Nota à imprensa 2020.06.05
Aveiro não é um estaleiro privado O Partido Socialista contesta veemente a governança pública como se Aveiro fossem um latifúndio!
1 – Requalificação da Avenida Lourenço Peixinho Não é possível avançar com uma obra projetada e apresentada à socapa, por partes, sem o todo, com recurso a todos os truques de engano através da máquina de propaganda paga pelo erário público, com elogio público a quem concorda e a desvalorizar ou insultar a opinião dos que mais precisam de ver o assunto esclarecido, porque dele depende a sobrevivência económica e familiar, e a denegrir todas as outras opiniões ou conhecimentos técnicos e científicos. Ouvir os aveirenses não é atender apenas a quem concorda – sobretudo os que concordam por benefício direto. Dialogar não apenas quando se tem alguma coisa para dizer – e normalmente apenas para comunicar por medo e até à exaustão que já está decidido e acabou a conversa. É importantíssimo elaborar o planeamento da execução de obrar, apresentá-lo, discuti-lo com os cidadãos, aferir os impactos, mormente: estruturas e equipamentos existentes, estacionamento, mobilidade, segurança, custos de circunstância, compatibilidade de serviços e faseamento de obra, mecanismos de apoio a quem vive da e na Avenida. As obras na Avenida, ao avançarem contra a vontade dos aveirenses, é apenas mais um sinal de uma política ditatorial que não tem lugar num regime democrático.
2 – Juntas de Freguesia – participação no apoio às pessoas, famílias, comércio local Às Juntas de Freguesia, no âmbito das suas competências e competências delegadas por período extraordinário, deveriam serem facultados recursos para fazerem um diagnóstico mais apurado da real dimensão das necessidades no tempo difícil que os aveirenses e o país atravessam. É extremamente preocupante constatar todos os dias as Juntas de Freguesia a distribuírem “Kits” de segurança às famílias e comércio local, ver as mesmas a promoverem recolha e distribuição de bens de primeira necessidade, organizarem campanhas e apoio e distribuição de cabazes de alimentos essenciais e, depois, ouvir o Presidente da Câmara proferir atoardas, dizer que é mentira tudo isto que está a acontecer. Partido Socialista | CPC – Aveiro Rua Guilherme Gomes Fernandes, nº 8 | 3800-197 Aveiro psconcelhiaaveiro@gmail.com | www.psaveiro.ps.pt
3 - Cultura em Tempos de (In)certeza – a Câmara foi privatizada?! Prevê apoio direto aos artistas locais. É bom! O PS já o reclama desde o dia 20 de março. E também prevê a retoma da programação cultural municipal com vários itens. Face aos valores entre uma intenção e outra, verifica-se que há uma desproporcionalidade abissal. Toda a produção cultural local deveria ser patrocinada em larga escala para as vivências e promoções locais. A contratação externa seria apenas simbólica, uma participação e promoção para adicionar ao esforço do país na recuperação do setor e áreas de atividade inerentes. Sobre o projeto Cultura em Tempos de (In)certeza e o Plano Estratégico Para a Cultura 2019-2030, sendo um plano de ação definido pela Câmara Municipal de Aveiro, que se pretende exigente e transversal, fundamentado numa estratégia a longo prazo, o Partido Socialista acha no mínimo estranho, pelas competências que são da Câmara, não ter sido apresentado e discutido na Câmara e, mais estranho ainda – sem esclarecimento cabal do Presidente – que tenha sido um agente privado a apresenta-lo à Comunicação Social. Será que a Câmara Municipal foi privatizada?! Nem a Câmara é ouvida nem o Vereador da Cultura surge a pronunciar-se sobre o Plano?!
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