O Caminho - Ano 31 - Número 4 - Abril de 2015

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Leia noEventotambémmarcadatadia18deabril

Com miçangas, as mulheres Massai bordaram a retirada do corpo de Jesus da cruz pelas mulheres.

corajosamente: Verdadeiramente este era Filho de Deus. Conforme o evangelista Lucas, o comandante diz que se trata de um homem justo. Seja como for, a verdade é que um estrangeiro é o primeiro que, aos pés da cruz, reconhece que Jesus não é aquele que ele tinha sido incumbi do de executar como um criminoso. Enquanto as lideranças religiosas ainda caçoam e provocam, um ofi cial romano reconhece em Jesus o Filho de Deus. É como se ele anun ciasse: realmente Jesus é quem disse ser; ele não é um blasfemo, do que foi acusado pelos seus inimigos.

DIVULGAÇÃO O CAMINHO ESPECIAL

MATEUS 27.54

Sínodos Vale do Itajaí e Norte Catarinense Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil Ano XXXI • Número 4 • Abril de 2015 • Preço Avulso: R$ 2,50 • Tiragem desta Edição: 21.000 Exemplares Dietrich Bonhoeffer A importância do mártir 70 anos após sua morte NOSSOS MÁRTIRES / PÁG. 13 completamEncontrosTrombonesnacionais25anos HISTÓRIA / PÁG. 10 Jejum olhosQuaresmaDiaconalcomosdocoração SETE SEMANAS SEM / PÁG. 14 Ele de fato ressuscitou!

MEDITAÇÃOLEMADOMÊS:VerdadeiramenteesteeraFilhodeDeus

5243 P. GERMANIO BENDER / Joinville www.jornalocaminho.com.br

As mulheres, sempre colo cadas em segundo plano, tiveram papel crucial na semana da Páscoa. Sob a cruz de Jesus moribundo, os discípulos, todos homens, sumiram. As mu lheres estiveram lá... e suportaram até o fim. Elas o retiraram da cruz, Na Páscoa lembramos os acon tecimentos que envolvem os últimos dias de vida do Senhor Jesus. Para isso nos convida o lema do mês, frase dita pelo comandante de uma centú ria romana. Como encarregado de executar Jesus, o centurião conhecia bem as acusações que pesavam con tra aquele que estava pendurado na cruz. Pelo menos em dois momentos ele ouvira Jesus chamando Deus de seu pai. E agora, diante dos aconteci mentos extraordinários que observa aquele que antes havia permitido que o condenado fosse cuspido e escarnecido, reconhece e confessa lavaram as suas feridas, lhe deram um enterro digno. No domingo de manhã, ainda em profundo luto, quiseram embalsamar o corpo do SenhorAssim,morto.novamente presentes, tornaram-se as primeiras testemu nhas da razão da nossa fé: Jesus de fato ressuscitou! Ele vive! Uma nova manhã se apresenta, cheia de vida, de luz, de paz e de salvação! Aleluia! O mesmo sentimento moveu as mulheres Massai (MAS “falar”; SAI “pessoas”), o povo das “pes soas que falam” da África Oriental. Assim como as primeiras mulheres na manhã da Páscoa, elas dão teste munho da fé (pessoas que falam!), através de seus bordados de miçan gas sobre peles de cordeiro. Sua arte é como um espelho da alma, que reflete a fé e fala como elas sentem e entendem o sofrimento, a morte e a ressurreição de Jesus. As miçangas das mulheres Massai contam em detalhes como um ser humano é humilhado e vivencia a dor, o desespero, o so frimento e a solidão extremos. As suas miçangas não mascaram a dra mática história de sofrimento, dor e abandono que o Filho de Deus teve que enfrentar, antes da espetacular virada da manhã de Páscoa. Mas a sua arte narra também que este Senhor sofrido vence a morte; que veio a nós para estar ao nosso lado em toda dor, deses perança e solidão que sofremos na vida; mas também que vem trazer alegria e graça. Para elas, a cruz de onde retiraram o corpo do Senhor morto mostra que, apesar de toda dor e escuridão (miçangas negras), há esperança e vida (miçangas verdes). Para essas mulheres (as Massai e as da manhã de Páscoa), tudo não termina em cruz e morte, mas em ressurreição e vida. Que possamos ser Massai (pessoas que falam): “Ele de fato ressuscitou. Cristo Vive!”.

Algumas lições importantes ad vêm desse relato. Sempre podemos rever nossa opinião sobre quem é Jesus de fato. As grandes coisas que Deus realizou nos convidam a abrir nossos olhos e reconhecer quem Jesus é verdadeiramente. Neste tempo da Páscoa somos desafiados pelo testemunho do centurião romano a darmos o nosso próprio testemunho. Podemos ven cer nossos medos e receios e anun ciar que Jesus é verdadeiramente o Filho de Deus, que por amor a cada um de nós sofreu e morreu voluntariamente na cruz.

CAMINHO 30 ANOS Palestra e Culto marcarão os 30 anos do jornal O Caminho. O evento será na comunidade do bairro Itoupava Central, em Blumenau. Após o culto, haverá coquetel. Você é nosso/a convidado/a! GERAL / PÁG. 9 Para onde vai a IECLB com a comunicação

preSIdêNCIA dA IeClb Pastores Sinodais e a Se cretaria Geral da IECLB conhece ram a estratégia de comunicação da Presidência, em reunião de 9 a 14 de março. Sínodos indicarão parceiros de diálogo com o pastor Presidente. DESTAQUE / PÁG. 3

Celebração pascal em família nesta edição pÁSCOA Ressurreição, Força para a Vida é o tema da reflexão e cele bração para a Páscoa. Elaborada pela pastora Cristina Scherer, a celebração é preparada para uso na família. / PÁG.

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FUNDADO EM MARÇO DE 1985 Periódico publicado pelos Sínodos Vale do Itajaí, Norte Catarinense e Paranapanema, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB)

EVERALDO DA SILVA Sociólogo e Blumenauuniversitárioprofessor/SC 5244 CAMINHO ON LINE: www.jornalocaminho.com.br CONSELHO DE REDAÇÃO: P. em. Anildo Wilbert, P. Norival Mueller, Nivaldo Klein, P. em. Heinz Ehlert, P. Sin. Inácio Lemke, Pa Cristina Scherer, P. Sin. Breno Carlos Willrich, P. Dr. Osmar Zizemer, P. Renato Luiz Becker, P. Roni Roberto Balz, jorn. Tobias Mathies e Cat. em. Loni Driemeyer Wilbert. DIRETOR GERAL: P. em. Anildo Wilbert DIRETOR DE REDAÇÃO: P. Clovis Horst Lindner JORNALISTA RESPONSÁVEL: Anamaria Kovács DRT/RJ 12.783 proc. nº 40.187/75 REDAÇÃO FINAL: P. Clovis Horst Lindner e P. em. Friedrich Gierus (DER WEG) DIAGRAMAÇÃO: Mythos Comunicação IMPRESSÃO: Gráfica UMA – Soluções Integradas de Impressão CARTAS E ARTIGOS: caminho@mythos.art.br / (47) 3340-8081 (Redação) ASSINATURAS: Caixa Postal 6390 / 89068-970 BLUMENAU/SC / Fone/Fax ( (47) 3337-1110 (Comercial) REDAÇÃO: Rua Dr. Luiz de Freitas Melro, 395 / Sala 201, Edifício Columbia Center / 89010-310 - BLUMENAU - SC DISTRIBUIÇÃO: Rua Erich Belz, 154 - Bairro Itoupava Central - 89068-060 BLUMENAU/SC ANO XXXI / Nº 4 / ABRIL DE 20152 Natureza: Ciclo de sobrevivência CONCOrdA COMIGO? O CaminhO

FORMAS DE PAGAMENTO: Remeter cópia de comprovante de depósito bancário na conta da Associação Cultural Educacional Rodeio 12: Caixa Econômica Federal, Agência 2374, Conta Corrente Nº 1024-8.

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assinatura individual para cada exemplar.

COLETIVA (a partir de 15 assinaturas): R$ 15,00 cada, para pagamento mensal com boleto para dia 15 de cada mês. Abaixo dessa quantidade, preço

Terra Brasilis Não consigo compreender a defesa ferrenha que o pastor Clo vis Horst Lindner faz do socialismo (Terra Brasilis, página 13).

PREÇOS DOS ANÚNCIOS: Anúncio Comercial: R$ 6,30/cm2 Anúncio Particular: R$ 2,00/cm2 ASSINATURA INDIVIDUAL: R$ 60,00 FECHAMENTO DA PRÓXIMA EDIÇÃO: 10/04/2015 / Artigos encaminhados após esta data serão publicados no mês seguinte.

GILSON GROSCH - Blumenau/SC

Ja estamos em nossa nova casa e fazendo novos amigos. Todos esta mos muito felizes. Obrigado pelos votos. Abraços.”

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Importa focar o alvo e seguir adiante

Alfredo Malikowski

CArtAS

As florestas tropicais estão desaparecendo num ritmo muito acelerado; grande parte dos solos irrigados foram afetados pela ero são; o consumo de água doce é qua se o dobro de sua renovação anual; o direito de usar e desenvolver a diversidade estão sendo destruídos pelo controle dos governos, que são influenciados pelas empresas. O mais trágico é que, junto com a destruição do conhecimento, há uma destruição da consciência social e da esperança. As consequ ências já estão aparecendo. Já em 2004 li o livro “O Ouro Azul”, que já apresentava a escassez de água como um dos problemas futuros. Previsões indicam que em 2025 1,8 bilhão de pessoas, na maioria habitantes do Oriente Médio, do norte da África, do sul da Ásia e da China, enfrentarão escassez ab soluta de água. Entre outras coisas, terão que desviar água da irrigação e da produção de alimentos para o consumo doméstico. Na Índia, por exemplo, entre as várias etapas da globalização eco nômica, a água está sendo tratada e comercializada como mercadoria. Sob pressão do FMI e do Banco Mundial para garantir receitas para o pagamento de suas dívidas, o governo indiano está vendendo direitos de água para corporações internacionais. Vale a pena ressaltar que isso não está apenas ocorrendo na Índia, mas na maioria dos países do terceiro mundo. O que estamos vendo não é consequência apenas da ausência de recursos físicos e técnicos ou culpa do clima. Há também ausên cia de planejamento, regulamenta ção e vontade política. Muitos governos não sabem como tratar da questão social e ecológica, tenho minhas dúvidas quanto à econômica. Assim, esta mos hoje diante de uma nova crise civilizacional e ecológica.

Um dos maiores problemas está na própria condição do homem dentro de uma sociedade que vive do consumo. O homem acaba per dendo o referencial do certo e do errado e, principalmente, alguns perdem o entendimento da graça de Deus. Não me falta otimismo. Minha preocupação é o que acontecerá se a sociedade não responder e, se não responder rapidamente, o que será das gerações futuras? Dentro da natureza existe um ciclo de sobrevivência; muitas ve zes parece que o homem se coloca fora desse ciclo, se colocando numa posição de raptor, de parasita. A sociedade civil deve to mar a frente em todos os níveis. Certamente, debatendo com as universidades e seus pesquisado res, mas acima de tudo deve ficar numa posição de tomar a iniciativa e pressionar por mudanças reais, iniciando por cuidar e respeitar nossos irmãos de fé.

Este mês também nos faz focar os 30 anos do jornal O Caminho, com pletados em março. Somos gratos a Deus pelas bênçãos na elaboração, dia gramação, no escrever de textos, na distribuição e leitura, enfim, na parceria entre o Conselho de Redação, colaboradores, autores de textos, leitores! Isto será celebrado no dia 18 de abril conforme programação na página 9. O Caminho tem consciência de que é preciso ter foco. Saber em qual direção caminhar, pois pesquisas mostram que organizações que vencem em tempos desafiadores, têm suas metas constantemente revisadas e alvos claramente definidos, bem como um forte acompanhamento dos resultados. O exemplar em suas mãos também nos convida a dirigir os nossos olhares para a questão hídrica em nosso país (página 3). Simultaneamente temos sérios sofrimentos causados pela falta de água, seca ou pelas enchentes. Como nós focalizamos a questão da água? Temos uma atitude consciente e responsável com o uso da água? Boa leitura a todos e o convite a focali zarmos, juntos, nos próximos anos o jornal O Caminho!

O sistema capitalista é falho, isto é inegável, mas o que dizer do socialismo, invariavelmente marcado pelo declínio econômico das nações que o adotaram? O que é são esses movimentos de abertura Cubano e Chinês, a não ser confissões tácitas de que o capitalismo é o menor dos males possíveis? Agora o que incomoda mais ainda é o ataque que o pastor Lind ner empreende a outros cristãos por não partilharem da sua visão da realidade. Que tal nos apresentar como é a divisão da riqueza/pobreza nos países comunistas? A Oxfam não apresenta estes números por quê? Impossível, não é? Eles não deixam! É um segredo guardado a sete chaves. Decerto, para não despertar inveja e serem invadidos por verdadeiras hordas buscando melhores oportunidades de vida.

P. em. ANILDO WILBERT, Diretor Geral / Florianópolis

leMA dO MêS Se Deus é por nós, quem será contra nós?” Na Páscoa focamos e celebramos a Cruz e a Ressurreição. Páscoa é o fundamento da nossa fé. Páscoa é indispensável.

