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MAIA O SEU JORN A L D A M A I A DIRECTOR: JOSÉ FREITAS Ano VII - N.º 498 SEMANÁRIO

Sextafeira 09 de Abril de 2010

preço 0.50 € IVA incluído www.primeiramao.pt

COMBUSTÍVEIS:

SUPERMERCADOS SÃO MAIS BARATOS

Três dos cinco pontos de abastecimento de combustíveis mais baratos do concelho da Maia são propriedade de hipermercados, confirmando uma tendência dos últimos anos no panorama nacional. Uma tendência confirmada pelo mais recente relatório da Autoridade da Concorrência


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FICHA TÉCNICA

Opinião www.primeiramao.pt

Director José Freitas jose.freitas@primeiramao.pt

Redacção José António Costa

Opinião Joaquim Jorge

Conselho a Santana Lopes

jose.costa@primeiramao.pt Isabel Fernandes Moreira isabel.moreira@primeiramao.pt Marta Costa

O problema de haver solidariedade e não andar a dar tiros nos pés de militantes de um partido contra outros nem seria necessário estar em norma, estatutos e quejando. Pedro Santana Lopes (PSL) fez o trabalho de casa, estudou, propôs e conseguiu aprovar coisas importantes, umas concordamos, outras nem tanto. Mas num partido tem que haver direitos e deveres. A obrigação de lealdade e respeito por uma maioria. Não é bonito alguém ser escolhido pelos órgãos do partido para candidato a Lisboa por ampla maioria e depois alguém dizer que muda o seu recenseamento para Santarém para não votar num colega de partido (Pacheco Pe-

reira). No PS nunca ouvi tal, são muito mais unidos e solidários. Esta norma para os estatutos que penaliza quem se insurja de uma forma desabrida contra algum candidato do PSD é importante para pôr ordem no partido que se encontra à deriva há muito tempo, sem rei nem roque. Este estado comatoso é o que o PS quer, sendo o seu abono de família toda esta mescla errática sem sentido e sem caminho, não havendo um mínimo de ordem e disciplina. Mas o problema não é a sanção aos militantes é quem a propôs – Pedro Santana Lopes. Se fosse outro militante qualquer, tudo passaria no limbo da indiferença

Opinião Hugo Campos

e incólume. O PS tem processos de expulsão de inúmeros militantes que concorreram em listas autárquicas contrárias aos socialistas. Fez bem, pois muitos militantes como não foram escolhidos pelas estruturas, ressabiados e por vingança concorreram noutras listas ou como independentes. Todavia deveriam antes desfiliarem-se e depois concorrer contra o seu partido. Este é um pequeno exemplo mas ninguém fala nele. Quem não quer respeitar as normas de um partido, não se filia nesse partido, mantém-se independente , como eu. Pedro Santana Lopes tudo que faz provoca alvoroço mas pelo que me parece é uma doen-

ça anti - PSL (por ser livre) . O Homem pensa, tem ideias, é livre, e depois não querem o que é melhor para o partido. Ciúme, inveja, recalcamento, medo da sua personalidade vincada e por ser ele. Na política falta categoria, carácter e princípios. Quando se tem valor e é-se capaz, é muito difícil ser aceite pelos demais. O PSD continua autofágico e egocêntrico. Tudo isto é soez e falaz. O problema de Pedro Santana Lopes é ser Pedro Santana Lopes. Sou seu amigo, às vezes concordo, outras vezes não, numa relação de respeito mútuo mas no lugar dele não falava mais no assunto e façam o que quiserem. Ficará

na história por ter razão quase sempre antes do tempo e ver mais além. Mas isso só está ao alcance dos predestinados. O seu feeling para convocar o Congresso foi inaudito e inatingível por quase todos que o não queriam e acabou por ser uma excelente jornada de afirmação das hostes laranjas. Não vi ninguém a reconhecer esse desiderato no final dos trabalhos. Só e só, a denegrir a não dar a importância que ele tem por direito próprio. Agradeço-lhe por ser assim e fazer ver que a política tem muito de intuição e criatividade e não de tropa. Fundador do Clube dos Pensadores

marta.costa@primeiramao.pt Fernanda Alves fernanda.alves@primeiramao.pt Rui Baltazar rui.baltazar@primeiramao.pt

Colaboradores Manuel Chaves manuel.chaves@primeiramao.pt Vítor Dias vitor.dias@primeiramao.pt

Design e Paginação: Ricardo Ferreira ricardo.ferreira@primeiramao.pt

Assistente de Direcção Sameiro Soares sameiro.soares@primeiramao.pt

Uma Nova Esperança

Editor: - Propriedade, administração e redação

Eu apoio Hélder Ribeiro para Presidente da Comissão Politica Concelhia da Maia do Partido Socialista. Pela sua generosidade, voluntarismo, inteligência e genuinidade. Em política as heranças são sempre pesadas, as dificuldades naturalmente imensas e a necessidade de superação incontornável. A Maia precisa de um PS fiscalizador que enuncie os caminhos alternativos sem tibiezas nem complexos, de uma oposição construtiva e responsável mas igualmente firme e contundente, com um projecto consistente e credível para a Maia, do conheci-

Opinião Victor Dias

mento dos seus cidadãos. Não de mudanças tranquilas como preconizam alguns. Mas sim de mudanças efectivas, reais, enérgicas. Só assim um dia o PS voltará a ser poder na Maia. Sem vaidades, arregaçando as mangas, com cultura do colectivo e políticas de proximidade. Eu confio, porque conheço politicamente muito bem Hélder Ribeiro, que com serenidade e grande sentido operacional, porque não é um homem de fotografia, de oralidade ímpar, mas de trabalho e de luta pela afirmação dos verdadeiros valores do socia-

lismo moderno, porá o PS nos eixos, edificando os caminhos do futuro com seriedade, em equipa, sabendo conciliar e promovendo um PS mais fraterno, mas essencialmente mais justo. O problema recente do PS Maia é um problema de fácil explicação: a liderança concelhia que agora finda, foi inábil estrategicamente e politicamente desonesta. A convicção do génio e insuperabilidade dos seus líderes autárquicos foi evidente. O falhanço da direcção política e estratégica da campanha eleitoral nas últimas autárquicas, um facto. Ofuscados pelo brilho

da novidade e ainda embriagados pelo entusiasmo da chegada e vitórias recentes, tenderam a pensar que tudo começaria por eles. Enganaram-se. O futuro não se pode construir com uma ruptura total com o passado. É preciso memória, humildade democrática e, fundamentalmente, solidariedade. A solidariedade institucional necessariamente tem que ter um duplo sentido. Devemos pedi-la mas concomitantemente sermos capazes de a dar. Por palavras minhas, palavras do Sr. Presidente da Federação Distrital do PS Porto, Renato Sampaio, aquando da

apresentação da candidatura de Hélder Ribeiro. Esta cultura da sabedoria egocêntrica, do divisionismo e da obsessão pessoal sem fim, tinha que dar no que deu. Evidentemente, Hélder Ribeiro não cometerá estes erros. Porque conheço a sua determinação, tenho legitimamente um fundado entusiasmo na candidatura Refundar e Abrir uma Nova Esperança. Eu tenho uma Nova Esperança.

Sociedade de Rádio Local, Lda. Avenida Visconde Barreiros, 89, 5º, 4470 Maia Telefone: 229439380 Fax: 229439381 NIF: 504588613 Matriculada nº 57509/20030613 na Conservatória do Registo Comercial da Maia Inscrição nº 223513 Depósito Legal nº 153674/00 Registo ICS: 123563

Membro da Comissão Politica Concelhia do PS Maia

Para além da razão…

Administração Acácio Marinho acacio.marinho@primeiramao.pt

Correio electrónico geral@primeiramao.pt

O Domingo de Páscoa ficará gravado na minha memória de uma forma indelével, pela experiência, única, vivida por mim e por toda a minha família. Aparentemente não terá acontecido nada de extraordinário, mas curiosamente foi a minha condição de ser racional que me levou a reflectir, ou de um modo mais profundo, a meditar, nos vários sinais que compuseram o meu Domingo de Páscoa. Pela primeira vez, as minhas filhas quiseram integrar o Compasso e participar entusiasticamente na Visita Pascal e fizeram-no com uma alegria e uma dedicação

que me impressionou. Na hora de acolher a Cruz na minha casa, elas tomaram o seu lugar na família, mas não deixaram de cumprir a missão que lhes tinha sido atribuída e que elas receberam com humildade e generosidade, sentimentos que eram vividos por muitos outros jovens, com igual ou maior intensidade. Mais tarde, tive a oportunidade de confirmar que nos vários compassos que percorreram todas as artérias da Paróquia da Maia, havia uma elevadíssima percentagem de rapazes e raparigas, conferindo uma juvenilidade e uma boa disposição que ia

enchendo de alegria, as casas das inúmeras famílias que abriram as portas à Cruz e à Boa Nova da Páscoa. Ao fim da tarde, quando entrei na Igreja, para participar na Eucaristia, deparei-me com o Templo completamente lotado, de tal modo que tive de ficar o tempo todo de pé, no que fui acompanhado por largas dezenas de pessoas. Confesso que só muito raramente tinha visto a Igreja de Nossa Senhora da Maia assim… Por breves instantes dei comigo a pensar no que estava a acontecer, para que tanta gente se reunisse ali naquele momento, com

uma presença maciça e, de algum modo invulgar. A resposta está, obviamente, muito para além da razão e transcende a espuma dos dias, uma espuma que turba e nos impede de olhar e ver, mas ver com os olhos do coração. Todos nós ali reunidos, sabíamos ao que íamos e o que procuramos, do mesmo modo que sabemos no que cremos e qual o sentido autêntico que queremos dar às nossas vidas. Num tempo muito marcado pela vertigem dos dias, pela especulação e pelo ruído, há sinais que nos dão confiança e renovam a es-

perança, ajudando-nos a persistir na essência da vida, em detrimento do acessório, do dispensável, seja no plano material, seja no domínio da aparência, quando o primado da imagem parece querer sufocar a Humanidade. Tenho a certeza que o Mundo começa a mudar, muito lentamente é certo, mas algo me diz que a obediência à Verdade é o caminho da unidade, uma unidade construída sobre alicerces sólidos e resistentes a todas as provações. Para além da razão há uma verdade que nos transcende e dá sentido à vida!...

Impressão Naveprinter Indústria Gráfica do Norte, S.A. E.N. 14 Km 7, 5 Maia

Distribuição Moviface Avenida Visconde Barreiros, 89, 5º, 4470 Maia Telefone: 229439393 Tiragem: 3000 exemplares

Sai à Sexta-feira Preço: 0,50 €


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Destaque

Dívida da STCP voltou a subir

dívida da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (SCTP) voltou a subir em 2009 cifrando-se agora em 318,378 milhões de euros, num aumento de cerca de 12,5 milhões em relação a 2008. Em conferência de imprensa, durante a apresentação dos resultados, a presidente do Conselho de Administração da empresa afirmou que este ano o resultado líquido foi de 19,5 milhões de euros negativo. No entanto, apresenta uma melhoria de 19,3 milhões de euros face ao ano anterior. Na mesma altura, a STCP anunciou que foi enviado para a tutela o plano de reequilíbrio financeiro de médio e longo prazo da empresa de transportes. Fernanda Menezes não adiantou detalhes, afirmando que só depois de o Governo receber o

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documento é que falará sobre o seu conteúdo. Contudo, deu a entender que não andará longe daquela que já foi apresentada pela Carris. Com uma diferença: “Pensamos que o nosso problema é mais fácil de resolver”. Como negativo no ano 2009, Fernanda Menezes apontou as greves sucessivas de períodos de 40 dias, entre o mês de Agosto e Janeiro e que penalizou a empresa e os próprios utentes. “Afectou-nos fortemente a todos. A forma escolhida pelos trabalhadores prejudicou muito. Do ponto de vista de adesão foi baixa mas tornouse elevada para os clientes”, referiu a presidente do conselho de administração. O ano de 2009 até foi de “melhoria generalizada dos resultados” financeiros da STCP, que passou de uns negativos 24 milhões de euros,

em 2008, para 7,6 milhões de euros. Houve também uma melhoria de 3,6 milhões de euros na conta de exploração. “Foi um bom ano”, considerou a presidente do Conselho de Administração, Fernanda Meneses. “Teria sido um ano óptimo se nós pudéssemos ter crescido a receita da prestação de serviços mas essa não conseguimos”, acrescentou. Para não ter conseguido Fernanda Menezes aponta dois motivos. O primeiro prende-se com a queda da procura, o segundo com uma maior opção pela intermodalidade. No caso da segunda, “a receita é repartida pelos operadores que o utente utilizou”, justifica. Parte da melhoria dos resultados está relacionada mais com uma reestruturação dos empréstimos, com vista ao pagamento dos 318

STCP em números Concelhos servidos: Quilómetros de rede: Paragens: Linhas: Autocarros:

6 542 2.707 83 472

milhões de euros da dívida da STCP. A empresa contraiu um empréstimo de 120 milhões de euros para cobrir a dívida a curto prazo, que desceu para os 24,3 milhões de euros. Desta forma, acabou por aumentar a dívida a médio e longo prazo para 293,9 milhões de euros. Fernanda Menezes recordou ainda outro momento “importante” para a vida da empresa. É que a 31 de Dezembro do ano passado, a STCP enviou à tutela uma

proposta de contratualização do serviço público, que se encontra ainda a ser negociada. Dessa forma, a empresa de transportes tenciona conseguir ser compensada pelo Estado de serviços que presta como o tarifário social para menores, estudantes e terceira idade e as linhas que representam apenas serviço social, porque “respondem a necessidades muito localizadas”. “Esse serviço é sempre deficitário e devia ser compensado”, justificou. Contudo, Fernanda Meneses, reconhece que esse contrato não resolverá o problema financeiro da empresa, que tem vindo a agravarse pela diminuição da receita proveniente dos serviços prestados pela STCP. Apesar das dificuldades financeiras, a STCP pretende continuar a investir na me-

lhoria da qualidade do serviço prestado. Nesse sentido, ainda durante este ano, vão ser colocados a circular 15 novos autocarros de dois pisos e 20 articulados. “Provavelmente em Maio já estarão a circular os articulados”, disse Fernanda Menezes. Aliás, são novas viaturas que já deviam estar em circulação desde o ano passado mas surgiram alguns contratempos, entre os quais, a homologação. Fernanda Meneses adiantou ainda que a linha que vai ligar Vila d’Este à Boavista deverá arrancar este mês e estão a ser estudadas “novas soluções” para “cobrir” o centro de saúde de Aldoar e resolver o problemas dos utentes de Gondomar que passaram a ser referenciados para o Hospital de Santo António em vez do Hospital de São João. Isabel Fernandes Moreira


