Grande Cruzada

Page 1

Grande Cruzada




GRANDE CRUZADA Já há alguns anos que pensávamos nesta viagem, mas só em 2010 começamos a planeá-la. O nome de Grande Cruzada, é dado porque um dos pontos principais da viagem é Istambul, no passado Constantinopla, uma das portas onde muitas cruzadas na época medieval, passaram para o Oriente. Traçar o percurso foi fácil, pois havia muitos locais espectaculares, que se encaixavam na rota pretendida. Nesse ano, em cima do móvel da cozinha, começou a aparecer amontoados de pesquisas e listas, do sonho passou a ser um projeto. Viajar, para mim, é entrar acordado num sonho, faz-me mudar de personalidade fico mais alegre e descontraído, num mundo que é tão grande mas tudo tão diferente.



Dia 22 de Julho de 2011,ás 6.30 horas: partimos rumo à aventura, 22 dias, 10 países, 9.900 km. Passado 2 km já o GPS nos mandava para uma estrada em terra batida, não respeitei as suas ordens, e seguimos pela via alcatroada, que já passei centenas de vezes. O primeiro dia foi calmo, fizemos 1.350 km até Narbonne, sul de França, muito frequentado pelas suas belas praias. O 2º dia foi talvez o mais cansativo de todos, primeiro tivemos filas infindáveis de várias horas, entre Marseille e Nice, do Mónaco a Génova foram, 200 km num “entra e sai” de túneis que teimava em acabar.



Ao chegar a Roma, de noite, com 1.200km andados, tive de me deixar levar e seguir um camião, mesmo com pouco trânsito estava completamente exausto. Saí da via Aurélia, um pouco perdido, avisei o grupo que tivesse atenção para encontrarmos o camping: nem a frase acabava, já tudo gritava que o parque era mesmo ali, muito perto do centro de Roma. Um excelente parque com parcelas separadas, ruas empedradas, WC de excelentes condições, super mercado, restaurante e bar, que à noite passa a discoteca. Dali, com rumo ao Vaticano, saía um pequeno autocarro a todas as horas, cujo condutor descreveria como sendo a boa disposição em pessoa. Uma vez, estava eu no parque, de frente a uma máquina de cerveja, quando senti a arrancarem-me um cabelo das pernas. Era o italiano, como eu o baptizei, que, depois de várias palavras que ninguém entendeu, ainda me pagou a cerveja.


Estivemos dois dias de visita a Roma, Vaticano, castelo do Anjo, Praça de Veneza, Coliseu, Fontana de Trevi, Ponteon, os museus as vespas, ruas habitacionais lindas e muitos outros locais repletos de arte. Roma é uma cidade museu, mas o que mais me surpreendeu, talvez por não estar à espera, foi descer junto ao rio, fugir à confusão e observar as flores, os patos e as fabulosas pontes, num clima de repouso merecido.





Continuámos com rumo a sul, até Pompeia, onde um arrumador de carros ao ver a matrícula Portuguesa, começou logo a dizer: “Cristiano Ronaldo, Mourinho!” com um ar sorridente e bem-disposto. A esta exclamação respondi com uma interrogação: “Miguel Pires, conheces?!” a qual, por alguns momentos, o deixei especado e sem qualquer tipo de resposta. A antiga Pompeia situava-se no sopé do vulcão Vesúvio, o qual entrou em erupção no ano 79 depois de Cristo, destruindo a cidade. Pedras e cinzas cobriram a cidade, redescoberta no século XVII. As escavações começaram em 1748, revelando uma cidade esquecida no tempo, em que resistiram os edifícios por vezes ornamentados com pintura e escultura. Nas ruas pavimentadas, sente-se os fantasmas de quase 2000 anos a traz.



A chegada a Bari fez-me recordar o Marco, uma história de banda desenhada que era transmitida pela RTP na minha infância. Contava a vida de um miúdo que vivia num porto Italiano, mas, devido a problemas económicos, a mãe teve que partir para outro país. O check-in foi mais fácil do que eu pensava, tirámos os bilhetes de ferry e esperamos à entrada do porto como nos tinham indicado. Os carros, camiões e semi-reboques iam passando, a admiração do Tiago era tal que perguntei ao segurança, pela quantidade de volume que levava o ferry. Mais admirados ficámos, quando me mostrou a lista de controlo, 60 camiões semi-reboques, 90 carros e mais as centenas de pessoas.