Opinião ROMANOS 8.31 edItOrIAl

Iniciamos o mês de abril em plena Semana Santa, semana que ante cede a Páscoa. Faz lembrar que os discípulos de Emaús puseram se a caminhar tão logo tinham ouvido a notícia de que Jesus ressusci tou. Estavam perplexos. O fato da ressurreição foi algo inusitado, renovador para os discípulos. Impulsionou os a vislumbrar novas pers pectivas de vida, iniciando com o compartilhar da ressurreição. Como nós entendemos e celebramos a Páscoa? Que tal darmos a nós mesmos a oportunidade de participar nas pro gramações que as comunidades oferecem nesta época, em especial o culto como programação central? Pois importa ouvir, sempre de novo, que Deus amou tanto o mundo, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crê não morra, mas tenha a vida eterna (João 3.16). Sim, Deus o deu na cruz, mas o ressuscitou! Na Páscoa focamos e celebramos a cruz e a ressurreição. Páscoa é o fundamento da nossa fé. Se não houvesse a Páscoa, a cruz não faria sentido. A convicção de que a cruz significa salvação, na verdade, é compreensível somente à luz da Páscoa. A cruz sem a Páscoa significa o fracasso total de Jesus. E assim a nossa alienação e culpa não seriam anuladas. E toda a nossa fé perderia sua base e seu fundamento, como o expressou o apóstolo Paulo: E, se Cristo não ressuscitou, é vã a pregação e a fé (l Coríntios 15,14). Enfim, Páscoa é indispensável! É estupenda! É culto!

O pastor Alfredo Malikowski, que mudou-se com a família para assumir a comunidade de Schan dorf-Alemanha, deixou recado em sua página no Facebook: “Fizemos Boa viagem, muito bem recebidos.

Crise é causa da falta de água num país de abundância hídrica

Pastor presidente Nestor Friedrich, ladeado pelos vices Inácio Lemke e Silvia Genz; à direita, a secretária-geral da IECLB, Ingrit Vogt.

No culto de encerramento do encontro de pastoras e pas tores sinodais e Presidência da IECLB, no mês de março, cada pastor(a) sinodal recebeu uma vela colorida diferente, que foi acesa na vela do altar lembran do o envio de Jesus para sermos a sua luz no mundo.

Enfim, com seus gestos, atitudes e palavras, ele distri buiu vida ali onde estava e com quem estava. Essa vida passa pela doação, do morrer para si e ressuscitar para vida plena, aqui e também na eternidade. Assim Jesus revelou-se A LUZ do mundo. Comunidade é Luz Essa nova vida é buscada e praticada em nossas comuni dades. A comunidade é onde se manifesta a vida de Cristo neste mundo, é espaço de acolhida, de paz, de harmonia, de valori zação de cada pessoa com sua particularidade, com seus dons, seus pontos fortes e fracos.

Presidência expõe planos de comunicação a pastores sinodais

RODRIGO MAX BERGER / Sta. Ma de Jetibá/ES bem como a liberação de crédito para equipamentos de irrigação e a concessão de novas outorgas de uso d’água. Essa crise nos remete à reflexão de um passado recente de caos em nosso Estado. Em dezembro de 2013, o Espírito Santo passou pelo maior índice de chuvas da história, no fenômeno chamado “bolha oceânica”, espalhando o pânico e matando pessoas. Naquela ocasião, milhares de pessoas foram atingidas e houve solidariedade a tal ponto que o poder público pediu para que cessassem as doações.

AtuAlIdAde

dia do encontro, o tema da comunicação foi conduzido pelo pastor Dr. Nestor Friedrich, presidente da IECLB. Na sua fala, Friedrich lembrou que o tema do ano da IECLB é “Igreja da palavra - chamad@s para comunicar” e o lema que o acompanha: “Então, Jesus perguntou: sobre o que vocês estão conversando pelo caminho?”. Nessa perspectiva segundo ele, “para a igreja, comunicação é temáti ca fundamental, tendo em vista a sua missão fundamental de comunicar o Evangelho de Jesus Cristo”. O pastor presidente comparti lhou as ações mais recentes execu tadas pela área de Comunicação da Presidência, como uma pesquisa de avaliação, enviada a um público bem heterogêneo em termos de gênero, idade e ocupação profis sional, contemplando presbíteros, ministros, ministras e membros em geral. Em breve, os dados coletados serão mapeados com vistas ao le vantamento de metas e prioridades para os próximos anos de gestão. O Portal Luteranos (www.lu teranos.com.br), o Jornal Evangé lico Luterano e a revista Novolhar foram citados como importantes meios de comunicação e fontes de pesquisa a serviço da igreja. O uso das redes sociais como ferramentas de missão da igreja foi um capítulo importante na discussão, aberta à opinião dos pastores e pastoras sinodais. Tanto foi discutida a possibilidade de a IECLB ter a sua página oficial no Facebook, com riscos e benefícios envolvidos, quanto à forma inade quada como pessoas ligadas à igre ja têm se portado nas redes sociais, expondo a si próprios ou a IECLB publicamente, com discussões que não contribuem no processo. Ficou definido que a IECLB vai providenciar orientação sobre o bom uso dessas ferramentas de comunicação e enviar aos sínodos para multiplicação às paróquias e comunidades. Importante encaminhamento do debate foi a decisão de que cada sínodo indicará uma pessoa para ser representante sinodal da área de comunicação junto à Presidên cia da IECLB, visando melhorar o fluxo de informações, a qualifi cação das ações e a promoção de iniciativas.

Pensepalavras”sempre“PreguemPáscoa.oEvangelhoe,senecessário,usem(FranciscodeAssis).nisso.

5245 ANO XXXI / Nº 4 / ABRIL DE 2015 3O CaminhO FalaSIGFRIDSinodalBAADE Sínodo Vale do Itajaí Blumenau / SC Destaque IeClb REPRESENTANTES SINODAIS devem tratar de Comunicação com a Presidência

Não é de hoje que ouvimos dizer que uma próxima guerra pode ser gerada por uma crise hídrica. Talvez isto seja verdade, mas a cri se hídrica é muito mais uma crise política do que necessariamente falta de chuvas. A crise hídrica na região Sudeste é o reflexo da falta de planejamento e de políticas pú blicas, necessárias para ações de controle e de eficiência no trato com a Muitoágua.mais do que a falta de campanhas permanentes e realmente eficientes de educação ambiental sobre economia de água, faltam obras e ações que minimizem os efeitos da seca. Dentre eles, a remuneração por serviços ambientais a agricultores que têm cobertura vegetal em suas propriedades e que contribuem para a preservação das nascentes; a pavimentação asfáltica de estradas vicinais, evitando o assoreamento dos rios com partículas de casca lho; bem como o estabelecimento de regras e enquadramentos para fiscalização da irrigação agríco la, do desperdício e da falta de eficiência hídrica na indústria, no comércio e nas residências. Embora haja várias discussões em trâmite, sobretudo sobre as prioridades de investimento a curto e médio prazos, os projetos pro postos são atrapalhados pela crise política e econômica que vivemos, o que nos faz pensar que se não houver chuva em proporções ade quadas, o problema irá persistir. Esta é a pior seca dos últimos 40 anos. Só na agricultura, os prejuízos são estimados em apro ximadamente 1,8 bilhão de reais só no Espírito Santo. Os principais rios que abastecem mais da metade da população capixaba atingiram volume muito abaixo do limite crítico no mês de janeiro. Esse panorama fez com que o governo determinasse que o forne cimento de água para o consumo humano fosse priorizado, exigindo também que as companhias de abastecimento revisassem seus contratos com o setor industrial. No setor agrícola, foram proibidas novas instalações de irrigação,

Pouco mais de um ano depois, a situação é totalmente contrária, mas nem um pouco menos desa fiadora. Talvez os desafios sejam ainda maiores. Iremos todos refletir nossas ações, admitir nossos erros e transformar nossos projetos em ações, para que não mais sejamos afetados pelos fenômenos climá ticos que virão em escala ainda mais imprevisível. Afinal, as cir cunstâncias climáticas atuais não estão apenas relacionadas ao trato com o meio ambiente no Espírito santo, mas em todas as regiões do planeta.

Neste mês celebramos a Páscoa de Jesus, a vitória da vida sobre a morte. Assim sen do, a Páscoa me leva a pensar na vida de nossas comunidades. A comunidade é o centro da irradiação da vida trazida e revelada por Jesus Cristo. Ele valorizou de forma igualitária a vida. Deu espaço para homens, mulheres, crianças. Olhou nos olhos e buscou comunhão com quem se considerava justo, mas também com quem era consi derado pecador. Importou-se com os sãos e com os enfermos. Jesus abraçou, pegou no colo, tocou e se deixou tocar. Ensinou com sabedoria e autoridade.

Na comunidade, onde essa diversidade é respeitada e buscada, se percebe um colorido todo especial. Juntas, as pessoas se completam e refletem o brilho da luz de Cristo neste mundo. A mesma luz que brilhou do túmulo de Jesus na

APresidência da IECLB apresentou seus planos de comunicação aos pastores sinodais e à Secretaria Geral da IECLB. Os principais pontos foram detalhados durante a reunião de 9 a 14 de março de 2015, na Casa Matriz de Diaconisas, em São Leopoldo/RS.Noterceiro

O autor é biólogo, especialista em Planejamento e Conservação Ambiental, Secretário Municipal de Meio Ambiente de Santa Maria de Jetibá/ESA dramática crise hídrica capixaba se evidencia na baixa vazão dos rios. Viva a Páscoa!

Oitavo encontro de ministras reuniu 17 mulheres em Massaranduba.

No domingo, 8 de março, o pastor Dari Jair Appelt foi instalado na paróquia de Timbó. O pastor Dr. Emilio Voigt, representando o pastor sinodal em exercício Sigfrid Baade, conduziu o ato de instala ção, que teve como assistentes o ex pastor sinodal Nelso Weingärt ner e a pastora Mirian Ratz, que é colega de Appelt em Timbó. Na pregação, Appelt baseou se em Lucas 5.1 11. “Três coisas são necessárias na prática da esperança: paciência, perseverança e confiança. O evangelho nos lembra disso e nos convida para uma pescaria diferen te. Tenho certeza que, unindo forças e conhecimentos, saberemos con tribuir na causa do Reino de Deus. Quem sabe precisamos descobrir no estudo da palavra de Deus, onde ficam as águas mais profundas para lá lançar as redes”. O pastor Dari tem 58 anos e é casado com Renita. O casal tem três filhos: Pablo Andrei, Matias Djalma e Tobias Rafael. Formouse em 1981 em Teologia, em São Leopoldo/RS, e fez pós graduação no IEPG em Aconselhamento e Psicologia Pastoral. Foi pastor sinodal do Sínodo Noroeste Rio grandense de 1997 a 2006 e atuou em Curitiba Norte (2007 2014), Três de Maio/RS (1993 1996), Coronel Barros/Ijuí/ RS (1987 1993) e Filadélfia/Ipira/ SC (1982 1987). Também foi vice pastor regional da extinta Região Eclesiástica III, em Panambi/RS e pastor distrital do extinto Distrito Eclesiástico de Ijuí/RS.

Na noite de 28 de fevereiro, o pastor Valmor Wein gärtner se desligou das atividades regulares do exercício do ministério na IECLB, ingres sando na aposentadoria. Após 19 anos como pároco da paróquia Blumenau Centro, deixou grandes marcas e legados importantes para a vida“Ocomunitária.cristãonão vive daquilo que ele mesmo faz, mas daquilo que Deus faz. Ser cristão é em primeiro lugar receber”, disse Weingärtner durante sua pregação de despedida. Weingärtner serviu no minis tério por mais de 43 anos, como professor catequista e pastor. Formou se catequista em Ivoti (RS), em 1972, e foi trabalhar na paróquia de Brusque. Dois anos depois, já assumia funções pastorais, assumindo como pastor auxiliar no segundo pastorado de Brusque. Fez curso intensivo de férias na Faculdade de Teologia e foi ordenado pastor em 1979, em Brusque, onde permaneceu por 14 anos. Entre 1985 e 1996 atuou na Paróquia Bom Pastor, em Joinville. Na sequência, transferiu se para a Paróquia Blumenau Centro.

ARQUIVO

ODAIR BRAUN, pastor sinodal do Paranapanema, recebeu a pastora Karen com os conselheiros Heinz Löwen e Rubens Hering. Possíveis parserias pretendem trocar experiências dos trabalhos de férias nas praias dos dois países.

Pastor Dari Appelt é instalado em Timbó

O pastor Valmor foi pastor distrital do Distrito de Joinville, coordenador ministerial da Comu nidade Evangélica de Blumenau e capelão hospitalar. “Uma das grandes intensões é caminhar com a liderança da paróquia, no sentido de que o projeto da igreja não é de pastor, mas da Comunidade. Projetos de pessoas acabam. Pro jetos comunitários sobrevivem, por serem mais democráticos e evangélicos”, destaca. Em seu ministério, Weingärtner destaca a ajuda valiosa que sempre recebeu de sua esposa Sônia e da família. O ato de desinstalação e envio para a aposentadoria foi oficiado pelo pastor sinodal em exercício do Sínodo Vale do Itajaí, Sigfrid Baade. Última pregação como pároco. No dia 20 de fevereiro, 17 ministras da IECLB participaram do oitavo Encontro Sinodal das Ministras do Sínodo Norte Catari nense. O encontro deu-se em Mas saranduba/SC, na casa pastoral. O tema do encontro foi “Contação de Histórias”, com apresentação da catequista Liane Zwetch Klamt. O tema levou o grupo a debater sobre os estereótipos das histórias e como cada pessoa pode dar-lhes um fim de acordo com sua visão. Após delicioso almoço na casa pastoral, o grupo tratou de temas da caminhada ministerial. As mi nistras também reuniram propostas de atividades pelos 500 anos da Reforma para grupos e comunida des do sínodo. Ministras encontram-se

5246 ANO XXXI / Nº 4 / ABRIL DE 20154 O CaminhO Gente e Eventos MINIStÉrIO OrdeNAdO

Dari já foi pastor sinodal no RS.

O PROJETO DORCAS da Paróquia Cristo Redentor de Curitiba também, foi colocado na lista de possíveis parcerias. O Projeto Dorcas é um trabalho da comunidade luterana da capital paranaense com pessoas em áreas de risco, socialmente vulneráveis.