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Destaque

Estradas do país com mais pontos negros – radares podem ser solução umentou o número de pontos negros, em Portugal, no ano de 2009. É o que indica o Relatório de Sinistralidade 2009, divulgado recentemente pelo Governo e pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), organismo tutelado pelo Ministério da Administração Interna. No último ano, foram identificados 53 pontos negros, no território nacional, mais seis do que em 2008. São considerados

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“pontos negros”, lanços de estrada com um máximo de 200 metros de estrada e onde se registaram pelo menos cinco acidentes. A liderar as estradas do país com mais pontos negros está a A5, em Cascais, embora com um baixo índice de gravidade. Ocorreram 69 acidentes, sem provocar mortos ou feridos graves. É a A29, em Aveiro, o ponto negro com maior índice de gravidade em 2009 – registaram-se oito aci-

dentes que provocaram dois mortos e três feridos graves. No distrito do Porto, foram identificados oito pontos negros que, no entanto, não registaram acidentes com vítimas mortais em 2009, pelo menos até chegarem à unidade de saúde. Os pontos negros identificados foram: EN 15 que liga o Porto a Bragança – foram registados 12 acidentes que provocaram 23 feridos ligeiros; A29 em Vila Nova de

Gaia - com 14 acidentes e 18 feridos ligeiros; A3 (Porto Valença) – cinco acidentes com um ferido grave e cinco feridos ligeiros; A4 (MatosinhosAmarante) – seis acidentes com 13 feridos graves; e A44 (Gulpilhares – Areinho) – cinco acidentes com sete feridos graves. Em alguns dos locais mais perigosos, onde os acidentes com vítimas persistem, a solução poderá passar pela instalação de radares, conforme

adiantou o presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, Paulo Marques, na apresentação do relatório. É no entanto, uma solução que ainda está a ser estudada, no âmbito da rede nacional de fiscalização de velocidade, com que o Governo pretende avançar. Ainda este ano deverá ser lançado um concurso público para a instalação de 30 radares. Ao todo, estão previstos 100. Apesar do aumento do nú-

mero de pontos negros, estes representam apenas um por cento do total de acidentes e vítimas mortais – 321 acidentes e sete mortos em 2009. MAIS ACIDENTES, MENOS MORTOS Apesar do aumento de pontos negros, 2009 manteve a tendência de descida dos últimos anos no que se refere ao número de vítimas mortais nas estradas portuguesas. Foram registadas 737 víti-


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Destaque mas mortais, menos 39 que em 2008. Uma redução de aproximadamente cinco por cento. No entanto, este é um número que pode não corresponder à realidade, uma vez que neste relatório constam apenas as vítimas de acidente de viação cuja morte ocorreu no local do acidente ou no percurso até à unidade de saúde. Não constam as mortes que ocorreram depois de as vítimas darem entrada nas unidades de saúde. Seguindo os números do relatório da ANSR, a redução das vítimas mortais, não quer dizer que houve também uma redução dos acidentes. Pelo contrário. No último ano, e em relação a 2008, aumentou o número de acidentes com vítimas, dentro e fora das localidades. O número de feridos graves apresentou-se estável, com um ligeiro aumento de 0,7 por cento – foram contabilizados 2580 feridos graves. Esta redução foi mais saliente fora das localidades. Já o número de feridos ligeiros sofreu um aumento de 2,3 por cento – o total de feridos leves foi de 42 mil 298. De acordo com o documento, todos os objectivos previstos pelo Plano Nacional de Prevenção Rodoviária (PNPR) foram atingidos, à excepção das vítimas mortais dentro das localidades – foi aqui que ocorreram a maior parte dos acidentes com vítimas (25.037). A maior parte das mortes foram provocadas pela colisão de viaturas (330), seguindo-se o despiste (281) e, por último, o atropelamento (126). As estradas nacionais são as mais mortíferas (39 por cento). Analisando a sinistralidade em 2009 e comparando-a com a evolução verificada na última década, “constata-se que cada vez serão necessárias medidas mais exigentes, mais científica e tecnicamente suportadas para se manter a tendência de redução da sinistralidade”. Medidas essas que estão previstas na Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária (ENSR), e cuja implementação tem como objectivo a melhoria dos níveis de segurança rodoviária em Portugal. No que diz respeito às vítimas mortais em acidentes, o objectivo traçado até 2015 é a redução para 579 mortos. Fernanda Alves

Apesar do aumento de pontos negros, 2009 manteve a tendência de descida dos últimos anos no que se refere ao número de vítimas mortais nas estradas portuguesas. Foram registadas 737 vítimas mortais, menos 39 que em 2008


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Sociedade

Maia: Supermercados são os três primeiros mais baratos Três dos cinco pontos de abastecimento de combustíveis mais baratos do concelho da Maia são propriedade de hipermercados, confirmando uma tendência dos últimos anos. Atendendo aos dados de quarta-feira da Direcção Geral da Energia, na área do município da Maia, o Continente Maia Jardim é o que vende os combustíveis comuns (gasolina e gasóleo) mais económicos. Segue-se o Jumbo da Maia e o Jumbo de Matosinhos, cujo posto se localiza próximo do aeroporto. O primeiro ponto de venda fora destas unidades é o Azoria Espinhosa, na EN14. O Prio Maia Via Diagonal é o quinto mais económico.

Combustíveis dos supermercados são mesmo mais baratos Os dados da Autoridade da Concorrência são claros e mostram que a diferença de preços dos combustíveis aplicados entre os postos de abastecimento de empresas petrolíferas e os disponibilizados por supermercados nunca foi tão elevada. O relatório de “acompanhamento dos mercados de combustíveis líquidos e gás engarrafado”, relativo ao último trimestre de 2009, publicado esta semana, revela que, por cada litro de combustíveis um cliente que abasteceu o depósito num posto de um supermercado gastou menos 11,8 cêntimos, em média. São os “diferenciais trimestrais médios mais elevados de que há registo”, assinala a Autoridade da Concorrência (AC). No final de 2008, o diferencial de preços situou-se em 8,8 cêntimos por litro de gasolina sem chumbo 95 octanas e em 9,0 cêntimos por litro de gasóleo. Assim, no espaço temporal de um ano, o diferencial de preços prati-

cados na gasolina aumentou três cêntimos por cada litro, e 2,8 cêntimos no gasóleo. Feitas as contas à data dos valores utilizados pela AC, encher um depósito com 50 litros fica 5,9 euros mais barato se o abastecimento for concretizado num posto de um supermercado. E porque ocorre esta diferença de preços? A instituição refere que tal deve-se à “diferença” de “estratégia” entre as petrolíferas e os postos de abastecimento geridos pelos supermercados. Concretizando: “As empresas petrolíferas tendem a praticar preços semelhantes entre elas apresentando níveis de preços menos competitivos do que os dos postos de cadeias de supermercados e apostando na localização, diferenciação dos produtos e dos serviços e em estratégias de fidelização”. Por seu lado, “os supermercados, por sua vez, praticam os preços mais baixos na venda a retalho de combustíveis procurando gerar um elevado vo-

lume de tráfego junto das suas superfícies comerciais”. O documento da AC regista que o preço médio de referência da gasolina 95 octanas à saída das refinarias europeias indexadas ao mercado do Noroeste Europeu aumentou 31,2 por cento e para o mesmo período aumentou 13,4 por cento à saída da refinaria de Sines. O gasóleo rodoviário desceu 8,1 e 16 por cento, respectivamente. Noutras contas, quando chega ao consumidor, o preço médio da gasolina 95 antes dos impostos aumentou, em Portugal 8,3 por cento, enquanto o gasóleo desceu 12,7%. Depois de aplicados os impostos, a gasolina 95 aumentou 3,6% e o do gasóleo diminuiu 7,8%. Na União Europeia a 27, adianta a AC, no quarto trimestre de 2009, Portugal ocupou o quinto lugar na lista dos preços, depois de impostos, na gasolina 95 e o nono lugar no gasóleo.


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Sociedade

Mais 17,5 por cento de passageiros no Aeroporto do Porto

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o primeiro trimestre do ano, o tráfego de passageiros no Aeroporto Francisco Sá Carneiro cresceu 17,5 por cento (%). Aliás, à semelhança de todos os aeroportos nacionais geridos pela ANA, onde a subida foi de 8,5%, em termos acumulados, quando comparado com os primeiros três meses de 2009. De acordo com as estatís-

ticas divulgadas na terça-feira pela ANA – Aeroportos de Portugal, o Aeroporto do Porto lidera o crescimento do tráfego de passageiros verificado no primeiro trimestre. Passou de 885,1 mil passageiros para um movimento superior a 1,04 milhões, A este propósito, a ANA destaca o tráfego low-cost, “sob grande influência da base operacional da Ryanair, iniciada em Setem-

aeroportos. A seguir ao do Porto, aparece Lisboa, com um crescimento da procura de 7,7%, “especialmente no segmento não regular” e beneficiando do crescimento de tráfego da TAP, lê-se na nota de imprensa publicada no site da ANA. No caso dos quatro aeroportos dos Açores e do Aeroporto de Faro, foi o segmento regular que mais contribuiu para o crescimento a que se assistiu no primeiro trimestre. No arquipélago açoriano, com mais 3,6% de passageiros e, no aeroporto algarvio, com um crescimento mais ligeiro (0,3%). Semelhante variação teve o bro de 2009” e que conduziu lugares oferecidos, na ordem O tráfego de passageiros a um aumento do número de dos 12,9 %. subiu também nos restantes movimento de carga nos aeroportos da ANA, tendo crescido 21,4% entre Janeiro e Março do corrente ano. Também neste caso, com o Aeroporto Francisco Sá CarneiAeroporto 2009 2010 Variação (%) ro em destaque (carga aérea Lisboa 2.619.851 2.821.488 7,7 processada cresceu 29,7%), Francisco Sá Carneiro 885.180 1.040.036 17,5 seguido do Aeroporto de LisFaro 578.157 580.152 0,3 boa (20,4%). Açores 208.131 215.572 3,6 Total ANA 4.291.319 4.657.248 8,5 Marta Costa

Tráfego aéreo de passageiros nos aeroportos da ANA

PM nº498 - 09/04/2010


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Política

“A acção futura adequada passa por termos um PS coeso, unido, interventivo e com uma liderança presente” Hélder Ribeiro é secretário coordenador da secção de Gueifães do PS e candidato à Comissão Política Concelhia da Maia. Diz querer refundar o PS local, com base numa reorganização, requalificação e revitalização.

Primeira Mão - Porque é que quer refundar o PS da Maia? Hélder Ribeiro - O que pretendemos é refundar e abrir uma nova esperança para o PS Maia e isso traduzido para os maiatos. O que queremos dizer é que queremos que o PS seja uma alternativa credível e consistente, capaz de liderar os destinos da Maia. Portanto, trabalhar, apresentar um PS credível, sério, com propostas alternativas e com propostas em que os maiatos acreditem, para nos darem uma oportunidade, a médio prazo, de governar os destinos da Maia, é esse o nosso objectivo. Não acha que o PS já teria obrigação de ser uma alternativa há bem mais anos? O Partido Socialista, pela sua história e por aquilo que representa na sociedade portuguesa e na Maia também, não esqueçamos que já tivemos um presidente de câmara socialista, é efectivamente um partido que almeja ser poder. Mas nem sempre as circunstâncias o permitem e não podemos também esquecer que temos outras forças políticas, que naturalmente apresentam as suas propostas e nem todas as suas acções no exercício do poder serão negativas. Algumas são positivas, como temos que reconhecer, e o povo não se engana. Portanto, se têm dado oportunidade a outro partido político é porque naturalmente ele tem feito algum trabalho que as pessoas reconhecem. No entanto, o Partido Socialista pode fazer melhor do que tem feito, principalmente nos últimos anos. É Secretário Coordenador do PS da secção de Gueifães, está dentro daquilo que se passa no PS local, tem a sua quota-parte da responsabilidade no desempenho do

truturas locais e dos autarcas que muitas vezes são negligenciados e esquecidos nos períodos que medeiam os processos eleitorais, que mostre ser consciente da grande herança que é a história do nosso partido no concelho. Este é um partido que quero operativo e operacional. Estabeleceu três parâmetros daquilo que disse ser a refundação do PS da Maia: organizar, revitalizar e requalificar. O que é que propõe? O que eu pretendo é uma clara ruptura com as práticas

