Vale reúne crianças em retiro sinodal
No primeiro final de semana de agosto, crianças de diversas comunidades do Sínodo Vale do Itajaí participaram de um retiro, em Rodeio 12. O pastor sinodal esteve no encontro. página 5
Agora não vai mais haver problema de som
Grupo de OASE “Água Viva” de Blumenau-Fidelis doou uma apa relhagem de som para o Centro de Convivência Catarina von Bora, no bairro Itoupava Central. página 6
IECLB recebe visita de luteranos do Japão páginas 4 e 5
Pela primeira vez, jovens do Japão participaram de um con gresso da JE no Brasil. A visita nipônica também esteve na sede do Sínodo Norte Catarinense.
Candidatos têm encontro com a sua igreja
RODEIO 12 foi o espaço em que alguns candidatos que disputam as próximas eleições tiveram um encontro com a sua igreja. Pastores e pessoas das comunidades partici param, sabatinaram alguns deles e ouviram suas propostas. O encontro foi moderado pelos pastores Renato Becker, Friedrich Gierus e Meinrad Piske.
página 13
GerAção Amazônia
O templo da nossa vida
“Sê forte e corajoso, não temas, não te desalentes.”
1 CR ô NICAS 22.13
Trata-se de uma espantosa coincidência. Poucos dias depois do espetáculo que inaugurou a faraônica obra do Templo de Salomão em São Paulo erguida por Edir Macedo e condenada de nor te a sul do país por cristãos de todas as confissões , o lema de setembro é uma palavra ligada à construção do primeiro Templo de Salomão.
Essas palavras foram ditas pelo rei Davi, já no fim da vida, ao seu filho Salomão, futuro rei de Israel, encorajando-o a erguer a grandiosa obra. O incen tivo de Davi é seguido de uma monumental lista de materiais e de recursos, tudo do bom e do melhor, para que nada falte na obra que deve servir de lugar de oração para o povo escolhido de Deus.
Poderá haver alguma mensagem positiva para nós, nesse lema e nessa coincidência? De início, tente apagar da memória o novo e estranho visual de Edir Macedo, inaugurando sua obra salomônica com barba de sumo sacerdote e trajes copiados da religião judaica. Depois, veja essa questão através dos olhos do apóstolo Paulo: Certamente vocês sabem que são o templo de Deus e que o Espírito de Deus vive em vocês... O templo de Deus é santo, e vocês são o seu templo (1 Coríntios 3.16s, BLH).
Se há, ainda, um templo a ser erguido em nossos dias, então não é o de Salomão, mas o de Paulo. Este templo é cada um e cada uma de nós. Para erguê-lo, não carecemos da lista milionária e dos recursos inesgotá veis que Davi entregou a seu filho; nem dos materiais importados usados por Edir Macedo no seu novo templo. Para erguê-lo, temos que entrar com a nossa vida. Nada mais. E, por isso, este incentivo de Davi continua valendo para nós: “Sê forte e corajoso, não temas, nem te desalentes”. Vá em frente! Amém.
Um5147 espetáculo de fé e esperança no co ração da Amazônia; a juventude valorosa da IECLB deu um testemunho tão gigantesco e ousa do como poucas vezes se viu lide ranças adultas na igreja ousarem. A turma foi profunda, consistente, condizente com os grandes desafios que este século lança à cristandade. Foi ousada, enfrentando os desafios com os olhos brilhantes da fé e da esperança. Foi às ruas e gritou ao mundo que acredita que sua fé em Jesus Cristo pode contribuir para um outro mundo, mais justo, solidário e pacífico. Nas ruas de Espigão, deu um testemunho con sistente, mostrando que a Igreja Luterana não é rasa, superficial e indiferente aos conflitos e pro blemas em que está inserida. Essa juventude mostrou que não teme a contextualização do evangelho e que, sobretudo, descobriu que o evangelho é uma cartilha para uma igreja a caminho na busca por aplacar as dores do mundo.
IGREJA E ELEIÇÕES
MEDITAÇÃO P. CLOVIS HORST LINDNER / Blumenau (SC) www.jornalocaminho.com.br SETEMBRO DE 2014 Ano XXX - Número 9 Tiragem: 21.000 exemplares Preço avulso: R$ 2,50 SÍNODOS VALE DO ITAJAÍ E NORTE CATARINENSE Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil-IECLB Um pedaço do mundo luterano em suas mãos
DIVULGAÇÃO O CAMINHO SEMINÁRIO DO GALO VERDE DIA 6 DE SETEMBRO EM BLUMENAU. JUNTE-SE A NÓS! página 9
COMIGO?
Deficiências, quem não tem?
Pa. CARLA TAIS K. BERSCH é pastora da Paróquia Bom Pastor em Navegantes (SC).
