Circuito das Frutas - cultura, história e turismo

Page 1


CIRCUITO DAS FRUTAS

cultura, história e turismo

ATIBAIA INDAIATUBA ITATIBA ITUPEVA JARINU JUNDIAÍ LOUVEIRA MORUNGABA VALINHOS VINHEDO

CIRCUITO DAS FRUTAS

cultura, história e turismo

PREFÁCIO FOREWORD

É com grande orgulho que me dirijo a você, leitor, para apresentar esta obra: um convite para descobrir e viver o que há de melhor no interior do nosso Estado de São Paulo.

À frente de Itupeva como prefeito e, ao mesmo tempo, honrado em exercer a presidência do Circuito das Frutas, tenho o privilégio de acompanhar de perto a força da nossa região.

Os dez municípios que formam o Circuito das Frutas — Atibaia, Indaiatuba, Itatiba, Itupeva, Jarinu, Jundiaí, Louveira, Morungaba, Valinhos e Vinhedo — compõem um território privilegiado: frutífero, culturalmente rico, estrategicamente localizado e pronto para receber todos que nos visitam.

Desde a criação oficial do Polo Turístico, o Circuito das Frutas tem se destacado por valorizar o turismo rural e a produção que nos deu identidade: uva, morango, pêssego, goiaba, ameixa, caqui, figo e tantas outras delícias.

Para quem procura fugir do ritmo acelerado da metrópole, nossa região oferece proximidade ao campo, às tradições, à culinária com sabor da fazenda, vinícolas artesanais, alambiques, e o legado dos imigrantes que povoaram estas terras.

Como presidente do consórcio, enxergo com clareza os desafios e as oportunidades que temos: fomentar o turismo, integrar municípios, valorizar a produção local, qualificar o atendimento, aprimorar a infraestrutura e diversificar experiências. Em 2025, avançamos de forma concreta — com nova diretoria, plano estratégico e presença nas maiores feiras de turismo, mostrando que estamos prontos para voar ainda mais alto.

Este material nasce como uma ferramenta de promoção e valorização do nosso território. Queremos que empresários, agentes de turismo, governos e, sobretudo, o público conheçam o que temos de mais genuíno. Aqui estão histórias, roteiros, vivências, tradições e o coração pulsante de uma região que une produção, lazer, natureza, cultura e sabor.

Convido você a embarcar nesta leitura com o olhar curioso de quem quer sentir o interior. Imagine-se colhendo frutas do pé, respirando o ar puro das fazendas, saboreando um café da roça, conhecendo vinícolas, pedalando por estradas rurais e participando de festas que celebram nossas colheitas. Cada cidade tem seu encanto, mas juntas formamos um destino turístico com identidade única: o Circuito das Frutas.

Venha descobrir, saborear e viver essa experiência. Leve com você o aroma, as cores e a hospitalidade da nossa terra.

Juntos, faremos do Circuito das Frutas um destino de interior, referência para todo o Estado de São Paulo.

It is with great pride that I address you, dear reader, to present this work: an invitation to discover and experience the very best of the countryside of our State of São Paulo.

As Mayor of Itupeva and, at the same time, honored to serve as President of the Circuito das Frutas (Fruit Circuit), I have the privilege of witnessing firsthand the strength and vitality of our region.

The ten municipalities that form the Circuito das Frutas — Atibaia, Indaiatuba, Itatiba, Itupeva, Jarinu, Jundiaí, Louveira, Morungaba, Valinhos, and Vinhedo — compose a privileged territory: fertile, culturally rich, strategically located, and always ready to welcome all who visit us.

Since the official creation of this Tourism Cluster, the Circuito das Frutas has stood out for celebrating rural tourism and the agricultural production that shaped our identity: grapes, strawberries, peaches, guavas, plums, persimmons, figs, and many other delights.

For those seeking to escape the fast pace of the metropolis, our region offers the proximity of the countryside — its traditions, farm-flavored cuisine, artisanal wineries and distilleries, and the living legacy of the immigrants who settled these lands.

As President of the consortium, I clearly see both the challenges and the opportunities before us: to foster tourism, strengthen cooperation among municipalities, promote local production, improve service quality, enhance infrastructure, and diversify visitor experiences. In 2025, we move forward in concrete ways — with a new board, a strategic plan, and active participation in major tourism fairs — proving that we are ready to reach even higher.

This book is born as a tool to promote and celebrate our territory. We wish entrepreneurs, tourism professionals, public managers, and, above all, the general public to discover what is most authentic in our region. Within these pages are stories, itineraries, traditions, and lived experiences — the beating heart of a land that unites production, leisure, nature, culture, and flavor.

I invite you to embark on this journey with the curious gaze of one who wants to feel the soul of the countryside. Imagine yourself picking fruit straight from the tree, breathing the pure air of the farms, tasting a freshly café da roça, visiting wineries, cycling along rural roads, and joining the festivals that celebrate our harvests. Each city has its own charm, but together we form a tourism destination with a unique identity: the Circuito das Frutas.

Come discover, savor, and live this experience. Take with you the aroma, the colors, and the hospitality of our land.

Together, we will make the Circuito das Frutas a model countryside destination — a reference for the entire State of São Paulo.

Indaiatuba - Vinícola Ari Facchini Ari Facchini Winery
Valinhos - Anel viário Magalhães Teixeira (SP-083) Magalhães Teixeira Ring Road (SP-083)

PALAVRAS DO PATROCINADOR WORDS FROM THE SPONSOR

A Concessionária Rota das Bandeiras tem orgulho de apresentar este livro, resultado de um projeto que nasceu do desejo de valorizar a riqueza cultural, histórica e turística do Circuito das Frutas. Em 2025, a Associação de Turismo Rural, embrião para a formação do Circuito, comemora 25 anos de fundação.

Desde o início da concessão, em 2009, a Rota das Bandeiras tem buscado não apenas garantir mobilidade e segurança nas rodovias que administra, mas também estreitar os laços com as comunidades do interior paulista. Foi dessa relação que surgiu a ideia de reunir em uma única obra os elementos que tornam o Circuito das Frutas um patrimônio tão especial do nosso estado.

Cada capítulo deste livro é um convite para descobrir o território em sua plenitude: das fazendas e festas de colheita às manifestações artísticas, religiosas e esportivas; da arquitetura que guarda memórias à infraestrutura moderna que conecta cidades, turistas e produtores.

Acreditamos que a valorização cultural e o desenvolvimento sustentável só são possíveis quando há parceria entre o poder público, a iniciativa privada e a sociedade. Este projeto é, portanto, uma contribuição da Rota das Bandeiras para que mais pessoas conheçam, preservem e se orgulhem dessa identidade regional.

Que estas páginas inspirem moradores, visitantes e futuros turistas a olhar para o Circuito das Frutas com o mesmo respeito e admiração que nós cultivamos em nosso dia a dia.

Rota das Bandeiras Concessionaire is proud to present this book — the result of a project born from the desire to celebrate the cultural, historical, and touristic richness of the Circuito das Frutas (Fruit Circuit) region. In 2025, the Associação de Turismo Rural, the seed that gave rise to the Circuit itself, celebrates its 25th anniversary.

Since the beginning of its concession in 2009, Rota das Bandeiras has sought not only to ensure mobility and safety along the highways it manages, but also to strengthen its ties with the communities of São Paulo’s countryside. From this connection came the idea of gathering, in a single work, the many elements that make the Circuito das Frutas such a distinctive and valuable part of our state’s heritage.

Each chapter of this book invites the reader to experience the territory in its full dimension — from farms and harvest festivals to artistic, religious, and sporting expressions; from architecture that preserves memory to the modern infrastructure that connects cities, travelers, and producers.

We believe that cultural appreciation and sustainable development are only possible through partnerships among public institutions, private enterprise, and society as a whole. This project is therefore Rota das Bandeiras’ contribution to ensuring that more people discover, preserve, and take pride in this unique regional identity.

May these pages inspire residents, visitors, and future travelers to look upon the Circuito das Frutas with the same respect and admiration that we cultivate every day.

Louveira - Plantação de Uva (página anterior) Grape Plantation (previous page)

MEMÓRIAS, SEMENTES E COLHEITAS

MEMORIES, SEEDS, AND HARVESTS

O desenvolvimento dos municípios que hoje formam o Circuito das Frutas tem raiz no Ciclo do Ouro, quando pousos, armazéns e capelas erguidos nos caminhos para as minas em Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais deram origem às primeiras freguesias do antigo Sertão de Jundiahy. Por quase dois séculos, esses núcleos serviram de apoio a tropeiros. A virada ocorre no século XIX: o café, que migra do Vale do Paraíba, encontra terras férteis, clima favorável e posição estratégica em relação à capital e ao porto de Santos.

A cultura cafeeira reorganiza a economia e o território: pequenas freguesias são elevadas a vilas e, depois, a cidades; surgem infraestrutura, comércio, serviços e uma elite agrária, os barões do café, com forte influência política no Império.

A partir de 1888, com a abolição da escravatura no país, há uma nova era na região. Para substituir o trabalho cativo e manter a engrenagem produtiva, o Estado incentiva a imigração europeia (com destaque para italianos, mas também portugueses, espanhóis, alemães e suíços) e, mais tarde, japonesa. Tratados, subsídios e propaganda atraem milhares de lavradores. A adaptação, porém, é dura: muitos colonos se deparam com condições precárias, fruto de uma mentalidade senhorial acostumada à escravidão. Ainda assim, gradualmente, esses grupos incorporam saberes agrícolas, introduzem técnicas e variedades, e se enraízam.

A expansão ferroviária é decisiva para o desenvolvimento dos municípios. As ferrovias encurtam distâncias, permitem o fluxo de insumos e, sobretudo, o escoamento do café para a capital e o litoral. A mesma malha, mais tarde, sustentará a diversificação agrícola. Quando a crise de 1929 derruba os preços internacionais e põe em xeque grandes propriedades, muitos imigrantes e descendentes conseguem adquirir parcelas de terra menores. A paisagem produtiva se fragmenta e se especializa: entra em cena a agricultura familiar, mais flexível e apta a responder à demanda por produtos frescos.

The development of the municipalities that now form the Circuito das Frutas has its roots in the Gold Cycle, when rest stops, warehouses, and chapels built along the routes to the mining regions of Goiás, Mato Grosso, and Minas Gerais gave rise to the first parishes of the old Sertão de Jundiahy. For nearly two centuries, these small settlements served as waypoints for muleteers traveling inland. The turning point came in the 19th century: coffee, migrating from the Paraíba Valley, found fertile soil, a favorable climate, and a strategic position between the capital and the port of Santos.

The coffee culture reorganized both the economy and the territory. Small parishes were elevated to villages, then cities; infrastructure, trade, and services emerged; and a new agrarian elite, the coffee barons, exerting strong political influence during the Empire.

From 1888 onward, following the abolition of slavery in Brazil, the region entered a new era. To replace enslaved labor and maintain agricultural production, the government encouraged European immigration — primarily Italians, but also Portuguese, Spanish, German, and Swiss settlers — and, later, Japanese families. Treaties, subsidies, and active propaganda attracted thousands of farmers. Adaptation, however, was difficult: many immigrants faced harsh working conditions, the result of an entrenched slaveholding mentality. Yet, over time, these groups absorbed local knowledge, introduced new techniques and varieties, and established deep roots in the region.

The expansion of the railways proved decisive for local development. Rail transport shortened distances, facilitated the flow of supplies, and, above all, enabled the shipment of coffee to São Paulo and the coast. The same rail network would later sustain agricultural diversification. When the 1929 economic crash caused international coffee prices to collapse, large estates faltered, allowing many immigrant families and their descendants to purchase small plots of land. The productive landscape became fragmented and specialized: family farming emerged, more flexible and better suited to meet the growing demand for fresh produce.

Vinhedo - Desfile na Festa da Uva, 1964 Parade at the Grape Festival, 1964
Valinhos - Festa do Figo no Largo de São Sebastião, déc. 1950 Fig Festival at Largo de São Sebastião. 1950s
Jundiaí - Festa da Uva, 1953 Grape Festival

É nesse contexto que se forma a vocação frutícola regional. A experiência trazida por imigrantes somada às condições naturais favorece a implantação de pomares e parreirais. Uvas de mesa e de vinho, figo, caqui, pêssego e, em altitudes mais elevadas, morango, passam a compor uma matriz produtiva mais diversificada e menos vulnerável a choques externos.

Alguns marcos ilustram o processo sem depender do calendário festivo: em Valinhos, no início do século XX, a introdução do figo roxo cria uma base econômica sólida; em Jundiaí e entorno, a viticultura se consolida e, em 1933, a identificação da mutação Niagara Rosada dá identidade própria à região; em Itatiba, o caqui, incorporado nos anos 1920, reconfigura a paisagem rural. Municípios vizinhos seguem trajetória semelhante, ora com foco em uvas de mesa, ora em frutas de caroço, ora em frutos vermelhos, sempre combinando trabalho familiar, tecnologia gradual e proximidade dos mercados consumidores. Ao longo do século XX, três vetores consolidam a transição: a desconcentração fundiária pós-crise do café, que amplia o número de pequenos e médios produtores; a continuidade da infraestrutura de transporte, agora também voltada a perecíveis; e a difusão técnica promovida por comunidades imigrantes e seus descendentes, que ajustam calendários de poda, condução de plantas, seleção de mudas e práticas de manejo ao ambiente local.

Quando a denominação “Circuito das Frutas” surge, no início do século XXI, ela nomeia uma realidade forjada ao longo de mais de cem anos: a de uma região que saiu do monocultivo exportador do café, atravessou a abolição e a imigração, incorporou tecnologia e organização familiar e se reencontrou na fruticultura. Essa trajetória explica por que uvas, figos, caquis, pêssegos, morangos e outras culturas deixaram de ser apenas alternativas e se tornaram o eixo econômico e identitário de cidades que, hoje, associam produção, qualidade e proximidade do consumidor como marca de origem.

It was within this context that the region’s fruit-growing vocation took shape. The agricultural expertise brought by immigrants, combined with favorable natural conditions, encouraged the establishment of orchards and vineyards. Table and wine grapes, figs, persimmons, peaches, and, in the cooler highlands, strawberries, began to form a more diverse and resilient agricultural matrix, less vulnerable to external shocks.

Several milestones illustrate this process beyond the festive calendar. In Valinhos, the introduction of the purple fig in the early 20th century created a solid economic foundation. In Jundiaí and surrounding areas, viticulture flourished, and in 1933, the identification of the Niagara Rosada grape mutation gave the region a unique identity.

In Itatiba, persimmon cultivation, adopted in the 1920s, transformed the rural landscape. Neighboring municipalities followed similar paths — some focused on table grapes, others on stone fruits or berries — always blending family labor, gradual technological advancement, and proximity to consumer markets.

Throughout the 20th century, three key forces consolidated this transformation: land redistribution following the coffee crisis, which expanded the number of small and medium producers; the continuity of transport infrastructure, now adapted to perishable goods; and the technical diffusion led by immigrant communities and their descendants, who refined pruning schedules, plant training methods, seedling selection, and crop management practices to suit the local environment.

When the term Circuito das Frutas was coined in the early 21st century, it named a reality forged over more than a century — a region that evolved from coffee monoculture, endured abolition and immigration, embraced technology and familybased agriculture, and ultimately found its renewed identity in fruit cultivation. This long journey explains why grapes, figs, persimmons, peaches, strawberries, and other fruits ceased to be mere alternatives and became the economic and cultural backbone of cities that today take pride in their blend of production, quality, and proximity to the consumer — their unmistakable mark of origin.

AS RAÍZES DA ASSOCIAÇÃO

THE ROOTS OF THE ASSOCIATION

A Associação que sustenta o Circuito das Frutas nasceu da necessidade de cooperar. Em um cenário de municípios vizinhos com desafios semelhantespromover turismo, preservar paisagem, organizar calendários, qualificar serviços -, a soma de esforços se mostrou mais inteligente que a competição.

Em meados da década de 1990, a região já era conhecida informalmente como “Roteiro das Frutas” e começava a despertar o interesse de agentes de turismo. A transformação toma corpo na virada para os anos 2000: proprietários rurais de Itatiba, Itupeva, Indaiatuba, Jarinu, Jundiaí, Louveira, Valinhos e Vinhedo começam a se reunir, ainda em pequenos grupos, para responder a duas pressões simultâneas, a desvalorização histórica da agricultura e a forte expansão imobiliária.

A localização estratégica, entre a capital e Campinas, com excelentes acessos e qualidade de vida, atraía novos moradores e exigia mudanças no uso do solo. Para continuar no campo com renda, os produtores decidiram agregar valor ao que já sabiam fazer: abrir as porteiras ao visitante, vender direto ao consumidor e transformar a experiência agrícola em produto turístico.

As reuniões iniciadas em 1998 amadureceram uma organização representativa, apartidária e sem fins lucrativos: a Associação de Turismo Rural do Circuito das Frutas, fundada em 10 de outubro de 2000. Seu objetivo era claro: desenvolver, estruturar, organizar, fortalecer e divulgar o turismo rural regional. A entidade passou a articular capacitações, treinamentos e planejamento com forte participação dos associados. Parcerias com prefeituras, Secretarias de Turismo e de Agricultura, entidades como Sebrae, IAC e o Ministério do Turismo criaram uma base técnica comum.

Desse trabalho saíram instrumentos de qualidade e governança: oficinas de planejamento participativo e o Selo de Qualidade em Turismo Rural, que qualificou propriedades e alinhou práticas à Carta de Princípios do Turismo Rural no Circuito das Frutas, referência que, depois, inspirou a Carta Paulista. Com representação coletiva, critérios de qualidade e uma rede de parceiros, a Associação deu corpo ao projeto regional: manteve o produtor no campo, elevou a renda por meio da visitação e da venda direta e consolidou a identidade de um território agrícola pronto para se organizar como destino integrado.

O resultado aparece no cotidiano: mais previsibilidade para o visitante, mais oportunidades para negócios locais e mais visibilidade para projetos de educação, cultura e ciência. O Circuito se mantém coeso porque reconhece que a experiência do viajante não tem fronteira municipal.

The Association that sustains the Circuito das Frutas was born out of a need for cooperation. In a landscape of neighboring municipalities facing similar challenges — promoting tourism, preserving the landscape, coordinating calendars, and improving service quality — collaboration proved to be far wiser than competition.

By the mid-1990s, the region was already informally known as the Roteiro das Frutas (“Fruit Route”) and had begun to attract the attention of travel professionals. The transformation gained momentum at the turn of the 2000s, when rural landowners from Itatiba, Itupeva, Indaiatuba, Jarinu, Jundiaí, Louveira, Valinhos, and Vinhedo began meeting in small groups to address two simultaneous pressures: the historical devaluation of agriculture and the rapid expansion of urban development.

The region’s strategic location — between São Paulo and Campinas, with excellent access and high quality of life — drew new residents and demanded changes in land use. To remain in the countryside while maintaining income, farmers decided to add value to what they already knew best: opening their gates to visitors, selling directly to consumers, and turning the agricultural experience itself into a tourism product.

The meetings that began in 1998 matured into a representative, nonpartisan, nonprofit organization: the Associação de Turismo Rural do Circuito das Frutas (Rural Tourism Association of the Circuito das Frutas, founded on October 10, 2000. Its mission was clear — to develop, structure, organize, strengthen, and promote rural tourism in the region. The Association began coordinating training sessions, capacity-building programs, and strategic planning with strong participation from its members. Partnerships with city governments, the State Secretariats of Tourism and Agriculture, and institutions such as Sebrae, IAC, and the Ministry of Tourism provided a shared technical foundation.

From this groundwork emerged quality and governance tools: participatory planning workshops and the Rural Tourism Quality Seal, aligned their practices with the Charter of Principles of Rural Tourism in the Circuito das Frutas — a benchmark that would later inspire the Carta Paulista. With collective representation, quality standards, and a network of partners, the Association gave structure to the regional project: keeping farmers on their land, increasing income through tourism and direct sales, and strengthening the identity of an agricultural territory ready to operate as an integrated destination.

The results can be seen in everyday life — greater predictability for visitors, new opportunities for local businesses, and increased visibility for initiatives in education, culture, and science. The Circuito das Frutas remains cohesive because it understands that the traveler’s experience knows no municipal borders.