Fritz Vogt , coordenador do trabalho entre jovens no Decana to de Hungen, da Igreja Luterana de Hessen e Nassau, faleceu na terça-feira 24 de fevereiro em sua residência, em Lich/Alemanha. Vogt foi o idealizador, ao lado do pastor Günter Boebel, do in tercâmbio entre jovens da IECLB (Segunda Região Eclesiástica) e da Alemanha nos anos de 1986 e 1987. Os participantes brasileiros daquele intercâmbio foram os pastores Egberto Schwanz, Gunter A. Boebel e Clovis Horst Lindner, bem como os jovens Roberto Boebel, Edson Ponick, Christina Elisabeth Pieritz Hartmann, Char les Karrer, Irio Krueger, Martin Schwanz, Lauriston Brey, Edel traut Engfer, Judit Hoppe e Sandra Koehntopp.FritzVogt foi um dedicado lider a serviço de sua igreja no trabalho entre crianças, adolescentes e jovens. Dedicou toda a sua vida a esta missão. Além de muitas ge rações na Alemanha, ele também marcou a vida dos que participaram daquele intercâmbio, além de estar registrado também na lembrança dos 180 jovens que participaram do Acampamento Regional da JE em Braço do Trombudo, nos dias 6 a 11 de fevereiro de 1987. Fritz Vogt, que foi vítima de infarto, deixa enlutada a esposa Erika e uma filha.

DIVULGAÇÃO O CAMINHO

Fritz Vogt e sua esposa Erika, em companhia do pastor Clovis Lindner FAMILIAR

Flashes KAREN BERGESCH, pastora brasileira que atua no departamento da América Latina na igreja do Norte da Alemanha, esteve em Curitiba em fevereiro. Alinhavou parseria entre a igreja alemã e o Sínodo Paranapanema.

HOMeNAGeM pÓStuMA Fritz Vogt, uma vida inteira dedicada aos jovens na Alemanha DIVULGAÇÃO O CAMINHO

MINISTRAS em peso no encontro do Norte de SC

DIVULGAÇÃO O CAMINHO

Pastor Valmor entra na aposentadoria

de Teologia Notícias Breves

Edital de COMUNHÃOConvocaçãoMARTIM LUTERO

De acordo com o previsto no Artigo 15, inciso I do seu Estatuto convoco os membros da COMUNHÃO MARTIM LUTERO para a Assembleia Geral Ordinária da mesma. Data.: 18 de abril de 2015. Horário: 08h30 em primeira convocação; e 09h00 em segunda e última convocação. Local: Centro de Formação e Convivência Catarina von Bora, sito à Rua Erich Belz, 161 (defronte à Livraria Martin Luther/Gráfica e Editora Otto Kuhr Ltda.), Bairro de Itoupa va Central – BLUMENAU/SC. Ordem do Dia: 1. Abertura e Meditação 2. Leitura da ata da assembleia anterior 3. Relatório do Conselho Administrativo 4. Prestação de contas da Tesouraria 5. Diversos Blumenau, 06 de março de 2015 P. Dr. Osmar Zizemer (Presidente do Conselho Administrativo) Nos dias 7 e 8 de março, as irmãs que moram na Casa Matriz de Diaconisas, em São Leopoldo/ RS tiveram o prazer de encontrarse com aspirantes à Irmandade. As pastoras Renate Gierus (São Leopoldo e Beatriz R. Haake (Pe lotas), a catequista Ires Lausmann (São Leopoldo), e as estudantes de Teologia Rejane A. Frank, Cristina Lückemeier e Paula Trein, participaram para integrar-se à irmandade. Para a pastora Beatriz, “foi uma oportunidade para conhecer mais de perto a rotina da casa e o dia-a-dia de algumas irmãs. Além de estreitar os laços, percebeu-se a integração de pessoas novas ao aspirantado, sinalizando o cres cimento do grupo e um maior interesse pela irmandade”. Durante o retiro, foram tratados temas como o resgate de histórias de vida de irmãs que deixam seu testemunho como exemplo de ser viço a partir da fé. Houve também um momento de conversa e refle xão sobre a espiritualidade, com o pastor orientador da Casa Matriz, Osmar Witt, tematizando dons do Espírito Santo: paz, mansidão e au todomínio. O grupo de aspirantes e irmãs tratou também do modelo de aspirantado, buscando seriedade e comprometimento.

CASA MAtrIz de dIACONISAS

dISSerAM Nada de taxas especiais CASAMeNtOS “O Google transformouse no maior instrumento de vigilância que a humanidade já viu. As pessoas não conseguem se proteger disso.” JULIAN ASSANGE, Fundador do Wikileaks. recebe pastoras, catequistas e estudantes

ANO XXXI / Nº 4 / ABRIL DE 2015 5O CaminhO Geral IRMANDADE

O Conselho Sinodal do Sínodo Vale do Itajaí decidiu proibir a cobrança de taxa para realizar casamentos ao ar livre ou em locais especiais. Algumas comunidades vinham cobrando taxa para incentivar os noivos a usar o templo. Ministros somente poderão receber despesas de locomoção e hospedagem. Sem maioria nos EUA evANGÉlCOS Os cristãos evangélicos não são mais a maioria nos EUA. Reduzidos a 47% da população, em 1960 dois de cada três ame ricanos ainda eram evangélicos. Os católicos hoje são em torno de 22% da população. O maior crescimento experimentou o grupo dos sem religião. Em 13 estados eles até são a maioria. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, anunciou no dia 3 de março que a Mesa Diretora revogou a autorização de compra de passagens aéreas para cônjuges de deputados. A mobilização popular de 560 mil assinaturas foi o principal motivo de sua queda. Viajar de graça, não! MOrdOMIA

Novas aspirantes à irmandade participam de encontro em São Leopoldo CultO INFANtIl Vale do Itajaí reúne orientadores principiantes em seminário de formação

O Sínodo Vale do Itajaí reu niu orientadores e orientadoras de culto infantil num seminário para iniciantes, no dia 1º de março. O en contro reuniu 64 pessoas de todos os setores do Sínodo, nas dependências da comunidade luterana do bairro Itoupava Central, em Blumenau/SC.

O objetivo foi integração e formação para atuar com crianças. O encontro foi coordenado pela pastora Louvani Kuhn Hirt, de Benedito Novo/SC, que é a orientadora espiritual do Departamento de Culto Infantil da Pastoral da Criança e da Juventude do Sínodo.

publICAçõeS

Novolhar supera crise e atinge quase cinco mil assinaturas Com 4.800 assinaturas sen do renovadas neste ano, a revista Novolhar supera a crise vivida em 2013, quando a Editora Sinodal ameaçou encerrar a revista. Com o empenho decisivo da Direção da IECLB e dos pastores e pastoras si nodais, a revista recuperou a sáude editorial. A edição de número 58 está chegando aos assinantes em todo o Brasil, abordando nas repor tagens de capa o Tema do Ano da IECLB. Se você ainda não assina a Novolhar, eis a oportunidade de ter em casa leitura de qualidade, com conteúdos variados. Entre em contato com o seu pastor ou assine pelo site www.novolhar.com.br

A paróquia de Rio Negro/Mafra reuniu seus grupos de mulheres na comunidade de Itaiópolis, que preparou toda a celebração, sob a coordenação do missionário Adilson Raasch. Um grupo de 92 pessoas viu a encenação do lava-pés, oraram, cantaram e celebraram. Após o culto, desfrutaram de uma deliciosa comu nhão de mesa. Além da participação dos grupos locais, participaram visi tantes da Comunidade da Lapa/PR. Participaram os pastores Jairo L. M. dos Santos, Airton Hermann Loeve (Lapa), e o vice presidente do Síno do Norte Catarinense Elói Witt.

DIVULGAÇÃO O CAMINHO

No Sínodo Vale do Itajaí também foram realizadas cele brações em diversas paróquias pelo Dia Mundial de Oração. Na comunidade de Warnow, da União Paroquial de Indaial/SC, foi realizada uma celebração ecu Warnow faz celebração ecumênica com católicos mênica em conjunto com a Igreja Católica. Neste ano, a celebração foi na igreja Nossa Senhora Apa recida, com participação do Padre Marcelo Martendal. A celebração ecumênica já tem tradição na co munidade.

Na Paróquia Litoral Norte Catarinense o DMO foi celebrado com a comunidade local de Barra do Sul e São Francisco do Sul/SC. As mulheres partilharam dons e criatividade na ornamentação do altar com conchas, flores e tons de azul, vestimentas coloridas e confecção de cruzes com conchas do mar, o símbolo nacional de Bahamas, o flamingo.

Um pedaço do mundo luterano em suas mãos

www.jornalocaminho.com.br dIA MuNdIAl de OrAçÃO

Celebrações marcaram o dia A Páscoa e a Mulher Dois textos, um sobre a Pás coa e outro sobre a mulher: “A vida vai dizendo que é preciso viver, mesmo que a vida seja pouca. Mesmo que a corri da seja louca, mesmo que o ar seja impuro. Mesmo que andar seja inseguro e mesmo que o bom dia seja mudo. É preciso viver... porque o viver morrendo pode ser um morrer renascendo. Pode ser um ressurgir do nada, no meio da estrada. Pode ser ressurreição. E porque não?” (autor nosassabemos“Essasdesconhecido).mulheres!Nósque,seprecisofor,mulherespintamcéusazuisdiasmaisnubladosdesuas vidas. E se a meada dos fios que tecem se embaraça, elas pacientemente a desmancham e começam a fiar outra vez. Se a colheita se perde, elas fazem outra semeadura. Elas são ca pazes de desenhar portas aber tas em paredes fechadas; rasgar frestas onde não há saída, para poder continuar acreditando na vida” (Vera Weissheimer). Ambos apontam para a vida e para a liberdade que cada pessoa tem de renascer; de rein ventar onde não há; de acre ditar onde a esperança parece impossível. Páscoa é assim: é um broto na rama seca. Um abraço no meio da discussão. Um sorriso em lágrimas. Mulher também é assim: tenta, aguenta, persiste, teima, segue no escuro, confiando. Sua luz é a esperança de que as coisas podem mudar. Acredita na transformação. Vive trans formando o quarto, as roupas, a cabeça dos homens, a vida ao seu redor. Mulher acolhe e segura, mesmo os espinhos de uma relação, porque ama e acredita um dia em ser amada. Mulher acredita na Páscoa do dia-a-dia, na luz em meio às trevas e na esperança em meio ao caos da vida. Páscoa! Pala vra feminina. Graça divina que anima e transforma. Que insiste em nascer, qual útero que trans forma semente em gente.

ODia Mundial de Oração, na primeira sexta-feira de março, dia 6, foi celebrado em muitas comunidades da IECLB. Diversos relatos de celebrações, cultos e eventos foram enviados à Redação do Caminho. A seguir, publicamos um extrato de alguns desses relatos. Diversos vieram do Sínodo Norte Catarinense. Rio das Antas/SC optou por realizar a celebração no culto do domingo seguinte, utilizando os muitos elementos que lembram o arquipélago das Bahamas, famoso por suas praias paradisíacas e a indústria do turismo. A celebração também lembrou o sofrimento das mulheres mundo afora. A participa ção das mulheres tornou a celebra ção dinâmica, tudo preparado pelas senhoras da OASE. Jaraguá do Sul/SC organizou um culto ecumênico, com liturgia conduzida por mulheres da Igreja Evangélica Luterana do Brasil e da IECLB. A celebração aconteceu na Comunidade Cristo Salvador da Paróquia Barra do Rio Cerro. Mulheres com simbologia das Bahamas em São Francisco do Sul/SC. Houve leituras, dramatização, hi nos, oração, cores, gestos, sabores. Participaram 185 pessoas e após o culto houve um coquetel no centro comunitário. Em vista de, neste ano, a data ficar próxima do Dia Internacional da Mulher, que caiu no domingo 8 de março, os grupos de OASEs de Itapoá e Garuva/SC decidiram unir as duas celebrações. Em Itapoá, o culto aconteceu no sábado (07/03) com a participação especial das irmãs Cleusa e Cleide, da Ordem Franciscana de Santa Clara. Em Garuva, a celebração foi no do mingo (08/03). Os jovens da Banda Éptymos entoaram o louvor. A coor denadora do Projeto Missão Criança (Jardim Paraíso/Joinville) Eunice Deckmann pregou sobre o lava-pés. Nos dois encontros as mulheres foram homenageadas, recebendo flores. Participaram 72 pessoas em Itapoá e 145 em Garuva. Em Piçarras/SC as mulheres organizaram um evento junto com os grupos de Barra Velha e Arma ção. Uma tarde especial reuniu 60 pessoas, com a apresentação das 25 ilhas das Bahamas representadas por 25 mulheres com roupas colo ridas, como sugerido pelo comitê das mulheres que elaboraram o livreto. Foi lida a mensagem e feita a dramatização do lava-pés com Jesus Cristo e os discípulos repre sentados por 12 mulheres com suas respectivas necessidades .O pastor Rolf Jantsch passou alguns slides com fotos daquele país e seu povo, sua arte e cultura sistema educativo e religião. Uma confraternização com café encerrou a tarde.