Entrevista na Rádio Lidador Toda a entrevista pode ser escutada domingo, às 13h00, na Rádio Lidador Partido Socialista da Maia ao longo dos últimos anos. Não acha que poderia ter sido feito mais? Penso que é sempre feito um esforço grande por parte das pessoas que se empenham e que militam, mas podia ter sido feito melhor. É para isso que nos propomos, é para isso que me candidato, para tentar fazer melhor. Acredito que posso fazer melhor, com mais qualidade, de maneira a que os maiatos vejam em nós uma alternativa e uma capacidade efectiva de ser uma alternância ao actual poder na Câmara Municipal da Maia. E como é que pretende fazer isso? Pretendo fazer isso começando pela própria casa, pelo Partido Socialista, organizando, requalificando e revitalizando. É nisso que eu traduzo a refundação. Apresentar um partido credível, sério, assente nos valores modernos do socialismo democrático. É a primeira etapa desse caminho que me proponho percorrer, apresentar aos maiatos uma instituição no concelho, um Partido Socialista capaz de mobilizar e de se misturar naturalmente com a sociedade civil. Portanto, sendo parte dessa sociedade civil, estando atento aos seus anseios, às suas necessidades, sendo um parceiro, sendo alguém que não é visto como um estranho ou como alguém que não persegue os objecti-

vos que um partido político de- que existiram no passado reve perseguir, o bem público e cente. o bem da colectividade onde Que práticas são essas? está inserido. Nem sempre foram as mais No fundo isso é o que to- defensáveis e aquelas que dedos os partidos também de- veríamos mostrar para o extefendem. Não vejo nenhum rior. Nós tivemos um partido partido que queira o mal da dividido, um partido que não comunidade, que não queira soube aproveitar as oportunimisturar-se com a população. dades que o contexto político A concretização é que é sem- oferecia na altura. Foi um partipre mais complicada. Como do que se apresentou ao eleitorado extremamente fragilizado é que pretende fazer isso? A diferença nas várias áreas e dividido, sem liderança nem de intervenção política e cívica projecto político e sem ter siestá na coerência entre o dis- do capaz uma única vez de ascurso e a prática. Eu não me sumir publicamente críticas ou candidato a presidente da con- reparos consistentes à gestão celhia para fazer discursos, eu do PSD. Foi um partido que candidato-me para realizar, para em contrapartida, infelizmenconcretizar, para que o discur- te, digo com mágoa, foi fértil so seja coerente com a prática. em oportunismo, em projectos Daí a proposta de refundação e pessoais, em ilegalidades até, de um novo começo, abrir uma e em traições. nova esperança em cima de vaQuando me fala em orgalores do socialismo moderno e democrático, como a ética, a nização, presumo que não liberdade como autonomia, os seja só uma organização de direitos responsáveis, a autori- iniciativas e de actividades, dade democrática na interven- presumo que seja também ção cívica e política dos nossos uma organização interna do militantes. Naturalmente que próprio partido. Gosto de usar as palavras depois terá que ter associado uma acção e uma intervenção com critério e a palavra corpolítica adequada a estes prin- recta é reorganizar. Requalificípios. Não podemos ficar só car em primeiro lugar, depois pelas palavras. A acção ade- reorganizar e revitalizar. Requada passa por termos um qualificar, a primeira palavra PS coeso, unido, interventivo caberá aos militantes, no sene com uma liderança presente. tido de se entenderem requaEste PS novo e equilibrado não lificar os órgãos dirigentes nas pode esquecer aqueles que o próximas eleições, têm agora construíram, deverá ser um PS oportunidade no dia 17 de Abril próximo dos militantes, das es- de requalificar a qualidade dos

dirigentes do PS Maia. Desde aí teremos diferenças na actuação dos novos dirigentes e eu acredito que os militantes me vão dar a responsabilidade de liderar o partido nos próximos dois anos. A segunda vertente é a reorganização, que tem várias dimensões, entre elas a dimensão de imagem e de funcionamento interno, porque hoje temos um partido que não tem uma imagem externa, não tem um gabinete de comunicação, não tem uma ligação forte, informativa e comunicativa com os militantes. Está fracturado em termos de proximidade das estruturas locais e concelhia. É um partido que neste momento não tem norte, não está consistente no seu funcionamento, encontra-se a funcionar em vários tempos e quase de uma forma caótica. No processo de preparação das últimas eleições autárquicas, como Coordenador do Secretariado da Secção de Gueifães, assumiu uma postura de ruptura com a actual Comissão Política Concelhia e que na altura organizava o processo eleitoral. Apresentou-se contra o então presidente da Junta, depois reeleito, para ser candidato do PS à Junta de Freguesia de Gueifães. Não foi uma deslealdade? No interior do PS da Maia, tenho tido um percurso coerente e que põe o enfoque mais nas práticas e nas ideias do que nas pessoas. Tendo em conta essa premissa, gosto de privilegiar a primeira pessoa do plural em detrimento da primeira pessoa do singular. Para nós, o mais importante são as ideias e as práticas, aquilo que cada um deu provas que é capaz de fazer, aquilo que cada um exibiu no seu comportamento efectivo do dia-a-dia e não dar tanto relevo à retórica e à verborreia. Nessa medida, depois das eleições de há dois anos, em que integrei e fui um dos principais impulsionadores da candidatura da minha camarada e amiga Maria Luísa Barreto, decidimos que a nossa postura não devia ser de reivindicação e protesto, mas sim de parceria e de colaboração crítica com o Secretariado e o presidente eleito. Os actos vistos isoladamente adquirem uma importância que, às vezes é necessário perceber ou tentar que

se percebam os pressupostos, para depois se concluir desta ou daquela acção ou comportamento. Em relação a Gueifães adoptamos essa postura de colaboração sem alienarmos a nossa liberdade de crítica e de auto-crítica. Participamos activamente em todos os processos em que fomos incluídos e penso que fomos incluídos em todos, em termos da concelhia e da secção da qual faço parte e ainda lidero. Acontece que a partir de certa altura o partido tem de fazer meia culpa, onde eu me incluo. Percebemos, a partir de certa altura, que o partido tinha dado oportunidade e tinha endossado a responsabilidade a determinadas pessoas que não estavam ainda aptas a essa elevada responsabilidade, ainda não teriam tempo suficiente para perceber e para saber o que é um partido político e em especial o Partido Socialista, como funciona, que regulamentos e estatutos tem e que cultura subsiste ao nosso Partido Socialista na Maia. Está a falar da Direcção da Concelhia? Sim, exactamente. Essa situação menos conseguida, por parte do partido, esse erro que foi cometido redundou em alguns incidentes lamentáveis que ocorreram e que prejudicaram a imagem do partido em termos externos, não permitiu que as listas apresentadas fossem as listas que genuinamente o partido devia apresentar e que nalguns locais, pontualmente, tivessem acontecido crises que de facto poderiam não ter acontecido, poderiam ter sido prevenidas, mas nem tudo é possível. A QUESTÃO DE GUEIFÃES A questão de Gueifães é fundamental. Menos de um ano antes das eleições autárquicas, a sua secção, por si liderada anunciava um apoio claro ao então presidente da Junta de Freguesia para uma recandidatura. Alguns meses depois quer a secção destituir Alberto Monteiro de uma possível recandidatura, para o surgimento de outro candidato, que seria você. Isto surge como algo de estranho. Não acha que dá a ideia de uma certa postura de projecto pessoal, que há pouco criticava? Entendo que quando se milita num partido, e falo em causa própria no Partido Socialis-


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Política ta, devemos militar na certeza de que estamos para servir e que estamos referenciados a um colectivo, a órgãos, a desígnios que vão bem mais longe do que os nossos próprios interesses pessoais. Naturalmente que é legítimo que cada um tenha os seus próprios objectivos, que lute por eles e essa sã competição que deve existir em todas as organizações é positiva, torna-a viva e competitiva também como um todo, mas cada um deve ter plena consciência de que mais do que os seus próprios interesses, estão os interesses daqueles que ambicionamos servir e do partido que representamos. Por isso, como militante de base, como dirigente, como secretário coordenador e, como espero, como presidente da concelhia, porei sempre à frente dos interesses individuais de quem quer que seja, os interesses da Maia e os interesses do Partido Socialista. E foi assim que também agi como secretário coordenador da secção de Gueifães e como membro eleito da Comissão Política da Concelhia do PS Maia. A todo o tempo não alienei em minha liberdade de agir em conformidade com a responsabilidade que todo o militante tem, pôr à frente de qualquer interesse pessoal o interesse do Partido e o interesse da Maia. Se bem entendo, Alberto Monteiro já não servia naquela altura para ser candidato à Junta de Freguesia de Gueifães? A questão é mais larga, quando alguém que tem responsabilidades numa organização e em particular num partido, entende que não estão reunidas as condições para que os interlocutores A, B ou C sejam apresentados como representantes do partido a umas eleições, o que deve fazer é assumir essa responsabilidade frontalmente, sem medo das consequências, assumindo por inteiro e avançar naquilo que acha necessário fazer no momento. Foi isso que foi feito em Gueifães. Eu e os meus camaradas da direcção da secção de Gueifães do partido assumimos todas as nossas responsabilidades. Assumo as minhas, o que foi feito foi feito, fá-lo-ia de novo na certeza de que hoje viramos uma página e outros que deverão assumir as suas responsabilidades a seu tempo as assumirão, penso eu. Assumi as minhas

e os meus camaradas que me acompanham no secretariado da secção também as assumiram. As decisões foram tomadas, o caso está entregue a órgãos federativos, jurisdicionais. Eu, como secretário coordenador o que tenho que fazer, por um lado, é olhar em frente e fazer o que um secretário coordenador de um partido político como o Partido Socialista deve fazer: fazer tudo o que pode e tem ao seu alcance para que o partido sirva a população. AS RELAÇÕES COM OS VEREADORES As suas relações pessoais e políticas com os actuais vereadores do Partido Socialista da Câmara Municipal da Maia, em particular com o ainda presidente da concelhia Mário Gouveia, ficaram fortemente afectadas. Como é que sendo presidente da concelhia, se for eleito no dia 17, vai resolver este conflito? Mais do que eu resolver alguma coisa, é mais do que um dever, é obrigação de todo o militante do Partido Socialista obrigar-se e ter a consciência de que quando milita e quando é colocada sobre si a responsabilidade de representar um partido, deve subjugar todos os interesses a essa realidade. Se todos no Partido Socialista, aqueles que somos hoje militantes e aqueles que continuarem a ser amanhã militantes, tiverem bem presente essa responsabilidade que o seu dever é estarem referenciados ao partido e quanto mais alta é a sua responsabilidade, mais humildade terão que ter no sentido de reportar às bases. Não há problema que seja intransponível, desde que todos os que fazem parte do Partido Socialista tenham a consciência e saibam das suas obrigações. Está à espera que os actuais três vereadores do PS coloquem a possibilidade de renunciar ao mandato, se for eleito presidente da concelhia? Comporto-me na vida política como me comporto na minha vida pessoal, familiar, laboral. Naturalmente sou igual em todas essas áreas de intervenção e portanto preocupo-me mais com a minha responsabilidade que é servir o Partido Socialista, no caso da concelhia da Maia, servir a Maia. Aquilo que eu espero de todos os militantes, estejam eleitos

na vereação, na assembleia, nas assembleias de freguesia é que tenham a mesma consciência. É isso que se exige a militantes do Partido Socialista, é terem a consciência que estão em representação de um partido político e isso deve ser o mais importante. Agora o que cada um em consciência deve ou não fazer, só a ele cabe e ao presidente da Comissão Política Concelhia caberá a todo o momento agir em conformidade com a sua própria consciência. O projecto que tem para o PS da Maia é para conduzir o PS da Maia o poder na Câmara Municipal da Maia nas próximas eleições autárquicas? Em teoria assim deverá ser, no entanto todos sabemos que quem detém o poder nas autarquias locais tem sempre uma facilidade acrescida para continuar a ganhar. O Partido Socialista, que é um Partido que está talhado para ser alternativa e para exercer o poder terá que fazer um esforço suplementar, um esforço muito grande no sentido de conseguir ganhar, a curto, a médio prazo a Câmara Municipal da Maia. Não me candidato prometendo impossíveis. Eu prometo trabalho e credibilizar e referenciar o Partido aos princípios do Socialismo, fazendo tudo para que o Partido tenha condições de ser visto como uma alternativa. Hoje não é visto como uma alternativa e eu quero pelo menos começar a criar condições para que ele seja visto como uma alternativa capaz de liderar a Câmara da Maia. Se é nas próximas eleições que o vamos conseguir, ou noutras mais à frente, só o povo da Maia o poderá dizer. Eu vou trabalhar para que seja já e acredito que poderá ser já mas não afirmo, não depende só de mim. Eu vou fazer tudo o que posso fazer, tudo aquilo que sabem que eu posso fazer para mobilizar o Partido, para o congregar Mara o unir, mas também para o responsabilizar. É necessário que cada um de nós seja responsável e seja responsabilizado pelos seus comportamentos, pela forma como actua referenciado ao Partido, aos princípios do Partido e referenciado à linha política que o Partido entender que é a adequada, que os militantes devem referenciar. É esse o desígnio que eu quero para o Partido e que quero apresentar aos Maiatos.

Paula Cristina Duarte visitou um bairro ao abandono

A incerteza marca, neste momento, o Bairro do Sobreiro, bem no centro da Maia. Depois da dissolução da empresa Parque Maior, os habitantes do degradado bairro maiato vivem dias de angústia. Sentimento que motivou a candidata à liderança concelhia do Partido Socialista, Paula Cristina Duarte, a reunir com a empresa Espaço Municipal e com a Associação de Moradores do Bairro do Sobreiro. As reuniões aconteceram na passada quarta-feira e as conclusões não foram animadoras. Segundo a candidata, as incertezas continuam a pairar sobre os moradores do bairro e embora existam planos da Câmara Municipal da Maia, a curto prazo, para uma intervenção no Bairro do Sobreiro, a angústia dos moradores é mais que muita. Os problemas do Bairro do Sobreiro não são de agora e já são conhecidos. No entanto, não significa que se mantenham na mesma. O tempo não pára naquela zona mais pobre da Maia e o bairro avança para um estado de degradação que alguns moradores consideraram, durante uma rápida visita aos blocos habitacionais, estar a tornarse insustentável. Há fendas nas paredes, caleiras que há muito estão no chão, vigas de cimento que ameaçam a segurança de moradores e transeuntes, um parque de jogos completamente degradado,

blocos abandonados à mercê de quem os quiser invadir, paredes que ameaçam cair e angústia. Muita angústia no rosto dos moradores, que se queixam da inércia da Câmara Municipal da Maia. Quem vai estando alheio a estes problemas são as muitas crianças que se continuam a sentir livres na rua do bairro. Um contraste de gerações e de expressões. Ao contrário dos mais crescidos, as crianças do bairro continuam a correr, gritar e saltar. Ainda que por vezes isso possa representar perigos, pois correm ao lado de vigas que ameaçam cair, gritam por entre carros abandonados e saltam debaixo de caleiras que a todo o momento podem atingir o chão. Da reunião com o Espaço Municipal foi dada a certeza a Paula Cristina Duarte que estão para breve as intervenções nos blocos mais degradados do Bairro do Sobreiro, através da Prohabita e do Plano Especial de Realojamento. Além disso, foi também dito pela autarquia à candidata socialista que está em curso uma candidatura ao CREN com vista à recuperação do bairro. Obras que tardam a aparecer. “Foi dito em Dezembro, pela Câmara Municipal, que arrancariam obras de beneficiação em Março”, revelou Paula Cristina Duarte. “Mas já estamos em Abril e ainda nada foi feito”, acrescentou. Paula Cristina Duarte espera também que a Câma-

ra “chegue a tempo” da beneficiação dos edifícios, porque pode acontecer que “isto se degrade de tal maneira que depois não seja possível fazer nada”, considerou, em tom preocupado. “Moro no Sobreiro há 30 anos e nunca aqui pregaram prego!”. A frase é de José Abreu, um dos representantes dos moradores do Bairro do Sobreiro. Como José Abreu há muitos, segundo PRIMEIRA MÃO apurou. “No inverno é um frio que não se pode, os aquecedores não chegam, e no verão é um calor insuportável” dentro das habitações. Mas este é apenas a ponta do icebergue. José Abreu estava munido de fotografias que provavam o estado de degradação do bairro e continuou a queixar-se do abandono por parte da autarquia. Ou melhor, autarquias. “O presidente da Junta de Vermoim só quis saber disto na altura das eleições, agora mal quer saber”, disse José Abreu, “dirigindo-se” a Aloísio Nogueira. No fundo, os moradores “estão abandonados e fartos de promessas”, considerou Paula Cristina Duarte. Por fim, lançou um apelo: “Espero que a Câmara Municipal faça uma intervenção rápida neste bairro, porque toda a gente ficava a ganhar. Os moradores do Sobreiro precisam de ser felizes”. Pedro Póvoas