Atibaia - Plantação de morango Strawberry Plantation

circuitodasfrutasoficial.sp.gov.br

Placa de sinalização idealizada pelo Consórcio Intermunicipal - Rodovia Dom Pedro I (SP-065)
Road sign designed by the Intermunicipal Consortium – Dom Pedro I Highway (SP-065)

POLO TURÍSTICO TOURIST HUB

A consolidação institucional veio com a aproximação do poder público. O Governo do Estado, por meio das Secretarias de Turismo, Economia e Planejamento e Agricultura, passou a apoiar a agenda que surgia do campo. Um marco foi a Oficina de Planejamento Regional do Programa Nacional de Municipalização do Turismo, em agosto de 2002, que reuniu municípios e setor privado.

Dali nasceu o Grupo de Trabalho do Polo Turístico do Circuito das Frutas, com representantes das prefeituras, da Associação e do Jundiaí e Região Convention & Visitors Bureau, e o esboço de um plano regional voltado à gestão integrada.

O passo seguinte foi histórico: em 2 de outubro de 2002, no Palácio dos Bandeirantes, o Governo Estadual oficializou o Polo Turístico do Circuito das Frutas, o primeiro polo regional formalmente criado em São Paulo, referência para outras regiões. Em 2004, a governança avançou com a criação do Consórcio Intermunicipal para Desenvolvimento do Polo Turístico do Circuito das Frutas, reunindo áreas de turismo e agricultura dos oito municípios iniciais, e, ao final do mesmo ano, a integração de Atibaia e Morungaba.

Essa arquitetura coincidiu com a agenda federal de regionalização: a partir de 2002, o Programa Nacional de Regionalização do Turismo orientou políticas e investimentos, reforçando a importância de governanças intermunicipais. Munido de associação forte, grupo de trabalho público-privado, reconhecimento estadual e consórcio formal, o Circuito ganhou capacidade de planejar, captar e entregar: padrões de qualidade, roteiros integrados, qualificação das propriedades e Plano de Desenvolvimento Turístico do Circuito das Frutas.

Resultado: um destino que sai da soma de iniciativas locais e entra no patamar de política regional, com foco em turismo rural e fruticultura, competitividade econômica e preservação de sua identidade produtiva.

Institutional consolidation came through closer collaboration with the public sector. The State Government, through its Secretariats of Tourism, Economy and Planning, and Agriculture, began to support the agenda that had emerged from rural initiatives. A key milestone was the Regional Planning Workshop of the National Program for the Municipalization of Tourism, held in August 2002, which brought together municipalities and private-sector. From that meeting arose the Working Group of the Tourist Hub, composed of members from municipal governments, the Association, and the Jundiaí and Region Convention & Visitors Bureau, as well as the outline of a regional plan.

The next step was historic. On October 2, 2002, at the Palácio dos Bandeirantes, the State Government officially established the Tourism Hub of the Circuito das Frutas — the first recognized regional tourism hub in the State, setting a model for other regions to follow. In 2004, governance advanced further with the creation of the Intermunicipal Consortium for the Development of the Tourist Hub of the Circuito das Frutas, which united the tourism and agriculture sectors of the eight founding municipalities, and by the end of that same year, Atibaia and Morungaba had joined the consortium.

This framework aligned with the federal agenda of regionalization. Beginning in 2002, Brazil’s National Program for the Regionalization of Tourism guided public policies and investments, emphasizing the importance of intermunicipal governance. Equipped with a strong association, a public-private working group, state-level recognition, and a formal consortium, the Circuito gained the capacity to plan, and deliver concrete outcomes: quality standards, integrated itineraries, property qualification programs, and the Tourism Development Plan of the Circuito das Frutas.

The result was the transformation of a cluster of local initiatives into a coordinated regional policy — one focused on rural tourism and fruit growing, economic competitiveness, and the preservation of a distinctive productive and cultural identity.

FESTAS DAS COLHEITAS HARVEST FESTIVAL

O cultivo das frutas moldou a vida social e cultural das cidades ao longo dos anos. As festas comunitárias, muitas delas ligadas a colheitas, surgiram como celebrações de fartura e de gratidão, reunindo famílias em torno da música, da dança e da mesa farta. A relação com a terra ultrapassava os pomares: hortas, pequenas lavouras e a criação de animais de subsistência reforçaram o caráter rural do território, mesmo com a urbanização crescente.

As memórias das primeiras colheitas ainda são transmitidas de geração em geração. Muitos produtores lembram de quando as famílias colhiam manualmente os frutos, reuniam vizinhos para as festas de fim de safra e improvisavam barracas à beira da estrada para vender a produção excedente.

No Circuito das Frutas, cada cacho de uva, caixa de caqui, de figo, de goiaba ou de morango guarda um pouco dessa trajetória: a história de imigrantes que fincaram raízes, cultivaram a terra e ajudaram a construir a identidade de uma das regiões mais prósperas e visitadas do estado de São Paulo.

Fruit cultivation has shaped the social and cultural life of these cities over the years. Community festivals — many tied to the harvest season — emerged as celebrations of abundance and gratitude, bringing families together around music, dance, and generous tables. The connection with the land extended beyond the orchards: vegetable gardens, small crop fields, and the raising of animals for subsistence reinforced the rural character of the region, even amid growing urbanization.

The memories of the first harvests are still passed down from generation to generation. Many farmers recall the days when families harvested the fruit by hand, gathered neighbors for end-of-season festivities, and set up makeshift roadside stands to sell their surplus.

In the Circuito das Frutas, each bunch of grapes and every box of persimmons, figs, guavas, or strawberries holds a fragment of this journey: the story of immigrants who took root, cultivated the land, and helped shape the identity of one of the most prosperous and visited regions in the State of São Paulo.

JANEIRO

JUNDIAÍ (JAN-FEV)

Festa da Uva e Expo Vinho

VALINHOS

Festa do Figo e Expogoiaba

ABRIL

ITATIBA

Festa do Caqui e Cia.

VINHEDO

Festa da Uva e Festa do Vinho

INDAIATUBA

Festa das Frutas e Hortaliças

MAIO

LOUVEIRA

Festa da Uva e Expo Caqui

JUNHO

ATIBAIA E JARINU (JUN-JUL)

Festa do Morango

SETEMBRO

ATIBAIA

Festa de Flores e Morangos

DEZEMBRO

ITUPEVA Expo Uva de Itupeva

Jundiaí - Atores independentes da cidade, sob coordenação da Secretaria de Cultura, abrilhantam a festa com apresentações que emocionam o público.

Local independent actors, guided by the Department of Culture, delight the audience with moving performances.

JUNDIAÍ - FESTA DA UVA E EXPO VINHOS

Realizada numa das cidades mais antigas do Brasil, Jundiaí já registrava a venda de vinho em 1669. A chegada dos imigrantes italianos no final do século XIX deu força à produção e em 1933 uma mutação genética espontânea na produção de Niagara Branca deu origem à Niagara Rosada. A nova variedade foi então comemorada no ano seguinte, com a primeira Festa da Uva.

O município, pioneiro nas festividades no Circuito, é responsável hoje por 1/3 das uvas produzidas no Estado. Desde 2013, celebra também a Expo Vinhos, já que tem se tornado grande produtor da bebida. Além da fruta direto do produtor e em forma de suco e vinho, quem visita a Festa encontra a uva em receitas inusitadas, como pão, cerveja e coxinha.

JUNDIAÍ – GRAPE FESTIVAL AND WINE EXPO

One of the oldest cities in Brazil, Jundiaí recorded wine sales as early as 1669. The arrival of Italian immigrants in the late 19th century strengthened local production, and in 1933, a spontaneous genetic mutation of the Niagara Branca grape gave rise to the Niagara Rosada. The new variety was celebrated the following year with the first Grape Festival (Festa da Uva).

A pioneer among the Circuito das Frutas cities, Jundiaí is now responsible for onethird of all grapes produced in the state of São Paulo. Since 2013, it has also hosted Expo Vinho, reflecting its growing wine production. Visitors to the Grape Festival can enjoy the fruit fresh from local growers or in the form of juice and wine — and even in inventive recipes such as grape bread, grape beer, and the famous coxinha.

VALINHOS — FESTA DO FIGO E EXPOGOIABA

A Festa do Figo de Valinhos teve início em 1949, com o objetivo de arrecadar fundos para a construção da nova Igreja Matriz de São Sebastião. A iniciativa do pároco Bruno Nardini mobilizou produtores e moradores, transformando as quermesses iniciais num dos maiores eventos turísticos da cidade. Apesar de ser popularmente conhecido como uma fruta, o figo é, na verdade, uma flor invertida, que floresce internamente.

Em 1955, com o atraso da safra de figo, a festa começou em 21 de janeiro, um dia depois do Dia do Padroeiro, que é São Sebastião. E foi aí que a fruta se juntou com a goiaba, surgindo a 1ª Expogoiaba, já que Valinhos era também o maior produtor brasileiro da fruta.

VALINHOS — FIG FESTIVAL AND GUAVA EXPO

The Valinhos Fig Festival began in 1949 with the goal of raising funds for the construction of the new São Sebastião Parish Church. The initiative of parish priest Bruno Nardini brought together local producers and residents, transforming the early church fairs into one of the city’s most important tourism events. Although popularly known as a fruit, the fig is, in fact, an inverted flower that blooms internally.

In 1955, due to a delayed fig harvest, the festival started on January 21, one day after the feast of the city’s patron saint, Saint Sebastian. It was then that the fig joined forces with the guava, giving rise to the first Guava Expo — a natural combination, since Valinhos was also Brazil’s largest guava producer.

ITATIBA

– FESTA DO CAQUI E CIA.

O Parque Luís Latorre abriga a Festa, criada em 2003. O caqui tem origem no Japão e o município produz quatro variedades - Rama Forte, Fuyu, Giombo e Taubaté. Também celebra as colheitas de uva, figo e pêssego. Durante a festa, há excursões para que os visitantes conheçam as propriedades rurais do município.

As entidades assistenciais da cidade operam a praça de alimentação, que tem o objetivo de angariar fundos para seus trabalhos sociais.

ITATIBA – PERSIMMON & CO. FESTIVAL

The Luís Latorre Park is home to the festival, created in 2003. The persimmon, originally from Japan, is grown in four varieties in the municipality — Rama Forte, Fuyu, Giombo, and Taubaté. The event also celebrates the harvests of grapes, figs, and peaches. During the festival, guided tours take visitors to local rural properties to experience the region’s agricultural properties.

Local charitable organizations manage the food court, with proceeds directed toward supporting their social initiatives.

VINHEDO – FESTA DA UVA E FESTA DO VINHO

Vinhedo é outra cidade que possui a festa antes mesmo de ser município. A primeira Festa da Uva ocorreu em 1948, um ano antes do então distrito de Rocinha se emancipar da vizinha Jundiaí. A Festa, à época, ocorria na Praça Sant’Anna.

Em 2009, a Festa da Uva agregou a Festa do Vinho e as festividades ocorrem atualmente no Parque Municipal Jayme Ferragut. A estrela, claro, é a uva (para mesa e sucos/vinhos), com experiências como pisa da uva, tombo da polenta, leilão de frutas e parada italiana.

VINHEDO – GRAPE FESTIVAL AND WINE FESTIVAL

Vinhedo is another city whose festival began even before it became a municipality. The first Grape Festival took place in 1948, one year before the district of Rocinha gained independence from neighboring Jundiaí. At that time, the event was held in Sant’Anna Square.

In 2009, the Grape Festival incorporated the Wine Festival, and the celebrations are now held at Jayme Ferragut Municipal Park. The star of the event, of course, is the grape — whether for the table or for juices and wines — with experiences such as grape stomping, the “tombo da polenta,” fruit auctions, and the lively Italian parade.

INDAIATUBA — FESTA DA UVA E DO VINHO

O município criou a festividade em 2023 e valoriza a herança italiana na viticultura local. O evento é organizado pela Associação Amigos do Bairro das Videiras. Os participantes podem degustar diversos tipos de vinhos locais, conhecer a região a bordo de um trenzinho, além de aproveitar uma grande variedade de pratos típicos, como massas, embutidos e produtos caseiros que combinam perfeitamente com os vinhos.

Indaiatuba também promove sua Festa das Frutas e Hortaliças como vitrine da diversidade agrícola da região. O evento valoriza não apenas a produção de uvas e vinhos artesanais, mas também uma grande variedade de frutas e verduras cultivadas por agricultores familiares.

Com estandes, feiras e atividades gastronômicas, a festa aproxima produtores e consumidores, incentivando o consumo direto e a valorização da agricultura local. Além de promover negócios, o evento é um espaço de encontro cultural e comunitário.

INDAIATUBA — GRAPE AND WINE FESTIVAL

The municipality created the festival in 2023 to honor the Italian heritage that shaped its local winemaking. Organized by the Amigos do Bairro das Videiras Association, the event invites visitors to taste a variety of local wines, explore the region aboard a small tourist train, and enjoy a wide selection of traditional dishes — including pastas, cured meats, and homemade products that pair perfectly with the wines.

Indaiatuba also promotes its Fruit and Vegetable Festival, a showcase of the region’s agricultural diversity. The event highlights not only the production of grapes and artisanal wines but also a broad range of fruits and vegetables cultivated by family farmers.

With its stands, fairs, and culinary activities, the festival brings producers and consumers closer together, encouraging direct trade and appreciation for local agriculture. Beyond business, it serves as a vibrant space for cultural exchange and community connection.

LOUVEIRA – FESTA DA UVA E EXPO CAQUI

Uma festa que ocorre antes mesmo do município. Os produtores locais iniciaram a comemoração em 1956, quase dez anos antes da emancipação do antigo distrito de Vinhedo. A festa aconteceu no Bosque dos Eucaliptos.

Há onze edições, o município também celebra a Expo Caqui. Além das frutas, umas das atrações do evento é o Trenzinho da Alegria, um serviço de transporte gratuito que circula pela cidade durante a Festa, levando os visitantes do Centro para o recinto do evento, na Área de Lazer do Trabalhador.

LOUVEIRA – GRAPE FESTIVAL AND PERSIMMON EXPO

A festival that began even before the city itself. Local producers started the celebration in 1956, almost ten years before the district of Vinhedo gained its independence. The first edition took place at the Bosque dos Eucaliptos.

For the past eleven editions, the municipality has also hosted the Persimmon Expo (Expo Caqui). In addition to the fruit exhibitions, one of the highlights of the event is the Trenzinho da Alegria (“Little Train of Joy”) — a free transportation service that runs through the city during the festival, taking visitors from the downtown area to the event grounds at the Área de Lazer do Trabalhador.

ITUPEVA – EXPO UVA

Apenas dois anos após sua emancipação de Jundiaí, Itupeva organizou a primeira edição de sua Festa da Uva em 1967. Na época, o governador do estado de São Paulo, Laudo Natel, esteve presente nas festividades. Rebatizada de Expo Uva, a festa passou a constar no calendário oficial do município mais recentemente e em 2025 completou sua 18ª edição, no Parque da Cidade.

ITUPEVA - EXPO UVA

Just two years after gaining independence from Jundiaí, Itupeva held its first Grape Festival in 1967. At the time, the governor of the state of São Paulo, Laudo Natel, attended the festivities. Later renamed Expo Uva, the event was officially included in the city’s cultural calendar and, in 2025, will celebrate its 18th edition at the Parque da Cidade.

ATIBAIA — FESTA DE FLORES E MORANGOS

Duas datas podem ser consideradas para representar o início de uma das festas mais tradicionais do Circuito. Em 1965, a colônia japonesa realizou uma exposição de flores e hortifrutigranjeiros para homenagear os 300 anos da cidade. Já em 1968 houve a 1ª Feira Agrícola do município, embrião do que se tornaria a festividade atual.

Desde 2024, ocorre no Parque Ecológico, em um evento que resgata as tradições e a cultura nipo-brasileira. O município produz um quarto das flores e plantas nacionais e ostenta o título de Capital Nacional do Morango.

ATIBAIA — FLOWERS AND STRAWBERRIES FESTIVAL

Two milestones mark the beginning of one of the most traditional festivals in the Circuit. In 1965, the Japanese community organized an exhibition of flowers and agricultural products to celebrate the city’s 300th anniversary. Then, in 1968, the municipality held its first Agricultural Fair, which would later evolve into today’s festival.

Since 2024, the event has taken place at the Ecological Park, celebrating and preserving Japanese-Brazilian traditions and culture. Atibaia produces one-quarter of all flowers and ornamental plants in Brazil and proudly holds the title of National Strawberry Capital.

JARINU – FESTA DO MORANGO

A Festa começou a ser realizada em 1987, quando era uma quermesse dedicada a São João, e ganhou estrutura e o formato atual ao longo dos anos. Nos dias da festa, o Parque do Morango Duílio Maziero se transforma no ponto de encontro de diferentes gerações que buscam o clima familiar e rural típico do interior, que tanto atrai turistas dos grandes centros urbanos.

A organização é compartilhada com a vizinha Atibaia. Além dos doces à base de morango, o visitante encontra culinária regional, como o famoso frango com polenta e macarronada à bolonhesa.

JARINU – STRAWBERRY FESTIVAL

The festival began in 1987 as a traditional São João church fair and gradually evolved into the large event it is today. During the celebration, the Duílio Maziero Strawberry Park becomes a gathering place for generations seeking the warm, rural atmosphere typical of the countryside — a charm that continues to attract visitors from major urban centers.

The event is jointly organized with neighboring Atibaia. In addition to strawberrybased sweets, visitors can enjoy regional cuisine such as the famous chicken with polenta and Bolognese pasta.

Morungaba - Sítio Isabelle Isabelle Country House

MORUNGABA

O município busca uma nova identidade. Em 2004, quando ingressou no Circuito das Frutas, tinha o maracujá como símbolo e chegou a realizar festas em sua homenagem. Com a diminuição da produção na cidade, Morungaba busca agora ser reconhecida como produtora de café.

Sim, o café é uma fruta, pois é produzido a partir do fruto do cafeeiro. O café sempre fez parte da história de Morungaba, desde meados do século XIX, tempo em que as primeiras casas da região central foram levantadas às margens do Ribeirão dos Mansos, quando as lavouras cafeeiras se expandiam pelo Estado.

MORUNGABA

The municipality is seeking a new identity. In 2004, when it joined the Circuito das Frutas, Morungaba adopted the passion fruit as its symbol and even held festivals in its honor. However, with the decline in local production, the city now aims to be recognized as a coffee-producing region.

Yes — coffee is indeed a fruit, as it comes from the berry of the coffee plant. Coffee has always been part of Morungaba’s history, dating back to the mid-19th century, when the first houses in the central area were built along the Ribeirão dos Mansos, during the period when coffee plantations were spreading throughout the state.

CORES, AROMAS E SABORES COLORS, AROMAS AND FLAVORS

A natureza fala por três sentidos: visão, olfato e paladar. O cenário no horizonte das plantações muda com o calendário: morangos de vermelho intenso, figos roxos de polpa melosa, uvas Niagara em tons rosados, caquis alaranjados e goiabas de verde vivo. Nos pomares e parreirais, o perfume da fruta madura se mistura ao da terra e marca o ritmo das colheitas, convidando o visitante a experimentar ali mesmo, direto do pé.

Essa variedade se traduz em uma cozinha afetiva e criativa. Há sucos frescos, vinhos e licores familiares, geleias que combinam doçura e acidez na medida, compotas que preservam a textura da fruta e versões secas ou cristalizadas que concentram a essência da safra. Nas mesas, surgem bolos e tortas de temporada, sorvetes artesanais, queijos harmonizados com caldas de uva ou goiaba, chutneys que realçam pratos e conservas que levam o pomar para a despensa. Mais do que produtos, são histórias. Cada garrafa, pote, caixa de fruta traz o cuidado de quem planta, poda, colhe e transforma. É a mão do produtor garantindo qualidade, a família mantendo tradições e o olhar atento às inovações que valorizam o território. No Circuito das Frutas, o que nasce do pomar vira identidade: cores que convidam, aromas que acolhem e sabores que traduzem uma região inteira.

Nature speaks through three senses: sight, smell, and taste. Across the plantations, the landscape shifts with the seasons — deep red strawberries, purple figs with honeyed pulp, rosy Niagara grapes, bright orange persimmons, and vivid green guavas. In the orchards and vineyards, the scent of ripe fruit blends with the smell of earth, setting the rhythm of the harvests and inviting visitors to taste straight from the tree.

