Jornal Diocese de Blumenau

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Diocese realiza Estágio Vocacional ANO IX Nº 108 - Agosto de 2010 - Leia mais: www.diocesedeblumenau.com.br

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Jornal da

Diocese de Blumenau Ano da Palavra

Família , Igreja Doméstica

no meio do mundo

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Opinião A comunicação como vocação

A boa nova da Família

Artigo

Editorial

Todos os seres humanos são comunicadores por natureza. A comunicação é inerente à própria condição humana, desde a criação, quando Deus, no seu mistério intra-trinitário, diz: “Façamos o homem a nossa imagem e semelhança”. A primeira coisa que nos faz parecidos com Deus é a comunicação. E se somos a imagem e a semelhança deste Deus trazemos em nós a vocação para a comunicação. Em agosto, a Igreja celebra o mês vocacional, em que refletimos e louvamos a riqueza dos estados de vida que o Senhor chama a seus filhos. Mas, se somos comunicadores pela própria natureza humana, a partir de cada condição vocacional também chamados a exercer nossa missão, através da comunicação, ou seja, do anúncio da Palavra de Deus. O projeto que Jesus nos apresenta é ainda de comunicação: “Ide e anunciai a todos os povos” (Mc 16, 15). Toda atividade de evangelização é atividade de comunicação. Ao longo das páginas dessa edição, vamos saber mais sobre cada vocação específica que enriquece nossa Diocese, como o sacerdócio e os leigos que se empenham nas pastorais e movimentos, em especial os catequistas que se reunirão na Concentração Diocesana no final do mês. O destaque, entretanto, é para o chamado a ser família, berço de todas as vocações. A Instrução Pastoral Communio et Progressio declara que o Povo de Deus, “chamado a comunicar ou a receber comunicação, olha com confiança e até entusiasmo para o futuro” (CP 187). O mais importante é ouvir o Senhor e responder afirmativamente à Sua vontade para que possamos ser e fazer comunicação em nosso próprio chamado de vida e olhar seguramente para o futuro, pois o caminho que Ele nos chama é o da felicidade plena.

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O Documento de Aparecida (Paulinas, p 65, 2007) diz no parágrafo 114: “Proclamamos com alegria o valor da família. O Papa Bento XVI afirma que a família, patrimônio da humanidade, constitui um dos tesouros mais importantes. Ela tem sido e é escola da fé, palestra de valores humanos e cívicos, lar em que a vida humana nasce e se acolhe generosa e responsavelmente. A família é insubstituível para a serenidade pessoal e para a educação de seus filhos”. A Bíblia nos adverte: “Mais vale um pão seco com paz do que muitas riquezas e fartura em desunião”. Portanto, a maior alegria é ter uma família unida. Pai e mãe que não se entendem destroem seus filhos e seu lar! Mas, a fidelidade e a união de pai e mãe unem e alegram seus filhos, em seu lar mora a verdadeira alegria e paz. Pai e mãe de verdade são fiéis um ao outro, respeitam as alianças como a um santo que não merece ser profanado! Pai e mãe de verdade são dois sacrários vivos, pois Cristo mora no coração de quem ama. Pai, seu filho é feliz se o senhor lhe

dá amor e não apenas dinheiro. Você nunca ficará sem o aconchego de sua família se não é viciado em jogos e bebidas. Pai, não se esqueça de que na mesa de jogo ou nos vícios não se perde apenas o tempo e o dinheiro, mas também a família. E seu filho se sente seguro ao seu lado, se és um pai que reza e da Igreja. Seu filho é feliz se tem um pai e uma mãe que se amam, são fiéis e os levam para a Igreja e no caminho de Deus. Pai, muito cuidado, porque seu filho poderá ser igual ao senhor. Mãe, quer que a sua filha seja cópia fiel de sua vida? Pai e Mãe, fundamento seguro de um verdadeiro lar, mestres da fé e do amor, alegria dos filhos. Bons pais continuam ensinando o bem aos seus filhos sempre e até após a morte, pelos belos exemplos que deixarem. Diz a Bíblia: “Pelos frutos se conhece a árvore! Uma árvore má dá maus frutos e uma árvore boa dará bons frutos!” (Mt 7,16-18). Pai e Mãe, que árvore somos? Diac. Ilario Weber

