Saúde Mental e Bem Estar

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Saúde Mental e Bem Estar

Theartofliving, R. Magritte (1967)

Revista produzida pela turma 12ºA

AE Dr. Manuel Laranjeira 2023

SAÚDE SEXUAL

…………..... Carlos Santos, Duarte Sá, João Brandão, Rodrigo Pereira, Rodrigo Pinto

POTENCIALIDADES DA MÚSICA NA SAÚDE MENTAL

Álvaro Gonçalves, Bárbara Vieira, Daniela Loio, Margarida Ramos

COMPORTAMENTO ADITIVO E SAÚDE MENTAL

Ana Vieira, Jorge Marques, Leonor Pimentel, Matilde Mendes, Rodrigo Moreira

AS POTENCIALIDADES DO DESPORTO NA SAÚDE MENTAL E FÍSICA

Carlos Ramos, Francisco Zenha, João Rocha, Santiago Oliveira

PROMOÇÃO DA SAÚDE EMOCIONAL

Bia Alves, Isabel Morgado, Mariana Pinto

PROMOÇÃO DA SAÚDE EMOCIONAL NA CRIANÇA HOSPITALIZADA

Adriana Moreira, Alexandra Moreira, Leonor Fernandes

ÍNDICE

SAÚDE SEXUAL

A saúde sexual é um tema que ao longo dos últimos anos tem sido cada vez mais abordado e alvo de debate. Esta, em conjunto com a saúde mental, tem uma forte influência no nosso bem-estar e deve ser valorizada.

O que é a saúde sexual e a sexualidade?

Não é possível abordar saúde sexual sem primeiro definir sexualidade, já que esta fundamenta comportamentos e resultados importantes a ela relacionados. Assim, a sexualidade é tida como um contacto entre pessoas que provoca um dado tipo de prazer. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a sexualidade é também experimentada e expressa em pensamentos, fantasias, desejos, crenças, atitudes, valores, comportamentos, práticas, papéis e relacionamentos.

Agora que definimos sexualidade, podemos explicar o que é realmente a saúde sexual: a saúde sexual refere-se às áreas da medicina envolvidas com a reprodução humana, com o comportamento sexual, com as DST (doenças sexualmente transmissíveis) e com os métodos contracetivos. Podemos dizer que é um estado de bem-estar tanto físico, como emocional, mental ou social em relação à sexualidade, não sendo apenas a ausência de DST.

Sexualidade do ponto de vista biológico

A sexualidade tem também a sua componente biológica que deve ser compreendida e estudada, para que consigamos, não só conhecer melhor o nosso corpo, mas também melhorar a nossa saúde sexual.

A nossa sexualidade experimenta várias alterações ao longo da vida, principalmente durante a puberdade. Esta corresponde à fase evolutiva, dos 10 aos 19 anos, onde acontecem importantes mudanças psicossociais que alteram as nossas emoções e comportamentos influenciando a nossa saúde sexual.

Vamos agora“dissecar”osistemaendócrino,deformaacompreender asrespostasdo nosso corpo ao estímulo sexual. O sistema endócrino é composto por um grupo de glândulas e órgãos que regulam e controlam várias funções do organismo por meio da produção e secreção de hormonas. As hormonas são substâncias químicas que afetam a atividade de outra parte do corpo, atuando como mensageiros que controlam e coordenam as atividades de todo o organismo. Não são só as hormonas têm implicação na nossa sexualidade, mas também muitos neurotransmissores e substâncias bioquímicas, que em diversas combinações podem aumentar ou inibir a motivação sexual. Algumas das hormonas mais importantes para a saúde sexual são as seguintes:

 Testosterona: a ação da testosterona a nível central (sistema nervoso central) tem influência no desejo sexual, em pensamentos e fantasias sexuais, qualidade e número de ereções, influencia o humor, a capacidade de adquirir

conhecimento e a memória. Além disso, são os níveis de testosterona que regulam a produção de espermatozóides.

 Estrogénios: responsáveis por manter carateres como mamas e a vascularização na mucosa vaginal, importante, por exemplo, na lubrificação em resposta ao estímulo erótico; no género masculino, o estrogénio diminui os níveis de testosterona, reduzindo o desejo sexual. Para além disso, juntamente com a progesterona, regulam e mantêm o ciclo menstrual e ovárico, permitindo que a mulher seja fértil e se possa reproduzir.

 Dopamina: responsável pela pulsão sexual nos seres humanos (tem relação direta com a testosterona); desempenha papel nos vínculos, aprendizagem social e recompensa.

 Ocitocina: aumenta durante a fase da excitação, tem uma explosão libertadora no orgasmo, voltando a valores basais depois, contribuindo também para o período refratário (de descanso), modulando a sensação de felicidade, amor e afeto.

 Serotonina: tem uma ação de forma geral negativa na resposta sexual e na ejaculação; pode aumentar o período refratário (de descanso) com a sensação de bem-estar.

 Endorfina: é liberada durante e depois do ato sexual e melhora quase imediatamente o humor, diminuindo as tensões do dia a dia e reduzindo os efeitos do stress no corpo. A alta quantidade de endorfina melhora ainda o fortalecimento do sistema imunológico, diminuindo assim as probabilidades de infeções por vírus e bactérias.

Como pode a saúde sexual influenciar a saúde mental?

A saúde sexual é influenciada pela sexualidade das pessoas, a forma como a pessoa vê o ato sexual, o tipo de sexualidade com que a pessoa se identifica, bem como, a sua aceitação social e as experiências sexuais pelas quais passaram.

Ora, após uma relação sexual é comum as pessoas sentirem-se menos tensas e despreocupadas. Efetivamente, a prática sexual aumenta a autoestima, devido ao aumento da produção de hormonas (referidas anteriormente), como a endorfina e dopamina, e melhora a qualidade de sono, já que é libertada a serotonina que proporciona uma sensação de sonolência, permitindo que adormeçamos mais rápido e de forma mais profunda. No entanto, não devemos fazer da relação sexual apenas uma forma de descarregar o stress. Por outro lado, se a relação não decorrer da forma prevista, quer por um fraco desempenho sexual ou por abusos por parte do parceiro, poderão ser criados traumas e barreiras mentais difíceis de superar, afetando a vida sexual e consequentemente a saúde mental. Para além disto, é muito importante que a pessoa conheça o seu corpo e os seus limites, de modo a tornar a relação mais prazerosa para ambos os membros e não criar expectativas ilusórias que possam ficar aquém da realidade, podendo originar complexos e traumas. Exemplo disto, é a

pornografia, que cada vez se dissemina mais devido à Internet, que nos fornece uma ideia errada sobre a relação sexual e os padrões de beleza. Por fim, é importante salientar a relevância do conhecimento da nossa orientação sexual e saber como lidar com a sua aceitação pela sociedade pois, se isto não acontecer, poderá levar a uma inibição da nossa personalidade, impossibilitando o nosso desenvolvimento pessoal e social, afetando a nossa saúde mental.

