Costa da Mata Atlântica

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Nº22 - R$ 15,00 - BRASIL

22

Circuito Costa da

Mata Atlântica Bertioga | Cubatão | Guarujá | Itanhaém | Mongaguá Peruíbe | Praia Grande | Santos | São Vicente








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Editorial O CIRCUITO COSTA DA MATA ATLÂNTICA É UMA REGIÃO COM MUITOS TESOUROS ARQUEOLÓGICOS, HISTÓRICOS E NATURAIS. Um lugar com muitos atrativos de lazer e aventuras, envoltos em um passado que remonta ao próprio início da colonização brasileira. Aqui, temos as primeiras vilas do país, a arquitetura dos áureos tempos do café, aldeias indígenas, a modernidade das artes, e o mar como pano de fundo, contrastando com o verde da Mata Atlântica. Apesar de ser uma região metropolitana, cada cidade possui sua identidade única, consolidada ao longo dos séculos. Por isso, todas contam com excelente e diversificada infraestrutura para receber visitantes. Bom passeio!

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120 Conselho Editorial Ana Lucia F. dos Santos, Cosme Soares, Eduardo Hentschel, Luigi Longo, Luiz H. Miranda, Márcio Alves, Mário Zelic, Roberto Delboux, Sérgio Zócchio, Roberto Torrubia, Ruy Prado, Sandro Cobello e Thabata Alves Editora Renata Weber Neiva Reportagem Alice Neiva e Nathália Weber Assistente de produção Evellyn Alves Revisão Silvia Mourão CIDADE & CULTURA CIRCUITO DAS FRUTAS é uma publicação anual da KM Marketing Cultural PARA ANUNCIAR (11) 97540-8331

Diretor Comercial Paulo Zuppa Produção Gráfica Rogério Callamari Macadura Produção Digital Strawberry Web Design Produção Audiovisual Marcio Marques - VSET Fotografias Alexandre Andreazzi, João Quental, Márcio Masulino, Marcos Piffer e Thiago de Andrade Foto Capa Marcos Piffer Impressão Silvamarts CONHEÇA O NOSSO SITE www.cidadeecultura.com.br www.kmcultural.com.br


12 70 Índice 10 Linha do Tempo

82 Esportes

O fluxo da história

O que te move?

12 Histórico

90 Aromas&Sabores

Muitas dificuldades em terras inóspitas

Doce e salgado

26 Museus

92 Gastronomia

Memórias resgatadas

Variedade que vem do mar

34 Turismo religioso

96 Índios, Quilombolas e Caiçaras

Tesouros da fé

Comunidades tradicionais

40 Arquitetura

104 Metropolização

Arte em concreto

Planejamento e execução

50 Arquitetura Urbana

112 Roteiro

Desenvolvimento sustentável

Não deixe de visitar

52 Artesanato

120 Turismo náutico

Criatividade e utilidade

Locais paradisíacos

54 Artes

124 Turismo rural

Sensibilidade e beleza

A mata que dá frutos

62 Meio Ambiente

126 Dados estatísticos

Patrimônio ecológico

Entendendo mais a região

68 Pássaros

127 Embaixadores

Olhos e ouvidos atentos

Todo nosso respeito e gratidão

70 Praias

130 Depoimento

Belezas de vistas infinitas

Contemplação do mar e da mata

digital Acesse o Google Play ou a App Store. Busque por Cidade&Cultura. Instale nossa banca em seu tablet ou smartphone e tenha acesso às edições digitais. www.cidadeecultura.com.br

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Linha do Tempo

Povos sambaquieiros

Chegada da Armada de Martim Afonso de Souza e fundação de São Vicente

Vinda de José de Anchieta

Construção da Calçada do Lorena – marco da engenharia colonial brasileira

12.000 1532 1553 1792 anos

10 Cidade&Cultura

Nascimento do pintor Benedito Calixto

1853

Porto Organizado de Santos

1888


Circuito Costa da

Mata Atlântica

FOTOS MARCIO MASULINO, DIVULGAÇÃO, ACERVO MUSEU DO PORTO E SECOM DE CUBATÃO

Linha do tempo

Auge do ciclo da bananicultura

Início do

Criação do Parque Estadual Serra do Mar

século XX 1977

Elevação do distrito de Bertioga a município

1991

Criação da Região Metropolitana da Baixada Santista

1996

20 anos da Região Metropolitana da Baixada Santista

2016

Costa da Mata Atlântica 11


HistĂłrico

Tela de Gaspar Mariano da primeira Vila do Brasil em SĂŁo Vicente

12 Cidade&Cultura


REPRODUÇÃO ACERVO CASA MARTIM AFONSO DE SOUZA

Os primórdios da

colonização Dificuldades da expansão

Costa da Mata Atlântica 13


Sambaqui encontrado no subsolo da Casa Martim Afonso em São Vicente junto à primeira parede de alvenaria construída no Brasil

A REGIÃO DA BAIXADA SANTISTA COMPÕE, JUNTAMENTE COM O RIO DE JANEIRO, SALVADOR E PERNAMBUCO, UM DOS CENÁRIOS MAIS ANTIGOS DO BRASIL. Por estar localizada no litoral, facilitou a entrada de europeus, náufragos ou degradados, que enviavam notícias à Coroa Portuguesa sobre as riquezas do país. O extrativismo foi como regra o primeiro segmento econômico na nova colônia. Ao norte, o pau-brasil; aqui, os índios. Graças à localização estratégica da Ilha de São Vicente foi que realmente a colonização começou a ser interessante para Portugal. Entretanto, antes de os europeus se fixarem nas novas terras, outros povos já viviam aqui desde muito tempo. Sambaquieiros Considerados os mais antigos registros de atividade humana da costa brasileira (de 8 a 12 mil anos atrás), os sambaquis representam uma sociedade com costumes, alimentação e religiosidade própria. Na Baixada Santista, temos vários exemplares desses artefatos de comunidades sambaquieiras, alguns intactos, outros não tão preservados ou até extintos pela ação dos portugueses que utilizaram a cal (resultante do sambaqui) para edificar suas vilas. O mais alto e antigo sambaqui brasileiro até agora encontrado está situado no Guarujá, sob o nome de Crumaú 1, à beira do rio de mesmo nome. Tem 31 metros de altura e 100 m de largura. Em Cubatão, temos outro, 14 Cidade&Cultura

com 20 metros de altura, no Parque Ecológico Cotia-Pará. Em Santos, ao longo do Canal de Bertioga e na Ilha Diana, também existem vários sítios arqueológicos a serem explorados. Em Peruíbe, temos o Guaraú, na ilha fluvial do rio Guaraú. Outro, bem interessante e valioso de se conhecer, está em São Vicente, situado abaixo da casa de Martim Afonso de Souza, onde estudos são feitos e exibidos aos visitantes que podem observar como era criado um sambaqui, século após século. Colonização portuguesa Após o Brasil ser descoberto e Américo Vespúcio ter feito o levantamento das terras da costa brasileira, Portugal não se interessou de imediato por essa conquista, pois estava concentrado em encurtar o trajeto até a Ásia, rica em especiarias. Mas os franceses viram no pau-brasil uma excelente fonte de ganhos, pois essa espécie fornecia a tinta vermelha usada para tingir o vestuário da nobreza europeia. Assim, rapidamente fizeram alianças com tribos indígenas costeiras e ali montaram uma rota de interminável escoamento de toras e mais toras da madeira valiosa. Além disso, já corria solta a lenda de Potosí, uma montanha de prata situada no Peru, com acesso pelo rio da Prata, e com a qual poderia haver ligação terrestre atravessando o interior brasileiro. Com notícias vindas do novo continente, Portugal enviou várias esquadras a fim de terminar com essas incursões francesas nas terras que havia conquistado,

ELIAS GOMES - EXPRESSÃO STUDIO

Histórico


REPRODUÇÃO ACERVO CASA MARTIM AFONSO DE SOUZA - CARLOS FABRA MARCIO MASULINO

Porto das Naus

Martim Afonso de Souza

REPRODUÇÃO ACERVO CASA MARTIM AFONSO DE SOUZA - CARLOS FABRA

e deu a Martim Afonso de Souza, como capitão-mor, plenos poderes para: 1) achar o caminho por terra até o Rio da Prata; 2) colonizar a costa sul do Brasil; 3) impedir a invasão de outras nações europeias. Munida de armas, aparelhos, ferramentas, sementes, mudas, animais domésticos e muitos colonos, a esquadra aportou entre a Ilha Porchat (Ilha do Mudo), a praia de Paranapuã (praia das Vacas) e a praia do Gonzaguinha, em São Vicente, no ano de 1532. Ao desembarcar, Martim Afonso de Souza fundou a primeira colônia regular do Brasil: a Capitania de São Vicente, a maior dentre as províncias divididas pelo rei D. João III. As primeiras sesmarias brasileiras foram destinadas a Pero de Góes, Francisco Pinto e Rui Pinto, e devidamente registradas no Cartório da Provedoria da Fazenda Real da Vila de Santos (conforme Memórias para a História da Capitania de São Vicente, obra do Frei Gaspar da Madre de Deus, original de 1710). A partir de então, a colonização se deu com grandes dificuldades de adaptação dos colonos devido ao clima, aos índios e seus costumes nada morais aos olhos dos europeus da época, às invasões e doenças tropicais, dentre muitos outros fatores que, apesar de tudo, contribuíram para fortalecer ainda mais o desejo de conquistar novas terras na região. O mais importante fator que ajudou na fixação dos colonos foi o entrosamento com os índios da tribo Guaianá, graças ao misterioso João Ramalho, que já estava nessas terras desde 1508, e era casado com Bartira, filha do cacique Tibiriçá, grande guerreiro e líder na região. Ramalho fez de São Vicente um ponto de exportação de escravos indígenas. Foi também um grande povoador, pois possuía inúmeras concubinas com as quais teve muitos filhos mamelucos. Era temido e venerado pelos índios. Ramalho não morava na praia e, sim, onde hoje se localiza a cidade de Santo André. Com seu conhecimento do planalto, conduziu Martim Afonso pela trilha de Paranapiacaba (quase o mesmo trajeto da Rodovia Anchieta) em busca do caminho do Rio da Prata. Esse grande personagem faleceu aos 95 anos de idade, em 1580. Foi o maior povoador do Estado de São Paulo e muitos de seus filhos formaram as bandeiras que desbravaram o interior do Brasil. Excomungado pela Igreja, tratado como herói por outros, salvou muitos colonizadores das invasões indígenas e é considerado o fundador da cidade de Santo André. Assim como João Ramalho, muitos náufragos e degredados se encontravam no litoral sul brasileiro por conta das expedições que passavam por esses mares

Fundação de Vila de São Vicente em 1532

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Histórico

Parque dos Tupiniquins – Bertioga Aqui, no entorno do Forte São João, em Bertioga, está um dos locais onde desembarcaram e permaneceram os primeiros colonizadores dessa região. Inicialmente uma simples paliçada, o Forte sofreu vários ataques de índios. Atualmente, para garantir sua preservação, encontra-se o Parque dos Tupiniquins, que recebeu esse nome em homenagem à tribo dos bravos guerreiros nativos, que teve entre seus chefes o lendário cacique Cunhambebe. Aberto diariamente. Onde: Avenida Vicente de Carvalho – Bertioga FOTOS MARCIO MASULINO

em busca da prata de Potosí. Estes intrépidos aventureiros, isolados em terras estranhas e vivendo entre tribos indígenas, na realidade foram os primeiros brancos a povoar nosso litoral. A constituição das vilas da Baixada Santista ocorreu em um cenário de disputas entre colonizadores e índios, ataques de espanhóis, franceses, piratas e corsários, e uma luta constante com a natureza que impunha aos moradores um desafio ainda maior: as escarpas da Serra do Mar, muitas vezes retratada nas minisséries e novelas atuais, a famosa “Muralha”. Vencer suas encostas representou um dos marcos da ocupação do país e o retrato exato da persistência, mesmo que tardia, da valorização do território nacional. Não podemos esquecer que, na era colonial, o território dos atuais municípios era a área de um povoado que abrangia grandes porções de terra: São Vicente, até seu desmembramento, incluía Praia Grande; Peruíbe e Mongaguá pertenciam a Itanhaém; Cubatão, Guarujá e Bertioga integravam Santos.

Datas oficiais de fundação dos municípios por ordem cronológica: São Vicente – 22 de janeiro de 1532 Itanhaém – 22 de abril de 1532 Santos – 26 de janeiro de 1546 Cubatão – 9 de abril de 1833 Guarujá – 2 de setembro de 1893 Peruíbe – 18 de fevereiro de 1959 Mongaguá – 7 de dezembro de 1959 Praia Grande – 19 de janeiro de 1967 Bertioga – 30 de dezembro de 1991

Praia de Santa Cruz dos Navegantes (Pouca Farinha) – Guarujá Essa praia, localizada ao lado da Fortaleza da Barra, foi o local onde, em 1502, atracou a armada de Américo Vespúcio enviada pela Coroa Portuguesa com a incumbência de reconhecer a costa brasileira. Cruzeiro do Convento – Itanhaém No sopé do Morro Itaguaçu, o Cruzeiro do Convento é o marco inicial da cidade de Itanhaém. Em 1532, data da fundação da cidade, foi erguida uma ermida dedicada a Nossa Senhora da Conceição, mais tarde demolida para dar lugar ao Convento de Nossa Senhora da Conceição. 16 Cidade&Cultura

Largo do Sapo – Cubatão Na Praça Coronel Joaquim Montenegro está o Largo do Sapo, um dos primeiros locais povoados de Cubatão. Ali, muitas mercadorias e pessoas iam ou voltavam de São Paulo para Santos e viceversa. Marco da fundação do povoado cubatense, por muitos anos foi o bairro nobre da cidade.



Histórico

MARCIO MASULINO

MARCOS PIFFER

Chafariz de Anchieta – Mongaguá A bica original, feita de bambu, era usada para captação de água doce oriunda da Serra do Mar. Esse era o ponto de parada de capitães-do-mato em busca de indígenas. Onde: Rua Rui Barbosa

Outeiro de Santa Catarina – Santos Marco inicial da Vila de Santos, no século XVI, Luís Góes e sua mulher ergueram, na base do pequeno morro, a Capela de Santa Catarina de Alexandria, junto à qual foi construída, em 1543, a primeira Santa Casa de Misericórdia do país. Durante anos, o outeiro forneceu pedras para o calçamento das ruas e a ampliação do porto. Entre 1880 e 1884, o médico italiano João Éboli mandou construir uma casa acastelada no bloco de rocha que restou do monte.

Porto das Naus - São Vicente João Ramalho e o Bacharel de Cananeia utilizavam esse trapiche desde 1510, mas somente em 1532 foi oficializado por Martim Afonso de Souza. Em um avanço desmedido do mar, em 1540, que destruiu a antiga Vila, o Porto das Naus ficou inutilizado. Datadas de 1580, as ruínas do engenho de Jerônimo Leitão foram encontradas na área do primeiro trapiche alfandegado do Brasil: o Porto das Naus, ao lado da atual Ponte Pênsil. Foram achados tanques para melado, formas e mais de quatrocentos objetos. Acredita-se que funcionou até 1615, quando a Vila de São Vicente sofreu o ataque do pirata holandês Joris Van Spilbergen. Onde: ao lado da Ponte Pênsil

Onde: Rua Visconde do Rio Branco, 48.

EDMILSON LELO

(Fonte: www.turismosantos.com.br)

PREFEITURA DE ITANHAÉM

Vila Conceição de Itanhaém

18 Cidade&Cultura

Praia Grande Não há um marco definido com a data da fundação do povoado, pois a área que hoje pertence à cidade de Praia Grande era ocupada por muitos sítios que produziam alimentos para abastecer as cidades de São Vicente e Santos. O local era chamado de “caminho de Conceição de Itanhaém” e, dessa maneira, era uma importante via de ligação entre as vilas de São Vicente e Itanhaém.


FOTOS MARCIO MASULINO

Ciclo da cana-de-açúcar A primeira atividade econômica regular do Brasil, e que perdurou até o século XVII, foi o cultivo da cana-de-açúcar com mudas trazidas pelos portugueses na esquadra de Martim Afonso de Souza. A cana-de-açúcar já era plantada na Ilha da Madeira com enorme sucesso; o açúcar e o melaço eram lucrativamente vendidos à Europa. Como mão de obra, os colonizadores capturavam os índios, que não se prestaram à vida cativa; com isso, começou a importação de negros oriundos de países africanos. Na Baixada Santista, foram formados muitos engenhos datados da primeira metade do século XVI.

Casa de Martim Afonso – São Vicente A Casa de Martim Afonso, fundador da Vila de São Vicente, serviu como sua residência entre 1532 e 1533. Atualmente, há uma segunda construção no local, que preserva parte da original. De fundamental importância para o Brasil é uma parede, erguida talvez pelo Bacharel de Cananeia, nos primórdios do século XVI, ou seja, anterior à chegada de Martim Afonso, e considerada a primeira fortificação da cidade e também do Brasil. O Bacharel de Cananeia, Cosme Fernandes, português degredado, foi um dos primeiros povoadores do litoral paulista, pois há registros históricos de 1502, segundo os quais sobreviveu entre os índios. “A casa de Martim Afonso é considerada o Marco Zero do Brasil.” Onde: Praça 22 de Janeiro, 469 – São Vicente (Fonte: www.saovicente.sp.gov.br)

Engenho dos Erasmos – Santos Considerado o mais antigo patrimônio histórico edificado do país, sua construção data provavelmente de 1534, por iniciativa de Martim Afonso de Souza. Em 1540, foi comprado por Erasmos Schetz. No local, foram encontrados mais de cinco mil objetos e um cemitério com trinta ossadas de escravos indígenas. Visitas monitoradas todos os dias das 9h às 16h. Onde: Rua Alan Ciber Pinto, 96 – (13) 3203-3901

DIVULGAÇÃO

Ruínas da Fazenda São João – Peruíbe Datado do século XVI, este provavelmente foi um engenho de cana-de-açúcar, a julgar pelas peças encontradas no local. A estrutura é de pedras encaixadas e muitos utensílios achados remontam também aos séculos XVIII e XIX. As ruínas da Fazenda São João se encontram em área particular e podem ser visitadas; seu atual proprietário cultiva palmito pupunha. Onde: Taniguá Costa da Mata Atlântica 19


Passarela de Anchieta

Jesuítas O basco (espanhol) Inácio de Loyola, após ser vitimado por uma bala de canhão, dedicou-se em sua convalescença ao estudo da literatura cristã e, em 1540, fundou a Companhia de Jesus com o objetivo de difundir a fé católica pelos mais longínquos recantos do mundo. Os jesuítas, assim chamados, eram privados de qualquer conforto e ensinados a sobreviver em lugares hostis. Em 1549, desembarcaram no Brasil para catequizar e moralizar os “gentios”, por meio da fé e do trabalho. Foram responsáveis por inúmeros avanços na sociedade brasileira, principalmente por fundarem as primeiras instituições educacionais do país, além de instalarem culturas alimentares que deram suporte e condições de sobrevivência aos colonos. Também construíram olarias e engenhos que rendiam invejáveis frutos econômicos na época. Com essas iniciativas, tinham conhecimentos e poder sobre os índios, assim como bens de consumo valiosos. Os jesuítas de maior destaque na região da Baixada Santista foram: o Padre Manuel da Nóbrega, catequizador e solicitador da primeira diocese brasileira; Leonardo Nunes, apelidado de Abarebebê ou “santo que voa”, incumbido da missão de propagar a língua portuguesa, o latim e o amor a Cristo; e José de Anchieta, que ensinou latim aos índios. Anchieta escreveu o primeiro livro da língua do tronco tupi, publicado em 20 Cidade&Cultura

Coimbra sob o título Arte da Gramática da Língua Mais Falada na Costa do Brasil; fundou o Colégio de São Paulo, origem da cidade de São Paulo de Piratininga; defendeu os índios da escravidão; participou do tratado de paz (Armistício de Iperoig) entre os portugueses e os tamoios, em Ubatuba, dentre outras façanhas, inclusive no Estado do Rio de Janeiro, onde veio a falecer. Por sua trajetória de vida e trabalho, foi canonizado em 2014, considerado Apóstolo e copadroeiro do Brasil. Na Baixada Santista, Anchieta permaneceu doze anos.