This abundance translates into an affectionate and creative cuisine. Fresh juices, family-made wines and liqueurs, jams that balance sweetness and acidity, preserves that retain the fruit’s texture, and dried or candied versions that capture the essence of the season. On the tables appear seasonal cakes and pies, artisanal ice creams, cheeses paired with grape or guava syrup, chutneys that enhance main dishes, and pickles that bring the orchard into the pantry.

More than products, they are stories. Every bottle, jar, and fruit box carries the care of those who plant, prune, harvest, and transform. It is the producer’s hand ensuring quality, the family preserving tradition, and the attentive gaze toward innovations that honor the land. In the Circuito das Frutas, what grows in the orchard becomes identity — colors that invite, aromas that embrace, and flavors that express an entire region.

Todas as cidades do Circuito oferecem produtos feitos com as deliciosas frutas como: doces, geleias, frutas com chocolate, frutas secas e frutas cristalizadas.

All the cities in the Circuito das Frutas offer products made with delicious fruits, such as sweets, jams, chocolate-covered fruits, dried fruits, and candied fruits.

Da flor à fruta

No delicado ciclo da natureza, cada fruto começa com uma flor, revelando uma explosão de cores e formas que encantam os sentidos. As flores do morangueiro, pequenas e brancas, anunciam com simplicidade o rubor das frutas que virão. Já as flores da goiabeira exibem um charme exótico, com pétalas brancas e estames alongados que lembram delicados pincéis. O pessegueiro, por sua vez, enfeita-se com tons rosados e suaves, transformando pomares em verdadeiros jardins de primavera. Na videira, discretos cachos florais se escondem entre as folhas.

Pássaros, abelhas, borboletas e outros polinizadores desempenham um papel essencial, transportando o pólen de flor em flor e garantindo que o fruto se forme com vigor. O zumbido das abelhas nas manhãs ensolaradas, a visita silenciosa dos beija-flores e a dança das borboletas criam uma sinfonia de vida, lembrando que cada fruta é resultado de uma delicada parceria entre plantas e animais. Com o tempo e a luz do sol, as flores se despedem para dar lugar aos frutos, que crescem, amadurecem e revelam cores e aromas irresistíveis. O vermelho intenso do morango, o perfume doce da goiaba, a maciez do pêssego, a suculência das uvas são a culminância de um processo silencioso e harmonioso.

Da flor à fruta, a natureza nos presenteia com um espetáculo de formas, cores e sabores.

From flower to fruit

In the delicate cycle of nature, every fruit begins with a flower, revealing an explosion of colors and shapes that enchant the senses. The small white blossoms of the strawberry plant simply announce the blush of the fruits to come. The guava tree, in turn, displays an exotic charm, with white petals and long stamens that resemble fine paintbrushes. The peach tree adorns itself with soft pink hues, turning orchards into true spring gardens.

On the vine, modest clusters of flowers hide quietly among the leaves.

Birds, bees, butterflies, and other pollinators play an essential role, carrying pollen from flower to flower and ensuring that each fruit forms with vitality. The buzz of bees on sunny mornings, the silent visits of hummingbirds, and the graceful dance of butterflies create a symphony of life — a gentle reminder that every fruit is born from a delicate partnership between plants and animals.

With time and sunlight, the flowers bid farewell to make way for the fruits, which grow, ripen, and reveal irresistible colors and aromas. The deep red of the strawberry, the sweet fragrance of the guava, the softness of the peach, and the juiciness of the grapes mark the culmination of a quiet and harmonious process.

From flower to fruit, nature gifts us with a spectacle of form, color, and flavor.

Morango Strawberry
Romã Pomegranate
Pêssego Peach
Goiaba Guava
Uva Grape
MaRacujá Passion Fruit Banana Banana

Conexão com a natureza

O campo é um convite para desacelerar e aprender com a terra. Visitar as propriedades do Circuito das Frutas é trocar o relógio pelo ritmo do pomar. Entre parreiras e talhões, dá para ver de perto como a poda orienta os ramos, como a florada atrai abelhas e como o brilho da casca denuncia o ponto exato da colheita. É entender como luz, água e solo transformam promessas em colheita. Produtores explicam o manejo do solo, a irrigação na medida e o uso de controle biológico, em um passo a passo que transforma clima e cuidado em fruta de qualidade.

A experiência passa pelos sentidos. Colher uvas diretamente do cacho, provar um figo ainda morno de sol, sentir a firmeza da goiaba no ponto, comparar a doçura de variedades de caquis. Muitas propriedades oferecem “colha e pague”, uma experiência incrível para sentir os sabores das frutas direto do pé. Crianças descobrem de onde vem o alimento e adultos reencontram lembranças simples, como a mão suja de terra, a conversa sem pressa na varanda.

Mais que passeio, é educação do paladar e do olhar. Ao aproximar quem consome de quem cultiva, o Circuito das Frutas fortalece a agricultura familiar, valoriza práticas sustentáveis e cria memórias simples e duradouras: o cheiro da terra úmida, o barulho das folhas ao vento e o prazer de saborear o que a natureza oferece no momento certo.

Connection with nature

The countryside is an invitation to slow down and learn from the land. Visiting the farms of the Circuito das Frutas means trading the clock for the rhythm of the orchard. Among vineyards and groves, visitors can witness how pruning guides the branches, how blossoms attract bees, and how the shine of the fruit’s skin reveals the perfect time for harvest. It’s a lesson in how light, water, and soil turn promise into abundance. Producers share their knowledge of soil management, precise irrigation, and biological control — a step-by-step process that transforms climate and care into quality fruit.

The experience engages all the senses. Picking grapes straight from the vine, tasting a fig still warm from the sun, feeling the firmness of a perfectly ripe guava, comparing the sweetness of different persimmon varieties. Many farms offer “pick and pay” experiences, allowing visitors to taste the fruits directly from the source. Children discover where food comes from, while adults reconnect with simple memories — hands dirty with soil, unhurried conversations on the porch.

More than a visit, it’s an education of taste and perception. By bringing consumers closer to those who cultivate, the Circuito das Frutas strengthens family farming, promotes sustainable practices, and creates simple, lasting memories — the scent of moist earth, the rustle of leaves in the wind, and the joy of savoring what nature offers at just the right moment.

Festas Culturais e Eventos

As cidades do Circuito das Frutas preservam suas raízes culturais por meio de festas tradicionais que vão muito além das celebrações ligadas às colheitas. Em Jundiaí, por exemplo, a Festa Italiana de Jundiaí e a Festa Portuguesa enchem as ruas de cores, músicas típicas e pratos tradicionais, refletindo a força das comunidades imigrantes que ajudaram a moldar a identidade local. Ainda na cidade, celebrações como a Slava Sérvia e a Festa de San Gennaro reforçam a diversidade cultural que caracteriza a região.

Em Itatiba, a fé popular se manifesta com a tradicional Festa de São Pedro, que reúne missas, procissões e eventos comunitários, mantendo viva a devoção que atravessou gerações. Louveira, por sua vez, celebra a Festa de Santo Antônio, fortalecendo os laços de fé e união da comunidade. Já em Indaiatuba, a pluralidade cultural se destaca na Festa das Nações Unidas, evento que exalta a gastronomia, a música e as danças de diferentes países, reunindo famílias em torno da integração cultural e da convivência harmônica.

Há ainda festas que trazem memórias de diferentes regiões do Brasil e do mundo. A Festa Nordestina, organizada em diversas cidades do Circuito, recria a atmosfera das tradições juninas, com forró, comidas típicas e danças, aproximando o interior paulista da cultura nordestina. Em Indaiatuba, a presença da colônia suíça é celebrada em eventos que destacam a gastronomia, as músicas e os costumes trazidos pelos imigrantes. Já Atibaia sedia o animado Japan Fest, que valoriza a cultura japonesa com apresentações de danças, taikos, exposições e culinária típica, reforçando a riqueza do mosaico cultural da região. Esses eventos demonstram que, no Circuito das Frutas, a identidade local é construída por múltiplas vozes e tradições, que convivem em harmonia e mantêm vivas as memórias de diferentes povos.

Cultural Celebrations and Events

The cities of the Circuito das Frutas preserve their cultural roots through traditional festivals that go far beyond harvest celebrations. In Jundiaí, for example, the Festa Italiana di Jundiaí and the Portuguese Festival fill the streets with colors, typical music, and traditional dishes, reflecting the strength of immigrant communities that helped shape the city’s identity. The city also hosts celebrations such as the Slava Serbian Festival and the San Gennaro Festival, which reinforce the cultural diversity that characterizes the region.

In Itatiba, popular faith is expressed in the traditional Feast of Saint Peter, which brings together masses, processions, and community events, keeping devotion alive through generations. Louveira, in turn, celebrates the Feast of Saint Anthony, strengthening the bonds of faith and unity among its residents. In Indaiatuba, cultural plurality is highlighted by the United Nations Festival, an event that showcases the gastronomy, music, and dances of different countries, bringing families together in a spirit of cultural integration and harmony.

There are also festivals that preserve the memory of different regions of Brazil and the world. The Northeastern Festival, organized in several cities, recreates the atmosphere of traditional Festas Juninas, with forró music, typical foods, and dances, bringing the culture of Brazil’s Northeast to São Paulo’s countryside. In Jarinu, the presence of the Swiss colony is celebrated in events that highlight gastronomy, music, and customs brought by immigrants. Atibaia hosts the vibrant Japan Fest, which celebrates Japanese culture with dance performances, taikô drumming, exhibitions, and typical cuisine, enriching the region’s cultural mosaic. These events show that, in the Circuito das Frutas, local identity is built through multiple voices and traditions that coexist in harmony and keep alive the memories of different peoples.

Jundiaí - Evento Slava Medieval Slava Medieval Event
Valinhos - Encenação da Paixão de Cristo
Paixão de Cristo Staging
Indaiatuba - Festa da Tradição Suiça da Colônia Helvetia
Swiss Tradicition Festival - Helvetia Colony
Jundiaí - Festa Italiana
Italian Festival
Itatiba - Festa de São Pedro
São Pedro Festival

Jundiaí - Complexo Fepasa construído para abrigar oficinas de locomotivas a vapor, 1890.

Fepasa Complex, originally built to house steam locomotive workshops, 1890.

ARQUITETURA ARCHITECTURE

As construções nos dez municípios revelam a história de colonização e desenvolvimento da região. Cada núcleo preserva marcas de diferentes períodos e estilos, que dialogam com a herança dos imigrantes, a tradição agrícola e o crescimento urbano-industrial.

Nas propriedades rurais, predominam as casas-sede de fazendas erguidas no fim do século XIX e início do século XX, muitas em taipa de pilão ou alvenaria simples, com telhados coloniais e varandas voltadas para os pomares. Essas edificações refletem o cotidiano agrícola, ao mesmo tempo funcional e acolhedor, integrando-se à paisagem dos vinhedos e sítios.

A chegada de imigrantes, sobretudo italianos, trouxe traços arquitetônicos próprios, visíveis em construções de pedra e tijolo aparente. Em cidades como Jundiaí, Valinhos e Vinhedo, a influência aparece em sobrados com janelas altas, portais trabalhados e pátios internos.

As estações ferroviárias, erguidas na expansão da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, marcam outra fase da paisagem arquitetônica. Estruturas como as de Louveira, Valinhos e Itatiba revelam o estilo eclético do início do século XX, com detalhes em ferro fundido e alpendres cobertos. Galpões de tijolo aparente e passarelas metálicas compõem conjuntos hoje usados como centros culturais e museus, revelando a estética industrial do passado.

A urbanização trouxe novos elementos. Em Indaiatuba e Itupeva, por exemplo, o art déco se faz presente em antigas residências e prédios públicos das décadas de 1930 e 1940, enquanto Atibaia preserva casarões coloniais que dividem espaço com construções modernas voltadas ao turismo.

A modernização recente trouxe requalificações que transformam antigos galpões em centros culturais, ateliês e escolas de música, mantendo fachadas, esquadrias e pisos originais.

The architecture of the ten municipalities reveals the history of colonization and development of the region. Each town preserves traces of different periods and styles, reflecting the influence of immigrants, the agricultural tradition, and the transition toward urban and industrial growth.

In the rural estates, the landscape is dominated by farmhouses built between the late 19th and early 20th centuries, many constructed in rammed earth or simple masonry, with colonial-style roofs and verandas overlooking the orchards. These buildings embody the agricultural lifestyle — both functional and welcoming — and blend harmoniously with the surrounding vineyards and small farms.

The arrival of immigrants, especially Italians, introduced distinct architectural features, evident in stone and exposed-brick structures. In cities such as Jundiaí, Valinhos, and Vinhedo, the influence appears in townhouses with tall windows, ornate doorways, and interior courtyards.

The railway stations, built during the expansion of the Companhia Paulista de Estradas de Ferro, mark another phase in the region’s architectural landscape. Stations like those in Louveira, Valinhos, and Itatiba reflect the eclectic style of the early 20th century, with cast-iron details and covered platforms. Exposed-brick warehouses and metal footbridges complete these complexes — repurposed as cultural centers and museums, preserving the industrial aesthetic of a bygone era.

Urbanization introduced new elements. In Indaiatuba and Itupeva, art déco can still be seen in old residences and public buildings from the 1930s and 1940s, while Atibaia maintains colonial mansions that coexist with modern structures designed for tourism.

In recent years, revitalization projects have transformed former warehouses into cultural spaces, art studios, and music schools, preserving their original façades, windows, and flooring.

Morungaba - Sobrado Amalfi, 1908

Amalfi Townhouse

Valinhos - Casa de Flávio de Carvalho, 1938

Flávio Carvalho’s House

Louveira - Subestação de Energia, 1921 Francisco de Monlevade
Francisco de Monlevade’s Power Substation
Atibaia - Casarão Julia Ferraz, 1776
Julia Ferraz Mansion
Itatiba - Palacete Ferraz Costa, 1880 Ferraz Costa Manor
Jarinu - Casarão José Ignácio, 1891
José Ignácio’s Mansion

Indaiatuba - Estação Ferroviária, 1911

Railway Station

Jarinu - Estação de Campo Largo, 1884

Campo Largo Station

Valinhos - Estação Ferroviária, 1872

Railway Station

Louveira - Estação Ferroviária, 1898 Railway Station
Vinhedo - Estação Ferroviária, 1908 Railway Station
Itupeva - Estação Montserrat, 1898 Montserrat Station

CIDADES CRIATIVAS

CREATIVE CITIES

No Circuito das Frutas, a cultura está integrada ao desenvolvimento local. Arte e economia caminham juntas quando políticas públicas, empreendedores e comunidades organizam calendários e proporcionam espaços acessíveis. Festivais, formações e ocupações culturais dão vida a praças, galpões e bibliotecas, gerando trabalho, turismo e sentimento de pertencimento à população.

O grafite e a arte urbana revitalizam espaços públicos, muro e fachadas; o design e a arquitetura reinventam o uso dos espaços e inspiram soluções sustentáveis; a música, a dança, o teatro e as artes visuais criam conexões afetivas e redes de colaboração. Cada expressão criativa traduz o olhar do artista sobre o território, transformando o espaço urbano em um organismo vivo que respira cultura.

Com base na identidade agrícola e na memória ferroviária e imigrante, a criatividade vira vetor de novos negócios, de rótulos e embalagens a produtos culturais e roteiros de visitação. O resultado é um ecossistema que valoriza saberes locais, amplia oportunidades para jovens e consolida a cultura como política permanente, não como evento isolado.

Cada município se afirma não apenas como destino turístico ou polo de produção agrícola, mas também como terreno fértil de ideias, talentos e possibilidades, onde a arte floresce como fruto do encontro entre comunidade, cultura e sustentabilidade.

Ser criativa no Circuito das Frutas é investir em formação contínua, circulação entre municípios e instrumentos de governança que garantem diversidade de linguagens e sustentabilidade de quem cria e de quem frui.

In the Circuito das Frutas region, culture is inseparable from local development. Art and economy move side by side when public policies, entrepreneurs, and communities work together to build cultural calendars and accessible spaces. Festivals, workshops, and artistic occupations bring life to plazas, warehouses, and libraries, generating jobs, tourism, and a deep sense of belonging among residents.

Urban art and graffiti revitalize public spaces, walls, and façades; design and architecture reinvent the use of environments and inspire sustainable solutions; music, dance, theater, and the visual arts create emotional connections and collaborative networks. Each creative expression reflects the artist’s perspective on the territory, turning urban space into a living organism that breathes culture.

Rooted in agricultural identity, and in the region’s immigrant and railway heritage, creativity becomes a driver of new businesses — from labels and packaging to cultural products and curated visitor experiences. The result is an ecosystem that values traditional knowledge, expands opportunities for young people, and establishes culture as a permanent policy rather than an occasional event.

Each municipality positions itself not only as a tourist destination or agricultural hub, but also as fertile ground for ideas, talents, and possibilities — where art flourishes as the fruit of the meeting between community, culture, and sustainability.

To be creative in the Circuito das Frutas is to invest in continuous learning, in the circulation of artists and works among cities, and in governance tools that guarantee diversity of languages and long-term sustainability for creators and audiences alike.

Itatiba - Obra de Léo Dogh
Artwork by Léo Dogh
Jarinu - Obra de Jéssica Soranz
Artwork by Jéssica Soranz

Artes Plásticas

As cidades abrigam uma notável diversidade de artistas plásticos que traduzem, em formas e cores, a alma de seus territórios. Muitos nasceram nesses municípios e carregam em suas obras as memórias da infância entre pomares, montanhas e festas populares; outros vieram de diferentes regiões ou países e encontraram aqui um refúgio fértil para criar, inspirados pela paisagem, pela hospitalidade e pela vitalidade cultural local. Essa convivência entre o nativo e o migrante enriquece o diálogo artístico, promovendo uma troca contínua de experiências, técnicas e olhares sobre o mundo.

Trabalhos em ferro, aço, madeira, barro e outros materiais dialogam com o ambiente urbano e natural, muitas vezes ressignificando o espaço público e convidando à contemplação. No meio rural, residências artísticas aproximam criadores do ciclo agrícola, gerando séries que incorporam textura, cor e temporalidade da colheita.

As obras revelam a pluralidade da criação e mostram que o artista é, antes de tudo, um pesquisador do sensível, alguém que transforma o cotidiano em símbolo e a matéria em emoção. Essa multiplicidade fortalece o tecido cultural das cidades e cria pontes entre arte, educação e comunidade.

A cadeia produtiva inclui montagem, iluminação, mediação e venda, e se fortalece com redes regionais de curadoria e feiras. Esse conjunto consolida as plásticas como linguagem que agrega valor econômico e educativo, preserva referências locais e atualiza a imagem do território para quem mora e para quem visita.

O Circuito das Frutas é, assim, um local onde a arte floresce com a mesma intensidade das suas colheitas.

Plastic Arts

The cities host a remarkable diversity of visual artists who translate, through shapes and colors, the soul of their territories. Many were born in these municipalities and bring into their works the childhood memories of orchards, mountains, and popular festivities; others arrived from different regions or countries and found here a fertile refuge for creation, inspired by the landscape, the hospitality, and the cultural vitality of the region. This coexistence between natives and newcomers enriches the artistic dialogue, promoting a continuous exchange of experiences, techniques, and perspectives on the world.

Works in iron, steel, wood, clay, other materials establish connections with both the urban and natural environment, often re-signifying public spaces and inviting moments of contemplation. In rural areas, artist residencies bring creators closer to the agricultural cycle, generating series that incorporate the textures, colors, and seasons of the harvest.

Their artworks reveal the plurality of creative expression and show that an artist is, above all, a researcher of the sensitive — someone who transforms the everyday into symbol, and matter into emotion. This multiplicity strengthens the cultural fabric of the cities and creates bridges between art, education, and community.

The creative chain includes exhibition design, lighting, mediation, and sales, and is reinforced by regional curatorial networks and art fairs. This ensemble consolidates the visual arts as a language that generates both economic and educational value, preserving local references while updating the image of the territory for residents and visitors alike.

The Circuito das Frutas is, therefore, a place where art flourishes with the same intensity as its harvests.

