10 minute read

Vivendo com sabedoria

VIVENDO COM SABEDORIA

Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração (Mateus 6.19-21). Por que será que Jesus diz isso? Porque ele sabe que a vida é muito mais do que ganhar dinheiro, economizar. Ele sabe o quanto o ser humano pode ser seduzido por esse caminho e como facilmente perde a vida nesses trilhos. Quanta gente deixa de aproveitar a vida por ser ambiciosa. Gente que não compreendeu que pode ser feliz com pouco. Jesus ensinou a viver a vida de uma forma bonita e simples. É na simplicidade que encontramos a felicidade. Gosto muito desta história:

Um homem de negócios estava passando suas férias em uma pequena vila de pescadores. Depois de receber um “whats”, que o deixou estressado, saiu do hotel e foi para a praia esfriar a cabeça. Foi quando observou um pescador voltando do mar em um pequeno barco com uma quantidade pequena de peixes frescos.

O empresário chegou um pouco mais perto e ficou fascinado com a beleza dos peixes. Então ele deu os parabéns ao pescador e perguntou quanto tempo levou para ele pegar aqueles peixes. “Só um tempinho”, respondeu o pescador.

“Por que você não ficou mais tempo e pegou mais peixes?”, perguntou o homem de negócios.

“Eu peguei peixe suficiente para mim, minha família e até mesmo para dar um pouco para os meus amigos”, ele disse. “Mas o que você faz com o resto de seu tempo?”, perguntou o empresário. O pescador sorriu e respondeu com um tom calmo e relaxado: “Moço, eu levanto bem cedo, preparo o meu chimarrão e leio um trecho dos evangelhos. Faço minhas orações e vou pescar. Depois do trabalho, brinco com meus filhos, tiro uma boa soneca à tarde, e à noitinha eu dou uma caminhada na praia com minha esposa, bebo uma cervejinha e toco violão com meus

amigos. Domingo pela manhã, vou ao culto para agradecer a Deus. Eu tenho uma vida muito boa!” O homem de negócios riu e deu alguns conselhos ao pescador: “Olha, eu fiz economia na USP, mestrado em Oxford e doutorado em Harvard. Vou lhe dar uns conselhos gratuitos sobre como você deve administrar seus negócios: o que você deve fazer é passar mais tempo pescando e vender o peixe que você não consumir. Com o dinheiro extra que você vai ganhar, pode comprar um barco maior e empregar algumas pessoas para ajudá-lo. Logo você terá dinheiro suficiente para comprar vários barcos e eventualmente montar uma empresa”. Ele continuou: “Olha, uma vez que sua empresa tenha crescido, você começa a exportar seu peixe. Aí você começa a vender direto ao consumidor, sem intermediário, controlando o produto, o processamento e a distribuição”. O pescador respondeu: “Mas, moço, quanto tempo vai levar isso tudo?”.

O empresário respondeu: “Quinze a vinte anos. Vinte e cinco no máximo”. “E depois, o que vou fazer da minha vida?”, perguntou o pescador. O negociante sorriu e respondeu: “Aí é que vem a grande recompensa! Na hora certa você vende as ações de sua empresa ao público e torna-se muito, muito rico, com milhões de dólares em seu nome”. O pescador, intrigado, perguntou: “Milhões de dólares? E o que eu faria com todo esse dinheiro?”.

E o negociante respondeu: “Você se muda para uma pequena vila de pescadores no litoral, dorme até mais tarde, brinca com seus filhos, ou melhor, com seus netos. Tira uma soneca à tarde, e à noitinha vai dar uma caminhada na praia com sua esposa, onde você pode beber uma cervejinha e tocar violão com seus amigos...”. “Mas, moço, não é isso que eu faço hoje?”, respondeu o pescador olhando calmamente para aquele belo mar.