Caminhos de Anchieta – Itanhaém Um roteiro turístico na cidade de Itanhaém, interligando seis pontos relacionados à vida de José de Anchieta: a Cama de Anchieta, uma formação rochosa usada pelo jesuíta, entre as praias da Gruta e dos Sonhos; o Monumento a Anchieta (erguido em 1956), na Praça Narciso de Andrade; o Púlpito de Anchieta, um local de pregação na praia dos Pescadores; os Painéis de Anchieta, feitos com pastilhas de vidros no Morro do Paranambuco; e o Pocinho do Anchieta, construído pelos índios para captura de peixes (contém inscrições originais de Anchieta), na praia do Cibratel.

DIVULGAÇÃO ITANHAÉM

Histórico


ALESSANDRA ARAÚJO - SECOM DE CUBATÃO

FOTOS MARCIO MASULINO

Ruínas do Guarauzinho – Peruíbe Ruínas de um engenho de cana-de-açúcar, também datado do século XVI, onde várias famílias habitaram até o século XIX. O local é pitoresco, e há necessidade de atravessar o Rio Guaraú para visitá-lo. Outra curiosidade é a ponte de ferro do período imperial com bases em pedra e cal. As visitas devem ser agendadas na Secretaria de Cultura pelo telefone: (13) 3454-1215.

ELIAS GOMES - EXPRESSÃO STUDIO

Cruzeiro Quinhentista – Cubatão Uma homenagem aos colonizadores João Ramalho, Martim Afonso de Souza, Tibiriçá, Manuel da Nóbrega, Leonardo Nunes, José de Anchieta, e Mem de Sá. O monumento está localizado no início da estrada Caminho do Mar.

Rota “Passos dos Jesuítas – Anchieta” – Peruíbe Caminho para peregrinação que começa em Peruíbe e segue até Bertioga com 140 km inicialmente e, ainda a ser implantado, novo trecho até Ubatuba, perfazendo um total de 360 km. Esse caminho foi inspirado na jornada dos jesuítas pelo litoral do Estado de São Paulo. Para participar, acesse o site: www.caminhasaopaulo.com.br. Após o cadastramento, o participante receberá um cartão inteligente de identificação com o qual terá direito a desconto em pousadas e restaurantes, além do registro da peregrinação no site.

Biquinha – São Vicente Em 1533, os jesuítas Manuel da Nóbrega e Leonardo Nunes fundaram o Colégio dos Meninos de Jesus de São Vicente, localizado a 80 metros de uma bica, que rapidamente se tornou de serventia pública com a captação da água vinda do Morro dos Barbosas. Assim, logo foi denominada Fonte do Povoado; a bica é considerada o local dos primeiros relatos de milagres atribuídos a Anchieta. Costa da Mata Atlântica 21


Histórico

FOTOS MARCIO MASULINO

Fortalezas A Baixada Santista é uma das regiões mais fortificadas do país. Com o Porto de Santos e o que hoje constitui o maior polo industrial da América Latina, essa região foi alvo de muitos ataques piratas, assim como dos federalistas da Revolução de 1932 e, na Guerra Fria, ogivas nucleares estavam apontadas para cá. Muitas fortalezas tornaramse patrimônio histórico e outras ainda estão em atividade.

Fortaleza de Itaipu – Praia Grande De 1902, esta fortaleza oferece vista completa da baía de Santos e abriga o 2º Grupo de Artilharia Antiaérea. Aberta de terça a quinta-feira, até 16 horas; sextas-feiras das 14h às 16h e aos sábados, domingos e feriados às 10h às 16 h. Onde: Av. Marechal Malet, 1 – (13) 3473-2511

Forte dos Andradas – Guarujá Última fortaleza construída no país, o Forte dos Andradas, datado de 1942, guarda em suas instalações a 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea. As visitas são monitoradas. Agendamento: Rua Horácio Guedes Barreiros, km 3,5 – Guarujá – (13) 3354-2888. Forte São João ou São Thiago – Bertioga No início era uma paliçada nas terras de Buriquioca, onde Martin Afonso de Souza ordenou que fosse construída a primeira feitoria do litoral de São Paulo, dando início ao povoado de Bertioga. Depois, a paliçada se transformou em palco de muitas disputas, na entrada do Canal de Bertioga com acesso direto ao Porto de Santos. Dali também partiram Manuel da Nóbrega e José de Anchieta rumo a Ubatuba com a missão de apaziguar os índios tamoios. 22 Cidade&Cultura

Ruínas do Forte São Felipe - Guarujá O Forte São Felipe foi construído a mando de Brás Cubas, em 1552, com o intuito de assegurar que a entrada do Canal de Bertioga fosse salvaguardada junto com o Forte São Thiago, localizado do outro lado do canal. O Forte São Felipe pode ser visitado por meio de operadoras de turismo, e o de São João está aberto ao público diariamente.


Fortaleza da Barra Grande e ruínas do Fortim do Góes – Guarujá Depois de um ataque, em 1583, desfechado pelo corsário inglês Edward Fenton à Vila de Santos, o rei Felipe I mandou construir a Fortaleza da Barra Grande para defender a entrada da Vila. Já o Fortim do Góes foi erguido em 1767, com o objetivo de barrar o desembarque de inimigos na praia do Góes, que dá acesso por terra à Fortaleza da Barra. Ambos podem ser visitados por meio de embarcações que saem da Ponte Edgard Perdigão, na Ponta da Praia em Santos. Casa do Trem Bélico – Santos Uma das principais edificações históricas de Santos, sua construção pode ser de 1640 ou 1646, e servia para armazenar material bélico. Aberta de terça a domingo das 11h às 17h. Onde: Rua do Tiro, 11 – (13) 3299-5471

Forte Vera Cruz ou do Itapema – Guarujá Essa construção datada do século XVI serviu primeiro apenas como armazém de munições, porém, após a invasão do pirata inglês Thomas Cavendish, em 1591, a fortaleza se tornou uma das principais do país. Pode ser vista apenas de dentro de embarcações de turismo que adentram o canal do Porto de Santos.


FOTOS MARCIO MASULINO

Histórico

Demos mais destaque ao início da colonização das cidades da Baixada Santista por ser esse um período de alto valor histórico para o país. Entender a formação dessas vilas e seus desmembramentos é crucial para conhecermos um pouco mais as características que marcaram esse período. Depois que as vilas foram implantadas, o que se viu foi uma sucessão de progressos moderados em algumas cidades e de aceleração em outras. A cidade de Santos foi a que recebeu mais investimentos e recursos por sua geografia e seu porto, que desde sempre foi um catalisador da economia local. Depois do intenso fluxo de açúcar dos engenhos, foi a vez da banana, que se predominante na economia da região como produto de exportação. Ao mesmo tempo, vindo do interior paulista, tivemos o café, que gerou riquezas para a cidade de Santos e também inspirou a instalação de ferrovias que a ligavam não só ao interior como também a outras cidades mais ao sul da Baixada. Graças à São Paulo Railway, empresa fundada em 1867 para ligar o Porto de Santos a Jundiaí e à malha da Sorocabana, fundada em 1870, interligando Santos, São Vicente, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe, o isolamento da cidade de Santos foi superado e o turismo, a agricultura e a pesca puderam florescer, significando novas opções econômicas. Atualmente, algumas estações estão preservadas:

Estação de Trem Valongo – Santos Uma das primeiras estações de trem brasileiras, de arquitetura neoclássica, semelhante à da Victoria Station, em Londres, foi inaugurada em 1867 pela São Paulo Railway Co. Atualmente, abriga a Secretaria de Turismo de Santos e o Restaurante Estação Bistrô, com pratos refinados e bem servidos ao estilo da época áurea do ciclo econômico do café. É parada também do bonde turístico. Onde: Largo do Marquês

Estação de Trem de Peruíbe Inaugurada em 1914, conserva ainda o padrão arquitetônico inicial. Atualmente, abriga o Museu Histórico e Arqueológico de Peruíbe. Onde: Rua Darcy Fonseca, s/n. Estação de Trem Sorocabana – Santos Inaugurada em 1938, em estilo neocolonial, abriga o Fórum da Cidadania de Santos. Onde: no cruzamento da Avenida Ana Costa com a Avenida Francisco Glicério

Estação de Trem de Suarão

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DIVULGAÇÃO

Estação das Artes – Cubatão Uma das mais antigas do Estado, a estação foi inaugurada em 1868, e serviu também como ponto para o ramal que ligava à Cia. Fabril do Cubatão. Onde: Estrada Velha

Estâncias Balneárias Das nove cidades que compõem compõem o Circuito Costa da Mata Atlântica, apenas Cubatão não recebe o título de Estância Balneária por seu caráter mais industrial do que turístico. As outras oito, Bertioga, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente, receberam este título por sua infraestrutura, condições de lazer, recreação, recursos naturais e culturais específicos, o que significa maior desenvolvimento econômico e social para seus habitantes e reconhecimento da importância histórica e natural da região.


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Museus

Tempos

preservados

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Museu de Arte Sacra – Santos Instalado no antigo Mosteiro Beneditino, datado de 1650, com construção de pedras, cal e óleo de baleia, o Museu de Arte Sacra possui peças inestimáveis como a imagem de Santa Catarina de Alexandria, em madeira, de 1540: jogada ao mar por piratas, foi resgatada 72 anos depois. Aberto de terça a domingo das 10h às 17h. Onde: Rua Joana D’Arc, 795 – Morro de São Bento.

Museu do Café – Santos

FOTOS MARCIO MASULINO

Um dos lugares mais procurados para visitação, o Museu do Café funciona no edifício da antiga Bolsa do Café. Construção magnífica, com torre de 40 metros e figuração dos quatro gênios simbolizando a Indústria, o Comércio, a Lavoura e a Navegação. No interior, no Salão do Pregão, temos o vitral A Epopeia dos Bandeirantes e um painel pintado por Benedito Calixto. Grande símbolo do fausto da época cafeeira do Estado de São Paulo. E, por falar em café, nada como tomar um café requintado na cafeteria local, que oferece vários tipos da bebida em grande estilo. Aberto de segunda a sábado das 9h às 17h. Onde: Rua XV de Novembro, 95.

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Museus

FOTOS MARCIO MASULINO

Museu do Mar – Santos

KEN CHU - EXPRESSÃO STUDIO

Um lugar bem interessante onde podemos conhecer espécies marinhas, tanto taxidermizadas como em tanques. Curiosidades não faltam, entre elas a gigante concha marinha Tridacna gigas, com um metro de comprimento e 148 kg, uma lula de 15 kg e um peixe-lua de 254 kg. Aberto todos os dias das 9h às 18h. Onde: Rua República do Equador, 81.

Museu Marítimo – Santos Esse museu tem em seu acervo peças de navegação; de mergulho; de naufrágios, como o do navio espanhol Príncipe de Astúrias, considerado o maior naufrágio em costa brasileira, e do navio pirata francês Boloret, afundado em Paranaguá em 1718; e de arqueologia submarina do Brasil. Aberto todos os dias das 9h às 18h. Onde: Avenida Governador Fernando Costa, 343.

28 Cidade&Cultura

Palácio Saturnino de Brito – Santos Este Museu é uma homenagem ao sanitarista que fez da cidade de Santos um local livre das grandes epidemias que assolavam a população até o início do século XX. Com astúcia, Saturnino de Brito literalmente recortou a área insular em canais para dar vazão às marés. Também criou um sistema de esgoto invejável para a época. Aqui podemos encontrar plantas, maquetes, aparelhagens e fotografias dessa incrível obra. Aberto de terça a domingo das 11h às 17h. Onde: Avenida São Francisco, 128.


Museu de Pesca – Santos Um dos locais mais emblemáticos da Baixada Santista, o Museu de Pesca está na lembrança de muitas gerações de turistas. O antigo prédio do local era o Forte Augusto, datado de 1734, que, após um ataque em 1893, foi desativado. O prédio atual foi construído para a ins-

talação da Escola de Aprendizes-Marinheiros. Em 1932, passou a ser o Instituto de Pesca Marítima. Seu acervo é composto de muitos animais marinhos e o destaque é um esqueleto de baleia fin, de 23 metros de comprimento. Aberto de quinta a domingo das 10h às 18h. Onde: Avenida Saldanha da Gama, 192.

Museu Pelé – Santos Grande jogador de futebol, considerado o Atleta do Século XX, Edson Arantes do Nascimento, conhecido como Pelé, trouxe grandes títulos ao clube da cidade, o Santos Futebol Clube. Hoje, podemos conhecer sua rica trajetória nesse espaço dedicado a ele. O edifício escolhido para o museu foi a antiga Casa de Câmara e Cadeia, datada de 1865. Vários ambientes interativos e lúdicos fazem a festa de crianças e adultos. Aberto de terça a domingo das 10h às 18h. Onde: Largo do Marquês de Monte Alegre, s/n. Costa da Mata Atlântica 29


Museus

Originalmente erguido como Forte São Thiago no século XVI, e reconstruído no século XVII sob o nome de Forte São João, o local é um paraíso para os visitantes que sentem no ar como era a vida de nossos intrépidos colonizadores, na luta contra índios, piratas e corsários. Em ponto estratégico na entrada do Canal de Bertioga, protegeu durante séculos o caminho mais curto para se chegar à Vila de Santos. Atualmente, muitas peças de artilharia, vestimentas e mobiliário se encontram em seu interior. Aberto de segunda a domingo das 9h às 17h. Onde: Avenida Tomé de Souza, s/n.

FOTOS MARCIO MASULINO

Museu João Ramalho – Forte São João de Bertioga

Museu da Cidade – Praia Grande O Complexo Cultural Palácio das Artes abriga o Museu da Cidade, com mais de 30 mil documentos, material audiovisual, painéis fotográficos, e depoimentos de moradores que relatam tudo sobre a cidade. Aberto de segunda a sábado das 14h às 17h. Onde: Avenida Presidente Costa e Silva, 1.600 – (13) 3496-5708.

Acervo com peças incríveis de Santos Dumont e suas invenções, como também várias salas dedicadas à aviação da região. Uma das seções de maior importância do museu é a dedicada ao incêndio do Edifício Joelma, ocorrido em 1974 na cidade de São Paulo, quando equipes de helicópteros partiram da Base Aérea de Santos para combater o fogo e socorrer as vítimas. Onde: Avenida Castelo Branco, s/n – (13) 3341-7113. 30 Cidade&Cultura

ELIAS GOMES - EXPRESSÃO STUDIO

Museu Santos Dumont – Base Aérea de Santos – Guarujá


Museu Hotel Chácara do Mosteiro - São Vicente O local, o Morro dos Barbosas, não poderia ser mais propício para um colecionador de objetos de toda sorte e de toda história. Aliás, o próprio edifício e local são históricos por natureza, pois foi ali, onde foram implantados a primeira fazenda, o primeiro engenho artesanal de rapadura e cachaça e a primeira vinícola do Brasil assim como a primeira peça teatral pelas mãos de Padre José de Anchieta. Muitas passagens estão registradas desde que a casa foi construída (não se sabe ao certo a data correta, mas há registros desde 1890). Primeiramente era uma chácara de plantação de subsistência, depois a casa de praia dos Beneditinos do Mosteiro de São Bento de São Paulo, abrigo de nazistas infiltrados durante a Segunda Grande Guerra, casa de veraneio de industrial e hoje, um hotel cheio de atrativos. Aberto diariamente das 9h às 17h. Onde: Rua Luís Vaz de Camões, 109 – Morro dos Barbosas.

Casa da Cultura Afro-Brasileira – Memorial ao Escravizado – São Vicente Esse polo de difusão da cultura afro-brasileira abriga 143 peças em argila e madeira do escultor Geraldo Albertini, organizadas em uma exposição permanente. Durante o ano, são realizadas outras exposições e atividades culturais. O prédio foi tombado em 2012 dado seu valor histórico e arquitetônico, como construção em taipa. Aberto de terça a domingo das 9h às 17h. Onde: Parque Ecológico Voturuá, Rua Dona Anita Costa, s/n.

Costa da Mata Atlântica 31


Museus

Museu Joias da Natureza – Guarujá

Museu Histórico e Arqueológico de Peruíbe

Seu acervo é voltado às ciências naturais, reunindo peças de mais de 150 países em cinco ambientes, com fósseis, rochas, lava de vulcão, ovo de dinossauro de 100 milhões de anos, entre outros objetos. Um dos maiores acervos de mineralogia da América do Sul. Onde: Morro do Maluf, 210.

Na antiga estação ferroviária inaugurada em 1914 pela Southern São Paulo Railway, podemos conhecer o acervo de 360 peças do projeto Jureia– Itatins, remontando ao período dos engenhos de arroz, além de itens da Idade da Pedra e da cultura indígena, como urnas funerárias e outros utensílios da colonização, identificados em 22 sítios arqueológicos. Aberto de segunda a sextafeira, das 9h às 17h, e aos sábados e domingos, das 10h às 16h. Onde: Rua Darcy Fonseca, s/n – (13) 3454-1215.

Museu Conceição de Itanhaém FOTOS MARCIO MASULINO

A antiga Casa de Câmara e Cadeia, datada de 1624, abriga o Museu Conceição de Itanhaém que reúne em seu acervo heranças da cidade, como fotos, jornais, objetos, instrumentos para fabricação de farinha, entre outras curiosidades. Aberto de terça a sexta das 9h às 18h e aos sábados e domingos das 11h às 17h. Onde: Praça Narciso de Andrade, s/n – (13) 3426-4210. 32 Cidade&Cultura



Turismo religioso

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34 Cidade&Cultura

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FOTOS MARCIO MASULINO

UM DOS LOCAIS MAIS SIGNIFICATIVOS NA TRAJETÓRIA DE NOSSA HISTÓRIA É O TEMPLO CATÓLICO. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, traziam na bagagem roupas, sementes, víveres, munição, muita esperança e, principalmente, a fé. Portugal foi uma das nações europeias mais fervorosas em termos do catolicismo, e essa herança foi trazida para cá e levada a cada canto de nosso país. Muitas, senão a maioria, de nossas cidades foram fundadas tendo como marco inicial uma capela ou ermida, erigida sob a proteção de algum santo católico. Esses templos eram um bálsamo diante dos pesados dias dos trópicos e da labuta para vencer suas matas impenetráveis e traiçoeiras. As igrejas eram o centro de toda a atividade social dos povoados. Nos arredores, armazéns, hospedarias e casas foram construídos. Mais tarde, ruas adjacentes, e assim cresceram as vilas.

Igreja Santo Antônio de Guaibê Construída em 1560 por José Adorno, com pedra, cal e óleo de baleia, esse sítio arqueológico é uma das primeiras igrejas do Brasil usada para celebração de missas e catequização dos índios locais por José de Anchieta. Onde: na Ponta do Guarujá com acesso ao lado da balsa Guarujá – Bertioga.

Ruínas do Abarebebê Uma das primeiras igrejas erguidas no Brasil, a dedicada a São João Batista, é o marco histórico do início da então Aldeia de São João Batista de Peruíbe. Datada de século XVI e edificada com areia, pedras, conchas e óleo de baleia, recebe esse nome em alusão a Leonardo Nunes, catequizador da região. Aberta para visitação de quarta a sexta das 10h à 16h e aos sábados e domingos das 11h às 17h. Para grupos acima de quatro pessoas ou grupos escolares, agendar na Secretaria de Cultura. Onde: acesso pela Avenida Padre Anchieta - (13) 3454-1215 – Peruíbe.

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Turismo religioso

Conjunto Santo Antônio do Valongo

FOTOS MARCIO MASULINO

Antigo convento da Ordem dos Franciscanos, construído em 1640, em estilo colonial barroco. O conjunto de edifícios abriga a Biblioteca da Ordem Franciscana Secular com livros que datam do século XVII; a Capela de São Francisco de Chagas, uma das mais antigas do Brasil; e a Igreja de Santo Antônio do Valongo. Onde: Largo do Marquês de Monte Alegre, 13 – Santos.

Conjunto do Carmo Santuário Nossa Senhora do Monte Serrat Datada de 1599, esta igreja é uma das mais antigas do Brasil. Desde 1954, é a padroeira de Santos, porém sua devoção vem desde muito antes, quando, em 1614, um ataque holandês acuou os moradores no alto do morro de São Jerônimo e houve um deslizamento de terra que soterrou os atacantes. Para os moradores isso foi um milagre feito por Nossa Senhora. Onde: Monte Serrat – Santos. 36 Cidade&Cultura

O Conjunto do Carmo é formado pela Igreja da Venerável Ordem Terceira do Carmo, datada de 1710, com altares de madeira em estilo rococó, e pela Igreja e Convento dos Freis Carmelitas, datada de 1599, com destaque para o presbitério com cadeiras em jacarandá e, no interior, telas de Benedito Calixto. A duas igrejas são unidas por uma torre com campanário e fachada revestida de azulejos marianos do século XIX. Onde: Praça Barão do Rio Branco, s/n°– Santos.


