Às Avessas (número 39)

Foto: MAM

A G R U PA M E N TO D E E S C O L A S D E C A N E Ç A S

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JUNHO DE 2019 - Nº 39

DOSSIÊ AMBIENTE

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EDITORIAL

Este é o Às Avessas do segundo semestre. Além de mostramos um pouco do muito que se fez na escola durante este ano, continuamos a ser um projeto assente num grupo redatorial constituído por alunos que define e redige o tema principal da edição.

O ambiente, as questões ambientais, a greve estudantil e as manifestações por uma política ambiental que responda às alterações climáticas foram, pela relevância que assumiram este ano, os assuntos escolhidos para o nosso dossiê temático. Naturalmente, as atividades do Programa Eco-Escolas integram-se neste dossiê pelas preocupações que revelam. Também, publicamos um poema transformado ambientalista de uma aluna do 8.º ano e, uma vez mais, pudemos incluir textos de alunos do 12.ºano, redigidos no âmbito da disciplina de Português, que, não tendo sido escritos diretamente sobre o tema, com ele (ou, com o modo, conformista ou corajoso, como nos relacionamos com as causas) estabelecem pontes.

Também não deixámos de refletir sobre a divisão do ano em semestres, mas o assunto ainda espera pelo amadurecimento que a avaliação final do ano lhe vai dar.

Esperamos que, para o ano, a nossa redação seja alargada com mais alunos que se interessem, e queiram, e possam, refletir, redigir, atuar na escola e no nosso tempo. Serão muito bem-vindos.

João Nuno Machado

Às Avessas, Nº 39, junho de 2019 Coordenação: Prof. João Nuno Machado Plano Gráfico e Coordenação: Prof. Antero Valério

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NOTÍCIAS DA BIBLIOTECA

Concurso Nacional de Leitura

Estivemos na fase intermunicipal do concurso nacional de leitura, que se realizou no dia 4 de maio, na Secundária Luís de Freitas Branco, em Oeiras. Verdadeira festa da leitura, este acontecimento teve a presença de

alunos dos 18 concelhos da área metropolitana de Lisboa que, acompanhados por familiares e professores, encheram a escola naquele sábado.

Da nossa escola estiveram a Carolina e a Maria Inês, como representantes do 3.º ciclo do concelho. Não foram classificadas para a final, mas seguramente sentiram-se bem neste mundo de gente que lê, como elas.

Ouvir-te Ler

Realizou-se no passado dia 20 de março a final do concurso Ouvir-te Ler, uma iniciativa conjunta das bibliotecas e dos departamentos do 1.º ciclo e de Português, que desde há quatro anos, realizamos no encerramento da Semana da Leitura. É a única atividade que junta, num momento, alunos de todas as escolas do Agrupamento. E é bom saber que o que nos uniu naquele dia 20 foi a leitura. Leram-se textos narrativos de Mia Couto, Luís Sepúlveda, Sophia e Alçada Baptista, tendo os

alunos, a partir do segundo ciclo, escolhido os poemas que leram - e ouvimos Pessoa, Camões, Eugénio de Andrade, Al Berto, entre tantos outros.

Ler, passar a palavra: sete

Equipa da Redação: Mariana Sousa, Diogo Ventura e David Conceição

alunos das escolas do primeiro ciclo, seis alunos do segundo ciclo da EB dos Castanheiros, nove alunos do terceiro ciclo, dos Castanheiros e da Secundária, nove alunos do secundário: 31 concorrentes a ligar-nos pela leitura.

O júri decidiu os vencedores: Diana Brissos, do 4.º ano da EB Professora Maria Costa, Francisco Antunes, do 6.º F, Constança Cruz, do 8.ºE e Daria Semenchuk, do 11.º SE1, mas todos estão de parabéns pela sua participação.

Conseguimos, com alguma intervenção do orçamento do Agrupamento e do apoio das editoras Porto Editora e Leya, oferecer um livro (pois claro) a todos os participantes e prémios aos primeiros classificados.

O evento teve o apoio fundamental e muito profissional dos alunos do 11.º ano do curso de Turismo.

Histórias de Abril

Alunos das diversas escolas

Um passado com presente

Decorreu no dia 11 de maio, no Pavilhão Multiusos de Odivelas, no final da V Mostra de Ofertas Profissionais e Educativas do concelho de Odivelas, o lançamento do livro Histórias de Abril Um passado com presente – uma iniciativa da Câmara Municipal de Odivelas, editada pela chancela Ideias com História. Os alunos do nosso Agrupamento participaram com textos de alunas do12.ºLH2 e do 8.ºH da nossa escola e do 6.ºD da EB dos Castanheiros, sendo a capa e algumas ilustrações de alunas e alunos de Artes.