Dom José

Catequista: um dom do Espírito para a nossa Igreja “O carisma de transmitir a própria fé, através do testemunho da Palavra e do exemplo”

Neste mês de agosto, teremos em nossa Diocese a concentração dos catequistas (aqui incluídos mulheres e homens). Será uma grande oportunidade para dizermos muito obrigado a todas essas pessoas que colocam o próprio tempo e a própria vida a serviço da evangelização. O Espírito Santo prepara, para cada comunidade, algumas pessoas assim, que têm o carisma de transmitir a própria fé, através do testemunho da Palavra e do exemplo e as enriquecem com seus dons. Os catequistas recebem o dom da fortaleza, que os sustenta no

trabalho incansável da educação. Muitas vezes, hoje, os educadores se sentem impotentes e, por vezes, inúteis em relação a seu mister, mas o Espírito os ilumina e lhes doa a capacidade de continuar a esperar bons resultados, mesmo nas situações mais difíceis – naquelas em que não se enxergam resultados imediatos. O dom da ciência os ajudará a se darem conta do que necessita o grupo de catequizandos que tem à frente, considerando que cada criança, adolescente, jovem é diferente do outro. Esse dom lhes permite entrar em profundidade na vida desses catequizandos,

tentando intuir como a mensagem transmitida poderá ajudá-los no amadurecimento da fé. Outro dom que recebe o catequista é o do conselho. Muitas vezes os catequizandos têm proveniências diferentes: famílias de tradições religiosas consolidadas, e outras, de lares em que tais tradições têm menor importância; famílias em que os valores e princípios evangélicos são bem vividos e conservados e, outras, com problemas e conflitos vividos em relação a tais valores. Diante destes dilemas trazidos para a catequese, o que fazer? A tentação será sempre a

de ficar com o grupo que os catequistas considerarem “mais apto” a aceitar o que lhe é ensinado, mas o dom do conselho os ajudará a entender o que dizia Dom Bosco: “a educação é coisa do coração... quem sabe ser amado, ama, por sua vez, quem ama obtém tudo, sobretudo dos jovens e das crianças... os corações se abrem e mostram suas dificuldades”. Agradeçamos a Deus por esse presente e peçamos que ilumine muitos dos nossos batizados que receberam o Espírito Santo para que despertem para a vocação de catequista.

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Diocese

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A mensagem dos Pastores

Jornal da Diocese de Blumenau ◗ Dezembro de 2009 e Janeiro de 2010

10 anos

Com a benção da Mãe Aparecida

Romaria ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida marca fiéis nas comemorações do aniversário da Diocese

Aproximadamente 1,5 mil fiéis de Blumenau partiram em romaria ao Santuário de Aparecida, no dia 27 de junho. Mais de 50 ônibus levaram os romeiros que foram celebrar os 10 anos da Diocese. “Viemos celebrar com a Mãe da Igreja. Trouxemos a Imagem Peregrina de Nossa Senhora Aparecida que desde outubro do ano passado visita todas as nossas paróquias e comunidades. Temos muito a agradecer pelo dom dessa visita”, disse o bispo diocesano, Dom José Negri. A Santa Missa foi presidida pelo arcebispo de Aparecida, Dom Raimundo Damaceno. O bispo emérito de Blumenau, Dom Angélico Sândalo Bernardino, acompanhou a romaria e afirmou que depois de uma década de existência da diocese,

é preciso revigorar as forças. “Aos 10 anos é preciso nascer de novo. Com entusiasmo, vigor, novos métodos, novas manifestações na evangelização, conforme nos pedia o Papa João Paulo II”, afirmou o bispo emérito. Dom Angélico ainda comentou sobre as chuvas que atingiram o nordeste do Brasil e deixaram centenas

de desabrigados, em referência às enchentes que assolaram Santa Catarina. “É um momento de imensa solidariedade. Quando Santa Catarina foi assolada pelas enchentes, a solidariedade nacional foi realmente edificante. Eu estava lá com aquela população e pude contemplar o oceano de solidariedade que envolveu a bela Santa Catarina”,

conta. No sábado à noite, dia 26, os fiéis tiveram um momento mariano em que recitaram o Santo Terço e assistiram a uma apresentação teatral produzida pelo frade franciscano Frei Pascoal Fusinato com os jovens. O momento ainda teve a presença de Dom José, Dom Angélico, padres e diáconos da Diocese.