Convento Nossa Senhora da Conceição No mesmo ano da fundação da Vila Conceição de Itanhaém, em 1532, foi erguida, o que é considerada uma das primeiras igrejas do Brasil, a Igreja Nossa Senhora da Conceição. A construção do atual prédio que hoje está no local começou a ser erguido em 1699. De terça a domingo das 9h às 12 h e das 14h às 17 h. Onde: Morro Itaguassú – (13) 3422-1167 – Itanhaém.

Capela Nossa Senhora da Guia Erguida em 1894, a Capela de Nossa Senhora da Guia é um dos tesouros de Praia Grande. Construída por conta de uma promessa do banqueiro José Pereira Soares, a imagem da santa veio de Trásos-Montes, em Portugal. Roubada em 1960, foi recuperada no Rio de Janeiro em uma feira de antiguidades, algum tempo depois. Onde: Caminho do Portinho – Praia Grande.

Igreja Matriz São Vicente Mártir Datada de 1757 e construída sobre a antiga matriz de 1542, é um dos principais templos católicos históricos do Brasil, pois a primeira Matriz foi erguida a mando de Martim Afonso de Souza em 1532, cujo prédio foi soterrado por uma forte ressaca. Onde: Praça João Pessoa, s/n° – São Vicente.

Igreja Matriz de Sant’Anna Datada do início do século XVIII, a Igreja de Sant’Anna é mais um marco importante da história da arquitetura colonial e por suas imagens sacras. Onde: Rua Pio XII, 753 – (13) 3427-8306 – Itanhaém. Costa da Mata Atlântica 37


FOTOS MARCIO MASULINO

Turismo religioso

Catedral de Nossa Senhora do Rosário No local da antiga matriz da cidade, em 1909 foi construída a nova igreja com projeto em estilo neogótico, do alemão Maximilian Emil Hehl. Em 1925, foi elevada a catedral pelo Papa Pio XI. Na torre temos profetas e evangelistas; no interior, afrescos de Benedito Calixto e muitas imagens valiosas, como a de Nossa Senhora de Fátima, trazida de Portugal. Onde: Praça José Bonifácio, 5 – Santos.

Padroeiros

Basílica Menor do Embaré Em 1875, o Visconde do Embaré ergueu uma capela para Santo Antônio em suas terras. Mais tarde, já deteriorada, foi demolida e reconstruída em 1946, com imponência artística e arquitetônica. Foi elevada a Basílica Menor pelo Papa Pio XII em 1952. Onde: Avenida Bartolomeu de Gusmão, 52 – Santos. 38 Cidade&Cultura

Bertioga – São João Batista Cubatão – Nossa Senhora da Lapa Guarujá – Nossa Senhora de Fátima e Santo Amaro Itanhaém – Nossa Senhora da Conceição Mongaguá – Nossa Senhora Aparecida Peruíbe – São João Batista Praia Grande – São Pedro São Vicente – São Vicente Santos – Nossa Senhora do Monte Serrat


KEN CHU - EXPRESSÃO STUDIO

Monumento a Iemanjá Um local de veneração das religiões africanas, a imagem de Iemanjá foi inaugurada em 2005 como homenagem à Rainha do Mar, tão festejada em cidades praianas. Onde: Praia Agenor de Campos – Mongaguá.

Estátua de Iemanjá Um marco de Praia Grande, construído há mais trinta anos, a Estátua de Iemanjá abraça todos que chegam às praias da cidade. Com oito metros altura e sobre espelhos d’água, esse local é palco festas religiosas. Onde: Praia Mirim – Praia Grande.

de os de de

Imagem de Nossa Senhora Aparecida Situada no Morro do Itapoan, com quinze metros de altura e pesando duas toneladas e meia, a imagem de Nossa Senhora de Aparecida abraça os visitantes de Mongaguá. Para chegar até ela, o visitante terá de subir 139 degraus cercados de mata nativa. Vale a pena o esforço, pois a vista é maravilhosa. Aberta das 8h às 22h. Onde: Avenida Mariana, s/n° - Mongaguá.

Costa da Mata Atlântica 39


Arquitetura

Evolução

histórica

40 Cidade&Cultura


AS CONSTRUÇÕES DAS CIDADES DA BAIXADA SANTISTA REFLETEM VÁRIOS CICLOS ECONÔMICOS E SOCIAIS DA NOSSA HISTÓRIA. Elas traduzem a essência do ser brasileiro e sua mistura étnica. Todos os elementos arquitetônicos ocidentais têm seus ícones registrados nos edifícios da região. Vale muito tirar algumas horas para conhecer e visitar esses marcos históricos.

Hotel Balneário Marinho Mongaguá

FOTOS MARCIO MASULINO

Em 1910, Fernando Arens Júnior, grande articulador da elevação do Município de Mongaguá, oficializada em 1959, construiu o Hotel Balneário Marinho. Esse hotel deu maior destaque à cidade e estimulou o turismo local, que então hospedou pessoas ilustres da época como Rui Barbosa e Adhemar de Barros. Atualmente, a Prefeitura Municipal ocupa o edifício, preservando-o como marco histórico de Mongaguá. Onde: Avenida Getúlio Vargas, 67.

Centro Histórico - Itanhaém Um conjunto arquitetônico do período colonial (séculos XVI e XVII) ainda preserva sua formação inicial de edificações, demonstrando ricamente como eram dispostos os elementos de uma vila composta de igreja, Casa de Câmara e Cadeia, convento e casarios geminados. Ao passearmos pelo local, entendemos um pouco da vida social do povoado.

Costa da Mata Atlântica 41


Arquitetura

Casa de Pedras - Guarujá Projetada pelo arquiteto ucraniano Gregório Warchavik, a Casa de Pedras é um marco substancial da criatividade que, para os padrões da época, superou todas as expectativas na integração entre área e composição arquitetônica. Esta casa faz parte da paisagem natural do promontório que divide as praias de Pitangueiras e Astúrias. Com a maré baixa é possível passarmos por sua frente e admirarmos a construção integrada em meio às rochas. Onde: Avenida General Rondon, 77.

Edifício Sobre as Ondas - Guarujá

FOTOS MARCIO MASULINO

Erguido no promontório que separa as praias de Pitangueiras e Astúrias, o edifício Sobre as Ondas é um marco revolucionário da arquitetura brasileira. Aprovado em 1945 e inaugurado em 1951, em estilo moderno, tem como seu maior destaque a curvatura que “abraça o mar”. Este projeto foi exposto na Trienal de Milão e premiado no IV Congresso Pan-americano de Arquitetura, no Peru. Onde: Avenida General Rondon, 30.

Edifício Serra dos Itatins Peruíbe

EDILSON ALMEIDA

Mais conhecido como Prédio Redondo, o Edifício Serra dos Itatins foi construído na década de 1970. São quinze andares e 503 apartamentos, todos com vista para o mar. Sua infraestrutura é grande e moderna, com cyber café, lan house, churrasqueira, deque, salão de festas, biblioteca e outros confortos. Onde: Avenida São João, 3. 42 Cidade&Cultura


Vila Fabril - Cubatão

MARCO PIFFER

Inaugurada em 1919, a Cia. Fabril de Papel, mais tarde Cia. Santista de Papel, construiu a Vila Fabril para instalar seus funcionários. A Vila era composta de 200 casas, escola, a capela de Nossa Senhora Aparecida, cinema, padaria, clube e mercearia.

Vila Light - Cubatão Em estilo inglês, a Vila Light foi construída para abrigar os funcionários da Usina Henry Borden, da antiga Light Power Company, nos anos 1920. Ao todo, são 140 casas de alvenaria em uma área de 89 mil m². É considerada uma das últimas vilas operárias preservadas do Brasil.

O complexo cultural de seis mil metros quadrados é um dos mais importantes da região. Sua fachada é neoclássica e, por dentro, o projeto segue o estilo contemporâneo com espaços amplos. O andar térreo abriga um Salão de Eventos, com capacidade para 600 pessoas. O acesso é central, com recepção e hall expositivo, e tem como destaque o lustre gigante, com doze mil pedras de cristal e 120 lâmpadas, a uma altura de 3,20 metros e com 2,60 metros de largura, compondo formas que remetem à figura do arlequim, personagem da antiga comédia italiana. O lustre faz alusão ao clássico filme O Fantasma da Ópera. No andar superior, há uma exposição permanente de esculturas. O Complexo Cultural abriga três importantes equipamentos do município: a Galeria Nilton Zanotti, o Museu da Cidade e o Teatro Serafim Gonzalez. O museu e a galeria ficam abertos de terça a sábado das 14h às 18h. Outros serviços funcionam de segunda a sexta das 9h às 17h. (Fonte: www.praiagrande.sp.gov.br) Onde: Avenida Presidente Costa e Silva, 1.600 – (13) 3496-5713.

ELIAS GOMES - EXPRESSÃO STUDIO

Palácio das Artes Praia Grande

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Arquitetura

A cidade de Santos se destaca pelo ar vanguardista da arquitetura de suas construções, seguindo estilos variados e representativos das diversas influências culturais que ali se assentaram com a chegada de variadas levas de imigrantes que atravessaram o porto da cidade. O panorama arquitetônico é contemplado com construções que vão do barroco e datam do século XVI até o modernismo orgânico da metade do século XX. Exemplificamos alguns estilos: Barroco: Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo (construção de 1599); Igreja Nossa Senhora do Monte Serrat (de 1605) – Monte Serrat; Igreja Santo Antônio do Valongo (de 1640) – Praça Mauá; Casa do Trem Bélico (de 1640 ou 1734) – Rua do Tiro, 11; Mosteiro de São Bento (de 1650) – Morro de São Bento; e Casa de Câmara e Cadeia (de 1869).

Construção de 1886 de casa acastelada de propriedade do médico e abolicionista Giovanni Éboli, no Outeiro de Santa Catharina

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Neoclássico: Casa da Frontaria Azulejada (de 1865) – Rua do Comércio, 92; Casarões do Largo do Marquês – Museu Pelé (de 1865). Eclético: Teatro Guarani (de 1882) – Praça dos Andradas; Teatro Coliseu (de 1924) – Praça José Bonifácio; e Hotel Atlântico (de 1928) – Avenida Presidente Wilson, 1.

Estilo Neogótico

FOTOS MARCIO MASULINO

Santos


Estilo Luís XV

Chalés Madeirenses: espalhados principalmente pelos morros santistas e pelos bairros Ponta da Praia, Embaré, Macuco e Estuário. Arquitetura trazida pelos portugueses vindos da Ilha da Madeira. Neomanuelino: Real Centro Português (de 1901) – Rua Amador Bueno, 182. Belas-artes: prédio dos Correios e Telégrafos (de 1924) – Rua Cidade de Toledo, 41; e Bolsa Oficial de Café – Rua XV de Novembro, 95. Neogótico: Câmara de Santos – Rua Bittencourt com Avenida Senador Feijó (de 1909); Castelo de Giovanni Éboli (de 1886) – Outeiro de Santa Catarina – Rua Visconde do Rio Branco, 48; e Basílica Menor de Santo Antônio do Embaré (de 1945) – Avenida Bartolomeu de Gusmão, 32. Casarões da Rua XV de Novembro: representantes do auge da exportação do café, são datados do final do século XIX. Estilo Luís XV: Palácio José Bonifácio (de 1927) – Praça Mauá. Art nouveau: Pinacoteca Benedito Calixto (de 1900) – Avenida Bartolomeu de Gusmão, 15. Neocolonial: Colégio Escolástica Rosa (de 1908) – Avenida Bartolomeu de Gusmão, 111.

Art nouveau

Art déco: Colégio Canadá (de 1935) – Rua Mato Grosso, 163; e Sociedade Humanitária dos Empregados do Comércio (de 1931) – Praça José Bonifácio. Modernismo orgânico: Edifício Verde Mar (de 1957) – Avenida Vicente de Carvalho, 6; e Edifício Enseada – Avenida Bartolomeu de Gusmão, 180. Costa da Mata Atlântica 45


Arquitetura

Parque Cultural Vila de São Vicente - São Vicente Um local muito bonito que retrata a vida da vila de São Vicente em seus primórdios. Representação de tavernas, venda de artesanatos onde seriam as casinhas da vila. Um passeio ao passado que representa a primeira formação de colonização brasileira. Imperdível. Aberta de terça a domingo das 10h às 20h. Praça João Pessoa, s/n - Centro.

FOTOS MARCIO MASULINO

Casa do Barão - São Vicente

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Atual sede do Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente, a Casa do Barão foi construída por Karl Hellwig, sogro do alemão Kurt Gustav von Pritzelwitz que a ocupou na década de 1930. Kurt era um grande empresário do setor cafeeiro e colaborou em muitas obras na cidade. No local funcionam o Museu Histórico e Geral da Cidade, o Memorial da História Vicentina, o Memorial do Padre José de Anchieta e a Biblioteca Historiador Francisco Martins dos Santos. O Instituto funciona de segunda a sábado das 8h30 às 18h. O Museu funciona de segunda a sábado das 14h às 17h. Onde: Rua Frei Gaspar, 280 – (13) 3469-3520.





Arquitetura Urbana

Desenvolvimento

sustentável Riviera de São Lourenço

PAULA SAN

EM 1979, AS EMPRESAS PRAIAS PAULISTAS S/A E A CIA. FAZENDA ARACAÚ JUNTO À SOBLOCO CONSTRUTORA S/A colocaram em prática o sonho de construir, em uma área de nove milhões de metros quadrados, um bairro/cidade com diretrizes sustentáveis em uma época em que poucos pensavam na importância de agregar valores de preservação ambiental e construção civil. Os arquitetos Oswaldo Correa Gonçalves e Benno Perelmutter projetaram o Plano Urbanístico. Coube à Sobloco o planejamento do uso e ocupação do solo, definindo as restrições urbanísticas como recuos e taxas de ocupação, o planejamento dos cuidados am50 Cidade&Cultura


Amigos do Bairro, que aloca mais de 500 profissionais, entre engenheiros, biólogos, técnicos e outros para os serviços de manutenção e segurança. Outra iniciativa que representa significativo avanço na questão da sustentabilidade é a gestão de resíduos. Mensalmente, a Associação dos Amigos coleta e destina corretamente cerca de 22 toneladas de resíduos recicláveis, que deixam de se avolumar nos aterros da cidade. O bairro investe ainda em projetos de responsabilidade social, mantendo há mais de 20 anos um Programa de Educação Ambiental com as escolas do município e a Fundação 10 de Agosto, que leva educação e cultura para jovens e crianças da comunidade.

bientais, a estruturação jurídica, a arregimentação dos recursos, a realização das obras e a comercialização. Em 36 anos de implantação a Riviera manteve-se fiel ao seu projeto original. O projeto é reconhecido internacionalmente por suas iniciativas de sustentabilidade, visando conciliar o desenvolvimento econômico e social com a preservação do meio ambiente. O Plano reservou cerca de 2,6 milhões de m2 para áreas verdes e institucionais, quase 1/3 de sua área total. Sistemas de tratamento de água e esgoto foram implantados, evitando-se qualquer tipo de poluição do solo ou das águas. Um laboratório de controle ambiental exclusivo do bairro monitora diariamente a qualidade das águas do local (água do mar, efluentes de esgotos, águas dos canais de drenagem e balneabilidade do mar). Toda a infraestrutura e operação do sistema de saneamento da Riviera foi executada com investimento privado e é operada e mantida pela Associação de

DIVULGAÇÃO

UCHA ARATANGY

Planejamento que deu certo Atualmente, a Riviera possui duas mil casas, duzentos e dez edifícios, shopping center, restaurantes, hipermercado, escolas, consultórios médicos, campo de golf, centros hípico e de tênis e ciclovia, reunindo no verão mais de 70 mil pessoas. O bairro/cidade, ocupa menos do que 1,8% da extensão territorial de Bertioga, é responsável por praticamente 50% de sua arrecadação de IPTU, emprega mais de 5 mil pessoas diretamente e outras milhares, indiretamente. A Riviera de São Lourenço recebeu a certificação ISO 14001 em dezembro de 2000 para o seu Sistema de Gestão Ambiental, que significa o reconhecimento internacional de que o empreendimento é desenvolvido de forma ordenada e com alto respeito ao meio ambiente.

Costa da Mata Atlântica 51


Artesanato

Tradição de

gerações

O BRASIL, COM UMA HERANÇA DE MUITOS POVOS, É UM PAÍS COM GRANDE VARIEDADE E CRIATIVIDADE DE PRODUTOS ARTESANAIS. No litoral, ainda encontramos muitos artesãos que produzem peças com técnicas antiquíssimas, como a fibra da banana, e que fazem delas um verdadeiro resgate dos povoamentos iniciais. Com grande influência indígena, as peças de tingimento natural, cestaria, cerâmica, madeira e o uso de penas de aves formam uma grande gama de utensílios, como objetos de uso doméstico, decorativos e bijuterias. Mais tarde, os caiçaras adotaram o uso da madeira em móveis, redes de pesca, instrumentos musicais, pilão e moendas, entre outros. Atualmente, em todas as cidades da Baixada Santista esses trabalhos e tantos outros são encontrados nas feiras de artesanato. Essas feiras atraem muitos visitantes que se deslumbram com cada peça. Entre as matérias-primas utilizadas destacam-se a folha e a fibra da bananeira.

Bertioga Avenida Nove de Maio, 1.111, aberta todos os dias das 10h à 18h; Casa da Cultura, aberta sábado das 10h às 21h e domingo e feriados das 10h às 18h.

Itanhaém FOTOS MARCIO MASULINO

Na Praça Benedito Calixto, aberta todos os sábados a partir das 16h; Rua César Botelho, diariamente, a partir das 16h; Praça Carlos Botelho, 125, aos sábados das 17h às 23h e aos domingos das 10h às 18h; no Suarão, Praça Nossa Senhora do Sion, às sextas, sábados e domingos das 14h às 23h; e CESP na Rodoviária, diariamente das 8h às 19h. 52 Cidade&Cultura


Cubatão Parque Anilinas, na Avenida Nove de Abril, s/n°, aberta sábados e domingos das 14h às 16h.

Guarujá

Arte indígena e arte caiçara

Praia das Astúrias, aberta nos finais de semana; praia das Pitangueiras, na Praça das Bandeiras, aberta diariamente; praia da Enseada, aberta nos finais de semana.

Mongaguá Avenida Sete de Dezembro, s/no. e na Rua Embaixador Pedro de Toledo; abertas aos sábados, domingos e feriados das 19h até o último cliente.

Praia Grande Praça Portugal; Dr. Roberto Andraus; Nossa Senhora de Fátima e Carlos Gomes. Funcionam aos sábados, domingos e feriados das 13h às 22h.

Peruíbe Praça Flórida, aberta aos sábados, domingos e feriados das 18h às 23h.

Santos Avenida Bartolomeu de Gusmão (em frente à Avenida Conselheiro Nébias), aberta aos sábados das 15h às 23h e aos domingos na Rua Conselheiro Ribas, s/nº. Morro do São Bento no percurso da Linha “Conheça Santos - Morros” aos sábados com agendamento no (13) 3284-4375.

São Vicente Na Praça 22 de Janeiro, aberta diariamente das 9h às 23h. Costa da Mata Atlântica 53


Artes

Expressão de

um povo A ARTE, EM SUAS VÁRIAS VERTENTES, SEMPRE ACOMPANHOU A HUMANIDADE. Por meio das expressões artísticas é que conhecemos o povo, suas aspirações, suas angústias, seu cotidiano e sua visão de mundo.

