidade, parece que não somos puquianos...”. Precisamos melhorar isso com a presença do reitor, do vice-reitor e dos pró-reitores nos locais e também com eventos que tenham como espaço esses campi.

Tudo vai nos mostrar que a PUC-SP é uma só. Além disso, fazemos questão que os professores que dão aulas no campus Perdizes sejam os mesmo que lecionam nos outros campi. PN – Como fazer para não inchar mais ainda o espaço físico da Monte Alegre? DM – A expansão estrutural deve ser planejada com muito cuidado. Vamos ter nas férias de julho, no Prédio Novo, reformas em alguns andares. Já o prédio sede, muito bonito e agradável, é tombado como patrimônio. Como todo prédio antigo, tem suas belezas, mas também suas deficiências em termos de comodidades. Tenho perfeita noção, do ponto de vista da infra-estrutura, que nossa situação não é a ideal. Sempre usei a seguinte imagem: o corpo de nossa Universidade chega a nos decepcionar, o que conta neste momento é aquilo que chamo de alma. Por outro lado, muitas vezes realizo palestras em outras instituições e preparo o que vou falar. Sou recebido num local de excelentes instalações e fico encantado. Mas basta uma conversa de dez minutos com alunos e com professores para que eu veja que preciso deixar de lado tudo o que preparei porque estaria falando para as paredes. Quantas e quantas vezes fechei todo meu material, joguei de lado, e improvisei uma palestra. O ideal é que uma instituição de ensino tenha corpo e alma. Por enquanto, nosso corpo não entusiasma. À medida em que os recursos forem entrando, é claro, vamos direcionar também para o aperfeiçoamento de nossa estrutura. Não podemos ficar para trás nisso, a concorrência é muito grande. PN – O sr. já citou o fato do MEC ter avaliado a PUC-SP como a segunda melhor universidade privada do país. O que é preciso fazer, academicamente, para ficar em primeiro lugar? DM – É preciso crescer. Nós já somos grandes, então vamos nos tornar gigantes. Não podemos nunca parar de crescer.

SAE: problemas de atendimento poderiam ter sido menores

PN – O sr. se refere apenas à graduação? DM – A tudo, porque nossa avaliação plena foi tanto na graduação como na pós-graduação. Não podemos perder esse destaque.

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Parceria com o Sesc A Fundação São Paulo e o Sesc renovaram parceria que permite a professores, funcionários e seus dependentes acesso às unidades da capital e do interior. www.pucsp.br

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Caminhada e dança criativa colocam comunidade para se exercitar Alguns setores também estão praticando ginástica laboral

Pindorama Indígenas obtêm diploma 13 etnias já passaram pelo programa Priscila Lacerda

Dança ou caminhada? Basta escolher e participar de uma destas duas novas atividades que a PUC-SP oferece para professores, alunos e funcionários. O projeto Caminhar Faz Bem, organizado pelo professor Ivo Ribeiro de Sá, em parceria com a Pró-Reitoria de Cultura e Relações Comunitárias e Faculdade de Educação/Departamento de Educação Física e Esportes (Defe), quer desenvolver nas pessoas o hábito de realizar atividades físicas. O caráter comunitário da atividade é ressaltado neste projeto, que se realiza no parque da Água Branca – há planos de estender a atividade para outros locais e de incluir ciclistas. “Caminhar sozinho é diferente de caminhar em grupo. Juntas, as pessoas estabelecem uma relação social. Ao mesmo tempo em que cuidam da saúde, se estimulam, firmam um compromisso”, afirma Sá, que acompanhará e dará o suporte necessário para que as caminhadas sejam saudáveis. Pessoas de fora da Universidade também podem participar (leia no quadro os horários disponíveis e como integrar das caminhadas).

Parque da Água Branca, na zona Oeste, local onde serão realizadas as caminhadas ritmos diversos, expressão corporal e jogos de improvisação. Coordenada pela bailarina e coreógrafa Kathya Godoy, a oficina é promovida em parceria da Pró-Reitoria de Cultura e Relações Comunitárias com Divisão de Recursos Humanos (DRH), Faculdade de Educação/ Departamento de Educação Física e Esportes e Tuca.