Educação Sexual e sua importância para a saúde mental

Pelos pontos já abordados, é percetível que a educação sexual desempenha um papel fundamental para a nossa saúde mental. Assim, vamos primeiro definir a educação sexual. Educação sexual é um modo de proporcionar conhecimento e esclarecer as dúvidas que envolvem a sexualidade. No entanto, não se refere apenas à relação sexual propriamente dita. Confiança, autoestima, desejo e prazer também estão incluídos, assim como questões ligadas à saúde sexual, a políticas públicas e direitos humanos.

Urge, por consequência, abordar as consequências da falta de educação sexual apropriada. Sem a instrução adequada para crianças e adolescentes, eleva-se o risco de abuso sexual, iniciação sexual precoce, gravidez não planeada, IST’s e bullying sexual. Deste modo, aumentam os casos de problemas com a imagem corporal, relacionamentos abusivos, violência sexual, ansiedade de desempenho no campo sexual e vício em pornografia. Com a falta de orientação, a sexualidade pode ser fonte de culpa, traumas e angústia, pois muitas vezes é construída sob outras influências, sejam elas silêncios ou repressão. Muitos adultos carregam marcas de vivências sexuais traumáticas que se convertem em dificuldade, vergonha e medo no campo afetivo e sexual. Além disso, pode resultar em problemas nas etapas que compõem a relação sexual: desejo, excitação e orgasmo ou disfunções sexuais, como a Ejaculação Retardada, Ejaculação Prematura, Transtorno Erétil, Transtorno do Orgasmo.

Como a saúde mental afeta a vida sexual

Os principais fatores psicológicos que afetam o desejo sexual são stress, ansiedade e depressão. A maioria dos casos de disfunções sexuais nos homens está ligada a causas orgânicas, mas muitos casos são originados por fatores psicológicos. Quando o stress se torna crónico, os níveis de cortisol ficam mais elevados e, consequentemente, a produção de testosterona, principal hormona masculina, diminui, influenciando a vida sexual. A ansiedade leva ao cansaço e à desmotivação, que também podem interferir na disposição para ter uma relação sexual. Uma ansiedade excessiva pode causar ejaculação precoce e perda da ereção, em virtude de uma preocupação com o desempenho. Para além disso, grande parte dos pacientes com transtornos depressivos, de ansiedade, de stress pós-traumático, psicose ou transtorno afetivo bipolar têm dificuldades sexuais em consequência da própria doença ou dos medicamentos utilizados para tratá-las. Em alguns casos pode ser considerado o ajuste

dos remédios que o paciente usa ou a introdução de novas medicações que ajudem a atenuar os sintomas tanto da doença de base como das dificuldades sexuais. Assim, doenças como a depressão, medicamentos e substâncias psicoativas afetam a libido sexual.

Conclusão

Concluindo, a saúde sexual e a saúde mental estão fortemente relacionadas. Deste modo, a saúde sexual tem um profundo impacto no bem-estar mental. A satisfação sexual, relações sexuais saudáveis, prevenção de IST’s, prevenção do trauma sexual, bem como a aceitação da diversidade de orientações sexuais e identidades de género são componentes importantes da saúde sexual e contribuem para a manutenção da saúde mental, daí a sua importância.

Pretendemos, finalmente, deixar o registo fotográfico da palestra ministrada pela Dra. Sofia Sá sobre Educação Sexual à turma A do 12º ano, a convite do grupo redator do presente artigo.

Webgrafia

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https://bityli.com/s5t0B7 Última vez consultados a 8 de março de 2023

Potencialidades da música na saúde mental

Ao longo dos anos temos vindo a assistir à evolução do meio em que nos encontramos inseridos, como a tecnologia, ciência, a medicina e muitos outros campos. Apesar de toda a evolução a que temos vindo a assistir, o funcionamento do cérebro e as respostas do mesmo a certos estímulos, continuam a colocar bastantes dúvidas e a cada dia que passa continuamos a fazer novas descobertas.

A música, hoje em dia, tem uma grande importância para a humanidade. Os seus efeitos benéficos são cada vez maiores e mais eficazes, no tratamento de algumas condições de saúde. Nesse contexto, a Musicoterapia tem-se vindo a transformar de um modelo orientado para a saúde e bem-estar, num modelo de neurociência, focado em elementos específicos da música e dos seus efeitos nas funções sensoriais, motoras, de linguagem e cognitivas.

A importância de ouvir música:

A música tem um papel diferente na vida de cada pessoa, contudo há algo em comum: a sua importância, que é enorme. Para além de ser um entretenimento é também uma forma de relaxar e acalmar bem como divertir ou até mesmo um passatempo.

Traz diversos benefícios para a saúde, mental e física, por exemplo, pode ser utilizada como estímulo para a atividade física, alívio de dores ou melhoria de memória. A música tem o poder de envolver as pessoas e criar um bom ambiente, fazendo com que mudem o seu humor de acordo com o tipo de música que ouvem. Assim, a música funciona como um estímulo emocional, bastam apenas 15 minutos a ouvir, por exemplo, as nossas músicas preferidas para nos alegrarmos.

A música traz benefícios a todas as faixas etárias. Estudos recentes revelam que as crianças que foram expostas a música clássica no útero mostram um bom desenvolvimento. Nesse estudo, alguns fetos foram expostos a 70 horas de música clássica na última fase da gravidez e, mais tarde, aos seis meses de idade esses mesmos bebés estavam mais avançados em termos de habilidades motoras e linguísticas do que os bebés que não foram expostos à música.

Existem diversos estilos de música, como clássico, hip-hop, techno, pop, rap, reggae, metal, entre muitos outros. Cada pessoa têm as suas preferências musicais, mas no fim todos ouvimos alguma coisa, já que cada um deles nos traz sensações que se transformam em estímulos, estímulos esses cruciais à nossa vida.

Importância de frequentar concertos, festivais e espetáculos de música

Assistir a concertos e ir a festivais pode trazer vários benefícios para a saúde mental. Entre eles a conexão social, quebra de rotinas, redução de stress e prática de exercício físico.

Frequentar concertos e festivais implica a partilha de um ambiente com pessoas que possuem semelhantes interesses, oferecendo assim uma grande oportunidade de socializar e de se conectar com pessoas que partilham os mesmos gostos, ajudando deste modo a reduzir o

sentimento de solidão e isolamento da sociedade, desenvolvendo a conexão social. Ir a um espetáculo ajuda a expandir o círculo de amigos e fortalecer os laços sociais com os amigos já existentes e estes têm um papel essencial na nossa saúde e bem estar. Relativamente a quebrar a rotina, por vezes, pode ser assustador, mas sair de casa para ouvir música e divertir-se acabará por provocar um misto de emoções positivas ao envolver-se numa atividade agradável e gratificante que resultará numa enorme redução de stress. A música tem o poder de evocar emoções fortes, como alegria e felicidade e frequentar ambientes deste tipo pode ajudar a reduzir o stresse do dia a dia. Estas sensações provocadas pela música ajudam também a neutralizar as emoções negativas e os problemas da vida, visto que esta tem um efeito relaxante na mente e no corpo ajudando também a diminuir a probabilidade de desenvolver doenças mentais como a depressão e a aliviar a ansiedade, como referido anteriormente.