54 Cidade&Cultura


Itanhaém Alberto Farah

Considerado o pintor do cotidiano caiçara, Benedito Calixto de Jesus foi, em sua época, um dos maiores nomes da pintura do Estado de São Paulo e do Brasil. Nascido em Itanhaém em 1853, desde os 8 anos já dava sinais de seu talento. Autodidata, mudou para Santos aos 16, onde teve enorme dificuldade, chegando a ser pintor de paredes. Aos 18, foi com seu irmão para Brotas e lá ficou incumbido de conservar a igreja local. Nas horas vagas, começou a pintar quadros e dá-los a amigos. Sua simpatia ganhou a sociedade cafeeira de Brotas e passou a decorar os grandes solares da elite, conquistando um espaço importante no mundo artístico, em decoração interna de palacetes, igrejas e teatros. Em 1881, voltou a morar em Santos, já casado e com uma filha. No ano seguinte, ao pintar o interior do Teatro Guarany, ganhou uma bolsa de estudos em Paris, onde conseguiu enorme sucesso. Da Europa trouxe uma máquina fotográfica e passou a pintar a partir da fotografia, tornando-se pioneiro nessa nova técnica. Produziu mais de setecentas obras entre marinas, retratos, paisagens rurais, urbanas e obras religiosas. Recebeu vários prêmios internacionais. Faleceu em 1927, na cidade de Santos, que o homenageou com a Pinacoteca Benedito Calixto, situadana Avenida Bartolomeu de Gusmão, 15, onde são realizados vários eventos culturais. Em Itanhaém, também foi homenageado com a Pinacoteca, localizada na Avenida Washington, 75.

Artista plástico e escultor, esse egípcio que saiu de sua terra natal adotou Itanhaém como lar. Inovou a escultura com peças em poliéster e fibra de vidro. Suas obras retratam muito o folclore nacional, porém sua diversidade artística é representada em mosaicos, vitrais, bijuterias, retratos etc. Ateliê: Rua André Ricardo Munhoz, 145 – (13) 3424-1053 – 3424-1565 – 98123-446.

MARCIO MASULINO

Benedito Calixto

REPRODUÇÃO

Emygdio Emiliano de Souza Aprendendo por observação a pintar com Benedito Calixto, Emigdio, nascido em 1867, era um dos assistentes do grande mestre Nascido em Itanhaém, chamou a atenção do também mestre Alfredo Volpi, por sua característica primitivista muito bem definida. Retratou sua cidade como ninguém. O cotidiano, as pessoas, os casarios, a natureza. Este era seu universo. Também foi escritor e músico. Faleceu em 1949, em Santos. Costa da Mata Atlântica 55


Artes

Bertioga Sandro Justo

Itanhaém Ronaldo Lopes Nascido em Santos, em 1953, é um apaixonado pela pintura desde criança. Catalogado no Dicionário Brasileiro de Artes Julio Louzada e com exposições em diversas galerias, já ocupou o cargo de diretor do Departamento de Cultura em outro governo, sendo hoje monitor de artes da SECE e um artista de múltiplas facetas. Cursou pintura com mestres como Bernardino de Souza Pereira e Aldo Cardarelli. Em 2006, morou na Itália, período em que se dedicou ao aprimoramento de novas técnicas de pintura. Em seu acervo estão obras que impressionam pelas cores e evidenciam a paisagem local e a simplicidade da natureza. Já suas esculturas, como monumentos de arte em fibra de vibro, retratam, além de grandes nomes, os personagens caiçaras locais. Com maestria, Ronaldo domina a técnica de escultura na areia há dez anos. Tem seu tradicional Presépio de Areia, em Itanhaém, divulgado amplamente pela Rede Globo, além de obras realizadas em outras cidades, como Caraguatatuba, Miracatu e Guarujá (a Santa Ceia). Contato: (13) 3422-1806. 56 Cidade&Cultura

Cubatão Edgio Bernardo Soares Apelidado de “Dija”, trabalha com pintura a óleo. A natureza é sua musa inspiradora; a Mata Atlântica, seu refúgio. Suas telas refletem um artista que admira o belo e as cores múltiplas. Contato: (13)99717-7648 / 3361-5697.

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MARCIO MASULINO

Netos de espanhóis que vieram ao Brasil para trabalhar na Hidrelétrica de Itatinga, Sandro começou a pintar aos 13 anos de idade. Ouvia as histórias contadas por seus avós sobre os índios da região e se apaixonou pelo tema. Conheceu outras tribos e no Xingu sentiu a energia da ancestralidade. Por meio deste contato, passou a pintar a cultura indígena. Devoto de São Francisco de Assis, mantem um atelier onde coloca em suas telas o santo devoto, as paisagens da cidade, e outros temas relacionados. Suas telas estão na Itália, na Inglaterra, na França, na Alemanha e no Vaticano. No Museu do Forte São João podemos encontrar trabalhos seus como a partida de Estácio de Sá para a cidade do Rio de Janeiro, uma releitura do quadro de Benedito Calixto e a “Catequese” que retrata Padre Anchieta e os curumins. Onde: Avenida Anchieta, 2.141/lj 06 – (13) 3311-6232.


São Vicente Danilo César Coreógrafo desde 2005, dança há mais de quinze anos como profissional e, na última década, ganhou mais de 300 títulos. É conhecido como Dann Cesar, diretor, dançarino, professor e coreógrafo atuante das seguintes companhias: Criarte, seu carro-chefe; “4 Tempos” e “Tropa”, grupos juvenis ; “Az Vó”, dança para a melhor idade; “Os Caras”; “Ellas”; “Primeira Classe”, grupo infantil com quatro duos, três solos, três trios e dois quartetos. Também é coreógrafo do “Gohayó Daiko” de São Vicente, grupo de Eisã, dança de Okinawa; é professor das Oficinas Culturais de São Vicente desde 2007, e de projetos sociais e particulares na cidade. Foi considerado o 6º melhor coreógrafo no Encontro Internacional de Qualificação de Coreógrafos. Reunindo todos esses trabalhos e grupos, Danilo formou sua “Family Criarte de Dann Cesar”. Já trabalhou em catorze encenações da Fundação da Vila de São Vicente como convidado, coordenador de elenco, coreógrafo assistente, assistente de diretor de coreografia, diretor coreógrafo, além de atuar em uma Encenação Internacional em Portugal, na cidade de Vila do Conde. Também foi convidado a fazer parte do espetáculo da escola Gimnorat, de Portugal, de Joana Rios e Odete Rios. Contato: (13) 99773-5934.

ELIAS GOMES - EXPRESSÃO STUDIO

Ivani Ribeiro

Encenação da Fundação da Vila de São Vicente Considerada o “Maior Espetáculo em Areia de Praia do Mundo”, a Encenação da Fundação da Vila de São Vicente foi criada em 1982. No início, era feita em um pequeno cercado na praia do Gonzaguinha, por voluntários da comunidade que se reuniam de dia para comemorar o aniversário da cidade, em 22 de janeiro. O grande salto ocorreu em 1998, quando foi criada uma arena de dimensões maiores onde os atores da cidade e celebridades da televisão contavam a história da chegada de Martim Afonso. Desse momento, em diante a Encenação ganhou repercussão nacional. Ao todo, envolve cerca de mil atores da comunidade. Outros moradores também participam como voluntários em oficinas de coreografia, canto e confecção de figurinos e cenários.

Cleide Freitas Alves Ferreira, cujo nome artístico é Ivani Ribeiro, nasceu em São Vicente, em 1916, e se destacou nacionalmente no rádio e posteriormente pela dramaturgia com séries como A Muralha, as telenovelas Corações em Conflito, O Profeta, A Padroeira, O Cravo e a Rosa, Quem é Você, A Viagem, Mulheres de Areia, O Sexo dos Anjos, Hipertensão, A Gata Comeu, Amor com Amor se Paga, Final Feliz, além de mais de 2.900 contos, dezenas de remakes e 1.300 peças para o rádio. Faleceu em 1995, deixando um legado incontestável.

(Fonte: Secretaria de Turismo de São Vicente)

Costa da Mata Atlântica 57


Artes

São Vicente A Companhia Histórias do Baú é um dos coletivos cênicos mais longevos do município, com cerca de vinte anos de trajetória na área teatral, voltada principalmente para teatro infantil, de bonecos e de contação de histórias. Os espetáculos aliam recursos pedagógicos, lúdicos e lendas ou tradições brasileiras. O grupo é premiado nacional e internacionalmente, com turnês de sucesso por diversos países da América Latina e da Europa. O diretor e fundador é Amauri Alves, também um dos responsáveis da AT Comunicações que desenvolve projetos para atender a diferentes empresas. Além do trabalho como produtor artístico, diretor, ator e dramaturgo, também tem larga atuação em gestão pública, desde os anos 1980. Em sua gestão na área cultural, foi responsável – ainda nos anos 2000 – pela criação de quase todos os atuais equipamentos da Secult (Ofi-

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Amauri Alves – Companhia Histórias do Baú

cinas Culturais, Casa Martim Afonso, Parque Cultural Vila de São Vicente e Cine 3D). Mais recentemente, reinaugurou as Oficinas Culturais e a Casa da Cultura Afro-Brasileira. É criador, entre outros eventos, do Festival Internacional de Teatro Infantil (FITI), e participou desde a primeira edição da Encenação da Fundação da Vila de São Vicente. Também gerou intercâmbios artísticos e intensificou a irmanação de cidades, como Naha (Japão), e Zacatecas (México). Neste ano, foi condecorado pelo Congresso do Paraguai por sua carreira e atuação de intercâmbio junto a esse país latino. Contato: (13) 99104-2040.

Ginez Munhoz Há 40 anos, formado na Escola Superior de Belas Artes da França, é escultor, pintor, desenhista, professor e cenógrafo, sempre participou ativamente dos eventos da cidade e trabalha na criação de fachadas e halls de edifícios da cidade de São Vicente. Contato: (13) 99631-8241.

Peruíbe Atelier Chão de Pedra Um dos pontos turísticos de Peruíbe, este recanto repleto de arte em pedras semipreciosas chama atenção por suas cores e criatividade. Na encosta do morro, na Estrada do Grajaú, o ateliê meio que se mistura com o verde da paisagem, parecendo incrustado na mata. Abriga também um museu de geologia. Lindo de visitar. Aberto todos os dias das 9h às 19h, exceto às segundas-feiras. Contato: (13) 3457-9194. 58 Cidade&Cultura


Praia Grande Praça da Paz Com sete esculturas em inox com dez metros de altura do escultor Gilmar Pinna, em meio a um belo jardim, a Praça da Paz é um cartão-postal de Praia Grande, na praia do Boqueirão. Vale a pena admirar a beleza plástica do local.

Rodolfo Rondon

MARCIO MASULINO

“Uma vida dedicada à Arte: não se vive de arte, vive-se para a Arte”: palavras de Rodolfo, nascido em 1954, em Santos, e que hoje mora em Praia Grande. Foi um dos pioneiros da arte popular de rua, apresentando-se em feiras de arte e artesanato na década de 1970, em São Vicente. Foi convidado a participar do coletivo de artistas nacionais e internacionais promovido pelo Fundo Social de Solidariedade de Santos, quando desenvolveu técnicas em baixo-relevo sobre fibra de vidro, além de obras em aquarela, com tinta acrílica, esculturas em areia e óleo sobre tela. Participou do Festival Internacional de Escultura em Areia, em Portugal, e inúmeros outros eventos pelo país. Ateliê: Oficina das Artes, Rua Jundiaí, 55 – (13) 3591-6103.

Beto Souza Baiano de Canavieiras, desde criança admirava seu pai esculpindo na madeira o fruto do cacau. Quando veio para São Paulo, conheceu a arte em frutas e legumes em um casamento cuja decoração fora feita por um francês e se encantou. Aprendeu essa arte com grandes chefs e a aprimorou ao longo dos anos. Em 2007, veio para o litoral e fez alguns programas locais e em rede nacional. Fez também a abertura da novela “Dona Xepa”. Hoje, vive de esculturas em frutas e legumes para festas, eventos e dá palestras em escolas sobre alimentação saudável. No Rio de Janeiro, já ganhou menções e, em São Paulo, a medalha de ouro no campeonato Equipotel do qual participaram mais de catorze chefs do país. Contato: (13) 99143-7631 – 99161-0329. Costa da Mata Atlântica 59


Artes

Santos

60 Cidade&Cultura

Guarujá Yplinsky Sérgio Renato Yplinsky, artista autodidata, inspirou-se em cenas brasileiras românticas dos mestres do passado. Importante nome no cenário do Estado de São Paulo, Yplinsky foi convidado a pintar o Mural Central da Matriz de Guarujá. Possui uma gama de menções honrosas, e muitas de suas obras estão em importantes coleções particulares e oficiais, como o Museu de Arte do Parlamento de São Paulo. Contato: (13) 99131-3747.

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Como centro irradiador de novas tendências e ideias vindas de todas as partes do mundo, por causa de seu Porto, Santos absorveu muitas influências artísticas e, de certo modo, isso despertou em seus habitantes o gosto pela arte. Com isso, a cidade é um grande polo de manifestações de arte. Não é possível, neste espaço, mencionar cada uma delas, verdadeira missão impossível, porém vamos citar algumas. A cidade de Santos serviu de cenário para filmes de curta e longa metragens: O Magnata; Querô, Plastic City; A Última Estação; A Boca do Lixo; Confissões de um liquidificador; e Luz nas Trevas. Artistas da era do rádio: Eduardo Alaor Pereira e Dindinha Sinhá. Do teatro e televisão: Lolita Rodrigues, Margarida Rey, Bete Mendes, Ney Latorraca, Nuno Leal Maia, Alexandre Borges, Carlos Monfort, Cláudio Mamberti, Sérgio Mamberti, Ney Latorraca e Juliana Silveira. Dramaturgia: Plínio Marcos, Carlos Alberto Soffredini, Oscar Magrini e Paulo Vilhena. Poetas: Vicente de Carvalho, Martins Fontes e Rui Ribeiro Couto. Músicos e grupos musicais: Jarbas Teixeira, Gilberto Mendes, Charlie Brown Jr; José Antônio Rezende de Almeida Prado, Jornal do Brasil, BlowUp e Aliados. Crítico: Rubens Ewald Filho. Claro que não foram citados todos, mas estes nomes já nos permitem perceber que, mesmo Santos não sendo uma capital, pode-se dizer que produziu muitos frutos artísticos de primeira classe. Há nomes de projeção nacional, mas também existem os que são conhecidos apenas na cidade e na região e exibem currículos invejáveis. Além disso, o aparelhamento cultural da cidade é um rico patrimônio, com a Pinacoteca Benedito Calixto; o Coliseu; o Teatro Municipal; o Teatro Guarany; a Casa da Frontaria Azulejada; o Instituto Histórico e Geográfico de Santos. A cidade também é ponto de encontro para muitos artistas, como Os Trovadores e as três orquestras sinfônicas; e para a realização do celebrado festival “Curta Santos”, de notoriedade mundial; sem mencionar os pintores da Avenida Ana Costa e da praça do Aquário.

Cláudia Rosário Depois de um coma profundo, Cláudia Rosário despertou como artista. Quando antes não parecia ter dom algum para a escultura, hoje produz sem parar esculturas em blocos de cimento celular com uma peculiaridade rara, pois não importa de que lado (de cima para baixo ou de baixo para cima), suas peças são perfeitamente iguais. Contato: (13) 99129-6833.


fotografias

| Marcos Piffer

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MARCOS PIFFER

Meio ambiente

Beleza e

diversidade

A BAIXADA SANTISTA É PRIVILEGIADA POR SUAS PRAIAS E TAMBÉM PELA ÁREA DE COBERTURA DA MATA ATLÂNTICA E A SERRA DO MAR. Se, no passado, a Serra do Mar foi uma muralha que trouxe muitas dificuldades aos nossos colonizadores, hoje constitui um patrimônio ecológico de riqueza incalculável para a região e para o país.

62 Cidade&Cultura


Costa da Mata Atlântica 63


Meio ambiente

Parque Estadual da Serra do Mar Com seus 315 mil hectares, o Parque faz divisa com o Rio de Janeiro ao norte e vai até a cidade de Itariri ao sul do Estado de São Paulo. É a maior área contínua de Mata Atlântica do país. Sua biodiversidade é imensa, tendo sido catalogadas mais de 350 espécies de aves, 100 de mamíferos (alguns em risco de extinção) e cerca de 1.250 de plantas. O Parque Estadual da Serra do Mar está dividido em núcleos, dos quais muitos ficam na Baixada Santista, a saber: 64 Cidade&Cultura

Estação Ecológica Jureia-Itatins – Peruíbe Abrange, em uma área de 84.379 hectares, os municípios de Miracatu, Itariri e Peruíbe. É uma Unidade de Conservação (UC) e abriga os rios Verde, Una do Prelado e Guaraú; as praias de Guaraú, Guarauzinho, Arpoador, Parnapuã, Brava, Juquiá, Deserta, Caramborê e Barra do Una; manguezais, matas de restinga, cachoeiras, como as do Perequê e das Antas, florestas de baixada, e a Mata Atlântica mais bem preservada do Brasil. Onde: Estrada do Guaraú, 4.164 – (13) 3457-9243 ou (13) 3457-9244.


MARCOS PERTINHES

Manguezais de Cubatão A área banhada pelos rios Mogi, Cubatão, Cubatão de Cima, Pilões, Cascalho, Casqueiro, Ribeirão das Pedras, e pelos ribeirões Perequê e Piabuçú (Praia Grande) forma um ecossistema complexo com fauna e flora típicas onde, após intenso trabalho de recuperação do meio ambiente, hoje se pode visitar, em um percurso de 42 km, uma rica região que se estende pelas cidades de Cubatão, Santos e São Vicente. Uma das vedetes desse passeio, feito a bordo de lanchas e barquinhas, é o guará, ave de coloração vermelha que habita os manguezais e oferece um contraste magnífico com o verde predominante. Mas também há a garça-azul, o martim-pescador, a saracura, o colhereiro, tartarugas e até, com um pouco de sorte, jacarés. Agendamento na Náutica da Ilha. Onde: Rua Nicolau Cuqui, 231 – (13) 3363-2161.

Núcleo Itutinga-Pilões – Cubatão

EDILSON ALMEIDA

São 43 mil hectares de Mata Atlântica, localizados em Cubatão. Sua preservação é um dos principais exemplos do que é possível desenvolver de forma sustentável. Atualmente, podemos visitar nesse núcleo lugares históricos e cachoeiras. Aberto de terça a sexta das 9h às 17h e aos sábados das 9h às 12h Onde: Estrada Elias Zarzur, km 8 - (13) 3361-8250 ou (13) 3377-9154.

Parque Ecológico Rio Perequê – Cubatão Em meio à Mata Atlântica, esse parque está repleto de cachoeiras, como a do Véu da Noiva, refúgios tranquilos para contemplação e divertimento para toda a família, trilhas de linda vegetação e diversos animais. Funciona das 8h às 17h de terça a domingo. Onde: Rodovia Dom Domênico Rangoni – Estrada do Perequê na altura da Carbocloro, km 42.

Área Continental de Santos Um recanto repleto de história (sobre a bananicultura) e de belezas naturais preservadas (70% da área), dividido em doze bairros, engloba o Vale do Quilombo, na divisa com Cubatão, e o Caruara, na divisa com Bertioga. Localiza-se ao longo da Rodovia Dom Domênico Rangoni e segue pela Rodovia Rio–Santos; ao norte, faz divisa com Santo André e Mogi das Cruzes. É uma região de Mata Atlântica com 231 km², repleta de mananciais, lagos, rios, cachoeiras e outros atrativos. Operadora Harpya: R. Vergueiro Steidel, 94 - (13) 3227-2000.

Parque Estadual Restinga de Bertioga – PERB Em uma área de 9,3 mil hectares, forma um corredor ecológico na Serra do Mar e tem como objetivo, além da preservação ambiental, o ecoturismo, a educação ambiental e o lazer. Estão em seu território os rios Itaguaré e Guaratuba, Itaguaré, Itaguá e Boraceia. Agendamento: ecoturismobertioga@gmail.com ou (13) 3317-2094.

Costa da Mata Atlântica 65


Flora A exuberância da Mata Atlântica apresenta uma flora singular. Seu solo está repleto de material orgânico obtido pela grande quantidade de chuvas que o transformam em uma massa de terra, folhas, animais em decomposição e troncos de árvores, a serrapilheira. A umidade faz com que apareçam muitos decompositores que dão um colorido extraordinário e que podem ser vistos de todos os tamanhos e formas. Além de árvores como as palmeiras, o cedro, o jequitibá-rosa, a embaúba e tantas mais, temos as bromélias e as orquídeas que atraem curiosos do mundo inteiro por sua plasticidade e beleza rara.