Coluna compartilhada pela diácona Nádia Mara Dal Castel de Oliveira e pela artista

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plástica Elfriede RakkoANOEhlert.XXXI / Nº 4 / ABRIL DE 20156 O CaminhO Mulher GRUPOS DE OASE iniciam as atividades em março Reflexão NÁDIA MARA DAL CASTEL DE OLIVEIRA Diácona, Joinville / SC HÁ 30 ATRANSFORMANDOANOSIGREJAEMNOTÍCIA

Como pastores, somos convidados para casamentos. Sempre que podia, aceitei tais convites. Era uma chance de conhecer mais de perto os parentes dos noivos e de estar entre o povo para conhecer as pessoas nas rodas de conversa. Mas, quando começava o baile eu costumava fugir. Não porque isso não me agradasse, pelo contrário. Eu simplesmente não suportava a música ensurdece dora. Para se fazer entender, era preciso gritar. Não faz sentido. Além do mais, depois vem a dor de cabeça e qualquer diálogo é simplesmente impossível. Este barulho ensurdecedor também nos persegue em festas de igreja. Barulho como Praga Em festas em qualquer lugar, erguem uma tal cortina de som nos bastidores que encobre a nossa fala. Eu, pelo menos, fico bem nervoso com isso e me recolho ao silêncio do meu lar. Mesmo lá, entretanto, o barulho me alcança. A qualquer hora, própria ou imprópria, especial mente nos fins de semana, altofalantes gritam em meus ouvidos os preços mais baixos dos mercados próximos. Oferecem de picolé a verduras e batatas bem baratinhas. Em seguida vem o próximo carro de som, convocando para a assembleia extraordinária da sociedade de caça e tiro. Dessa maneira um apelo imperdível após o outro é empurrado para dentro dos compartimentos do nosso marti rizado cérebro. O barulho torna-se cada vez mais uma praga da nossa sociedade. Eu me admiro que haja tantas pessoas que nem se incomodam mais com isto. Ao contrário, onde reina o silên cio, logo se produz barulho. As pessoas nem suportam mais a quietude. Isto é um sinal de desequilíbrio espiritual. Eu per cebo o barulho do nosso tempo, nas fábricas, espaços de entrete nimento e em casa, onde o rádio e a TV criam a cortina de som o dia todo, como um sério risco para a nossa saúde.

Wahrlich, dieser ist Gottes Sohn gewesen! 5249 KGebetrItISCH beObACHtet P. em. FRIEDRICH GIERUS / Blumenau Tradução: CLOVIS HORST MATTHÄUSLINDNER27,54 Lieber Herr Jesus! Bis heute haben wir Menschen Schwierigkeit Deinen Tod am Kreuz zu verstehen. Öffne uns die Augen und stärke uns den Glau ben, dass du mit deinem Sterben dem Tod alle Macht genommen hast. Amen. Kraft, die aus der Stille kommt Olhar Crítico A força que vem do silêncio Jahrgang XXXI • Nummer 4 • April 2015 Monatsspruch

Es wundert mich, dass es so viele Menschen gibt, die das gar nicht mehr stört. Im Gegenteil, wo es still ist, wird Lärm produziert. Denn unsere Mitmenschen halten die Stille gar nicht mehr aus. Das ist ein Zeichen seelischer Unaus geglichenheit. Ich sehe in dem Lärm unserer Zeit, sowohl in den Fabriken, wie in den Vergnügungs zentren, als auch zu Hause, wo den ganzen Tag entweder Radio od. Fernsehen die Ge räuschkulisse stellen, eine ernsthafte Gefahr für unsere Gesundheit.

Als Pastor wird man mei stens eingeladen, wenn Hochzeit gefeiert wird. So weit mir das möglich war, habe ich diese Einladungen auch angenommen. Hatte ich doch Gelegenheit, die Verwandten der Brautleute etwas näher kennen zu lernen und überhaupt unterm Volk zu sein, um im Gespräch Bekanntschaften zu machen. Wenn allerdings der Tanz anfing, bin ich meist ausgerissen. Nicht weil es mir nicht mehr gefallen hätte. Im Gegenteil. Ich hielt ein fach den Lärm der Musik nicht mehr aus. Um sich zu verständi gen muss man schreien wie ein Brüllaffe. Was soll’s. Außerdem bekommt man Kopfschmerzen und alle Unterhaltung ist praktisch unmöglich. Dieser ohrenbetäu bende Lärm verfolgt uns auch auf Kirchenfesten. Lärm als Plage Wo immer Feste gefeiert werden muss eine Geräuschku lisse im Hintergrund so stark aufgebaut sein, dass es einem die Sprache verschlägt. Ich jedenfalls werde ganz nervös dabei und suche Zuflucht in der Stille der Wohnung. Aber da erreicht mich auch der Lärm. Zu Zeiten und Unzeiten, vor allem am Wochenende, dröhnen die niedrigsten Preise der umliegenden Super märkte über Lautsprecher ins Ohr. Speiseeis, Gemüse und billige Kartoffeln werden ange boten. Dann kommt das nächste Lausprecherauto und lädt zur außerordentlichen Versammlung des Schützenvereins ein. So dringt ein unüberhörbarer Appell nach dem anderen in die Gehirn windungen unseres gemarterten Kopfes ein. Der Lärm wird immer mehr zur Plage unserer Gesellschaft.

Silêncio como Alegria Estamos no meio do tempo da paixão. É um tempo em que somos convidados a nos libertar por algum tempo de coisas que se tornaram uma segunda natureza para nós. Coisas às quais nos acostumamos de tal modo, que nem percebemos mais o quanto já nos tornamos dependentes delas. Também a música em volumes absurdos pode tornar-se uma necessidade sem a qual não conseguimos mais viver. Em Isaías temos uma palavra que nos convida a silenciar: Em vos converterdes e em sosse gardes está a vossa salvação; na tranquilidade e na confiança a vossa força (Isaías 30.15). Sossegar, exercitar o silenciar. buscar Deus na tranquilidade. É disso que vem a força. Devíamos tentar isso diariamente. Desco briremos então o segredo que deu forças a Jesus para suportar a cruz. E na Páscoa poderemos anunciar e cantar com alegria e corações equilibrados: Cristo res suscitou. Ele de fato ressuscitou.

Stille als Freude Wir stehen mitten in der Passionszeit. In der Passionszeit sind wir alljährlich eingeladen sich zeitweise von Dingen zu befreien, die zur zweiten Natur geworden sind. An die wir uns so sehr gewöhnt haben, dass wir gar nicht merken, wie abhängig wir schon geworden sind. So kann auch der Lärm in Form von lauter Musik zu einer Notwendigkeit werden, ohne die wir nicht mehr leben können.

Bei Jesaja finden wir ein Wort das uns auffordert stille zu sein: Durch Stille sein und Hof fen würdet ihr stark sein (Jesaja 30, 15). Stille sein, sich im Schweigen üben, Gott in der Stille suchen. Daraus erwächst uns Kraft. Wir sollten das bedenken und ver suchen, es auch jeden Tag zu praktizieren. Dabei werden wir das Geheimnis entdecken, das Jesus Kraft gegeben hat, das Kreuz auf sich zu nehmen. Und zu Ostern können wir freudig und mit ausgeglichenem Herzen ausrufen und singen: Christus ist auferstanden. Er ist wahrhaftig auferstanden.

Stille sein, sich im Schweigen üben, Gott in der Stille suchen. Daraus erwächst uns Kraft. DIVULGAÇÃO O CAMINHO

Vom Unschuldslamm zum Osterlamm

Amnesty: 2014 war schwarzes Jahr für Menschenrechte

No

Desde 1º de março assumiu a função de diretor do Centro de Eventos o P. Guilherme Lieven que será instalado por ocasião da 19ª Assembleia Sinodal, dia 11 de abril próximo, na Comunidade Serra São João, Paróquia dos Apóstolos, em Benedito Novo.

Die Internationale Menschenre chtsorganisation (Amnesty Interna tional) hat 2014 als schwarzes Jahr für die Menschenrechte bezeichnet. „2014 war ein katastrophales Jahr für Millionen von Menschen, die unter der Bedrohung durch En tführungen, Folter, sexualisierte Gewalt, Anschläge, Artilleriefeuer und Bomben auf Wohngebiete leben mussten“, sagte die Generalsekre tärin der deutschen Amnesty-Sektion, Selmin Caliskan, am 24. Februar bei der Vorstellung des jährlichen Menschenrechtsreports in Berlin. Die eskalierenden bewaffneten Konflikte hätten zur größten Flüchtlingskatas trophe seit dem Zweiten Weltkrieg geführt. Im Fokus des diesjährigen Amnesty-Berichts stehen nichtsta atliche bewaffnete Gruppierungen wie der „Islamische Staat“ (IS) im Irak und Syrien, die islamistische Terrorgruppe Boko Haram in Nigeria oder die pro-russischen Separatisten im Osten der Ukraine. Die Reaktion der internationalen Staatengemeinschaft auf die zuneh mende Gewalt und das Flüchtlingse lend sei beschämend, sagte Caliskan: „Hier wurde völlig versagt.“ Statt den Schutz der Zivilbevölkerung ins Zentrum internationaler Politik zu stellen, blockierten nationale, geopolitische und wirtschaftliche Interessen ein gemeinsames Handeln und heizten Konflikte noch weiter an, kritisierte die Amnesty-Generalsekre tärin. Wer Menschenrechte verletze, bereite den Boden für neue Gewalt: „Das ist die Gleichung!“ Der Bericht dokumentiert die Menschenrechts situation 2014 in 160 Ländern. In 131 Ländern wurden laut Amnesty Menschen gefoltert und anderwei tig misshandelt, in 119 Ländern schränkten die Regierungen die Meinungsfreiheit ein. In 18 Staaten registrierte die Menschenrechtsorga nisation Kriegsverbrechen oder an dere Verstöße gegen das humanitäre Völkerrecht, in 35 Ländern agierten bewaffnete Gruppen. Mit weltweit 57 Millionen Vertriebenen infolge von Krieg, Terror oder Hunger gab es so viele Flüchtlinge wie noch nie seit dem Zweiten Weltkrieg, sagte Caliskan. Allein aus Syrien flüchteten vier Millionen Menschen vor dem Bürgerkrieg. 95 Prozent von ihnen wurden in den Nachbarstaaten aufge nommen. Der Libanon habe über 715 Mal mehr syrische Flüchtlinge aufge nommen, als die gesamte EU in den vergangenen Jahren, sagte Caliskan. Auch diese Bilanz sei „beschämend“. In vielen Ländern, darunter Rus sland, Ägypten oder China werden dem Report zufolge Nichtregierun gsorganisationen bei ihrer Arbeit behindert und Zivilgesell-schaften unterdrückt. Den in Syrien, dem Irak, in Nigeria oder der Ukraine agie renden nichtstaatlichen bewaffneten Gruppen wirft Amnesty Entführun gen, Terror gegen die Zivilbevölke rung, rechtswidrige Tötungen, darun ter Massentötungen von Gefangenen und Oppositionellen sowie Verletzun gen des Kriegsrechts vor. dia 7 de março realizada a Assembleia Geral Ordinária da Associação Cultural e Educacional - Centro de Eventos Rodeio 12.

Darum: Lebe nicht nur nach dem Grundsatz ,Wie du mir, so ich dir‘, sondern so: ,Wie Gott mir, so ich dir‘!“

SyMbOle CHrIStlICHer trAdItION

Verständnis und Anerkennung Jesus will uns zu einem guten Miteinander helfen. Er sagt: „Frage dich in allen deinen Handlungen:

Was junge Schafe mit dem Osterfest zu tun haben Im Wettrennen von Osterhase und Osterlamm um die Gunst des Publikums haben die Eier brin genden Langohren gewonnen. Seit über 200 Jahren ist der Hase als Zeichen der Fruchtbarkeit und als Symbol für das Osterfest bekannt und beliebt. In seinem Schatten steht das Lamm, das jedoch das viel ältere und in der christlichen Tradition sinnhaftere Symboltier für Ostern ist. Das Osterlamm steht für die unschuldige Hingabe, für das Sterben von Jesus am Kreuz. Im Johannes Evangelium wird Jesus Christus selbst als Lamm bezeich net: „Siehe, das ist Gottes Lamm, das die Sünde der Welt trägt“. Und der Prophet Jesaja sagt über den Messias voraus: „Als er gemartert ward, litt er doch willig und tat seinen Mund nicht auf, wie ein Lamm, das zur Schlachtbank ge führt wird.“ Wehrlos gegen wilde Tiere und gegen den Zugriff des Schlachters, ist ein junges Schaf schon in der Antike das klassische Opfertier. Im Alten Testament gibt Gott Mose genaue Anweisungen, wie Opfer lämmer zu töten sind. Die Juden schlachten zum Passahfest, das im Frühling zum Gedenken an den Auszug aus Ägypten gefeiert wird, ein Lamm. Auch im christlichen Altertum legte man Lammfleisch unter den Altar. Es wurde geweiht und am Auferstehungstag als erste Speise verzehrt. Hase statt Lammbraten Bis zur Mitte des 16. Jahrhun derts war ein Lammbraten Bes tandteil der österlichen Festtafel. Dann wandelte sich diese Sitte und es gab immer häufiger Hase statt Lammbraten. Damals nahm man keine Rücksicht auf die Junghasen, und es fanden öster liche Hasenjagden statt, die am Karfreitag beendet sein mussten.