Veja os benefícios da caminhada - Trabalha a função cardiovascular; - Ajuda na perda de peso e fortalece as pernas; - Reduz a pressão sanguínea, os níveis de colesterol no sangue, o risco de doenças cardíacas, osteoporose e diabetes; - Pode ser feita em qualquer lugar, o que permite que se altere a intensidade pelo aumento da velocidade, percurso (subias e descidas) ou da distância percorrida.

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Participe Caminhar faz bem Segundas e quartas-feiras, das 7h30 às 8h30 Terças e quintas, das 17 às 18h Quartas e sextas, das 12 às 13h Informações: ivo.rsa@terra.com.br Oficina de dança criativa Sextas-feiras, das 17h30 às 19h Tucarena: r. Monte Alegre, 1.024 Informações: (11) 3670-8462

Inclusão universitária com excelência acadêmica. Este foi um dos caminhos encontrados pela PUC-SP para dar força à continuidade e à expansão do patrimônio físico e cultural dos povos indígenas do Brasil. No último dia 4/3, o que há alguns anos era apenas um ideal se tornou, mais uma vez, a realização concreta do diploma de graduação. Mas não é só isso. Os cerca de 30 indígenas que já se formaram na PUC-SP desde que teve início o Programa Pindorama, em 2001, levam mais do que o canudo para casa. E, nos anos que estão em sala de aula, também trazem muito de sua sabedoria para a Universidade, já que o Pindorama quer aliar formação de rigor acadêmico ao reconhecimento do significado do saber indígena e de sua visão de mundo. Segundo a professora Marisa Penna, coordenadora do Pindorama até o fim de 2008 – agora ele tem à frente o professor Miguel Perosa –, ninguém sai daqui levantando bandeiras. “Eles já trazem suas bandeiras e saem daqui com outra forma de se posicionar, de se impor”. Rejane Silva, de 35 anos, estava entre os indígenas que participaram da colação de grau no início de março. Recém-formada em Direito, defendeu a monografia Proteção jurídica aos conhecimentos tradicionais indígenas com o objetivo de lidar com uma realidade que co-

ETNIAS – O Pindorama também dá oportunidade aos indígenas para que conheçam e se integrem a populações de outras etnias e suas respectivas culturas. O programa traz à PUC-SP alunos indígenas Pankararu, Pankararé, Atikum, Guarani Nãndevá, Guarani Mbyá, Kaingang, Krenak, Fulni-ô, Potiguara, Terena, Pataxó e Xukuru. Ao todo, 110 estudantes já ingressaram na graduação. Na cerimônia de 4/3, no auditório superior do Tuca, havia formandos em Direito, Enfermagem, Tecnologias e Mídias Digitais, Ciências Sociais, Ciências Contábeis, Economia, Letras e Pedagogia. Saiba mais no site www. projetopindorama.com.br.

DOAÇÃO DE SANGUE Carlos Casanova

EXPRESSÃO CRIATIVA – Quem prefere outro tipo de atividade poderá optar pela Oficina de Dança Criativa – módulo I, voltada para alunos, professores e funcionários. A atividade propicia a conscientização do corpo e o desenvolvimento da auto-expressão criativa por meio da dança. São trabalhados conteúdos de consciência corporal,

João Luiz

Priscila Lacerda

nhece de perto. “Minha única intenção era a de levar ao mundo acadêmico um pouco da nossa história, só que contada pela perspectiva de uma indígena universitária”, afirma. Segundo a bacharel, muitas vezes, pessoas de fora vão visitar as aldeias para pesquisar costumes, artesanatos e ervas usadas na cura de enfermidades, mas depois não retornam. “Nem informam o que foi feito com aquele material. Inclusive há casos em que não aparecem sequer os créditos para a aldeia ou população da aldeia pesquisada”, alerta Rejane. Agora, já formada, ela faz planos: quer criar um núcleo de orientação jurídica para atender comunidades indígenas.