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Recordar

Blumenau: Colonização de raízes cristãs No dia 9 de agosto de 1857, o pastor protestante Oswald Hesse oficiou a primeira prática religiosa a seus fiéis na nova colônia Blumenau. A comunidade luterana, naquela ocasião, era formada por 569 membros. Somente 40 católicos residiam na colônia, porque os primeiros imigrantes provinham de regiões protestantes da Alemanha. O registro de 1861 indica presença de famílias católicas no Garcia, na vizinhança da encruzilhada onde um caminho se dirige para Guabiruba e outro para o Encanto Alto. O mesmo registro elenca o nome dos católicos: Augusto Sutter, André Zoz, Damião Meier, Augusto Bader, dois Bugmann, Beiler e José Vogel. Beiler havia construído uma casa maior que depois da sua morte serviu de capela provisória, onde eram feitas devoções piedosas aos domingos e dias santos de guarda. Um grupo deste núcleo assistia com regularidade a Santa Missa do Pe. Gattone na primeira capela do Belchior Baixo. Era muito natural que tenha surgido entre esses primeiros católicos de Blumenau o desejo de ter Missa em território próprio. O Vigário animou-os a tratar da construção da capela própria no lote demarcado pelo Dr. Blumenau no “Stadtplatz”, na sede. Nessas vizinhanças já moravam quatro famílias católicas: Francisco Bader, Wloch, José e Xavier Bugmann. Isso facilitou toda a preparação: a abertura da picada na ladeira do morro, a derrubada e a preparação da madeira. No dia 24 de janeiro, as senhoras limparam e enfeitaram o interior da capela e os homens e moços se encarregaram do exterior e do caminho. O ambiente era de pobreza. Tudo, porém, estava preparado com grande devoção. O júbilo era intenso. No dia 25 de janeiro de 1865, Pe. Gattone presidiu, então, a primeira festa do Padroeiro São Paulo Apóstolo com Missa e procissão. O mesmo sacerdote prometeu vir com mais frequência e organizou o culto para os domingos e dias santos em que ele não estivesse presente. Fontes: Relatório para a Futura Criação da Diocese de Blumenau (apostila datilografada, 1995, 98 páginas); Sachet, Celestino e Sachet, Sérgio, Santa Catarina 100 anos de história, Gráfica Pallotti, 1997, 1º volume, 563 páginas.


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Igreja

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vaticano

Conselho Pontifício para a Nova Evangelização é resposta à secularização

Novo dicastério da Santa Sé tem a tarefa principal de promover uma renovada evangelização nos países cristãos Preocupado em criar maneiras de responder ao processo de secularização nos países cristãos, o Papa Bento XVI anunciou, em junho, a criação do Conselho Pontifício para a Nova Evangelização. O arcebispo italiano Dom Salvatore Fisichella, até então presidente da Pontifícia Academia para a Vida e reitor da Universidade Lateranense, foi convidado para assumir o novo dicastério da Santa Sé. Segundo o Papa, há regiões do mundo em que o Evangelho fincou raízes há longo tempo, e originou uma verdadeira tradição cristã, mas onde nos últimos séculos - com dinâmicas complexas - o processo de secularização produziu uma grave crise de sentido na fé cristã. Neste contexto, anun-

Martins

Indústria Têxtil Ltda Grande variedade em malhas confeccionadas nas Linhas Adulto e Infantil

ciou sua decisão de “criar um novo organismo, com a missão de promover uma renovada evangelização nos países onde já ressoou o primeiro anúncio da fé. Ali estão presentes Igrejas de antiga fundação, mas que assistem à uma progressiva secularização da sociedade. E algo como um ‘eclipse do senso de Deus’, que constituem desafios na busca por meios adequados de reapresentar a perene verdade do Evangelho de Cristo”.

