

Amizade e fé: uma conversa sem fronteiras
Por | Pastor Renato Becker

Três amigos, três religiões, um domingo de cerveja e respeito. O que era para ser apenas um encontro entre três amigos de longa data se transformou em uma conversa sincera sobre fé. Com crenças diferentes, cada um compartilhou sua visão sem perder o tom leve e respeitoso.

A trajetória do Programa de Acompanhamento aos Ministros. Pág 3
No fim, a amizade falou mais alto, provando que é possível debater ideias sem abrir mão do respeito – e que sempre há espaço para uma boa provocação sobre futebol!
Leia a emocionante crônica sobre a importância do diálogo e do respeito na página 3 de nosso jornal hoje!

Acompanhe uma reflexão da conhecida
Parábola do Bom Samaritano Pág 4

Por que os jovens casais tem poucos vínculos dentro da comunidade?
Pág 7
ACOMPANHAMENTO E CUIDADO
DIACONIA
CASAIS JOVENS
Acompanhamento e cuidado: sobre o que conversamos no caminho?
Por | Pastora Mirian Ratz
“Eles estavam conversando a respeito de tudo o que havia acontecido. Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus chegou perto e começou a caminhar com eles, mas alguma coisa não deixou que eles o reconhecessem. Então Jesus perguntou: - O que é que vocês estão conversando pelo caminho?” Lucas 24.14-17ª
Ao considerar a trajetória do Programa de Acompanhamento a Minsitras e Ministros, cuja gestão é realizada pela Secretaria do Ministério com Ordenação em parceria com Pastoras e Pastores Sinodais, afirmamos que andar juntas e juntos, dialogando sobre o que acontece, tem sido muito enriquecedor. O cuidado com ministras e ministros cabe a toda Igreja, também às lideranças e toda comunidade, pois o exercício do ministério não acontece de forma isolada. Ele busca comunhão, troca de experiências. Assim, o Programa de Acompanhamento tem olhar atento para todas as situações que envolvem as fases da vida ministerial, além da saúde física e emocional de ministras e ministros.
A Igreja reforça a importância do chamado vocacional para o Ministério com Ordenação e para isso busca promover ações que permitam que as
pessoas se sintam motivadas e valorizadas. Através de encontros, seminários e cursos acontece a formação contínua, dons e habilidades são valorizados e competências aperfeiçoadas. Neste caminhar conjunto o próprio Senhor chama, capacita e se coloca ao lado. Ele se interessa: sobre o que estão conversando? Quais são suas preocupações e alegrias? Este caminhar, ouvir, refletir e agir dá vida, nutre e fortalece o comprometimento com a vocação e atuação ministerial com as pessoas na Comunidade e Sociedade.
É tempo de seguir pelo caminho com confiança. Fazemos isso sabendo o que acontece na caminhada de fé. Seguimos na mesma direção, com passos firmes que nos encorajam a agir, demonstrando a alegria em compartilhar a generosidade de Deus no acompanhamento e cuidado de todas as pessoas.
Paróquia Boa Nova de Panambi acolhe seu novo ministro

A Paróquia Evangélica Luterana Boa Nova de Panambi realizou, no dia 16 de fevereiro de 2025, o culto de instalação de seu novo ministro, P. Laurindo Manoel da Silveira. A celebração ocorreu no templo da Comunidade Martin Lutero, no município de Panambi/RS.
Os assistentes convidados pelo ministro para a sua instalação foram o P. Elton Klein (Comunidade de Panambi) e o Missionário Abraão da Cruz (Paróquia Panambi Boa Nova). O ato

Cerveja, amizade e fé: uma conversa sem conflitos
Por | Pastor Renato Becker

Era domingo! E o Ari, o Lineu e eu, amigos de longa data, decidimos tomar uma cerveja no Bar do “Seo Jóia”.
Logo na entrada, vimos a estatueta da Virgem Maria, e o Lineu, católico, fez o sinal da cruz ao passar por ela.
Sentamo-nos e pedimos uma IPA May-Becker’s Bier. A conversa, do nada, desaguou no tema religião.
de instalação foi conduzido pela Pa. Sinodal do Sínodo Planalto Rio-Grandense, Betina Schlittler Cavallin.
O P. Laurindo iniciou seus trabalhos ministeriais em 1º de fevereiro de 2025. Natural de Florianópolis, é casado com Daniele Osterberg Vojtichwski da Silveira e pai de Bernardo Vojtichwski da Silveira e Luísa Vojtichwski da Silveira. Rogamos que seu ministério e sua família sejam abençoados em nosso meio.