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JS do Vale do Leça aponta falhas nos transportes públicos S

ão várias as carências apontadas pelos jovens socialistas da Maia ao serviço de transportes públicos do concelho da Maia. Na passada quinta-feira, numa viagem promovida pelo Núcleo do Vale do Leça da JS em colaboração com a concelhia da Maia, dois grupos de militantes viajaram até ao centro da cidade em autocarros da STCP (61 E 600) e da Maiatransportes (10). A iniciativa tinha como objectivo, alertar a autarquia para as deficiências existentes no município em termos de mobilidade, e propor novos investimentos nos transportes públicos. Referindo que “nada tem sido feito” nesta matéria, João Torres, secretário coordenador do Núcleo Vale do Leça, apontava as várias falhas encontradas durante as viagens que efectuaram nos autocarros das duas transportadoras. Começando pela Maiatransportes, João Torres afirma que foram encontradas “algumas deficiências”. “No seu interior, a falta de conforto, falta de climatização. Somos obrigados a comprar o bilhete dentro do autocarro, que fica por 1,45 euros. Os dois grupos combinaram sair às 09h00. O nosso grupo esteve 20 minutos à espera do autocarro da Maiatransportes. No total, a viagem demorou 45 minutos”, enuncia. A viagem no autocarro 600 já foi “diferente”. “Foram mais eficazes. A viagem demorou 35 minutos, já com o tempo de espera. Mas mesmo assim, tivemos de apanhar

A Juventude Socialista do Núcleo Vale do Leça, em colaboração com a concelhia da Maia, pretende sensibilizar o actual executivo da Câmara Municipal da Maia para esta problemática, já denunciada no passado, “e à qual a câmara não tem respondido de forma eficaz”

dois autocarros. Não passa pela cabeça de ninguém ter de passar por São Mamede de Infesta, que pertence a Matosinhos. Não compreendemos esta situação”, referiu João Torres. Em causa está o transbordo que tiveram de fazer em São Mamede de Infesta, do 61 para o 600. Porque é no centro da Maia que está localizado o Serviço de Atendimento a Situações de Urgência (SASU), João Torres aponta ainda as dificuldades nas ligações ao centro da cidade,

à noite, que é quando este serviço está a funcionar, e aos fins-de-semana. Principalmente, para os munícipes de freguesias mais afastadas do centro, como Águas Santas ou Pedrouços. “Uma pessoa de Águas Santas ou de Pedrouços, porque foi o percurso que fizemos, que queria vir ao SASU, a partir das 21h00 ou 22h00 não tem autocarros. Isto é incompreensível”, lamenta. A Juventude Socialista do Núcleo Vale do Leça, em colaboração com a concelhia da

Maia, pretende sensibilizar o actual executivo da Câmara Municipal da Maia para esta problemática, já denunciada no passado, “e à qual a câmara não tem respondido de forma eficaz”. Aquela estrutura entende que “a falta de intervenção na melhoria das ligações de autocarro das freguesias periféricas está a afastar parte dos maiatos do centro do concelho, uma vez que as ligações com outros concelhos, como Porto e Valongo, são mais acessíveis e eficazes”. A prioridade dos

jovens socialistas, e de acordo com João Torres é “insistir” nesta questão, “porque estamos a falar de famílias carenciadas que utilizam os autocarros, jovens e idosos. Temos de trabalhar no sentido de ajudá-los e tentar que o quotidiano seja mais eficaz para essas pessoas”. Os jovens socialistas colocam ainda em causa a política que a autarquia tem vindo a seguir no que diz respeito a transportes. “Tem sido tudo menos eficaz. Veja-se o projecto dos TUM, consti-

tuído em 2001, e que a câmara da Maia não soube potenciar, de forma a resolver algumas necessidades nos transportes. A aposta em ligações directas e eficazes teria dado uma maior dinâmica a este projecto o que não teria levado à sua dissolução, como aconteceu recentemente”, consideram. Com a dissolução dos TUM, a JS do Vale do Leça, “vê com apreensão o actual estado das ligações asseguradas pela Maia Transportes e pela STCP”. A falta de mobilidade no concelho é para a estrutura socialista um “problema efectivo”e sobre o qual a autarquia deveria ter um papel mais “pró-activo”. Fernanda Alves

Paulo Ramalho: “Vitória de Passos Coelho foi inequívoca” “A vitória de Passos Coelho foi inequívoca e mais ou menos homogénea em todo o país, pelo que evidencia uma vontade expressiva dos militantes do PSD”. É desta forma que Paulo Ramalho, presidente da mesa do plenário do PSD da Maia, analisa os resultados das eleições directas do partido. Apoiante de Paulo

Rangel, o também vereador da câmara recorda que Passos Coelho começou cedo a sua “caminhada” e confirmou a tendência, que já vai sendo tradição, “que candidato que fica em segundo lugar, nas eleições seguintes chega à liderança”. Esta década já aconteceu com Santana Lopes, Marques Mendes e Luís

Filipe Meneses. Com a convicção que seria a melhor opção, apoiou Paulo Rangel, que na Maia registou resultados dentro da média nacional. Já a lista de candidatos ao congresso afecta ao eurodeputado, acabou por ser a mais votada, elegendo quatro congressistas, contra dois da lista afecta a Passos

Coelho. Bragança Fernandes, presidente da concelhia, admitiu, há uma semana, que terá ocorrido alguma confusão entre os militantes sobre quem era da lista A ou B. Já Paulo Ramalho diz acreditar que os militantes “votaram em consciência e em perfeita manifestação da sua vontade”. “As listas estavam de-

vidamente identificadas e todos os nomes que faziam parte das mesmas eram conhecidos no partido. Os militantes do PSD-Maia quiseram eleger Pedro Passos Coelho para líder do partido e quiseram que a lista encabeçada por mim elegesse um maior número de delegados ao congresso”, salienta, desdramatizando a

situação e a não existência de uma lista de consenso. O congresso decorre este fimde-semana, entre hoje e domingo, em Carcavelos. Agora diz esperar que o novo líder seja tratado com lealdade e disponibilidade de todos os militantes para construir um projecto político alternativo ao actual governo.


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‘Rochinha’ já tem uma cadeira de rodas eléctrica A

Junta de Freguesia da Maia entregou uma cadeira de rodas eléctrica a um morador da freguesia, que não tinha condições financeiras para a adquirir. Vários problemas de saúde e a imobilização das pernas atiraram José Rocha para uma cadeira de rodas manual, deixando-o dependente de terceiros para as suas deslocações. É nessas ocasiões que conta com a ajuda de alguns dos seus vizinhos, nos empreendimentos Maia 1 e 2. A oferta resulta de um trabalho de carácter social desenvolvido pela junta de freguesia, e que tem como objectivo valorizar o trabalho de quem tem menor mobilidade. É como uma “homenagem” a quem mais precisa de ajuda, afirmou, na altura, o presidente da junta da Maia, Carlos Teixeira. “É uma referência para que outros indivíduos com deficiência, como o ‘Rochinha’, possam acreditar que a sociedade os pode motivar a prestar um serviço útil, sem ter necessidade de serem dependentes de outros. Podem ser auto-suficientes”, sublinhou. Há alguns anos, quando as limitações de ‘Rochinha’ eram menores, a Junta da Maia apoiou-o na criação de uma pequena oficina, onde este consertava calçado. Com o passar dos anos, a mobilidade passou a ser cada vez menor e a cadeira de rodas manual incapaz de o

“Agora já está melhor”

levar para onde ele queria. Uma cadeira eléctrica era a solução ideal. A Junta da Maia assumiu, então, a responsabilidade de adquirir uma nova cadeira, tendo contado com a ajuda de uma loja especializada em material ortopédico. Avaliada em quase três mil euros, a cadeira foi paga pela Junta de Freguesia da Maia

que beneficiou de um desconto considerável por parte da Casa da Ortopedia. Até porque se tratava de ajudar alguém que já conhecem há muito tempo. Desde que Amélia Correia mandava arranjar o calçado na oficina do ‘Rochinha’. “Desde então, há uma ligação muito próxima. Ele passa aqui, há sempre um cumprimento.

Nós vemos que a dificuldade dele vai aumentando. Daí, tivemos a iniciativa de também colaborarmos para que ele tenha mais autonomia”, referiu a proprietária da loja. Carlos Teixeira deixa ainda um desafio às pessoas com deficiência. “Todas as pessoas que tenham condições de deficiência, que apareçam,

que coloquem os seus problemas, para que nós, com meios próprios ou através de influências possamos ajudar a ultrapassar essas dificuldades. O ‘Rochinha’ é uma referência para que as pessoas como ele saibam que há sempre uma oportunidade na vida de serem mais felizes”. Porque todos somos diferen-

Rochinha não demorou a experimentar a nova cadeira. Bem diferente da que o acompanhou durante vários anos. “Agora já está melhor. Já não preciso de andar a pedir a este e aquele para ir ali e acolá. Assim, já posso ir sozinho”, afirmava feliz, mas também nervoso, uma vez que ainda não estava habituado a trabalhar com a nova companheira. “Tenho de ir com calma. Com aquela (a antiga) sei quando é que posso travar. Com esta ainda não sei. Tenho de medir a distância das coisas, porque ainda não estou habituado”. Com a voz tocada pela emoção, aproveitou ainda para agradecer a todos aqueles que o ajudaram na aquisição da nova cadeira. Nomeadamente, a Junta da Maia, Casa da Ortopedia e Associação de Moradores Maia 1 e Maia 2.

tes, mas iguais em termos de igualdade de oportunidades, a Junta de Freguesia da Maia integra no seu quadro de funcionários, sete cidadãos com deficiência. Fernanda Alves

Cozinha social abre na Cruz Vermelha Estão prestes a começar as obras para a futura cozinha social da delegação da Maia da Cruz Vermelha Portuguesa. O investimento, na ordem dos 50 mil euros, será apenas para adaptar o espaço, já que o equipamento está garantido. Os trabalhos de recuperação do espaço, na cave, arrancam ainda este mês. Nesta mesma vertente de apoio está já a funcionar a

loja social, que ganhou nova dinâmica com a conclusão do novo edifício sede da delegação, mesmo à face da Rua da Lage. A 21 de Outubro do ano passado, aquando da entrega de uma cadeira de rodas por parte do Rotary Club de Águas Santas / Pedrouços, o espaço estava em fase final de conclusão, faltando apenas a ligação eléctrica. Agora, está a funcionar em pleno e, “apesar

das dificuldades económicas que se vivem no momento”, a afluência tem sido “muito boa”, garante o presidente da delegação. Para isso tem contribuído a maior visibilidade do espaço, onde as pessoas possam deixar as suas dádivas, depois canalizadas “para quem precisa”. Desde vestuário a calçado, passando por cobertores e até mobiliário. Admite Nogueira dos Santos que “tem sido

uma retaguarda importante em situações em que a exclusão e a pobreza esteja marcante”. Mas porque “também somos procurados pela comunidade com preocupações com a alimentação”, ainda em Outubro do ano passado o responsável pela delegação da Maia da CVP anunciava a intenção de “consolidar o apoio social”, em 2010, recorrendo à abertura de

uma cozinha social no local por essa altura ainda ocupado pela Unidade de Socorro. Nogueira dos Santos descrevia-a como uma “cantina amiga” que pudesse “vir a ajudar aqueles que, neste tempo de crise, queiram mitigar a sua fome”. Mas precisando ainda dos equipamentos e utensílios necessários para assegurar essa valência. Este problema já foi, entre-

tanto, ultrapassado. Através da “Causa Maior”, um projecto de solidariedade e responsabilidade social desenvolvido pelo Modelo (através da Popota) em parceria com a Cruz Vermelha Portuguesa, a delegação da Maia tem todos os utensílios necessários para equipar a cozinha. Os materiais em falta foram doados pelo BANIF. Marta Costa


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Especial Saúde www.avidaeumpalco.com

Junta de Milheirós promoveu Feira da Saúde

Junta de Freguesia de Milheirós recebeu, esta quartafeira, uma forma especial

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de assinalar o Dia Mundial da Saúde. A freguesia promoveu uma feira da saúde, em que foi possível re-

alizar rastreios, tirar dúvidas à população e ajudar a prevenir doenças. As portas da junta milheiroense estiveram abertas toda a tarde e por lá foram muitas as pessoas que acabaram por “tratar da saúde” ou, pelo menos, para ver se a precisam de tratar ou não. À disposição dos fregueses de Milheirós estiveram rastreios cardiovasculares, consultas à visão e audição, podologia, despiste da diabetes, consul-

tas de risco pulmonar, eco doppler fetal, osteopatia e aconselhamento nutricional. Além de servir para assinalar o Dia Mundial da Saúde, esta foi também a solução encontrada para que a população de Milheirós tenha este leque de rastreios “à porta de casa”, já que se trata de uma freguesia “um pouco rural”, entende o tesoureiro da Junta de Freguesia de Milheirós, António Teixeira. Fruto dessa ruralidade, “os transportes são poucos e

maus”, acrescenta o elemento da autarquia local. E António Teixeira acabou por usufruir também dos rastreios que considera muito importantes, já que “pensava que a minha tensão estava boa e afinal estava muito alta!”. A meio da tarde, eram já mais de 200 as pessoas que tinham passado pela Feira da Saúde em Milheirós. Manuel Salgado era uma delas. De idade avançada e já com uma doença que o faz an-

dar “sempre preocupado” com a saúde. Mas a medição da tensão arterial acabou por trazer uma boa notícia. “Como é que está, está mau?”, perguntou António Salgado à enfermeira. “Está óptima, 130/80, respondeu a profissional de saúde. “A tensão está operacional!”, exclamou o idoso, “mas agora faltam os outros testes, vamos lá ver como é que isto está”, desabafou. Pedro Póvoas

Uma aposta na saúde escolar O Plano Nacional de Saúde em curso até ao final deste ano estabelece algumas “orientações estratégicas para a obtenção de mais saúde para todos, assente numa abordagem programática centrada em programas nacionais e com particular atenção para a escola”. A Direcção-geral de Saúde

assinala que a Saúde Escolar é o referencial do sistema de saúde para o processo de promoção da saúde na escola. É um processo que passa por promover e proteger a saúde e prevenir a doença na comunidade educativa, apoiar a inclusão escolar de crianças com necessidades de Saúde espe-

ciais, promover um ambiente escolar seguro e saudável, reforçar os factores de protecção relacionados com os estilos de vida saudáveis e contribuir para o desenvolvimento dos princípios das escolas promotoras da saúde. Para os próximos anos, prevendo que a promoção da saúde e os estilos de vida

saudáveis tenham uma abordagem privilegiada no ambiente escolar, calcula a Organização Mundial de Saúde que, em 2015, 50 por cento das crianças que frequentem o Jardim-de-infância e 95 por cento das que frequentem a escola integrem estabelecimentos de educação e ensino promotores da saúde.