Quantas pessoas correm de um lado para o outro atrás de muitas coisas para ser felizes. Pensam que terão alegrias quando tiverem muito dinheiro para adquirir o que quiserem: carro novo, casa luxuosa, móveis e celulares de última geração. Quanta gente espera muito tempo para ser feliz. Por correr atrás de dinheiro, não tem tempo para a família, os amigos e as amigas, para ver as flores bonitas que nascem nos jardins... Aliás, nem tem tempo para jardins. O que

importa é ganhar dinheiro! Quantas pessoas pensam: “Na velhice, depois de muito esforço, aí sim: vou aproveitar!”. Quantas pessoas nem chegam à velhice! Quantas, que chegam, estão tão doentes por terem gasto muito tempo atrás de dinheiro sem cuidar da saúde, que não podem aproveitar mais nada. Tudo é gasto com remédios, com médicos...

Vive feliz com o que tu tens! Vive bem o tempo de vida que Deus te concede! Seja uma pessoa sábia. Vive como Jesus ensinou a viver! E caso já estejas numa idade mais avançada e desperdiçaste boa parte da tua existência correndo atrás do vil metal, hoje é dia de mudar! Ou, caso sejas ainda jovem, mas estás nesse caminho do consumismo, do materialismo, hoje é dia de dar uma mudada radical de vida. O que passou, passou. Olha para frente e vive uma vida nova! Que Deus te ajude e te dê sabedoria. Amém.

P. Telmo Noé Emerich Londrina/PR

AGROECOLOGIA – COMPROMISSO DE TODAS AS PESSOAS: COMIDA BOA NA MESA

O Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (CAPA) foi criado em 1978 com o apoio da IECLB. Ao longo dessa jornada de 40 anos, muitos foram e são os desafios em prol dos agricultores e agricultoras familiares, comunidades indígenas, quilombolas, assentados da reforma agrária, pescadores artesanais. A missão primordial do CAPA é promover o protagonismo do público assistido com inclusão social e com uma visão etnossustentável por meio da agroecologia. O que é uma agricultura agroecológica? A agroecologia é a forma de como o agricultor e a agricultora produzem e se relacionam com o ambiente e com a terra, produzindo seus alimentos de forma harmônica com a natureza. Esse jeito de produzir leva em conta os aspectos sociais, culturais, econômicos e ambientais, os quais descreveremos a seguir. Os aspectos sociais que estão envolvidos com a agroecologia visam construir uma agricultura e sociedade mais sustentáveis e solidárias, principalmente em relação à produção de um alimento ecológico que chegue à mesa de todas as pessoas consumidoras e que tenha um preço justo para quem produz e

para quem consome, de forma que todas as classes sociais consigam comprar também esse alimento, sem discriminação social ou econômica. Nesse ponto cabe lembrar também os programas sociais que foram implantados nos governos anteriores, principalmente o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que são programas sociais em que o governo compra os alimentos da agricultura familiar por meio das cooperativas e distribui para escolas e comunidades em vulnerabilidade social. Em relação aos aspectos culturais, vale ressaltar o papel da mulher nesse processo, porque muitas vezes são elas as protagonistas da mudança de uma agricultura com veneno para uma agricultura sem veneno. Importante lembrar que existem muitos jeitos diferentes, muitas culturas diferentes e a agroecologia busca respeitar isso, respeitar também o tempo do agricultor e da agricultora, sua sabedoria e seu jeito de ver o mundo. Quanto aos aspectos econômicos, viver com dignidade, ter o merecido conforto e dar suporte necessário para os jovens são as ênfases. Produzir de forma ecológica é do que o mundo precisa, é o mercado que mais cresce e é a única saída para o planeta suportar tamanhos gastos energéticos utilizados pela agricultura tradicional, imposta pelas grandes corporações capitalistas. Quanto aos aspectos ambientais, a agroecologia permite que a produção de alimentos seja em harmonia com a natureza, respeitando a fauna no ambiente como nos solos, usando a natureza numa outra lógica, sem esgotar os recursos naturais, e ainda garantindo a segurança alimentar da família, ou seja, promovendo uma agricultura que respeita o planeta e, portanto, a criação de Deus. Produzir alimentos sem agrotóxicos é uma realidade no dia a dia do CAPA. Trabalhamos para que as agricultoras e os agricultores possam ter mais qualidade de vida, que tenham sonhos e projetos de vida sustentáveis, que tenham o referido respeito da sociedade, que é alimentada por essas mãos tão especiais. Que sua autoestima seja resgatada e que cada vez mais sejam protagonistas da mudança para um mundo melhor, pois Deus, quando criou o mundo, disse para sermos os jardineiros do grande jardim que Deus criou, portanto sejamos essa mudança sempre! O CAPA tem o compromisso social de promover uma agricultura inclusiva, que atenda os anseios e as perspectivas dos jovens e das mulheres. Na região de Pelotas/RS, há uma grande diversidade cultural. Além de comunidades de origem ibérica, há comunidades italianas, alemãs, pomeranas, indígenas, quilombolas, francesas. E cada cultura tem seu jeito de se organizar e de ver o mundo. O CAPA tem um trabalho consolidado, que formou diversas