Decompositores

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Orquídea

Helicônia

FOTOS MARCIO MASULINO

Meio ambiente


SHUTTERSTOCK

Filhote de Tamanduá-bandeira

Fauna A Serra do Mar forma um grande corredor verde que separa o litoral do planalto. Entre montanhas e floresta fechada encontramos muitos animais fascinantes como a jaguatirica, tamanduá-bandeira, capivaras, várias espécies de macaco, cobras como a jararaca e a doce canina. Anfíbios como o sapo-boi-da-serra-do-mar, e na foz dos rios, siris azuis e muitos caranguejos.

SHUTTERSTOCK

MARCOS PIFFER

Cobra-caninana

Jaguatirica

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Siri-azul

Macaco-prego

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Pássaros

Saíra Ferrugem

Olhos e ouvidos

atentos

Maria-leque-do-sudeste 68 Cidade&Cultura

Juruva-verde

FOTOS JOÃO QUENTAL

Tangarazinho


Tiê-sangue

Benedito-detesta-amarela

Saíra-sete-cores

Matracão

Araçari-poca

Tangará

Uma viagem ao mundo colorido e sonoro das aves da Mata Atlântica faz bem a alma e encanta os olhos de quem, com cuidado, tem o privilégio de admirar as várias espécies de pássaros que salpicam as árvores em meio à mata fechada. Seus cantos são identificáveis conforme apuramos nossos ouvidos e deixamos levar pelo som da natureza. A prática do birdwatching (observação de pássaros) aumenta a cada dia e ganha adeptos por todo o país e nós brasileiros somos

privilegiados por tanta exuberância que nos rodeia. Qualquer um pode praticar, basta ter um bom binóculo e ter boa disposição para caminhar. Seja carinhoso com o meio ambiente. Não grite, caminhe lentamente e não se esqueça do repelente. Aqui você encontrará: macuco, gavião-carijó, gavião-pega-macaco, jacu-guaçu, jacutinga, tiriba, periquito-verde, murucututu-pequeno, urutau, beija-flor, tucano-de-bico-verde, pichororé, choca-da-taquara, tangará, bentevi, entre outros. Costa da Mata Atlântica 69


Praias

De todos os

tamanhos

MARCIO MASULINO

Para todos os gostos

70 Cidade&Cultura


Praia do Itaguaré - Bertioga

O CIRCUITO COSTA DA MATA ATLÂNTICA É FORMADA POR OITO MUNICÍPIOS COSTEIROS E POR CUBATÃO, O ÚNICO QUE NÃO POSSUI PRAIAS. São inúmeras praias que atendem a todos os objetivos de lazer com diferentes cenários de belezas naturais. A cor do mar varia de cidade para cidade; algumas são azuis, outras verdes ou marrons, dependendo dos sedimentos e dos organismos vivos dissolvidos na água e também da cor da areia de cada uma: se for clara, a luz do sol refletirá mais, dando a impressão de a água ser mais translúcida. Então, mar azul ou verde não é sinônimo de águas mais limpas.

Costa da Mata Atlântica 71


Praias

Peruíbe Com quase vinte e dois quilômetros de extensão, as praias de Peruíbe há muito são o destino ideal para o veraneio. Mesmo

DIVULGAÇÃO

Praia do Costão

com movimento intenso podemos encontrar praias inalteradas pela ação do homem, como a do Una. São pequenos refúgios adoráveis de constante contato com a natureza.

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Una Caramborê Deserta Juquiá Brava Paranapoã Arpoador

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Guarauzinho Guaraú Prainha Índio Costão (Canto) Central

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DIVULGAÇÃO

Jureia - Itatins


Praia das Conchas

Itanhaém

FOTOS MARCIO MASULINO

LUCIANO NETTO

A cidade de Itanhaém foi palco dos primeiros colonizadores brasileiros e hoje atrai turistas do Brasil inteiro por suas belas praias como a do Sonho e a das Conchas, que como o nome diz, é quase impossível andar de tantas espalhadas em suas areias. Recantos belos e paradisíacos em seus vinte seis quilômetros de extensão.

Espalhadas pelas praias, estas barracas de peixe e frutos do mar fazem a festa dos amantes da culinária local

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Gaivota Cibratel Suarão Conchas Sonhos Pescadores Saudade Tombo Praião

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SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO DE MONGAGUÁ

Praias

Alicerces da Plataforma de Pesca Amadora

FOTOS MARCIO MASULINO

Praia do Centro

Rio Mongaguá

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Balneário América Flórida Mirim Agenor de Campos Grande Vera Cruz São Paulo

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DIVULGAÇÃO

Mongaguá Uma contínua faixa de areia com treze quilômetros faz de Mongaguá uma cidade perfeita ao lazer. Sua costa, margeada por coqueiros e quiosques, é entrecortada pelo rio Mongaguá, que nasce na Serra do Mar a 400 metros de altitude e deságua na praia do Centro.


ALEXANDRA GIULIETTI

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Solemar Flórida Real Caiçara Maracanã Mirim Ocian

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Tupi Aviação Guilhermina Boqueirão Canto do Forte Itaipú

Praia Grande

Centro de Vivência Boqueirão é um espaço voltado para as atividades da terceira idade

DIVULGAÇÃO

Com uma das praias mais movimentadas do Brasil quando recebe, na alta temporada, cerca de 1,5 milhão de turistas, Praia Grande se destaca com sua extensa orla de vinte e dois quilômetros. Uma atividade interessante é pedalar na ciclovia onde podemos passear contornando as praias e desfrutar de uma brisa relaxante.

Costa da Mata Atlântica 75


Praias

Praia do Gonzaguinha

São Vicente

FOTOS MARCIO MASULINO

As praias de São Vicente são recortadas por istmos e morros, conferindo-lhes um toque de charme e de formatos diferentes como a praia do Itararé, com faixa de areia larga e a do Gonzaguinha, de faixa estreita.

Praia de Paranapuã

Praia do Gonzaguinha

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• Itaquitanduva • Paranapuã (das Vacas) • Gonzaguinha • Milionários • Itararé


Praia do Boqueirão

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José Menino Pompeia Gonzaga Boqueirão Embaré Aparecida Ponta da Praia

Praia da Aparecida

Santos

Praia do Gonzaga

Margeada por um esplêndido jardim idealizado desde 1914, e hoje considerado o maior jardim de praia do mundo, a praia de Santos está dividida apenas por nomes e não por algum acidente geográfico natural. São sete quilômetros de extensão cheios de atividades de lazer. Um espaço que todo santista desfruta rotineiramente. Costa da Mata Atlântica 77


Praias

Praia da Enseada

Guarujá Situado na ilha de Santo Amaro, Guarujá é o município da Baixada Santista que mais praias possui. Cada uma com suas características. Algumas extensas com até onze quilômetros e outras com pouco mais de três metros de extensão. Opções não faltam. Com muitos costões, promontórios e até morros, as praias são charmosamente separadas e recebem um toque de personalidade diferente em cada uma.

FOTOS MARCIO MASULINO

Praia do Góes

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Praia de Pitangueiras

Praia do Iporanga

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Santa Cruz dos Navegantes Góes Sangava (Congava) Cheira-Limão Saco do Major Guaiúba Monduba (Artilheiro) de Fora (Moisés) do Bueno do Tombo Astúrias Pitangueiras Enseada Éden Sorocotuba Mar Casado Pernambuco Perequê São Pedro Conchas Iporanga Pinheiro (Taguaíba) Camburi Preta Branca

Costa da Mata Atlântica 79


Praias

FOTOS RENATA DE BRITO

Praia de Guaratuba

Bertioga O mais novo município emancipado da Baixada Santista cresce com olhos permanentes na preservação ambiental. As praias urbanizadas possuem boa infraestrutura para acolher os banhistas e as que são protegidas pelas leis ambientais preservam a sua natureza intacta, como é o caso da praia do Itaguaré.

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Enseada Indaiá São Lourenço Itaguaré Guaratuba Boraceia Praia Vista Linda

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Praia do Itaguaré

MARCIO MASULINO

Praia da Enseada



NOEL FERREIRA

Esporte

Ar, água, terra,

o que te move? O CIRCUITO COSTA DA MATA ATLÂNTICA É UMA REGIÃO PRIVILEGIADA PARA A PRÁTICA DE ESPORTES A CÉU ABERTO, com elementos naturais como o mar, a mata e a serra. Então, podemos dizer que todos os 82 Cidade&Cultura

esportes, menos os praticados em neve, podem ser realizados aqui. Como todas as modalidades são praticadas em todas as cidades da Baixada, vamos indicar somente algumas.


Kitesurf

MÁRCIO MASULINO

Em tradução literal seria “a pipa que navega”. Mas na realidade é muito mais, uma mistura de paraglider com prancha de surf unidos com cabos de ferro e um herói pilotando esta maluca invenção de pura adrenalina. Considerado um dos esportes náuticos mais radicais por sua velocidade, habilidade e força de quem o pratica. A maioria das praias das cidades da Baixada Santista são ótimas para este esporte.

Canoagem

JOSY INÁCIO

MÁRCIO MASULINO

A canoagem, junto com o remo, evoluiu e trouxe novos elementos aos praticantes, como a canoa havaiana que a cada dia ganha mais adeptos. O bairro da Ponta da Praia, em Santos, e do Gonzaguinha, em São Vicente, são os locais mais frequentados.

Surfe Santos e Guarujá são duas cidades que sempre lançaram grandes surfistas no circuito nacional e internacional, entre eles Picuruta Salazar e Mineirinho. Em Santos, o píer, é o “point” e, no Guarujá, as praias do Tombo, Pernambuco, São Pedro e Branca.

Wakeboard Uma prancha parecida com a de snowboard puxada por uma lancha. Este esporte foi criado como alternativa para os dias sem ondas, em 1979.

Costa da Mata Atlântica 83


FOTOS SHUTTERSTOCK

Esporte

Desde os primórdios da civilização o homem possui uma fascinação pela vida marinha. Atualmente, vários são os recursos para a prática deste belíssimo esporte. Do snorkel ao mergulho com cilindros, a sensação é de estarmos em um planeta desconhecido, com suas próprias regras as quais você não está inserido. No Circuito Costa da Mata Atlântica, os costões em praias mais resguardadas são excelentes lugares para o mergulho recreativo. Para os mais experientes, o Parque Estadual Marinho Laje de Santos, que está a 42 km de Santos, é composto da Laje de Santos; dos parcéis Bandolim, Âncoras, Brilhante, do Sul e Novo; e de rochedos denominados calhaus. São frequentes as visitas de baleias, raias-mantas, tartarugas marinhas e golfinhos. Podemos observar esponjas, moluscos e corais. Operadora: Cachalote – telefone/ WhatsApp (13) 97410-7081. Outra área com igual beleza são os arredores das ilhas da Queimada Grande e Queimada Pequena, a primeira está localizada a 35 km de Itanhaém, formadas por rochas que chegam a 200 metros de altura; e a segunda a 22 km. Seus visitantes são os cações, as raias jamanta, os sargos, as garoupas, as caranhas, as estrelas-do-mar, os ouriços e os moluscos. Podemos também observar os navios Rio Negro e o Tocantins, naufragados. Operadora: Nautilus Dive – (11) 4485-2075 / 99906-2247. 84 Cidade&Cultura

LEO FRANCINI

Mergulho



ALEXANDRE ANDREAZZI

MÁRCIO MASULINO

Esporte

Voo Livre No morro do Voturuá, em São Vicente, você poderá se aventurar no voo livre em asa-delta ou paraglider. É uma emoção indescritível. Vale a pena mesmo, pelo menos uma vez, tirar totalmente os pés do chão. Voar é o símbolo da total liberdade. Voar sempre foi um dos grandes desafios da humanidade. Surgiram os balões, os dirigíveis, os aviões, até que em 1948, o americano Francis Rogallo inventou a primitiva asa flexível. Depois, em 1963, o australiano John Dieckenson aprimorou a asa flexível que originou a asa delta. Já o parapente, oriundo do paraquedas, foi criado pelo americano David Barish em 1965, quando saltou da montanha Hunter, em Nova Iorque. De lá pra cá, o voo livre ganhou muitos adeptos que literalmente deram suas vidas ao desenvolvimento da asa ideal. Hoje, este esporte é considerado seguro e um dos mais excitantes. No morro do Voturuá, em São Vicente, você poderá se aventurar nesta emoção indescritível. Vale a pena mesmo, pelo menos uma vez, tirar totalmente os pés do chão. Onde: Morro do Itararé, 1206 – (13) 3568-8043

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“Saber que você pode voar de parapente é uma sensação mista de vontade e medo. Mas, depois que a gente saltou e não tinha mais como voltar atrás, o jeito foi curtir mesmo o frio na barriga que com o tempo passa e a gente começa a se dar conta que está voando junto com as aves (no caso os urubus, que dão uma aula de brincar de voar). Fiquei meio em dúvida se deveria ou não fazer um voo duplo. Agora quero praticar mesmo e já me inscrevi nas aulas. Acho que vou virar um pássaro!” Sandro Oliveira, 23 anos. 86 Cidade&Cultura


Triatlo

O golfe chega ao Brasil no final do século XIX, por iniciativa de engenheiros ingleses e escoceses que construíam a Estrada de Ferro Santos - Jundiaí, a São Paulo Railway. Em 1915, o inglês Henry L. Wright, junto à elite empresária ligada ao comércio de importação e exportação, fundou o Santos São Vicente Golf Club. São dezoito buracos bem posicionados em terreno plano com obstáculos. Atente-se aos buracos 3 e 4, pois a dificuldade é maior devido a exigência de tiros longos. Onde: Avenida Pérsio de Queiroz Filho, 101 – (13) 3468-3129 São Vicente O Guarujá Golf Clube, localizado na Praia de Pernambuco, oferece aos praticantes, um campo plano, com onze buracos e saídas diferentes para a segunda volta, possui fairways estreitos (parte central do campo, com relva bem aparada, onde a bola deverá aterrar), armadilhas naturais que exigem perícia e precisão dos golfistas e os lagos artificiais em praticamente todos os buracos, são um desafio à parte. Onde: Avenida das Américas, 545 – (13) 3353-1090 – Guarujá

DIVULGAÇÃO

Golfe

FOTOS SHUTTERSTOCK

Criado em 1988, por americanos e europeus, o Triatlo compreende uma prova de 1.500 metros de natação, 40 quilômetros de ciclismo e 10 quilômetros de pedestrianismo, denominando-o de triatlo olímpico. Em 1992, foi criado o Triatlo Internacional de Santos que acontece todos os anos na praia do Boqueirão, reunindo grandes nomes nacionais e internacionais do esporte.

Guarujá Golf Clube

Costa da Mata Atlântica 87


Esporte

HENRIQUE RAMOS

88 Cidade&Cultura

FOTOS MÁRCIO MASULINO

A areia da praia é um local muito bom para a prática de beach tennis, tamboréu (esporte criado em Santos), futvôlei, futebol de areia, vôlei, tênis e frescobol. Basta reunir os amigos, ou mesmo se enturmar, para suar e depois dar um mergulho refrescante no mar.

Trekking Com a Serra do Mar à disposição dos que gostam de caminhar, aqui é um paraíso. Em Bertioga, no Parque Estadual Restinga de Bertioga (PERB); em Cubatão, na Estrada Velha; em Guarujá na Praia Branca, ou em Peruíbe, no Grajaú, é certeza encontrar lindas paisagens, cachoeiras maravilhosas e muita diversidade de fauna e flora. Agora, o mais certo mesmo é estar sempre acompanhado de guias treinados. Operadoras: Caiçara Expedições - (13) 3466-6905 e Harpya Turismo – (13) 3227-2000.


Junho/2016

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Aromas&Sabores

Doces de banana Com grande produção regional de banana é muito comum encontrarmos doces feitos em formas de balas, tortas, bolos, bananas secas, cristalizadas e bananadas.

O doce da terra

com o salgado do mar FOTOS MARCIO MASULINO

COMO REGIÃO CERCADA POR MAR DE UM LADO E TERRA DO OUTRO, este “corredor urbano” teve que se adaptar aos recursos naturais que possuíam. Do mar os pescados e da serra, as frutas e as poucas plantações devido às condições do solo. Com o passar dos anos, este recursos viraram marca registrada e característica locais, onde pessoas procuram essas iguarias como os doces de banana, o palmito, o caranguejo, entre outros.

Palmito pupunha

Jaca Originária da Ásia, a jaqueira adaptou-se muito bem nas florestas tropicais úmidas brasileiras. Chega a vinte metros de altura e produz frutos no próprio tronco que pesam em média dez quilos. A jaca é rica em vitaminas A, do complexo B, C, E e K. Consumida in natura, em doces, compotas e licores, é uma das furtas mais saboreadas nas cidades da Baixada Santista encontrada em vários pontos como feiras livres e mesmo em carrinholas. 90 Cidade&Cultura

Originária das florestas tropicais das Américas, a pupunha-verde-amarela ou pupunheira é uma palmeira que pode chegar a vinte metros de altura. Seus frutos são consumidos em forma de farinha, óleo comestível, geleias e compotas. Também serviu de forma significativa na substituição do consumo do palmito produzido da palmeira juçara que está em risco de extinção. Em Peruíbe temos muitos cultivadores de pupunha que podemos encontrar em feiras espalhadas pela cidade.


Pão de cará

Biscoito Praiano

O pão de cará, receita exclusiva das padarias de Santos, é tão procurado que os padeiros de outras cidades fazem competições para tentar imitar a receita deste pão que, detalhe, não tem cará na lista de seus ingredientes. Contradições à parte, vale a pena conferir o sabor deste pão delicioso meio doce, meio salgado que combina perfeitamente com uma boa manteiga.

RENATA DE BRITO

Desde 1959, no bairro do Campo Grande, na cidade de Santos, a fábrica “Biscoito Praiano”, faz a festa de crianças e adultos que frequentam as praias da Baixada Santista com seus biscoitos de polvilho, cuja receita foi passada de pai para filho. Hoje, os netos do fundador tocam este empreendimento e mantêm uma doceria com suas famosas queijadinhas e outras delícias. Onde: Rua Espírito Santo, 120 – Santos.

Caranguejo Também muito característicos são os vendedores de caranguejos, localizados à beira das estradas de acesso à Baixada, oferecendo espécies como a maria-mulata e o uçá. Como toda a região é riquíssima em áreas de mangue, aqui podemos nos deliciar, fora da época do defeso, com porções dessa iguaria feitas com muito tomate e regadas à cerveja.

Festivais gastronômicos O mês de julho é de celebração à tainha. Diante de sua abundância nesta parte do litoral do Estado de São Paulo, vários municípios realizam a Festa da Tainha que já há muitos anos faz parte do roteiro gastronômico do Estado. Em Bertioga, nos meses de julho e agosto, ocorrem a Festa da Tainha e a Festa do Camarão na Moranga, respectivamente. Com a participação de restaurantes com gastronomia variada, temos as cidades de Itanhaém no mês de outubro; Peruíbe no mês de agosto; e São Vicente no mês de maio.

Costa da Mata Atlântica 91


Gastronomia

Cultura, arte

Arroz de Bichos preparado com camarões rosa, mariscos, polvo e lulas

e culinária secular A MANDIOCA, A BANANA, OS PEIXES, OS FRUTOS DO MAR E OS CRUSTÁCEOS formam a base da culinária caiçara que soube aproveitar muito bem todos os recursos das matas e do mar. Esse conhecimento foi se consolidando ao longo dos séculos, com elementos agregados aos poucos, e gradativamente transformou a gastronomia do litoral do sudeste brasileiro em uma culinária rica em influências tanto nativas como trazidas dos continentes europeu, africano e asiático. Hoje, mesmo com a globalização, os ingredientes básicos que entram na composição dos requintados pratos são um reflexo dessa cultura secular. O que atualmente compõe o acompanhamento do prato diário de um brasileiro é composto de arroz e feijão; no prato caiçara, eram a farinha de mandioca e a banana. A fabricação da farinha de mandioca é uma 92 Cidade&Cultura

herança indígena inserida no contexto caiçara. Ainda estão em pé alguns exemplares das chamadas “casas de farinha”, onde a mulher reinava absoluta no manuseio da mandioca. Essas casas eram, na realidade, um abrigo na mata, contendo um tacho, uma roda de madeira, um triturador, uma prensa, uma peneira, um forno de pedra e outros pequenos recursos. Ali a mandioca era descascada, raspada, triturada, colocada na água para amolecer, espremida e torrada. Um processo lento, porém de alto valor nutricional. Já a banana, muitos descrevem como nativa do Oriente e introduzida pelos portugueses, porém outros autores afirmam que a fruta já existia no Brasil antes da vinda dos europeus. O certo é que esse ingrediente sempre fez parte da cultura caiçara, principalmente a banana-da-terra que costuma ser servida assada, frita ou cozida, em pratos doces ou salgados.