Algumas das nossas alunas participaram com depoimentos num filme apresentado no início da sessão.

A biblioteca agradece o empenho dos professores de Artes e de História (Cecília Martins, António Bila, Camila Luís e Paula Cortes) e o trabalho e interesse dos alunos que permitiram a nossa participação no livro.

O livro pode ser consultado na biblioteca.

participantes contribuíram para a cerimónia do lançamento do livro com a leitura de textos, dramatizações e canções.

As alunas do 12.ºLH2 leram o texto de que foram autoras.

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Em semestres David Conceição

Há décadas que a organização escolar se baseia em três períodos escolares divididos pelas férias, no entanto estes três períodos eram muito desiguais, visto que o terceiro acabava por ser uma ínfima parte do ano escolar.

Todos os anos acabavam por se tornar problemáticos, pois não havia maneira de organizar testes, apresentações, fichas, sem que isso perturbasse outros eventos de outros professores.

Para resolver esse problema, o concelho de Odivelas e algumas escolas adotaram Uma nova organização do ano letivo em dois semestre, tal como se verifica no ensino superior. Isso significa que o ano letivo em vez de se dividir em três, passa a estar dividido em 2 semestres.

Exposição Animalário

Estiveram em exposição no átrio da Biblioteca trabalhos de alunos do oitavo ano, realizados nas aulas de Educação Visual.

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O Ministério da Educação está a avaliar as experiências de semestralização “para equacionar a sua possível extensão“, apesar de não se comprometer com datas.

Além das escolas de Odivelas, há ainda seis agrupamentos do resto do país – Freixo (Ponte de Lima), Cristelo (Paredes), Marinha Grande Poente (Leiria), Fernando Casimiro Pereira da Silva (Rio Maior), Vila Nova da Barquinha (Santarém) e Boa Água (Sesimbra), que fazem parte deste projeto-piloto de Inovação pedagógica.

Fomos recolher a opinião dos alunos da escola a partir de entrevistas.

As opiniões quanto a esta mudança da organização escolar variam de pessoa para pessoa. Alguns acreditam que os semestres permitem uma grande vantagem aos alunos pois há mais avaliações e, logo, mais opor-

tunidades de melhorar as notas.

Outros pensam que os semestres possibilitam uma melhoria escolar, uma vez que as férias diminuem e espalham-se, o que permite que os alunos tenham uma recuperação mental depois de um mês de aulas ou mais.

Pelo contrário, há quem, entre os alunos, pense que os períodos acabavam por ser mais vantajosos em termos de organização de atividades escolares, tais como: testes, apresentações e fichas de trabalho.

Para além disso, muitos acreditam que os semestres não permitem uma futura recuperação das notas, visto que estas são atribuídas apenas duas vezes ao ano.

Por outro lado, alguns preferem os semestres, pois as férias nestes encontravam-se mais distribuídas, o que acaba por se tornar uma vantagem para os alunos.

O final do ano vai permitir tirar conclusões mais firmes sobre este assunto.

Helena Vitorino e Filipa Ramos, 11ยบAV1 5

Foto: MS

A parte negativa foi o aproveitamento desta manifestação apartidária, cujo único objetivo era alertar para a situação climática urgente, para fazer promoção de campanhas eleitorais, uma vez que se aproximavam as Europeias.

Além disso, havia uma enorme hipocrisia presente: manifestantes deitavam lixo ao chão ou fumavam atirando as beatas também para o chão.

Apesar desses aspetos menos favoráveis, foi uma experiência única, sentimo-nos fortalecidos por carregar este protesto e, com certeza, participaremos em mais destas iniciativas por motivos que realmente valem a pena.

A minha primeira manifestação

Pelo Ambiente: Marquês-São Bento: 24 de maio de 2019

Todos podemos dizer que esta manifestação e esta experiência nos mudou enquanto pessoas e cidadãos.

A sensação de fazer parte de algo realmente importante e de sentir que estávamos finalmente a agir, ao invés de apenas esperar que as coisas melhorem, fez-nos refletir também acerca dos nossos próprios hábitos e envolvi6

mento com as questões ambientais.