A atividade física é também importante para melhorar a nossa saúde mental e, geralmente em festivais, é bem visível a prática de exercício físico, ao dançar, caminhar, ou até mesmo ficar horas em pé ansiosos pelos artistas. Para além de que, por norma, este tipo de encontros são feitos ao ar livre e estar em contacto com a natureza faz bem para a saúde em geral, isto porque os raios de sol fornecem vitamina D, que é essencial para a saúde dos nossos ossos. Quando os cuidados a tomar são priorizados só nos trarão benefícios.

De um modo geral, assistir a este tipo de atrações pode ser uma forma divertida de melhorar a saúde mental e trazer bastantes benefícios para a mesma desde a redução de stresse até à promoção de conexões sociais

É importante notar, no entanto, que embora festivais sejam experiências agradáveis para muitas pessoas, existem alguns possíveis impactos negativos na nossa saúde, entre eles perda auditiva, ansiedade social e problemas causados pelo uso excessivo de substâncias psicoativas.

Um dos principais problemas deste tipo de eventos é o volume da música ser bastante elevado pois devido ao ruído causado por esta algumas pessoas têm consequências a níveis auditivos permanentes que poderá indiretamente ter consequências na saúde mental devido a sentimentos de isolamento e depressão.

Outro problema bastante frequente é a ansiedade excessiva que, devido à alta energia neste tipo de ambientes e o facto de ser frequentado por grandes multidões pode resultar em ansiedade social e em pânico.

Para terminar, o uso de substâncias psicoativas é bastante associado a este tipo de ambientes, como por exemplo o uso de drogas e o consumo de bebidas alcoólicas. Este tipo de hábitos pode ter impactos negativos a nível da saúde mental, como aumento do risco de dependência e transtornos de abuso de substâncias.

É importante ter em mente estes possíveis impactos negativos e tomar as devidas medidas para que estes não nos afetem.

A Importância de tocar um instrumento

Aprender a tocar um instrumento musical é uma atividade que pode trazer benefícios a nível motor, intelectual, mental e até social. Entre estes benefícios está o facto de estimular o cérebro, melhorando as mais variadas habilidades cognitivas: a memória, a perceção auditiva e a linguagem. A prática da música está diretamente associada a uma maior atividade cerebral o que permite uma melhor conexão entre os diferentes hemisférios cerebrais assim como a criação de um maior número de redes neurais, sendo possível observar efeitos positivos em outras áreas de aprendizagem, por exemplo, na recolha de conhecimentos na escola e na resolução de problemas. Outro aspeto que pode receber melhorias é a memória. A necessidade de se realizar associações entre informações de origem visual, auditiva e tátil permite a ativação de várias áreas cerebrais em simultâneo e a criação de novas conexões neurais contribuindo para esse efeito.

O aumento da autoestima é também uma consequência da aprendizagem de um instrumento, assim como o aumento da confiança. A prática musical é acompanhada de uma sensação de realização e satisfação quanto se obtém resultados positivos e, para além disso, tocar em público contribui para o desenvolvimento de habilidades sociais e leva à superação da timidez permitindo uma maior segurança e firmeza na vida social do executante. Ao tocar um instrumento, os redutores bioquímicos ligados à redução do stresse aumentam a sua atividade, estando por isso este ato associado à diminuição do stresse. De facto, quando uma pessoa se sente mais em baixo ou triste, pegar num instrumento musical pode melhorar o seu estado de espírito. Este acontecimento está sobretudo relacionado com a libertação de endorfinas por parte do cérebro. Ao tocar, inevitavelmente, o indivíduo ouve música estimulando a amígdala, responsável pelas emoções e humor. Desta forma, ocorre também a produção de dopamina, um neurotransmissor responsável pelo prazer, motivação e satisfação. Esta sensação pode aliviar a tristeza, ansiedade e depressão, assim como o stresse causado pelas preocupações diárias permitindo uma vida mais saudável. Para além disso, esta atividade promove uma melhoria na concentração, atrasando o desgaste mental e providenciando até mesmo uma melhoria na leitura, compreensão e audição. Por último, aprender a tocar um instrumento musical permite um aumento do bem-estar emocional, devido à necessidade de expressão durante a execução, sendo necessário realizar uma introspeção para que o indivíduo saiba que sentimentos deseja exprimir durante a interpretação musical. Tocar um instrumento é uma atividade enriquecedora que envolve a ativação de várias áreas cerebrais e que permite a melhoria e manutenção da saúde mental do indivíduo que a pratica, sendo por isso uma solução para a superação de problemas mentais.

A ação da música no cérebro

A música age diretamente na região do cérebro que é responsável pelas emoções, gerando motivação e afetividade, além de aumentar a produção de endorfina, que é uma substância naturalmente produzida pelo corpo, que gera sensação de prazer. Tal acontece porque o cérebro responde de forma natural e instintiva quando ouvida uma música. Pesquisas mostram que a música pode ter efeitos terapêuticos no cérebro, ajudando assim em diversos aspetos,

como na redução da ansiedade, porque ao ouvirmos uma música de que gostamos, o nosso cérebro liberta uma substância denominada dopamina, que age como neurotransmissor e causa a sensação de bem-estar. Ou seja, esta hormona é responsável pela redução do stresse e da ansiedade. Além disso, ouvir música afeta também outra hormona, nomeadamente o cortisol, que tende a ser libertado em maiores quantidades no nosso organismo em momentos de stresse. Ao ouvir música estes níveis diminuem e assim os efeitos do stresse são reduzidos e já que este pode estar ligado e provocar outro tipo de doenças é excelente para o nosso bem estar que seja reduzido.

No caso da depressão, o estilo de música que mais ajuda é o clássico, enquanto que o heavy metal apenas pode colocar ? as pessoas mais depressivas, de uma forma geral. Sabe-se também que a música pode ajudar a melhorar o humor, reduzindo sintomas de depressão e aumentando a sensação de felicidade.

A música tem também outras vantagens, como o aumento da motivação e da produtividade, ajudando na execução de tarefas que requerem foco e atenção, serve também como estímulo a criatividade e é também bastante vantajosa no que toca na melhoria da qualidade do sono, porque ajuda a relaxar o corpo e a mente, podendo ajudar com distúrbios do sono.

Hoje em dia sabe-se também que a nível da leitura musical, o córtex visual é a área utilizada. O ato de acompanhar uma música é capaz de ativar o hipocampo, responsável pelas memórias e o córtex frontal inferior. Já para a execução de músicas, são acionados os lobos frontais - do córtex motor e sensorial.

Assim, a música é algo de extrema importância para todos nós, serve para nos apoiar emocionalmente, desencadear memórias e sentimentos e pode ter consequências ótimas na nossa saúde tais como reduzir tensão muscular, pressão sanguínea e melhorar a nossa respiração.

WEBGRAFIA

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https://shre.ink/cswY https://shre.ink/csw0 - 19 de março de 2023

Comportamento aditivo e saúde mental

Em que consistem as dependências químicas.