Uma importante missão pela frente

O arcebispo, que tem um grande desafio especialmente em países europeus, nasceu em Codogno, na Diocese de Lodi (Itália), no dia 25 de agosto de 1951. Dom Fisichella foi ordenado sacerdote em 13 de março

de 1976. Foi professor de Teologia Fundamental na Universidade Gregoriana, em Roma, até ser nomeado bispo auxiliar de Roma, em 12 de setembro de 1998. No dia 18 de janeiro de 2002, foi nomeado reitor da Universidade Lateranense, cargo agora que será assumido pelo Pe. Enrico Dal Covolo, sdb. Desde 1994, foi também “capelão” da Câmara dos Deputados da Itália, como reitor da Igreja São Gregório Nazianzeno. Antigo secretário da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé, o Anúncio e a Catequese, na Conferência Episcopal Italiana, é consultor da Congregação para a Doutrina da Fé e membro da Congregação para as Causas dos Santos.

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Santo do mês Mônica e Agostinho, mãe e filho santos

Santa Mônica, comemorada dia 27 de agosto, nasceu em Tagaste, no ano 322. Casou com Patrício, jovem pagão e rude, teve muitos sofrimentos e provações. Encontrava, porém, consolo e paciência nas orações que elevava ao céu. Deus a recompensou com a sincera conversão do marido. Mônica teve dois filhos, Agostinho e Navígio, e uma filha, Perpétua. Agostinho trouxe-lhe muita amargura e lágrimas. Ao morrer o pai, Agostinho tinha 17 anos e afastou-se da casa. As notícias do filho faziam-na sofrer terrivelmente. À beira do desânimo, um bispo lhe aconselha: “Continue a rezar, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas”. Brilhante professor de retórica, mas irriquieto, Agostinho agrega-se aos heréticos maniqueus. Aflita, a mãe viaja a fim de encontrar o filho. Ouvindo o famoso orador e bispo de Milão, Ambrósio, ele converteu-se e na noite de Páscoa de 387, a mãe persistente colhia o fruto de suas orações: vê o batismo do sempre amado filho. Mãe e filho resolvem voltar para a terra natal, a África. No porto de Óstia, perto de Roma, Mônica adoece e, com 56 anos, morre nos calorosos braços de Agostinho, mais tarde bispo. Morreu no dia 28 de agosto de 430, tornando-se um dos maiores santos da Igreja.


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Catequese

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VOCAÇÃO

Concentração Diocesana celebra Dia do Catequista Palavra de Deus é tema central do evento e reflete esse chamado específico dos leigos No mês de agosto, o quarto domingo celebra o dia da missão do cristão que assume e vive sua vocação na Igreja e no mundo. Nesta data, que em 2010 será dia 22, celebra-se de modo especial o Dia do Catequista. Para comemorar esta vocação, a Igreja de Blumenau organiza a segunda edição da Concentração Diocesana de Catequistas, a ser realizada no Ginásio de Esportes Sebastião Cruz (Galegão). O evento contará com a participação de todas as comarcas e paróquias. O objetivo em celebrar o Dia do Catequista é refletir sobre esse chamado, a vocação do Profeta ‐ aquele que fala em nome de Deus e da comunidade. A iniciativa sempre parte de Deus. O chamado a ser catequista não é algo pessoal, mas obra divina, graça. Mas o que é ser catequista? Pessoa integrada na comunidade, ele se dedica ao serviço do anúncio da Palavra, tornando-se porta-voz da experiência cristã de toda a comunidade. Sua vocação nasce do Sacramento do Batismo, é fortalecida pela confirmação, alimentada pela Palavra de Deus e Eucaristia. Para Rosangela Cristofolini, que atua na pastoral há 25 anos, é ser “um referencial, ser profeta num mundo que clama por justiça, paz, amor. Ser catequista é levar a Palavra de Deus a todos. Deixar transparecer no testemunho diário esta Boa Nova, e assim, fazer com que todos reconheçam no catequista a pessoa de Jesus Cristo”.