Gostámos de sentir que não era só mais uma manifestação ou apenas um motivo para faltar às aulas.

Havia uma sensação coletiva do empenho de todos os alunos, aquilo era uma manifestação com um objetivo comum maior do que qualquer um dos seus participantes.

Foto: MAM

David Conceição, Diogo Ventura, Mariana Sousa

Greta Thunberg

No contexto das alterações climáticas, graças às greves organizadas pela proteção do clima e do ambiente, uma das pessoas que mais tem marcado o mundo nos últimos tempos é Greta Thunberg.

Nascida a 3 de janeiro de 2003, Greta Tintin Eleonora Ernman Thunberg é uma jovem sueca com a doença de Asperger que se tornou numa ativista pelo clima.

A 20 de agosto de 2018, Thunberg, com apenas 16 anos, decidiu não voltar à escola, depois das ondas de calor e incêndios na Suécia, até as eleições gerais de 2018 na Suécia.

Após algumas críticas de pais preocupados, Greta refutou: “Há quem diga que devia estar na escola: mas por que hei de me preparar para um futuro que pode não existir?” Esta frase contagiou a população jovem mundialmente e tornou-se uma das principais frases usadas durante os protestos.

Greta pediu que o governo sueco reduzisse as emissões de dióxido de carbono, de acordo com o Acordo de Paris. Esse protesto ficou conhecido como: Fridays For Future (iniciativa estudantil Greve das escolas pelo clima contra o aquecimento global). A jovem protestou sentando-se do lado de fora do parlamento sueco todos os dias, durante o horário escolar, com o cartaz de “Skolstrejk för klimatet” (greve das escolas pelo clima).

Após as eleições gerais, continuou a greve, contudo somente às sextas-feiras.

Thunburg participou também na manifestação Rise for Climate (ergue-te pelo clima) em frente ao Parlamento Europeu, em Bruxelas.

Durante o mês de dezembro participou na Assembleia do Clima, organizada pelas Nações Unidas em Katowice, Polónia, onde interpelou os líderes mundiais:

“Vocês só falam de crescimento económico verde porque estão com muito medo de ser impopulares.

Só falam em seguir em frente com as

Foto: Wikipédia

Mariana Sousa

mesmas más ideias que nos meteram nesta confusão, mesmo quando a única coisa sensata a fazer é puxar o travão de emergência. Não são maduros o suficiente para assumirem as coisas como elas realmente são. Esse fardo deixam para nós, crianças. Mas a mim não me interessa ser popular, eu interesso-me pela justiça e pelo planeta”.

Greta Thunberg destacou-se como uma das vencedoras de um artigo de opinião numa competição sobre o clima para os jovens em maio de 2018.

Thunberg esteve também indicada para o prémio da empresa de eletricidade TelgeEnergi para crianças e jovens que promovem o desenvolvimento sustentável, o Prémio do Clima para Crianças, mas recusou.

Em novembro de 2018, Greta recebeu uma bolsa de jovem exemplar do ano.

Um mês depois, apresentou-se na Polónia, na Cimeira do Clima e, em janeiro deste ano, no Fórum de Davos Suíça: “Vocês estão a roubar-

-nos o futuro!”, “Não quero palavras positivas. Quero que vocês sintam o medo de que eu sinto todos os dias”.

“Se é preciso parar as emissões que provocam as alterações climáticas, então é para parar já!” Além disso, acusou os responsáveis de colocarem o “fardo” das consequências ambientais nas mãos das crianças.

Já mais recentemente, no mês de abril deste ano, Thunberg discursou no Parlamento Europeu durante uma sessão especial relativa às alterações climáticas, lamentando o incêndio da conhecida e histórica catedral de Notre-Dame em Paris e pedindo aos políticos que façam com o planeta aquilo que estão a fazer com o monumento.

Para além disso, alertou também para a importância da votação nas próximas eleições europeias de dia 26 de maio.

Entretanto, também durante o mês de abril, Greta teve um pequeno encontro com o Papa que lhe agradeceu e a encorajou pelos seus esforços pela defesa do planeta.

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Alterações climáticas Falamos de quê?

Diogo Ventura

Dois dos assuntos mais cobertos e debatidos pelos media são as alterações climáticas e o aquecimento global. Porém, será que são abordados da melhor e mais objetiva forma possível?