Tende-se a acreditar que a toxicodependência é apenas um vício, ou falta de autocontrolo, mas trata-se mesmo de uma doença, podendo caracterizar-se também como um transtorno mental, alterando a perceção do dependente químico. Assim, a dependência química caracteriza-se então como um transtorno mental heterogéneo que atinge os indivíduos de diversas formas, por várias motivações, causando impactos relevantes na saúde, quer física, quer mental. Nos dias de hoje, a toxicodependência é classificada como uma doença crónica. Com efeito, a classificação da doença e as suas implicações são confirmadas pela natureza crónica das recaídas e a necessidade de estratégias de tratamento a longo prazo.

Efetivamente, existem várias substâncias químicas que podem causar dependência, sendo as principais faladas, o álcool, o tabaco e as drogas. Porém, alguns medicamentos, como os ansiolíticos e também os repositores hormonais, como os esteroides, podem causar dependência.

A toxicodependência é verificada na mudança do comportamento da pessoa ao administrar a substância que consome, passando a ser cada vez mais dominada por impulsos que a levam a consumir a droga. Deste modo, torna-se um refúgio para a pessoa adicta, encontrando esta na droga bem-estar e alívio da ansiedade.

O que leva ao comportamento aditivo

As condições mais favoráveis ao desenvolvimento de dependências químicas são o histórico familiar, traumas, situações de stress e influências epigenéticas, que são uma combinação de genes e causas ambientais.

Existem várias teorias que explicam o envolvimento no comportamento aditivo, nomeadamente o condicionamento clássico e operante.

Relativamente ao condicionamento clássico, o comportamento aditivo pode ser exemplificado por um alcoólico que, ao avistar ou detetar o cheiro de uma bebida alcoólica, tem vontade de beber. Desta forma, uma pessoa, ao começar a consumir determinada droga, esta trata-se ainda de um estímulo neutro. Assim, com o aumento do consumo da substância, à medida do passar do tempo, esta vai se tornar um estímulo condicionado, uma vez que passa a estar associada a uma sensação de bem-estar e prazer. Como conseguinte, vai-se gerar uma resposta condicionada, resultando num aumento de ansiedade no indivíduo ou até mesmo em crises de abstinência, levando à necessidade de administrar a droga.

Por outro lado, segundo o condicionamento operante, a toxicodependência é encarada como um comportamento aprendido por dois processos básicos: o reforço positivo e negativo. Desta

forma, os consumos iniciais são explicados por um processo de reforço positivo (prazer ao consumir serve de reforço para voltar a consumir). No entanto, a manutenção dos consumos atuam por ação de um processo de reforço negativo, isto é, depois da dependência psicológica estar instalada e surgir o mal-estar associado à crise de abstinência, o doente consome não por prazer, mas para aliviar este mal-estar.

Consequências da dependência química e os seus efeitos na saúde mental

Algumas das consequências das dependências químicas são: a diminuição da capacidade de raciocínio, o aumento da frequência cardíaca, dilatação das pupilas, o descontrolo emocional, o aumento ou diminuição do sono e apetite, o aumento da propagação de doenças infeciosas devido à injeção das drogas, os problemas de memória e o enfraquecimento do sistema imunológico. A dependência química pode levar também ao incremento da violência e criminalidade que resultam em conflitos familiares e sociais que podem levar à exclusão social.

A dependência ocorre após o uso prolongado e repetido da substância. Quando as consumimos, entram no sistema de comunicação do nosso cérebro e alteram a maneira como as células nervosas enviam, recebem e processam informações. Com o uso contínuo deste tipo de substâncias, ocorrem mudanças mais duradouras no cérebro. Estas alteram os circuitos cerebrais, causando alterações nos neurónios, criando dependência por parte do indivíduo. Os nossos cérebros estão programados para repetir comportamentos de que precisamos para sobreviver, como comer ou dormir. Deste modo, o sistema límbico do cérebro regula as respostas emocionais a essas atividades e liberta dopamina para criar uma sensação de felicidade e satisfação, funcionando como um mecanismo de recompensa. O mesmo acontece com o consumo de drogas e álcool que desencadeiam surtos elevados de dopamina que estimulam o cérebro a querer repetir o uso da droga. Com efeito, quando as drogas afetam o sistema límbico, o cérebro começa a exigir e confiar nestas.

Alguns estudos de imagens cerebrais mostram que o uso repetido de drogas causa também interrupções no córtex frontal do cérebro. O córtex frontal é a parte do cérebro que regula as atividades cognitivas, como tomada de decisões, inibição de respostas, controlo de impulsos e movimentos voluntários. Quando as drogas são usadas repetidamente, as capacidades cognitivas começam a diminuir e os dependentes perdem o controlo sobre si próprios. O tronco cerebral, que regula as funções vitais do organismo, incluindo a respiração e a circulação sanguínea, é também afetado pelo vício. Efetivamente, este conecta o cérebro à espinal medula e permite que este saiba o que está a acontecer no corpo. Assim, as drogas afetam-no particularmente no caso de uma overdose que pode interromper as funções vitais, provocando a morte. Deste modo, indivíduos que lutam contra o vício sofrem de distúrbios na sua forma de pensar e nos seus comportamentos, já que irão priorizar a obtenção e o uso da droga acima de tudo apresentando comportamentos compulsivos que decorrem das mudanças que o cérebro sofre.

A classificação das substâncias é feita conforme o nível de alteração que causam no Sistema Nervoso Central (SNC). Seguindo esta categorização, existem três tipos de efeitos psicológicos que as drogas podem desencadear num indivíduo: depressivo, estimulante e perturbador. As substâncias depressoras diminuem a atividade do cérebro, reduzem a tensão emocional, a concentração, a memória e inibem sensações de dor física ou incómodos psicológicos. Uma das principais drogas depressoras é o álcool.

Já as substâncias estimulantes aumentam a atividade do cérebro, fazendo com que a pessoa fique "elétrica" sendo este um efeito perigoso, visto que a pessoa pode sentir-se indestrutível, perdendo a noção do perigo. As principais são as anfetaminas, a nicotina e a cocaína.

Por fim, as substâncias perturbadoras, também conhecidas como alucinógenas, modificam a qualidade da atividade do cérebro. Alteram a perceção da realidade e levam a alucinações ou delírios. As principais são o ecstasy e o LSD. Ou seja, a mente do dependente químico pode passar a funcionar de forma mais lenta, de forma mais rápida ou até de modo anormal, respetivamente.

O uso de drogas e as doenças mentais geralmente coexistem. Na verdade, pode desencadear distúrbios ou piorar o estado da saúde mental, principalmente em pessoas vulneráveis. Os jovens que abusam de substâncias correm maior risco de desenvolver problemas de saúde mental incluindo depressão, comportamentos antissociais, transtornos de personalidade e suicídio visto que o uso de drogas produz alterações na estrutura e função do cérebro. É comum pessoas com distúrbios como ansiedade ou depressão recorrerem às drogas na tentativa de aliviar os sintomas psiquiátricos. Isso pode acentuar o seu transtorno mental a longo prazo, bem como aumentar o risco de desenvolver dependência.