Lothar Simmank

Der Weg Den Menschen mit einem Lächeln begegnen

FlüCHtlINGSKAtAStrOpHe

Heutzutage werden noch für das Osterfrühstück Osterlämmer aus Biskuitteig gebacken, und im Os ternest finden sich mitunter süße Schokoladenlämmer.DassGeschmäcker sich wan deln, ist auch in der Kunst abzule sen: Christus in seiner doppelten Funktion als guter Hirte und als Opferlamm ist häufiges Motiv frühchristlicher bildlicher Dars tellungen. Schon in den römischen Katakomben erscheint das Lamm als Christussymbol.Einum547entstandenes Ku ppelmosaik in der Kirche San Vi tale in Ravenna zeigt in Anlehnung an die Visionen der Apokalypse ein strahlend weißes Christuslamm als Symbol des Todes und der Aufers tehung das Lamm hoch über dem Altartisch, auf dem aus Blut Wein wird, erscheint als zentrale Herrs chergestalt des Kosmos. In der byzantinischen Kunst verschwindet das Lamm als Sym bol gegen Ende des 17. Jahrhun derts auf Grund eines ausdrückli chen Verbots des Konzils zu Trullo, Christus als Lamm darzustellen. Wenig später beginnt im Westen der Siegeszug des Osterhasen.

passado foi

Von HANS-CHRISTOPH WERNEBURG

Was möchte ich selbst jetzt gerne erfahren?“Malehrlich, wer wird da sagen: „Streit und Zoff, Ärger und Ge meinheiten.“ Vielmehr doch: „Ich möchte, dass mir Menschen freun dlich begegnen, dass ich Verständnis finde, dass ich Anerkennung erfahre, dass sich jemand um mich kümmert und sich meiner Sorgen annimmt.“ Und Jesus wird antworten: „Siehst du, so einfach ist das. Und nun: Fang du damit an! Geh auf an dere zu mit einem Lächeln, einem aufmunterndem Wort. Erkundige dich, wo dem anderen der Schuh drückt, biete deine Hilfe an.“ Gott sieht dich freundlich an „Eigentlich“, so wird Jesus weiter sagen, „bist gar nicht du es, der damit anfängt, Gutes zu tun. Sondern Gott hat schon längst angefangen, dich freundlich anzu sehen und zu lieben.

CENTRO DE EVENTOS RODEIO 12

GEMEINDEBRIEF

Nesta reunião foram eleitas as seguintes pessoas para integrar a Diretoria Executiva da entidade para os próximos dois anos: Presidente – P. em. Friedrich Gierus Vice-presidenete – Diácona Valmi Ione Becker Secretário – Nereu Roepke Vice-secretário – Marcos Holz Tesoureiro – Valdomiro Roepke Vice-tesoureira – Suzana Karina Tribes Stricker Conselho Fiscal – Efetivos: Elemer Kroeger, Teresinha Metzker, Nelson Becker. Suplente: Renilda Klabunde Tribes

GEMEINDEBRIEF

uNSere ANdACHt Jesus Christus spricht: Wie ihr wollt, dass euch die Leute tun sollen, das tut ihnen auch! – Lukas 6,31 –Wie du mir, so ich dir - nach diesem spri chwörtlichen Grundsatz gehen wir meist miteinander um. Als Pfarrer treffe ich in meiner Arbeit oft auf Menschen, die anderen ganz bewusst Böses zu fügen. Und Sie tun es nicht etwa aus Rache oder um dem anderen etwas heimzuzahlen, sondern aus Missgunst und unbegründetem Hass, aus Geltungsbedürfnis oder auch nur aus Dummheit. Jedoch: Böses geschieht nicht nur auf der kriminellen Ebene. Auch unter den „braven“ Leuten gibt es Schlechtes. Es ist in den vielen kleinen Gehässigkeiten des Alltags sichtbar: wo man einander ärgert und beschwindelt, wo im Klatsch über andere hergezogen wird, wo man einander die kalte Schulter zeigt oder auch schon, wo man gleichgültig aneinander vorbeigeht.

5250 ANO XXXI / Nº 4 / ABRIL DE 20158 O CaminhO

CultO INFANtIl

FRANK LESSMANN-PFEIFER, Pastor da Comunidade Evangélica Alemã em Praga

DIVULGAÇÃO

As três décadas de circula ção do jornal O Caminho serão motivo de celebra ção. No sábado 18 de abril, nas dependências da Comunidade Luterana da Itoupava Central, em Blumenau/SC, haverá uma progra maçãoComcomemorativa.inícioàs16horas, o pastor Dr. Mauro Batista de Souza virá especialmente de Porto Alegre/RS para proferir uma palestra sobre o tema do ano, na ótica da Reforma e da comunicação. O secretário de Ação Comunitária da IECLB abordará o tem “Igreja da Palavra Chamad@s para Comunicar”. Após a palestra de Souza, um painel sobre mídia impressa irá de bater a importância do jornal para a igreja e o futuro da imprensa diante das mídias digitais. Os painelistas serão a jornalista responsável do jornal O Caminho , professora Anamaria Kovács, o diretor de re dação, pastor Clovis Horst Lindner, e o assessor de comunicação do Sínodo Vale do Itajaí, jornalista TobiasApós,Mathies.umculto de ação de graças pelos 30 anos d’O Caminho está marcado para as 19 horas. Será pregador do culto o pastor 2o vice presidente da IECLB, Inácio Lemke. Como pastor sinodal do Norte Catarinense, Lemke também integra o Conselho de Redação do jornal. Depois do culto, uma confra ternização no salão da comunidade encerrará as comemorações dos 30 anos do Assinantes,jornal. leitores e leitoras, além da comunidade, estão convi dados a prestigiar esses eventos, a partir das 16 horas, com a palestra do pastor Dr. Mauro de Souza. A comunidade da Itoupava Central fica na Rua Dr. Pedro Zimmermann, 10.139, no Bairro Itoupava Central, em Blumenau.

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Motivadas pelo lema bíbli co da IECLB para 2015, “sobre o que vocês estão conversando pelo caminho?” (Lucas 24.17), o grupo de orientadoras do Culto Infantil da Paróquia de Badenfurt, um dos bairros de Blumenau/SC no Sínodo Vale do Itajaí, se reuniu para compartilhar sonhos e espe ranças. O encontro aconteceu na Casa de Veraneio da IECLB na praia de Itajuba, no municdípio de Barra Velha/SC. A pastora Adriana Kuhn Busch é quem conduziu a reflexão.Num primeiro momento, as orientadoras se dividiram em duplas para caminhar e falar sobre porque estão envolvidas com o culto infantil, quais as di ficuldades e alegrias, bem como levantar sugestões para melhorar o trabalho junto às crianças. Num segundo momento, cada dupla comunicou ao grupo um pouco do que foi falado pelo caminho. Por exemplo, a necessidade de mais pessoas ajudarem no culto infantil, elogios aos cursos de capacitação oferecidos pelo sínodo, maior uti lização de recursos audiovisuais e da agenda do culto infantil, e a alegria de servir as crianças das comunidades.Foiumdia de inúmeras realiza ções, pois além de planejarem em conjunto o calendário com suges tões concretas a serem realizadas neste ano, o grupo partilhou de momentos de comunhão e amizade. O grupo agradece ao cozinheiro e sua ajudante pelas refeições (Carlos e sua filha Letícia). E agradece espe cialmente a paróquia e comunidades pelo investimento no culto infantil, um investimento que certamente se reverte numa igreja melhor funda mentada na palavra de Deus. Quem tiver interesse em ajudar nesta missão junto às crianças da comu nidade, tornando-se orientador ou orientadora de culto infantil, entre em contato com a comunidade.

5251 ANO XXXI / Nº 4 / ABRIL DE 2015 9O CaminhO Geral Dr. MAURO DE SOUZA fará palestra no dia 18 de abril Reforma 500 JAN (1369-1415)HUSS háfogueiratcheco.pré-reformadorfoiMorreunaemPraga600anos. O CAMINHO Festa dos 30 anos terá celebração CLOVIS HORST LINDNER / Da Redação

FRANK LESSMANN-PFEIFER Praga Jan Huss? Durante meus estudos de teologia, esse nome apareceu apenas numa nota de rodapé num dos livros de estudo. Na República Checa, entretanto, qualquer criança sabe quem foi. Esse pregador boêmio, que ousou propor a primeira reforma da igreja na Europa 100 anos antes de Lu tero e, por causa disso, morreu queimado numa fogueira, é uma espécie de herói nacional por lá. Ele pregava na língua do povo contra a influência da igreja de Roma e dos alemães, que ocu pavam muitos cargos políticos e religiosos importantes na Boêmia, naqueles tempos. Jan Hus dirigia a univer sidade de Praga e pregava na Capela de Belém, na cidade antiga, muitas vezes para 3.000 pessoas. Dentro da capela, uma pintura faz menção ao seu desti no. A palavra dele “A Verdade Vencerá” também se tornou o lema da República Tcheca. Jan Hus deu à língua do povo a primazia sobre o latim na litur gia e nas pregações. Na eucaris tia, servia o cálice não somente aos padres – como era costume geral na época –, mas também aos leigos. O cálice leigo tornou-se um símbolo do seu movimento. No dia 6 de julho de 1415 Jan Hus foi queimado como herege em Constança. Em 2015, a Igreja Evangélica dos Irmãos Boêmios celebra o jubileu da reforma. Eu estou muito curioso para saber como o estado tche co irá celebrar este dia, já que a República Tcheca é o estado mais fortemente secularizado da Europa. Apesar de ter Jan Hus por aqui em alta consideração, quase ninguém sabe que ele foi um reformador da igreja e uma testemunha da fé cristã.

Orientadoras

P. Ms. ALEXANDER BUSCH / Blumenau

realizam passeio de confraternização e planejamento

A pastora Adriana Kuhn Busch (de pé) orientou os trabalhos do encontro em Itajuba. O CAMINHO

FOTOS: ARQUIVO OBRA MISSIONÁRIA ARCORDAI

O Culto de Abertura do semestre letivo na Faculdades EST, no domingo 1o de março em São Leopoldo/RS, marcou a des pedida do Prof. Dr. Lothar Carlos Hoch (69 anos) e seu ingresso no quadro de pastores eméritos da IECLB. O mês de março marca exatamente 50 anos em que o P. Lothar, ainda como estudante de Teologia, foi recebido na capela da então Faculdade de Teologia da IECLB. Formado bacharel em Teologia em 1970, após cinco anos de pasto rado em comunidades, entre 1975 e 1980 realizou o doutorado em teOlOGIA Lothar Hoch encerra docência após 30 anos de atuação na EST somam mais de 30 anos, tendo desempenhado a função de reitor entre os anos de 1999 e 2006. “Nós agradecemos a Deus por tua vocação e pela dedicação de teus dons e de tuas forças a serviço do Reino de Deus”, disse o pastor sinodal Ms. Edson Streck, do Síno do Rio dos Sinos. Ao final, Streck entregou ao Prof. Dr. Lothar um Certificado de Gratidão, por parte da IECLB, e o Prof. Dr. Wilhelm Wachholz, reitor da Faculdades EST, uma placa de reconhecimento e gratidão pela colaboração em favor da Faculdades EST. Marburg, na Alemanha. Iniciou a docência na EST em 1980 que, com uma interrupção entre 1992 a 1995 em que atuou na Alemanha, foi re tomada em 1996. Os dois períodos P. Sin. Streck cumprimenta Hoch. Murmuradores No meio da multidão Za queu tentava ver Jesus, mas a sua baixa estatura e a multidão o impediam. Então, numa cena de cinema, sobe numa árvore, e Jesus o enxerga. Surpreenden do a todos, Jesus se convida a entrar na casa de Zaqueu. Não houve vaias como nos tempos de hoje, mas todos murmuravam. Por que Jesus deixaria a multidão para entrar na casa de um cobrador de impostos para o império romano? Como outros coletores de impostos, Zaqueu cobrava a mais e fez fortuna. Era um homem rico. Era odiado. E com razão. Mas perderam a razão quando não aceitaram a ida de Jesus para a sua casa, como se hoje ele entrasse na casa de pesso as acusadas por desviarem nossos impostos para contas na Suíça. E Corruptos Na casa do corrupto Zaqueu, diante de Jesus, ele se revela: Senhor, resolvo dar aos pobres a metade de meus bens, e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo, quatro vezes mais. E Jesus res ponde: Hoje, houve salvação nesta casa. ( Lc. 18,9). O corrupto encontrou a salvação, que impactou em suas posses. Ele vai devolver até quatro vezes mais a quem roubou e a metade dos bens será dado aos pobres. Feliz mente não vai pagar o dízimo para uma instituição religiosa. Imposto roubado precisa ser devolvido aos pobres. Parece que isto começa a acontecer de forma tímida em nosso país. Não na frente de Jesus, mas da Justiça que resolveu funcionar, de forma pouco radical. Já há sinais de “salvação” em nosso país. Por fim, Zaqueus corruptos e murmuradores precisam ouvir que o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido. Jesus quer entrar em tua casa, hoje. Você ficaria alegre como Zaqueu ou se juntaria à turma dos mormuradores?

5252 ObrA MISSIONÁrIA ACOrdAI 25 anos de encontros de trombones ANO XXXI / Nº 4 / ABRIL DE 201510 O CaminhO História 8a ASSEMBLEIA DA FLM protagonizou 1o encontro de trombonistas da IECLB Pensando Bem Dr. ONEIDE BOBSIN Faculdades EST São Leopoldo / RS

ARQUIVO OBRA MISSIONÁRIA ARCORDAI

Apresentações de trombones em praças de Curitiba convidavam para o Dia da Igreja. Acima, o ensaio geral.