Com vista para um dos parques automóvel e para o mar, dormimos nos sofás, nas cadeiras e no chão. A noite foi bastante calma, e sem ondas nem se dava pelo movimento do barco. Chegámos a Igoumenitsa, Grécia, às 6 da manhã. O desembarque foi rápido, pois como fomos os últimos a entrar também fomos os primeiros a sair. A Grécia tem mais comércio tradicional: as bancas, à borda da estrada; e até nas cidades com os talhos, os mini mercados, as frutarias, mas em especial (e o que nos surpreendeu), as pastelarias, com tanta diversidade oferecida que até era difícil sair dali. Se existem locais encantados, Meteora também lá está. Um local sob real, onde os rochedos se elevam, parecendo cogumelos, e a força humana, de acreditar na palavra de Cristo, leva um conjunto de monges a construir mais perto do céu. A Construção dos mosteiros é do século XIV, subiam por escadas articuladas, ou por escadas de corda, as provisões eram içadas em cestos por guindastes ou cordas. Só por volta de 1920, foram escavados degraus na rocha.



Existem momentos, pequenos espaços de tempo, que nos marcam pela simplicidade, espírito de fraternidade, por querer um mundo melhor sem fronteiras e diferenças. No último dia em Meteora, passou-nos pela cabeça que o por do sol lá em cima nos rochedos seria muito bonito. Metemo-nos a caminho até encontrarmos um local virado para oeste. O sol já estava muito baixo, para nosso espanto, estavam ali dois homens com copos de bebidas, um homem local muito caricato, a quem baptizei de Neptuno, este contava histórias locais, a uma rapariga e dois homens, um deles de tronco nu de saias e perna de pau. Mesmo quando o sol se escondia, chegou um autocarro com turistas judeus, ai percebi o porquê das bebidas, no fim de as oferecerem aos judeus, também as ofereceram a nós bem e aos outros que não pertenciam ao grupo. Já o sol se tinha deitado, aparece outro autocarro, este com turistas da Coreia muito jovens que se acomodaram-se em cima das rochas e começaram a tocar e a cantar, o que levou a que todos os presentes os seguissem cantando conforme sabiam. Para mim, este momento foi único, não só por ser um local soberbo, com aqueles rochedos, mosteiros e o por do sol, mas por vários povos, várias culturas, várias formas diferentes de viver, naquele instante, sentirem uma paz de espírito enorme, só por estarem ali. Espero que eu, a Cristina, a Catarina e o Tiago, não nos esqueçamos desta passagem, ela ensina-nos que nós realmente somos todos iguais, e que, querendo, não há diferenças. ·




Acampámos em Rafina, a 15 km de Atenas, com vista para uma baía, ao som de uma orquestra incansável de milhares de cigarras, o calor insuportável era apenas vencido com uns bons mergulhos naquelas águas calmas e límpidas. Atenas, cheia de história, é um lugar onde a imponente Acrópole é palco de uma imensa cidade com estátuas representativas dos jogos olímpicos. Nesta cidade, em frente ao parlamento, assistimos ao render da guarda com todo o seu rigor e os seus fatos bastante ornamentados. Interessante foi, também, o mercado de frutas, que, por acaso, encontrámos numa das ruas da cidade, e onde havia imensas qualidades de frutas, pessoas muito simpáticas sempre a tentar vender o seu produto por o melhor preço.