Desde os finais do século XIX, tem-se observado que a temperatura média global tem subido drasticamente, sendo que em 1880 era 0.85°C mais baixa que atualmente. Crê-se que este aquecimento foi causado por um incremento na constituição da atmosfera de gases de efeito de estufa – tais como dióxido de carbono, metano e óxido nitroso-, que a maior parte dos cientistas (estimativas apontam para 97%-98%) acredita que seja causado pela atividade humana.

Contudo, apesar de haver uma maioria consensual, a maior parte dos debates televisivos sobre este tópico consiste em duas pessoas argumentan do sobre o assunto. Estes nem sempre são claros e os desfechos, por vezes, acabam por depender da tendenciosidade (normalmente nascida devido a divergências políticas e socioeconómicas) dos canais em que é exposto.

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E como é que o aquecimento global e as alterações climáticas é justificada por aqueles que contrargumentam a sua existência? Creem que isto é apenas um começo de um ciclo climático, como sempre houve e sempre haverá, remontando a relatos medievais de um tempo mais ameno que outrora e à micro-idade do gelo, mais sentida nos séculos XVII e XVIII. Todavia, os especialistas em paleoclimatologia não consideram esse motivo justificável, uma vez que a escala dessas anomalias climáticas não se comparam às escalas de hoje.

Há aproximadamente 56 milhões de anos, durante o Paleoceno e o Eoceno (dois períodos geológicos caracterizados pela extinção em massa dos dinossauros não-aviários e o desenvolvimento mais denotado dos mamíferos) o nosso planeta também passou por um período prolongado de aquecimento global denominado por Máximo Térmico do Paleoceno-Eoceno. Durante este período, a temperatura média global aumentou 5°C-8°C, marcando por volta 23°C-29°C.

Pode perguntar agora se este

aumento tão acentuado até acaba por justificar a tendência cíclica do nosso clima defendida pelos “descrentes” do aquecimento global. Porém, este aumento não foi assim tão repentino.

Aliás, as quantidades de dióxido de carbono produzidas pelos vulcões durante esse período são ínfimas em comparação com as de hoje, tendo demorado cerca de 2 mil anos para aquecer, acabando por arrefecer 200 mil anos depois. Para além do mais, o Eoceno é marcado por uma acidificação oceânica, causando extinções de várias espécies marinhas, como os gastrópodes e os corais, que, devido à elevada acidez oceânica, deixaram de produzir as suas estruturas protetoras, derivado da alta corrosão. O Máximo Térmico do Paleoceno-Eoceno ajuda os cientistas a perceber quais as consequências de um aquecimento acentuado, sendo que até já experienciamos a acidificação oceânica e, subsequentemente, a destruição das barreiras de coral, não numa escala tão grande (ainda).

Apesar de já estarmos a assistir a alguns dos efeitos deste aquecimento global (tais como fenómenos meteorológicos mais intensos, mudanças sazonais mais radicais e um aumento do nível do mar), ainda há quem acredite veementemente na naturalidade deste problema que a Humanidade terá de resolver.

O mais humano a fazer é agir.

Mariana Sousa

Com mais de 100 países a aderirem ao movimento iniciado pela ativista sueca Greta Thundberg, Portugal decidiu não ficar de fora e o Às Avessas foi falar com Beatriz Barroso, uma das coordenadoras da Greve Estudantil Pelo Ambiente em Portugal.

Foi no passado dia 15 de Março, que cerca de 20000 jovens em mais de 15 cidades em Portugal saíram à rua para se manifestar contra as alterações climáticas. Numa sexta-feira, fizeram greve escolar: em vez de irem às aulas, decidiram manifestar-se contra a falta de atuação do Governo face às alterações climáticas.

Com especialistas da ONU a alertar para o prazo entre 10 a 15 anos para “salvar o planeta”, os estudantes pedem que se comece a “pensar de for ma mais urgente”. Estão a reivindicar o fim da exploração de combustíveis fósseis em Portugal, a expansão das energias renováveis, dando primazia à solar. Querem também chamar a aten-

ção para casos concretos como os das centrais termoelétricas de Sines e do Pego, que ainda produzem energia elétrica a partir do carvão e acreditam que, tendo em conta os prazos “apertados”, as metas para 2050 são incoerentes e

Da nossa escola, cerca de 30 alunos saíram das suas aulas para se manifestarem. Na quinta-feira anterior (23/05), alguns destes alunos do ensino secundário juntaram-se para a realização de cartazes com material reciclado para a greve.

Beatriz Barroso adiantou-nos que Portugal deverá participar na próxima grande greve internacional prevista para o dia 27 de setembro, mas outras manifestações (como as vigílias à noite, todas as sextas-feiras) irão acontecer antes dessa data.