Ginástica no trabalho Tiveram início no dia 10/3 as aulas de ginástica laboral, promovidas pela Pró-Reitoria de Cultura e Relações Comunitárias em parceria com o Departamento de Educação Física e Esportes (Defe) e o apoio da Divisão de Recursos Humanos (DRH). O objetivo da atividade é compensar a sobrecarga das tarefas operacionais diárias, por meio de alon-

gamento, relaxamento corporal, trabalho respiratório e correção postural. As aulas duram 15 minutos e são realizadas duas vezes por semana. Neste primeiro semestre, serão atendidos os funcionários da SAE, da Cogeae Consolação e do Centro Administrativo. No segundo semestre, todos os setores da Universidade poderão participar.

Dias 12 e 13/3, a PUC Jr. Consultoria realizou campanha de doação de sangue com o Centro de Hematologia de São Paulo, no campus Perdizes. Segundo os integrantes da empresa júnior, a ação foi além do esperado.

“Nossa meta era obter 160 bolsas. Conseguimos 246”, comemora a aluna e integrante da consultoria Mariana Belchior. “A aceitação foi tão grande que, por falta de material para a coleta, tivemos até que recusar doadores.”

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Psicanálise na Derdic A psicanalista Paulina Rocha oferece o curso A constituição do “eu”. Inf.: www.pucsp.br/derdic. www.pucsp.br

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CCET aponta perspectivas para a área de engenharia Para participantes do evento, profissionais devem contribuir para o desenvolvimento do país Thiago Pacheco

PERFIL – Além da importância, os debatedores falaram sobre o perfil do profissional formado pelas instituições de ensino. Amorim defendeu que o engenheiro deve ter um preparo sólido e profundo de conhecimentos básicos da área, deixando a especialização para um momento após a graduação. Já Cavalcante observou que há uma distância entre o mundo real e a experiência acadêmica – o que causa uma lacuna, num primeiro momento, entre o profissional recém-graduado

Amorim, ao microfone, apontou carência de profissionais de engenharia no mercado O professor falou ainda da importância do estímulo estatal para diminuir essa distância e criar produtos e serviços inovadores, por meio de políticas públicas para investimento em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (PeD). Dirani se referiu a um caso particular, a participação do CCET na rede Instituto Nacional de Eletrônica Orgânica (Ineo). O Ineo é um dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia,

cujas criações foram incentivadas pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) com o objetivo de consolidar o sistema de pesquisa brasileiro e transferir tecnologia para o setor produtivo. “A parceria (da universidade) com o setor provado é a bola da vez”, declarou Dirani. SÉRIE – Além dos debatedores, o evento contou com a participação do professor

PUC-SP discute mercado de carbono

Álbum omunicação Divisão de C

Em 2003, a então Ministra do Meio-Ambiente, Marina Silva, esteve no Tucarena para apresentar os dados do Relatório sobre a dignidade humana e a paz no Brasil 2003 (ed. Salesiana e Paulinas). Realizado pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), o relatório contou com apoio científico da PUC-SP e apresentou um índice de indignação da população e um indicador da percepção ao desrespeito à dignidade humana no Brasil. No próximo dia 31/3, Marina estará de volta à PUC-SP para participar do Carbon Finance Workshop, no Tuca. Leia mais sobre o evento, que se realiza também no dia 30 e tem presenças internacionais, no texto ao lado.

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as necessidades das empresas. “O engenheiro recém saído da universidade tem dificuldade para encontrar resultados. O funcionário ‘chão de fábrica’ sabe mais, porque nesta área o conhecimento empírico é maior que o teórico”, explicou. Para solucionar o problema, afirmou, é preciso aproximar universidades e empresas, fortalecendo a relação entre teoria e prática e construindo conhecimento voltado à aplicação. Cavalcante citou a colaboração por meio de pesquisas conjuntas e a criação de redes de estudos, além da ida de professores às indústrias para se atualizar, como possíveis espaços de interação. Dirani tratou da dissociação entre as instituições de ensino e as empresas, e também argumentou sobre a importância da pesquisa para solucionar a questão. “Não há como vencer os desafios do mundo globalizado sem inovação tecnológica. E temos que pensar aqui, não é possível importar soluções. Há produtos que não se adequam a nossa especificidade, nossa realidade econômica e ambiental é diferente dos outros países”, defendeu.

