PT na Câmara - 25 de maio de 2017

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Quinta feira, 25 de maio de 2017

Ano: XXIV - Nº 6110

MÍDIANINJA

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á fora, na Esplanada, tiros, gás de pimenta e todo o tipo de repressão contra manifestantes do “Ocupa Brasília”. Do lado de dentro da Câmara, o presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), e a base aliada do presidente investigado Michel Temer protagonizaram mais um golpe na democracia. Essa foi a radiografia de um momento histórico para Brasília, quando a cidade foi ocupada ontem por mais de 100 mil brasileiros de todos os cantos do País, em nome do “Fora Temer”, das “Diretas Já” e contra as reformas golpistas. No plenário, a situação chegou ao seu limite depois de o Palácio do Planalto ter autorizado o uso das Forças Armadas, e Rodrigo Maia insistir em continuar a sessão, apesar dos sucessivos pedidos para suspendê-la. Muitos parlamentares argumentaram a necessidade de parar os trabalhos em função do agravamento da repressão na Esplanada, que atingiu, inclusive, dezenas de deputados. Diante da negativa, os deputados de oposição deixaram o plenário aos gritos de “Fora Temer”. O líder do PT, deputado Carlos Zarattini (SP) (SP), explicou que a oposição estava se retirando do plenário porque não podia referendar o Estado de exceção. “Repudiamos essa decisão do governo Temer de ativar a chamada Garantia da Lei e da Ordem com a tropa do Exército para fazer a segurança da Esplanada e de Brasília. Isso abre uma nova fase na história do Brasil. É um retrocesso colocar o Exército nas ruas para reprimir uma manifestação popular com mais de 100 mil. Com isso, nós não podemos compactuar”, afirmou. Zarattini reforçou que o Supremo Tribunal Federal interrompeu a sessão e que a Câmara deveria ter feito o mesmo. “Como isso não aconteceu, vamos nos retirar”, protestou. O líder da Minoria, deputado José Guimarães (PT-CE) (PT-CE), reforçou a existência do Estado de exceção e destacou que a decisão de colocar o Exército nas ruas, a partir de um pedido de auxílio às Forças Nacionais, estava ferindo a soberania de Brasília e do Congresso Nacional. “Esperamos um posicionamento firme da sua parte [Rodrigo Maia] e o encerramento da sessão. Senão, não nos resta outra alternativa a não ser deixar esse plenário. O nosso protesto é político. É em nome da democracia”, afirmou Guimarães. Leia mais nas páginas 3, 4, 5, 7 e 8

Fechamento: 24/5/2017 às 22h00


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