Foto: MAM

Foto: MAM

Sextas-feiras pelo ambiente

insuficientes e querem que o Governo atue “incisivamente e priorize esta urgência”.

Os organizadores salientam que apesar de político, o movimento é apartidário e pacifico.

No passado dia 24 de maio, foi organizada outra greve e a redação do Às Avessas esteve presente. Cerca de 50 cidades portuguesas participaram e cerca de 7000 pessoas estiveram em Lisboa a manifestar-se uma vez mais contra a falta de atuação do governo.

Neste dia, nas ruas de Lisboa, foram entoados cânticos como: “Não há planeta B”, “Governo escuta, os estudantes estão em luta”, “Planeta amigo, os jovens estão contigo”, “Petróleo, carvão, deixá-los no chão” ...

Durante a marcha podia-se ver o apoio dos moradores e visitantes da cidade. Aplausos foram oferecidos aos manifestantes.

Para além dos estudantes, foi possível presenciar o movimento Pais pelo Futuro, que se juntou aos mais jovens pela luta de um planeta que é de todos nós.

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O programa Jovens Repórteres para o Ambiente (JRA) / Young Reporters for the Environment (YRE) pretende contribuir para uma cidadania ativa e participativa, na vertente do jornalismo ambiental.

Os YRE da Escola Secundária de Caneças investigaram (pesquisa documental, entrevistas e/ou inquéritos e visitas aos locais) e interpretaram questões de sustentabilidade, reforçando os conhecimentos no domínio do ambiente, língua estrangeira e TIC.

Os projetos de investigação ambiental incidiram, maioritariamente,

Meu oceano limpo que te partiste Meu oceano limpo, que te partiste Tão cedo desta vida descontente, Cheio de plástico e petróleo ardente, E viva eu cá em terra sempre triste.

E aquecimento global, onde subiste, Que na atmosfera se sente, E que pensas ficar aí eternamente, Já que nos teus olhos a nossa irresponsabilidade viste.

E se vires que podemos merecer-te, Que a poluição aqui não ficou, Só um mundo limpo, novo e contente.

( Recriação do poema «Alma minha gentil, que te partiste» de Luís de Camões, inserido no trabalho Instalação de Madalena Silva, Matilde Geraldes, Rodrigo Paz e Diogo Carvalho do 8º A, na disciplina de Oficina de Comunicação e Expressão ) 10

sobre problemáticas a nível local mas um dos projetos passou fronteiras desenvolvendo um trabalho colaborativo com uma escola de Israel. Os temas abrangeram Alimentação; Pecuária; Água; Casas Sustentáveis; Energia; Floresta; Litoral; Resíduos sólidos urbanos e os plásticos no oceano.

Aqui deixamos o lead de 3 dos artigos realizados e uma imagem do vídeo. Todos os projetos podem ser consultados no site do Eco-Escolas (http://ecocanecas.wixsite.com/ecoescola)

Eco-Escolas

Com a implementação do programa Eco-Escolas procuramos não só contribuir para a melhoria do desempenho ambiental da nossa escola e das famílias dos nossos alunos, mas também criar hábitos de participação e de cidadania.

O nosso Plano de Ação foi gizado e desenvolvido com o envolvimento de alunos, professores, funcionários, Associação de Pais, Autarquia – CMO – e de várias outras organizações – Os Amigos de Caneças, DECOjovem, QUERCUS, ERP, GEOTA, Museu da Água, VALORSUL – assim como de parcerias com outros projetos/atividades do agrupamento e com outras escolas – atividades da Biblioteca, projetos PES e Física em Ação, Disciplina Cidadania e Desenvolvimento do 8º ano, Clube de Geologia e o Eco-Escolas da EB de Castanheiros, a escola Darka Ramon, Gedera.

Campanhas de sensibilização para recolha seletiva de resíduos, exposições de trabalhos – alguns com trabalho desenvolvido com a metodologia de projeto e trabalho de campo –, caminhadas, palestras, concursos, visitas de estudo, todas estas actividades estiveram direcionadas para o debate sobre a nossa Pegada

Ecológica e as alterações climáticas, a reutilização de materiais, a importância da água, do património, da árvore e da floresta bem como do mar e da alimentação.