Thiago Pacheco

O profissional da área de Engenharia será fundamental para o crescimento do país, caso o Brasil aposte no caminho do desenvolvimento para enfrentar a crise financeira mundial. Tal projeção foi evidenciada pelos participantes do debate Necessidades e perspectivas do engenheiro no contexto nacional, que a Diretoria do Centro de Ciências Exatas e Tecnologia (CCET) promoveu no último dia 4/3, no campus Consolação. “Quando o país se desenvolve, na indústria, na infraestrutura ou em construções públicas e particulares, ele precisa de engenheiros”, argumentou Edemar Amorim, presidente do Instituto de Engenharia. “Nossa dificuldade é que há carência de profissionais. Em 2008, formamos 23 mil engenheiros, e a Coréia do Sul, 80 mil. O governo não consegue tocar as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) porque não tem corpo técnico”, afirmou. Carlos Cavalcante (superintendente do Instituto Euvaldo Lodi, ligado à Confederação Nacional da Indústria) também enfatizou

a importância do engenheiro no atual contexto da crise. Para ele, “quando é preciso discutir, pesquisar, descobrir as causas dos problemas, recorre-se ao economista. Mas quando é preciso pensar em soluções e abrir novas frentes para desenvolvimento, recorre-se ao engenheiro”. O professor Ely Dirani, diretor da Faculdade de Matemática, Física e Tecnologia, complementou essa opinião ao afirmar que o profissional de Engenharia é empreendedor desde a formação, pois quando é estudante aprende a administrar prazos e metas, trabalhando com objetividade.

Debate internacional se realiza em 30 e 31/3, no Tuca Thiago Pacheco Um seminário internacional irá reunir empreendedores, indústrias, governo, universidades e setor privado para debater questões específicas do mercado de carbono, instrumentos financeiros e de mercado e práticas de gerenciamento. Parceria entre a PUC-SP, o Centre for Environment da Universidade de Toronto (Canadá) e a Price Waterhouse Coopers Brasil, o Carbon Finance Workshop será realizado dias 30 e 31/3, no Tuca. “A tendência das universidades atualmente é não apenas formar e especializar profissionais para o mercado de trabalho e para o ingresso em cargos e funções públicas e privadas, mas também colaborar e se aproximar dos setores econômicos e do mercado financeiro, desenvolvendo projetos e eventos conjuntos”, considera a professora Consuelo Yoshida, uma das

organizadoras do evento e coordenadora da especialização Direito Ambiental e Gestão Estratégica da Sustentabilidade. O workshop abordará temas como riscos associados ao emergente mercado de carbono, o estado atual das iniciativas em âmbito internacional, o crescimento material de fatores de carbono em áreas específicas do mercado e os riscos percebidos pelo Canadá e outros países. O evento é aberto a profissionais e estudantes de todas as áreas. Consuelo avalia que, por se tratar de um tema multidisciplinar, o seminário pode interessar a pessoas de áreas além daquelas mais próximas ao assunto, como Direito, Economia e Administração. “O mercado de carbono está começando a ser desenvolvido, e exige profissionais qualificados e muito especializados. Esta é uma grande oportunidade a todos que se interessem por este

promissor mercado”. A oportunidade de realizar o evento na PUC-SP surgiu por meio de Mayra Motta Froes Torres, ex-aluna que atualmente reside em Toronto (Canadá). Ela atua como correspondente internacional entre as duas universidades. Mayra também participa das reuniões do Comitê que decide sobre a realização do Carbon Finance Workshop em diferentes lugares do mundo – haverá debates semelhantes em cidades como Londres, Dubai e Xangai. No Brasil, o evento terá palestras em português e inglês, com tradução simultânea. Apoio: Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, Comitê de Estudos sobre Mercado de Carbono da OAB/SP, Associação Brasileira das Empresas de Mercado de Carbono e Escola da Advocacia-Geral da União. Participe:www.pucsp.br/ carbon

