InformationWeek Brasil Ed. 228

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SEM INTERMEDIÁRIOS A iniciativa criada pela startup desvincula a distribuição de conte-

A CADA EDIÇÃO, A SEÇÃO STARTUP conta a história de uma empresa nascente.

Você conhece alguma organização de TI jovem e inovadora?

RAIO X O QUE FAZ: distribui conteúdo para telefones celulares NASCIMENTO: 22 de maio de 2008 ORIGEM: Recife/PE FUNCIONÁRIOS: um funcionário, um bolsista e três empreendedores MERCADO ESTIMADO: 92 milhões de brasileiros $ $$$ POTENCIAL DE RECEITA: R$ 40 milhões $ (atingindo 10% da classe C) $$$$$$$ METAS: 3 mil músicas e 20 spots até o fim de 2010 $$$ $ DESAFIO: popularizar o serviço e ampliar $ cobertura geográfica $ mesmos, formarmos a própria rede. Para este segundo ponto precisaríamos de investidor”, comenta Peixoto para definir: “Estamos nos estruturando para ganhar escala”. De fato, pensando em escala, as possibilidades são animadoras. Institutos de estatística mostram o fenômeno emergente da classe C, que já representa 49% da população brasileira (92 milhões de pessoas). Vale considerar que outros 35% estão nas camadas D/E. Um bom número de pessoas neste perfil possui celulares. Numa matemática simplificada, o empreendedor diz que, se apenas 10% da classe C comprar dois cartões por ano (oito músicas, no caso), o mercado potencial beira os R$ 40 milhões. “Não é nada impossível”, concluí. IWB

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údo tanto da gravadora quanto dos planos de dados das operadoras de telecom. Primeiro porque privilegia artistas locais ou músicos sem compromissos com a indústria fonográfica, segundo porque a transmissão por Bluetooth é grátis. “Pessoas não querem trafegar dados, querem é ouvir música”, acredita Teixeira. A abrangência ainda é tímida. O serviço tem cerca de 500 canções cadastradas, de três pequenos selos de música, e quatro spots no bairro do Recife Antigo. “Estamos apenas nessas posições por dois motivos: temos de solidificar a tecnologia e ainda precisamos testar o modelo”, explica o empreendedor. O Tocaê trabalha para tornar o contrato com artistas e pequenas gravadoras mais enxuto e facilitar o processo de inserção para fechar o ano com três mil músicas. A partir daí, a intenção é abrir 20 pontos de contato, ainda na capital pernambucana. “Não dá para estimar quando virará um negócio para todo o Brasil. É possível que isto aconteça em dois anos. O segredo é ou fazer um trabalho viral para que as pessoas que tenham PC num bar ou loja de conveniência baixem nosso aplicativo, instalem o USB e passem a distribuir o conteúdo ou, nós

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nado em um servidor central acessado por terminais equipados com dispositivos para transmissão das informações aos clientes batizados de spots, que nada mais é do que um PC padrão com um “dispositivo Bluetooth” espetado na entrada USB, com um software que faz com a comunicação com o celular e o servidor. Os spots podem estar espalhados em pontos comerciais se comunicando com pessoas dentro do raio de cobertura da tecnologia. O acesso é feito por um cartão – ao preço de R$ 2 –, que contém um número de PIN e permite download de quatro músicas. Atualmente, o aplicativo do Tocaê está disponível para qualquer computador que rode sistema operacional Linux. A meta é levar a plataforma para PCs com Windows e, com isto, massificar a iniciativa, uma vez que, na teoria, qualquer estabelecimento comercial poderá baixar a aplicação, instalar a antena e vender os cartões. Dessa maneira, o vendedor fica com 20% do valor do cartão, o artista com 30% e o Tocaê com o restante.

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