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Especial Saúde

Consultório

Factores de risco cardiovascular ou a “doença dos bocadinhos” H á alguns meses atrás, num programa de televisão, ouvi um distinto colega meu referir-se a uma “doença particularmente temida”, em sua opinião, a que chamava a doença dos “bocadinhos”. Dizia ele ouvir com frequência alguns doentes afirmarem: “tenho bocadinho de diabetes, um bocadinho de colesterol e as tensões arteriais também um bocadinho elevadas”. Rapidamente verifiquei que se tratava de uma entidade que já conhecia há vários anos mas com outros nomes: “E o senhor é diabético ?”, perguntava eu ao doente que observo pela primeira vez e ele responde: “Não senhor doutor, devo ser prédiabético pois o açúcar no sangue está sempre mais ou menos bem”; “e o colesterol?”, pergunto eu, novamente; “o colesterol também está também mais ou menos…”. Geralmente o doente receia a diabetes porque sabe que esta doença se associava a complicações graves oculares, renais e cardíacas. Por isso prefere ser rotulado, quando possível, como pré-diabético ou então com um diminutivo, “um bocadinho de…”.

Sabiam os estimados leitores que ser diabético equivale em termos de risco cardiovascular a ter já tido um enfarte do miocárdio? É fundamental ensinar ao doente que a “doença dos bocadinhos” ou do “mais ou menos” é potencialmente muito grave. Significa, quase sempre, que a probabilidade de ter um acidente cardiovascular nos próximos 10 anos é, na maioria dos casos, bem superior a 30% pois o doente apresenta múltiplos factores de risco não controlados Será que este doente com a “doença dos bocadinhos” tem noção do seu elevado risco cardiovascular? Será que o doente tem claramente a noção de ser portador de 3 doenças mal controladas? O que se passa é que o doente está a adoptar um conceito empírico ou intui-

“E o senhor é diabético ?”, perguntava eu ao doente que observo pela primeira vez e ele responde: “Não senhor doutor, devo ser pré-diabético pois o açúcar no sangue está sempre mais ou menos bem”; “e o colesterol?”, pergunto eu, novamente; “o colesterol também está também mais ou menos…”.

tivo de factores de risco cardiovascular e avalia mal o seu risco futuro. A actuação perante os chamados indivíduos de alto risco é muito importante e é, provavelmente, uma das áreas em que a actividade médica é mais rentável, por isso este tipo de programas tendem a ser considerados prioritários nos nossos dias. Será então o caso dos doente com doença aterosclerótica conhecida (enfarte do miocárdio, angina de peito, acidente vascular cerebral, aneurisma da aorta abdominal, doença arterial dos membros inferiores), bem como os doentes diabéticos ou com múltiplos factores de risco associados (por exemplo, diabetes + hipertensão arterial + tabagismo) ou, então, com grande elevação de um factor de risco (por exemplo, colesterol total > “320” ou TA > “18/ 11”). Todos estes doentes devem ser sujeitos, ao abrigo destes programas, a medidas especiais diagnóstico, prevenção e tratamento. Os familiares próximos de indivíduos com doença precoce (enfarte do miocárdio ou AVC antes dos 65 anos no homem e dos 55 anos na mulher) ou de indivíduos de

alto risco embora ainda sem sintomas são também incluídos neste grupo com “alta prioridade” para o diagnóstico e tratamento precoce. O papel do médico não é, neste casos, assustar mas sim orientar o doente no sentido de tomar as medidas mas eficazes para evitar o acidente cardiovascular ou a morte súbita que é, como sabemos, uma das manifestações mais frequentes da doença coronária aterosclerótica. A vigilância de alguns parâmetros bioquímicos (análises), o controlo dos factores de risco e a valorização atempada dos sintomas cardiovasculares de alarme, anteriormente referidos, ajudam a manter a saúde e a prevenir a doença. Chamamos Prevenção Secundária às medidas preventivas após o acidente cardiovascular e Prevenção Primária às medidas antes do primeiro acidente. Talvez seja agora a altura certa para se iniciar a Prevenção Secundária Precoce – conjunto de medidas de prevenção e tratamento nas situações clínicas em que se diagnosticaram as lesões ateroscleróticas arteriais antes do acidente cardiovascular ocorrer.

Continua no entanto a ser muito importante a implementação dos bons hábitos, desde a alimentação saudável, á pratica do exercício físico regular, bem como o combate à obesidade e ao tabagismo, em especial nas crianças e nos jovens adolescentes, isto é a actuação em prevenção primária. È sabido que os nossos filhos e os nossos netos estão cada vez mais obesos, que a diabetes, a hipertensão arterial, os triglicerídeos elevados e a diminuição das taxas de colesterol “bom” são o corolário lógico dos hábitos de vida dos nossos jovens. Nos últimos tempos, surgiu nos Estados Unidos um “slogan” assustador que afirmava sermos nós a geração de pais e avós que verão morrer os filhos ou os netos de ataque cardíaco pelos 35 anos. A esta “visão” teremos que contrapor a visão da “SHAPE” - “Sociedade para a Prevenção e Erradicação do Ataque Cardíaco”, “Um mundo sem a ameaça o ataque cardíaco” de que iremos falar numa próxima oportunidade. Prof. Doutor Ovidio Costa Director da Qualidade da Cardiologia Esferasaúde


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Sociedade

Compasso especial na Vessada

Programa “Conheces?” no Parque de Avioso P

ara aproveitar a interrupção lectiva das férias da Páscoa, o programa “Conheces?” do Pelouro da Juventude da Câmara Municipal da Maia levou cerca de 80 utentes de todas as lojas de juventude do concelho ao Parque de Avioso. À semelhança de outros períodos de férias, em que o programa leva os jovens frequentadores das lojas a locais emblemáticos do concelho da Maia, desta feita o destino escolhido na última terça-feira foi o maior parque urbano maiato, já nos limites da Maia. As lojas de juventude da Maia espalham-se um pouco por todo o concelho. Alguns utentes, como é o caso das lojas de São Pedro de Avioso e Gemunde, já conhecem o Parque, mas o mesmo pode não acontecer com jovens que estão em freguesias ocidentais da Maia. O objectivo primordial é o de conhecer o espaço e, numa segunda fase, “dar a oportunidade aos jovens de realizar actividades que não costumam levar a cabo no seu dia-a-dia”, adiantou

o coordenador do projecto, Carlos Frazão. Mas, acima de tudo, pretendeu-se, ainda de acordo com o responsável, “fomentar o convívio entre as lojas da juventude, que neste momento já são cinco”. E como o tempo ajudou, houve oportunidade para tudo. Jogos de voleibol, caminhadas pelo parque e até um workshop sobre vigilância florestal. A ideia foi a de promover a actividade física. Para

os mais novos, o dia no Parque de Avioso começou com uma partida de vólei de praia, “para não ser sempre futebol, para que eles percebam que o desporto não é só futebol, e até podem descobrir aqui vocação para o vólei, quem sabe…”, deixou no ar Carlos Frazão. Depois do almoço, um menu de actividades diferentes. Os jovens puderam experimentar “uma caminhada de orientação e também

uma actividade meio dança, meio fitness, com ritmos de hip-hop que eles tanto gostam”, revelou também Carlos Frazão. Depois desta fase do programa, os mais novos puderam subir às torres de vigilância instaladas no Parque de Avioso para um miniworkshop de vigilância florestal, ministrado com o apoio da Protecção Civil.

Tal como noutros anos, a administração de condomínio de habitação social da Vessada, em Milheiros, em colaboração com todos os moradores dos 48 fogos do empreendimento, organizou uma recepção especial ao Pedro Póvoas pároco da freguesia, o reve-

rendo Luís Gonzaga. Como é já tradição, o pároco apenas integra o compasso para se deslocar a este loteamento social, sendo recebido por um tapete de flores, com mais de 100 metros de comprimento, que foi preparado pelos moradores.


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Cultura www.primeiramao.pt

Grande noite pela vida em Milheirós T

em nome de flor a mulher que em Milheirós tem dinamizado o movimento “Um dia pela vida” e que reuniu em seu redor, uma vasta equipa de jovens voluntários impregnados do melhor espírito de solidariedade. Depois de terem realizado uma pequena feira de sabores tradicionais, levaram a cabo um jogo de futebol e vão agora promover, no próximo sábado, 10 de Abril, às 21 horas, no auditório da Junta de Freguesia de Milheirós, um espectáculo cuja receita de bilheteira reverterá inteiramente a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Os ingressos têm o preço simbólico de três euros, o que pode proporcionar à organização, a colecta de pouco mais de trezentos euros. No entanto, estes generosos voluntários têm, grão a grão, dado um relevante contributo financeiro para esta cam-

panha de sensibilização e recolha de fundos que está a mobilizar todo o concelho da Maia e que culminará com uma jornada grandiosa, no próximo dia 17 de Abril, com um vasto programa. Nesta grande noite, o público poderá ouvir o Coral Infantil Municipal dos Pequenos Cantores da Maia que estiveram em directo no Canal 1 da RTP, na passada segunda-feira, interpretando duas canções inéditas, ali estreadas a nível Mundial, tendo uma delas a participação de Luís Portugal, vocalista da extinta banda pop do Porto, ”Já Fumega”. Também a jovem banda de Milheirós “Original Vibes” vai presentear o público com algumas das melhores prestações do seu reportório, numa noite que se espera do agrado geral do público que com a sua presença afirmará também a sua solidariedade.


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Opinião Opinião Paulo Ribeiro

O Bloco de Esquerda está preocupado com as questões ambientais e continua com debates para responder a todas estas perguntas: O que se passa com o planeta? Por que assistimos cada vez mais a catástrofes naturais? O aquecimento global provoca Invernos mais frios? É mais que provável que o aquecimento global nos obrigue a “mudar de vida”. A questão é como e para onde. Que sociedade quere-

Também na Maia, o clima está farto de nós mos construir e como reinventar o trabalho e o consumo à luz de uma perspectiva ecológica? Estas são algumas das perguntas mais comuns que as pessoas colocam quando se fala de Alterações Climáticas. Os líderes mundiais não estão a enfrentar com coragem as medidas necessárias para ultrapassar a crise ecológica. Em Copenhaga falharam redondamente. A acção cidadã é, por isso, indispensável.

A nível local e no que respeita a acção cidadã, há uma grande passividade. E até se podem lembrar os casos da Siderurgia Nacional, em São Pedro de Fins, as ribeiras/afluentes do Rio Leça e as promessas de mais espaços verdes numa arquitectura paisagística coerente. Tudo na mesma, tudo esquecido. Neste aspecto, tanto as entidades públicas como as empresas e cidadãos mantêm “velhos hábitos”. Os

transportes públicos são pouco atractivos, senão inexistentes. Grande parte dos edifícios ainda não adoptou equipamentos solares ou sequer lâmpadas economizadoras. É necessária uma consciencialização de todos nós para este problema. A diferença está em cada um e é necessário apelar ao nosso sentido cívico e evolutivo. É preciso fazer mais que participar em iniciativas como “Limpar Portugal”,”A Hora

do Planeta”, “Projecto Rio Leça” ou “Agenda 21” enquanto se mantêm as atitudes erradas no dia-a-dia. É preciso reciclar mais, optimizar saneamentos e drenagens, tratar as águas. São precisas boas práticas na movimentação de entulhos e resíduos industriais e um racionamento nas embalagens dos produtos comercializados. É imprescindível exigir mais e melhor de todos aqueles que, com poder de decisão, se limitam ao “deixar andar”. Por tudo isto é que no passado fim-de-semana, em Lisboa, o Bloco de Esquerda promoveu um diálogo sobre Clima e Ecologia. Cidadãos, activistas, deputados e cientistas apresentaram novas propostas e projectos de investigação. Para que algo se faça pelo Clima. Discutiram-se pontos tais como a criação movimentos locais de modo a politizar a discussão sobre as al-

terações climáticas e como educar as populações a reduzirem a sua pegada ecológica. Para tal é essencial a manutenção da democracia, e apoiar o processo de formação de grupos com autonomia e independência política, assim como grande capacidade de divulgação de informação. Foi também aprofundada a discussão sobre a independência do Bloco de Esquerda na sua relação com os movimentos ambientalistas e sobre a intervenção local dos seus aderentes, tendo sido proposta a constituição, nos locais em que tal seja possível, de grupos locais de Ambiente do Bloco de Esquerda focados num modelo de activismo presente nas ruas que integre todos os interessados, de forma a desenvolver uma agenda própria.