Ricardo Zanotta, assessor da Vice-Reitoria. A atividade integra uma série desenvolvida pela direção do CCET para aproximar a instituição de empresas. “Temos feito contatos com diversas companhias, e a resposta tem sido muito boa. Sentimos que a PUC-SP pode ter um nome tão conceituado na área de Ciência e Tecnologia como possui nas Humanas”, avaliou Luiz Carlos de Campos, diretor-geral do CCET.

Notas Premiação A PUC-SP indicou os professores Maria Lúcia Santaella Braga (programas de Pós em Comunicação e semiótica e em Tecnologias da Inteligência e Design Digital) e William Saad Hossne (ex-docente do curso de Ciências Médicas, atualmente na Unesp-Botucatu) para concorrerem ao Prêmio Conrado Wessel nas áreas de Cultura e de Ciência, após consulta aos Centros de Ciências Médicas e Biológicas (CCMB) e de Ciências Humanas (CCH). Os prêmios são concedidos anualmente e reconhecem perfis renomados nos campos de Ciência e Cultura (Literatura). São valiadas questões como qualidades de talento inovador, liderança, abrangência social, trabalho incansável, integridade e ética. Os vencedores serão conhecidos na cerimônia de outorga, dia 1/6, às 19h30, na Sala São Paulo.

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Humor no Tuca Até julho, segue a temporada de sucesso do espetáculo Improvável , da Cia. Barbixas de Humor. Inf.: www.teatrotuca.com.br. www.pucsp.br

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Caleidoscópio estréia no Tucarena com uma hora de improvisação Companhia do consagrado Jogando no Quintal tem mais um espetáculo em cartaz na PUC-SP Fotos: Fernando Aratanha

considerou que era a hora de dividir com o público o resultado de sete anos de existência. “Chegou a nossa vez de experimentarmos um formato mais ousado, mais arriscado. Tentarmos durante uma hora criar cenas que o público nem perceba que estão sendo improvisadas ali, na hora”, afirma Ballas. O desafio do Caleidoscópio é a construção de cenas de longa duração, ao calor do momento, com trilha criada ao vivo e tendo o público como testemunha. “Hoje, ainda peno pra definir. Não consigo explicar o espetáculo. Não sei se parece com o pai, se parece com a mãe, ou se, na verdade, parece ele

mesmo... Só sei que a gente gosta muito dele e espero que vocês gostem tanto quanto a gente”, conclui o diretor.

Caleidoscópio – um espetáculo de improvisação teatral

Após dois anos de pesquisas e ensaios, chega ao palco a nova e ousada produção do grupo Jogando no Quintal. Trata-se de Caleidoscópio – um espetáculo de improvisação teatral, em cartaz até 26/4, às sextasfeiras, no Tucarena.

A peça traz os atores do conhecido grupo paulista, que há sete anos faz sucesso com o espetáculo Jogando no Quintal, em um trabalho intenso de improvisação. Durante uma hora, quatro atores e um músico, dirigidos por Marcio Ballas, constro-

em uma atmosfera diferente daquela estabelecida no espetáculo anterior (também em cartaz no Tuca). Sem a típica máscara de palhaço, o grupo cria cenas e vive histórias a partir do humor e do lirismo. Segundo Ballas, o traba-

lho é resultado de exercícios, treinamentos, leitura de artigos acadêmicos e de intercâmbio com grupos de improvisação da Europa e da América Latina. Depois de ter participado do mundial de Match Improvisação e do Catch de Impro, o grupo

Direção: Marcio Ballas Improvisadores: Allan Benatti, Marcio Ballas, Marco Gonçalves, Rhena de Faria Temporada até: 26/4, sextas-feiras, às 21h30 Preço: R$ 30 (meiaentrada para estudantes, idosos e aposentados) R$ 10 (PUC-SP) Duração: 70 min. Local: Tucarena (R. Monte Alegre, 1024 – Perdizes)