Por fim, não podemos deixar de referir três projetos: o Manifesto “O Não nas Mãos”, com contributo de alunos de vários níveis de ensino e abarcando a Sustentabilidade Ambiental e Os Direitos Humanos; o nosso contributo para a reflorestação do Pinhal do Rei, aderindo ao projeto «A floresta: uma sala de aula emocionante»; e o Projeto “Vamos Ajudar Moçambique” pela forte adesão da comunidade escolar que se mobilizou para ajudar a minimizar o impacto de uma tragédia ambiental, social e humana, numa mostra de genuína solidariedade.

Relembramos algumas dessas atividades através da imagem.

As coordenadoras do Eco-Escolas

Projeto de turma do 10º LH1

Durante este ano, a turma do 10º LH1 desenvolveu um projeto associado ao tema dos direitos humanos, tendo este projeto sido enquadrado na área da cidadania e desenvolvimento.

É tido como um objetivo principal na nossa sociedade garantir e contribuir para que todas as crianças possuam direitos fundamentais. Como tal, a turma LH1 do 10º ano juntou-se à associação “Casa Fiz do Mundo”, através da qual tivemos a oportunidade de apadrinhar 6 crianças na Guiné, garantindo-lhes assim alguns direitos básicos.

Através da contribuição generosa da comunidade escolar foi-nos possível fazer a diferença e ajudar o próximo, mostrando assim que, juntos, podemos fazer mais e melhor pelos outros e conseguimos garantir direitos fundamentais para as crianças, como por exemplo, o direito a frequentar o ensino primário, o direito a uma alimentação nutritiva e a uma habitação com condições higiénicas.

É nosso dever lembrar que todos nós temos direitos e que devemos lutar para que estes nunca sejam negados a ninguém pois todos merecemos ser tratados de igual forma. Não conseguimos salvar o mundo, mas podemos torná-lo melhor.

Recolha de sangue

O espaço da nossa biblioteca foi o local escolhido para uma recolha de sangue organizada pelo Instituto Português do Sangue e da Transplantação, numa iniciativa do

curso profissional da Apoio à Infância, que ocupou toda a manhã do dia 24 de maio.

Quase quarenta dádivas, mais de vinte novos dadores (entre pais, funcionários, professores, alunos e ex-alunos) tornaram esta iniciativa um sucesso. Um sucesso da generosidade que, seguramente, repetiremos para o ano.

Estiveram em exposição no átrio da Biblioteca trabalhos experimentais de pintura com as mãos realizados pelos alunos do 10º ano do Curso Profissional de Técnico de Apoio à Infância nas aulas de Expressão Plástica.

Tiago Correia 11

Aposta

A vida nem sempre coopera e, por vezes, somos postos em situações estranhas, fora da nossa zona de conforto. A pior parte é o facto de estas situações se basearem em riscos. Quando apresentados às opções de permanecermos iguais e/ou aceitarmos a mudança de braços abertos, é impossível prever o que irá acontecer se mudarmos. Então, normalmente, escolhemos o trajeto de menor dificuldade e permanecemos iguais.

Mas há mais a dizer sobre este assunto. De facto, todos somos diferentes mas, muitos de nós, sofremos de um incómodo mental ao qual gos-

tamos de chamar “curiosidade”. O que acontecerá se mudarmos? Geralmente, e por alguma razão, diz-se que a mudança é boa. Mudar pode, de facto, ser bom. Pode impulsionar a nossa vida de imensas maneiras. Pode acabar com a monotonia da rotina das nossas vidas e dar-nos um novo começo se, digamos, por exemplo, mudarmos de casa. Algo que irá mudar totalmente os nossos hábitos e rotinas, algo que nos dará novas surpresas e razões para voltarmos a sentir o entusiasmo que, talvez, há muito não sentíamos.

Como sempre, há um outro lado. O conforto é algo que, inquestionavelmente, todos adoramos, portanto, será assim tão mau permanecer confortável? Pegando no mesmo exemplo, mudar de casa poderia fazer-nos sentir

completamente deslocados, longe de quem somos, de quem amamos e cuja companhia adoramos, poderia deixar-nos a morrer de saudades do que tínhamos antes e a questionar a escolha que fizemos, a favor da mudança.

Trata-se de uma questão de perspetiva, de uma questão subjetiva e, acima de tudo, de risco. Existe sempre risco, maior ou menor consoante a magnitude da mudança, ou da ausência dela, mas existe sempre. Pessoalmente, adoto a regra “em equipa que ganha não se mexe” e recomendo, assim, a mudança apenas a quem se sinta aborrecido com a vida. Mas, claro, há sempre quem goste de lançar os dados.