Bloco de Esquerda, Concelhia da Maia

Opinião António Espojeira

Eleições Internas PS Maia, 2010 Conhecidos os nomes para a disputa interna do PS Maia, Hélder Ribeiro e Paula Cristina, é de bom-tom dar as boas vindas e desejar aos candidatos lucidez para construir, a partir dos despojos, um projecto de liderança. Certo de que não estão sozinhos neste propósito endereço também os meus cumprimentos às bases que os apoiam. O PS Maia, à imagem dos outros partidos, moribundo e arrastado, reanima-se em qualquer eleição. Esta é a natureza e o interesse da luta partidária, por isso estou convicto que os candidatos saberão fazer as campanhas adequadas e num tom que recoloque o PS no patamar de alternativa democrática. Enquanto militante sei que a tarefa reservada a cada um dos candidatos é da maior importância para a reposição dos preceitos democráticos. Também sei que este PS Maia, apesar de muito maltratado na questão democrática por aqueles que hoje são a “entourage” da candidata Paula Cristina, não ficará refém de

uma divisão, mais aparente que efectiva, pois as dinâmicas da luta encarregar-se-ão de diluir essas fronteiras. Pela participação efectiva que tenho na candidatura do Hélder Ribeiro estou convicto que ele, da mesma forma corajosa que aceitou ser parte de uma parceria integradora do passado com futuro, sem renúncia do presente, em contraponto àqueles que verbalizam um novo PS Maia sem passado, também será capaz de congregar o PS Maia num projecto de alternativa democrática credível. Apesar do meu apoio inequívoco ao Hélder Ribeiro deixo os meus parabéns à adversária e digo que o PS Maia fica muito e bem representado nestas candidaturas: Por um lado a Paula Cristina, estandarte de um PS Maia dito novo e liberto das correntes passado; Por outro lado o Hélder Ribeiro, estandarte de militância consistente que olha o futuro sem renunciar ao passado. Saudações Socialistas


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Agenda FARMÁCIAS SERVIÇOS PÚBLICOS TELEFONES ÚTEIS

BANDA MARCIAL DE GUEIFÃES

ASSINALA 173 ANOS

FARMÁCIAS Agra R. 5 de Outubro, 24 r/c Milheirós 229 605 441 Aliança Av.Padre Manuel Alves Rego, 657, 229 480 229 Álvaro Agante Av. D. Manuel II, 1386 Vermoim 229 419 854 Araújo R. Manuel Silva Cruz, 3 Nogueira 229 602 808 Bastos R. Manuel Ferreira Pinto, 26 Gueifães 229 480 189 Bom Despacho R. Padre António, 39 Maia 229 440 848 Central R. Augusto Simões, 482 Maia 229 480 227 Da Maia R. D. A. Henriques, 3211 Águas Santas 229 710 246 Das Guardeiras R. Conselheiro Luís Magalhães, 1936, 229 471 983 Do Aeroporto - Aeroporto Francisco Sá Carneiro, Vila Nova da Telha 919 540 392 Do Castelo R. Augusto Nogueira da Silva, 410 Santa Maria de Avioso 229 813 561 Do Mosteiro R. D. Afonso Henriques, 2377 Sousa Beirão R. Âgela Adelaide Calheiros Carvalho de Menezes nº244 Maia - 225 301 113 Sousa Torres MaiaShopping, Águas Santas 229 722 122 Eugénia R. 9 de Abril, 320 Pedrouços 229 016 547 Gramaxo R. Dr. Farinhote, 1087 Moreira da Maia 229 481 009 Lima Coutinho Trav. Sá e Melo, 543 r/c Gueifães 229 444 151 Martins da Costa R. do Calvário, 35 - r/c, Águas Santas 229 714 828 Mendonça R. Central de Arcos, 1463 S. Pedro Fins 229 670 335 Vila Nova da Telha R. Direita de Quires, 1237, 918 600 233 Vales, Rua da Amoteia 254 Pedrouços - 229 039 033 Gemunde, Rua da Igreja 1002 Campa do Preto- 229 828 927 Moreira Barros Rua Ponte de Parada, 399, Águas Santas - 229 039 052 Das Oliveiras Rua D. Afonso Henriques, 646 Pedrouços - 229 710 690 Giesta Rua D. Afonso Henriques, Pedrouços 229 717 530

DE SERVIÇO Dia 09 Bastos – permanente; Das Guardeiras – permanente; Do Castelo – reforço; Mendonça – disponibilidade Dia 10 Martins da Costa – permanente; Álvaro Agante – permanente; Vila Nova da Telha – reforço; Mendonça – disponibilidade A Banda Marcial de Gueifães comemora este sábado, 10 de Abril, 173 anos de existência. O concerto de celebração está marcado para o Terreiro Paroquial, pelas 16h30.

Dia 11 Moreira Barros – permanente; Aliança – permanente; Silva Escura – reforço; Mendonça – disponibilidade Dia 12 Eugénia – permanente; Central – permanente; Araújo – reforço; Mendonça – disponibilidade Dia 13 Lima Coutinho – permanente; Sousa Torres – permanente; Do Aeroporto – reforço; Mendonça – disponibilidade

A ARTE CONTRA O CANCRO No Fórum Jovem da Maia está patente (inauguração esta noite, às 21h30) a exposição “A arte contra o cancro”. É uma mostra colectiva de artes plásticas. O evento foi dinamizado pelo núcleo local do projecto de “Um dia pela vida”. A mostra fica disponível até ao dia 24 de Abril. PEREGRINAÇÕES A SANTIAGO NO FÓRUM DA MAIA “Diur no Caminho Português das Peregrinações a Santiago 2010” é o nome da exposição de pintura que está patente nas Galerias do Fórum da Maia. A mostra reúne trabalhos dos associados da Asociasión Diur de Pontevedra. BRINQUEDOS DO NOSSO MUNDO

Dia 14 Vales – permanente; Sousa Beirão – permanente; Gemunde – reforço; Mendonça - disponibilidade Dia 15 Da Agra – permanente; Gramaxo – permanente; Do Castelo – reforço; Mendonça - disponibilidade TELEFONES

A Câmara da Maia, através do Museu de História e Etnologia da Terra da Maia, está a promover a segunda fase da exposição temporária “Brinquedos do nosso Mundo” que estará patente até Abril de 2011. A exposição resulta de uma parceria entre a autarquia e coleccionadores particulares e dá a conhecer brinquedos representativos de todo mundo, com especial relevância para o brinquedo português e bonecas actuais e antigas, datado desde os finais do séc. XIX até aos nossos dias, distribuídos por diversos núcleos: adornos e adereços; brinquedos sonoros e musicais; bonecos, bonecas e acessórios; representação de animais; miniaturas de utilidades domésticas; miniaturas de maquinarias agrícolas; construções, artes e ofícios; transportes; armas; jogos infantis; fantasias e culinária infantil.

Aeródromo Municipal Vilar de Luz - 229 687 321 Aeroporto de Pedras Rubras - 229 482 693 Aeroporto de Pedras Rubras - 229 413 141 Associação Humanitária de Pedrouços - 229 012 744 Bombeiros de Moreira da Maia - 229 420 062 / 10 02 Brigada de Trânsito (Brisa) - 229 673 583 / 36 08 Cruz Vermelha Portuguesa - Núcleo da Maia - 229 411 221 Farmácias de Serviço - 118 Gabinete M. de Inf. e Apoio ao Consumidor - 229 408 633

SERVIÇOS PÚBLICOS

GNR - 229867430 Governo Civil do Porto - 222 097 500

Câmara Municipal da Maia 22 9408600 Cartório Notarial da Maia Edifício Versailles 22 943 98 10 Centro Regional de Segurança Social do Norte 22 948 34 99 Comissão de Protecção a Menores 22 949 03 33 Conservatória do Registo Civil da Maia 22 943 98 00 Conservatória do Registo

Predial da Maia 22 948 39 29 Cooperativa Agrícola da Maia 22 944 80 45 EDP 22 943 33 00 / 0800 246 246 Gabinete M. de Inf. e Apoio ao Consumidor 229 408 633 Instituto do Emprego e Formação Profissional 22 941 25 77

Instituto das Estradas de Portugal 22 948 68 46 Projecto Integrado de Desenvolvimento da Maia 22 941 66 99 Espaço Municipal Renovação Urbanada Maia 22 943 80 30 Rep. de Finanças da Maia - 1ª Repartição 22 944 81 33 2ª Repartição 22 971 35 94

Santa Casa da Misericórdia da Maia 22 944 81 36 Tesouraria da F. P. do Conc. da Maia 1ª Tesouraria 229470640 Tribunal da Comarca 22 943 89 00 Tribunal Do Trabalho 22 941 42 46 Unidade de Saúde Mental de Apoio à Comunidade - USMAC 22 941 66 57

Hospital de S. João - 225 271 51 /61 Instituto de Emergência Médica - SOS 112 Polícia de Segurança Pública - Águas Santas 229 713 537 Polícia de Segurança Pública - Maia 229 413 853 Posto de Turismo - 229 444 732 Posto de Turismo - Centro de Artesanato - 229 444 732 SMAS - 229 430 800 S.O.S. Ambiente - 229 484 821 S.O.S. Rede Viária - 229 440 853 Protecção Civil da Maia - 229 408 722 Ass. Empresarial da Maia - 229 448 023 Linha Verde Emergência Protecção Civil (Grátis) - 800 205 169 Polícia Municipal da Maia - 229 440 853


Desporto www.primeiramao.pt

Castelo da Maia venceu Taça de Portugal

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Distritais: equipas maiatas voltam à acção depois da Páscoa

epois da pausa pascal, os distritais voltam em força este fim-de-semana. No relvado, muitas perguntas para as equipas da Maia. Será que o Pedras Rubras vai continuar sem perder? Será que o Nogueirense vai ultrapassar o Grijó na classificação, depois do jogo contra os gaienses no próximo domingo? Será que o Castelo da Maia vai recuperar da pesada derrota infligida pelo Bougadense no passado dia 28 de Abril? E o Folgosa? Será que depois das amêndoas

D

e do cabrito vai voltar a provar o sabor da vitória, que não digere desde Fevereiro? E o Maia Lidador orientado por Hugo Reis, será que usou a folga pré-Páscoa para “dar a volta” ao colectivo depois da goleada sofrida frente ao Labruge, que também fez cair o Inter de Milheirós na última jornada? E o Gondim, repetirá a vitória da última ronda? E será que o Águas Santas não vai repetir a derrota da última jornada, com vista à fuga dos lugares “mais afundados” da classificação? As respostas

vão ser dadas no próximo domingo. A começar pelo Pedras e pela divisão de honra da AF Porto. Os comandados de Caneco chegaram à semana santa na senda das vitórias. Os homens do aeroporto ocupam a segunda posição na classificação e jogam o próximo desafio contra o antepenúltimo da tabela, o Rio de Moinhos. Com um adversário bem mais acima na classificação joga o Nogueirense, com a oportunidade de ultrapassar o Grijó nos lugares do

“ranking” da divisão de honra. Nogueirense é sexto, os gaienses são quintos. E ambos com 46 pontos. Mais abaixo, na primeira divisão, série 1 da AF Porto, encontramos o Castelo da Maia, que folga este fim-de-semana. O próximo desafio está marcado para dia 18 de Abril, frente ao quarto classificado Perafita. Os orientados de Alexandre Coutinho somam 37 pontos e ocupam a posição 11 da classificação. Ainda na primeira divisão, mas na série 2, milita o Folgosa. Os homens de

Santos Cardoso são neste momento oitavos e recebem este domingo o Zezerense, num jogo em que os maiatos são estatisticamente mais fortes. A equipa de Baião ocupa a antepenúltima posição da tabela. Na segunda divisão, série 1, militam quatro equipas da Maia. O melhor posicionado, o Maia Lidador, é neste momento terceiro, atrás do Labruge e do Foz. Foi precisamente o Labruge que não fez vida fácil aos homens do cavaleiro no último jogo. Os maiatos, comandados por Hugo Reis, perderam por

cinco bolas a zero, num grave golpe às aspirações de subida do treinador e ex-atleta do clube maiato. No próximo domingo, o Maia Lidador vai “até aqui ao lado”, ao terreno do Rio Tinto, para tentar ganhar pontos que são preciosos. O Gondim joga em casa contra os Lusitanos. O Águas Santas também não sai da Maia e joga contra o quarto classificado Pedroso. A prolongar a Páscoa fica o Inter de Milheirós, que folga esta semana. Pedro Póvoas


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Futebol www.avidaeumpalco.com

Trofense venceu FC Maia CUP 2010 O

Trofense venceu a 2ª edição do torneio da Páscoa de futebol no escalão de iniciados, organizado pelo Futebol Clube da Maia, denominado “FC MAIA CUP 2010”. O evento teve lugar no Estádio Municipal Prof. Dr. José Vieira de Carvalho e contou com a participação de 170 atletas, em representação de oito equipas. Ao longo de dois dias, para além da equipa da casa, o Futebol Clube da Maia, estiveram também presentes o CD Candal, CD Trofense, Folgosa da Maia FC, Gondomar SC, SC Castelo

Classificação Final

1º - CD Trofense 2º - CD Candal 3º - SC Salgueiros 4º - FC Maia 5º - Varzim SC 6º - Gondomar SC 7º - SC Castelo da Maia 8º - Folgosa da Maia FC

da Maia, SC Salgueiros e o Varzim SC, divididos em dois grupos. As partidas entre os conjuntos de cada um dos gru-

reservada para os jogos que definiram a classificação final. Os primeiros, para decidir o 8º até ao 3º classificado e, só ao final da manhã, Melhor Jogador do Toros finalistas deste segundo neio – Filipe Barros, do torneio do clube. SC Salgueiros A jogar em casa, o FC Melhor Marcador - TiaMaia disputou o 3º e 4º go Ferreira, do FC Maia lugar com a equipa do SC Salgueiro, que acabou por Melhor Guarda-redes – triunfar após marcação de Sérgio, do FC Maia grandes penalidades. Na Prémio Fair Play - SC final desta 2ª edição do FC Castelo da Maia MAIA CUP, encontraram-se as equipas do CD Candal e do CD Trofense. O resultapos disputaram-se ao longo do final foi favorável à equido dia de sexta-feira Santa, pa da Trofa que acabou por ficando a manhã de sábado vencer por 2-1.