Para isto é fundamental que o catequista viva a espiritualidade de seguir Jesus, o que significa ouvir Seu chamado, viver apaixonado por Ele, segui-Lo com profunda convicção. O catequista, a partir da sua experiência de fé, anuncia Jesus Cristo, catequiza pessoas concretas, conduzindo-as à Iniciação à Vida Cristã, através de métodos atualizados e participativos. Rosangela, que recebeu o convite para dar catequese aos 15 anos, afirma que assumiu essa missão porque respondeu ao chamado pessoal e único de Cristo. “A Palavra de Deus ecoa dentro de minha alma e não consigo guardar isto só para mim. Amo a Jesus Cristo e o Seu Evangelho porque sinto que essa é a minha vocação”, completa.

Momento de partilha e unidade

A edição deste ano da Concentração Diocesana tem como tema “A Palavra de Deus na vida e missão da Igreja” (Mensagem da XII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos) e o lema “Esta Palavra está muito perto de ti, está na tua boca e no teu coração para que a ponhas em prática” (Dt 30, 14). As cinco comarcas irão trabalhar o tema central em quatro enfoques, expondo a voz, o rosto, a casa e os caminhos da Palavra de Deus. Os participantes devem chegar ao local a

partir das 7h30. A abertura será presidida por Dom José Negri, Bispo Diocesano. Foram confirmadas as presenças dos padres João

Bachmann, João Bandoch e Jean Poul Hansen, assessor de São Paulo especialmente convidado para a concentração. A animação

será feita pelo Pe. Fabian e por Mercedes Rescarolli com apresentação do conjunto musical Rogério e sua Equipe.

Catequese e Liturgia

Diocese participa de Seminário Regional Durante os dias 18 a 20 de julho, 97 representantes das dez dioceses do Regional Sul 4 da CNBB (Santa Catarina) participaram do Seminário Regional de Catequese e Liturgia, em Lages. Da Diocese de Blumenau, 13 pessoas participaram do evento. O tema abordado “Iniciação à Vida Cristã – Uma necessidade de nosso tempo” teve a assessoria de Therezinha Cruz, de Brasília. A partir do tema proposto, alguns pontos marcaram os momentos de reflexão. Como no começo do encontro, quando foi destacada a poesia “O Eterno Descobrimento” de Theilhard de Chardin fazendo a ligação com a Iniciação à Vida Cristã. Como processo, a Iniciação é, a cada dia, uma nova descoberta, um novo que emerge das necessidades de hoje, tornando-se uma mudança no conhecimento que temos de Deus e, por consequência, torna-nos sempre mais apaixonados. Ela mexe com a emoção e o coração. Therezinha disse ainda que quando a Igreja deixa de ser questionada, ela começa a ser infiel ao Evangelho. É necessário passar do problema gerado pelo questionamento para a oportunidade de evangelizar através das respostas. Também foram discutidos os quatro eixos propostos pelo Documento de Aparecida: A experiência religiosa, vivência comunitária, formação bíblico-doutrinal e compromisso missionário de toda a comunidade. Cada diocese ainda fez o encaminhamento de propostas, assumindo compromissos a partir do Seminário em relação à Catequese e Liturgia a curto e longo prazo.


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História das Comunidades Agosto de 2010 . Jornal da Diocese de Blumenau www.diocesedeblumenau.com.br

Ecumenismo santa fé

Conselho para Promoção de Unidade dos Cristãos tem novo presidente

Dom Kurt Koch assume dicastério e fala sobre os desafios que terá de enfrentar Apaixonado pelo ecumenismo e com extensa experiência, o Bispo da Basiléia (Suiça), Dom Kurt Koch, assumiu, dia 1 de julho, a presidência do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos. Além da nomeação, o Papa Bento XVI o elevou a dignidade de arcebispo. Assim, ele deixa a diocese suíça, onde foi bispo por 15 anos, para suceder o prelado alemão Walter Kasper, que dirigia o dicastério desde 1999 e renunciou por razões da idade. Segundo Dom Koch, em um primeiro momento existe a necessidade de observar o panorama completo do Conselho. “Gostaria de falar com todos aqueles que colaboram conosco que em novembro teremos nossa primeira