José Almeida, 12CT1

Arte do 9.º ano

Estiveram em exposição no átrio da Biblioteca e à entrada do Pavilhão A, trabalhos realizados pelos alunos nas aulas de Educação Visual.

Caligramas do 8º. ano em publicação

O Caligrama é uma forma de expressão que associa a palavra e a imagem. No âmbito das atividades conjuntas das disciplinas de Oficina de Comunicação e Expressão e Português, os alunos do 8.º ano criaram textos que deram origem a inúmeros caligramas, sendo alguns destes agora apresentados nesta pequena publicação.

Estão de parabéns todos os alunos do 8.º ano, pela qualidade do trabalho realizado e pelo empenho demonstrado.

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Cultiva o teu sonho

A História da Humanidade está repleta de momentos e de figuras esporádicas que irão para sempre ser o exemplo de audácia e de coragem, que assaltam o espírito de toda a gente e que o enchem de sonhos, de que tudo parece possível, até o impossível. Na sociedade moderna a que pertencemos somos constantemente bombardeados com informação de grandes feitos atuais na ciência, na cultura, no desporto, que nos inspiram a ser melhores, a ambicionar algo mais. Ou será que não?

Hoje em dia, ser especial parece ser muito difícil. As almas mais pessimistas e conformadas poderão pensar que tudo o que podia ser criado já o foi. Será isso razão para nos sentarmos no sofá e ver a vida passar, juntamente com a nossa série preferida? Atualmente, muitas das mentes mais brilhantes e bem-sucedidas preocupam-se com a correção de algumas invenções já feitas, que necessitam de ser melhoradas e repensadas. Tiveram a audácia de mostrar o que está errado e revolucionar formas antiquadas de pensar. Se assim não fosse, não existiriam, por exemplo, carros elétricos, que são mais sustentáveis comparativamente aos modelos antiquados da mecânica.

Para além disso, vivemos numa época de facilitismo, onde cada jovem tem, mais do que nunca, acesso a um leque muito diversificado de oportunidades. Dar o primeiro passo não parece ser assim tão aterrador quando temos alguém que nos apoie.

Nos dias que correm, a existência de bolsas estudantis e de outros apoios do Estado, por exemplo, permitem que todos os alunos (ou a sua grande maioria) concretizem os seus sonhos e se realizem academicamente, o que poderia não ser possível de outra forma.

Concluindo, penso que atualmente, devido à cultura do “cultiva o teu sonho”, o ser humano tem vindo a assumir cada vez mais riscos, não se contentando com pouco ao conhecer a infinidade de ações que o futuro lhe pode reservar.

ARTES

Estiveram expostos no átrio central da nossa escola os trabalhos do Projeto ExpressAr-te em que os alunos das turmas do 11º e 12º anos do Curso de Artes Visuais desenvolveram projetos de fragmentação de uma obra de arte.

Esta exposição esteve anteriormente em exibição na Casa da Juventude de Odivelas.

Maria, 12CT1 13

Parar e morrer ou arriscar e viver

O mundo, este fragmento do Universo, apresenta-nos, diariamente, problemas, conflitos, mudanças e cabe ao ser humano optar por vias distintas de posicionamento face a esses temas do quotidiano. Devemos, nós, conformarmo-nos ou agir?

Gostava de conseguir produzir uma resposta de caráter geral, mas parece-me impossível, sem antes ressalvar que o conformismo tem, de facto, uma certa importância na vida em sociedade. Se não nos conformássemos com determinadas normas e leis básicas não seria possível vivermos dignamente uns com os outros. No entanto, a ação é importantíssima na construção do

presente. A falta de ação conduz, manifestamente, ao sequestro de direitos e de liberdades. Aliás, sinto, verdadeiramente, que hoje vendemos a nossa tão valiosa liberdade em troca de uma falsa, mas muito aliciante segurança.

Hoje temos problemas, é um facto. Se não os resolvemos, nós, os problemas que nos afetam, direta ou indiretamente, quem esperamos que os resolva? Hoje, há fome, há guerra, há epidemias e continuará a haver enquanto não se entender que os países onde a fome, a guerra e a doença são realidade, são parte do mundo onde vivemos, de um mundo onde a economia (o capital) e a defesa são senhoras

e rainhas, mas ao mesmo tempo cruéis madrastas da saúde e da cultura. Será que não entendemos mesmo ou que preferimos pensar que não somos responsáveis? De facto, conformamo-nos com acontecimentos inconformáveis.