Ceramist

Atibaia - Ceramista Shugo Izumi
Shugo Izumi
Vinhedo - Ceramista Flávia Pircher
Ceramist Flávia Pircher
Indaiatuba - Artista Fabiana Pistoni Artist Fabiana Pistoni
Valinhos - Obra de João do Monte Artwork by João do Monte
Jundiaí - Obra de Inos Corradin
Artwork by Inos Corradin
Itupeva - Obra de Ireneu Fernandes
Artwork by Ireneu Fernandes
Morungaba - Artista Plástico e Escritor
Aercio Consolin
Visual Artist and Writer Aercio Consolin
Louveira - Obra de Dennis Esteves
Artwork by Dennis Esteves

Expressões Musicais

A música é uma das mais vivas expressões culturais das cidades do Circuito das Frutas. Em cada município, ela se manifesta de forma singular, refletindo as origens, tradições e transformações de sua gente. Orquestras sinfônicas e de viola mantêm viva a herança erudita e caipira, interpretando composições que unem o clássico e o popular. Conservatórios centenários formam gerações de músicos, garantindo que o ensino e o amor pela arte sonora continuem a ecoar entre as novas gerações, enquanto projetos socioculturais aproximam a música das escolas e das comunidades.

As bandas de fanfarra e os corais são pilares da identidade musical regional. Presentes em eventos cívicos, religiosos e festivos, esses grupos constroem uma sonoridade comunitária, que emociona e une a população. Nas igrejas, praças e teatros, vozes e instrumentos se misturam. O repertório vai do sacro ao popular, das cantigas tradicionais às composições contemporâneas, revelando a amplitude do talento local. Jovens e artistas independentes renovam o cenário com bandas de rock, grupos de pagode, duplas sertanejas, cantores de MPB e novos experimentos sonoros. Já os ritmos e hits internacionais ganham espaço em celebrações dos povos imigrantes.

Musical Expression

Music is one of the most vibrant cultural expressions of the cities that form the Circuito das Frutas. In each municipality, it reveals itself in a unique way, reflecting the origins, traditions, and transformations of its people. Symphonic orchestras and viola ensembles keep both classical and rural Brazilian heritage alive, performing compositions that bridge the refined and the popular. Historic conservatories continue to train generations of musicians, ensuring that the teaching and passion for the sonic arts resonate strongly among young people, while sociocultural programs bring music closer to schools and neighborhoods.

Marching bands and choirs are pillars of the region’s musical identity. Present in civic, religious, and festive celebrations, these groups create a collective soundscape that moves and unites the community. In churches, squares, and theaters, voices and instruments merge in harmony. The repertoire ranges from the sacred to the popular, from traditional folksongs to contemporary compositions — a clear expression of the territory’s abundant talent. Young creators and independent artists revitalize the scene with rock bands, pagode groups, sertanejo duos, MPB singers, and new sound experiments. Meanwhile, rhythms and international hits also find a place in the celebrations of immigrants.

Indaiatuba - Orquestra Sinfônica Symphony Orchestra
Jundiaí - Orquestra Sinfônica Municipal (OSMJ) Municipal Symphony Orchestra
Atibaia - Fanfarra Municipal (FAMA) Municipal Marching Band
Valinhos - Orquestra de Violas Caipiras
Viola Caipira Orchestra
Itatiba - Corporação Musical Santa Cecília
Santa Cecília Music Corporation
Jundiaí - Coral Municipal Municipal Choir

Artes Cênicas

O cenário das artes cênicas nos municípios é um reflexo da vitalidade cultural e da diversidade criativa da região. Companhias de teatro e dança se multiplicam, unindo artistas locais e grupos itinerantes que exploram temas ligados à identidade, à memória e ao cotidiano das comunidades. Em teatros, praças ou espaços alternativos, surgem espetáculos que vão do drama ao humor, da dança contemporânea ao folclore, transformando as cidades em verdadeiros laboratórios de expressão artística. Essas produções não apenas encantam o público, mas também registram, em forma de arte, a sensibilidade e o olhar crítico sobre a vida no interior paulista.

A formação acompanha o ritmo da produção. O ensino de teatro e dança nas escolas e centros culturais tem papel essencial para as novas gerações. Ao estimular a criatividade, o trabalho em grupo e a expressão corporal, essas práticas contribuem para o desenvolvimento cognitivo, emocional e social das crianças e jovens.

Oficinas, festivais estudantis e projetos pedagógicos despertam o interesse pela arte e formam futuros espectadores e artistas, fortalecendo o vínculo entre educação e cultura. Assim, o aprendizado das artes cênicas transcende o palco, tornando-se ferramenta de inclusão e transformação.

Os circos que percorrem as cidades do Circuito das Frutas também ocupam um espaço simbólico e afetivo na vida das comunidades. Com suas cores, risos e acrobacias, levam alegria e encantamento a públicos de todas as idades, mantendo viva uma tradição centenária de arte popular. Muitos desses circos promovem oficinas e interações com as escolas, aproximando ainda mais o público infantil da linguagem cênica.

Entre lonas, palcos e coreografias, o Circuito das Frutas reafirma a arte cênica como celebração da vida coletiva e espaço permanente de imaginação, encontro e aprendizado.

Performing Arts

The performing arts scene across these municipalities reflects the cultural vitality and creative diversity of the region. Theater and dance companies are steadily growing, bringing together local artists and touring groups who explore themes connected to identity, memory, and everyday community life. In theaters, public squares, and alternative spaces, performances emerge that range from drama to comedy, from contemporary dance to folklore — transforming the cities into true laboratories of artistic expression. These productions not only captivate audiences, but also record, through art, a sensitive and critical perspective on life in the interior of São Paulo.

Education keeps pace with creation. Theater and dance instruction in schools and cultural centers plays an essential role for new generations. By encouraging creativity, teamwork, and body expression, these practices contribute to the cognitive, emotional, and social development of children and young people.

Workshops, student festivals, and pedagogical projects spark interest in the arts and cultivate future audiences and artists, reinforcing the deep connection between education and culture. In this way, learning the performing arts goes far beyond the stage, becoming a powerful tool for inclusion and transformation.

Circuses that travel through the Circuito das Frutas occupy a symbolic and emotional place in community life. With their colors, laughter, and acrobatics, they bring joy and wonder to audiences of all ages, keeping alive a centuries-old tradition of popular art. Many of them also promote workshops and activities with schools, further nurturing children’s curiosity and connection with stage expression.

Under big tops, on stages, and through choreography, the Circuito das Frutas reaffirms the performing arts as a celebration of collective life — a permanent space for imagination, encounters, and learning.

Jundiaí - Espetáculo R.I.P. Uma história de Amor
R.I.P. – A Love Story Show
Vinhedo - Espetáculo Tarzan, O Homem
Macaco - Escola de Dança Start
Movimento e Arte
Tarzan, The Ape Man Show - Start
Movimento e Arte Dance School
Atibaia - Wadam Taiko Ensemble Wadam Taiko Ensemble
Louveira - Grupo de competição da Casa da Cultura coreografado pela Professora Juliette B. Santana
Competition Group from the Casa da Cultura choreographed by Professor Juliette B. Santana

Indaiatuba - Festival de Dança Alunas das Oficinas Culturais Dance Festival

Students of the Cultural Workshops

Itupeva - Alunos da Casa da Cultura durante apresentação no Sarau da Cultura

Students from the Casa da Cultura during a performance at the Culture Soirée.

Jarinu - Grupo Folklorístico Stella Bianca

Stella Bianca Folkloric Group

Itatiba - Fotógrafos da Família Parodi em 1987 - Rogério Scavone, Adriano Parodi, Antonia Parodi e Marcos Parodi Parodi Family Photographers, 1987
Valinhos - Haroldo Pazinatto no Foto Studio Tic. Valinhos, SP, déc. 1960
Haroldo Pazinatto at Foto Studio Tic.
Valinhos, SP, 1960s

Fotografia: mémoria e identidade regional

A fotografia é mais do que um registro visual: é um ato de preservação da memória coletiva. Registra ciclos do cultivo, ofícios, transformações urbanas e paisagens, combinando estética e documentação.

Desde as primeiras décadas do século passado, inúmeros fotógrafos ajudaram a retratar e resgatar o patrimônio histórico e cultural de seu tempo, deixando um legado precioso para as gerações futuras. Cada imagem revela a cultura, o cotidiano e a beleza das cidades do Circuito das Frutas, transformando o tempo em documento vivo e fortalecendo a identidade regional.

Essa tradição aparece em trajetórias marcantes. Em Valinhos, Haroldo Ângelo

Pazinatto construiu um acervo que combina rigor técnico e sensibilidade no cotidiano. Em Itatiba, a família Parodi mantém, há cinco gerações, um trabalho contínuo de documentação da cidade e trabalha na criação de um Museu da Fotografia. Em Jundiaí, Alexandre e João Janczur articulam técnica e humanismo ao retratar pessoas, natureza e espaço urbano. Esses conjuntos visuais ampliam a compreensão do território e se tornaram patrimônio compartilhado.

Clubes de fotografia, concursos e mostras coletivas aproximam iniciantes e profissionais, promovendo formação, crítica e circulação de trabalhos. Iniciativas como o Clube de Fotografia de Atibaia e eventos regionais estimulam saídas a campo, curadorias colaborativas e a digitalização de acervos. Na escola, a fotografia vira linguagem de investigação aos mapear patrimônios, registrar memórias de família, entender o ciclo agrícola. A curadoria regional, com editais, mostras temáticas e acervos digitais, organiza essa produção e facilita acesso público.

Assim, a prática fotográfica atua simultaneamente como arte, educação e preservação, garantindo que o Circuito se reconheça em imagens e transmita sua história às próximas gerações.

Photography: Memory and Regional Identity

Photography is more than a visual record — it is an act of preserving collective memory. It documents agricultural cycles, traditional crafts, urban transformations, and landscapes, blending aesthetics and storytelling.

Since the early decades of the last century, countless photographers have helped portray and safeguard the historical and cultural heritage of their time, leaving a precious legacy for future generations. Each image reveals the culture, everyday life, and beauty of the cities of the Circuito das Frutas, turning time itself into a living document and strengthening regional identity.

This tradition is reflected in remarkable journeys. In Valinhos, Haroldo Ângelo Pazinatto has built an archive that combines technical rigor with a sensitive gaze upon daily life. In Itatiba, the Parodi family — now in its fifth generation — has maintained a continuous effort to document the city and is working toward the creation of a Photography Museum.

In Jundiaí, Alexandre and João Janczur articulate technique and humanist vision while portraying people, nature, and the urban environment. Together, these visual collections expand our understanding of the territory and have become a shared cultural heritage.

Photography clubs, competitions, and collective exhibitions bring beginners and professionals closer together, encouraging training, critique, and the circulation of creative work. Initiatives such as the Atibaia Photography Club and regional events promote field trips, collaborative curatorship, and the digitization of archives. In schools, photography becomes a tool for investigation — mapping heritage sites, recording family memories, and understanding the agricultural cycle. Regional curatorship, through open calls, themed exhibitions, and digital archives, organizes this production and facilitates public access.

Thus, photographic practice operates simultaneously as art, education, and preservation — ensuring that the Circuito recognizes itself in images and transmits its history to the generations to come.

Artes literárias, festivais, saraus

A literatura não está isolada em bibliotecas ou salas de aula: ela circula. Praças recebem leituras públicas; escolas organizam oficinas de criação; bibliotecas municipais promovem encontros entre leitores e autores; grupos comunitários mantêm clubes de leitura e saraus. Esse movimento constante faz com que o livro deixe de ser apenas um objeto escolar e passe a ocupar o cotidiano como prática cultural, convivência e conversa entre gerações.

Autores da região produzem poesia, crônica, romance, ensaio e literatura infantil a partir de referências diretas, como a vida nas pequenas e médias cidades, a relação com a terra, as memórias de família, o imaginário da juventude e as histórias orais que atravessam décadas. Muitos publicam de forma independente, participam de coletâneas e circulam em feiras literárias regionais.

Entre as crianças, atividades como contação de histórias, jogos de linguagem, rodas de leitura e desafios de escrita ajudam a formar leitores. Mais do que “gostar de ler”, trata-se de desenvolver vocabulário, capacidade de atenção e compreensão de texto, além de aproximar as famílias da leitura como momento compartilhado, e não como obrigação.

Nos saraus, quem lê não apenas apresenta um texto, mas também se posiciona diante da própria realidade. Nos clubes de leitura, o livro vira ponto de partida para discutir temas sociais e estilos de escrita. Ler e comentar juntos cria laços comunitários.

Literary Arts, Festivals, and “Saraus”

Literature is not confined to libraries or classrooms — it circulates. Public squares host open readings; schools organize creative writing workshops; municipal libraries promote encounters between readers and authors; community groups sustain book clubs and poetry gatherings. This constant movement allows the book to leave the strictly academic realm and enter everyday life as a cultural practice — a space for coexistence, imagination, and conversations across generations.

Writers from the region produce poetry, short stories, novels, essays, and children’s literature inspired by what surrounds them: the rhythm of small and medium-sized cities, the relationship with the land, family memories, youth imagination, and the oral narratives passed down over decades. Many publish independently, contribute to anthologies, and circulate through regional literary fairs.

Among children, activities such as storytelling, language games, shared readings, and creative challenges help build future readers. More than encouraging a “love of reading,” these practices develop vocabulary, focus, and comprehension skills — and bring families closer to reading as a shared moment rather than an obligation.

At poetry gatherings, those who read are not just presenting a text — they are positioning themselves in relation to their own reality. In book clubs, literature becomes a starting point for discussing social issues and writing styles. Reading together, and reflecting together, weaves strong community bonds.

Jundiaí - Festa Literária Literary Festival
Louveira - Academia Louveirense de Letras e Artes
Louveira Academy of Letters and Arts

Arte nas ruas

A arte de rua faz parte do cotidiano e não depende de palco formal. Acontece no muro que muda de cor, no violão que interrompe o passo apressado de quem voltava para casa. Em feiras livres, praças e cruzamentos, músicos, atores e contadores de histórias aproximam a criação artística do público sem intermediação. Não é necessário comprar ingresso nem estar preparado para assistir: a arte aparece no caminho e convida à pausa.

Paredes antes sem vida ou degradadas passam a exibir cenas, frases, rostos, cores e símbolos que remetem à história local, mas também a temas atuais como identidade, preservação ambiental e respeito ao espaço comum. Os grafites funcionam como memória visual e também como posicionamento: ajudam a contar quem somos e o que defendemos.

Apresentações animam feiras, eventos e tardes comuns, levando cultura, alegria e reflexão a quem passa. Esses artistas de rua, com sua diversidade de linguagens e estilos, tornam-se parte essencial da paisagem urbana e da identidade cultural das cidades, valorizando a expressão popular como patrimônio vivo.

Em alguns pontos, intervenções visuais vão além da pintura e ocupam escadarias, passagens de pedestres e áreas de circulação com mosaicos, colagens, lambe-lambes e tipografias autorais. Elas criam rotas visuais e convidam o visitante a caminhar, fotografar, compartilhar. São marcas físicas de que há produção cultural viva e acessível, feita por gente da própria região.

Projetos de formação em arte urbana, oficinas de stencil e lettering, ações de mediação com escolas e editais de ocupação de muros ajudam a profissionalizar a prática e a afastar o estigma de vandalismo. A política cultural passa a reconhecer o artista de rua, garantir espaço seguro de experimentação, orientar o diálogo com moradores e preservar obras de relevância. O resultado é um modelo no qual o espaço público não é apenas circulação, mas também linguagem.

Street Art

Street art is part of everyday life — it does not depend on a formal stage. It happens on a wall that changes color, in a guitar that interrupts the hurried steps of someone returning home. In open-air markets, squares, and street corners, musicians, actors, and storytellers bring artistic expression directly to the public, without intermediaries. There is no need to buy a ticket or to be prepared to watch: art appears along the way and invites us to pause.

Walls once lifeless or deteriorated become vibrant canvases, displaying scenes, faces, colors, and symbols that evoke local history — but also address contemporary themes such as identity, environmental preservation, and respect for shared spaces. Graffiti becomes both visual memory and declaration: it helps tell who we are and what we stand for.

Performances brighten fairs, events, and ordinary afternoons, bringing culture, joy, and reflection to passersby. These street artists — with their diverse languages and styles — become essential elements of the urban landscape and cultural identity of the cities, elevating popular expression as a living heritage.

In some places, visual interventions extend beyond painting, occupying staircases, pedestrian passages, and circulation areas with mosaics, collages, wheatpaste posters, and original typography. They create visual pathways that invite people to walk, photograph, and share — physical markers of a vibrant cultural scene, made by the hands of local creators.

Training programs in urban art, stencil and lettering workshops, school-based mediation actions, and public calls for mural spaces help professionalize the practice and dispel the stigma of vandalism. Cultural policy begins to recognize street artists, ensuring safe environments for experimentation, fostering dialogue with communities, and preserving works of significance. The result is a model in which public space is not only a place of transit — but also a powerful form of language.

Vinhedo - Mosaico de Pastilhas de Elvis da Silva Mosaic of Tiles by Elvis da Silva
Jundiaí - Grafite no Viaduto da Avenida 9 de Julho Graffiti on the 9 de Julho Avenue overpass
Vinhedo - Artista de Rua Street Artist
Jundiaí - Miriam Fernandes
Artwork by Miriam Fernandes
Valinhos - Aldemir Cândido
Artwork by Aldemir Cândido

Artesanato

A produção artesanal é uma das expressões mais autênticas da cultura nas cidades do Circuito das Frutas. Em cada município, o trabalho manual revela a identidade local por meio de técnicas transmitidas entre gerações. Tecelagens, bordados, cerâmicas, esculturas em madeira, sabonetes artesanais e peças em crochê ou palha refletem a criatividade e a sensibilidade dos artesãos, que transformam matéria-prima simples em obras cheias de significado. Esses produtos, além de valor cultural, geram renda e fortalecem o turismo, sendo encontrados em feiras, centros culturais e nas tradicionais festas de cada cidade.

As Associações de Artesãos desempenham papel fundamental nesse cenário, promovendo espaços de valorização, capacitação e comercialização.

Em Itupeva e Indaiatuba, as Casas do Artesão reúnem o melhor da produção local, funcionando como pontos permanentes de exposição e venda, onde moradores e visitantes podem conhecer a arte feita com as próprias mãos. Já em Jundiaí, o projeto Feito à Mão apoia centenas de artistas e empreendedores criativos, oferecendo estrutura e visibilidade para quem vive da arte e do ofício. Essas iniciativas reforçam o sentimento de pertencimento e estimulam o empreendedorismo cultural.

Em Vinhedo, o Mercado das Artes tornou-se referência regional ao integrar arte, gastronomia e convivência em um mesmo espaço. Ali, o visitante encontra produtos exclusivos e pode conversar com os próprios criadores, conhecendo as histórias por trás de cada peça. Esse contato direto entre artista e público amplia o reconhecimento do trabalho artesanal e fortalece as redes de economia criativa do Circuito das Frutas. Assim, o artesanato se consolida como uma das mais belas formas de expressão cultural da região — onde tradição, talento e identidade caminham lado a lado.

Handicraft

Handicrafted production is one of the most authentic cultural expressions of the cities that make up the Circuito das Frutas. In each municipality, manual work reveals local identity through techniques passed down from generation to generation. Weaving, embroidery, ceramics, wood sculpture, handmade soaps, and pieces made of crochet or straw reflect the creativity and sensitivity of artisans who transform simple materials into objects full of meaning. Beyond their cultural value, these products generate income and strengthen tourism, being found in fairs, cultural centers, and during the traditional festivals of each city.

The Artisans’ Associations play a fundamental role in this scenario, promoting spaces for appreciation, training, and commercialization. In Itupeva and Indaiatuba, the Casas do Artesão (Artisans’ Houses) gather the best of local production, functioning as permanent spaces for exhibition and sales, where residents and visitors can experience art made by hand. In Jundiaí, the Feito à Mão (Handmade) project supports hundreds of artists and creative entrepreneurs, offering structure and visibility to those who live from art and craft. These initiatives reinforce the sense of belonging and stimulate cultural entrepreneurship.

In Vinhedo, the Mercado das Artes (Arts Market) has become a regional reference by integrating art, gastronomy, and social interaction in a single space. Visitors can find exclusive products and speak directly with the creators, learning the stories behind each piece. This direct connection between artist and audience enhances the recognition of artisanal work and strengthens the creative economy networks of the Circuito das Frutas. Thus, craftsmanship is consolidated as one of the region’s most beautiful cultural expressions — where tradition, talent, and identity walk hand in hand.