A juventude é o destaque na igreja
P. Dr. OSMAR ZIZEMER, Vice-Diretor Geral / Blumenau
OCaminho que chega às suas mãos está repleto de assuntos muito pertinentes, e cuja leitura nos querem levar à reflexão sob a luz da nossa fé. Em destaque, a repercussão do 22º Congrenaje, em Espigão do Oeste/RO no mês de julho. Trata-se de um evento que enche toda a IECLB de orgulho e esperança! A juventude evangélica não é apenas a nossa igreja no futuro, mas já é IECLB hoje e quer ser IECLB hoje. Esta GerAção busca e quer seu espaço na igreja, nas paróquias e comunidades. Por isso, é impor tante que nossas lideranças abram espaços, apoiem e acompanhem a JE em sua caminhada nos grupos locais e em todos os níveis da IECLB. Que Deus abençoe a JE em sua caminhada!
No dia 2 de setembro lembramos o início da imigração alemã no Vale do Itajaí. Em Blumenau inclusive se comemora nesta data o Dia do Município. Em geral, e com justa razão, são lembradas nessas comemorações as dificuldades iniciais enfrentadas na nova terra pelos antepassados e festejado o progresso obtido nesses 164 entrementes decorridos. Mas é importante refletir também sobre o que a imigração eu ropeia significou para aqueles que já estavam aqui, a saber, os povos indígenas. Nesta re flexão, nos pode ajudar o arti go da página 10: “Pacificação completa um século”. Vale a pena ler com atenção!
Igualmente forte é o arti go de fundo de última página: “Mente doente – alma sen sível”, do pastor em. Sílvio Meinke. Nós estamos tendo vida cada vez mais longa em média. E a longevidade traz, entre outros, cada vez mais a possibilidade da demência, da senilidade, do Mal de Alzheimer. E nossas famílias estão cada vez menores! Como lidamos com isso? Como cuidar de alguém com esta doença na família? Como a comunidade, como a igreja pode apoiar cuidadores, cuidadoras e famílias nesta situação? Certamente aqui se abre uma tarefa diaconal cada vez maior em nossas comunidades.
O Dia da árvore (21) coincide com o início da Semana Nacional da OASE e da primavera (22). Nesse tempo em que a natureza se renova, somos desafiados a nos empenhar pelo cuidado com os recursos naturais ali onde vivemos: Em nossas casas, no local de trabalho, na igreja... Para aprofundar esta conscientização e reflexão – que deverá redundar em ações concretas –, o Galo Verde estará realizando seu 2º Seminário em Blumenau, na Escola Barão do Rio Branco (ver convite na página 9). Queira Deus que possamos avançar nesta caminhada.
“Ame os outros como você ama a você mesmo.” (Tiago 2.8b.)
Dizum ditado popular que “de gênio e de louco todo mundo tem um pouco”.
E a deficiência? Será que todos nós não temos uma pouco dela, também? Acredito que sim, pois ninguém é autossuficiente; todos nós temos alguma deficiência. Quando falamos de Pessoas com Deficiência – PD, de quais defi ciências lembramos? Deficiência física, deficiência auditiva, defici ência visual, deficiência mental e deficiência múltipla.
Mas, e as deficiências que a vida nos impõe? Você já se deu conta que qualquer pessoa, diga mos “normal”, está sujeita a se tornar uma PD? Por exemplo, um acidente, um derrame, um infarto, uma doença degenerativa é o que basta para isso. Além disso, quando envelhecemos, em certos casos, nos tornamos totalmente depen
dentes daqueles que nos cercam. O que fazer diante dessa situação? Ignorar essas pessoas? Esquecêlas? Ou amá-las?
Acredito que em nossas pa róquias e comunidades há muitas pessoas que vivem em meio a essas deficiências. E a minha pergunta é: O que estamos fazendo como igreja para incluí-las na vida da comunidade? Elas têm vivido em comunidade?
Há poucos dias, em pleno ano de 2014, ouvi de uma mulher a expressão “filho com deficiência é pecado, é castigo de Deus – uma cruz para ser carregada”. Será mesmo? Não! E diante dessa co locação, fico pensando: quantas são as famílias que veem seus
“Comunidade inclusiva acolhe e testemunha o ser igreja junto às pessoas que se sentem excluídas e discriminadas, bem como junto aos seus familiares.”
parentes com deficiência como um castigo de Deus?
O versículo bíblico de Tiago nos mostra que, como filhos e filhas de Deus, somos convidados e convidadas a amar e respeitar as pessoas, independentemente da cor, da raça, por serem altas ou baixas, gordas ou magras ou por terem ou não uma deficiência.