O Ari, pentecostal, comentou que na sua igreja não se fazia o sinal da cruz, pois sua base cristã repousava no Batismo no Espírito Santo. Para ele a experiência pessoal com Deus e a libertação espiritual, com cultos mais informais recheados de música era tudo de bom.
Já o Lineu, destacou que sua igreja seguia a Bíblia, a Tradição e o Papa. Testemunhou que a mesma se pautava em sete Sacramentos (Batismo, Crisma, Eucaristia, Confissão, Unção de Enfermos, Ordem, Matrimônio) e que a crença na Transubstanciação (transformação literal do pão e do vinho em Corpo e Sangue de Cristo) durante a Ceia do Senhor era um fato. Eu completei explicando que, na Igreja Luterana, a Justificação
“
era pela fé; que a Bíblia eram a autoridade máxima e que celebrávamos dois Sacramentos: o Batismo e a Santa Ceia, onde críamos na presença real de Cristo. Também falei que nossas ministras e ministros eclesiásticos podiam se casar.
O Ari, afoito, disse que que tanto para a Igreja Pentecostal quanto apara a Luterana a tal da “infalibilidade papal” não tinha espaço. Também criticou a onda de certas pastoras e pastores que “mandam e desmandam” em muitas Igrejas Pentecostais, chamando-as de anticristãs e distanciadas das Escrituras.
Nesse momento o Lineu, lembrou que somos amigos há 60 anos e que sempre respeitamos nossas diferenças religiosas. Apontou para o fato que a conversa, aberta e sem conflitos nos mostrava como dialogar sobre fé sem perder a amizade.
E, claro, antes de mudar de assunto, o Lineu soltou essa: “E a dupla Gre-Nal, hein?” — Porque futebol também une!
Foi um domingo de cerveja, amizade e uma conversa que deixou claro que, apesar das diferenças, o respeito sempre prevalece.
Dá pra falar de fé sem brigar – e ainda terminar rindo de futebol!”
Dia Maundial da Oração
ODia Mundial da Oração surgiu no século XIX, a partir de um grupo de mulheres cristãs dos Estados Unidos e do Canadá. A data foi criada para conscientizar as pessoas de que a oração vai além de apenas rezar, mas também agir em favor de causas sociais. No Brasil, o Dia Mundial da Oração começou a ser celebrado a partir de 1938 por um grupo de cristãos da Igreja Presbiteriana.