Enfim, dificilmente alguém não deseja o fim da fome, a paz, a saúde, a tão ambicionada felicidade e não creio que seja parando e, portanto, morrendo para o mundo que as alcançaremos. Podeis dizer que tudo isto de que venho falando é utopia, mas não era a viagem à lua também uma utopia?

As utopias são as grandes decisões do seu tempo. Resta saber se arriscamos e as vivemos ou se nos conformamos e morremos sem nunca ter vivido.

Afonso Viola, 12º CT1

O conformismo e a importância de correr riscos na atualidade

Vivemos numa era em que a maioria das pessoas possui uma certa qualidade de vida, mesmo logo ao nascer. Mas deve ser esta uma razão para nos conformarmos com o que temos ou devemos assumir riscos? É este o tema que irá ser debatido neste texto.

O conformismo é muitas vezes considerado um aspeto negativo.

Para muitos, nunca se deve estar contente com o que se tem, deve-se sempre lutar por melhores condições de vida. Na minha opinião, embora não seja positivo ter uma atitude cem por cento conformista, considero que também não seja saudável procurar sempre mais e melhor. De facto, grandes ambições podem levar à infelicidade e, também, nunca estar contente com o que se tem pode contribuir para que não se aproveite os objetivos já alcançados. O mesmo é dizer que atitudes como estas poderão levar a uma vida de frustração e de infelicidade.

Mas, tal como referi anterior14

mente, levar uma vida de conformismo puro é um simples desperdício de vida.

Na verdade, para se ser feliz é necessário correr riscos, é necessário seguir aquilo em que se acredita, é preciso seguir riscos. Essencialmente, é necessário viver. Correr riscos e entrar no “covil do lobo” é também importante, porque só assim se conseguirá atingir os objetivos que cada um tem, de forma a viver uma vida realizada. Vivemos para que na altura da nossa morte possamos olhar para o nosso passado e gostar daquilo que vemos. Ninguém quer viver uma vida em que não se fez nada.

Por todas estas razões, considero que tanto o conformismo como correr riscos sejam importantes, devendo existir um equilíbrio entre os dois.

André da Silva Parracho, 12ºCT1

Concurso Uma Aventura...

Literária 2019

A aluna Cláudia Bita, do 9.º D, venceu o primeiro prémio ex aequo do concurso nacional «Uma Aventura...

Literária 2019», na modalidade de desenho.

Parabéns Cláudia!

O Espaço Urbano e o Espaço Rural

Exposição de maquetes realizadas pelos alunos do 8.º ano

Sob o tema “O Espaço Urbano e o Espaço Rural – conhecer e construir”, esta exposição de caráter interdisciplinar pretende representar diversos tipos de ocupação do território, áreas de atividade, tipos de arquitetura e exemplos do património construído, bem como questões de caráter ambiental identificadas e recolhidas pelos alunos, numa atividade de campo que ocorreu na vila de Caneças e no seu espaço envolvente.

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Desporto Escolar Juvenis Femininos Basquetebol 3º lugar e medalha de bronze no Regional

No Regional basket juvenis femininos em Paço de Arcos conquistámos a medalha de bronze 3@ lugar... grande atitude mesmo na derrota da meia final ao perder por 7 pt ... e depois ganhar o jogo dos 3@ 4@ lugar.

Parabéns equipa...

Danças do AE Caneças Desporto Escolar Dança 2.º lugar

(melhor escola pública pelo 3.º ano consecutivo)

Parabéns meninas e meninos da EB Castanheiros.

Voleibol Iniciados Masculinos

Treinos regulares, treinos nas férias, jogos de treino, muita persistência, o fantástico publico de hoje (que embora fossem só 6 pareciam 1000) e o primeiro grande objetivo atingido!!

Classificados para o regional, com 8 jogos e 8 vitórias! Dia 5 de Junho em Alcanena, faremos o nosso melhor!

Voleibol Juvenis Femininos

A equipa de Voleibol de Juvenis feminino participou pelo 2° ano no Torneio de Voleibol feminino do Funchal, juntamente com algumas equipas de Top Nacional do desporto federado.

A Aprendizagem tem sido uma constante e os jogos, apesar das derrotas com as equipas federadas, têm permitido às nossa jogadoras evoluir como equipa e estarem preparadas para o nosso campeonato do Desporto Escolar.

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