CAPA

cooperativas na região, que fortalecem agricultores e agricultoras, dando a segurança necessária para produzir o feijão, o milho, o leite, as hortaliças, as frutas, a batata, o mel e tantas outras cadeias produtivas da região.

O desafio que está posto pela Organização das Nações Unidas (ONU) no início da década de 1980 com relação às questões ambientais é conhecido como o Relatório de Brundtland, de 1987, que define o desenvolvimento sustentável como “aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas necessidades”, ou seja, é o desafio de produzir alimentos para a população existente, pensando nas futuras gerações, sem comprometer os recursos naturais existentes no planeta. Esse tema, que é geral para todas e todos no planeta, deveria estar na pauta de todos os países do mundo. O CAPA já faz esse trabalho há muito tempo com o propósito de vida digna para todas e todos na promoção de uma agricultura sustentável, para que os alimentos produzidos sejam bons para quem consome e para quem produz. Que assim sigamos no ideário da sustentabilidade e consigamos deixar sinais de concretude para as gerações vindouras.

Eng. Agr. Fabio A. Meyer Pelotas/RS

Dias das mães

PARA VOCÊ, MAMÃE Para você que está cansada de estar ao lado de um fogão, à beira do tanque, à frente da pia, cozinhando, lavando, limpando. Dias sem fim de cansaço, resignação e sacrifícios. Você que envelheceu sem perceber, vivendo pelos seus; que entregou a vida e os ideais a bem dos filhos; que renunciou aos passeios para estar ao lado de um berço.

Esqueceu luxo e comodidade para pagar mensalidades escolares; que parou para que os seus pudessem prosseguir. Você, mãezinha, que providenciou alimento, medicamento, agasalho para que seus filhos crescessem sadios e fortes; que deu carinho, atenção, proteção e amor, para que eles fossem felizes; que orou com eles e os orientou espiritualmente para que se tornassem tementes a Deus e cheios de fé.

Você que escondeu as tristezas e desenganos da vida para que não desanimassem no caminho. Você que preferiu ficar na incógnita para que eles pudessem aparecer, crescer, atingir o apogeu dos seus ideais.

Hoje, você está velhinha, seus cabelos estão brancos, mas ainda existe brilho em seus olhos e um sorriso em seus lábios, resultado da satisfação de tê-los conduzido pela estrada do bem e da justiça; também da alegria de sentir que foi útil, que serviu, mas foi recompensada. Alegria do prazer de ser mãe.

A mãe ternura e compreensão, constância e dedicação. A mãe dinamismo e energia, perseverança, bondade e justiça. Para você, mamãe, nosso voto de louvor e gratidão. Não lhe damos uma taça de ouro, mas lhe oferecemos um coração cheio de amor e reconhecimento pelo muito que nos deu.

Alvacy Barbosa Martins Dedicado à sua mãe Alzira Muzy Barbosa Extraído de: Voz missionária, maio/junho 2012, p. 24.

Arquivo OASE

J U N H O

Flashes do Encontro Nacional da OASE, 05 a 07 de abril de 2019, em Blumenau/SC

Datas importantes

04 – 1743 – Primeira Bíblia impressa na América 05 – Dia Mundial do Meio Ambiente 10 – Dia do Pastor/da Pastora 11 – Corpus Christi 12 – Dia dos Namorados 13 – 1525 – Casamento de Lutero com Katharina von Bora 24 – Dia de São João Batista 25 – 1530 – Confissão de Augsburgo

Todas as nossas orações devem se fundamentar e apoiar na obediência a Deus.

Martim Lutero

This article is from: