Revista Iniciação Científica V.11

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CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA | BELO HORIZONTE | MG

para recipientes adicionais ou procedimentos de lavagem do material utilizando vários filtros ou colunas comerciais resultando em maiores concentrações de DNA extraído (Bonaccorso, 2005). Quando da análise de material contendo fluido vaginal e/ou esperma, em função da natureza do evento sexo-relacionado, podem estar presentes além de espermatozóides, outros tipos de células, freqüentemente células epiteliais. Em tais casos, executa-se uma metodologia de extração diferencial, a qual permite a separação entre o DNA proveniente das células outras que não espermatozóides (Fração Não Espermática – FNE) e aquele proveniente dos espermatozóides (Fração Espermática – FE).

Amplificação do DNA São fatores limitantes da analise do DNA oriundo dos locais de crimes sexuais, a quantidade e a qualidade do material a ser analisado. O advento do PCR, do inglês polymerase chain reaction aumentou de forma significativa a possibilidade de analise de variações gênicas nestes tipos de vestígio, tornando-se a técnica de escolha nos laboratórios forenses. A PCR (figura 1) propicia uma amplificação exponencial especifica de seqüências de DNA in vitro, pos-

sibilitando assim uma avaliação individualizada humana. O principio da técnica baseia-se na estrutura e na seqüência do DNA. Pode ser resumido em uma reação enzimática catalisada por uma polimerase termostável, cuja atividade depende de íons de magnésio e ocorre em três etapas: desnaturação que consiste na separação na dupla fita do DNA a ser amplificado, anelamento hibridização com ligação do iniciador na ao DNA a ser amplificado, e extensão, quando ocorre polimerização propriamente dita. (Bonaccorso, 2005) Após a amplificação do DNA é possível separar esta molécula através de migrações destas em suportes com gel de acrilamida ou capilar por ação de uma corrente elétrica. Em gel quando submetido a um campo elétrico, as moléculas de DNA migram para um pólo positivo, pois são carregados negativamente, e como força oposta a ligação existe um atrito com o suporte (gel). Quanto maior a molécula, maior o atrito e mais lenta a migração, portanto, moléculas, de tamanhos diferentes terão migrado a uma distancia diferente depois de algum tempo. A distancia que o fragmento percorreu a partir do ponto de aplicação é comparado com a distancia que outros fragmentos de tamanho conhecidos, percorreram no mesmo gel. (Koch; Michelsen, 2008). A figura 2 ilustra um registro de uma amostra submetida a eletroforese em capilar.

Figura 1: Ilustração do termociclador para a Reação em Cadeia Polimerase (PCR).

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