O papel da saúde mental da reabilitação das dependências químicas e os tipos de tratamento

O fácil acesso às drogas aumenta a incidência desse transtorno no mundo, tornando o tratamento da dependência química um assunto de saúde pública. Desta forma, a escolha do tratamento para este tipo de doença começa com um diagnóstico criterioso, realizado por uma equipa multidisciplinar, que deve levar em consideração as especificidades de cada caso. Ainda que a abstinência seja bastante complicada, é possível trabalhar com um médico de forma a controlar os sintomas associados, especialmente os sintomas de risco de vida, como convulsões. Ser capaz de encontrar a causa dos desejos da substância química é muito importante no avanço do tratamento, para que futuras recaídas possam ser evitadas e o comportamento possa ser radicalmente alterado. As principais dificuldades na procura de uma orientação especializada são a negação da doença, a falta de apoio e o medo do estigma social negativo.

O uso de medicamentos no tratamento deste tipo de dependência é indicado na maioria dos casos, devendo ser realizado com o acompanhamento constante, a realização de exames e o

cuidado com efeitos adversos. Este tipo de tratamento normalmente é feito em conjunto com a psicoterapia nomeadamente a psicanálise, a terapia cognitivo comportamental e a terapia em grupo.

Assim, a terapia individual vai ser essencial para o médico explorar de forma mais profunda e pessoal o estado emocional do dependente. No entanto, a terapia de grupo é também um método essencial neste processo. Isto porque não há nada melhor para o dependente do que perceber que não é o único em tal situação. Para além disso, as experiências dos outros podem fazer com que o próprio se identifique com alguma e tome consciência dos seus atos passados, o que facilita o trabalho do médico psiquiatra e, acima de tudo, o próprio processo de reabilitação química. Por outro lado, o internamento em hospitais especializados é aconselhado quando o paciente necessita de atendimento integral ou apresenta comportamento agressivo e pensamentos suicidas. Uma das principais razões que levam ao internamento, é o afastamento de ambientes e de pessoas que usam drogas.

Fontes

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https://www.gruporecanto.com.br/blog/dependencia-quimica-tipos-sintomas-e-melhores-tratamentos/; visto em 4/3/2023

https://hospitalsantamonica.com.br/entenda-o-que-e-a-dependencia-quimica-e-quais-sao-os-tratamentos-maisindicados/; 238-250FCHS04-16.pdf (ufp.pt); visto em 6/3/23

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https://www.turnbridge.com/news-events/latest-articles/how-addiction-relates-to-mental-health-brain-chemistry/; visto em 15/11/2023

As potencialidades do desporto na saúde mental e física

O desporto é uma atividade que traz inúmeros benefícios para a saúde física e mental das pessoas. Quando se trata de saúde mental, o desporto pode ser um excelente aliado para melhorar a qualidade de vida e reduzir o risco de desenvolver problemas psicológicos e psiquiátricos:

Redução do stress e ansiedade

O desporto é uma atividade que ajuda a reduzir o stress e a ansiedade, dois fatores que podem afetar significativamente a saúde mental das pessoas. Quando praticamos exercício físico, o nosso organismo produz endorfina, hormona responsável pela sensação de prazer e bemestar. Estas substâncias atuam como um analgésico natural, reduzindo o desconforto físico e psicológico. Além disso, o desporto ajuda a reduzir a tensão muscular, o que constitui um contributo para relaxar o corpo e a mente. Com a prática regular de exercício físico, é possível reduzir a frequência e a intensidade dos episódios de stress e ansiedade.

Melhoria da autoestima e da autoconfiança

O desporto pode contribuir para a melhoria da autoestima e da autoconfiança das pessoas. Quando nos dedicamos a uma atividade física e percebemos a evolução dos nossos resultados, a sensação de satisfação e realização aumenta. Além disso, a prática desportiva permite que as pessoas se sintam capazes de superar desafios e limites, o que pode melhorar a autoconfiança e a autoestima.

Prevenção e tratamento de problemas psicológicos e psiquiátricos

O desporto pode ser uma forma de prevenir e tratar problemas psicológicos e psiquiátricos. Estudos mostram que a prática regular de atividade física pode ajudar no tratamento de depressão, ansiedade, transtornos alimentares, entre outros problemas psicológicos. Além disso, o desporto pode ser uma forma de prevenir o desenvolvimento de doenças mentais, como a demência e o Alzheimer. A atividade física ajuda a melhorar a circulação sanguínea e, consequentemente, a oxigenação do cérebro, o que contribui para a manutenção da saúde mental.

Melhoria da qualidade do sono

A prática regular de desporto pode contribuir para a melhoria da qualidade do sono. A atividade física ajuda a reduzir o stress e a ansiedade, o que pode melhorar a qualidade do sono. Além disso, a prática desportiva ajuda a regular o ritmo circadiano, que é o ciclo de sono.

Promoção do convívio social

O desporto também pode ser uma excelente forma de promover o convívio social e, consequentemente, melhorar a saúde mental das pessoas. Quando praticamos desporto em grupo, temos a oportunidade de interagir com outras pessoas e estabelecer novas amizades. Isso ajuda a reduzir o isolamento social, que é um fator de risco para o desenvolvimento de

problemas psicológicos. Além disso, o convívio social no ambiente desportivo pode ajudar a desenvolver capacidades sociais e emocionais, como a empatia, a comunicação, a liderança e a cooperação.

Estimulação da criatividade e a superação de desafios

O desporto também pode estimular a criatividade e a superação de desafios. Quando praticamos atividade física, estamos constantemente a procurar novas formas de aprimorar a nossa técnica e melhorar os nossos resultados. Isso requer criatividade e a capacidade de pensar “fora da caixa” para encontrar soluções. Além disso, a prática de desporto também nos desafia a superar os nossos limites e a enfrentar situações difíceis. Isso pode ajudar a desenvolver a resiliência e a capacidade de lidar com as adversidades da vida.

Melhorias cognitivas

Por fim, o desporto também pode contribuir para a melhoria da cognição e da memória. Estudos mostram que a atividade física regular ajuda a melhorar a função cognitiva, o que inclui a atenção, o raciocínio e a memória. Além disso, o desporto pode ajudar a prevenir o declínio cognitivo associado ao envelhecimento, contribuindo para a manutenção da saúde mental ao longo da vida.

Acresce que as potencialidades do desporto para a saúde física são muitas e variadas, desde a melhoria da aptidão cardiovascular até à redução do risco de doenças crónicas. Além de ajudar a melhorar a aparência física, o fortalecimento muscular, consequente da prática regular de desporto, tem potencialidades na saúde, pois pode reduzir o risco de várias doenças crónicas e, assim, melhorar a qualidade de vida:

Prevenção de doenças crónicas

O fortalecimento muscular pode ajudar a prevenir uma série de doenças crónicas, incluindo doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e osteoporose. Pesquisas mostram que o fortalecimento muscular pode ajudar a diminuir a gordura corporal, reduzir a resistência à insulina e aumentar a densidade mineral óssea.