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assembleia plenária. O primeiro desafio será preparar adequadamente esta reunião para que possamos ter uma visão global do ecumenismo e avaliar como proceder”, explica em entrevista para a agência de notícias católica Zenit. Sobre a preocupação do Santo Padre em promover espaços para o diálogo e a unidade entre os cristãos, Dom Koch lembrou que as viagens pastorais do Papa têm sempre uma parte dedicada ao ecumenismo. Para o novo presidente do conselho, é sempre difícil ver os frutos desses trabalhos, uma vez que o fundamento do ecumenismo é a espiritualidade. “Os homens não podem promover a unidade, que é um dom do Espírito Santo;

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o que se pode fazer é aprofundar no diálogo teológico e de amor, como o Santo Padre tem feito em seus encontros”, revela. Em relação ao desafio das seitas religiosas, Dom Koch propôs uma reflexão: “Em primeiro lugar, a Igreja deve se perguntar por que as pessoas procuram as seitas. Por que não vêm a nós?” O dicastério exerce um duplo papel. É responsável pela promoção, no seio da Igreja Católica, de um autêntico espírito ecumênico. Ele realiza esta tarefa em articulação com os vários departamentos da Cúria Romana. Ao mesmo tempo, o Pontifício Conselho também pretende desenvolver o diálogo e a colaboração com as outras Igrejas cristãs.

Lançado texto-base e logomarca da Semana de Oração 2011

O Conselho Mundial de Igrejas (CMI), em parceria com o Pontifício Conselho para Promoção da Unidade dos Cristãos, produziu o texto-base da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos 2011 (SOUC). O material será traduzido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e adaptado pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC) para ser encaminhado às comunidades que celebrarão a Semana. A SOUC tem como objetivo principal mostrar que a fé cristã possui centros comuns como, por exemplo, os apóstolos, que foram responsáveis por compilar os ensinamentos de Jesus Cristo. Em 2010, a Semana foi celebrada por milhares de comunidades cristãs de todo o Brasil, inclusive de Igrejas que não compõem o CONIC. Além da Igreja Católica Apostólica Romana, participam do Conselho a Igreja Sírian Ortodoxa de Antioquia, Igreja Episcopal Anglicana (Comunhão Anglicana), Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), Igreja Presbiteriana Unida (IPU) e Igreja Cristã Reformada. Duas Igrejas declararam intenção de agregar-se proximamente: Igreja Ortodoxa Antioquina e Igreja Ortodoxa Grega.

nOTAS CURTAS Compromisso ecumênico é reafirmado 100 anos depois

A Conferência Internacional Missionária realizada de 2 a 6 de junho, em Edimburgo, na Escócia, atualizou e reafirmou o sentido de missão, propondo que as igrejas e comunidades cristãs aceitem vencer os desafios deste nosso século na unidade ecumênica. Com o tema geral “Dar testemunho de Cristo hoje”, o encontro celebrou o centenário da primeira conferência, realizada em 1910, na mesma cidade – considerada o marco inicial do movimento ecumênico contemporâneo. Co-patrocinada pelo Conselho Mundial de Igrejas, junto com uma série de outros organismos mundiais, bem como a Universidade de Edimburgo e a Igreja da Escócia (presbiteriana), a conferência reuniu 250 delegadas e delegados de todo o mundo.


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Enfoque Pastoral DIOCESE

Seminário Menor espera vocacionados em Estágio Jovens terão contato com padres e seminaristas para ajudar o seu discernimento vocacional