Origens
• Em 1887, um grupo de mulheres cristãs ligadas à igreja presbiteriana propôs a criação da data
• Em 1891, mulheres batistas se juntaram à iniciativa
• Em 1897, mulheres de diversas denominações cristãs se uniram à iniciativa
• Em 1927, a data tornou-se internacional
• No Brasil, a data começou a ser celebrada em 1938, por meio dos presbiterianos
Objetivos
• Promover o aumento das obras missionárias;
• Ajudar na troca de experiências entre cristãos e fiéis religiosos de todo o mundo;
• Celebrar a fraternidade universal através da oração;
• Rezar uns pelos outros;
• Rezar também pelos inimigos;
O Dia Mundial da Oração é uma celebração móvel que ocorre na primeira sexta-feira de março.
Ano de 2025, o Dia Mundial de Oração foi preparado pelo comitê do DMO das Ilhas Cook, com o tema “Deus nos criou de forma maravilhosa” Salmo 139.14
Ainda hoje cada igreja se organiza para realizar o Dia Mundial de oração, realizam cultos ecumênicos ou inter-paroquial.
Calendário de atividades da Oase Sinodal
MARÇO
Dia 17 - Reunião da diretoria
Dia 18 - Encontro de Coordenadoras e Vice Coordenadoras Paroquiais
MAIO
Dia 14 - Encontro das Presidentes dos grupos da OASE
JUNHO
Dia 03 - Reunião da Diretoria da OASE Sinodal
Dia 04 - Assembleia da OASE Sinodal
AGOSTO
Dia 06 - Reunião da Diretoria da OASE Sinodal
Dia 20 - 3º Encontro Cultural da OASE Sinodal
OUTUBRO
Dias 07, 08 e 09 - Retiro de Recuperação e Descanso
DEZEMBRO
Dia 03 - 27º Encontro Sinodal da OASE com Celebração de Advento
Convite para o Dia Sinodal da Igreja
Mulheres na Bíblia: introduzindo a temática
Por | Pastora Ivoni Richter Reimer
Escrevo em resposta ao convite que recebi para contribuir com textos sobre Mulheres na Bíblia. Fiquei honrada e contente com isso. Mas também fiquei meio preocupada, pois o que e como escrever para pessoas e comunidades que eu não conheço? Qual seria o interesse principal na abordagem dos textos bíblicos? Diante dessas inquietações, vou tentar comunicar parte de conhecimentos sobre esse tema amplo.
A pergunta central que envolve outras é: Por que trabalhar este tema?

Por que textos sagrados dizem coisas tão diferentes? Qual ou o que é a Palavra de Deus para nós, mulheres?”
A programação deste dia comtempla o abraço, a boa conversa, reflexão e também o tempero musical para embalar nossa espiritualidade. Venha e participe conosco deste dia especial!
Dia Sinodal da Igreja é tempo de encontro e celebração. É tempo de experienciar e compartilhar a generosidade de Deus. O Sínodo Planalto Rio Grandense celebra a cada dois anos o Dia Sinodal da Igreja. Para este ano de 2025 queremos motivar você a estar conosco presencialmente ou de forma remota no próximo dia 08 de junho de 2025. Nossa convidada para dialogar e promover a reflexão com a família de fé é a Vice-Pastora Sinodal Iraci Wutke. Ela virá de Santa Maria de Jetibá – ES do Sínodo Espírito Santo a Belém.