Aumento da força e resistência

O fortalecimento muscular pode ajudar a aumentar a força e a resistência. Isso pode tornar as atividades diárias, como carregar compras ou subir escadas, mais fáceis. Além disso, o fortalecimento muscular pode ajudar a melhorar o desempenho em atividades desportivas e outras atividades físicas.

Melhora a postura e previne lesões

O fortalecimento muscular pode ajudar a melhorar a postura e prevenir lesões. Isso ocorre porque o fortalecimento muscular pode ajudar a equilibrar a musculatura, reduzindo assim a pressão sobre as articulações. O fortalecimento muscular pode ainda ajudar a melhorar a flexibilidade e a mobilidade das articulações, o que pode funcionar na prevenção de lesões.

Ajuda na perda de peso

O fortalecimento muscular pode auxiliar na perda de peso, pois aumenta a taxa metabólica do corpo. Isso significa que o corpo utiliza mais energia (queima mais calorias) em repouso, o que pode permitir perder peso ligeiramente mais rápido. Além disso, o fortalecimento muscular pode ajudar a reduzir a gordura corporal e, consequentemente, melhorar a aparência física.

Em conclusão, o fortalecimento muscular pode ajudar a melhorar a saúde física e mental. Ao incluir o fortalecimento muscular na rotina de exercício, podemos reduzir o risco de doenças

crónicas, aumentar a força e a resistência, melhorar a postura e prevenir lesões, além de ajudar na perda de peso. Por isso, é importante incorporar o fortalecimento muscular no nosso dia a dia para obter estes benefícios.

Já existe a noção nas pessoas que o desporto proporciona uma melhor qualidade de vida tanto física como psicológica para os seus praticantes, mas não existe uma consciência correta das razões que fazem isto acontecer.

Em primeiro lugar o desenvolvimento atlético de um indivíduo implica o treino de força, como anteriormente referido. Este treino de força além de ter o objetivo de aumentar a performance específica do desporto baseado na biomecânica dos movimentos que são realizados na sua prática, tem como segundo efeito o ganho de robustez e consequente predisposição para efetuar movimentos repetidos ou sujeitar o próprio corpo a situações de stress articular ou tendinoso, o que previne lesões no desporto e também, a longo prazo, possíveis limitações consequentes do envelhecimento natural do tecido biológico, que podem provocar uma dependência do futuro idoso.

Podemos recorrer à fisioterapia para atenuar danos causados pela falta de preparação física, mas a prevenção é feita com recurso ao treino funcional devidamente orientado. Podemos recorrer a profissionais como fisiatras, treinadores ou também fisioterapeutas para nos informamos sobre o melhor tipo de treino para nós.

Webgrafia

https://www.goodfon.com/download/mountain-bike-velosiped-bayk/2560x1707/

https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2023/02/13/entenda-o-que-e-higiene-do-sono-e-veja-dicas-paradormir-melhor.htm

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https://wallpapers.com/wallpapers/johnny-sins-at-convention-dmrg32u5m6tuw1s0.html (

Promoção da saúde emocional

O controlo das nossas emoções, contribuem para a nossa saúde e bem-estar. Mas primeiro é preciso ter consciência delas, e quando temos esse conhecimento, o que nos vem à cabeça são sempre as mesmas perguntas: “Por que é tão difícil controlá-las?” ou “Como posso aprender a geri-las duma forma saudável?”. Para conseguirmos responder a estas questões, antes de mais, é preciso saber o que é a saúde emocional. A emoção é um conjunto de respostas químicas e neurais que surgem quando o cérebro sofre um estímulo ambiental. Já o sentimento é uma resposta à emoção, ou seja, trata-se de como a pessoa se sente diante de tal emoção. Portanto, apesar de distintos, emoção e sentimento estão intimamente conectados. A saúde emocional é muitas vezes confundida com saúde mental. Apesar destas estarem relacionadas, representam dimensões diferentes. A partir da saúde mental, é analisado o estado de cada indivíduo para a existência de distúrbios como a depressão e a ansiedade, enquanto a saúde emocional está ligada à forma como cada pessoa compreende e lida com as suas emoções e com as das pessoas à sua volta, ou seja, diz respeito às variações que temos no dia a dia e não a um diagnóstico específico.

Nos dias de hoje, a promoção da saúde emocional tem sido cada vez mais valorizada, o que contribui de uma forma positiva para o bem-estar da sociedade em geral. Este bem-estar, apenas é alcançado com vontade de mudança, dedicação e esforço, ou seja, temos de ter uma visão racional face ao que nos rodeia mesmo que não estejamos na nossa zona de conforto, sem criticarmos ou julgarmos.

Promover uma boa saúde emocional é também trabalhar a inteligência emocional. “É preciso aprender a controlar e dominar pelo menos parcialmente os impulsos negativos, como a ansiedade, melancolia, ira ou os ímpetos repressores, e que as pessoas precisam de perceberse emocionalmente a si próprias e aos outros”. A inteligência emocional resume- se em dois pontos: capacidade de resolver de forma positiva uma situação emocionalmente instável e não agir impulsivamente e irracionalmente devido a um mau controlo das emoções.

Quais os benefícios de cuidar da saúde emocional?

Quando estamos bem connosco passamos a ver benefícios nas nossas rotinas, tais como:

● maior controlo em lidar com situações de stresse

● mais autoconfiança

● melhor qualidade do sono

● aumento da capacidade de aprendizagem

● aumento da capacidade de concentração

Estes benefícios irão conduzir a um estado de prazer em realizar coisas simples do dia a dia, o que, consequentemente, melhora o nosso desempenho e a nossa vontade de evoluir em qualquer aspeto da vida.

Quais as consequências de não cuidar da saúde emocional?

O bem-estar é tão importante para o funcionamento do corpo e da mente que o desequilíbrio de emoções pode levar ao esgotamento mental. Este extremo é caracterizado pelo excesso de emoções negativas, que podem se manifestar em choros intensos, agitação para dormir ou insónias, irritabilidade e/ou falta de paciência. A saúde emocional não se trata de extinguir emoções negativas, mas sim aprender a identificar os gatilhos que provocam tais emoções e geri-las.

É completamente normal sentirmos ansiedade, medo, tristeza, revolta..., no entanto, é quando esses sentimentos começam a afetar o nosso desempenho tanto na vida pessoal como na profissional que devemos intervir e evoluir. Quando esta intervenção não é realizada pode gerar crises de ansiedade, cansaço excessivo, níveis baixos de concentração, depressão.

Para além disso, ao demonstrar irrelevância quanto à saúde emocional, estamos a expor-nos a uma vida de conflitos, ciúme, maus relacionamentos afetivos, porque não sabemos como lidar com certas situações.

Como cuidar da saúde emocional?