O Seminário Diocesano Menor Mãe de Jesus realizará no dia 28 de agosto um estágio vocacional para atrair jovens que queiram conhecer melhor o chamado sacerdotal. Ao longo do ano, serão três encontros ou estágios. Neste dias, os jovens ficarão das 8h às 16h no Seminário em contato com padres e seminaristas. Vendo de perto o dia-a-dia do seminário, a diocese acredita que os jovens poderão ter um discernimento de sua vocação. Segundo o reitor do Seminário Menor da Mãe de Jesus, Pa-

dre Almir Negherbon, a formação em cada uma das etapas é baseada nos seguintes aspectos: espiritual, que compreende a vida de oração, tanto pessoal, quanto comunitária; intelectual, que compreende os estudos e formação; humano-afetivo e comunitário, que consiste no desenvolvimento maduro e integral de cada pessoa e sua relação com os demais; e pastoral, que é o trabalho desenvolvido juntos ás paróquias, comunidades e pastorais específicas. O reitor acredita que as paróquias têm um trabalho fun-

damental para angariar mais pessoas ao projeto, pois são elas que irão motivar, convidar e estimular os jovens de suas comunidades. Atualmente o Seminário Menor da Mãe de Jesus abriga sete seminaristas, dois de Luiz Alves, dois de Navegantes e outros de Blumenau. Mas a casa pode abrigar até 40 jovens. Mais informações no telefone (47) 3334-6861 ou no e-mail: s.menor@terra.com.br. Com informações da Gaudium Press

Participantes de um dos estágios vocacionais do ano passado.

Solidariedade da Cáritas de Blumenau A Cáritas Brasileira faz parte da Rede Caritas Internationalis, rede da Igreja Católica de atuação social composta por 162 organizações presentes em 200 países e territórios, com sede em Roma. Organismo da CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, foi criada em 12 de novembro de 1956 e é reconhecida como de utilidade pública federal. A entidade possui 170 entidades-membro em todo o Brasil e atua em 10 regionais, entre elas a Sul 4, que abrange Santa Catarina. Atualmente, a Cáritas possui quatro diretrizes institucionais: defesa e promoção de direitos; incidência e controle social de políticas públicas; construção de projetos de desenvolvimento solidário e sustentável; e o próprio fortalecimento da Rede. As ações da instituição são voltadas ao atendimento das pessoas em situações de risco em todo o mundo e forma uma rede de solidariedade nos momentos de catástrofes atendendo

a população atingida. A ação missionária da Cáritas não se restringe só no anúncio à Palavra de Deus, mas também questão prática da solidariedade, o vínculo da paz. A Cáritas diocesana esteve envolvida em um grande trabalho de mobilização para auxiliar as famílias atingidas pela catástrofe que se abateu sobre a região em novembro de 2008. Foram auxiliadas cerca de 2.400 famílias atingidas em nossa região, doando móveis, utensílios domésticos e de higiene pessoal. Conforme cadastro realizado depois da tragédia, cerca de 12 mil pessoas foram atendidas. Mas a instituição não trabalha somente em desastres. “Além destes trabalhos temos atendido outras famílias que

perderam suas casas em incêndios, ou com problemas de convivência através de visitas, e ainda ajudando a elaboração de projetos de economia solidária”. A Cáritas tem enviado ajuda a outras regiões atingidas por catástrofes, como o Haiti e o Rio de Janeiro no começo do ano e, mais recentemente, Pernambuco e Alagoas. Outro trabalho missionário tem sido desenvolvido em prol da Diocese Irmã de Humaitá no Amazonas. Em Santa Catarina, foi enviada ajuda às dioceses de Caçador e Lages, em 2009. Para participar ou saber mais sobre a Cáritas, procure a instituição junto a Cúria Diocesana ou pelo telefone: (47) 3322-4435.