Outros prémios

Boavista vence Folgosa Cup 2010 O Boavista foi o vencedor da edição 2010 do Folgosa Cup, um torneio que se realiza todos os anos, sempre por alturas da Páscoa, dirigido a jovens atletas infantis. A iniciativa surge no âmbito das comemorações do 72º aniversário do clube, que foi assinalado a 29 de Março. No torneio participaram as equipas de infantis do Folgosa da Maia Futebol Clube, Sporting Clube de Portugal, Sport Comércio e Salgueiros, Leixões Sport Clube, Futebol Clube Paços de Ferreira, Boavista Futebol Clube, F. C. Maia, Clube Desportivo das Aves e União Desportiva

jogadores. Ruben Barbosa, do Boavista, levou para casa a taça de melhor jogador do torneio. João Silva, do Sporting, levou na bagagem para Alvalade o título de melhor marcador. Em casa ficou o troféu de melhor guarda-redes, obtido por André Leitão, guardião do Folgosa da Maia.

Valonguense. É mais uma aposta na divulgação dos escalões de formação do futebol de um clube que já tem cerca de 200 crianças a praticar futebol, divididos por todos os escalões. Como já foi dito, o Boavista sagrou-se vencedor. O segundo lugar foi ocupado pelo F. C. Maia, a jogar “em casa”. De Matosinhos veio o Leixões, o terceiro classificado. E a jogar em casa mesmo, o Folgosa da Maia ficou como quarto classificado. Sporting e Paços de Ferreira ocuparam o quinto e sexto lugares, respectivamente.

AS MAIORES GOLEADAS

Além do “ranking” por equipas, depois dos encontros das duas fases, nos dias 1 e 2 de Abril, foram também distinguidos, de forma individual, alguns

Os resultados mais dilatados do torneio aconteceram apenas no primeiro dia. A primeira goleada foi logo no primeiro jogo. Às 9h00, o Leixões “cilindrou” o Valonguense com 8 golos sem resposta. Pelo mesmo resultado, o Sporting goleou o Desportivo das Aves. A fechar o dia 1, resultado amargo para os da casa, que sofreram 7 golos do colectivo leonino.

Pedrouços no longo caminho da despromoção O Pedrouços Atlético Clube continua o longo calvário em direcção aos campeonatos distritais de futebol. A equipa maiata foi, no fim-de-semana passado, castigada com uma derrota de 5-0 no reduto do Serzedelo, um dos opositores na luta pela manutenção.

A jornada trouxe ainda o empate caseiro do Infesta no reduto do Torre de Moncorvo e a derrota do Leça, em casa, por 2-3, perante o líder desta mini-série, o Rebordosa. Na tabela, o Pedrouços é o último. Na próxima jornada, domingo, irá receber o Leça.


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Ciclismo

Hugo Sabido venceu a III Volta ao Concelho da Maia Madeinox-Boavista foi a melhor equipa da edição 2010 Prova melhorou em relação às primeiras edições

N

o ano em que a prova se abriu a corredores de elite, Hugo Sabido venceu a terceira Volta ao Concelho da Maia em Bicicleta. O corredor de 30 anos, a representar a LA-Paredes-Rota dos Móveis, sagrou-se vencedor no sábado à tarde, depois de percorridos os 221,8 quilómetros (kms) da edição 2010 da corrida organizada pela União Ciclista da Maia (UCM). A volta tinha arrancado na sexta-feira, feriado, com uma prova em linha de 143 kms. O mais rápido a fazer o percurso foi Sérgio Sousa (MadeinoxBoavista, sendo o primeiro a envergar a camisola amarela desta edição 2010 da corrida). Para esta vitória – ainda que com apenas três segundos de vantagem sobre o pelotão - valeu-lhe a fuga, a cerca de 8 kms da meta, aproveitando a última contagem de montanha

da tirada. Foi com a camisola amarela que Sérgio Sousa partiu para a estrada no sábado, último dia da volta, mas com duas eta-

pas para cumprir. De manhã, no contra-relógio individual de 8,8 kms, o corredor boavisteiro foi batido por Hugo Sabido. Com os mesmos três segun-

dos de diferença, mas neste caso com vantagem para o ciclista da equipa LA-ParedesRota dos Móveis, novo camisola amarela da Volta à Maia.

das 16h00, quando as equipas regressaram às estradas da Maia para o circuito urbano de 70,2 kms (terceira etapa), Hugo Sabido contou com o apoio dos colegas das LA-ParedesRota dos Móveis para defender a curta vantagem sobre o mais directo adversário. As tentativas de fuga foram travadas pelos homens de Paredes, de 10 quilómetros, no prémio mas não conseguiram evitar o montanha, avisaram-me que sprint de Bruno Saraiva (Cenali era uma zona decisiva, e tro de Ciclismo de Loulé-Louletano-Orbitur-Aquashow), o eu decidi arriscar”.

A vitória da manhã foi apenas um aperitivo para o que a prova reservava para este corredor português, que já não vencia desde 2005. A partir

Sérgio Sousa, vencedor da primeira etapa “É sempre importante vencermos perto de casa e quero desde já agradecer à organização por ter realizado esta

prova, que a meu ver estava bem feita. Espero amanhã realizar o meu melhor. Decidimos fazer a corrida des-

ta maneira, porque se fosse uma chegada ao sprint não tínhamos qualquer hipótese. Graças à minha equipa, venci.

Fizeram um trabalho excelente durante esta etapa. Espero fazer o melhor, amanhã no contra-relógio. Faltavam cerca


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Ciclismo primeiro a cortar a meta na as primeiras edições, a prova melhorou em termos de qua- prova, “foi um sucesso pela sub-23, os objectivos foram contou com a participação de lidade e da própria segurança adesão do público”, admitiu cumpridos, com “o melhor terceira tirada da prova. equipas profissionais (cinco), associada à organização. Além Paulo Couto. homem a aguentar o ritmo CARREIRA SOFRIDA sendo as restantes (11) do es- disso, a somar à participação e Quanto à equipa da casa, a dos profissionais”, sublinhou à entrega dos corredores em Maia Bike Team, do escalão Paulo Couto. Fábio Palma, Bruno Saraiva já tinha dis- calão sub-23. putado uma Volta ao Concelho da Maia, enquanto era ainda amador e ao serviço da UCM. Por isso, encarou a vitória nesta etapa como “um agradecimento à terra”. Mais do que isso, “uma vitória recompensadora” para a equipa que agora representa e para si próprio, sobretudo porque tem sido “uma carreira muito sofrida”. E ainda sofreu nesta Volta à Maia. Na primeira etapa, o corredor da equipa algarvia escapou a uma queda que poderia ter sido grave quando partiu a direcção, já na última volta do percurso. Fácil também não foi a conquista desta volta por parte de Hugo Sabido. Já depois de consagrado vencedor da prova, o ciclista de Paredes reconhecia que a terceira etapa “foi muito difícil de controlar, atendendo à velocidade deste circuito citadino”. Mas com o apoio dos restantes cinco corredores da equipa, garantiu-se a “vitória muito importante” para o conjunto LA-Paredes-Rota dos Etapa Percurso Vencedor Equipa Móveis e que acabou por ser 1ª Prova em linha de 143 kms Sérgio Sousa Madeinox-Boavista o primeiro triunfo numa prova 2ª Contra-relógio individual de 8,8 kms Hugo Sabido LA-Paredes-Rota dos Móveis por etapas. Em termos pesso3ª Circuito urbano de 70,2 kms Bruno Saraiva CC Loulé-Louletano-Orbitur-Aquashow ais, também “foi muito bom”, confessou Hugo Sabido. Por equipas, não houve dúvidas quanto aos vencedores. SUCESSO DE ADESÃO Desde a primeira etapa da A Volta ao Concelho da Maia prova que a Madeinox-Boavis- em Bicicleta atingiu, nesta terta liderada a classificação, sa- ceira edição, um patamar mais Classificação Corredor Equipa Tempo grando-se o melhor conjunto elevado do calendário veloci1º Hugo Sabido LA-Paredes-Rota dos Móveis 5h34m54s dos 16 que disputaram este pédico nacional, ao trazer à 2º Sérgio Sousa Madeinox-Boavista a3s III Volta ao Concelho da Maia competição ciclistas profis3º José Mendes LA-Paredes-Rota dos Móveis a6s em Bicicleta. De recordar que, sionais. Entende o presidente este ano, ao contrário das du- da UCM que, este ano, a prova

A volta etapa a etapa

Classificação geral individual da III Volta ao Concelho da Maia em Bicicleta

de 21 anos, foi o melhor do conjunto maiato nesta terceira edição da volta, terminando a prova na 30ª posição da classificação geral individual.

Quanto à equipa da casa, a Maia Bike Team, do escalão sub-23, os objectivos foram cumpridos, com “o melhor homem a aguentar o ritmo dos profissionais”, sublinhou Paulo Couto

Quem não chegou a terminar foi Casimiro Oliveira. Aquando da 13ª volta do circuito urbano, e quando liderava a tirada, o corredor da UCM foi abalroado por um carro de apoio neutro, quando este tentou ultrapassar o atleta numa zona em que a estrada ficava mais estreita. Mesmo a chegar à Torre do Lidador. De imediato assistido pelos Bombeiros Voluntários de Moreira da Maia, o ciclista sofreu apenas algumas escoriações “mas não é nada de grave”, assegurou no final da prova o presidente da União Ciclista da Maia. Marta Costa

Volta para Todos “mais fácil” À semelhança do que já tinha acontecido em 2009, a União Ciclista da Maia (UCM) abriu a festa do ciclismo à participação de amadores, com a segunda Volta à Maia para Todos, no sábado de manhã. Foram cerca de cem os corredores que percorreram os 35 quilómetros da prova aberta à população em geral. E este ano, com algumas alterações depois das chamadas de atenção feitas à organização. Face às reacções dos participantes da primeira edição, a direcção da UCM ajustou o percurso “para tornar a prova mais fácil,

mas com a selecção que se deseja, de forma a termos um justo vencedor”, justificou o presidente, Paulo Couto, admitindo que a fórmula este ano adoptada parece ter sido do agrado dos participantes. Os melhores desta prova também subiram ao pódio para receberem os respectivos prémios. O primeiro a cortar a meta foi Humberto Xavier Silva, seguindo-se Luís Machado e, o terceiro mais rápido, Manuel Zeferino, director desportivo da antiga equipa profissional de ciclismo da União Ciclista da Maia. Mas se esta classificação parece não

merecer dúvidas, o mesmo não se pode dizer da restante tabela. No site da Internet da UCM são inúmeros os comentários à notícia “Volta à Maia para Todos: Humberto Xavier foi o mais forte”. De desagrado. São diversos os participantes que lamentam o facto de terem sido considerados “desistentes”, apesar de terem terminado a prova. Há mesmo quem sugira a correcção da respectiva classificação, “porque senão correm o risco de para o ano correrem só com os que foram classificados!!!”. Este domingo há mais

Outros vencedores da Volta à Maia Camisola Azul (Montanha) – Celestino Pinho (CC Loulé-Louletano-Orbitur-Aquashow) Camisola Branca (Metas Volantes) – Nelson Sousa (ASC-Vitória-RTL) Camisola Verde (Pontos) – Sérgio Sousa (Madeinox-Boavista) Camisola Laranja (Juventude) – Joni Brandão (Liberty Seguros- Santa Maria da Feira)

ciclismo no concelho. A mesma UCM faz regressar a Volta a Milheirós, “uma prova também antiga e

com tradição no calendá- infantis, escolas, cadetes rio velocipédico nacional”. e juniores. Neste caso, destinada às camadas jovens, incluindo Marta Costa


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Modalidad

Andebol: os próximos jogos o andebol, também houve pausa na semana santa. Depois do domingo pascal, um domingo de jogo para o Águas Santas. Os homens comandados por Jorge Borges vão continuar a disputar a Fase Final

N

dos seniores masculinos da primeira divisão. A deslocação deste domingo é até à Madeira, para a partida da segunda jornada desta fase, frente ao Marítimo, quando forem 16h00. O Águas Santas está em terceiro lugar na classificação

do grupo B, atrás do Xico Andebol e do Sport Clube da Horta. Na senda das vitórias continua a Académica da Maia-ISMAI, depois do triunfo frente ao Feirense, no terreno do adversário, por 33-37. Os homens de

Paulo Sá continuam o caminho tranquilo na Fase de Apuramento da segunda divisão de andebol. O próximo desafio é já amanhã, frente ao Lamego. Os atletas do ISMAI continuam a ocupar, neste momento, o primeiro lugar da clas-

sificação desta fase, com 34 pontos, mais um que o Académico. Quem podia estar melhor era o Santana. O clube maiato cedeu uma derrota no primeiro jogo da fase final dos seniores masculinos da terceira divisão, no reduto do

Paço de Arcos. O resultado final foi de 34-27. Para tentar inverter a má sorte, o Santana recebe o actual líder Académico de Viseu no Municipal de Gueifães já no próximo domingo, pelas 19h00. Pedro Póvoas

Karaté solidário com a Madeira Cumprindo a tradição, o Clube de Karaté da Maia (CKM) promove o Torneio Internacional 25 de Abril. Mas, este ano, com a solidariedade a par da competição. Nos dias 17 e 18 de Abril, as entradas no Pavilhão Municipal do Corim, em Águas Santas, para assistir à décima edição do torneio, serão co-

bradas e a verba daí resultante vai reverter a favor da Madeira, para ajudar à recuperação da ilha na sequência do mau tempo de Fevereiro. Ao promover mais uma prova, o CKM decidiu aliarse às iniciativas de solidariedade com o arquipélago, “dando reforço à sua política de responsabilida-

de social”, lê-se numa nota do clube. Assim, cada espectador vai pagar um euro para assistir ao Torneio Internacional 25 de Abril, estando a contribuir na íntegra para ajudar a Madeira. Tendo como referência o número de pessoas que assistiram à edição 2009 da competição, o CKM admite poder angariar nos

dias 17 e 18 de Abril cerca de três mil euros. Nos dois dias, o Pavilhão Municipal do Corim vai colher os melhores atletas nacionais da modalidade, mas também selecções e karatecas de renome internacional. O dia 17 está reservado às provas de Kumite, entre as 14h00 e as 22h00. No

domingo, dia 18, entre as 9h00 e as 13h00, será a vez do Kata. Organizado desde 2001 pelo CKM, este Torneio 25 de Abril visa “a promoção da competição entre as camadas de formação (menores de 13 anos), bem como a divulgação da modalidade como desporto para todas as idades”. Nu-

ma altura em que se aproxima a décima edição, é já considerado “um dos melhores torneios nacionais” da modalidade”. Em 2008 e 2009, reuniu cerca de 1200 atletas, tendo entrado para o top dos maiores torneios da Europa. Marta Costa