A gestão duma boa saúde emocional é realizada através de:

● manter uma boa alimentação - uma boa nutrição pode prevenir comportamentos de irritabilidade e a ingestão de chás calmantes, em vez de medicamentos, ajudam a diminuir a ansiedade

● praticar atividades prazerosas- ajuda a manter a calma e concentração

● ter boas relações sociais e familiares- ter alguém em quem se possa confiar, para desabafar ou para pedir concelhos é essencial

● sentir-se bem no trabalho - fazer algo que se gosta e relacionar-se bem com os colegas de trabalho é fundamental para um bom ambiente no local de trabalho

● fazer uma pausa das redes sociais – a maior parte dos adolescentes passam em média 5 horas diárias nas redes sociais, o que faz com que diminua o proveito do dia e

traga desilusões. Para além disso, diminui a confiança, pois parte desse tempo é passado em comparações com “vidas perfeitas” ou “corpo perfeito”.

● identificar emoções e pensamentos- é claro que no momento de stresse ninguém se lembra de respirar fundo e acalmar, mas o momento a seguir é bastante significativo nesta evolução, pois é nessa altura em que vamos pensar no que nos afetou e como poderíamos ter agido, e numa próxima teremos mais controlo sob a situação

● criar rotinas- uma rotina desorganizada e uma má gestão do tempo do tempo aumentam a probabilidade de provocar problemas que abalam a saúde emocional

Em suma, saber identificar, compreender e lidar com as nossas emoções e as de quem nos rodeia dá-nos a capacidade de aumentar os nossos níveis de autoconfiança e de gerar um maior equilíbrio emocional a nível pessoal e profissional. Através da toma de conhecimento de certas atitudes do dia a dia, desenvolvemos a nossa inteligência emocional promovendo a saúde emocional

Webgrafia

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Promoção da saúde emocional em crianças hospitalizadas

Hospitalização e os seus efeitos

A hospitalização é o período que um paciente permanece internado no hospital. É uma situação que provoca angústia, stress e ansiedade sendo vista como ameaçadora por afetar a organização, o equilíbrio e a capacidade de adaptação de toda a família e principalmente do próprio paciente.

O hospital é uma instituição marcada pela luta constante entre a vida e a morte. O dia-a-dia é construído em torno da esperança de cura e minimização do sofrimento. É um local triste, fonte de infeções cruzadas e acrescido da vulnerabilidade física e emocional do paciente. Com efeito, a hospitalização é também uma doença, pelo que, a criança que necessita de ser hospitalizada encontra-se duplamente doente e, se não for tratada adequadamente, poderá sofrer danos na sua saúde emocional.

Para além dos sintomas causados pela própria doença, o internamento pode por si só trazer sintomas psicofísicos, pois a criança deixa de participar no ambiente social, familiar e cultural em que convivia, essenciais para o seu bom desenvolvimento. São exemplos destes sintomas: irritabilidade, dores, stress, indisposição, sucção do polegar, fala infantil, distúrbios alimentares e do sono, ansiedade, passividade, desesperança, insegurança, fobia, negação, reações histéricas e alucinações acerca das funções corporais.

As crianças são seres humanos que se encontram em desenvolvimento não só físico, mas também psicológico e emocional pelo que uma experiência destas pode ser traumática. A hospitalização é a saída do seu lar e a entrada num novo mundo, mas neste caso não é um mundo de Fantasia como a “Alice no Pais das Maravilhas”, mas muitas vezes num mundo estranho e frio. Um local que pode implicar dor, saudade, incompreensão e perda um lugar onde por vezes não há espaço para sonhar, brincar, correr e sobretudo…ser criança. Importância da presença dos pais

A família tem papel fulcral na coesão da sociedade e no desenvolvimento de todos como indivíduos integrantes da mesma. Os nossos modelos enquanto crianças são vitais para o reflexo das nossas ações e atitudes futuras e a quebra de laços, nomeadamente em idades prematuras e com figuras de vinculação, podem ser nocivas.

A separação dos pais é o fator que provoca maiores efeitos adversos no processo de hospitalização da criança. Assim, é muito importante que se criem as condições para os pais poderem estar presentes, sobretudo aqueles que não têm possibilidades financeiras ou que vivam muito longe, de forma a poderem acompanhar e apoiar a criança.

A presença dos familiares nunca será igual ao que era em casa, mas podemos tentar criar as melhores alternativas para atenuar esta situação. Este trabalho pode ser realizado a vários níveis, tais como o fornecimento de bens essenciais como a alimentação, local para pernoitar ou apoio psicológico profissional. Um bom exemplo desta iniciativa é a Fundação Infantil Ronald McDonald. Esta é uma “casa longe de casa” que acolhe gratuitamente os familiares mais carenciados das crianças que se deslocam para tratamento no Centro Universitário de

São João (CHUSJ) e no Instituto Português de Oncologia (I.P.O.) do Porto. É uma estratégia que possibilita a redução do stress, tanto da criança como da família, reduz a incidência de infeção cruzada e diminui o tempo de internação, favorecendo consequentemente a rotatividade e disponibilidade de leitos infantis.

Para acalmar os pais de forma a poderem ajudar e motivar os filhos, é fundamental fornecer a informação necessária para eles entenderem e perceberem o estado das crianças e é essencial que possam conviver com outros pais que se encontrem na mesma situação, para partilharem experiências e preocupações.

Importância da interação entre crianças

Caso não exista incompatibilidade entre as doenças, ou seja, se estas não forem contagiosas ou se os pacientes não tiverem os níveis de imunidade baixos, o convívio entre crianças pode ser importante para estimular física e emocionalmente cada uma delas. A interação com outras crianças da mesma idade e em circunstâncias similares pode fortalecer laços e reforçar uma atitude positiva em relação à doença e ao futuro.

Alguns hospitais possuem áreas exteriores de entretenimento, tal como parques, que permitem que as crianças hospitalizadas convivam e brinquem com outras crianças ajudando-as a abstraírem-se do ambiente hospitalar.

Somos um ser social, precisamos de conviver com os nossos semelhantes,para atingirmos a essência daquilo que é ser humano. Só assim somos mais felizes porque podemos partilhar os nossos sorrisos, as nossas tristezas e feitos... As crianças não são diferentes!

Importância da consciencialização da criança

O Mundo mágico que por vezes algumas crianças parecem viver e que faz parte da beleza do que é ser criança revela-se um obstáculo quando tentamos consciencializá-las acerca da realidade em que se encontram.

As crianças estão numa fase de desenvolvimento intelectual e emocional apresentando um pensamento ainda muito fantasioso e egocêntrico. Isto leva a que por vezes elas tenham dificuldade em compreender as situações vivenciadas, podendo achar que a doença ou a hospitalização é uma punição por algum erro ou mau comportamento.

Face a esta situação, é muito importante a presença de alguém que possa propiciar à criança a compreensão do que está a ocorrer e mostrar que este momento não a impossibilita de realizar diversas atividades que eram normais no seu quotidiano. Para isso, muitas vezes é preciso entrar no seu mundo mágico para explicarmos a realidade em que se encontra. Esta “conversa” pode contribuir para a criança aceitar mais facilmente o seu tratamento e consequente melhorar mais rapidamente e com menor esforço.

Importância do brincar

O brincar é universal e próprio da saúde. É fundamental para o desenvolvimento infantil e para facilitar a construção da autonomia, da criatividade e da reflexão, permitindo a aprendizagem da criança. Para além disso, através do brincar, a criança consegue aprimorar conhecimentos sobre o meio onde está inserida.