Jundiaí - Espaço Expressa Espaço Expressa
Jarinu - Centro Cultural Tao e Tama Sigulda Tao and Tama Sigulda Cultural Center

AMBIENTES CULTURAIS

CULTURE VENUES

Os municípios possuem uma rica rede de aparelhos culturais que sustentam e difundem a arte, a história e o conhecimento em toda a região. Centros culturais, museus e casas de memória preservam o patrimônio e abrem espaço para exposições, cursos e encontros comunitários.

Esses espaços, mantidos por prefeituras e instituições parceiras, funcionam como polos de convivência e aprendizado, reunindo artistas, estudantes e moradores em torno da produção cultural local. Em muitas cidades, são também sede de oficinas de música, dança, teatro e artes visuais, fomentando a criatividade e o acesso à cultura.

O Teatro Polytheama, em Jundiaí, é uma referência histórica no estado de São Paulo. O espaço recebe produções nacionais, mas também abriga temporadas de grupos locais, concertos, festivais estudantis, corais e orquestras formativas. Em Indaiatuba, o Centro Integrado de Apoio à Educação de Indaiatuba (CIAEI) oferece estrutura moderna para grandes apresentações e eventos educativos. Vinhedo e Valinhos mantêm auditórios municipais e espaços multiuso que abrigam peças teatrais, concertos, corais e festivais escolares, ampliando o acesso da população às artes cênicas e à música.

Os espaços voltados às artes visuais também se destacam. Ateliês independentes, galerias e casas de artistas são locais de criação, experimentação e exposição, onde o público pode acompanhar o processo artístico e participar de oficinas e vivências.

Itatiba, Louveira e Morungaba utilizam seus centros culturais como núcleos de formação: ali acontecem oficinas gratuitas de artes visuais, aulas de música, cursos de teatro e feiras de arte e artesanato que fortalecem a economia criativa local e dão visibilidade ao trabalho autoral. Já em Itupeva e Jarinu, o foco recai sobre as exposições de artistas locais e as feiras de artesanato, que unem arte, turismo e economia criativa em um mesmo circuito cultural.

Além disso, os cinemas e salas de exibição exercem papel fundamental na democratização do acesso ao audiovisual. Muitas cidades têm adaptado auditórios para projeções de filmes, festivais e mostras educativas. Em Jundiaí, por exemplo, o CineSolar e outras iniciativas itinerantes levam o cinema a espaços públicos, enquanto em Valinhos e Vinhedo há projetos que unem cinema, gastronomia e debates culturais.

The municipalities maintain a rich network of cultural spaces that sustain and disseminate art, history, and knowledge throughout the region. Cultural centers, museums, and heritage houses preserve memory while opening their doors to exhibitions, workshops, and community gatherings.

These spaces, supported by city governments and partner institutions, act as hubs of learning and community life — bringing together artists, students, and residents around local cultural production. In many cities, they are also home to music, dance, theater, and visual arts programs that nurture creativity and broaden cultural access.

Polytheama Theater, in Jundiaí, stands as a historic reference in the state of São Paulo. The venue hosts national productions, as well as seasons of local companies, concerts, student festivals, choirs, and training orchestras. In Indaiatuba, the Integrated Support Center for Education (CIAEI) offers a modern structure for major performances and educational events. Vinhedo and Valinhos operate municipal auditoriums and multipurpose spaces that receive plays, concerts, choirs, and school festivals — expanding access to the performing arts and music.

Spaces dedicated to the visual arts also play a key role. Independent studios, galleries, and artists’ houses provide places for creation, experimentation, and exhibition — where the public can follow artistic processes and participate in workshops and immersive activities.

Itatiba, Louveira, and Morungaba highlight their cultural centers as training hubs: free workshops in visual arts, music classes, theater courses, and fairs of art and handcrafts stimulate the creative economy and give visibility to local authorship.

In Itupeva and Jarinu, the focus lies on exhibitions by local artists and artisan fairs, connecting art, tourism, and creative industry into one cultural circuit.

Moreover, cinemas and screening venues are essential to democratizing access to audiovisual experiences. Many cities are adapting auditoriums for film screenings, festivals, and educational showcases. In Jundiaí, initiatives such as CineSolar take cinema to public spaces, while in Valinhos and Vinhedo, projects link film, gastronomy, and cultural dialogue.

Atibaia - Cine Itá Cultural Cine Itá Cultural
Indaiatuba - Centro Cultural Hermenegildo Pinto - “Piano” Hermenegildo Pinto “Piano” Cultural Center
Itatiba - Teatro Ralino Zambotto
Ralino Zambotto Theater
Vinhedo - Teatro Municipal Sylvia de Alencar Matheus
Sylvia de Alencar Matheus Municipal Theater
Louveira - Salão de Eventos Culturais Cultural Events Hall
Indaiatuba - Teatro CIAEI CIAEI Theater
Morungaba - Teatro Municipal
Fioravante Frare
Fioravante Frare Municipal Theater
Valinhos - Centro Cultural Vicente
Musselli
Vicente Musselli Cultural Center
Itupeva - Casa da Cultura Culture House

Museus

Em prédios históricos ou centros contemporâneos, os museus exibem acervos sobre imigração, cotidiano agrícola, memória urbana, fotografia e artes visuais. As exposições de longa duração apresentam objetos de trabalho, documentos, mapas e registros de família; as mostras temporárias aproximam artistas locais e temas atuais, renovando repertórios. Os espaços também servem para ações educativas, com oficinas de preservação, contação de histórias. Muitos locais mantêm arquivos e centros de documentação abertos a pesquisadores.

A experiência se completa com jardins, lojas e cafés, integrando o museu ao passeio pelas praças, feiras e roteiros gastronômicos. Dinâmicos e próximos da comunidade, esses locais valorizam a identidade do território sem depender de acervos monumentais, tornando a cultura acessível e viva no dia a dia das cidades.

Museums

Housed in historic buildings or contemporary centers, the museums showcase collections dedicated to immigration, rural life, urban memory, photography, and the visual arts. Permanent exhibitions feature work tools, documents, maps, and family records; temporary shows bring together local artists and current themes, constantly renewing perspectives. These spaces also serve educational purposes, hosting preservation workshops and storytelling sessions. Many maintain archives and documentation centers open to researchers.

The experience extends beyond the exhibitions, complemented by gardens, shops, and coffee shops that integrate the museum visit with strolls through nearby squares, markets, and gastronomic routes. Dynamic and deeply connected to their communities, these institutions celebrate local identity without relying on monumental collections— making culture accessible and alive in the everyday life of the cities.

Vinhedo - Memorial do imigrante Tuto Gasparini

Tuto Gasparini Immigrant Memorial

Atibaia - Museu Municipal João Batista Conti

João Batista Conti Municipal Museum

Vinhedo - Memorial de Arte Adelio Sarro

Adelio Sarro Art Memorial

Itatiba - Museu Histórico Municipal Padre Francisco de Paula Lima
Father Francisco de Paula Lima Municipal Historical Museum
Jundiaí - Museu Solar do Barão Solar do Barão Museum
Indaiatuba - Casarão Pau Preto Pau Preto Mansion
Jundiaí - Museu dos Ferroviários
Railway Workers Museum

Museus Ferroviários

A história do Circuito das Frutas está diretamente ligada ao trem. No fim do século XIX, as linhas da Companhia Paulista de Estradas de Ferro foram decisivas para escoar a produção agrícola, principalmente café, uva e figo, até a capital e o Porto de Santos. Esse passado ainda pode ser visto nos museus ferroviários e antigas estações preservadas.

Em Jundiaí, o Museu da Companhia Paulista ocupa parte do complexo ferroviário, reunindo locomotivas, vagões e documentos que narram a importância da ferrovia para o desenvolvimento regional. Em Valinhos, a estação histórica, hoje restaurada, funciona como espaço cultural e memorial ferroviário. Louveira e Itatiba também preservam suas estações.

Os locais exibem locomotivas, vagões, equipamentos de oficina, plantas, bilhetes e fotografias que explicam como os trilhos encurtaram distâncias, viabilizaram o escoamento da produção e influenciaram o desenho urbano. Antigas estações restauradas funcionam como centros de memória e espaços expositivos e galpões de tijolo aparente abrigam acervos e atividades educativas que abordam engenharia, trabalho e vida cotidiana nos tempos do apito.

As antigas estações também têm símbolo afetivo: a plataforma foi um lugar de encontros, despedidas e memórias que atravessam gerações.

Railway Museums

The history of the Circuito das Frutas is deeply intertwined with the train. In the late 19th century, the lines of the Companhia Paulista de Estradas de Ferro were decisive in transporting agricultural products—especially grapes and figs—to São Paulo and the Port of Santos. This legacy can still be witnessed today in railway museums and preserved historic stations.

In Jundiaí, the Companhia Paulista Railway Museum occupies part of the old railway complex, displaying locomotives, carriages, and documents that tell how the railroad fueled regional development. In Valinhos, the restored historic station now serves as a cultural venue and railway memorial. Louveira and Itatiba have also preserved their stations.

These sites display locomotives, railcars, workshop tools, blueprints, tickets, and photographs that reveal how the rails shortened distances, enabled the flow of agricultural goods, and shaped the urban landscape. Restored stations operate as memory centers and exhibition spaces, while brick-walled warehouses host collections and educational programs exploring engineering, labor, and daily life in the age of the whistle.

The old stations also hold emotional meaning: their platforms were once places of meetings, farewells, and memories that transcend generations.

Valinhos - Museu Municipal da Estação Ferroviária Railway Municipal Museum
Indaiatuba - Museu Ferroviário Railway Museum

RELIGIOSIDADE RELIGION

A religiosidade sempre foi um dos pilares da identidade cultural do Circuito das Frutas. Desde os tempos coloniais, as igrejas surgiram como centros de convivência e organização social, onde se reuniam moradores, imigrantes e viajantes. A fé, muitas vezes trazida nas malas dos primeiros colonizadores, foi preservada e se expressa até hoje em templos, festas e procissões que marcam o calendário da região.

Os municípios guardam verdadeiras joias da arquitetura religiosa. Em Atibaia, a Igreja Matriz de São João Batista, do século XVII, é uma das mais antigas do estado e referência do barroco paulista. Em Jundiaí, a Catedral Nossa Senhora do Desterro, inaugurada em 1661, domina a paisagem central com sua imponência e valor histórico.

Além das igrejas, a religiosidade se manifesta em romarias e festas tradicionais. Em Valinhos, a Festa de São Sebastião é uma das mais antigas, misturando devoção e celebração comunitária. Em Vinhedo, a Festa de Sant’Ana reúne fiéis em missas e procissões. Em Jarinu e Morungaba, as quermesses de paróquias movimentam a vida cultural, unindo fé e gastronomia típica.

A influência da imigração italiana é especialmente forte. Muitas famílias mantêm capelas em propriedades rurais, erguidas como forma de agradecer pela fertilidade da terra e pela prosperidade das colheitas. Essas pequenas construções são testemunhos silenciosos da fé que acompanhou os primeiros imigrantes.

Nos últimos anos, a diversidade religiosa também ganhou espaço, refletindo o pluralismo da sociedade. Igrejas evangélicas, centros espíritas e templos de matrizes africanas convivem com o catolicismo tradicional, mostrando como a região acolhe diferentes formas de espiritualidade.

Religiosity has always been one of the pillars of the Circuito das Frutas’ cultural identity. Since colonial times, churches have served as centers of community life and social organization, where residents, immigrants, and travelers would gather. Faith — often carried in the suitcases of the first settlers — has been preserved through the centuries and continues to express itself today in temples, festivals, and processions that shape the region’s cultural calendar.

The municipalities safeguard true gems of religious architecture. In Atibaia, the Church of Saint John the Baptist, built in the 17th century, is one of the oldest in the state and a hallmark of Paulista Baroque. In Jundiaí, the Cathedral of Our Lady of the Exile, inaugurated in 1661, dominates the city center with its grandeur and historical value.

Beyond the churches, religiosity manifests in pilgrimages and traditional festivals. In Valinhos, the Feast of Saint Sebastian is one of the oldest, blending devotion with community celebration. In Vinhedo, the Feast of Saint Anne brings together the faithful in masses and processions. In Jarinu and Morungaba, parish festivals and quermesses animate local life, uniting faith with regional cuisine.

The influence of Italian immigration is especially strong. Many families maintain small chapels on rural properties, built as gestures of gratitude for the fertility of the land and the abundance of the harvests. These humble constructions stand as silent witnesses of the faith that accompanied the early immigrants.

In recent years, religious diversity has also flourished, reflecting the pluralism of contemporary society. Evangelical churches, spiritist centers, and Afro-Brazilian temples coexist alongside traditional Catholicism, showing how the region embraces different forms of spirituality.

1 - Atibaia

Igreja São João Batista

2 - Valinhos

Igreja São Sebastião

3 - Louveira

Igreja São Sebstião

4 - Itupeva

Igreja São Sebastião

5 - Itatiba

Basílica Menor Nossa Senhora do Belém

6 - Vinhedo

Igreja Sant’Ana

7 - Jundiaí

Catedral Nossa Senhora do Desterro

8 - Jarinu

Igreja Nossa Senhora do Carmo

9 - Indaiatuba

Igreja Nossa Senhora da Candelária

10 - Morungaba

Igreja Imaculada Conceição

Indaiatuba - Mosteiro de Itaici
Itaici Monastery
Vinhedo - Mosteiro de São Bento
São Bento Monastery
Atibaia -Santuário de Schoenstatt Schoenstatt Shrine
Morungaba - Cruzeiro
Wayside Cross

Tucanos (página anterior)

Toucans (previous page)

Jaguatirica

Ocelot

MEIO AMBIENTE ENVIRONMENT

A paisagem reúne remanescentes de Mata Atlântica, áreas de recarga hídrica e solos férteis que sustentam a fruticultura. Aqui, produção e natureza caminham juntas: o microclima ameno, a diversidade de polinizadores e a proteção de nascentes são tão importantes quanto a poda ou a irrigação.

Parques ecológicos, trilhas e mirantes aproximam moradores e visitantes do valor do que precisa ser preservado, enquanto técnicas de manejo reduzem impactos e mantêm a produtividade.

Nos últimos anos, os produtores incorporaram práticas de agricultura sustentável com resultados concretos: sistemas de irrigação mais eficientes, manejo integrado de pragas, cobertura permanente do solo, compostagem e uso criterioso de insumos. Em propriedades familiares, a agroecologia e o plantio consorciado ampliam a biodiversidade e fortalecem a resiliência do cultivo.

Feiras e eventos destacam produtos orgânicos e de época, ajudando o consumidor a compreender a relação entre qualidade do alimento e saúde do ambiente. A educação ambiental percorre escolas, parques e propriedades abertas à visitação. Plantios de mudas, restauração de matas ciliares, oficinas sobre reciclagem e uso consciente da água formam uma geração mais informada e participativa.

No Circuito das Frutas, o meio ambiente sustenta a agricultura, qualifica o turismo e melhora a vida cotidiana. Preservar é, ao mesmo tempo, estratégia econômica, compromisso social e garantia de futuro.

The landscape brings together remnants of the Atlantic Forest, water recharge areas, and fertile soils that sustain fruit cultivation. Here, production and nature walk side by side: a mild microclimate, a diversity of pollinators, and the protection of springs are as essential as pruning or irrigation.

Ecological parks, trails, and viewpoints connect residents and visitors to the value of what must be preserved, while sustainable management techniques reduce impacts and maintain productivity.

In recent years, producers have adopted sustainable farming practices with tangible results: more efficient irrigation systems, integrated pest management, permanent soil cover, composting, and careful use of agricultural inputs. On family farms, agroecology and intercropping enhance biodiversity and strengthen crop resilience.

Fairs and events highlight organic and seasonal products, helping consumers understand the connection between food quality and environmental health. Environmental education extends through schools, parks, and open farms — where seedling plantings, riparian forest restoration, recycling workshops, and water conservation activities help form a more informed and engaged generation.

In the Circuito das Frutas, the environment sustains agriculture, enriches tourism, and improves everyday life. Preservation is, at once, an economic strategy, a social commitment, and a promise for the future.

Cutia Agouti
Quati Coati
Graxaim-do-mato
Crab-eating fox

Lesser Anteater

Veado-mateiro

Marmoset

Sagui
Red brocket deer Tamanduá-mirim
Brazilian bachelor’s button
Agapanto
African lily
Amarílis
Amaryllis
Helicônia Heliconia
Íris
Iris

Observação de Pássaros

A combinação de áreas rurais produtivas, fragmentos da Mata Atlântica e represas cria um mosaico de habitats que aproxima iniciantes e veteranos da observação de aves, com logística simples e fácil acesso.

O destaque natural da região é a Serra do Japi, em Jundiaí, um maciço coberto por remanescentes de Mata Atlântica que concentra cerca de 250 espécies. Ali, é possível registrar desde pássaros coloridos, como o tiê-preto e a saí-azul, até rapinantes como o gavião-carijó e pica-paus variados.

Fora dos ambientes florestais, pomares e áreas abertas revelam aves queridas pelos observadores: bem-te-vi, sabiá-laranjeira, tico-tico e joão-de-barro, entre outros.

No fim, o birdwatching é mais que contar espécies. É exercitar atenção, reconhecer os ritmos da paisagem produtiva, perceber que um pomar bem manejado e uma mata bem conservada podem ser vizinhos e aliados. É também um jeito de viajar sem pressa: ouvir o coro da manhã, acompanhar um voo sobre o parreiral, respirar o cheiro de folha úmida e voltar para casa com a sensação de ter aprendido um novo idioma: o das aves que dão voz à região.

Birdwatching

The combination of productive rural areas, fragments of Atlantic Forest, and reservoirs creates a mosaic of habitats that brings both beginners and seasoned birdwatchers closer to nature, with simple logistics and easy access.

The natural highlight of the region is the Serra do Japi, in Jundiaí — a mountain range covered by remnants of Atlantic Forest that shelters around 250 species. There, it is possible to spot everything from colorful birds such as the ruby-crowned tanager (tiê-preto) and the blue dacnis (saí-azul), to raptors like the roadside hawk (gavião-carijó) and several species of woodpeckers.

Outside the forest environments, orchards and open areas reveal birds much loved by observers: the great kiskadee (bem-te-vi), the rufous-bellied thrush (sabiálaranjeira), the rufous-collared sparrow (tico-tico), and the rufous hornero (joão-debarro), among many others.

In the end, birdwatching is more than counting species. It is an exercise in attention — learning to follow the rhythms of a productive landscape, to see that a well-managed orchard and a well-preserved forest can coexist as neighbors and allies.It is also a way of traveling without hurry: listening to the morning chorus, following a flight over the vineyards, breathing the scent of damp leaves, and returning home with the feeling of having learned a new language — the language of the birds that give voice to the region.

Áreas de Proteção e Hidrografia

A região se insere nas bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), um sistema que exige coordenação entre municípios para planejar captações, outorgas e usos múltiplos. Esse arranjo estimula práticas como terraceamento, curvas de nível, bacias de retenção e estradas rurais sustentáveis, diminuindo o carreamento de sedimentos.

Parte dos municípios integra áreas de proteção de mananciais que abastecem milhões de pessoas, com destaque para represas do Sistema Cantareira que envolvem Atibaia, Jarinu e Morungaba. Essa água chega às grandes cidades porque há florestas, solos protegidos e uso rural compatível. A equação é simples: sem mata ciliar, recarga de aquíferos e controle da erosão, não há segurança hídrica.

O território abriga fragmentos de Mata Atlântica em topos de morro e encostas, formando corredores que conectam fauna e flora. Unidades de conservação, Áreas de Proteção Ambiental e parques municipais funcionam como zonas de amortecimento para as áreas urbanas e rurais, reduzindo riscos de assoreamento e enchentes. Nas propriedades, a proteção legal de nascentes e cursos d’água, o respeito às Áreas de Proteção Permanente e a restauração de margens criam uma malha de microcorredores que melhora a qualidade da água e estabiliza encostas.

Jundiaí - Serra do Japi (página anterior) Japi Mountain Range (previous page)

Atibaia - Monumento Natural Estadual da Pedra Grande Pedra Grande State Natural Monument

Protected Areas and Water Systems

The region lies within the watersheds of the Piracicaba, Capivari, and Jundiaí rivers (PCJ) — a system that requires coordination among municipalities to manage water intake, usage rights, and multiple forms of use. This shared governance encourages practices such as terracing, contour plowing, retention basins, and sustainable rural roads, all of which help reduce sediment runoff.