Como abordar um tema tão amplo? Assim, a tarefa que inicialmente parecia ser fácil, tornou-se um bocado mais complexa. Resolvi observar exatamente essa complexidade também nos textos bíblicos. É difícil falar sobre Mulheres na Bíblia no espaço concedido, por causa da diversidade de narrativas bíblicas, das diferentes mulheres que aparecem, diferentes épocas e lugares em que os textos bíblicos foram escritos, distintas abordagens que os textos fazem acerca da existência e das ações de mulheres. Além disso, é preciso perceber quais e como textos que ‘falam’ sobre mulheres chegaram até nós – foi em casa, na igreja, em grupos de estudo e reflexão? Foi para abrir horizontes de vida e nos encorajar para viver a vida de forma boa e justa, com dignidade e respeito, ou para delimitar e cercear nossa liberdade e responsabilidade de filhas de Deus?
Nessa rápida introdução, percebemos que existem textos que valorizam mulheres e suas experiências, que conclamam as comunidades para acolher mulheres em suas funções eclesiais e sociais, mas que também existem textos que querem impedir que mulheres exerçam essas funções e que permaneçam submissas a seus maridos em casa e em lugares públicos. E aí vem a pergunta: por que textos sagrados dizem coisas tão diferentes? Qual ou o que é a Palavra de Deus para nós mulheres? O que devemos e queremos seguir? E mais: qual foi a ‘palavra’ mais ensinada e anunciada para nós mulheres? Foram palavras de libertação e empoderamento, ou de submissão, opressão e silenciamento?
Vemos como o tema Mulheres na Bíblia levanta questões que vão além de um simples levantamento de passagens e reprodução de histórias de mulheres específicas. O tema chama à reflexão, à empatia com mulheres que foram reconhecidas em suas vidas e vivências, bem como e especialmente com mulheres que sofreram e sofrem toda sorte de violências baseadas em perspectivas machistas de entender e ensinar a palavra de Deus; e isso vale para o processo de escrita, recepção, anúncio e interpretação desta palavra.
A primeira constatação é que, diferente do que se pensa, são muitos os textos bíblicos que transmitem experiências de mulheres, de forma individual e coletiva: os textos falam de mulheres específicas e registram ações e recomendações gerais. Assim, temos registradas histórias de mulheres que são nomeadas: Maria de Nazaré e de Izabel, Débora, Marta e Maria, Hulda, Trifena e Trifosa, Lídia e Priscila, entre muitas outras. Há narrativas sobre mulheres não nomeadas: a samaritana, as prostitutas, as diáconas, viúvas etc. E há também textos que servem para interditar algumas ações, colocando-nos em posição subalterna e submissa aos homens, na família, na igreja e na sociedade.
Pensemos nisso até o nosso próximo texto!
Casais Jovens: um olhar necessário
Por | P. Valdir Hobus - CEI – Comunidade Ev. Ijuí
Nossas comunidades oferecem inúmeros espaços para a vida de fé das pessoas, abrangendo diversos setores, grupos e faixas etárias. Desde o nascimento até o fim da vida, sempre há acolhimento e integração em algum grupo.
Contudo, uma questão recorrente surge quando chega o momento de batizar os filhos: quem convidar para ser padrinho ou madrinha? Muitos pais relatam que possuem poucas amizades ou conhecem poucas pessoas dentro da comunidade com proximidade e envolvimento suficientes para esse momento tão especial.
Essas situações nos levam a uma reflexão necessária: por que os jovens casais têm poucos vínculos dentro da comunidade? Em sua maioria, eles estão vivenciando uma fase totalmente nova, com desafios específicos, como trabalho, estudos, chegada dos filhos e o início de uma nova família. Esses temas ocupam seus pensamentos e diálogos, mas onde podem encontrar um espaço para compartilhar suas alegrias e dilemas? Como construir relacionamentos dentro da igreja com pessoas que vivem experiências semelhantes?


A partir dessa necessidade, iniciamos um trabalho voltado para casais jovens, em sua maioria recém-casados ou com filhos pequenos. A dinâmica desses encontros é diferenciada, considerando a presença dos filhos, a agenda apertada de quem trabalha e estuda e o cansaço
ao fim da semana.
Por isso, a proposta é oferecer encontros mais informais, com amplo espaço para convivência , onde os casais possam criar vínculos de amizade e confiança. As temáticas abordadas dialogam com os desafios típicos desse
momento da vida, sempre à luz da Palavra de Deus.
Acreditamos que, dessa forma, seja possível acolher e envolver cada vez mais esses casais, fortalecendo a vida comunitária e criando laços que vão além dos muros da igreja.












A recente cultura de separação do lixo


Por | Carlos Eduardo Krüger (Três Passos/RS)
Professor de Língua Alemã e de Ciências Sociais e Ativista do Galo Verde
OBrasil está aprendendo a separar o lixo. E não é, apenas, porque o fiscal do meio ambiente pede. Isso permite uma “nova vida” para diversos materiais, reduzindo a poluição com a separação dos resíduos conforme o seu tipo: plástico, papel, metal e vidro.

Outro benefício ocorre na coleta seletiva, gerando empregos e renda, dignidade às pessoas com um salário, direitos e melhoria de vida.
A reciclagem está mudando a nossa cultura, como o papel e a garrafa pet reciclados. Antes, o descarte acontecia em aterros ou na natureza, o que é um crime ambiental.

Também importante é a logística reversa, que retorna as embalagens para a indústria. A Alemanha é um bom exemplo ao utilizar o “Pfand”. Quando devolvemos garrafas reutilizáveis, recebemos um crédito. Vale o conselho dos alemães: “Trenn den Müll!” Ou seja, separe o lixo!