De Atenas, com rumo a Istambul, percorremos a Grécia, sempre junto ao mar Egeu e mar de Trácia. Já no fim do dia, ao atravessar a fronteira com a Turquia, surpreendeunos a quantidade enorme de militares armados de ambos os lados. Chegámos a Istambul quando já era escuro, esta é uma cidade enorme com quase 20 milhões de habitantes. Para nossa surpresa, os parques que levava marcados, já não existiam. Comecei a ficar nervoso, por engano entrei no aeroporto já quase em pânico, mas meti a cabeça em ordem, resolvi encher o depósito, não tivesse de conduzir toda a noite. Seguimos para outro parque que ficava junto do Mar Negro a 30 km e Istambul. Era meianoite, e já estava perto, pensava eu, pedimos informações a 3 rapazes que estavam na conversa, estes, não percebendo nada, telefonaram a uma amiga deles que, em inglês, falou com a minha filha. A rapariga aconselhou-nos a seguir para outro local, pois o que nós seguíamos também não existia, conselhos que acabámos por aceitar. Ao chegar ao local indicado, entrei juntamente com o segurança que me mostrou um parque


muito pobre e de poucas condições. Fiquei muito receoso em “abancar” ali, pois o porquê de um camping sem campistas? Não existia ninguém naquele local a acampar. Chegámos a um acordo e dormimos dentro do carro. A Cristina não pregou olho nessa noite, eu acordei a faltar 15 minutos para as 6 horas, mesmo ali, à minha frente, o sol nascia quase que por magia, como já o tinha sonhado, dando luz e alegria ao Mar Negro e aos cargueiros que ali esperavam autorização para a atravessia do Bosfero. Numa rapidez tremenda, começaram a chegar carros com casais e muitas crianças. As mulheres de véu e vestes até aos pés, e com os seus maridos, assentavam-se de frente às mesas por baixo de um toldo enorme da Coca-Cola. As crianças, numa alegria extraordinária, corriam para a praia mergulhando e brincando, aproveitando o momento ao máximo. Fomos à aldeia mais próxima comprar pão, condutos e fruta. Era domingo, os cafés, que só vendiam chá, estavam cheios e, na padaria, assistimos à fabricação dos pães que era muito saborosos e de uma variedade enorme. As ruas, pobres e sujas, as carrinhas muito antigas, pequenos autocarros que metiam em dúvida se seriam seguros. Aqui já se nota a diferença de culturas. Hoje sinto-me mal de ter tido receios, talvez pela diferença. Tenho pena de não ter estado ali mais tempo, mas por outro lado, sinto-me feliz de ter tido a oportunidade de ali estar pelo menos uma noite.



Regressámos a Istambul, onde alugámos um quarto para mais duas noites. Constantinopla, hoje Istambul, ainda tem o poder de encanto e magia, é como entrar num filme de Ali Bábá. As rezas, as vestes as mesquitas, as pessoas, as tapeçarias, os mercados, o grande bazar, o Bosfero, fronteira natural que separa a placa Europeia da Asiática, tudo isto, em conjunto com uma população muito jovem alegre e simpática, relembrava-me as histórias desta personagem. Mas, como em todo o lado, nem tudo é perfeito e Istambul também não foge à regra. Por engano, entrámos numa rua de menos movimento, depois, outra e mais outra, quando reparámos, estávamos metidos em ruas muito degradadas, onde pequenas carrinhas de caixa aberta andavam num corrupio sem parar, carregando dentro de uns sacos enormes


de tecido, garrafas de plástico. O quotidiano destas ruas já é de uma realidade muito diferente, o comércio louco da reciclagem movimenta centenas de crianças, desde a recolha nos caixotes do lixo até o transporte e, depois, a escolha. Naquele momento, senti-me desanimado, confuso e triste com aquilo que vi, esses sentimentos levaram-me a tirar a máquina para fotografar, mas um senhor bemposto e de bons modos proibiu-me de o fazer. Os sentimentos que tive por aquelas crianças foram pela maneira diferente de ver a forma social deste povo. Também comecei a trabalhar com 13 anos, hoje não aceito essa ideologia, mas acredito que estes pequenos, que trabalham para ajudar o sustento da sua casa, vão alcançar uma força e uma mural que os ajudarão a ter um futuro mais promissor e risonho.