Peixe Scarpa - Pescada Cambucu grelhada com molho de alcaparras na manteiga acompanhado de batata sotê

Tasca do Porto Santos No coração do Centro Histórico de Santos, o Tasca do Porto é um passeio à terra lusitana. Em um casarão centenário totalmente restaurado e decoração típica, o cardápio segue à risca receitas originais portuguesas sob a batuta do chef Daniel Rabelo. Ah! Não podemos deixar de citar as famosas sobremesas como os pastéis Santa Clara e o Café Vienense.

Dalmo Bárbaro Guarujá No início, um modesto restaurante a beira do Canal de Bertioga que com o tempo criou uma clientela fiel e que, anos mais tarde, tornou-se conhecido mundialmente. Hoje, com endereços na Rodovia Rio-Santos e na praia da Enseada, suas habilidades gastronômicas fazem sucesso absoluto entre os amantes da boa gastronomia caiçara.

Il Faro Guarujá Há mais de 40 anos, o restaurante Il Faro é o pioneiro na praia da enseada no Guarujá. Com cardápio variado e muito requinte, é uma referência da gastronomia litorânea.

Peixe na telha - filé de badejo com batata e pimentão e arroz

A brisa do mar e o charme da areia compõem o prazer da degustação dos variados pratos do restaurante Tahiti. Há 20 anos na badalada praia de Pitangueiras, são servidos pratos sofisticados e tradicionais, elaborados pela chef e sommelier Maria Dias.

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Tahiti Guarujá

Linguini com frutos do mar Costa da Mata Atlântica 93


Gastronomia

Spaghetti Carbonara gemas de ovos, pancetta, creme de leite e parmesĂŁo

Em um dos lugares mais charmosos do litoral, a Riviera de São Lourenço, o Maremonti inova com suas massas, pizzas e carnes elaboradas pelo renomado chef Guilherme Schulze que tem como base a gastronomia italiana.

94 Cidade&Cultura

TADEU BRUNELLI

Maremonti Bertioga


Catalina Santos O melhor da cozinha mediterrânea com pratos especiais feitos pela chef Vera Corrêa de Castro. A sofisticação dos ingredientes tornam este restaurante um diferencial de sabor, textura. Além de uma adega com vinhos europeus, argentinos e chilenos.

Cordeiro Imperial - Cordeiro ao forno com grão de bico, feijão branco, ervilha torta e shitake

Caiçara Itanhaém Um excelente restaurante que tem como atrativos principais os pescados e os frutos do mar. Ambiente harmonioso com linda vista. A delicadeza na montagem dos pratos, misturada ao bom gosto, faz deste lugar um dos melhores para quem está em Itanhém.

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Tábua de Aperitivos - polvo a vinagrete com toque de maçã verde, marisco a vinagrete, bolinho de bacalhau, mussarela de búfala e coquetel de camarão

Caiçara Píer Praia Grande

Moqueca de peixe

Um grande legado conquistado com muitos anos de experiência na gastronomia caiçara, o chef Francisco adaptou receitas que conquistaram o sucesso absoluto. Vale conferir todos e também suas pizzas de frutos do mar ou de siri. Costa da Mata Atlântica 95


ร ndios, Quilombolas e Caiรงaras

Pioneiros

da terra 96 Cidade&Cultura


ALEXANDRE ANDREAZZI

Tribo do Rio Silveira - Bertioga Costa da Mata Atlântica 97


ALEXANDRE ANDREAZZI

Índios, Quilombolas e Caiçaras

UM DOS GRANDES PILARES DA FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO é, sem dúvida, a miscigenação entre índios, portugueses e negros.

Índios Os índios que viviam na época da chegada dos portugueses pertenciam a várias tribos que eram inimigas entre si. Tupiniquins, tupinambás, carijós, entre outros, habitavam o litoral e também parte do planalto paulista. Viviam da caça, da pesca e da agricultura. Não eram hierarquizados; apenas o cacique e o pajé faziam a liderança e a representação espiritual da tribo. Os silvícolas aprenderam a conviver com brancos degredados e náufragos que aos poucos chegavam a suas terras. Algumas tribos tinham costumes antropofágicos que, na realidade, não era sua alimentação natural, mas sim uma espécie de ritual religioso para assimilar dos mais fortes inimigos capturados sua força e coragem. Onde hoje está localizado o edifício Sobre as Ondas, na divisa das praias de Pitangueiras e Astúrias, no Guarujá, havia um desses locais de rituais. A base da alimentação cotidiana dos índios era composta de pequenos mamíferos e aves da Mata Atlântica, mais a mandioca, ervas, frutas, pescados e crustáceos. Suas armas eram o arco, a flecha e setas. Seus pertences eram feitos de palha de palmeira, arbustos e barro, com o qual produziam cerâmica. Atualmente, os índios guaranis nhandevá e m’byá estão espalhados por aldeias na Baixada Santista, em 9.227 hectares de terras indígenas demarcadas. 98 Cidade&Cultura

Aldeia Rio Branco – Itanhaém Com mais de 100 anos de existência, essa aldeia de origem guarani m’byiá possui 2.856 hectares de terras demarcadas, na Estrada Rural do Rio Branco, em Itanhaém.

Aldeia Itaóca – Mongaguá Criada em 1991, a aldeia abriga doze famílias de índios guaranis m’byá e dezesseis de tupi-guaranis ñandeva. Vivem em 533 hectares de terras indígenas demarcadas.

MÁRCIO MASULINO

Nossas raízes


ALEXANDRE ANDREAZZI

Terras Indígenas do Rio Silveira – Bertioga Na divisa de Bertioga com o município de São Sebastião, estão as terras indígenas do Rio Silveira, que hoje abrigam cerca de 500 índios da etnia guarani. A aldeia está localizada na Praia de Boraceia. Cultivam palmito e plantas ornamentais, produzem artesanato e promovem danças, músicas e culinária típica. Agendamento de visitas: (13) 3317-4889.

Guaranis do Aguapeú – Mongaguá

Sítios Piaçaguera I, II e III – Peruíbe

ELAINE LEME

Compondo doze famílias de origem guarani, estes índios são os mais isolados e reservados do litoral. Vivem no morro do Aguapeú desde 1930 e proíbem a miscigenação com outros povos. Suas terras compreendem 4.372 hectares.

Marcos do povoado de Peruíbe, os Sítios Piaçaguera I, II e III estão localizados em terras indígenas tupi-guarani. Aqui foram encontrados cachimbos, panelas, cerâmicas indígenas, conchas, telhas e faianças dos séculos XVI, XVII e XVIII. Atualmente, conta com 30 famílias tupi-guaranis em uma área de mais de 2.500 hectares. Vivem do cultivo de palmito, plantas ornamentais e artesanato. Além destas, em Peruíbe, também temos as aldeias Bananal e Biguá. Visitas podem ser agendadas na Secretaria de Cultura pelo telefone (13) 3454-1215. Onde: Rodovia Padre Manuel da Nóbrega. Costa da Mata Atlântica 99


FOTOS MÁRCIO MASULINO

Índios, Quilombolas e Caiçaras

Quilombolas COM A CHEGADA DOS NEGROS VINDOS DA ÁFRICA NA CONDIÇÃO DE ESCRAVOS, a mão de obra indígena nos engenhos de cana-de-açúcar e na busca de ouro foi gradativamente extinta. Os africanos foram, na realidade, a grande força motriz da agricultura e 100 Cidade&Cultura

da engenharia brasileira. Foram eles os responsáveis por tirar o Brasil da categoria de país extrativista para torná-lo um produtor de categoria mundial, no caso com o café. Tivemos, em muitos períodos, um contingente de negros cinco vezes superior ao de brancos. Hoje convivemos com muitas heranças desse período, não só com termos da língua portuguesa falada no Brasil, mas também em produtos internacionalizados com a chancela “Made in Brazil”, como a cachaça. Devido às condições subumanas nas quais foram tratados por séculos, as fugas dos negros eram inevitáveis. Encontravam refúgio no meio da mata, em lugares afastados e inóspitos. Historicamente, a Baixada Santista apresenta dois lados de uma mesma moeda. Assim como foi uma ampla região que absorveu muita mão de obra escrava, foi talvez a primeira região a adotar os ideais abolicionistas, tendo como seu maior ícone José Bonifácio. Em Santos, o quilombo do Jabaquara chegou a abrigar cerca de 10 mil fugitivos, sendo considerado o maior do país, e contou com o apoio tanto de figuras ilustres como da gente simples que aderia à causa e lutava bravamente, tanto é que a cidade é chamada de Terra da Liberdade e da Caridade.



FOTOS MÁRCIO MASULINO

Índios, Quilombolas e Caiçaras

Astúrias e Perequê – Guarujá

Caiçaras DA MISCIGENAÇÃO DE ÍNDIOS, NEGROS E EUROPEUS NASCEU O CAIÇARA. Em sua origem, caa-içara é um termo tupi-guarani: caa significa galhos, paus, mato, enquanto içara significa armadilha. Acreditamos que o caiçara seja realmente um pouquinho de tudo isso, aprimorado. Vive da pesca, da agricultura, de artesanato, dos produtos da mata. Possui a engenhosidade do europeu, a sensibilidade do indígena, a coragem do negro. Conhece os segredos da mata, do mar, do tempo, das tempestades, dos muitos dias sozinho em águas turbulentas e, como a maioria dos brasileiros, sabe que somente com fé pode viver um dia de cada vez. O mais interessante é que, mesmo com a modernidade e a globalização, as pessoas que nasceram nas cidades da Baixada Santista carregam com muito orgulho a denominação “caiçara” e fazem questão de dizer que, com o legado de seus antepassados, guardam dentro do coração todas as características naturais de suas origens. Aqui citaremos as comunidades que ainda preservam um pouco desses aspectos e estilo de vida. 102 Cidade&Cultura

As Astúrias foi uma das primeiras praias do Guarujá a ser habitada e atualmente possui uma grande quantidade de edifícios, porém em seu canto direito preserva a tradição da pesca de vara e também abriga embarcações pesqueiras centenárias. Um excelente horário para visitar o local é no fim de tarde, quando os pescadores lançam suas linhas e podemos conhecer vários tipos de pescados da região. Já a praia do Perequê sempre foi conhecida por seus ranchos, a beira da estrada e com vista para o mar, que oferecem as melhores receitas de peixes e frutos do mar dentro da tradição caiçara.

Mar Pequeno - Praia Grande Reduto de pescadores que abrigam suas embarcações transformando um local colorido pelos barcos pesqueiros e de passeio.


Rio Negro - Peruíbe

Guaraú e Barra do Una – Peruíbe Nestas praias, podemos observar a atividade da pesca artesanal realizada em lindos barcos coloridos que salpicam o mar, além de desfrutar da natureza exuberante em trilhas e da chance de “lagartear” nas areias, em um gostoso banho de sol.

Praia Branca – Guarujá

Praia dos Pescadores - Itanhaém Lindo recanto, repleto de valentes embarcações que enfrentam a fúria das ressacas. Bom para passar um dia, ouvindo as histórias dos moradores antigos que, com simpatia ímpar, fazem as horas parecer apenas minutos de grande prazer. ALEXANDRE ANDREAZZI

No final do século XIX, uma família veio para esta praia que fica na reserva ambiental da Serra do Guararú, já na balsa Guarujá–Bertioga. A Praia Branca, com sua beleza natural esplendorosa e em isolamento geográfico, fez dessa comunidade um típico exemplo da vida caiçara. Hoje, a pesca não é mais sua principal fonte de renda, e sim o turismo e a vinda dos praticantes de surfe que movimentam as pousadas e os restaurantes locais.

Ilha Diana – Santos Com acesso por via marítima, a partir do atracadouro da Alfândega, esse refúgio guarda uma coleção de fauna e flora nativas e uma comunidade que sobrevive da pesca e de artefatos de uso rotineiro. Quando é época da festa do Bom Jesus, em agosto, os visitantes podem se deliciar com a fartura das tainhas preparadas na brasa, dos camarões e outros pratos deliciosos à base de frutos do mar. Costa da Mata Atlântica 103


Metropolização

20 anos de

Região Metropolitana da

Baixada Santista Há 20 anos, a Baixada Santista foi instituída como a primeira região metropolitana fora das capitais, a partir da união dos municípios e do Estado, que entenderam a importância de trabalhar em conjunto para a solução de problemas comuns. Mas o sonho da metropolização é uma história de luta que ultrapassou gerações. Foram quase 40 anos, considerando que o primeiro a sinalizar para a necessidade de reunir os municípios da região foi o então prefeito de Santos, Silvio Fernandes Lopes, em 1959. Porém, as tentativas só se efetivaram nos anos 90, na gestão do governador Mário Covas, com a Lei Complementar Estadual 815, de 30 de julho de 1996, que criou a Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS), abrangendo Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente. A legislação autorizou, ainda, a formação do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb). Dois anos depois, foram regulamentados o Fundo de Desenvolvimento Metropolitano (suporte financeiro) e a Agência Metropolitana (AGEM), responsável pela área técnica e de planejamento das ações integradas. Atual presidente do Condesb e prefeito de Bertioga, Mauro Orlandini acompanhou parte dessa luta. Participou 104 Cidade&Cultura

da primeira reunião do colegiado, em 1996, e destaca os inúmeros debates, fóruns e seminários realizados por diversos setores (governamentais, empresariais e entidades de classe), visando à integração da região. Ele lembra que um debate promovido pelo jornal A Tribuna e o Secovi (Sindicato da Habitação) reforçou o projeto dos prefeitos. “Essa reunião possibilitou que o Condesb iniciasse em clima de coalizão”, destaca. Situada em uma faixa de planície litorânea limitada pela escarpa da Serra do Mar (Mata Atlântica), a Baixada Santista é a terceira maior região metropolitana do estado, em termos populacionais. Com cerca de 1,8 milhão moradores fixos, a RMBS chega a receber até cinco milhões de pessoas, principalmente durante o verão. Ao longo dos últimos 20 anos, de acordo com o IBGE, a população cresceu 35%, especialmente com aumento expressivo de habitantes nos municípios de Praia Grande, Mongaguá e Bertioga. Esse crescimento explica-se, sobretudo, pela boa qualidade de vida na região, o turismo, os complexos portuário e industrial e as expectativas geradas com a descoberta de novas reservas de petróleo na camada do pré-sal, na Bacia de Santos, em 2006. Responsável por 2,7% do PIB estadual e cerca de 1% do PIB nacional, a Baixada Santista tem


ALE ANDREAZZI

Cidade Bertioga Cubatão Guarujá Itanhaém Mongaguá Peruíbe Praia Grande Santos São Vicente RMBS

População em 1996 16.707 96.943 230.394 57.717 26.108 40.674 148.512 408.656 277.522 1.303.233

localização privilegiada, está a menos de 70 km da Capital do estado mais rico do País e abriga o Polo Industrial de Cubatão e o Porto de Santos, o maior da América Latina. A metropolização ampliou a representatividade da região junto aos governos federal e estadual. Ao longo das últimas duas décadas, foram muitas as transformações ocorridas e são inegáveis o avanço e o desenvolvimento dos nove municípios que integram a RMBS. Porém, ainda há grandes desafios, o que reforça a necessidade do planejamento e execução de ações integradas, de modo a garantir melhores serviços à população e minimizar os impactos negativos gerados pelo fluxo cada vez maior de cargas e pessoas. Não é rara a rotina de um morador de São Vicente, por exemplo, que trabalha em Cubatão e estuda em Santos; ou daqueles que, diariamente, fazem a travessia Santos-Guarujá para trabalhar no setor portuário ou de serviços. Vale destacar, ainda, que cerca de 30% do comércio exterior brasileiro (exportação e importação) passam pelo Porto de Santos, o que significa, também, grande movimentação de veículos pesados que vão e vêm de outras regiões do

em 2016 57.109 125.047 305.938 94.088 51.380 63.609 295.928 424.599 347.733 1.765.431

Crescimento de 1996 a 2016 242% 29% 33% 63% 97% 56% 99% 4% 25% 35%

estado e do País. Além disso, a descoberta das reservas de petróleo no pré-sal atraiu o interesse de investidores e a região passou a receber importantes investimentos privados (sobretudo na construção civil) e públicos (transporte, acessibilidade, infraestrutura e serviços). Intensificou-se a preocupação com a mobilidade urbana e os desafios logísticos, que vêm sendo analisados e planejados conjuntamente, principalmente pela Agência Metropolitana (AGEM), que elaborou o Plano Metropolitano de Desenvolvimento Estratégico da Baixada Santista (PMDEBS), com o objetivo de garantir o crescimento ordenado da região. A implantação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) também é um excelente exemplo da ação conjunta, amplamente discutida e hoje é uma realidade. Iniciativa do governo do Estado, a obra também recebeu recursos federais. Em funcionamento parcial (finalização da primeira etapa) desde o ano passado, o VLT liga Santos e São Vicente e iniciou a integração com as linhas de ônibus intermunicipais, propiciando aos usuários mais mobilidade, com economia de Costa da Mata Atlântica 105

Fonte: IBGE

Evolução quadro populacional - de 1996 a 2016


Metropolização

tempo e dinheiro, já que é possível utilizar os dois sistemas pagando uma só tarifa. De maneira indireta, toda a população da Baixada Santista irá usufruir dos benefícios do VLT, tendo em vista que a expectativa é de que haja redução do tempo gasto nas viagens entre os municípios. Há, ainda, o ganho ambiental, pois esse meio de transporte tem emissão zero de poluentes e baixo consumo de energia.

As 23 Câmaras Temáticas são distribuídas em 4 Grupos Técnicos (GTs): GT de Mobilidade; GT de Meio Ambiente; GT de Políticas Públicas e Sociais; GT de Desenvolvimento Econômico

AGEM Órgão importante que integra o sistema de planejamento metropolitano, a Agência Metropolitana da Baixada Santista (AGEM) atua como articuladora e fomentadora de políticas de planejamento metropolitano. Exerce a função de agente técnico do Fundo de Desenvolvimento, responsável pelo recebimento, análise e acompanhamento de programas e investimentos, efetuando medições e vistorias de projetos e obras de interesse metropolitano. Trabalha em conjunto com as nove prefeituras e com representantes políticos e da sociedade civil, apoiando ações e inovações que tenham como foco a qualidade de vida da população. A AGEM é uma autarquia vinculada à Secretaria da Casa Civil do governo do Estado, criada em 1998, dois anos após a formação da RMBS.

CONDESB Temas de interesse regional como Mobilidade, Meio Ambiente, Saúde, Habitação, Segurança Pública, entre outros, são debatidos no Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista, órgão colegiado de caráter normativo e deliberativo criado em 1997, logo após a formação da RMBS. É formado pelos prefeitos da região e por representantes de diversas secretarias de Estado, com reuniões ordinárias mensais. Os debates técnicos acontecem em 23 Câmaras Temáticas (CT) instituídas pelo Condesb, com caráter consultivo e atribuições específicas, em função da diversidade de temas. Cada CT é um fórum no qual os técnicos de diferentes órgãos das prefeituras da região e do governo do Estado se reúnem para propor projetos de interesse metropolitano, discutir e apresentar soluções para problemas comuns, além de promover encontros, cursos e seminários regionais.

METROPOLIZAÇÃO A metropolização foi possibilitada pelas Constituições Federal e Estadual, de 1988 e 1989, respectivamente. A Lei Complementar nº 760/94 estabeleceu as diretrizes para organização regional do estado de São Paulo e delegou aos governos das unidades da federação a responsabilidade da criação de novas regiões metropolitanas. O estado de São Paulo conta com seis regiões metropolitanas que compõem a Macrometrópole Paulista: Grande São Paulo, Baixada Santista, Campinas, Vale do Paraíba e Litoral Norte, Sorocaba e a mais recente, Ribeirão Preto, além dos Aglomerados Urbanos de Jundiaí e Piracicaba.