Tudo começou em 1990, ano em que a IECLB hospedou a 8ª Assembleia da Federa ção Luterana Mundial FLM, em Curitiba. O relato dessa história é do pastor emérito Johann Friedrich Genthner, um entusiasta da música instrumental de metais, ao lado de outros ministros e leigos de todo o Brasil empenhados em organizar e estruturar não somente esses encontros, mas toda a herança cultural evangélica da música de trombones na IECLB. O encontro histórico da FLM em Curitiba foi um marco. Ajudou a desfazer um mal-estar histórico, de cicatrizes recentes na IECLB: o cancelamento da edição da assem bleia em 1970, subitamente trans ferida para Evian/França por conta das denúncias de tortura no Brasil. Receber bem os luteranos de todo o mundo uma década depois, era fun damental. E a IECLB empenhou se nisso com 280resultado,motivados”,Tambémparaigrejacaravanas“Corais,dedicação.gruposinstrumentais,decomunidadesetodaaforampostosemmovimentoparticipardaquelaassembleia.oscorosdemetaisforamrelataGenthner.“Ofoiaparticipaçãodetrombonistasvindosdosmais diversos recantos da IECLB, no que se tornou o primeiro encontro na cional de trombonistas da IECLB”, ele lembra. Preparar a Terra – Antes disso, os muitos grupos de metais da igreja não tinham nenhum vín culo, a não ser no Espírito Santo. Segundo Genthner, “o primeiro passo nesse sentido foi dado em 1983 em Guaramirim/SC, onde o Concílio Regional da extinta RE 2 criou uma comissão para formar o Conselho de Música na IECLB”. A comissão trabalhou por dois anos sob a coordenação do pastor Helmuth Koller e depois do pastor Johann Friedrich Genthner. “O primeiro passo foi fazer contato com todos os grupos de metais nas comunidades, o que não foi nada fácil”, conta o pastor, vindo da Baviera para dedicar toda a vida pastoral à IECLB. Hoje aposenta do, Genthner reside em Curitiba. Ao mesmo tempo, foram pro movidos cursos para regentes, encontros regionais e elaboradas partituras. Cursos para regentes e trombonistas avançados também foram realizados. Entre 1985 e 1990 houve um in tenso movimento de trombonistas e regentes, empenhados em melhorar sua arte. “O trabalho intensificou se de tal maneira, que começou a surgir o clamor por um pastor em tempo integral para dirigir o movimento nacional de coros de trombones”, lembra Genthner. Lançar a Semente – Em meio a este avivamento musical em toda a igreja, veio o desafio de orga nizar a 8ª Assembleia da FLM, em Curitiba. “Para o Conselho de Música ficou a tarefa de reunir esses instrumentistas e prepará-los, com a ajuda de regentes, como Hans Hermann Hesse, Norberto Berger, Micaela Berger, P. Frank Graf, Reiner Heumann, P. Hans Hermann Ziel e muitos outros”, enumera o pastor. Eles organizaram e ensaiaram a caravana de trombonistas do Sul do Brasil e do Espírito Santo para o primeiro encontro nacional de trombonistas, durante a 8ª Assem bleia. O encontro teve apoio finan ceiro e logístico do Martin Luther Verein da Baviera/Alemanha. Em Curitiba, o encontro teve muitos apoios, como o de panifi cadoras, cozinhas industriais e de pessoas que voluntariamente se en volviam. “Lembro que numa noite faltava comida e o pessoal estava com fome. Havíamos calculado dois hambúrgueres por pessoa, mas era insuficiente. Felizmente encontramos uma reserva no forne cedor, que levei ao local onde 280 trombonistas foram hospedados”, relembra o pastor Genthner. Colher os Frutos – “A apre sentação da caravana de trombonis tas foi histórica, no Dia da Igreja, no Ginásio Tarumã em Curitiba. Além do primeiro encontro nacional, também foi fundada a Obra Missio nária Acordai”, relata o pastor. Um conselho, um regimento interno e muita vontade de trabalhar fez a Obra Missionária Acordai trilhar um caminho independente do Conselho Nacional de Música da IECLB. Esta coordenação elaborou muito material e encontros nacio nais a cada quatro anos, alterando entre o Espírito Santo e o Sul do Brasil. Os encontros até agora fo ram em Curitiba (primeiro), Santa Maria de Jetibá/ES (segundo), Timbó/SC (terceiro); Domingos Martins/ES (quarto), Schroeder/SC (quinto), Quinze de Novembro/RS (sexto), e o próximo será em Santa Maria de Jetibá novamente. “O Dia da Igreja no Ginásio Tarumã teve delegações de muitos países. Após a Assembleia, os vi sitantes ficaram uma semana para conhecer as comunidades e o povo. Foram encontros muito proveito sos. Esta emoção inicial ainda pode ser sentida hoje, em cada encontro nacional de instrumentistas”, en cerra Genthner.

Dia da Igreja na 8a Assembleia da FLM em 1990; o primeiro encontro.

P. CLOVIS HORST LINDNER / Da Redação

O teólogo Dietrich Bon hoeffer (1906-1945) nos ajuda a entender a importância deste tema. Ele escreve que ouvir é o primeiro serviço que alguém deve ao outro na comunidade. E acrescenta: “Ouvir pode ser um serviço maior do que falar”. Já em seu tempo, Bonhoeffer per cebia que “muitas pessoas pro curam um ouvido atento, e não o encontram entre os cristãos, porque esses falam também quando deveriam ouvir”.

Além disso, pode ser que quem se dispõe a ouvir não esteja ouvindo por inteiro, pois, existe o ouvir “a meio ouvido”.

DIVULGAÇÃO O CAMINHO Na segunda-feira, dia 2 de março, aconteceu a Aula Inaugural de abertura do primeiro semestre letivo na Facul dade Luterana de Teologia (FLT), em São Bento do Sul. A comunida de acadêmica e visitantes ouviram palestra sobre o tema Teologia e Ciência da Religião: semelhan ças, diferenças e desafios comuns na atualidade. A aula foi profe rida pelo professor Dr. Bertram Schmitz, teólogo e cientista da religião da Universidade FriedrichSchiller, de Jena, Alemanha. O tema foi abordado a partir de cinco aspectos, através dos quais os conceitos e as matrizes curriculares da Teologia foram comparados com os de Ciências da Religião. Além disso, o lugar da Teologia e de Ciências da religião no contexto da Universidade foi debatido. Por estudantes sobre o relacionamento entre o Islamismo, o Judaísmo e o Cristianismo. Na segunda semana de março, será a vez dos docentes da faculdade terem sua semana de atualização teológica, na qual trata rão o tema do conceito de religião nas diversas religiões mundiais.

O Pastor Sinodal Inácio Lemke, Pastor 2º Vice Presidente da IECLB esteve presente ao evento, quando deixou mensagem aos alunos da FLT e aproveitou para conversar com os alunos originários do Sí nodo Norte Catarinense.

P. Sin. Inacio Lemke conversa com os estudantes do Norte Catarinense. fim, o palestrante ainda abordou os desafios e os temas inerentes a cada uma dessas áreas para a atualidade.ParaSchmitz, a cooperação mútua entre as duas disciplinas pode trazer enriquecimento tanto ao teólogo, como ao cientista da religião. Ambas partem de pres supostos distintos e, por isso, não devem ser confundidas. Schmitz e sua esposa, Karin, estão no Brasil desde o dia 28 de fevereiro e per manecem até o dia 14 de março. Além da aula inaugural, ele fará palestras nesta semana com os Bodas de Vinho: 70 anos ARNOLD (90 anos) e EDIETH (89 anos) KRIECK, celebraram 70 anos de união matrimonial em Warnow/Indaial (SC) no dia 24 de fevereiro. Eles se conheceram na escola e começaram a namorar na carroça a caminho do dentista. Os dois têm três filhos, nove netos e oito bisnetos. Arnold Krieck prestou serviços por 37 anos nos cultos em Warnow e Edieth atuava na cozinha e na OASE local. O pastor Sigefredo Kalk realizou celebração e ato de bênção na casa do casal, com o coral da comunidade presente.

Conforme Bonhoeffer, a pessoa pensa que já sabe antecipada mente o que o outro tem a dizer. “É o ouvir impaciente, desa tento, que despreza o irmão, só à espera de poder tomar a palavra, para assim se livrar do interlocutor”. Por isso, o ouvir requer a humildade de silen ciar diante da dor da irmã e do irmão. Podemos exercitar este serviço já no seio da família e também na comunidade.

Culto de abertura na Faculdades EST tem participação da Presidência e dos pastores sinodais O culto de abertura do semestre letivo na Faculdades EST recep cionou os alunos e os professores, no dia 11 de março. A reunião da Secretaria Geral da IECLB com os pastores sinodais permitiu também a participação de toda a liderança da igreja no culto. A celebração aconteceu na capela da escola de teologia, oficiada pelos professo res pastores Júlio César Adam e Rudolf von Sinner, catequista Erli Mansk e três estudantes. Saudando a comunidade acadêmica da EST, o Pastor Presidente Nestor Paulo Friedrich relembrou seu próprio tempo de estudante na casa e re alçou a importância da contato es treito entre Direção da Igreja com o estudantado e docentes da EST. Igreja do Cuidado IV

Uma senhora muito ativa em uma comunidade da IECLB estava passando por uma situa ção de grande tristeza. A morte da sobrinha a deixou muito impactada. Sua alma estava angustiada. Buscava ajuda para aliviar sua dor. Não era muito o que ela necessitava: apenas um ouvido atento. Mas, as pessoas não tinham tempo, não percebiam a dimensão do seu sofrimento e não lhe davam atenção. A importância do Ouvir Foi então que esta senhora percebeu a vital importância do ouvir. Mais ainda, quan do o ministro da paróquia a acolheu, dedicou seu tempo a ela, ouviu-a pacientemente e a confortou. Sim, o ouvir é uma importante forma de cuidar de pessoas angustiadas.

A FLT tem uma parceria com a Faculdade de Teologia da Univer sidade de Jena desde 2010. A cada dois anos, a FLT recebe docentes da Alemanha, que lecionam e pa lestram, contribuindo tanto para a formação dos estudantes, bem como de seus docentes.

5253 ANO XXXI / Nº 4 / ABRIL DE 2015 11O CaminhO Academia BERTRAM SCHMITS afirma que cooperação enriquece teólogos e cientistas da religião ReferênciasDr.RODOLFOGAEDE NETO Faculdades EST São Leopoldo / RS teOlOGIA A teologia e as ciências da religião podem cooperar

Grupo de mulheres participantes do retiro em português, no Lar Vila Elsa, em São Bento do Sul/SC.

OASe

186 - Estr. Blumenau, 3.860 89160-000

ANO XXXI / Nº 4 / ABRIL DE 201512 O CaminhO Geral MULHERES DA OASE ouviram a Cat. Liane Zwetsch Klamb A Vida Ensina CRISTINA SCHERER Ministra da IECLB São Francisco do Sul / SC DIVULGAÇÃO O CAMINHO

Seminário

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Símbolo Confiançade

ocupa-se com a teologia das crianças

Crianças Fazendo Teolo gia foi tema de um seminário em Fraiburgo/SC, uma das comunida des da paróquia de Rio das Antas, no Sínodo Norte Catarinense. O encontro, nos dias 28 de fevereiro e 1º de março, foi promovido pelo Departamento Sinodal de Educação Cristã do sínodo e teve a assessoria do Dr. Edson Ponick. Durante o encontro, os participantes trocaram experiências a partir do conteúdo da tese de doutorado de Ponick, que os levou a perceber que não é possível mais falar em crianças como se todas fossem iguais. É preciso estar aberto à conversação, à troca e ao conví vio. “E para que haja conversação verdadeira é preciso haver respeito e confiança no outro que nos inter pela”, ensina Ponick. eduCAçÃO CrIStÃ

Coluna compartilhada pelo P. Renato Luiz Becker e pela Pa. Cristina Scherer. Experiência que Marca Cada pessoa tem lembran ças especiais da vida. Temos experiências de celebrações do calendário cristão que se tornam inesquecíveis. Partilho aqui uma experiência vivencia da naNumaPáscoa.pequena localidade do interior morava um homem sozinho. Sua casa era simples. Doente, era ajudado pelas vizinhas, que me pediram para visitá-lo e levar-lhe a Ceia do Senhor. Achei oportuno fazer aquela visita ainda na manhã de Páscoa. E assim fiz. Naquele momento, reuni ram-se alguns vizinhos e pa rentes distantes para celebrar a Ceia e fortalecer aquele homem que lutava contra a enfermida de. Após a celebração, ofereci como presente de Páscoa uma casquinha recheada com doce de amendoim, que havia sido preparada pela comunidade para as crianças. Ele recebeu o presente com extrema alegria. Emocionado, chorou. Disseme que nunca tinha ganhado um presente. Em suas palavras de despedida, falou que tinha esperança de ficar melhor e que Deus estava com ele. Qual é sua Páscoa? Alguns meses depois, aquele senhor faleceu. Com ele, partiu a esperança que cultivava em seu coração e o amor de Deus manifestado nas pessoas que o ajudaram e o fortaleceram. A mensagem daquela Páscoa, da esperança e do amor, trans mitida através daquele frágil homem em seu olhar e suas pa lavras ainda permanece comigo e meQualsustenta.éaPáscoa que marcou a sua vida? Por quê? Que a mensagem desta Páscoa se encontre com a sua experiência de ressurreição para a vida! Que você possa celebrar com alegria, pois Cristo vive e nos conduz por caminhos de amor e esperança! Aleluia!

Foram dias de inspiração (es piritualidade), transpiração (parti lhas) e emoção (autoconhecimen to). Agradecemos a Deus, que é como um pai amoroso, uma mãe acolhedora, pela história de cada mulher que se fez presente, pela história de tantas mulheres que nos antecederam e pela história que Ele tem conosco como filhas amadas.

Caldeiras, máquinas e Postal, RIO SC Contando e Encantando –Histórias de Mulheres On tem e Hoje, foi a temática do retiro de mulheres organizado pela Associação Wally Heidrich. O encontro, entre os dias 23 e 26 de fe vereiro, aconteceu no Lar Vila Elsa, em São Bento do Sul (SC), com a participação de 49 mulheres. Divididas em grupos, cada turma recebeu um caderno, que foi personalizado com criatividade, para contar histórias. Histórias de mulheres foram narradas, as mu lheres da Bíblia, mulheres de fé, de luta, de alegria, de superação e que sofreram violência; mulheres de ontem que são espelhos e exem plos, que são testemunhos para a vida das mulheres de hoje. A diácona Nádia, através de um bibliodrama, trouxe a história de duas mulheres; uma que sofreu com a violência (Juízes 19) e outra que fora livrada por Jesus de uma ação violenta (João 8). Também foi exibido um documentário sobre a realidade da violência contra a mulher e o engajamento da IECLB nessa causa através da FLD (Nem VERA LUCIA KUSTER / São Bento do Sul tão Doce Lar) com a secretária do sínodo, Mariane Meier. A catequista Liane Zwetsch Klamb contou estórias de forma tão real, que surpreendia e fazia viajar para dentro da fantasia encantada, transformando as participantes em personagens da própria estória. O grupo das mulheres partici pantes também foi conhecer a Igreja Luterana de São Bento do Sul, onde o pastor local as acolheu com uma meditação, lembrando a atuação de Ana, uma mulher na Bíblia. Um Culto com Unção encerrou o encontro, onde também cada uma pode desejar paz e uma palavra de carinho para a outra. A oferta do culto foi destinada para a Casa de Passa gem Maria Rosa, de Caçador/SC.