A condução, na Turquia, é um pouco desordenada, os condutores, apressados e impacientes, não respeitam as passadeiras e, do mesmo modo, os peões atravessam as ruas em qualquer lado. No primeiro dia, nas portagens, na entrada em Istambul, a barreira não abriu, não tínhamos ticket e não estava lá ninguém, por isso, sem hesitar, passei ao lado da barreira e, claro, começou logo a buzinar. Esta passagem deixou-me apreensivo, estava num país de fronteiras fechadas. Antes de entrar na fronteira da Bulgária, informeime e tive de comprar um cartão de circulação (quando já não nos era preciso...) no valor de 18 liras Turcas.


Ao traçarmos a rota, ficámos com receios de atravessar a Bulgária e a Sérvia, mas acabámos de ficar surpresos pela positiva: Á entrada da Bulgária, havia grupos de casas abandonadas com telheiros de madeira, pastos com cavalos e burros idênticos aos filmes do oeste Americano e, nas bermas da estrada, bastantes comerciantes com artigos regionais e velharias. A capital deste belo país é Sofia, uma cidade cujos elétricos azuis e laranjas, e os táxis amarelos lhe davam um “ar” muito colorido. Há poucas auto-estradas, mas, mesmo assim, tivemos de pagar imposto de circulação. A fronteira da Servia é bastante vigiada, mandam abrir os carros na procura de contrabando ou pessoas sem documentos. Entre Belgrado e a fronteira da Hungria há uma imensidão de terreno plano cultivado, mas tão vastos e tão liso, que se nota a forma redonda do globo e onde, mesmo bastante tempo depois do sol posto, o céu se mantêm claro por muito tempo.


A capital da Hungria é uma cidade cortada pelo enorme rio Danúbio, este deixa, numa margem, Buda e, na outra, Peste, formando as duas Budapeste. As pontes espectaculares, o parlamento lindíssimo, ruas habitacionais com edifícios grandiosos, mas sempre com espaço para passeios reservados a bicicletas, são características desta cidade. Esteve sempre a chover durante o tempo que ali estivemos, mas não deixou de ser surpreendente, com os eléctricos, o Metro, pão, a cerveja barata e a água com gás.


Áustria, nesta altura, é muito verde e com imensas flores. O centro turístico de Viana é um conjunto único de palácios, igrejas, museus, dos quais recomendo o de história natural, pois têm uma das melhores colecções do mundo. A esta cidade, os eléctricos e as carroças dão-lhe uma enorme magia.








Na Alemanha, junto aos Alpes, em Agosto, o tempo é frio e bastante húmido, durante os dias que ali estivemos esteve sempre a chover e com temperaturas que rondavam os 9 graus. Entre uma planície muito verde com vacas, cavalos e lagos, e uma montanha de forte inclinação, situa-se o castelo de Neuchentain, que parece ter sido ali posto quase que por magia como num conto de fadas. Castelo que foi mandado construir por um rei que nunca o usou. A hora normal de nos levantar, nesta viagem, era às 6 da manha, mas, em Viana, na conversa com outros portugueses, fomos avisados que em Neuchentain, havia grandes filas para tirar bilhetes. Deste modo, no dia de visita ao castelo, levantamo-nos às 5. Eram 7 da manhã e já a Cristina estava de frente à porta da bilheteira, fomos os primeiros, quando regressámos do castelo havia uma fila com mais de 500 metros. A aldeia de Fussen, junto dos castelos, é um conjunto de casas em madeira tradicionais, com varandas repletas de flores, virada para o turismo, com muitos quartos e vários parques de campismo.



Para alimentar a minha paixão pelos fosseis, não podia deixar de visitar o museu Bungermester- Muller em Solnhofen, bastante famoso pelas espécies encontradas na pedreira desta localidade. Aqui, encontrou-se a famosa Archaeopteryx, fóssil este que fez nascer a teoria da evolução dos dinossauros para aves, e, além disto, é o museu que encerra a mais espectacular colecção deste ecossistema.



