Especial Petrobras Quinta-feira, 30 de março de 2017
DIVULGAÇÃO
Mudança da política de conteúdo local lesa interesses do País
A
s mudanças das regras de conteúdo local para o setor de petróleo e gás determinadas pelo governo ilegítimo de Michel Temer e pelo presidente da Petrobras, Pedro Parente, com redução média de 50% nos percentuais de equipamentos e serviços produzidos no País, lesam os interesses nacionais e têm o objetivo único de ajudar empresas estrangeiras, para gerar renda e empregos fora do Brasil. O mesmo pacote antinacional inclui a venda de ativos da Petrobras a preços irrisórios e a entrega de megajazidas do pré-sal a petroleiras estrangeiras. (SP), Para o líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP essas ações têm que ser barradas, pois colocam o futuro do País em risco.. “A sociedade brasileira precisa reagir ao feirão de Pedro Parente, que atua como serviçal de petroleiras estrangeiras”, comenta o parlamentar. Ele observa que é um retrocesso monumental, pois acaba com a política para o setor adotada pelo governo Lula já a partir de 2003, a fim de gerar empregos e renda no Brasil, além de impulsionar ganhos tecnológicos à indústria nacional. A decisão dos atuais detentores do poder é criticada por petroleiros, sindicalistas e até por representantes da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e da Associação Brasileira de Máquinas e Equipa-
mentos (Abimaq), entidades que apoiaram o golpe que derrubou a presidenta legítima Dilma Rousseff. O líder do PT lembra que a mudança vai estimular a importação de equipamentos que poderiam ser produzidos aqui e que contribuiriam para alavancar a atividade industrial. Graças aos estímulos adotados nos governos do PT, o número de empregos no setor naval saltou de 1,9 mil, em 2000, para 80 mil, em 2014, antes da crise que atingiria o segmento em razão da Lava Jato, da diminuição do preço do petróleo e da própria gestão da Petrobras. “A política de conteúdo local trouxe para o País enormes benefícios, como maior geração de emprego e renda, diversificação e crescimento sustentável da economia, desenvolvimento da capacidade produtiva local, ambiente seguro para atração de investimentos e, consequentemente, aumento da arrecadação de impostos”, comenta Zarattini. Com igual êxito, a exigência de conteúdo local é adotada em outros segmentos da economia brasileira. Um exemplo é o Inovar Auto, programa que estimulou a produção nacional de peças e equipamentos visando a atingir índices de nacionalização de 57,5% na frota de veículos. O sucesso foi gigantesco. Quase todas as marcas aderiram ao Inovar Auto, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Fechamento: 29/03/2017 às 22h00