Segundo Melanie Klein (1975), o brincar permite às crianças transferir fantasias, ansiedades e culpa para outros objetos. Já Vigotski (1998) afirma que “as maiores aquisições de uma criança são conseguidas no brinquedo, aquisições que no futuro tornar-se-ão seu nível básico de ação real e moralidade”. Além disso, Vigotski (1998) salienta também que o brincar desenvolve a zona de desenvolvimento proximal, estimulando a criança para além do estágio de desenvolvimento que ela já atingiu.

O brincar surge como uma possibilidade de modificar o quotidiano do internamento aliviando o sofrimento das crianças. Desta forma, elas conseguem expor os seus sentimentos e, por meio da fantasia, construir uma realidade própria e singular que favorece uma recuperação mais rápida.

É importante realçar que não é possível haver uma completa separação entre elas visto que se interrelacionam, mas é essencial para o profissional nesta área reconhecer a singularidades de cada uma.

Face a todas estas vantagens, é de salientar a importância do brincar em crianças hospitalizadas, visto que elas se encontram num ambiente de dor e luta, longe das suas atividades diárias.

Brincar apresenta três funções principais: a de aprendizagem, a recreativa, funcionando como entretenimento e distração da realidade do hospital, e terapêutica quando se considera terapêutico tudo aquilo que auxilie na promoção do bem-estar da criança. Através do brincar terapêutico, a criança hospitalizada consegue revelar a sua “personalidade integral” e explorar o que está a vivenciar internamente e externamente.

Importância das atividades artísticas

A arte em todas as suas manifestações é sinónimo de vida, energia e esperança, ajudando as crianças, em particular as que têm dificuldade em exprimir-se verbalmente, a expressarem-se melhor, auxiliando os profissionais a perceberem as suas necessidades, tornando mais fácil o internamento. A terapia pela arte permite ultrapassar estas dificuldades, proporcionando a satisfação da expressão através da utilização de materiais muito simples e de fácil acesso.

Com a realização de atividades artísticas, as crianças podem apresentar boa disposição, valorização pessoal, e integração social. Por outro lado, estas atividades ajudam na abstração do tempo e espaço, no desenvolvimento cognitivo e no auxílio para aprendizagem de outras disciplinas.

Importância do rir

O ambiente menos risonho a nível hospitalar pode e deve ser contrariado através do trabalho dos profissionais no seu quotidiano e da tentativa da família de animar a criança. No entanto existem instituições, como a “Operação Nariz Vermelho”, que possuem programas para animar as crianças e que levam alegria às alas pediátricas dos hospitais portugueses através da visita de palhaços profissionais.

Rir é um ato de “contrair os músculos da cara, mostrando uma expressão facial alegre, acompanhada por emissão de sons, geralmente cadenciados e ruidosos, como reação a algo engraçado ou cómico”. A terapia do riso ou a risoterapia é um método que consiste em criar

diversas situações com as quais se pode libertar através do riso tensões físicas e emocionais. Existente desde a década de 60, a risoterapia foi propagada pelo médico americano Hunter Adams mais conhecido por “Patch Adams”, que desde a sua época de estudante já implantava este método em hospitais e escolas. Ele observou o baixo estado de alegria e de humor dos seus doentes, resolvendo então, introduzir a terapia do riso, com o objetivo de tornar os pacientes mais otimistas e positivos.

O riso estimula a produção no nosso cérebro de substâncias químicas de forma a nos proteger contra acidentes vasculares cerebrais, stress, problemas cardíacos e depressão. Graças a estas vantagens, a risoterapia pode ser uma mais-valia no ambiente hospitalar, transformandoo num local mais agradável. Verifica-se que rir é mesmo o melhor remédio

Importância da educação no hospital

A Escola é parte fundamental na vida de uma criança e a paragem obrigatória é algo muito complicado não só pela separação dos seus amigos, mas pela interrupção da sua aprendizagem e de todo o seu projeto escolar.

Em casos mais graves, as crianças são inclusive obrigadas a repetir o ano letivo, mas existem certos conteúdos que devem ser aprendidos em tenra idade para serem interiorizados e assimilados para o resto da vida, e que não podem ser negligenciados, como aprender a ler ou aprender as cores. Assim, é muito importante que haja um sistema que permita às crianças o direito a uma infância e desenvolvimento saudáveis sem perdas na educação, com um professor que as ajude a não perder os conteúdos essenciais. Além disto, com esta iniciativa, as crianças também poderão ampliar o seu círculo de convivência, passando a estabelecer relações com professores e outras crianças.

A educação tem um papel fundamental para a criança hospitalizada, uma vez que estimula a aprendizagem impulsionando o seu desenvolvimento e tornando, consequentemente, o contexto hospitalar menos hostil. Diante dos procedimentos invasivos e dolorosos do tratamento médico, a criança sente-se mais em baixo e o facto de estar a aprender vem ajudar a estabelecer alguma normalidade, melhorando a sua autoestima. Além disso, através da fala e do diálogo a criança consegue expressar-se livremente e organizar o seu pensamento. Ela torna-se também capaz de expor os seus medos e ansiedades favorecendo o seu autoconhecimento.

Importância de um bom ambiente hospitalar Como referido anteriormente, durante a hospitalização a criança tem de lidar com pessoas desconhecidas e um lugar estranho, neste caso os profissionais de saúde e o hospital, que contribuem para o ambiente hospitalar que será determinante para a criança. As condições do hospital serão fulcrais para um internamento menos traumático. Dá-se o exemplo da existência de salas de convívio, salas para as crianças brincarem, parques exteriores e enfermarias com dois em vez de muitos pacientes. Também as acomodações para a família ou tudo aquilo que possa contribuir para as atividades das crianças serão primordiais para o sucesso dos tratamentos. Portanto o hospital e a suas infraestruturas físicas estão intimamente relacionados com aquilo que podemos esperar do internamento de um paciente.

Não menos importante é a sua infraestrutura “humana”, ou seja, os seus profissionais de saúde, que vão ser a segunda família daquela criança. Na verdade, tudo o que foi dito anteriormente acerca de brincar, rir, consciencializar, atividades e todo o esforço que podemos fazer para entrar no mundo mágico da criança e saber cuidar dela, só é possível com profissionais que estejam à altura desta magia. Podemos ter as melhores máquinas, os melhores equipamentos, mas tudo vai resumir-se na palavra que o profissional vai ter com a criança e com a sua família, na maneira gentil como vai realizar os seus cuidados à criança e na disponibilidade de a ouvir e estar presente quando for preciso. O trauma da hospitalização, a agonia dos pais e a doença da criança não se compadece com arrogância, má disposição e pouco profissionalismo. A maneira como a família e a sua criança vai ser tratada a nível de competência técnica, mas sobretudo humano vai ser o fator decisivo na evolução do seu tratamento. Por vezes a melhor maneira de tratarmos uma criança é lembrarmo-nos da criança que já tivemos dentro de nós!

Webgrafia

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