A chegada a Paris foi um pouco atribulada, por engano entrámos num parque de estacionamento de um centro comercial. O certo é que tivemos de pagar a taxa mínima de 3€ para sair. Depois, os parques de campismo estavam cheios, só conseguimos ficar uma noite no camping de Versailles, embora nós tenha-mos repetido que existia tantos espaços vagos, não nos deixaram ficar mais tempo. Ao procurar um hotel, encontrámos uma portuguesa, ao tirar os bilhetes do metro foi a uma portuguesa, o super mercado, onde nos fornecíamos, era coordenado por um português, até quando me enganei no autocarro quem me avisou foi um português.


Paris está cheio de portugueses, mas também de outros povos, uma cidade muito simpática e bastante animada. Com artistas de rua e com muitos monumentos, mas muito ampla e com grandes espaços verdes. A noite traz a magia com o brilho dos monumentos, o destaque é para a estrela principal: a Torre Eiffel, alguém o disse e não se enganou: “Paris cidade de luz”. O rio Sena, as pontes, as igrejas, as agulhas, os museus (de onde se destaca o Louvre) e a Torre Eiffel, são, sem dúvida, locais obrigatórios a visitar. Na última noite, em Paris, estávamos tão encantados com o brilho da noite, que nos atrasámos e perdemos o autocarro. Tivemos de andar 1 hora a pé até ao hotel, e isto à 1 da manhã, sempre a confirmar se as paragens onde passávamos (era o 171, o do autocarro para Versailles).








Tristes, por estar a acabar, parti-mos com rumo a Portugal. Era bastante cansativo faze-lo num dia, resolve-mos ficar perto de São Sabestiam. Talvez por termos estado em locais expectacolarmente bonitos e de uma história tão poderoza, ficámos encantados por uma terra tão simples. Uma vila piscatória rodeada por verdes pastos, cobertos de vacas e cavalos, situada onde os Pirinéus se encostam ao mar, Mutriku. Nessa noite, fomos dar um passeio ao porto local, ali estava um restaurante amplo, de mesas e bancos compridos, e com os empregados num corrupio para satisfazer os clientes. Aqui, o cheiro do frango e o ambiente fez-me recordar as festas da minha terra, Vales de Cima.



Voltar de novo aos dias de trabalho, à música da batoteira e do martelo, àqueles dias que é sempre o mesmo, e no dia a seguir o mesmo contínua. De inicio pareceu um sonho, pergunto a mim mesmo se aquilo terá sido real, mas as fotos não deixam dúvidas. Valeu a pena, foi uma viagem que nos vai marcar para sempre, para a Catarina e para o Tiago foi muito bom, foi bom ver que não há fronteiras, não à preconceitos, por vezes, essas barreiras são provocadas por nós mesmos. Eu acho que o mundo é a nossa casa, independentemente do local onde estejamos. A cultura, a cor, a língua não são obstáculos, mesmo falando um, em cada língua, podemo-nos entender, desde que assim o queiramos (tal como no por do sol em Meteora). Como viagens de futuro, tenho ideias mas não projectos. Talvez percorrer as ilhas Gregas de scoter e ferry, Marrocos ou viajar até Moscovo e Saopetersborg. Dedico, a Grande Cruzada, aos guerreiros que não hesitaram nem um pouco, em qualquer obstáculo. Eu sei que não foi fácil, tantas horas de caminho, noites mal dormidas, locais inseguros e tantas outras, à Cristina à Catarina e ao Tiago, um muito obrigado por me terem acompanhado. Para mim, dormir numa boa cama ou no chão, a diferença está na dor de costas, que de resto até durmo bem. Acho que as nossas necessidades não são bons restaurantes e grandes hotéis, grandes carros e outros bens luxo mas sim a paz de espírito, o estar connosco, com os outros e com o mundo.


Texto Miguel Pires, Cristina Pires, Catarina Pires, Tiago Pires Fotografia Miguel Pires, Catarina Pires



VIAJAR Sentir o vento na face é viajar. Volante e mapa na mão, A paisagem no olhar E as pessoas no coração.

A diferença, aceitamos. Louvamos o que não há igual. A viajar pelo mundo mostramos O lindo pais que temos, PORTUGAL! Os outros países, e a minha terra, São uma aldeia global. Que façamos do planeta TERRA, Uma casa sem igual...


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.