Saúde: equipamentos e mobiliários da UPA Central, em Santos, foram adquiridos com recursos do Fundo Metropolitano 106 Cidade&Cultura

JAIRO MARQUES

ANDERSON BIANCHI

FUNDO DE DESENVOLVIMENTO Para dar suporte financeiro ao planejamento integrado e às ações conjuntas definidas pelo Condesb, foi criado, em 1998, o Fundo de Desenvolvimento Metropolitano da Baixada Santista, que é constituído com recursos do Estado e dos nove municípios, por disposição legal. Ao longo dos últimos 20 anos, o Fundo financiou 206 projetos, com recursos que totalizam mais de R$ 100 milhões.

Segurança: base de radiopatrulhamento aéreo de Praia Grande receberá R$ 2 milhões do Fundo para reforma


DIVULGAÇÃO

Integração: Estação Nossa Senhora das Graças do Veículo Leve sobre Trilhos, em São Vicente

Plano Metropolitano aponta o caminho O futuro que se deseja para a Região Metropolitana da Baixada Santista, levando em consideração as dinâmicas urbanas, econômicas e sociais, tem sua base estabelecida no Plano Metropolitano de Desenvolvimento Estratégico da Baixada Santista (PMDE-BS), elaborado pela AGEM, entregue em maio de 2014. O plano estabelece metas para o desenvolvimento sustentável e ordenado, com alcance de planejamento até 2030. Trata-se de uma plataforma de dados e indicadores dos nove municípios da Região Metropolitana, com projeções e cenários de desenvolvimento nas áreas de Mobilidade Urbana, Habitação, Saneamento e Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico. O objetivo também é orientar o crescimento da RMBS e colaborar com pesquisadores, estudantes, técnicos e, especialmente, gestores públicos das esferas municipal, estadual e federal que têm a responsabilidade de decidir sobre o direcionamento de investimentos a médio e longo prazos. Este instrumento coloca a Baixada Santista, mais uma vez, na posição de pioneira e protagonista, já que a região antecipou-se à lei federal do Estatuto da Metrópole (13.089, de 12 de janeiro de 2015), que torna obrigatório, a partir de 2018, o desenvolvimento de um plano regional integrado para todas as regiões metropolitanas e aglomerados urbanos do País. Assim, enquanto as demais regiões se preparam para desenvolver o seu plano, a Baixada Santista tem o PMDE-BS e inicia em julho, mês comemorativo dos 20 anos de

RMBS, as discussões que resultarão em um projeto de lei a ser levado à apreciação da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, assegurando legalidade e legitimidade ao planejamento metropolitano. Para o acompanhamento das metas apontadas no plano regional, a AGEM, em parceria com uma empresa especializada, trabalha também para desenvolver o SMA (Sistema de Monitoramento e Avaliação). A proposta é que este sistema resulte em uma espécie de observatório metropolitano. De acordo com o diretor executivo da AGEM, Helio Hamilton Vieira Junior, o sistema é a continuidade do plano estratégico. “A ideia é que ele colabore com o fortalecimento da região metropolitana e de cidades mais inteligentes e colaborativas, através da disseminação de dados que orientem e acelerem a tomada de decisões adequadas, em diferentes níveis de governo. Além disso, permita o monitoramento dos indicadores regionais periodicamente, de modo a antever e acompanhar transformações metropolitanas”.

Costa da Mata Atlântica 107


Metropolização

Histórico

A luta pela integração da

Baixada Santista 1959 O prefeito de Santos, Silvio Fernandes Lopes, reúne os líderes da região para articular os planos iniciais com vistas à metropolização

108 Cidade&Cultura

1967 A Baixada Santista é objeto de delimitações formalizadas, sendo incluída no trecho correspondente ao conjunto do Litoral Paulista integrante da unidade regional designada como São Paulo Exterior

1971 Com a cidade de Santos sob intervenção federal, o interventor general Clóvis Bandeira Brasil formaliza por meio de decreto municipal a criação da primeira Comissão de Estudos sobre a Metropolização da Baixada Santista (CEMBS)

1980 Lançada a Campanha de Integração RegionalMetropolização da Baixada Santista pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) e Centro de Integração e Desenvolvimento Empresarial da Baixada Santista

1984 O decreto nº 22.970, de 29/11/1984, cria a Região de Governo de Santos, integrada pelos municípios de Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente. Bertioga ainda é distrito de Santos


ACERVO MUSEU DO PORTO

Vista aérea do Porto década de 1960

1993 O prefeito de Santos, David Capistrano, cria a Secretaria Extraordinária de Assuntos Metropolitanos (SAM), e os prefeitos formam a Coordenadoria Regional de Metropolização (COREME), composta por técnicos das prefeituras da região

1994 O governador Antônio Fleury Filho sanciona a lei complementar estadual nº 760 que permite a criação de regiões metropolitanas no Estado. O então senador e candidato ao governo, Mário Covas, assume o compromisso de priorizar a criação e estruturação da Região Metropolitana da Baixada Santista. A criação do Centro de Ensino e Pesquisa do Litoral Paulista (CEPELUnesp), em São Vicente, constitui-se a primeira experiência de atuação de uma universidade pública na Baixada Santista

1996 Em 30 de julho de 1996 é legalmente instituída a Região Metropolitana da Baixada Santista (Lei Complementar Estadual nº 815/96). O prefeito de São Vicente, Márcio França, é eleito o primeiro presidente do Condesb (Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista) e são instaladas as primeiras Câmaras Temáticas

1998 Regulamentando o Fundo de Desenvolvimento Metropolitano e sancionada a Lei 853 que cria a AGEM (Agência Metropolitana da Baixada Santista), responsável pelo planejamento, integração e execução das funções públicas de interesses comuns entre os municípios da RMBS. O ex-deputado federal Koyu Iha torna-se o primeiro diretor-executivo da autarquia

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Metropolização

Debates e conquistas Condesb discute a regionalização do Porto de Santos, a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e a instalação de universidades públicas na RMBS. Em 2002 é inaugurada a 2ª pista da Rodovia dos Imigrantes. A Universidade Federal do Estado de São Paulo (Unifesp) inaugura o Campus Baixada Santista. A AGEM entrega o Plano Metropolitano de Desenvolvimento Integrado da Baixada Santista (PMDI), o Sistema Cartográfico Metropolitano (SCM), o Plano Viário Metropolitano, o Plano Diretor de Turismo e os Indicadores Metropolitanos

2000-2004

Descoberta do pré-sal na Bacia de Santos. Implantação do Programa Onda Limpa, pela Sabesp, com finalidade de integrar 95% das redes residenciais da Baixada Santista às redes de abastecimento de água e de coleta e tratamento de esgoto. Entrega do Plano Cicloviário Metropolitano, que prevê a extensão da malha cicloviária em todos os municípios da Baixada Santista. Implantação da Sinalização Turística de Caráter Metropolitano (Sinaltur)

2006 a 2008 2009-2010 2005 Incentivo ao desenvolvimento turístico com as rotas: Circuito dos Fortes e Caminhos de Anchieta. Identificadas e delimitadas 64 Unidades de Informações Territorializadas (UITs) na RMBS em estudo promovido com a finalidade fornecer informações sobre a dinâmica socioambiental. Inauguração do heliponto da Polícia Militar em Praia Grande. A região passa a contar com o apoio de helicópteros para o patrulhamento aéreo

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Projeto de cooperação técnica possibilita a realização de um intercâmbio com a participação da AGEM e dos prefeitos da RMBS com finalidade de conhecer os sistemas de tratamento de resíduos sólidos da Baviera, considerado um dos estados mais evoluídos industrialmente, na Alemanha. Trecho sul do Rodoanel passa a interligar cinco rodovias do interior ao litoral paulista pelo Sistema Anchieta-Imigrantes. É lançado o livro Patrimônio Histórico, Cultural e Natural da RMBS


DIVULGAÇÃO

Vista Caminhos do Mar

Iniciadas as obras para implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), ligando São Vicente e Santos. Lançado o projeto do Túnel Submerso SantosGuarujá. Apresentado projeto executivo para as obras da entrada da cidade de Santos com a finalidade de eliminar gargalos viários. Reabertura da trilha Ecoturismo Caminhos do Mar. A RMBS passa a ter um macrozoneamento definido no Zoneamento Ecológico e Econômico (ZEE). Articulação do Condesb junto ao governo federal inclui a RMBS no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), destinado a obras e projetos de mobilidade urbana na região

Início das operações do VLT. A AGEM inicia a contratação do Sistema de Monitoramento e Avaliação (SMA) do Plano Metropolitano. Iniciadas as tratativas para elaboração do Plano Regional de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Baixada Santista (PRGIRSBS). É sancionada a lei federal do Estatuto da Metrópole e a RMBS deve se adequar ao novo marco legal.

2013

2015

2011-2012 2014 Instalada a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Póli-USP), na Escola Estadual Cesário Bastos, em Santos. Guarujá recebe concessão para exploração do aeroporto civil metropolitano na Base Aérea de Santos

A AGEM entrega o Plano Metropolitano de Desenvolvimento Estratégico (PMBDE-BS), o primeiro plano estratégico integrado de uma região metropolitana no País, contendo metas e indicadores de desempenho. A Petrobras inaugura sua unidade de operações em Santos. Estudos para análise da viabilidade de implantação do modal hidroviário na Baixada Santista são retomados pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). A RMBS recebe três delegações que disputam a Copa do Mundo no Brasil: Bósnia, Costa Rica e México

2016

A RMBS completa 20 de institucionalização. A AGEM trabalha para adequar seu Plano Estratégico ao Estatuto da Metrópole. A região se prepara para receber delegações dos Jogos Olímpicos Rio-2016. Estado autoriza concessão do aeroporto de Itanhaém e Guarujá concede à iniciativa privada a construção e exploração do Aeroporto Civil Metropolitano. Fonte: Jornal A Tribuna/ Site Novo Milênio/ Acervo AGEM

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Pontos

SECOM DE CUBATÃO

Roteiro

estratégicos

Caminho do Mar - Cubatão

Uma das vias mais importantes para a colonização brasileira, o Caminho do Mar, que transpõe a Serra do Mar, foi decisivo na expansão territorial e palco de histórias através dos séculos. Por ali passaram índios, jesuítas, escravagistas, mineradores, tropeiros, barões do café, príncipes e princesas, regentes e imperadores que, ao longo do percurso, foram deixando suas marcas. O trajeto tem início em Cubatão e termina onde hoje é São Bernardo do Campo. O que antes era apenas uma trilha, em 1913 foi revestida com macadame (três camadas de pedras com valas laterais). Em cada curva temos muita história e monumentos que traduzem a evolução econômica do Brasil. Estrada da Maioridade Em 1844, recebeu o nome de Estrada da Maioridade devido à emancipação de D. Pedro II. Em 1917, recebeu 112 Cidade&Cultura

pavimentação de concreto (a primeira da América Latina), possibilitando um tráfego mais intenso. Entre 1926 e 1930, Washington Luís, então presidente, recuperou a estrada tornando-a uma das mais modernas do mundo na época. Mas as obras não ficaram apenas na pavimentação: foram contratados o engenheiro Victor Dubugras e o azulejista Ivan Wasth Rodrigues, que ilustrou a história brasileira em paredes das construções. Ambos fizeram verdadeiras obras de arte no percurso, com edificações primorosas por sua elegância e personalidade, granito e ensilharia portuguesa, cercadas de paisagens magníficas do mar e próximas de fontes de água, após um trabalho de pesquisa para registrar os antigos pousos e marcos do caminho histórico instalados antes mesmo de os colonizadores portugueses chegarem. Temos o Rancho da Maioridade, o Paredão do Lorena, o Pontilhão da Raiz da Serra, o Belvedere Circular, o Pouso Paranapiacaba e o Cruzeiro Quinhentista.


ACERVO CAIÇARA EXPEDIÇÕES

Calçada do Lorena Datada de 1790, com 50 km avançando por 700 metros de desníveis e mata densa, a Calçada do Lorena é considerada uma das grandes obras de engenharia colonial. Recebeu esse nome porque sua construção foi determinada pelo go-

vernador da capitania de São Paulo, Bernardo José Maria de Lorena. Era por esse caminho que D. Pedro seguia, quando decretou, em 1822, a independência do Brasil. Operadora Caiçara Expedições – (13) 3466-6905 – www.caicaraexpedicoes.com.

Quando Bertioga ainda era distrito de Santos, foi construída em 1910 a Usina Hidrelétrica de Itatinga com o objetivo de fornecer energia elétrica ao porto de Santos e a cidades adjacentes. Instalada no rio Itatinga, com equipamentos alemães e americanos, deu ao porto de Santos o status de único porto do mundo a possuir sua própria hidrelétrica, o que representava uma enorme autonomia para sua expansão. No local, em meio à mata fechada da Serra do Mar, foi construída também uma

vila em estilo inglês para os funcionários, com 70 casas, comércio, igreja e escola. Está localizada a uma hora e quarenta minutos de Santos e seu acesso se dá por Bertioga pelo rio Itapanhaú em balsa (5 minutos) e depois por bondinho (7,5 km). Se quiser ter mais emoção, também é possível navegar pelo próprio rio Itapanhaú (45 minutos) e, em uma trilha, seguir até a vila. Operadora Caiçara Expedições – (13) 3466-6905 – www.caicaraexpedicoes.com.

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MARCOS PIFFER

Usina Hidrelétrica de Itatinga - Bertioga


Roteiro

ELIAS GOMES - EXPRESSÃO STUDIO

Ilha do Mudde (do árabe, referência, padrão), Ilha do Mudo, Ilha das Cobras (século XVIII), Ilha das Cabras (quando virou propriedade de um criador de cabras, no século XIX) e Ilha Porchat (adquirida pela família Porchat): muitos nomes e muita atividade se referem a esta ilha desde a chegada dos portugueses, que a consideravam ponto de referência em suas cartas náuticas. Foi ocupada definitivamente, no século XVIII, por pescadores e ex-escravos e se tornou palco de lendas por conta de sua gruta que só permite acesso na maré baixa. Separada pelo mar na maré cheia, os visitantes e moradores iam para a ilha em cadeirinhas puxadas à mão; mais tarde, o trecho foi aterrado e permite acesso livre. Atualmente, a Ilha Porchat é conhecida por suas casas noturnas que atraem multidões para desfrutar de muita música e da paisagem, sempre magnífica. Em homenagem aos 500 anos da descoberta do Brasil, Oscar Niemeyer projetou o Mirante que, em uma linha imaginária, aponta para o Congresso Nacional, em Brasília.

Teleférico - São Vicente Reserve pelo menos uma hora do seu dia para fazer este passeio de teleférico bem em frente à praia do Itararé. São 20 minutos entre subida e descida, um percurso de 700 metros a 170 metros de altitude. Ao desembarcar, no alto do morro do Voturuá, a vista das praias de São Vicente e Santos deslumbra qualquer um. No local há um restaurante com comidas típicas da região e a rampa de salto “Cleber Talarico” para praticantes de voo livre. Aberto de terça a domingo das 10h às 18h. Onde: Avenida Ayrton Senna da Silva, 500 – (13) 3469-7755.

114 Cidade&Cultura

FOTOS MARCIO MASULINO

Ilha Porchat – São Vicente


Uma mistura de argila, água do mar, luz solar, material fluvial orgânico e inorgânico mais a ação de agentes naturais resultou na maior jazida de lama negra terapêutica do mundo. Situado às margens do rio Negro, no Jardim Veneza, em Peruíbe, o Complexo Termal de Lama Negra purifica a lama para aplicação em tratamentos de artrite, artrose (sistema osteomioarticular), psoríases, cloasmas, parasitoses, cicatrizes, queimaduras, estresse, ansiedade, manchas, rugas, acnes e envelhecimento precoce. Um corpo médico atua nos procedimentos. Desde antes da chegada dos portugueses, os índios já faziam uso da lama milagrosa para fortalecer os ossos. Análises técnicas constataram que a lama é livre de qualquer componente tóxico à saúde humana e não causa alergia ou irritação, se usada de maneira correta. Funciona de segunda a sexta-feira das 7h30 às 16h30 e aos sábados e domingos das 8h30 às 16h30. Onde: Av. Dr. Mário Covas, 204 – (13) 3455-2463.

SHUTTERSTOCK

Complexo Termal de Lama Negra – Peruíbe

Turismo Ufológico - Peruíbe Sim, é isso mesmo: Roteiro Ufológico em Peruíbe! Segundo moradores, as aparições de objetos voadores não identificados a cada ano se tornam mais intensas, por isso a Prefeitura Municipal criou um roteiro com locais onde foram feitos avistamentos de OVNIs. Há 14 anos, a cidade realiza o Congresso Ufológico de Peruíbe, que atrai centenas de ufólogos e curiosos do país inteiro, o que acabou dando à cidade o título de “Capital Nacional do Disco Voador”, diante da seriedade com que trata do assunto. Os interessados em fazer esse roteiro passam pelos seguintes pontos: Pedra da Serpente no morro dos Itatins onde, segundo a lenda, dentro da rocha vive um sobrevivente alienígena, pois é comum bolas iluminadas saírem do local; ilha da Queimada Grande, onde naves entram e saem do mar, como se ali fosse uma base submarina; região do Guaraú; praia do Perequê, com relatos de muita proximidade com os OVNIs; praia da Barra do Una, com avistamento de extraterrestres que saíram de dentro de bolas iluminadas; bairro de São José, com marcas de pouso de aeronave deixadas no chão; praia de Peruíbe e Costão, com facilidade de avistamento. Agendamento: Secretaria de Turismo – (13) 3455-9426.

Monumento “Mulheres de Areia” Itanhaém

ALF RIBEIRO - EXPRESSÃO STUDIO

A vida imitando a arte. É isso que podemos considerar diante da escultura que projetou Itanhaém no Brasil inteiro por meio da novela Mulheres de Areia, filmada na cidade, em 1973. Na trama original, Tonho da Lua, um dos personagens principais, interpretado por Gianfrancesco Guarnieri, era um escultor de areia que retratava Ruth, sua amada. O sucesso foi tão grande que a cidade se viu às voltas com muitos turistas querendo acompanhar as gravações e ver Eva Wilma e Carlos Zara atuando como par romântico. As esculturas eram feitas pelo ator Serafim Gonzalez. Onde: Praia dos Pescadores. Costa da Mata Atlântica 115


Roteiro

KEN CHU - EXPRESSÃO STUDIO

Parque Turístico Ecológico A Tribuna – Mongaguá Área destinada à educação ambiental, com 15 mil m². O Parque possui recinto para jabutis, um serpentário, o Viveiro Interativo de Aves, e ali vivem quatis, jacarés, tucanos e gaviões. Há 15 aquários tropicais e marinhos, acervo de conchas, sementes, pedras e areias de todas as praias do litoral de São Paulo, animais conservados em formol, além de muita informação sobre os mais diferentes temas ambientais. Aberto de terça a domingo das 8h às 16h. Onde: Av. Governador Mário Covas Jr., 10.410. SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO DE MONGAGUÁ

Poço das Antas – Mongaguá Uma linda cachoeira que, ao cair, forma uma piscina natural, circundada por mata com trilhas para outras quedas d’água e infraestrutura contendo banheiros, pontes, lanchonetes e estacionamento. Aberto de segunda a domingo das 8h às 17h. Onde: Rua das Cascatas, s/n.

Monumento São Pedro Pescador - Mongaguá

KEN CHU - EXPRESSÃO STUDIO

Em 1998, o renomado escultor Manolo Saez, de Abrantes, Portugal, foi convidado a esculpir a estátua de São Pedro Pescador, a pedido da Secretaria de Cultura do Estado. Manolo é reconhecido internacionalmente e suas obras estão espalhadas por todos os continentes. Aqui, nesse monumento, o artista imprimiu toda a magnitude e força à peça de 4 metros de altura, esculpida em bronze. Onde: Praça de Eventos Dudu Samba. 116 Cidade&Cultura


Portinho - Praia Grande

FOTOS MARCIO MASULINO

Um dos lugares mais aprazíveis de Praia Grande, o Portinho ainda mantém o charme de décadas passadas, com suas áreas para os saudosos piqueniques. Cercado de árvores frondosas, o local é muito agradável para quem gosta de pescar e se divertir com a família. Abriga o Museu da Mata Atlântica, uma quadra de futebol, um parquinho infantil, quiosques com churrasqueiras, escola de remo e vela. Onde: Rua Paulo Sérgio Garcia.