Several municipalities include watershed protection areas that supply water to millions of people, notably the Cantareira System reservoirs, which encompass Atibaia, Jarinu, and Morungaba. This water reaches major urban centers because forests, protected soils, and responsible rural land use maintain the natural balance. The equation is simple: without riparian forests, aquifer recharge, and erosion control, there is no water security.

The territory shelters fragments of Atlantic Forest on hilltops and slopes, forming corridors that connect fauna and flora. Conservation units, Environmental Protection Areas (APAs), and municipal parks serve as buffer zones between urban and rural areas, helping to reduce the risks of silting and flooding. On private properties, the legal protection of springs and waterways, compliance with Permanent Preservation Areas (APPs), and the restoration of riparian margins create a network of micro-corridors that improve water quality and stabilize slopes.

Indaiatuba - Represa do Mirim
Mirim Dam
Itatiba/Louveira/Valinhos/VinhedoSerra dos Cocais
Cocais Mountain Range
Morungaba - Rio Jaguari
Jaguari River
Atibaia - Reserva do Vuna Vuna Reservoir
Itupeva - Rio Jundiaí
Jundiaí River
Valinhos - Rio Atibaia
Atibaia River
Atibaia - Represa da Usina
Usina Dam

PARQUES E BOSQUES PARKS AND WOODLANDS

Áreas verdes planejadas para caminhar, pedalar, respirar e encontrar amigos. Os espaços formam corredores ecológicos que favorecem fauna, sombra e conforto térmico. Lagos urbanos ajudam no equilíbrio hídrico, enquanto jardins botânicos e viveiros mantêm espécies nativas e proporcionam o desenvolvimento de projetos de educação ambiental. Academias ao ar livre e quadras poliesportivas garantem práticas esportivas.

Os espaços também fazem florescer eventos culturais: feiras, festivais, apresentações de corais e orquestras de viola, mostras de fotografia e ações de sustentabilidade são realizadas em parques e praças.

Famílias com crianças aproveitam playgrounds e gramados amplos; esportistas, pistas de caminhada e ciclovias; idosos, equipamentos de ginástica e bancos à sombra. Os espaços aproximam a população da natureza e fortalecem o sentimento de pertencimento.

Green areas designed for walking, cycling, breathing, and meeting friends. These spaces create ecological corridors that foster wildlife, shade, and thermal comfort. Urban lakes contribute to water balance, while botanical gardens and nurseries preserve native species and promote environmental education projects. Outdoor gyms and sports courts encourage physical activity.

These same spaces also make cultural life bloom: fairs, festivals, choir and viola caipira performances, photography exhibitions, and sustainability initiatives take place in parks and public squares.

Families with children enjoy playgrounds and open lawns; athletes make use of walking trails and bike paths; seniors find well-placed fitness stations and shaded benches. These public spaces bring people closer to nature and strengthen their sense of belonging.

Valinhos - CLT Ayrton Senna
Ayrton Senna CLT Jundiaí - Parque da Cidade (página anterior) City Park (previous page)
Vinhedo - Represa João Gasparini
João Gasparini Dam
Itatiba - Parque da Juventude Youth Park
Indaiatuba - Parque Ecológico
Ecological Park
Atibaia - Parque Edmundo Zanoni
Edmundo Zanoni Park
Louveira - Parque do Capivari
Capivari Park
Jarinu - Parque Municipal
Orestes Lorencini
Orestes Lorencini Municipal Park
Itupeva - Parque da Cidade City Park
Morungaba - Parque Ecológico Pedro Mineiro
Pedro Mineiro Ecological Park
Indaiatuba - Parque da Criança Children’s Park
Jundiaí - Mundo das Crianças
Children’s World

ENTRETENIMENTO ENTERTAINMENT

Se os parques públicos aproximam moradores da natureza, os empreendimentos privados projetam o Circuito no mapa do lazer. Na divisa de Itupeva com Vinhedo, o Hopi Hari atrai visitantes com seus brinquedos e áreas temáticas, enquanto o vizinho Wet’n Wild possui toboáguas e piscinas para os dias de calor. Em Itatiba, o Zooparque oferece uma experiência educativa de fauna e conservação, com trilhas, recintos amplos e ações de sensibilização ambiental.

A experiência soma adrenalina, educação e contato com a paisagem, em ambientes com padrões de segurança e atendimento profissional. Para famílias, são roteiros completos. Para os municípios, significam fomento econômico: empregos diretos e indiretos, demanda por hotelaria e gastronomia, além de maior tempo de permanência do turista.

While public parks bring residents closer to nature, private enterprises place the Circuito das Frutas on the leisure map. On the border between Itupeva and Vinhedo, Hopi Hari draws visitors with its rides and themed areas, while its neighbor Wet’n Wild offers water slides and pools for hot summer days. In Itatiba, the Zooparque provides an educational experience focused on wildlife and conservation, with trails, spacious enclosures, and environmental awareness activities.

Together, these attractions combine adrenaline, education, and contact with the landscape—within safe environments and under professional management. For families, they offer complete day-trip itineraries; for the municipalities, they represent economic growth through direct and indirect employment, increased demand for lodging and dining, and longer tourist stays.

Itatiba - Zooparque Zooparque
Vinhedo - Hopi Hari
Hopi Hari
Itupeva - Parque Aquático Wet’n Wild Wet’n Wild Water Park
Atibaia - Outlet Fernão Dias Fernão Dias Outlet
Itupeva - Outlet Premium São Paulo
São Paulo Outlet Premium

Outlet

Os dois outlets da região funcionam como portas de entrada para quem vem às compras e, no processo, descobre gastronomia, parques e roteiros culturais da região.

Variedade, preço e conforto, somados a acessos diretos por rodovias, fazem dessas áreas paradas naturais para quem viaja em família ou em grupo.

Em Itupeva, o Outlet Premium São Paulo opera no km 72 da Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), em formato open mall. Inserido no polo Serra Azul, vizinho a parque temático, parque aquático, shopping e hotel, ele integra compras e lazer no mesmo perímetro, o que alonga a permanência do visitante e favorece pernoites e novas combinações de passeio.

Em Atibaia, o Outlet Fernão Dias fica no km 44 da BR-381. A proximidade com a capital atrai fluxos de bate-volta e viagens em família, muitas vezes combinadas com cafés coloniais, mirantes serranos e visitas a produtores locais.

Do ponto de vista do turismo regional, os outlets funcionam como âncoras que distribuem demanda pelos municípios vizinhos: quem vem comprar costuma incluir um almoço em restaurantes locais, visitas a vinícolas e propriedades rurais, ou programar um fim de semana combinando parques e experiências de natureza. Resultado: maior tempo de permanência, ticket médio mais alto por viagem e mais visibilidade para atrativos do Circuito.

Outlet

The region’s two outlets serve as gateways for visitors drawn by shopping, who in turn discover the area’s gastronomy, parks, and cultural routes.

Variety, affordability, and comfort—combined with direct highway access—make these destinations natural stops for families and group travelers.

In Itupeva, the Outlet Premium São Paulo is located at kilometer 72 of the Bandeirantes Highway (SP-348), in an open-mall format. Part of the Serra Azul complex—adjacent to a theme park, water park, shopping center, and hotel—it brings together shopping and leisure in the same area, encouraging longer stays and overnight visits.

In Atibaia, the Outlet Fernão Dias sits at kilometer 44 of the BR-381. Its proximity to São Paulo attracts day-trippers and families who often combine their visit with colonial cafés, mountain viewpoints, and tours of local producers.

From a regional tourism perspective, the outlets act as anchors that distribute visitor flow among neighboring cities: shoppers frequently include lunch at local restaurants, visits to wineries and rural properties, or plan a weekend blending parks and nature experiences. The result: longer stays, higher spending per trip, and greater visibility for the attractions of the Circuito das Frutas.

ESPORTES SPORTS

Entre serras, vales e represas, o Circuito tem opções esportivas para todos os gostos. Nas alturas, Atibaia é referência de voo livre: paraglider e asa-delta decolam da Pedra Grande, atraindo pilotos e competições. No campo, a herança japonesa mantém o beisebol vivo, enquanto Indaiatuba abriga campos e escolas de golfe, ampliando a oferta para iniciantes e praticantes experientes. A água também tem vez: lagos urbanos e represas recebem caiaque e canoagem recreativa, boas portas de entrada para quem busca condicionamento com baixo impacto.

Em terra batida, a vocação off-road aparece em trilhas de motocross e roteiros 4×4 que ligam municípios por estradas vicinais. Há percursos de nível leve a técnico, com travessias de rios, subidas íngremes e trechos de mata fechada, cenário clássico de eventos que movimentam pousadas, restaurantes e oficinas locais.

A equitação completa o quadro: haras espalhados oferecem cavalgadas, romarias a cavalo e programas de equoterapia, conectando tradição tropeira e bem-estar contemporâneo. Para quem prefere adrenalina controlada entre amigos, arenas de paintball surgem como atividade de grupo em áreas verdes.

O grande diferencial da região é a variedade em curtas distâncias. Em uma manhã, dá para pedalar por estradas de terra, atravessar um bairro rural e fechar o roteiro num lago para remada leve.

A malha de esportes se integra ao turismo, com cafés rurais para o pós-treino, feiras de produtores, visitas a apiários e alambiques. Resultado: experiências que combinam condicionamento físico, paisagem e hospitalidade.

Amid mountains, valleys, and reservoirs, the Circuito offers sporting experiences for every taste. High above, Atibaia is a national landmark for free flight: paragliders and hang gliders take off from the Pedra Grande (Great Rock), drawing pilots and competitions. On the ground, Japanese heritage keeps baseball alive, while Indaiatuba is home to golf courses and academies that welcome both beginners and seasoned players. Water sports also thrive here: urban lakes and reservoirs host kayaking and recreational canoeing—perfect for those seeking low-impact fitness in a scenic setting.

On dirt tracks, the region’s off-road spirit takes shape in motocross trails and 4×4 routes linking towns through country roads. Courses range from easy to technical, featuring river crossings, steep climbs, and stretches of dense forest—classic landscapes for events that energize local inns, restaurants, and workshops.

Equestrianism completes the picture: scattered ranches offer horseback rides, pilgrimages, and equine therapy programs, bridging traditional tropeiro culture and modern well-being. For those seeking controlled adrenaline with friends, paintball arenas emerge as popular outdoor group activities.

The region’s great advantage lies in its variety within short distances. In a single morning, one can cycle along dirt roads, cross a rural neighborhood, and end the route with a gentle paddle on a lake.

This network of sports naturally blends with tourism—rural cafés for post-ride breaks, farmers’ markets, visits to apiaries and distilleries. The result: experiences that combine fitness, landscape, and hospitality.

Atibaia - Paragliders na Pedra Grande Paragliders at Pedra Grande
Jarinu - Motocross no SP Race Park Motocross at SP Race Park
Valinhos - 4x4 off-road Off-road 4x4
Atibaia - Kart no Kartódromo de Atibaia Go-karting at the Atibaia Kart Circuit
Atibaia - Beisebol Baseball
Vinhedo - Rúgbi Rugby
Itupeva - Fazenda da Grama Country & Golf Club
Fazenda da Grama Country & Golf Club
Cavalgada do Circuito das Frutas Circuito das Frutas Horseback Ride
Indaiatuba - Equitação Horse Riding
Indaiatuba - Polo Polo
Jundiaí - Skate de Velocidade Downhill Skateboarding
Indaiatuba - Skate no Parque Ecológico Skate at Ecological Park
Valinhos - Camping Macuco Macuco Fishing Park
Jundiaí - Caiaque no Centro Náutico do Parque da Cidade
Kayaking at the City Park Nautical Center
Itupeva - Venda do Quilombo, ponto de encontro de ciclistas
Venda do Quilombo, meeting point for cyclists

Ciclismo e Hiking

O relevo do Circuito favorece treinos de estrada e rotas de cicloturismo. Não é raro cruzar triatletas ao longo das rodovias; já quem busca moutain bike contemplativo encontra estradas rurais sombreadas por pomares e cercas vivas. A lógica é escolher percursos com segurança e paisagem. Um charme especial é viajar entre cidades só por estradas de terra: sair de Jundiaí, passar por Louveira e Vinhedo, seguir a Itatiba; ou cruzar Jarinu e a represa rumo a Atibaia.

Em Itatiba, a estrada de terra que corta a Fazenda Santana é segura; em Jundiaí, o ponto de encontro no bairro Santa Clara leva a circuitos que margeiam a Serra do Japi; em Louveira, a trilha da bica conecta alambiques e sítios; a Gruta do Quilombo exige mais técnica e liga Itupeva a Indaiatuba por fazendas centenárias, o rio Jundiaí e trechos de gado. Em Vinhedo, a trilha do Macaco rende pedal fácil e prazeroso; já Valinhos oferece as subidas da Serra dos Cocais.

Para hiking/trekking, a região oferece do leve ao exigente: trilhas de mata com mirantes, caminhos com pedras, percursos por áreas de reflorestamento e nascentes. Em serras, há trilhas demarcadas.

Na Serra do Itapetinga, em Atibaia, quatro trilhas levam à Pedra Grande, cartão-postal do município. Há opções mais tranquilas e caminhos que requerem equipamento profissional. Em Jundiaí, a Serra do Japi tem trilhas que cruzam cachoeiras, ruínas, áreas de reflorestamento e nascentes, ótimas para observação de fauna e flora.

Cycling and Hiking

The Circuito’s terrain favors road training and cycling routes. It’s not uncommon to encounter triathletes along the highways, while those seeking a more contemplative mountain bike experience find rural roads shaded by orchards and living hedges. The key is to choose routes that combine safety and scenery. One of the region’s charms is traveling between cities exclusively on dirt roads: starting in Jundiaí, passing through Louveira and Vinhedo, continuing to Itatiba; or crossing Jarinu and the reservoir on the way to Atibaia.

In Itatiba, the dirt road crossing Fazenda Santana is safe and pleasant; in Jundiaí, the meeting point in the Santa Clara neighborhood connects to circuits that border the Serra do Japi; in Louveira, the Bica Trail links distilleries and small farms; the Gruta do Quilombo Trail is more technical, connecting Itupeva to Indaiatuba through century-old farms, the Jundiaí River, and grazing pastures. In Vinhedo, the Macaco Trail offers an easy and enjoyable ride, while Valinhos features the steep climbs of the Serra dos Cocais.

For hiking and trekking, the region offers trails ranging from easy to challenging: forest paths with viewpoints, stony tracks, and routes through reforested areas and springs. In the mountain ranges, trails are clearly marked.

In the Serra do Itapetinga, in Atibaia, four trails lead to the Pedra Grande, the city’s postcard landmark. Some are gentle and relaxing, while others demand professional equipment. In Jundiaí, the Serra do Japi features trails that cross waterfalls, ruins, reforested areas, and natural springs — perfect for observing local flora and fauna.

Morungaba - Ciclismo de Estrada Road Cycling
Indaiatuba - Velódromo Municipal Municipal Velodrome
Indaiatuba - Ciclismo de Montanha Mountain Biking

Itupeva - Hiking Hiking

Jundiaí - Hiking Hiking

Jundiaí - Hiking Hiking

TURISMO TOURISM

O Circuito das Frutas se descobre pela estrada. Entre colinas e vales, uma malha de rodovias modernas e estradas vicinais bem cuidadas integra os municípios e encurta distâncias: em poucos minutos, o visitante vai de um café rural a um parque urbano, de um centro cultural a um mirante. Essa conectividade faz da região um destino versátil, amigável para quem vem de carro e quer montar roteiros dinâmicos.

Há parques e bosques para caminhadas e piqueniques; fazendas históricas e de experiência com visitas guiadas; colha e pague e almoços no campo; vivências ecológicas que transformam a natureza em sala de aula; museus, centros culturais e arquitetura que preservam memória; esportes em múltiplos níveis, de voo livre a cavalgadas; parques temáticos e outlets que completam o leque de lazer e compras; e uma gastronomia que vai do fogão a lenha ao menu de autor.

Essa diversidade permite dois formatos de viagem. Para bate-volta, é fácil combinar três atividades em um dia: manhã de natureza ou esporte, almoço rural e tarde cultural ou de compras. Para estadia prolongada, hotéis-fazenda são um convite ao descanso.

Aqui, cada quilômetro rende história, paisagem e acolhimento; cada desvio de terra pode virar descoberta. É o interior bem conectado, pronto para passeios de um dia ou para ser vivido com calma.

Valinhos - Rodovia D. Pedro I (SP-065), km 122, no acesso à Rodovia dos Agricultores Dom Pedro I Highway (SP-065), km 122, access to the Farmers Highway

The Circuito das Frutas is best discovered by road. Between rolling hills and valleys, a network of modern highways and well-kept country roads weaves the municipalities together and shortens distances: in just a few minutes, visitors can go from a rural café to an urban park, from a cultural center to a scenic overlook. This connectivity makes the region a versatile destination—perfect for travelers exploring by car and seeking dynamic itineraries.

There are parks and woodlands for walks and picnics; historic and experiential farms offering guided visits; pick-and-pay orchards and country-style lunches; ecological experiences that turn nature into an open-air classroom; museums, cultural centers, and architecture that safeguard memory; sports for all levels, from paragliding to horseback riding; theme parks and outlets that complete the leisure and shopping experience; and a gastronomy that ranges from rustic wood-fired stoves to fine signature cuisine.

This diversity allows for two styles of travel. For day trips, it’s easy to combine three experiences in one day: a morning in nature or sport, a countryside lunch, and an afternoon of culture or shopping. For longer stays, fazenda hotels offer rest and serenity.

Here, every kilometer rewards the traveler with history, scenery, and hospitality; every dirt road detour may become a new discovery. It’s the well-connected countryside — ready for a one-day journey or to be lived at a slower, more contemplative pace.

Indaiatuba - Escola Municipal Ambiental Bosque do Saber Bosque

Vivências Ecológicas e Rurais

As propriedades de educação ambiental transformam a terra em sala de aula. Roteiros estruturados recebem escolas e turistas em grupos. O conteúdo recorre ao “aprender fazendo” e a uma promessa simples: sair sabendo mais do que se sabia ao chegar, com as mãos um pouco sujas e a cabeça mais limpa.

Na compostagem, se aprende a separar resíduos, cortar, umedecer, cobrir, esperar. Minhocários mostram trabalho invisível que vira adubo; crianças entendem que cascas têm futuro e que lixo é, muitas vezes, matéria-prima mal interpretada.

A agrofloresta apresenta vocabulário novo: consórcios, sucessão ecológica, estratos. O que poderia soar distante aparece em cenários, com leguminosas alimentando o chão, árvores guardando a água, culturas de ciclo curto abrindo caminho para as de ciclo longo.

A captação de chuva e os cuidados com a mata ciliar deixam de ser conceitos abstratos: tubos, calhas, barris e curvas de nível mostram como cada gota pode ser guardada para o momento certo.

Ao fim, um lanche rural, com pães de fermentação longa, frutas da estação e sucos, vira conversa sobre sazonalidade e compras diretas. Recolher o próprio lixo educa sem discurso. O visitante descobre que sustentabilidade é rotina, caminho repetido, gentileza com o lugar.

Para o território, o efeito é concreto: turismo educativo distribuindo renda, valorização de produtos locais, fortalecimento de redes econômicas. Para quem participa, ficam habilidades praticáveis como separar resíduos, plantar, economizar água, observar. A paisagem, antes cenário, passa a ser tema: cada trilha conta uma história, cada abelha explica um pomar, cada canteiro ensina sobre o tempo das coisas.

A educação ambiental é um encontro entre método e encantamento. O roteiro cabe em relatório, mas também na lembrança: o tato do húmus, a luz atravessando as folhas, o rumor da água no barril.

Alunos voltam com tarefas praticáveis (minhocário doméstico, ervas em vaso, separação de resíduos); famílias descobrem cafés rurais e feiras de produtores; o território consolida um turismo educativo que distribui renda, reduz desperdício e reforça vínculos com a paisagem. Aprender aqui é pertencer.

Ecological and Rural Experiences

Environmental education properties turn the land itself into a classroom. Structured programs welcome school groups and visitors, guided by a simple promise: to leave knowing more than when they arrived — with slightly dirtier hands and a clearer mind.

In composting, participants learn to separate waste, cut, moisten, cover, and wait.

Worm farms reveal the invisible work that becomes fertilizer, helping children understand that peels have a future — and that “trash” is often just misunderstood raw material.