Feira do livro traz obras com descontos e promove bate-papo com autores Mostra de filmes integra evento Alunos, professores, funcionários e a comunidade externa poderão comprar obras de diversas áreas com pelo menos 15% de desconto, durante a 2ª Feira do Livro da PUC-SP, que se realiza de 30/3 a 3/4, das 9 às 22h, e

4/4, das 9 às 17h, no Prédio Novo (térreo, 1º e 2º andares). Promovido pela Divisão de Comunicação, o evento tem como tema o Ano da França no Brasil e contará também com debates e mostra de filmes franceses.

Veja as editoras e livrarias que participam Algol Editora Humanitas (FFLCH) Cosac Naify Distribuidora Loyola Edipro Editora da Unesp Educ (PUC-SP) Grupo Espírita Emmanuel Summus Martins Fontes Palas Athena Parábola Editorial Átomo e Alínea Expressão Popular Digerati S&V Livros

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Boitempo Edusc (Planeta Terra) Piaget Estação das Letras e Cores Ateliê Editorial Universo dos Livros Abril Paulus Ibep / Nacional Perseu Abramo 7 Letras SBS Livraria Cortez Autores Associados Cultura Racional Renovar Martin Claret

Programação cultural Segunda-feira (30/3) 19h30 - Abertura Terça-feira (31/3) 17h30h – Mostra de Filmes Franceses: “Conto da Primavera” (Conte de printemps; Dir.: Eric Rohmer; França; 107 min.; 1990) 19h30 às 21h – Lançamento do livro O Vôo de Minerva de Antonio Carlos Mazzeo (Ed. Boitempo) Quarta-feira (1/4) 10 às 11h30 – bate-papo com o autor Tema: Transtorno de estresse pós-traumático em vítimas de seqüestro (Grupo Summus) Dr. Eduardo Ferreira Santos 17h30 – Mostra de Filmes Franceses: “O Corte”

(Le Couperet, Dir.: CostaGavras; França; 122 min.; 2005) 19h30 às 21h – bate-papo com o autor Tema: O enigma bipolar (Grupo Summus) Dr. Teng Chei Tung Quinta-feira (2/4) 10 às 11h30 – bate-papo com o autor Tema: A Globalização e o capitalismo contemporâneo (Editora Expressão Popular) Edmilson Costa 16 às 17h30 – bate-papo com o autor Tema: A nova toupeira: os caminhos da esquerda latino-americana (Editora Boitempo) Emir Sader Local a confirmar 18h – Mostra de Filmes

Franceses: “Hiroshima, meu amor” (Hiroshima mon amour; Dir.: Alain Resnais; França/Japão; 95 min.; 1959) 19h30 às 21h – bate-papo com autoras Corpo e moda por uma compreensão do contemporâneo (Estação das letras e Cores Editora) Kátia Castilo e Ana Claudia de Oliveira (org.) Sexta-feira (3/4) 18h – Mostra de Filmes Franceses: “O Garoto Selvagem” (L’Enfant Sauvage; Dir.: François Truffaut; França; 83 min.; 1970) 19h30 às 21h – bate-papo com o autor Os melhores jornais do mundo (Editora Globo) Matias Molina

Tel: (11) 3670-8455

Veja outros espetáculos em cartaz no Tuca: www.teatrotuca.com.br

Notas Fraternidade O pró-reitor de Cultura e Relações Comunitárias Hélio Deliberador participou de sessão solene em homenagem à Campanha da Fraternidade 2009, na Assembléia Legislativa de São Paulo, dia 13/3. Promovida pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a campanha trata este ano do tema Fraternidade e Segurança Pública. “O tema é essencial para as políticas públicas e, do ponto de vista do cidadão, trata-se de uma preocupação da maior relevância”, disse Deliberador. O evento também contou, enttre outros, com a participação do professor Antonio Carlos Malheiros (Direito), presidente da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo, representando o Poder Judiciário.

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