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Paróquias organizam atividades para Semana Nacional Um dos meios encontrado pela Igreja para concretizar espaço de evangelização e serviço dos diversos membros do núcleo familiar é a Semana Nacional. O tema central será: “Família, formadora de valores humanos e cristãos” (Papa Bento XVI), temática do VI Encontro Mundial das Famílias, em janeiro de 2009. Este ano, a Semana será promovida entre os dias 8 a 15 de agosto, mas na Diocese de Blumenau os preparativos para a data começaram muito antes. Segundo o coordenador diocesano da Pastoral Familiar, Diácono João Francisco Zimmermann, todas as paróquias estão organizando atividades especiais. Em Ilhota, por exemplo, haverá uma abertura da Semana com carreata saindo das paróquias Nossa Senhora da Glória e São Pio X, que, unidas, vão celebrar a Santa Missa antes de um momento de comunhão com apresentações teatrais. Para ajudar as comunidades eclesiais a promoverem encontros na Semana, a Comissão Episcopal para a Vida e Família e Comissão Nacional da Pastoral Familiar, da CNBB, publicaram uma nova edição da “Hora da Família”, com roteiros a serem usados nas celebrações nas famílias, grupos e escolas, disponível na Diocese. “A Semana Nacional se mostra uma excelente oportunidade de motivação para toda a nossa querida Diocese. Em todas as paróquias devemos acelerar o processo de implantação, organização e reestruturação das equipes de Pastoral Familiar. Tanto no âmbito paroquial quanto no diocesano é fundamental a articulação da Pastoral Familiar com as demais pastorais. Movimentos e serviços, escolas, organizações e secretarias familiares estão convocados a darem sua contribuição e seu testemunho de Igreja e de unidade, visando à felicidade e ao bem comum das famílias”, afirma o coordenador diocesano.

Espe

chamado

Família, bem mais precioso da humanidade Pastoral Familiar trabalha pela evangelização e formação das célula base de todas as vocações

“Consciente de que o matrimônio e a família constituem um dos bens mais preciosos da humanidade, a Igreja quer fazer chegar a sua voz e oferecer a sua ajuda a quem, conhecendo já o seu valor, procura vivê-lo fielmente, a quem, incerto e ansioso, anda à procura da verdade e a quem está impedido de viver livremente o próprio projeto familiar.” (FC 1) Assim inicia a Exortação Apos-

tólica Familiaris Consortio que trata sobre a função da família cristã no mundo. Cada vez mais, a Igreja tem se colocado a disposição das famílias através de diversos organismos pastorais e atividades. Na Diocese de Blumenau, a Pastoral Familiar é um dos principais organismos. A pastoral ajuda a organização das equipes paroquiais, além de incentivar e oferecer a formação de novas equipes. Nas paróquias, entre os objetivos principais estão formar, orientar, ir ao encontro das famílias afastadas e despertar e preparar as famílias para o matrimônio. Nas diversas instâncias, podese também estabelecer parcerias com outras pastorais e órgãos para atuar em favor das famílias. “É um trabalho difícil, complexo, porque muita gente parece que não se sente preparada para evangelizar a Família”, revela o Diácono João Francisco Zimmermann, que coordena a Pastoral

com a esposa Marlene. “As famílias hoje necessitam de uma nova evangelização fundamentada nos valores cristãos, como o perdão, o diálogo e o amor, que unem e não separam. O nosso esforço tem sido voltado a constituir famílias bem fundamentadas na fé e na moral cristã”. O tema será muito abordado nas paróquias de 8 a 14 de agosto, durante a Semana Nacional para a Família. Mas vale destacar o assunto durante todo o ano, “porque se a família vai bem, a sociedade vai bem”. O diácono oferece como sugestão que as comunidades promovam momentos de comunhão e confraternização, Missa mensal celebrando as bodas e aniversário, e encontros de família, coisas simples que valorizem essa vocação. “Muitas paróquias têm iniciativas voltadas à família, muitas delas nem são divulgadas. A equipe diocesana está à disposição para ajudar na evangelização das famílias nas paróquias que ainda não tem Pastoral”, afirma.

Famílias evangelizadoras

Para o diácono, a família cristã tem assumido também seu papel missionário, deixando de ser somente objeto de evangelização para se tornar sujeito nesse processo. “Ela é destinatária e ao mesmo tempo evangelizadora. É a famíla, Igreja doméstica, que assume o papel após ser evangelizada”, complementa. O coordenador cita o exemplo de sua própria família. Pai de duas filhas e com duas netinhas, João fala do modelo que sua mãe teve na sua educação e dos oito irmãos. Sem saber ler a Bíblia e participar somente durante uma semana da catequese, ela praticava a caridade diariamente. Havia aprendido tudo que necessitava de seus pais e avós. “Isso é muito enriquecedor, a gente olha pra trás e vê como isso foi importante. A vivência cristã se prende em casa. A base é na família, as pastorais são complemento”, conta.


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