Agroforestry introduces a new vocabulary: intercropping, ecological succession, and plant strata. What might sound abstract comes to life in real settings — legumes feeding the soil, trees retaining water, and short-cycle crops preparing the way for long-cycle ones.

Rainwater harvesting and riparian forest conservation cease to be abstract concepts when visitors see pipes, gutters, barrels, and contour lines demonstrating how every drop can be saved for the right time.

At the end, a country-style snack — with naturally leavened breads, seasonal fruits, and fresh juices — becomes a conversation about seasonality and direct trade. Collecting one’s own waste teaches without preaching. Visitors discover that sustainability is a routine, a repeated path, a gesture of kindness toward the place.

For the territory, the impact is tangible: educational tourism generates income, adds value to local products, and strengthens regional networks. For participants, it cultivates practical skills — sorting waste, planting, saving water, observing. The landscape, once a backdrop, becomes the lesson itself: every trail tells a story, every bee explains an orchard, every garden bed teaches the rhythm of time.

Environmental education is where method meets wonder. The itinerary fits neatly in a report — but also lingers in memory: the feel of humus between the fingers, sunlight filtering through the leaves, and the soft murmur of water inside a barrel.

Students return home with practical assignments — a small household worm farm, herbs planted in pots, or waste sorting at home. Families discover rural cafés and local farmers’ markets, while the region strengthens an educational form of tourism that distributes income, reduces waste, and deepens the bond with the landscape. Learning here means belonging.

do Saber Environmental Municipal School

Vinhedo - Sítio Frediani

Frediani Country House

Itupeva - Sítio Sassafraz

Sassafraz Country House

Itupeva - Apiário Nona Emília

Nona Emília Apiary

Itatiba - Fazendinha Cheiro do Mato Cheiro do Mato Little Farm
Jundiaí - Fazenda Montanhas do Japi Montanhas do Japi Farm
Morungaba - Fazenda Santa Maria Santa Maria Farm

Fazendas

As fazendas do Circuito das Frutas combinam patrimônio, produção agrícola e hospitalidade em formatos bem definidos. As históricas preservam casas-sede, terreiros e alambiques, oferecendo visitas guiadas, roteiros fotográficos e degustações de sucos, cachaças, vinhos artesanais e compotas. As de experiência/colha-pague apostam em pomares pedagógicos, trilhas curtas e piqueniques; na safra, o visitante colhe uva, morango, figo, goiaba e participa de oficinas de geleias, pães e queijos. As de eventos transformam sedes, celeiros e jardins em cenários para casamentos e celebrações.

Haras e fazendas de cavalgada oferecem passeios por estradas de terra. Fazendasparque reúnem arvorismo, tirolesa, pesque-pague, aluguel de bikes e day use, atendendo famílias e grupos corporativos.

Nas fazendas gastronômicas, almoços no campo, brunchs e jantares sazonais valorizam produtos locais. As ecofazendas oferecem observação de aves ao amanhecer, práticas de bem-estar e rotinas sustentáveis (compostagem, energia solar, captação de chuva).

Em todas elas, a proposta é direta: aprender, provar, celebrar e desacelerar entre pomares e alamedas, conectando a memória agrícola da região a experiências atuais de lazer e gastronomia.

Farms

The farms of the Circuito das Frutas blend heritage, agricultural production, and hospitality in well-defined formats. The historic farms preserve their main houses, courtyards, and distilleries, offering guided tours, photographic routes, and tastings of fresh juices, artisanal cachaças, wines, and preserves. The experience or “pick-and-pay” farms focus on educational orchards, short trails, and picnics; during harvest season, visitors can pick grapes, strawberries, figs, and guavas, and take part in workshops on jam-making, bread, and cheese. The event farms transform their manor houses, barns, and gardens into scenic venues for weddings and celebrations.

Equestrian farms and ranches offer horseback rides along dirt roads, while park farms feature activities like canopy walks, zip lines, fishing ponds, bike rentals, and day-use programs, welcoming both families and corporate groups.

In the gastronomic farms, open-air lunches, brunches, and seasonal dinners highlight local ingredients. Eco-farms invite visitors to enjoy birdwatching at sunrise, wellness activities, and sustainable practices such as composting, solar energy use, and rainwater harvesting.

Across all of them, the proposal is clear: to learn, taste, celebrate, and slow down among orchards and tree-lined paths, connecting the region’s agricultural memory to contemporary experiences of leisure and gastronomy.

Louveira - Fazenda Santo Antônio Santo Antônio Farm

Atibaia - Fazenda Paraíso Paraíso Farm

Jundiaí - Fazenda Nossa Senhora da Conceição Nossa Senhora da Conceição Farm

Jundiaí

Jarinu - Fazenda Terra Brasil
Terra Brasil Farm
Itatiba - Fazenda Pereiras Pereiras Farm
- Fazenda Ribeirão Ribeirão Farm

Ciência e Tecnologia

Olhar para cima também é viajar. O Circuito tem três referências oficiais para quem quer aprender astronomia.

Em Atibaia, o Rádio Observatório Pierre Kauffmann mergulha no universo das ondas de rádio: antenas e receptores “ouvem” o Sol e outras fontes celestes, mostrando que nem toda observação depende de lentes e espelhos. O espaço tem enorme valor educativo para entender clima espacial, espectro eletromagnético e instrumentação.

Em Valinhos, o Observatório Abrahão de Moraes (IAG/USP) é um laboratório de pesquisa com tradição em ótica: oferece noites de observação que revelam a Lua em relevo, Júpiter com suas faixas e satélites, Saturno com anéis, além de oficinas e palestras que conectam céu, física e tecnologia.

Já em Itatiba, o Planetário Municipal Professor Benedito Rela traduz o firmamento em linguagem acessível: sob a cúpula digital, é possível “viajar” por estações, constelações e eclipses, com sessões guiadas alinhadas a conteúdos escolares e trilhas para iniciantes.

Para além desses polos, cresce a observação em propriedades privadas — sítios, fazendas e hotéis que programam noites de céu com telescópios portáteis e manejo de luz pensado para a experiência. Nesses encontros, a atividade costuma seguir um roteiro simples: briefings de céu a olho nu (orientação por estrelas brilhantes e constelações), sequência no telescópio (Lua, planetas e aglomerados, conforme a época) e oficinas rápidas: planisférios, astrofotografia básica, leitura de aplicativos.

O ambiente rural ajuda: menos poluição luminosa, horizontes abertos e a possibilidade de combinar a vivência com trilhas ao entardecer.

Science and Technology

Looking up is also a form of travel. The Circuito das Frutas offers three official landmarks for those who wish to explore astronomy.

In Atibaia, the Pierre Kauffmann Radio Observatory dives into the universe of radio waves: antennas and receivers “listen” to the Sun and other celestial sources, revealing that not all observation depends on lenses and mirrors. The facility has great educational value, helping visitors understand space weather, the electromagnetic spectrum, and scientific instrumentation.

In Valinhos, the Abrahão de Moraes Observatory (IAG/USP) is a research laboratory with a long tradition in optics. It offers observation nights where the Moon’s relief, Jupiter’s bands and moons, and Saturn’s rings come to life through the telescope — complemented by workshops and lectures connecting the sky, physics, and technology.

In Itatiba, the Professor Benedito Rela Municipal Planetarium translates the firmament into accessible language. Beneath its digital dome, visitors can “travel” through the seasons, constellations, and eclipses, guided by sessions aligned with school content and beginner-friendly trails.

Beyond these official centers, stargazing is growing across private properties — farms, ranches, and hotels that host night-sky experiences with portable telescopes and carefully managed lighting. These gatherings usually follow a simple format: a nakedeye sky briefing (orientation using bright stars and constellations), followed by telescope sessions (Moon, planets, and star clusters depending on the season), and quick handson workshops on planispheres, basic astrophotography, and the use of astronomy apps.

The rural setting enhances the experience, offering less light pollution, open horizons, and the opportunity to enjoy hiking trails at sunset.

Itatiba - Planetário Municipal Professor Benedito Rela

Professor Benedito Rela Municipal Planetarium

Valinhos - Observatório Abrahão de Moraes - USP

Abrahão de Moraes Observatory

Atibaia - Rádio Observatório Pierre Kauffmann - INPE

Pierre Kauffmann Radio Observatory

Roteiros da Uva e do Vinho

O enoturismo é hoje um dos principais atrativos do Circuito das Frutas. Entre parreirais centenários e adegas familiares que atravessam gerações, a região consolidou roteiros da uva e do vinho que misturam paisagem rural, herança imigrante e gastronomia. Não se trata apenas de visitar vinhedos: é uma experiência construída em torno da cultura da uva, desde a colheita direto do pé até a mesa do produtor, passando pela degustação de vinhos artesanais, sucos, licores e conservas caseiras. Em áreas onde a imigração italiana fincou raízes no final do século XIX, as antigas propriedades agrícolas se abriram ao visitante e transformaram a rotina do campo em atração turística. É comum entrar em uma adega pequena, conduzida pela mesma família há décadas, provar vinhos feitos de variedades tradicionais da região e, logo depois, sentar para um almoço típico, com massa fresca e embutidos.

Alguns roteiros já nasceram formais, com sinalização, mapa e identidade própria, e hoje funcionam como porta de entrada para quem quer conhecer essa tradição. Outros percorrem estradas vicinais e bairros rurais, conectando parreirais, alambiques, empórios de produtos artesanais e festas sazonais ligadas à uva e ao vinho. Em todos eles, a lógica é parecida: o visitante pode participar do processo, aprender como a fruta é cultivada, entender como o vinho local é produzido e levar para casa algo que não saiu de uma grande escala industrial, mas de um território específico. Os espaços, cercados pela natureza, oferecem uma experiência completa, unindo o prazer da boa mesa à tranquilidade do ambiente rural.

Esses percursos contam também uma história econômica. A viticultura, que um dia impulsionou a ocupação e a identidade dessas cidades, hoje ajuda a sustentar pequenos produtores, mantém vivas técnicas tradicionais e ancora um turismo de fim de semana que movimenta restaurantes, acolhimento rural e comércio direto. Mais que bebida, o vinho aqui é memória engarrafada.

Grape and Wine Routes

Wine tourism has become one of the main attractions of the Circuito das Frutas. Among century-old vineyards and family-run wineries passed down through generations, the region has established grape and wine routes that blend rural landscapes, immigrant heritage, and gastronomy. It is not only about visiting vineyards: it is an experience shaped around the culture of the grape — from harvesting directly off the vine to tasting artisanal wines, juices, liqueurs, and homemade preserves at the producer’s table. In areas where Italian immigrants took root at the end of the 19th century, former agricultural properties have opened their gates to visitors, transforming daily rural life into a tourism experience. It is common to walk into a small winery that has been operated by the same family for decades, taste wines made from traditional regional varieties, and soon after sit down for a typical meal — fresh pasta and cured meats included.

Some wine routes were designed from the start with signage, maps, and their own visual identity, and today serve as gateways for those who wish to discover this tradition. Others follow backroads and rural neighborhoods, connecting vineyards, distilleries, local markets, and seasonal festivals dedicated to grapes and wine. In all of them, the premise is the same: visitors are invited to participate in the process — learning how the fruit is grown, how local wines are produced, and taking home something not made on an industrial scale, but rooted in a specific landscape and community. Surrounded by nature, these places offer a complete experience, where gastronomy meets the serenity of the countryside.

These itineraries also tell an economic story. Viticulture, which once propelled the growth and identity of these cities, continues to support small producers, keep traditional techniques alive, and sustain a weekend tourism economy that energizes restaurants, rural hospitality, and direct commerce. More than a beverage, wine here is bottled memory.

Louveira - Plantação de Uva Grape Plantation
Jundiaí - Vinícola Castanho Castanhho Winery
Atibaia - Espaço Nardini
Nardini Wine Cellar

Itupeva - Restaurante Família

Family Menegon Restaurant

Wine Museum Cultural Center

Vinhedo - Adega Família Ferragut

Family Ferragut Wine Cellar

Jundiaí - Espaço Cultural Museu do Vinho
Menegon

Jundiaí - Adega e Vinícola Santa Cecília Santa Cecília Wine Cellar and Winery

Jundiaí - Adega Marquesin Marquesin Wine Cellar

Louveira - Vinícola Micheletto Micheletto Winery

Atibaia - Fazenda Paraíso Paraíso Farm
Itatiba - Fazenda Dona Carolina Dona Carolina Farm Louveira - Sítio Registro Registro Country House

Alambiques

Os alambiques ajudam a contar outra história da região. A cana entrou cedo como atividade produtiva nos municípios. A lógica era a de engenho: cultivo próprio, moagem da cana, produção de garapa, melaço, rapadura e, principalmente, aguardente. Isso gerou uma cultura de destilação que virou tradição familiar. Com o tempo, o café assumiu papel dominante e depois veio a diversificação das culturas, com as uvas de mesa e outras frutas. Mas a cana nunca desapareceu totalmente.

Muitas famílias mantiveram pequenos canaviais para sustentar a produção de cachaça artesanal. Esse elo direto entre a lavoura de cana e o alambique é o que sustenta, hoje, as rotas de cachaça de várias cidades do Circuito.

O diálogo com o pomar é antigo: frutas frescas viram licores por maceração (casca, polpa ou sementes imersas em álcool neutro ou na própria cachaça) e aguardentes de fruta obtidas por fermentação e destilação do mosto de uva, jabuticaba, caqui, pêssego ou ameixa. Há também o uso do bagaço da uva para destilados.

Parte dessas bebidas recebe envelhecimento em madeiras brasileiras (amburana, bálsamo, jequitibá), que adicionam notas de baunilha, coco, especiarias e mel, perfis que combinam com infusões de casca cítrica, figo em calda, morango ou uva niagara.

Em várias cidades, o visitante pode acompanhar a produção da cachaça desde a colheita até a destilação em alambique de cobre, conhecer áreas de envelhecimento em barris de madeira e terminar a visita com degustação da aguardente e de licores. Fazendas históricas mantêm alambiques ativos há décadas e oferecem vivências completas, que incluem demonstração do processo, refeição e harmonização de sabores da roça.

Alguns alambiques são verdadeiros pontos turísticos, preservando equipamentos antigos, moendas e barris gigantes usados nas primeiras gerações da família. Há casos em que a cachaça artesanal é tratada como patrimônio local: destilarias são apresentadas como orgulho da cidade, fazem parte da agenda de visitação oficial e aparecem em roteiros promovidos pelos municípios.

Ao visitar um alambique tradicional e ouvir que aquela receita “é a mesma do avô”, não se trata de romantismo ou marketing. É, literalmente, resquício vivo do ciclo da cana de açúcar na região.

Distilleries

The distilleries tell another chapter of the region’s story. Sugarcane arrived early as a productive activity in these municipalities. The system followed the logic of the engenho: growing their own cane, milling, producing cane juice, molasses, rapadura, and, above all, cachaça. This fostered a family-based distillation culture that became a long-standing tradition. Over time, coffee took the lead role, followed later by agricultural diversification with table grapes and other fruits. Yet sugarcane never fully disappeared. Many families preserved small cane fields to sustain the production of handcrafted cachaça. That direct link between the cane fields and the copper still remains the foundation of the cachaça routes found today across several cities in the Circuit.

Its dialogue with the orchards is also deep-rooted: fresh fruits become liqueurs through maceration—peels, pulp, or seeds immersed in neutral alcohol or in the cachaça itself—and fruit spirits made by fermenting and distilling the must of grapes, jabuticaba berries, persimmons, peaches, or plums. Grape pomace is also used for fine distillations

Some of these beverages age in native Brazilian woods such as amburana, bálsamo and jequitibá, which add hints of vanilla, coconut, spices, and honey—aromas that harmonize beautifully with infusions of citrus peel, candied figs, strawberries, or Niagara grapes.

In many cities, visitors can follow the production of cachaça from harvest to distillation in copper stills, explore the wooden-barrel aging rooms, and end their tour with tastings of spirits and liqueurs. Historical farms keep distilleries running as they have for decades, offering immersive experiences that include demonstrations, meals, and pairings with the flavors of the countryside.

Some distilleries have become true tourist attractions, preserving antique machinery, presses, and the giant barrels used by earlier generations of the family. In several cases, artisanal cachaça is seen as cultural heritage: distilleries are celebrated as symbols of local pride, officially included in tourism routes, and promoted by municipal programs.

When visiting a traditional distillery and hearing that the recipe “is the same as grandpa’s,” it is neither an act of nostalgia nor a marketing phrase. It is, quite literally, a living remnant of the region’s sugarcane cycle.

Cervejarias

A cultura cervejeira ganhou espaço próprio no Circuito das Frutas e hoje já faz parte da identidade turística da região. O movimento começou pequeno, com produção artesanal feita em escala familiar, e evoluiu para fábricas estruturadas, taprooms abertos à visitação e até roteiros oficiais dedicados à degustação.

Jundiaí promove a “Rota da Cerveja Artesanal”, que reúne uma série de marcas locais, e coloca a degustação de chope e cervejas especiais no mesmo patamar das rotas de vinho e de herança cultural da cidade. Itupeva também abriga um pequeno polo cervejeiro com três fábricas, que oferecem chope puro malte em diferentes estilos (pilsen, gold, ale e escuro) e rótulos sazonais sem processos de filtragem nem pasteurização, o que reforça o apelo de “cerveja fresca” na torneira. Visitas guiadas consolidam a cidade como parada para quem quer conhecer produção independente de cerveja, e não só consumir. Itatiba e Atibaia também possuem pequenos produtores que apostam no combo de cerveja de qualidade, harmonização com pratos e comida de boteco e música ao vivo.

As frutas, é claro, também se fazem presente em rótulos especiais. Goiaba, jabuticaba e amora aparecem em sours, witbiers e IPAs. A fruta entra para dar cor, acidez e aroma frescos e é uma forma de incorporar, no copo, o mesmo patrimônio símbolo do Circuito.

As cervejarias, seja com visitação ao processo de produção, ou disponíveis em agradáveis bares, ajudam a criar um novo tipo de turismo na região: em vez de só comprar produtos locais, o visitante passa a circular entre rótulos autorais, conversa com quem fabrica e incorpora a cultura cervejeira como mais um selo de identidade do interior paulista.

Breweries

The craft beer culture has claimed its own place in the Circuito das Frutas and today forms part of the region’s tourism identity. What began on a small scale—familybased brewing—has grown into structured breweries, taprooms open for visits, and even official tasting routes.

Jundiaí promotes the “Craft Beer Route,” which brings together a collection of local brands and elevates the tasting of draft and specialty beers to the same level as the city’s wine routes and cultural heritage itineraries. Itupeva also hosts a small brewing hub, home to three factories offering pure-malt draft beer in different styles—pilsner, gold, ale, and dark—alongside seasonal labels produced without filtration or pasteurization, reinforcing the appeal of fresh beer straight from the tap. Guided tours have positioned the city as a must-stop destination for those who want to understand independent beer making, not just drink it. Itatiba and Atibaia likewise nurture small producers who combine quality beer with food pairings, bar snacks, and live music.

Fruits, of course, also find their place on special labels. Guava, jabuticaba, and mulberries appear in sours, witbiers, and IPAs. The fruit brings color, acidity, and fresh aromas—a way to pour into the glass the very heritage that symbolizes the Circuit.

Whether through visits to their production facilities or served in welcoming taprooms and bars, breweries help define a new form of tourism in the region. Instead of simply purchasing local products, visitors move among original labels, speak directly with their makers, and embrace beer culture as yet another emblem of the São Paulo countryside.

Indaiatuba - Cervejaria Itaici
Itaici Brewery

Jundiaí - Jardim Botânico Botanical Garden

Atibaia - Bonsai da Regina Suzuki

Regina Suzuki’s Bonsai

Atibaia - Orquidário Takebayashi Takebayashi Orchid Greenhouse

Outras Experiências

O Circuito das Frutas também oferece atrações que fogem do roteiro óbvio. Em Vinhedo, por exemplo, o visitante pode tomar um café da manhã em um castelo inspirado em arquitetura medieval, cenário de torres, salões temáticos e jardins fotogênicos, que virou programa de final de semana e atrai quem procura algo “de conto de fadas” bem perto de casa. O local também recebe festas de formatura, casamentos e eventos corporativos.