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Retiro faz contação de história

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DO SUL /

Uma grande parte da cons trução de nossas vidas tem a ver com testemunhas e testemunhos. Os nossos pais, as ge rações mais velhas, nos contam as histórias de tempos idos e também histórias de nossos antepassados. Através destes testemunhos somos colocados para dentro da nossa grande família. E não se pode ficar indiferente a isso. Sabemos que a ausência destas testemunhas e seus testemunhos causam muito sofrimento. Estar só no mundo não é bom! No terreno da fé testemunhas e testemunhos são ainda mais importantes. Todos os autores bíblicos, por exemplo, são teste munhas. Suas palavras constroem e alimentam a nossa fé. Aliás, o desempenho da fé, a prática da fé, tem a ver com as “nuvens de testemunhas” que nos rodeiam (Hebreus 12.1). Testemunhas que ajudam a construir nossa vida e nossa fé têm uma característica especial: Elas estão falando daquilo que determina também as suas vidas. A veracidade de um testemu nho se confirma (ou desmente!) na vida, no dia a dia. Nossa fé precisa do exemplo de testemunhas desta grande “nuvem”. A história nos ensina que esta nuvem é realmente grande. Mas sempre há testemu nhas que brilham mais forte. Neste ano lembramos a morte de uma testemunha assim: Dietrich Bonhoeffer. Há 70 anos Bonhoeffer foi executado pelo regime nazista, na Alemanha. Ele era pastor, era professor de teologia, mas era sobretudo cristão. Ser cristão para ele era a mesma coisa que ser discípulo, discípulo que segue ao seu Senhor até as últimas conse quências. Esta seria a marca mais forte desta testemunha: sua coerência com o evangelho, vivida com as crianças e confirmandos de sua paróquia, com os estudantes de teologia no seminário clandestino, com seus companheiros de prisão e até com os carcereiros. Esta coe rência se mostra também em cente nas de cartas escritas na prisão, em poesias que hoje estão publicadas; cartas aos seus pais, sua noiva, seus familiares e seus amigos, a um afi lhado que ainda nem fora batizado. Em todos os momentos, o amor de Deus em Cristo transparece de alguma forma. Ser cristão para ele era estar no mundo, achando formas novas para testemunhar o Cristo e seu amor a pessoas cada vez mais seculariza das e descrentes. Segundo ele, a igreja precisa ir ao mundo e nele se envolver, e não esperar que o mundo todo venha a ela. Bonhoe ffer amava o mundo e a vida como dons de Deus, tanto que em tempos de mais tranqüilidade ele curtia a música, os encontros com familia res e amigos, as festas e uma boa refeição. Em sua alegria de viver, ele era uma testemunha. Ser cristão significava partici par da vida e dos destinos de seu próprio país. Diante das medidas do regime nazista, que tentavam determinar o que a igreja poderia dizer; diante do racismo que leva ria à morte de milhões de judeus; diante da loucura de Hitler de querer estabelecer, a seu modo, um reino de mil anos; diante de uma igreja que em boa parte aplaudia o ditador, havia somente uma coisa a fazer: resistir. Assim, Bonhoeffer se aliou a parentes, amigos, cristãos e à resistência contra Hitler e seu regime. Como cristão era preciso “atirar-se nos raios da roda da his tória” para mudar o seu rumo. Muita gente morreu nesta em preitada, mas entre tantas teste munhas, Dietrich Bonhoeffer se destacou por sua coerência com o evangelho. Ele foi enforcado na prisão de Flossenbürg no dia 9 de abril de l945. Mataram a testemu nha, mas o seu testemunho falado, escrito e vivido nos enriquece e desafia até hoje.

5255 NOSSOS MÁrtIreS Bonhoeffer, 70 anos de seu martírio ANO XXXI / Nº 4 / ABRIL DE 2015 13O CaminhO Fé e Vida CURSO EM PORTO ALEGRE será assessorado pela Pa. Kathy Angi Terra Brasilis CLOVIS HORST LINDNER Diretor de Redação Blumenau / SC DIVULGAÇÃO O CAMINHO Uma Guerra do Lodo...

Bodas

Florentina Paul e Waldemar Keunecke celebraram 50 anos de matrimônio, no dia 1º de fevereiro, na comunidade Apósto lo Pedro de Jaraguá do Sul/SC. A bênção foi realizada pelo pastor William Bretzke. Após o culto houve uma confraternização na casa da família.“Porque eu, o Senhor teu Deus, te tomo pela tua mão direita, e te digo: Não temas, que eu te ajudo” (Isaías 41.13). de Ouro

DIETRICH BONHOEFFER: “A Igreja não deve somente continuar passando ataduras nos feridos retirados debaixo da roda, mas deve atirarse ela mesma entre os raios, para impedir que ela continue girando.” Leopoldo Artigo originalmente escrito pelo autor para a revista NOVOLHAR (No 7, Junho/2005, p.36), pelos 60 anos do martírio de Dietrich Bonhoeffer.

Como devem agir as lideranças da igreja quando há um desastre natu ral? Como podem realmente ser úteis para populações atingidas por inunda ção, deslizamento, terremoto ou outra tragédia? Um curso, o primeiro no Brasil, pretende ensinar a dar Apoio Psicossocial de Base Comunitária em Emergência. O curso será nos dias 4 a 8 de maio, em Porto Alegre/RS, e é dIACONIA Curso tratará do papel das igrejas em desastres promovido pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), o Fórum Ecumênico ACT Brasil e a Funda ção Luterana de Diaconia (FLD), em parceria com a Comunidade Internacional de Prática em Apoio Psicossocial de Base Comunitária (APBC) da Aliança ACT. Em contextos de desastres, as lideranças religiosas desempenham um papel essencial, desde as pri meiras respostas, elas são elos fun damentais junto às comunidades afetadas: conhecem a história, as tradições, as forças e desafios. A abordagem de APBC acres centa as dimensões mental, social, emocional, cultural e espiritual à tradicional ajuda humanitária, centrada nos aspectos biológicos e materiais. É fundamentada no forta lecimento do bem estar psicossocial das pessoas e comunidades afetadas, permitindo sua recuperação a partir de seus próprios conhecimentos, organização e capacidades. Os principais conteúdos do cur so, que exige participação integral, são promoção do bem estar psicos social, cuidado espiritual, princípios orientadores do apoio psicossocial de base comunitária, primeiros socorros psicológicos, gestão de conflitos, resiliência, mobilização comunitária, códigos de conduta, construção de sentidos e outros temas. O curso deve ser assessorado por Kathy Angi, pastora presbite riana americana, graduada em Ser viço Social e especialista em Apoio Psicossocial. Ela tem experiência de duas décadas com situações de emergência na África, Ásia, Amé rica Latina e Europa. Além dela, também dará asses soria a professora queniana Anne Kubai, especialista em estudos inter-religiosos da universidade de Uppsala, na Suécia. Anne presta consultoria ao governo sueco sobre cuidados com refugiados.

P. Em. HARALD MALSCHITZKY / São

Um momento divertido do Acampamento de Jovens em Rodeio 12 repetiu uma práti ca antiga de encontros assim. Poucos conseguem escapar do banho de lama, depois que o barro virou lodo. Um festival monocromático marrom toma conta de todos, num mar em que se chafurda com prazer. Depois da farra, um delicioso banho li quida a sujeira, deixando apenas cansaço e muitas risadas. Uma semana depois, a re vista americana The Economist publica uma capa com outro mar de lama. Uma sambista debate-se num lodaçal verde, sob o título Brazil’s quagmire A reportagem puxa o registro do apoio da ditadura de Guiné Bissau à escola de samba Beija Flor, vencedora do carnaval 2015, e desenrola um inesgotá vel festival de arremesso de lodo que emporcalha o Brasil. ... Que Atinge a Todos Os dois mares de lama não têm, nem de longe, algo a ver um com o outro. O de Rodeio 12 era o do bem, por certo. Mas, o Brasil está mais enlameado do que aqueles jovens, num lodaçal do mal. Mensalão, operação lava-jato, um congresso inepto e abusado, corrupção gigante e miúda e desmandos sem fim nos afundam num grudento e asqueroso pantanal. Nos enlameamos mutuamen te, com os olhos entumecidos de ódio, e nos imaginamos limpos. Xingamos os outros de porcos imundos e os afogamos sem piedade. Não percebemos que, de tanto chafurdar, já criamos um lodaçal tão profundo que o nosso próprio pescoço está em risco. Enquanto uns se afogam, outros tantos são afogados, até injustamente, sem apelação. Enquanto os jovens de Ro deio quase morrem de rir duran te o banho que os livra da lama, para a Terra Brasilis este banho purificador pode estar chegan do irremediavelmente tarde. A lama já seca em nossos corpos e nem sabão crá-crá resolve. No final, em vez de rir muito, vamos chorar amargamente.

veram o seu nome. Logo depois, estes papéis foram sorteados entre as pessoas da comunidade. Assim, cada participante levou consigo o nome de uma pessoa que será sua parceira de diálogo, de oração, de meditação, de troca de experiências durante este tempo que antecede a Páscoa.Oencerramento se dará no culto do dia 12 de abril, às 9 horas, na Comunidade Cristo Bom Pastor, em Rio Cerro 2, em Jaraguá do Sul (SC). Mais informações com o Diácono Jaime, pelo telefone 47/9752 7706, ou pelo e mail jjr.jaime@gmail.com. Você está convidado/a! Diác. IONE BECKER

VALMI

/ Joinville

Oprograma “Sete Semanas Sem” reflete a proposta do Jejum Diaconal que o Núcleo Jaraguá Diaconia em par ceria com o Departamento Sinodal de Diaconia se propôs a organizar entre os membros que compõem as comunidades do Sínodo Norte Catarinense. O Jejum Diaconal iniciou no dia 15 de fevereiro, com um culto oficiado na Comunidade da Paz, em Schroeder (SC). O tema para este ano é “Te vejo com o Coração”. Esta palavra estava muito clara na nossa cabeça quando da abertura da referida celebração. Nela fomos desafiadas e desafiados pelo pastor Norival Müller a olhar as pessoas através dos “óculos do coração”. Em sua prédica, o pastor Guilherme Lieven, lembrou o lema que brota do Evangelho de Mateus 6.22, onde se lê que “os olhos são como uma luz para o corpo: quando os olhos de vocês são bons, todo o corpo fica cheio de luz”. Nela, ele recomendou aos participantes do jejum diaconal que sejam luz, tanto na família como no trabalho, na comunidade e na sociedade. O culto serviu de impulso para o jejum durante o tempo da Quares ma, tempo em que os participantes abrem mão de algo que gostam muito de consumir, como sorvetes, chocolates, cervejas, refrigerantes, etc. Qualquer tipo de jejum serve, desde que seja de coração, ou seja, desde que olhemos o próximo com os “olhos do coração” e não com os “olhos do egoísmo”. No final da campanha do Jejum Diaconal, os recursos arrecadados serão destinados para o Centro de Eventos Rodeio 12, que investirá esse dinheiro em projetos de aces sibilidade, como a construção de uma rampa que facilite a locomo ção de pessoas com deficiência. No final do culto todas as pes soas que participaram do mesmo se dispuseram a jejuar. Tomada esta decisão, elas receberam um pedaço de papel no qual inscre

CruzadasPalavras 5256 Criação: P. Irineu Valmor Wolf DIPLOMATA FM 105,3 MHZ BRUSQUE (SC)www.diplomatafm.com.br A MELHOR E MAIS COMPLETA 24HS José Luis Cortés em www.periodistadigital.com DIVULGAÇÃO O CAMINHO ANO XXXI / Nº 4 / ABRIL DE 201514 O CaminhO Em Foco OFERTAS doadas a Rodeio 12 devem melhorar acessibilidade Hermano EntretenimentoCortés

pelos portugueses liderados por Estácio de Sá. Ou seja, o primeiro culto protestante em terras brasileiras ocorreu na paisagem que, oito anos depois, se tornaria o cenário para erguer a Cidade Maravilhosa. O culto foi oficiado pelo pastor calvinista Jean Jacques Le Balleur. (Clovis Horst Lindner) O Rio sem o Rio, em imagem de computação gráfica

Sete SeMANAS SeM Olhar o outro com os olhos do coração é a proposta do Jejum Diaconal neste ano

Curiosidade da Fé O Rio de Janeiro dos protestantes

O Rio de Janeiro completa 450 anos e sua funda ção é atribuída a Estácio de Sá. Graças à computação gráfica, é possível imaginar como era a paisagem carioca em 1501, quando os portugueses fizeram a primeira expedição pela costa brasileira e descobri ram a baía que imaginaram ser a foz de um grande rio (foto). Estácio de Sá chegou naquela baía para expul sar uma colonização de franceses, fundando a cidade no dia 1º de março de 1565. Mas esses franceses já estavam por lá há dez anos, desde 1555. Trabalhavam firmes, com a ajuda dos indígenas tupinambás, para erguer a França Antártica, cuja capital seria a cidade de Henriwille, a primeira base da futura cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Esses franceses eram protestantes, ligados ao calvinismo. Foram eles que realizaram o primeiro culto protestante no Brasil. Este culto ocorreu na Baía da Guanabara, no dia 10 de março de 1557, justamente no período da tentativa francesa de colonização, depois esmagada

O culto de abertura foi em Schroeder.