Hóquei: Homens da Nortecoope escorregam Foi um jogo com poucos golos que acabou por ser fatal para a equipa masculina da Fundação Nortecoope. Na visita ao reduto do Limianos, na passa-

da sexta-feira, os maiatos acabaram por perder por uma bola sem resposta, que foi quanto chegou para a Nortecoope voltar à Maia de barriga vazia para

o fim-de-semana de Páscoa. Amanhã, os masculinos da Nortecoope defrontam a Escola Livre de Azeméis, em jogo em casa dos maiatos, pelas 21h00. A equipa de Hóquei em Patins da Maia continua na segunda posição da segunda divisão do nacional de seniores, com 45 pontos. Já perto estão também os dezasseis-avos-de-final da Taça de Portugal de seniores masculinos de Hóquei em Patins. A Fundação Nortecoope entra em campo no dia 17 de Abril para jogar, em casa, com o Futebol Clube do Porto. Na liderança da zona norte do campeonato nacional feminino de Hóquei em Patins continuam as meninas da Nortecoope. Depois do festival de golos no reduto do Fânzeres, no passado dia 27 de Março, em que as maiatas cilindraram a equipa de Gondomar por 2-10, as femininas da Fundação recebem o Hóquei Clube do Marco, já amanhã, às 21h00. Como já foi dito, as femininas lideram a classificação com larga margem para o segundo classificado, o Clube de Hóquei dos Carvalhos, que conta com 31 pontos. As maiatas já somam 39. Pedro Póvoas


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Voleibol www.primeiramao.pt

Voleibol: Castelo da Maia vence Taça de Portugal O Castelo da Maia Ginásio Clube venceu, no passado sábado, a Taça de Portugal de voleibol masculino, ao derrotar na final, em Coimbra, o Benfica, por 3-1, com parciais de 2624, 21-25, 25-18 e 25-23. Em pouco mais de duas horas de um competitivo jogo, os maiatos foram superiores aos encarnados. Hugo Gaspar, com 37 dos 97 pontos obtidos pelos maiatos, foi o jogador em destaque neste encontro. Esta é uma prova do “bom momento” do Castelo da Maia, revelou o técnico Alexandre Afonso, dias depois da deslocação vitoriosa à cidade dos estudantes. “A equipa está a dar bons espectáculos e já o tinha mostrado nas meias-finais

CMGC

do play-off, e agora voltou a mostrar do que é capaz”, acrescentou o treinador dos homens do Castelo. Esta vitória na Taça de Portugal teve um sabor especial, uma vez que foi contra um adversário que no entender de Alexandre Afonso era, à partida, “o favorito”, já que o colectivo encarnado é “muito poderoso no ataque e junto à rede”. Pontos fortes que estiveram no “plano de estudos” de Alexandre Afonso e dos atletas, que assim conseguiram levar de vencida a equipa lisboeta. “Principalmente através do nosso serviço conseguimos ser superiores e ganhar”. Tarefa que não foi fácil. “No último set estivemos a perder, mas a equipa demons-

trou muita vontade de vencer e mostrou que dificilmente desiste. Conseguimos dar a volta e vencer”. Esta foi a quinta Taça de Portugal de voleibol masculino do historial do Castelo da Maia, depois das vitórias em 1993/94, 2001/02, 2002/03 e 2003/04. Curiosamente todas as Taças foram conquistadas sob o comando técnico de Luís Resende, com a excepção da agora garantida em Coimbra, com a equipa sob as ordens de Alexandre Afonso. Pelo Castelo da Maia jogaram João Malveiro, Pedro Azenha, Hugo Gaspar, João Simões, Everton Almeida e Ricardo Lima, além de Fábio Milhazes, Nelson Carvalho, Marcelo Tucunduva, Angel Melean e Nuno Pereira.

Gueifães: elas ganham, eles perdem Depois de uma vitória frente ao Leixões Sport Clube, uma contra ao CS Madeira. É caso para dizer que as vitórias voltaram mesmo a sorrir para a equipa feminina sénior do Gueifães. Frente aos madeirenses, o triunfo foi por 1-3, com os parciais de 15-25, 25-19, 24-26 e 20-25, em jogo disputado no passado dia 3 de Abril, sábado. Continua assim a perseguir o Ribeirense, segundo classificado, e o Trofa, que lidera a tabela. Nenhuma destas duas equipas cedeu pontos no passado sábado, e tudo continua igual na classificação. As trofenses encabeçam a lista com 33 pontos, o Ribeirense soma 32 e o

Gueifães surge com 29 pontos. Os masculinos do Gueifães querem continuar na senda dos bons resultados, depois da passagem para as meias-finais da Divisão A2 em voleibol, onde têm dois (ou talvez três) jogos contra a equipa do Fiães. Depois de terem afastado a Académica de Coimbra, os olhos estão agora nas meias-finais. Mas o começo não foi animador. No passado dia 27 de Março, o Gueifães, a jogar em casa, não conseguiu ser superior aos homens do Fiães e cederam uma derrota por 0-3. A “desforra” pode acontecer no jogo marcado para amanhã, no reduto do Fiães.

Juvenis do Gueifães vencem nos Açores A equipa de juvenis do GDC Gueifães participou e venceu sem derrotas o XVI Torneio da Prática do Voleibol, organizado pela Associação de Voleibol de S. Miguel, em Ponta Delgada, Açores. Depois de ter vencido todos os jogos da fase de grupos, com 3–1 ao Vitória de Guimarães e FC Calheta, e 3–0 à Escola da Ribeira Grande e Selecção dos Açores, as maiatas venceram nas meias finais a Escola da Ribei-

ra Grande, por 3–0, e na final novamente o Vitória de Guimarães, mas neste jogo por 3–0. A equipa maiata apresentou um voleibol de excelente nível cativando a assistência. Natália Magalhães venceu o troféu de melhor atleta feminina do torneio. No sábado, 10 de Abril, regressa o campeonato nacional, com a deslocação às Caldas da Rainha, com jogo marcado para as 16h00.


DIRECTOR: JOSÉ FREITAS

Sexta-Feira 09 de Abril de 2010

SEMANÁRIO DA MAIA

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ANO VII

N.º 498

Semana Aberta no Instituto Cultural da Maia H

oje é o último dia da Semana Aberta do Instituto Cultural da Maia (ICM). A universidade sénior maiata abriu as portas desta semana especial na passada segunda-feira, com um concerto de canto lírico pelo barítono Pedro Teles, acompanhado pelo maestro Jairo Grossi. O palco foi “montado” nas novas instalações do ICM na Rua Dr. Augusto Martins, que foram recentemente remodeladas. As iniciativas, levadas a cabo pelo conselho pedagógico do ICM, têm como objectivo aproveitar a pausa pascal no plano de estudos da universidade sénior. O objectivo passa por “mostrar aquilo que tem sido feito não só aos alunos que frequentam a universidade mas sim também abrir os trabalhos à comunidade”, revelou o presi- Macedo. Antes do momento bém um workshop de pintura tónio Pato. dente do ICM, José Eduardo musical e solene, houve tam- orientado pelo professor AnÉ a primeira vez que a ac-

tual direcção, eleita a 29 de Julho do ano passado, leva a cabo uma semana aberta. “Mais não significa do que abertura do estado de espírito e da alma do instituto, que quer combater a solidão e proporcionar qualidade de vida a todos”, avançou José Eduardo Macedo, que sublinhou também não serem necessários “requisitos prévios para a admissão na universidade sénior” e que a mesma se encontra “aberta a toda a população”. A semana aberta é a mostra do que se pode fazer no ICM. A universidade sénior conta, neste momento, com mais de 200 alunos, que já terminaram a vida activa e que, por vezes, se vêem com mais tempo livre disponível. José Eduardo Macedo disse que a frequência do ICM é uma forma de “os mais ‘maduros’ poderem fazer coisas que não tiveram oportu-

nidade de fazer durante a vida activa”. O número de alunos é elevado e continua a crescer, facto que enche de satisfação o actual presidente. “Ficamos felizes, principalmente quando todos os que aqui estão também se sentem donos do ICM. Cada um contribui e cada um dá um pouco de si. Aqui constrói-se uma família e criam-se laços de amizade”. Estamos a sair da Páscoa, mas já há mais planos na calha para novas actividades do ICM. O presidente do instituto, José Eduardo Macedo, revelou que tudo está a ser feito para levar o que é feito no centro da Maia a outras localidades, como é o caso de Pedrouços e Águas Santas, mais distantes da sede do ICM, “que não nos conhecem e assim passam a conhecer a nossa actividade”. Pedro Póvoas

Quinhentos metros de “Um Dia Pela Vida” Falta pouco mais de uma semana para o dia decisivo da iniciativa “Um Dia Pela Vida”, da Liga Portuguesa Contra o Cancro. E já está a ser preparada uma actividade especial que vai colorir as ruas da Maia no dia 17 de Abril. Trata-se de um tapete de retalhos. A ideia é “ligar” a Junta de Freguesia de Vermoim à zona do Parque Central. “Um sonho” do responsável da iniciativa para o con-

celho maiato, Jaime Gonçalves. Para já, pelo menos na passada terça-feira, eram “umas largas centenas”, ou melhor, quase 500 metros, apurou PRIMEIRA MÃO, que estão prontos a ser estendidos pela Av. D. Manuel II até ao centro da cidade, na Praça Dr. José Vieira de Carvalho. O tapete é uma ideia que veio de outros municípios também participantes no

“Um Dia Pela Vida”, “mas na Maia decidimos apostar forte nesta ideia porque foi uma maneira de chegarmos a todo o concelho”, revelou Jaime Gonçalves. Não é o tapete que vai chegar a todo o concelho, mas todo o concelho vai estar no tapete. “Visitámos os agrupamentos, os alunos levavam para casa um pedaço de pano, trabalhavam-no ao seu gosto, alguns de forma muito original,

e depois devolviam-no para ser acrescentado à passadeira”. A ideia deu resultado “e a mensagem espalhou-se um pouco por todo o concelho, e conseguimos alertar as pessoas para o cancro, para a maneira de o prevenir e tratar antes que seja tarde demais”, rematou Jaime Gonçalves. O tapete é feito essencialmente com a contribuição dos trabalhos de alunos de escolas maiatas, mas não

tardou muito para que também se juntassem particulares à iniciativa. “Há aqui assim como que um grito de solidariedade de pessoas mais e menos jovens que se juntam para esta mensagem”. Embora reconheça que “tem sido muito cansativo” liderar o “Um Dia Pela Vida” na Maia, Jaime Gonçalves faz um “balanço muito positivo” da iniciativa até à data. “De fim-de-semana para fim-de-

semana nós temos vindo a notar que cada vez existem mais iniciativas” levadas a cabo pelas várias equipas que fazem parte do projecto. O “Um Dia Pela Vida” encontra-se agora em velocidade de cruzeiro, o que leva Jaime Gonçalves a dizer que “a iniciativa devia arrancar agora, e não estar a poucos dias de acabar”. Pedro Póvoas

Padaria A Central da Maia assaltada Na madrugada de quarta-feira, mais um assalto na Maia. Desta vez, em Catassol, à Padaria e Pastelaria A Central da Maia. Pouco passava das 4h00 quando os assaltantes usaram uma viatura, em marcha-atrás, para partir a montra de vidro e entrar no estabelecimento. As câmaras de vigilância mostram dois indivíduos encapuzados que, em escassos minutos, levaram a máquina do tabaco e a máquina registadora com cerca de cem euros. Aliás, a quantia com que se contava iniciar mais um dia de trabalho, na quarta-feira. Mas acabou por ser um dia de prejuízo, com a casa fechada ao público. É que, só ao final da tarde seria substituído o vidro que foi partido pelos assaltantes. Rapidez parece ter sido a palavra de ordem deste roubo. Pelo que mostram as

imagens e pelo que contam os vizinhos que se aperceberam e que alertaram a PSP da Maia. Curiosamente, o carro patrulha tinha passado no lo-

cal momentos antes. E “apareceu logo”, reconhece a proprietária, Leonor Basto, reiterando que pouco poderia fazer os agentes dado que “foi tu-

do tão rápido”. “Eles entraram, sacaram a máquina, arrancaram as tomadas e foi outro lá dentro buscar a registadora, que arrancou. Isto em dois

minutos”, contou na quartafeira, ao final da manhã. Também os padeiros de outro estabelecimento a poucos metros saíram à rua em busca de socorro, tendo assistido ao momento em que a máquina do tabaco ainda caiu da viatura. Rapidamente, voltaram a carregá-la e, contam, fugiram em direcção a Milheirós, pela Rua 5 de Outubro, num Renault 19, tendo deixado um rasto de vidros até à zona do antigo Matadouro Municipal, onde funciona agora a empresa municipal Maiambiente. A proprietária admite que houvesse, pelo menos, um terceiro elemento, que terá ficado dentro do carro. Contou ainda a PRIMEIRA MÃO que os assaltantes ainda fizeram cair uma máquina de brindes que estava no interior, mas que acabaram por não levar.

Quanto ao vidro partido, deve ser substituído ao final da tarde de hoje. A pastelaria retoma amanhã o funcionamento normal, mas a proprietária admite a hipótese de não voltar a vender tabaco, já que é sempre um artigo muito apetecível para os assaltantes. No local estiveram ainda elementos da esquadra de investigação criminal da PSP, em busca de eventuais indícios deixados pelos assaltantes. Não se sabe se os conseguiram detectar, mas PRIMEIRA MÃO sabe que olhando aos diversos assaltos do género – não só na área da esquadra da PSP da Maia, mas também de Águas Santas, Ermesinde e Valongo – a polícia estará já no encalço dos autores dos crimes, até reunir os indícios suficientes para os poder deter. Marta Costa


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