Contos do Absurdo #7

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fazer? - perguntou com dificuldaTornou-se um esentimento cada vez de, chorando tentando afastarmais sombrio, que apesar de fazer -se. O homem atirou-se sobre ela, oposição ao amor, rivalizava com rasgando seu vestido com facilieste em obsessão. Maria do Cardade. Mordia e beijava seus seios mo jurou não Maria ser sua do jamais, e o avidamente. Carmo homem passou a persegui-la, à estentou se desvencilhar, mas ele preitá-la, buscando o melhor modeu-lhe outro soco, retardando-a. mento para estar perto dela, sentir Sacou seu membro intumescido e seu cheiro, encarar aqueles granenfiou na mulher com a brutalides de profundo verde. com dadeolhos de um animal, mesmo os apelos da moça, que esperneaO finalmente chegara. Do Carva,dia tentando se proteger. mo cuidava da horta, como todos os dias, entretanto, não havia – Socorro! - gritou ahoje mulher, e ele ninguém em sua casa, que distasegurou fortemente em seu pescova ço. cerca de 40 metros de onde ela estava, uma plantação de quiabos, em de temposele, em – Euque te desaparecia amo... - murmurava tempos em meio as folhagens. Ase ela tentava, em vão, arfar o ar. sustou-se deleitava-se quando percebeu ArmêArmênio enquanto a nio, já bem próximo. mulher desfalecia, entrava em colapso. Sentia aquele corpo esguio – Ai meu susto! O que tremer sobDeus, o seu,que o suor pingava faz aqui? perguntou, pousando no rosto delicado que o encaravaa sobre o peito. com terror, e ele sentia cada vez mais mão prazer. As conjuntivas da mulher foram migrando para um vermelho vivo, e os cantos de sua boca espu– mavam Eu dissesaliva que tee amava... - respondeu-lhe com macabro, dansangue, no exato momento emum quesorriso o homem atingia o do-lhe um violento soco na boca, derrubando-a ao chão com a força do orgasmo, de forma animalesca e cruel. golpe.

Soltou-se dela, ainda ofegante, e sentou-se próximo. Observava-a – Pelo amor de Deus, o que você vai fazer? - perguntou com dificuldade, ainda em espasmos, até ficar completamente imóvel. Profundas marchorando e tentando afastar-se. O homem atirou-se sobre ela, rasgando cas roxas marcavam seu pescoço, assim como as feridas feitas por seu vestido com facilidade. Mordia e beijava seus seios avidamente. Maria mordidas em seus seios, e a boca maltratada por socos, completado Carmo tentou se desvencilhar, mas ele deu-lhe outro soco, retardandomente ensanguentada. Seu prazer deu lugar ao desespero, precisava -a. Sacou seu membro intumescido e enfiou na mulher com a brutalidade fugir dali, alguém poderia tê-lo visto, iam pegá-lo! Antes, porém, de um animal, mesmo com os apelos da moça, que esperneava, tentando seprecisava proteger. de algo para ter de recordação da mulher que jurou não ser dele. Num impulso, puxou um pequeno canivete que os homens interior costumavam carregar e aproximou-se seu rosto. Desde – do Socorro! - gritou a mulher, e ele segurou fortementedeem seu pescoço. o começo, foram seus olhos que lhe chamaram a atenção, foi por eles Armênio apaixonara. fortemente olho como os – que Eu te amo... -se murmurava ele,Puxou e ela tentava, em o vão, arfar ar. dedos Armêbrutos e, tendo dificuldade em desprendê-lo, enfiou o canivete na nio deleitava-se enquanto a mulher desfalecia, entrava em colapso. Sentia órbitacorpo até retirá-lo completamente. mesmo no com o outro, olhou aquele esguio tremer sob o seu, o Fez suoropingava rosto delicado que para trás, e seguiu furtivamente por entre a plantação. o encarava com terror, e ele sentia cada vez mais prazer. As conjuntivas da mulher foram migrando para um vermelho vivo, e os cantos de sua boca espumavam saliva e sangue, no exato momento em que o homem atingia o orgasmo, de forma animalesca e cruel. 28


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