Família de Schroeder leva doações ao Asilo Pella Bethânia

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Com um culto festivo e re cepção para cerca de 300 convidados, aconteceu a despedida e entrada na aposentado ria do pastor Peter Weigand, diretor de Mission EineWelt, departamento de missão exterior da Igreja Lutera na na Baviera. O Conselheiro Mor Michael Martin procedeu à despe dida e declaração de aposentação e o Secretário Geral da Federação Luterana Mundial (FLM), Martin Junge, discorreu sobre a trajetória de vida de Weigand. A cerimônia aconteceu na na sexta-feira, 13 de fevereiro, na Igreja St. Nikolai, em Neuendettelsau, na Alemanha. Peter Weigand sempre se sentiu carregado por uma palavra bíblica que o acompanhou por toda a vida: Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação (2Timóteo

geriátricas Siegfrid, a filha Érica e o namorado Rafael, e a coordena dora paroquial da Diaconia Marleni colocaram-se a caminho.

Peter Weigand dirigiu a entidade da igreja da Baviera por 40 anos. 1.7). “Todos nós temos uma mis são“, afirmou. O mundo, conforme Weigand, nos foi confiado em liberdade e para o bem de todos: “O mundo espera por uma contri buição das religiões para formar uma nova sociedade civil“. O Conselheiro-Mor sublinhou que Weigand entendeu a sua vida como existência espiritual: “Esta fé ele defendeu com paixão, sempre empenhado em dar teste munho. Quero lhe dizer obrigado por esta existência missionária“. Durante o culto, Michael Martin desincumbiu Weigand de suas tarefas como Diretor de Mission EineWelt. Na juventude, Siegfrid Voigt visitou o Asilo Pella Bethânia. A viagem e o que viu em Taquari/RS ficaram gravados na memória deste hoje quase sexagenário membro da Comunidade Igreja da Paz, em Schroeder. Ao saber da situação atual do Asilo, Siegfrid se mani festou: “Pastor, temos que fazer alguma coisa. Vamos arrecadar roupas e fraldas geriátricas? Eu me disponho a levar para lá”. Era novembro de 2014. Iniciamos a campanha convidando 20 homens para fazerem doações. Érica, filha de Siegfrid, 16 anos, quando soube da viagem, logo disse: “Eu vou junto!”. Na tarde do dia 13 de fevereiro, com a camioneta lotada com mais de mil peças de roupas e 700 fraldas tituição. Vimos onde são feitas as terapias ocupacionais, alguns lares de pessoas que são independentes, a igreja, atingida pelo temporal em 2014. Passamos também pelo lar das pessoas abrigadas que vieram das ruas, até chegar no lar das que precisam de ajuda para tudo. Lá vimos coisas que são feias para os olhos, mas um aprendizado enorme para o coração. Ver pessoas na quela situação nos fez pensar que temos absolutamente tudo. Coisas simples como a fala, o caminhar... mas que para elas é desconhecido. Saímos de lá com duas lições: o amor ao próximo pela diaconia e que somos deficientes de fé por reclamar de coisas que podem ser resolvidas com o tempo e com a fé em Deus”.

O P. Inácio Lemke, pastor 2º vice presidente da IECLB, repre sentou a igreja nos eventos.

Na volta, Érica e Rafael nos re latam: “Dia 14 de fevereiro fomos a Taquari, entregar uma doação que foi feita por algumas pessoas da Paróquia. Chegamos lá e fomos recepcionados pela pastora Ana e a diretora Joni. Depois de acomodar as doações fomos conhecer a ins Siegfrid Voigt foi com a filha Erike e Schroeder.reunidooentregaraRafaelnamoradoseuforamTaquarimaterialem

Semente caiu neste solo – 316 “Terceira manhã gloriosa: brotou novamente a planta em divina ação.” Quando o medo do futuro atormenta a vida dos discípulos, acontece a Páscoa. Contra todo argumento humano vem o anúncio: ELE VIVE. O joinvilense Edson Ponick (1966) é autor de letra e música do hino 416. Aprendeu a tocar violão e flauta com sua tia Tekla Ponick. De 1986 a 1988 fez o curso técnico-profissionalizante pela Fundação Cultural de Join ville e trabalhou como assisten te comunitário numa paróquia de Joinville.Edsonpossui graduação em Educação Cristã pela Escola Superior de Teologia (1994), graduação em Licenciatura em Música pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2002), e mestrado-profissiona lizante em Teologia pela Escola Superior de Teologia (2007). Ministro Catequista, Edson foi Coordenador do Depar tamento de Educação Cristã da IECLB, com experiência em Teologia Prática, atuando principalmente nos temas de Criatividade, Educação Cristã, Teologia, casadodeensinonasdenárioezinhoda“ManualOrganizouEnsino-aprendizagem.váriasediçõesdoparaoCultoInfantil”IECLB,colaborounojornal“OAmigodasCrianças”participoudaComissãodoHiIIdaIECLB.Eleéautordoislivroseváriosartigosáreasdeeducaçãocristãereligioso.Ecompositorhinosecançõesinfantis.ÉcomMarthaNörnberg.

SOlIdArIedAde

P. NORIVAL MUELLER (com base na pesquisa de Pastor Leonhard Creutzberg, no portal luteranos.com.br)

MISSION eINe Welt Peter Weigand ingressa na aposentadoria ANO XXXI / Nº 4 / ABRIL DE 2015 15O CaminhO Ecumene INÁCIO LEMKE representou a IECLB na desinstalação de Weigand Nossos Hinos MISSION EINE WELT

O Pastor Martin Junge recor dou a trajetória de vida e louvou o trabalho de Weigand, caracteri zando Peter como uma pessoa que se pôs a caminho e se dedicou a construir pontes, o que gera pro fundoJustamenterespeito. os anos na América Latina, onde Weigand atuou du rante uma década (Brasil e Chile), lhe mostraram a sua capacidade de, por um lado, atuar de modo conciliador, mas, ao mesmo tempo, expressar publicamente as suas convicções. Junge desejou para Weigand que continue a se indig nar, pois “são necessárias pessoas que, nessas questões, não se apo sentam, não descansam quando se trata de questões de justiça“.

Proponho, como exercício de reflexão, parafrasear o tema do ano assim: O que vocês têm cantado pelo caminho? Isso, olhar para a nossa música como elemento de comunicação entre nós. A música tem a capacidade de expressar muito mais do que imaginamos. Não é só a letra que comunica. A música, o estilo musical, as referências que ela faz – tudo comunica. A música que nos agrada é aquela que associamos positivamente a convicções, sentimentos, códigos musicais e memórias. Há ele mentos bem conscientes e outros nem tanto. Há também elemen tos coletivos e individuais. A música na IECLB possui muitas referências. A nossa refe rência histórica é muito forte, a Reforma tem na música uma de suas marcas. Há uma rica e contínua história de composi ções por parte de autores nos sos. Há também uma referência forte no movimento ecumênico e movimentos internos da igre ja. Exercitamos a unidade na diversidade, como dizia o Dr. Brackemeier.Agoraestou envolvido com a comissão do hinário da IECLB, uma das experiências mais ricas da minha vida. Muita refle xão tem surgido nesse grupo. Oito pessoas com histórias e vivências musicais diferentes colaborando para este projeto histórico.Porém o nosso trabalho de seleção e edição do hinário não é um exercício voltado a preferências pessoais, mas voltado à IECLB como um todo, respeitando sua identidade teo lógica e diversidade de expres sões musicais. Ao olhar para o hinário, cada um poderá ter uma ideia de como é a música que nos identifica como IECLB, olhando para frente e para trás. O novo hinário quer ser justa mente uma resposta à pergunta “O que vocês têm cantado pelo caminho?”.

O autor é coordenador da Comissão do Novo Hinário da IECLB

5258 O que vocês têm cantado pelo caminho? P. CLÁUDIO KUPKA / Porto Alegre/RS ANO XXXI / Nº 4 / ABRIL DE 201516 O CaminhO Especial A LIBERDADE DE EXPRESSÃO é um tema para as igrejas? Tema do AnopÁSCOA Ressurreição, força para a vida Pa. CRISTINA SCHERER / São Francisco do Sul DIVULGAÇÃO O CAMINHO

Celebramos a páscoa, a ressurreição de Jesus Cris to. Por ser a festa mais importante do cristianismo é pre ciso celebrá-la com alegria, com novidade de vida e esperança. É preciso, antes de tudo, acreditar naquilo que é festejado. No evangelho de João Jesus pergunta à Marta, após ela afir mar que Jesus é a ressurreição e a vida: “Você acredita nisso (Jo 11.25)?” Não é raro encontrar pessoas no meio comunitário cristão que possuem dúvidas sobre a existência da ressurreição, que questionam como será, de que forma ela acontecerá. Estas dú vidas já permeavam as primeiras comunidades cristãs, a ponto do apóstolo Paulo dedicar um capí tulo de suas cartas para explicar o assunto. Em 1 Coríntios 15 ele afirma: “A verdade é que Cristo foi ressuscitado, e isso é a garantia de que os que estão mortos também serãoFalarressuscitados.”emressurreição nos dias de hoje nos convida antes de tudo a perguntar: E nós, acreditamos na ressurreição? De fato ela norteia nossa fé cristã e nos move com ritmo de esperança pela vida? Que diferença faz acreditar na ressurrei ção nos dias de hoje? Crer na ressurreição não é simples doutrina, mas força que orienta nossa vida em todos os momentos. A ressurreição nos enche de esperança, de forças para lutar e defender a vida. Ela nos im pulsiona a anunciar em alto e bom tom que Cristo está presente, ele vive e reina neste mundo com todo seu amor e sua justiça. Por mais que sinais de morte, destruição, violência e maldade nos queiram fazer desistir, desiludir, desani mar, desesperar, a Páscoa anuncia: Cristo vive e está comigo, contigo, com o próximo e nos fortalece para a vida em sua plenitude. Acreditar e confessar a ressurreição dentre os mortos é ter a esperança como guia e a força do amor como bandeira. “Ressurreição. Força atuante no mundo. Poder que rege as leis do universo: Presença cósmica de cristo! Ressurreição. Celebração de vidas que recebem da vida de Cristo: A força para lutar contra os poderes da morte, o desejo de amar em meio à dor e à adversidade. A sinceridade do riso, do abraço e do partir do pão. Ressurreição: sinal de que Deus está de bem com a humanidade e com o mundo” (Carlos Alberto R. Alves).

Quem crê na força da ressurrei ção em sua vida pode afirmar como a poetisa Adélia Prado: “Como será a ressurreição da carne? É como nós já sabemos, eu lhe disse, tudo como é aqui, mas sem as ruindades. Que mistério profundo!” Em sua escrita poética, permeada de teolo gia, ela afirma, como uma litania, um credo: “Quando eu ressuscitar, o que quero é a vida repetida sem o perigo da Ressurreiçãomorte!”éalimento para a esperança na concretização com pleta do Reino de Deus entre nós. “Domingo de páscoa. Triunfo da vida sobre a morte. Um bom dia para semear uma flor...” (Rubem Alves).

A festa cristã da vitória da vida sobre a morte nos convida à celebração, ao louvor, à alegria e a gestos concretos de anúncio de esperança em nosso meio. Na manhã pascal e a cada encontro, em cada luta, em cada atitude podemos celebrar a vida e testemunhar nossa fé na ressurreição, que nos conduz em nosso agir e falar. Celebrar a páscoa é celebrar e afirmar os poderes da Vida. É deixar que a Liturgia Pascal ilumine nosso ser, preencha nosso vazio, cure nossas fraquezas, oriente nossos caminhos e fortaleça nossa espera ativa na fé e no amor. Inês de França Bento nos convida à celebração Pascal quando escreve: Litania de Conversão (D: Dirigente; C: Comunidade) D: Em tempos de conversão C: Tu és nosso caminho D: Em tempos de transformação C: Tu és nossa inspiração D: Em tempos de quaresma C: Tu és nossa Páscoa D: em tempos de incertezas e C:fracassosTusempre és e serás nossa Vitória. Litania Pascal “Cristo ressuscitou, aleluia! Em manhãs de sol... Diante da violência... Diante da fome... Diante da guerra... Diante do desemprego... Diante do sofrimento... Diante da injusta distribuição de Dianteterra... das noites escuras da alma...” Credo Pascal “Creio em Deus libertador de tudo o que oprime. Creio em Je sus Cristo, irmão nosso, solidário dos sofredores. Creio no vento do Amor, Espírito que transforma homens e mulheres em artistas do Reino. Creio na comunhão dos que constroem a paz. Creio nas comunidades sem cercas, na confraria dos sonhadores, na ins piração dos poetas que acalentam nosso cotidiano, às vezes sofrido, tornando-o mais belo e mais feliz. Creio na ternura dos homens, na força das mulheres, na sabedoria das crianças. Creio na ressurrei ção dos corpos oprimidos, quan do soprados pela doçura do amor, transforma exércitos de ossos secos em comunidades solidárias. Creio nos sinais de tua presença libertadora em nosso dia-a-dia. Amém.” Bênção

“Abençoa-nos, querido Deus neste tempo de preparação para tua páscoa, que tua proteção nos conduza à Terra Prometida, onde as mesas serão fartas, o vinho terá o sabor da alegria, a justiça acontecerá, a solidariedade e a bondade serão para sempre sinais da tua libertação. Em nome de teu filho, Jesus Cristo Libertador. Amém.”Feliz Páscoa! Aleluia! Ressurreição é alimento para a esperança Umvidapáscoa.nós.decompletaconcretizaçãonadoReinoDeusentre“DomingodeTriunfodasobreamorte.bomdiapara semear uma flor...” (Rubem Alves)

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