PT na Câmara - 12 de dezembro de 2017

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Terça- feira, 12 de dezembro de 2017

Ano: XXIV - Nº 6245

PAULO PINTO/AGENCIAPT

Oposição intensifica pressão contra reforma

P

arlamentares dos partidos de oposição – aliados a movimentos sociais e sindicais – estão intensificando ações contra a Reforma da Previdência do governo ilegítimo de Temer, que acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição, reduz o valor dos benefícios e institui a idade mínima obrigatória para todos os trabalhadores do campo e da cidade. Em coletiva à (SP) falou imprensa, o líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP), ontem das articulações para barrar a reforma. “Serão muitas as ações aqui na Câmara e nas ruas do País até que se suspenda essa votação”, afirmou. As principais centrais sindicais do Brasil – CUT, Força Sindical, CTB, UGT, Nova Central, Intersindical, Conlutas e CGTB – já estão em estado de greve contra a Reforma da Previdência, com mobilização e manifestações programadas para amanhã (13) em capitais e grandes cidades, com indicativo de greve geral para o dia da votação da reforma em plenário. “Vamos iniciar aqui também uma mobilização. Estamos preparando um corpo a corpo junto aos deputados para que eles se convençam de que não é o momento de se fazer essa reforma. Uma reforma prejudicial à maioria dos trabalhadores brasileiros”, reforçou. Zarattini citou também como parte das manifestações contra a reforma, na Casa, a greve de fome dos trabalhadores do campo. “São sete pessoas que entraram em greve de fome até que se suspenda essa votação”. (Leia matéria na página 3)

Desafio – O líder do PT anunciou que vai hoje desafiar o governo, da Tribuna, a provar que essa reforma é para acabar privilégios. “Ao contrário do que fala a propaganda milionária do governo, essa reforma não está retirando privilégios. Está é retirando direitos do povo brasileiro. Queremos que o governo diga exatamente qual é o privilégio que está sendo retirado”, denunciou. Zarattini destacou ainda que o governo está fazendo uma pressão gigantesca sobre os deputados para tentar obter os 308 votos necessários para aprovar a reforma. “Mas quero informar que vai haver uma pressão enorme também na base eleitoral desses deputados”. O líder disse que os partidos de oposição articularam nesse fim de semana com a Frente Brasil Popular, com a Frente Povo sem Medo e com os movimentos sindicais para, em cada cidade do País, esses parlamentares que estão a favor da reforma tenham os seus nomes divulgados desde já, para que possam mudar de opinião. O líder também falou sobre a postura do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), acerca da reforma. “O presidente Rodrigo Maia não precisa ser um capacho do governo. Se ele acha que tem que colocar a Reforma da Previdência em votação, ele que coloque em votação. Ele não tem que ficar aqui fazendo levantamento dos favoráveis, como dos contrários à reforma. Não é esse o papel do presidente da Câmara, que é um poder independente da Presidência da República. Pelo menos é isso que está na Constituição”. DIVULGAÇÃO

Fechamento: 11/12/2017 às 23h53


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