Orquidário Municipal José Sanchez Alarcon Praia Grande São mais de cinco mil exemplares de orquídeas, e monitores ensinam como cultivar cada espécie. A área de 375 m² está dividida entre o viveiro e a estufa. Aberto de segunda a sexta das 8h às 16h30. Onde: Rua José Bonifácio s/n.

Memorial das Conquistas - Santos FC Inaugurado em 2003, o Memorial das Conquistas faz parte do mais emblemático estádio de futebol do mundo: Estádio Urbano Caldeira – Vila Belmiro. Com visitantes do mundo inteiro, este local abriga um enorme acervo de troféus, uniformes, bolas de partidas importantes, sala de projeção e uma loja com roupas e obje-

tos da marca Santos FC. Para os amantes do futebol, vale a pena a visita, pois retrata também um pouco da história do Brasil, quando Pelé levou para o exterior uma nova visão do nosso país. Aberto de terça a domingo das 9h às 18h. Onde: Rua Princesa Isabel, s/n° - (13) 3257-4099. Costa da Mata Atlântica 117


Roteiro

Monte Serrat - Santos

FOTOS MARCIO MASULINO

Histórico, mágico, cheio de lendas e, principalmente, do glamour do início do século passado, tudo isso gravado nas escadarias e nas paredes do Cassino, totalmente preservado. Para subir seus 147 metros de altura, você pode enfrentar os mais de 400 degraus com paradas exibindo ícones da Via Crucis, ou optar pelo charmoso bonde funicular, datado de 1927. Considerado um dos passeios mais interessantes da cidade, o Monte Serrat reserva ao visitante uma vista de 360° de toda a ilha e a Igreja de Nossa Senhora do Monte Serrat. O bonde funciona diariamente das 8h às 20h. Onde: Praça Correio de Melo, 33 – (13) 3221-5665.

Linha Bonde Turístico - Santos Ao longo de 1.700 metros, com 40 minutos de duração, o visitante desfruta de um passeio pelo Centro Histórico de Santos, que guarda verdadeiros tesouros, principalmente da época do auge do café. Os bondes utilizados datam, em sua maioria, do início do século passado e, estando totalmente restaurados, dão um tom de beleza e autenticidade ao passeio, recheado de curiosidades contadas pelos monitores. Funciona de terça a domingo das 11h às 17h. Onde: Praça Mauá.

Parque Zoobotânico e Orquidário Municipal - Santos De uma coleção particular de Júlio Conceição, morto em 1938, surgiu em 1945, o Orquidário de Santos que, desde o início, teve como principal objetivo a preservação de espécies nativas em um local lindo, fresco e repleto de atrações para toda a família. Sua área de 22 mil m² recebe o nome de parque zoobotânico por sua biodiversidade. Abriga ainda cerca de 450 animais silvestres. Aberto de terça a domingo das 9h às 18h. Onde: Praça Washington, s/n. 118 Cidade&Cultura


MARCOS PIFFER

Aquário Municipal - Peruíbe

Acqua Mundo - Guarujá

Com representação de 15 ecossistemas aquáticos, o maior destaque é o tanque de 16 mil litros com vários tubarões. Também há 80 espécies de peixes, crustáceos, anfíbios e répteis. É lindo ver peixes de recife, como o bodião-rei. O tanque de contato faz a festa dos mais curiosos, com seus ouriços-do-mar, pepinos-do-mar, anêmonas e ermitãos. Aberto de segunda a sexta das 10h às 18h e aos sábados e domingos das 9h às 19h. Onde: Avenida Governador Mário Covas Junior, 205 – (13) 3453-1568.

São mais de 5 mil m², um milhão e quatrocentos mil litros de água, 49 espaços temáticos e uma centena de animais marinhos surpreendentes, entre eles a iguana verde, o gecko-leopardo, tubarões, raias e tartarugas. Vale a pena a visita com monitor e também saber os horários de alimentação dos animais. Divertido, bonito e pedagógico. Confira e vá! Aberto de segunda a domingo a partir das 10h e, dependendo do dia da semana, até as 22h. Onde: Avenida Miguel Stéfano, 2.001 – (13) 3398-3000.

Aquário Municipal - Santos Um dos locais mais visitados do Estado de São Paulo, o Aquário Municipal está na lembrança de muitas gerações. Atualmente, reformado e mais didático, oferece ao visitante tanques temáticos importantes, como o dos pinguins, o do lobo-marinho, o amazônico, entre tantas outras atrações, como tubarões, pacus, tartarugas, polvos, recifes de corais etc. Sua fachada foi criada pelo ambientalista Robert Wyland. Aberto de terça a sexta-feira das 9h às 18h e aos sábados, domingos e feriados das 9h às 20h. Onde: Av. Bartolomeu de Gusmão, s/n – (13) 3278-7830.

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Turismo náutico

emoções

Um oceano de

A BELEZA NATURAL QUE O MAR OFERECE É INDISCUTIVELMENTE UMA DAS COISAS MAIS FASCINANTES PARA O SER HUMANO. Talvez por ser ainda um grande mistério, o mar se reveste de grande imponência para o homem, que não o pode dominar. Salpicado de ilhas, ilhotas, istmos e fauna diversa, a vida marinha nos encanta e nos embala em suas ondas e marolas.

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Bertioga Passeio no Rio Itapanhaú O município de Bertioga possui 83% de Área de Preservação Permanente (APP). E, pelo rio Itapanhaú, podemos conhecer uma parte dessas maravilhas naturais e também muita história. Ruínas da Ermida de Santo Antônio, manguezais, a Usina de Itatinga e o Poço do Robalo são algumas dessas atrações. Visitação: através da operadora Adrenalina Pescaria & Turismo – (11) 99480-2816.

Canal de Bertioga Um dos marcos da colonização brasileira, este canal de 30 km de extensão está margeado pelas cidades de Bertioga, Guarujá e Santos. Além de atrativos históricos como os fortes São João e São Felipe e os sambaquis, podemos desfrutar dos manguezais, da pesca, das marinas e das comunidades caiçaras. Por um capricho da natureza, o canal forma um braço de mar que encanta e, por sua baixa densidade populacional ribeirinha, nos surpreende com sua fauna típica, como a tainha e os caranguejos maria-mulata e uçá. Onde: Píer Canal de Bertioga.

Itanhaém Saindo da barra do rio Itanhaém, o que mais deslumbra o visitante são as aves típicas locais, como o biguá, o colhereiro e o guará. Mais acima, admiramos o encontro das águas dos rios Preto e Branco, que formam o rio Itanhaém, e, já no rio Preto, observamos a transição do manguezal para a restinga, com uma parada em praia com quiosques para piquenique e também locação de caiaques. Operadora: Caiçara Expedições – (13) 3466-6905 ou (13) 98142-0151.

Praia Grande Um percurso rico em manguezais no Mar Pequeno até a Ilha Porchat e as praias do Gonzaguinha e Paranapuã. Operadora Transmarítima (13) 99743-1785.

Cubatão Passeio rio Cubatão em meio ao mangue e com vista para a biodiversidade deste ecossistema fundamental para a vida marinha.

Santos Em Santos, o passeio de escuna nos leva pela Fortaleza da Barra, as praias do Góes, Cheira- Limão e Sangava, a ilha das Palmas, o Iate Clube e o Porto de Santos. Há também o passeio pedagógico ao Porto de Santos com atenção voltada aos processos de carga e descarga de mercadorias dos navios mercantes. Operadora: Escuna Genesis – (13) 98112-0765 ou (13) 99602-8211 – Santos.

Peruíbe MARCIO MASULINO

Pousada, Camping e Restaurante do Porto passeio em volta da ilha do Ameixal (13) 99730-7236 Barra do Una - Peruíbe

Em Peruíbe é possível visitar de barco a praia de Guarauzinho, a ilha do Guaraú , o rio Guaraú e o Rio Negro. Um dos passeios mais inesquecíveis pela variedade de paisagens e de praias totalmente preservadas. Operadora Pier Box – (13) 3458-5276 – Peruíbe. Costa da Mata Atlântica 121


FOTOS MARCIO MASULINO

Turismo náutico

DIVULGAÇÃO

Estes acidentes geográficos sempre viveram em nosso imaginário como sendo lugares cheios de mistérios, encantamentos e pequenas porções do paraíso. Na Baixada Santista existem muitas ilhas de vários tamanhos e de diversos tipos de ocupação. Além das ilhas pequenas, não podemos esquecer que a cidade de Guarujá está totalmente em território da Ilha de Santo Amaro e Santos e São Vicente, parte de suas terras estão na Ilha São Vicente. Porém, a maioria das ilhas possui mata nativa e algumas com proibição de visitação. O trapiche era o local onde as embarcações atracavam. O porto de Santos começou com trapiches espalhados por toda sua área. Ainda vemos estas interessantes construções salpicadas às margens de rios e canais. O tempo passou e as marinas contam com uma excelente infraeestrutura para abrigo das embarcações.

Ilha das Palmas Na época em que o porto de Santos era considerado insalubre aos marinheiros vindos de outros países devido as doenças locais, a ilha das Palmas foi o local escolhido para abrigo dos mais temerosos. Em 1935, foi fundado o Clube de Pesca de Santos, que todos os anos promove festas inesquecíveis como as de São Pedro e do Reveilllon. Onde: Guarujá. 122 Cidade&Cultura


Santos •Laje de Santos •Urubuqueçaba •Barnabé •Diana •dos Bagres

Ilha dos Arvoredos - Fundação Lee Um verdadeiro paraíso para os amantes da preservação do meio ambiente, a Ilha dos Arvoredos abriga verdadeiros tesouros históricos: as invenções no mínimo inusitadas, criadas pelo engenheiro mecânico Fernando Lee. Lee registrou passagens pela indústria norte-americana, sendo condecorado por isso, mas o que ele queria era a vida encantada em sua ilha, onde pôde colocar toda a sua imaginação a serviço da pesquisa. Faleceu em 1994, porém seu legado persiste na Fundação Lee, que atua em pesquisas científicas de energia solar, eólica e ondas marinhas. Onde: Guarujá.

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Guarujá •das Palmas •Pompeba •das Cabras •do Perequê •do Mar Casado •do Mato •Rasa •da Moela •dos Arvoredos

THIAGO ANDRADE

Bertioga •Monte Pascoal (Praia de São Lourenço)

São Vicente •Porchat (do Mudo) •Praia Grande Itanhaém •Laje Nossa Senhora da Conceição •das Cabras Peruíbe •Guaraú •Ilha da Queimada Grande

Ilha do Mar Casado Na divisa entre as praias de Pernambuco e Sorocotuba, está a Ilha do Mar Casado que recebe este nome pelo encontro das águas do mar, na maré cheia, que a circundam. Na maré baixa podemos ver o tômbolo, formação rara no estado de São Paulo, que é uma estreita faixa de areia que liga a ilha a praia. Onde: Guarujá.

FOTOS INSTITUTO CHICO MENDES

Ilhas da Queimada Grande e da Queimada Pequena Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE), sob a supervisão do Instituto Chico Mendes, é um dos lugares mais inóspitos do planeta por ser habitat de imenso número de exemplares da cobra jararaca-ilhoa. Calcula-se que existam duas mil serpentes espalhadas em 58 hectares, o que faz dele o local mais perigoso do mundo. Portanto, a visitação se restringe a pesquisadores altamente capacitados. A jararaca-ilhoa é endêmica e não há predadores; sobrevivem de aves e seus ovos. A base da produção do antídoto para a jararaca-ilhoa é a mesma do antídoto para a jararaca do continente, porém, o procedimento de aplicação é diferente. A dose a ser tomada deve ser quatro vezes maior do que no caso de picadas de outras jararacas. Onde: Peruíbe/Itanhaém.

Costa da Mata Atlântica 123


Turismo Rural

Vivenciar a

ruralidade

APESAR DE ESTARMOS FALANDO SOBRES CIDADES DIRETAMENTE LIGADAS A ATIVIDADES MARÍTIMAS, não podemos esquecer que, desde o princípio da ocupação destas terras, a agricultura foi um fator determinante no desenvolvimento da região. A primeira sesmaria concedida no Brasil, em 1532, doada por Martim Afonso de Souza a Pero Goes, ocupava o que hoje corresponde a áreas de Cubatão e a uma parte da Área Continental de Santos. Os colonizadores preferiam se estabelecer na mata mais profunda, pois viver em frente ao mar não era recomendado devido aos fortes ventos, às tempestades e a ressacas intensas. Um exemplo da inconstância do mar ocorreu quando da devastação da Vila de São Vicente, na praia do Gonzaguinha, em 1541: uma onda enorme adentrou a terra e destruiu todas as construções da vila, que até hoje permanece submersa. Então, o cultivo da cana-de-açúcar e depois o da banana fixaram o caiçara também em terras agrícolas. Espalhados em sítios, pequenos produtores até hoje subsistem da lavoura de hortaliças, banana, pupunha e flores ornamentais. Alguns começam a abrir suas porteiras ao Turismo Rural e oferecem ao visitante uma gama de atividades. 124 Cidade&Cultura

Sítio Itabatatinga Quem viaja pela rodovia Cônego Domênico Rangoni, não imagina que suas margens estão repletas de histórias e lugares maravilhosos a serem visitados. No caso, o sítio Itabatatinga é um dos maiores exemplos da diversidade de atividades da região, pois está inserido na Mata Atlântica em uma antiga fazenda do século XIX, onde podemos explorar a antiga sede, a senzala e ruínas de um alambique. No local há playground, tirolesa, churrasqueiras, plantações de jaca, frutas silvestres, aves, uma gruta e a Fonte dos Amores. Neste espaço de 400 m², podemos desfrutar um dia inteirinho com toda a família. Agendamento: Caiçara Expedições – (13) 3466-6905 - Santos.

Estância Diana Também na Rodovia Cônego Domênico Rangoni encontramos a Estância Diana. Antiga fazenda de banana, que gerou muita riqueza para a região, atualmente se dedica à criação de búfalos da raça murrah e ao cultivo de palmeiras e plantas exóticas do mundo todo. Agendamento: Caiçara Expedições – (13)3466-6905 - Santos.

FOTOS MÁRCIO MASULINO

Rancho Arco-Íris


ALF RIBEIRO EXPRESSÃO STUDIO

A cachaça vem dos melhores alambiques de Minas Gerais e os eventos vão do boi no rolete à tradicional costela no bafo. Onde: Estrada da Cachoeira, 981 - (13) 99672-1962 Mongaguá.

FOTO MÁRCIO MASULINO

Cachaçaria Fazenda

Hípica Itanhaém Um charmoso local de descontração para a família toda. Conta com um campo de golfe, o Golf Center, com nove buracos de até 102 jardas. Na hípica, aulas de equitação em pista aberta ou fechada e a Equoterapia. Aos finais de semana, o restaurante oferece pratos, porções e drinks deliciosos. Onde: Avenida Conceição de Itanhaém, 2.450 – (13) 3247-5588 – Itanhaém.

Pesqueiro Vale da Serra

Ranchos e Pesqueiros Rancho & Pesqueiro Arco-Íris Estrada do Cajueiro, 3.315 - Peruíbe. Sítio Costinha Estrada do Cossoca, s/n - Peruíbe. Pesqueiro Tô na Boa Estrada da Fazenda Barigui, 175 - Água Branca - Mongaguá.

Pesqueiro e Pousada Fazenda Estrada da Fazenda s/n - Mongaguá. Pesqueiro Vale da Serra Estrada da Água Branca s/n - Itanhaém. Colina Pesqueiro Av. Marginal, 530 - Mongaguá.

Costa da Mata Atlântica 125


MARCIO MASULINO

Dados Estatísticos

s Especificaçõe

Ao todo são nove cidades que compõem o Circuito Costa da Mata Atlântica: Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente. Juntos, esses municípios perfazem mais de um milhão e setecentos

Clima

mil residentes, segundo a estimativa para 2015 do IBGE e

Tropical

representam 4% da população e 4% do PIB do Estado de São Paulo e 1,2 do PIB nacional.

Rodovias de acesso SP-150 – Rodovia Anchieta

Gentílico

SP-160 – Rodovia dos Imigrantes SP-55 – Rodovia Padre Manuel da Nóbrega

Bertioga – bertioguense

SP-55 – Rodovia Cônego Domênico Rangoni (Piaçaguera–Guarujá)

Cubatão – cubatonense Guarujá – guarujaense

SP-98 – Rodovia D. Paulo Rolim Loureiro (Mogi–Bertioga)

Itanhaém – itanhaense

BR-101 – Rodovia Dr. Manoel Hyppolito do Rêgo (Rio–Santos)

Mongaguá – mongaguano

BR-116 – Rodovia Régis Bittencourt

Peruíbe – peruibense

BR-116 – Rodovia Presidente Dutra

Praia Grande – praia-grandense Santos – santista

Total do território da região

São Vicente – vicentino

56.555 127.006 290.752 96.222 52.492 65.226 299.261 433.966 355.542 126 Cidade&Cultura

490.148 142.879 143.577 601.845 141.865 324.549 147.065 280.674 147.893

São Paulo Ber oga Cubatão Guarujá Itanhaém Mongaguá Peruibe Praia Grande Santos São Vicente

118 118 58 98 112 99 140 78 73 73

58 50

50 37 103 90 130 67 67 62

32 55 43 83 18 18 13

98 37 32 85 73 113 50 12 44

112 103 55 85 18 29 45 56 50

99 90 43 73 18 44 34 45 38

140 130 83 113 29 44 72 84 77

14 14

en te

São

Vic

de 78 67 18 50 45 34 72

San tos

ran aG

e

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Pe rui b

ém Mo nga guá

nh a

Ita

Gu aru já

Cu ba tão

Be r o ga

Distância entre as cidades (em km)

São

População Área territorial 2 estimada em 2015 (emkm km2)) (em (dadosIBGE) IBGE) (dados

Pau lo

2.420 KM²

73 67 18 12 56 45 84 14 8

73 62 13 44 50 38 77 14 8



Hotel Toriba

Publieditorial

na montanha

É o hotel de montanha mais alto do Brasil – quase 1.800 metros de altitude! – e está situado em meio a uma natureza exuberante, cercado por dois milhões de metros quadrados de área privativa, mata nativa com árvores centenárias, animais silvestres e cachoeiras. Nessa área, aliás, está localizada a mais alta nascente cujas águas correm para o Atlântico. O clima é ameno, o ar sempre puro e fresco. De “brinde”, vistas deslumbrantes para a Pedra do Baú e a Serra da Mantiqueira. Os hóspedes do Toriba têm à disposição, para exercitar o corpo e embevecer a alma, inúmeras trilhas em meio às matas da Serra da Mantiqueira. São mais de quinze quilômetros de trilhas, abertas e demarcadas, gramadas e sombreadas, sinalizadas e protegidas, com níveis variados de dificuldade. Nos pontos em que as trilhas se encontram abrem-se clareiras, com bancos para o descanso e a contemplação. Completamente integrado à natureza, o Toriba tem estrutura de um resort de luxo: piscinas com água aquecida, hidromassagem ao ar livre, quadra de tênis, fitness center, health club e o Spa Toriba by L’Occitane. Tem também dois dos melhores restaurantes de Campos do Jordão, o Pennacchi e o Toribinha Bar & Fondue. Por tudo isso, há 73 anos esse ícone da hotelaria brasileira proporciona aos seus hóspedes uma experiência verdadeiramente única! Informações e reservas pelos telefones 0800178179 e (12) 3668-5000. Onde: Av. Ernesto Diederichsen, 2962 - Campos do Jordão. 128 Cidade&Cultura

FOTOS DIVULGAÇÃO

Uma experiência



Depoimento

Entregue à população em 1914, a Ponte Pênsil fez parte do projeto de saneamento de Saturnino de Brito. Hoje é um dos mais belos atrativos da região

companheiro Despedimo-nos desta jornada repleta de aventuras e histórias magníficas e, em todas elas, conhecemos muitas pessoas de diversas origens e etnias. Fomos recebidos com calor, carinho e atenção por índios, caiçaras, agricultores, estivadores, estrangeiros, empresários e industriais que, em seus de130 Cidade&Cultura

poimentos, sempre demonstraram grande orgulho pelo local em que nasceram ou onde resolveram fazer sua vida. Uma viagem ao passado e também ao futuro, pedagógica, de puro deleite e contemplação do mar e da mata. Realmente uma região diversificada, rica e envolvente.

MARCIO MASULINO

O mar como




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