Jundiaí, mais conhecida pelo patrimônio de imigração italiana, também possui a Rota Turística Afro, um circuito que reconhece e coloca em primeiro plano a presença negra na formação social, econômica e cultural da cidade. Os roteiros incluem centros culturais e gastronomia de matriz africana, e surgem com proposta declarada de valorizar a memória afrodescendente como parte oficial da identidade local.

Algumas cidades abrigam pistas de automodelismo e aeromodelismo, que sediam encontros e campeonatos de carros e aviões em miniatura, controlados por rádio. Essas arenas, mantidas por clubes e associações locais, movimentam um público apaixonado por engenharia, simulando corridas e voos e transformando garagens e galpões em autódromos e hangares em miniatura.

Atibaia explora a paisagem de outro jeito: do alto. Além dos saltos de asadelta e paraglider, a Pedra Grande também oferece balonismo, em um cenário deslumbrante aos olhos do turista.

Com atrativos que vão muito além de vivências rurais ligadas às frutas, o Circuito se consolida com a proposta de oferecer experiências de nicho, com identidade própria, que façam cada cidade ser lembrada por algo que não existe em qualquer lugar.

Other Experiences

The Circuito das Frutas also offers attractions that escape the obvious. In Vinhedo, for example, visitors can enjoy breakfast in a castle inspired by medieval architecture — a backdrop of towers, themed halls, and photogenic gardens that has become a popular weekend outing for those seeking a “fairy-tale” experience close to home. The venue also hosts graduation parties, weddings, and corporate events.

Jundiaí, widely known for its Italian immigrant heritage, also features the Afro Tourism Route — an itinerary that recognizes and highlights the presence of Black communities in the city’s social, economic, and cultural development. The route includes cultural centers and Afro-Brazilian gastronomy, and carries a clear mission: to affirm Afro-descendant memory as an essential and official component of local identity.

Some cities are home to radio-controlled car and aircraft tracks, which host meetings and championships of miniature vehicles and airplanes. Maintained by local clubs and associations, these arenas attract enthusiasts passionate about engineering, transforming garages and hangars into miniature racetracks and airfields.

Atibaia explores the landscape from a different perspective — from above. In addition to hang gliding and paragliding, Pedra Grande also offers hot-air balloon flights, presenting visitors with a breathtaking view of the territory below.

With attractions that go far beyond rural experiences related to fruit growing, the Circuit is establishing itself with the goal of offering niche experiences, each with its own identity — making every city memorable for something unique that cannot be found anywhere else.

Jundiaí - Rota Turística Afro Afro Tourist Route
Vinhedo - Castelo dos Vinhais Castle of the Vineyards

Jundiaí - Pista de Aeromodelismo no Parque da Cidade Aeromodelling Field at the City Park

Jundiaí - Pista de Automodelismo off road no Parque da Cidade Off-road Radio-controlled Car Track at the City Park

Louveira - Encontro Anual de Ferreomodelismo Annual Model Railway Meeting

GASTRONOMIA

GASTRONOMY

A cena gastronômica do Circuito das Frutas combina frescor de origem com mão de chef. Nos centros urbanos, a proximidade com grandes polos formadores atrai cozinheiros com repertório internacional que apresentam técnica precisa e respeito ao produto local. A técnica contemporânea convive com receitas afetivas. O resultado é um cardápio urbano vibrante, que conversa com o terroir sem cair no clichê rural.

Há casas de degustação com poucos lugares, bistrôs de autoria, trattorias de massa fresca, parrillas de fogo baixo, pizzarias de fermentação natural, pâtisserie de precisão e cafeterias com grãos selecionados. Bares de coquetelaria trabalham infusões de ervas da região, xaropes de frutas e destilados de alambiques vizinhos; wine bars apostam em vinhos brasileiros e rótulos naturais.

No campo, fazendas gastronômicas oferecem almoços ao ar livre e jantares de colheita. Ingredientes locais como uva niagara, figo, goiaba, pêssego, cogumelos, méis, pimentas e ervas aparecem em saladas crocantes, molhos equilibrados, sobremesas elegantes.

Mercados e feiras reúnem produtores que trabalham pães de longa fermentação, queijos artesanais, embutidos de pequena escala e conservas.

Potência do campo e mão de chefs experientes: é essa dobradinha que faz do Circuito um lugar onde o urbano também tem sabor de descoberta.

The gastronomic scene of the Circuito das Frutas blends farm freshness with the touch of skilled chefs. In the urban centers, proximity to major culinary schools attracts cooks with international backgrounds who combine precise technique with deep respect for local ingredients. Contemporary cuisine coexists with dishes rooted in memory. The result is a vibrant urban menu that reflects the region’s terroir without falling into rural clichés.

There are intimate tasting rooms, signature bistros, fresh-pasta trattorias, slow-fire parrillas, natural-fermentation pizzerias, precise pâtisseries, and cafés serving selected specialty beans. Cocktail bars craft infusions using regional herbs, fruit syrups, and spirits from nearby distilleries, while wine bars feature Brazilian labels and natural wines.

In the countryside, gastronomic farms offer open-air lunches and harvest dinners. Local ingredients — Niagara grapes, figs, guavas, peaches, mushrooms, honey, peppers, and herbs — appear in crisp salads, balanced sauces, and refined desserts.

Markets and fairs bring together producers who specialize in naturally leavened breads, artisanal cheeses, small-batch charcuterie, and preserves.

It is this combination — the strength of the countryside and the expertise of seasoned chefs — that makes the Circuito das Frutas a place where the urban table still tastes like discovery.

Ingredientes do campo

O campo do Circuito abastece a mesa e inspira produtos. Pequenos produtores e agroindústrias artesanais vem diversificando a paisagem com pimentas, cogumelos, ervas culinárias e apiários, ingredientes que reforçam identidade, agregam valor e ampliam o calendário de experiências turísticas.

Pimentas crescem em canteiros e estufas. Variedades como biquinho, dedode-moça, jalapeño e habanero convivem com cultivos mais raros. A colheita escalonada alimenta uma cadeia criativa de produtos: molhos fermentados, geleias agridoce, conservas em óleo, pimentas defumadas e pós artesanais. A fermentação láctica, cada vez mais comum, dá profundidade de sabor e estabilidade. Parte da produção abastece restaurantes locais e feiras, aproximando quem planta de quem cozinha.

Sistemas sombreados e manejo controlado de umidade sustentam o cultivo de diferentes tipos de cogumelos. Produtores aproveitam toras de eucalipto ou substratos à base de serragem e farelos, fechando ciclos com reaproveitamento do material pós-colheita como adubo. O resultado é um ingrediente fresco, colhido no ponto, que chega às mesas em risotos, grelhados, conservas e pastas. Visitas guiadas mostram inoculação, frutificação e boas práticas de higiene.

Manjericão, alecrim, sálvia, tomilho, hortelã e coentro ganham espaço em sistemas agroecológicos. Além da venda in natura, cresce a oferta de ervas desidratadas, sais aromatizados e óleos macerados. Para chefs e mercearias, a possibilidade de comprar ervas colhidas no dia muda o padrão de frescor dos pratos. As colmeias espalhadas entre pomares e matas produzem méis de diferentes floradas (cítricos, silvestre, eucalipto), além de própolis, pólen, cera e hidromel. A apicultura dialoga com a fruticultura ao favorecer polinização e produtividade, e exige manejo responsável: distância de áreas urbanas, controle sanitário e rastreabilidade.

Field Ingredients

The countryside of the Circuito das Frutas not only supplies the table — it also inspires new products. Small producers and artisanal agro-industries are diversifying the landscape with peppers, mushrooms, culinary herbs, and beehives, ingredients that strengthen local identity, add value, and expand the calendar of tourism experiences.

Peppers thrive in garden beds and greenhouses. Varieties such as biquinho, dedode-moça, jalapeño, and habanero grow alongside rarer cultivars. The staggered harvest sustains a creative chain of products: fermented sauces, sweet-and-spicy jams, peppers preserved in oil, smoked blends, and handcrafted powders. Increasingly common, lactic fermentation deepens flavor and ensures stability. Part of the production supplies local restaurants and fairs, connecting those who grow to those who cook.

In shaded systems with controlled humidity, producers cultivate a range of mushroom species. Eucalyptus logs or sawdust-based substrates are used efficiently, closing cycles by turning post-harvest residue into fertilizer. The result is a fresh, perfectly timed ingredient that reaches the table in risottos, grilled dishes, preserves, and spreads. Guided visits reveal the process — from inoculation and fruiting to hygiene practices.

Basil, rosemary, sage, thyme, mint, and coriander are flourishing in agroecological systems. Beyond the sale of fresh herbs, there’s growing demand for dried blends, aromatic salts, and infused oils. For chefs and specialty grocers, sourcing herbs harvested the same day elevates the freshness standard of every dish.

Beekeeping complements this ecosystem. Hives scattered among orchards and forests produce honeys from various blooms — citrus, wildflower, and eucalyptus — as well as propolis, pollen, beeswax, and mead. Apiculture and fruit growing work hand in hand: bees enhance pollination and productivity, while responsible management — distance from urban areas, sanitary control, and traceability.

Café Rural

Uma manhã sem pressa nos cafés rurais começa pelo caminho: estrada vicinal, cheiro de terra úmida e a vista dos pomares. Ao chegar, o visitante encontra varandas amplas, mesas de madeira e um balcão que exibe quitutes feitos ali mesmo. No cardápio, cafés especiais moídos na hora; leites de fazenda e bebidas com frutas da estação; pães de fermentação natural, broas de milho, bolos simples e tortas com recheios de frutas. Há compotas, geleias, mel de apiários locais, manteiga, queijos e frios artesanais; sanduíches de forno, quiches e empadas; sucos naturais, chás de ervas do jardim.

A experiência vai além da mesa. Crianças circulam entre gramados e brinquedos de madeira, famílias caminham por trilhas curtas até o pomar, casais escolhem mesas à sombra para uma conversa longa. Muitos espaços oferecem visita guiada: explicam a colheita, mostram a horta, apresentam a torra do café ou o processo de uma geleia.

O ritmo é de acolhimento: atendimento feito pelos próprios produtores, histórias de família, receitas que passam de geração em geração.

Sair de um café rural é levar um pouco do território: um pote de geleia, um pacote de café, um mel floral, e a sensação de que a manhã ganhou mais horas porque foi vivida sem pressa, com sabor e conversa.

Rural Café

An unhurried morning at the rural cafés begins on the way there — along quiet country roads, with the scent of damp earth and views of the orchards. Upon arrival, visitors are welcomed by wide verandas, wooden tables, and a counter displaying homemade delicacies. The menu features freshly ground specialty coffees, farm milk, and drinks made with seasonal fruits; naturally leavened breads, corn cakes, and fruitfilled pies and tarts. Shelves are lined with preserves, jams, local honey, butter, artisanal cheeses, and cold cuts — alongside baked sandwiches, quiches, and savory pies, complemented by fresh juices and herbal teas.

The experience goes beyond the table. Children play on lawns and wooden toys, families stroll along short trails leading to the orchards, and couples choose shaded tables for long conversations. Many of these places offer guided visits, showing the harvest process, vegetable gardens, coffee roasting, or how a jam is made from scratch.

The rhythm is one of warm hospitality — service offered by the producers themselves, stories of family life, and recipes passed down from generation to generation.

Leaving a rural café means taking a piece of the land with you: a jar of jam, a bag of coffee, a pot of floral honey, and the feeling that the morning has gained extra hours — lived unhurriedly, filled with flavor and conversation.

INDAIATUBA
ITATIBA
ITUPEVA
JARINU
JUNDIAÍ
LOUVEIRA
MORUNGABA
VALINHOS
VINHEDO
ATIBAIA

ESTATÍSTICAS

STATISTICS

ATIBAIA

Área Territorial Total / Territorial Area

478,521 km²

População Total / Population

158.647 pessoas

Densidade demográfica / Demographic Density

331,54 hab/km²

PIB per capita (média) / GDP per capita

R$ 57.512,36

INDAIATUBA

Área Territorial Total / Territorial Area

311,545 km²

População Total / Population

255.748 pessoas

Densidade demográfica / Demographic Density

820,9 hab/km²

PIB per capita (média) / GDP per capita

R$ 87.525,86

ITATIBA

Área Territorial Total / Territorial Area

322,269 km²

População Total / Population

121.590 pessoas

Densidade demográfica / Demographic Density

377,29 hab/km²

PIB per capita (média) / GDP per capita

R$ 66.360,02

ITUPEVA

Área Territorial Total / Territorial Area

200,876 km²

População Total / Population

70.616 pessoas

Densidade demográfica / Demographic Density

351,54 hab/km²

PIB per capita (média) / GDP per capita

R$ 130.938,58

JARINU

Área Territorial Total / Territorial Area

207,549 km²

População Total / Population

37.535 pessoas

Densidade demográfica / Demographic Density

180,85 hab/km²

PIB per capita (média) / GDP per capita

R$ 96.153,71

JUNDIAÍ

Área Territorial Total / Territorial Area

431,204 km²

População Total / Population

443.221 pessoas

Densidade demográfica / Demographic Density

1027,87 hab/km²

PIB per capita (média) / GDP per capita

R$ 135.081,20

LOUVEIRA

Área Territorial Total / Territorial Area 55,738 km²

População Total / Population

51.847 pessoas

Densidade demográfica / Demographic Density 930,19 hab/km²

PIB per capita (média) / GDP per capita

R$ 385.773,53

MORUNGABA

Área Territorial Total / Territorial Area

146,752 km²

População Total / Population

13.720 pessoas

Densidade demográfica / Demographic Density 93,49 hab/km²

PIB per capita (média) / GDP per capita

R$ 45.445,18

VALINHOS

Área Territorial Total / Territorial Area

148,538 km²

População Total / Population

126.373 pessoas

Densidade demográfica / Demographic Density 850,78 hab/km²

PIB per capita (média) / GDP per capita

R$ 59.842,76

VINHEDO

Área Territorial Total / Territorial Area 80,95 km²

População Total / Population

76.540 pessoas

Densidade demográfica / Demographic Density 945,52 hab/km²

PIB per capita (média) / GDP per capita

R$ 154.054,53

Rodovias e aeroportos

Se os trilhos abriram caminho no passado, foram as rodovias modernas e a rede aérea próxima que consolidaram a região como polo agrícola, turístico e logístico. A localização estratégica entre a capital e a Região Metropolitana de Campinas ganha potência quando se soma à qualidade das vias e à capilaridade dos acessos locais.

Os eixos Anhanguera (SP-330) e Bandeirantes (SP-348) costuram o território, conectando os municípios à Grande São Paulo e ao interior. A Dom Pedro I (SP-065) fecha o triângulo, ligando Campinas a Atibaia e cruzando cidades como Itatiba, Jarinu e Valinhos, o que encurta o trajeto às rotas gastronômicas e aos polos de visitação. As rodovias Eng. Constâncio Cintra (SP-360) e Romildo Prado (SP-063) encurtam distâncias para caminhos rurais entre Jundiaí, Itatiba e Louveira.

Pelas rodovias seguem, diariamente, uvas, figos, goiabas e caquis para centros de distribuição e indústrias; por elas também chegam turistas para as festas de safra, os parques e as propriedades rurais. Estradas vicinais completam a malha: revitalizadas, levam o visitante até a porteira do produtor e garantem o escoamento da colheita.

Essa infraestrutura viária redesenhou o mapa urbano: a presença junto aos principais corredores impulsionou parques temáticos, centros de compras, hotéis e serviços, diversificando a economia sem romper o vínculo com o campo. O resultado é um território onde agricultura, indústria leve e comércio se alimentam mutuamente, com tempo de deslocamento reduzido e previsibilidade logística.

No ar, a conectividade amplia horizontes. O Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, é o grande elo de cargas e passageiros, chave para exportar frutas perecíveis e receber visitantes de outras regiões. Os aeródromos regionais completam o desenho: em Jundiaí, o Aeroporto Estadual Comandante Rolim Adolfo Amaro impulsiona a aviação executiva e a formação de pilotos; Atibaia e Indaiatuba mantêm operações de pequeno porte.

Estradas e aeroportos formam um sistema único: garantem que o fruto chegue fresco, que o turista chegue rápido e que a região siga competitiva, conectada e fiel à sua vocação.

Highways and airports

If the railways once opened the way in the past, it was the modern highways and nearby air network that consolidated the region as an agricultural, touristic, and logistical hub. Its strategic location — between São Paulo’s capital and the Metropolitan Region of Campinas — gains strength from the quality of its roads and the extensive network of local access routes.

The Anhanguera (SP-330) and Bandeirantes (SP-348) highways weave through the territory, connecting the municipalities to Greater São Paulo and the state’s interior. Dom Pedro I (SP-065) completes the triangle, linking Campinas to Atibaia and crossing cities such as Itatiba, Jarinu, and Valinhos — shortening the route to gastronomic destinations and tourist centers. The highways Eng. Constâncio Cintra (SP-360) and Romildo Prado (SP-063) shorten the distance to rural routes between Jundiaí, Itatiba, and Louveira.

Every day, grapes, figs, guavas, and persimmons travel these roads toward distribution centers and processing industries, while the same routes bring tourists to harvest festivals, parks, and rural properties. Revitalized local roads complete the network, taking visitors directly to the farmers’ gates and ensuring efficient transport of the harvest.

This road infrastructure has reshaped the urban landscape: proximity to major corridors has spurred the growth of theme parks, shopping centers, hotels, and services, diversifying the economy without breaking its bond with the countryside. The result is a territory where agriculture, light industry, and commerce sustain one another — with shorter travel times and greater logistical reliability.

In the air, connectivity broadens horizons. The Viracopos International Airport in Campinas serves as a vital hub for both cargo and passengers, key to exporting perishable fruits and welcoming visitors from other regions. Regional airfields complete the picture: in Jundiaí, the Comandante Rolim Adolfo Amaro State Airport supports executive aviation and pilot training, while Atibaia and Indaiatuba maintain smaller-scale operations.

Roads and airports form a single integrated system: ensuring that fruit arrives fresh, tourists arrive quickly, and the region remains competitive, connected, and true to its vocation.

Rodovia D. Pedro, trevo km 129 D. Pedro Highway, interchange at km 129

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Índices para catálogo sistemático:

Créditos das Imagens

Acervo Cida Gallo – pág 13

Alf Ribeiro – pág 21, pág 40 (1)

André Boccato – pág 68 (2)

Daniel Pieri – pág 61 (2)

Eliel Rocha – pág 62 (2)

Guto Ambar – pág 133 (2)

Haroldo Pazinatto – pág 14 (2)

Jasso Souza – pág 28

Jéssica Soranz – pág 56 (1), pág 67 (3)

João Batista – pág 71 (2)

Raphael Chiavone – pág 66 (2)

Divulgação – pág 25, pág 26, pág 27, pág 29, pág 44, pág 45, pág 58 (1), pág 59 (1), pág 59 (2), pág 59 (3), pág 61, pág 62 (1), pág 63 (2), pág 65 (1), pág 66 (1), pág 67 (1) (2), pág 68 (1), pág 71 (1), pág 73 (2), pág 83(3), pág 134 (1), pág 146, pág 151 (1) (2), pág 164(1) (2).

Envato: pág 37 (3), pág 39 (1) (2) (6), pág 40 (2) (3) (4), pág 96, pág 131 (2), pág 135 (2), pág 154 (1), pág 157 (3), pág 165 (3), pág 167, pág 168 (4) (6) (9), pág 177 (4) (6) (9) (10)

Editor - Editor ANA LÚCIA F. DOS SANTOS

SOPHIA ORLANDI THABATA DE ANDRADE ALVES

Textos - Texts ROBERTO PEREIRA

Produção - Production EDU HENTSCHEL

Fotografia - Photography MÁRCIO MASULINO

Assistente - Assistant RICARDO VILLELA

Impressão - Print by MAISTYPE

VERSÃO DIGITAL

As demais 265 imagens são de Márcio Masulino circuitodasfrutas.art.br

Patrocínio Realização

Nossas cerejeiras são um imponente legado da imigração japonesa.
Our cherry trees are a living legacy of Japanese immigration.

No campo, a infância floresce junto com a terra: livre, simples e cheia de aprendizado. In the countryside, childhood blossoms along with the land — free, simple, and full of learning.

Patrocínio Realização
ATIBAIA INDAIATUBA ITATIBA ITUPEVA JARINU JUNDIAÍ LOUVEIRA MORUNGABA VALINHOS VINHEDO

Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.