Tiago nos ensina que a fé em Jesus Cristo não admite a discrimi nação, a exclusão ou a valorização de uma pessoa pela sua aparência. Cristo nos convida a respeitar e amar todas as pessoas.
Nós somos iguais? Não! Deus nos fez diferentes. Somos parte da diversidade da criação de Deus e, assim, cada pessoa com o seu jeito de ser é convidada a testemunhar o grande amor de Deus.
Dessa maneira, ser comunidade inclusiva significa anunciar o evan gelho e fazer a diferença no local em que vivemos. Comunidade inclusiva é aquela que acolhe, que participa e testemunha o ser igreja junto às pessoas que se sentem ex cluídas e discriminadas, bem como com os familiares delas. Que cada pessoa se sinta acolhida e abraçada por Deus do jeito que é, e que este gesto de Deus nos motive a acolher e abraçar quem está ao nosso lado. Pense nisso!
Templo ou igreja?
Como membro da IECLB e leitora assídua do jornal O Caminho, tenho visto neste impresso não raramente o uso da expressão “templo”. O que me motivou a escrever foi a manchete da última edição: “Templo de Joinville completa 150 anos”. O “templo” em questão é a Igreja da Paz, conhecida historicamente e ligada diretamente à nossa identi dade Luterana.
Confesso que a expressão “Templo” gera um certo mal estar em mim. Quando foi que deixamos de usar igreja (construção) e passamos a usar templo? Templo remete-me ao espaço de cobrança de tributos, às igrejas neopentecostais. Ou teria relação com o Templo de Salomão, recentemente inaugurado em São Paulo? Entramos também nós na onda do modismo? Alguém poderia esclarecer a minha questão?
Elisa Wilhens, Joinville (SC)
Prezada Elisa,
A sua pergunta é muito pertinente. Aqui no Caminho usamos as duas expressões, mas preferi mos utilizar o termo teológico IGREJA para definir a instituição, o Corpo de Cristo. Já a palavra TEMPLO é utilizada para designar as edificações que abrigam os cristãos durante os cultos e celebrações. Con sideramos essa diferenciação importante, porque há grande confusão entre a igreja como Corpo de Cristo e o prédio, o que não é bom. Somos muito gratos por suas ponderações.
A Redação
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“Esta GerAção busca seu espaço na igreja e é importante que as lideranças abram espaços, apoiem e acompanhem a JE em todos os níveis.”
5148 P. em. Anildo Wilbert, P. Norival Mueller, Nivaldo Klein, P. em. Heinz Ehlert, P. Sin. Inácio Lemke, Pa. Vera Cristina Weissheimer, P. Sin. Breno Carlos Willrich, P. Dr. Osmar Zizemer, P. Renato Luiz Becker, P. Roni Roberto Balz, jorn. Tobias Mathies e Cat. em. Loni Driemeyer Wilbert. CONSELHO DE REDAÇÃODIRETOR GERAL P. em. Anildo Wilbert (48) 3364-5763 DIRETOR DE REDAÇÃO P. Clovis Horst Lindner (47) 3340-8081 JORNALISTA RESPONSÁVEL Anamaria Kovács DRT/RJ 12.783 proc. nº 40.187/75 Periódico publicado pelos Sínodos Norte Catarinense e Vale do Itajaí, da IECLB (Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil) CAMINHO ON LINE: www.jornalocaminho.com.br E-mail: caminho@mythos.art.br Fone/Fax ((047) 3340-8081 (Redação) Fone/Fax ((047) 3337-1110 (Comercial)CARTAS E ARTIGOS: Rua Dr. Luiz de Freitas Melro, 395 Sala 201 - Centro 89010-310 - BLUMENAU - SC E-mail: caminho@mythos.art.br DISTRIBUIÇÃO: Rua Erich Belz, 154 - Bairro Itoupava Central - 89068-060 BLUMENAU/SC REDAÇÃO FINAL P. Clovis Horst Lindner P. Friedrich Gierus (Der Weg) IMPRESSÃO Jornal de Santa Catarina Vale do Itajaí PREÇO DA ASSINATURA Assinatura anual: R$ 55,00 Anúncio Valor de R$ 5,90/cm2 Anúncio Particular: R$ 1,90/cm2 Fechamento da edição de Outubro: 05.09.2014 Matérias entregues após esta data serão publicadas no mês seguinte. ASSINATURAS: Caixa Postal 6390 89068-970 BLUMENAU/SC Fone/Fax ( (47) 3337-1110 (Comercial) ANO XXX - Nº 9 SETEMBRO DE 2014O PINIÃO2 CONCORDA
O CaminhO ARTE FINAL E DTP Mythos Comunicação
LEMA DO MÊS DE SETEMBRO Editorial
Sê forte e corajoso, não temas, não te desalentes. 1 CR ô NICAS 22.13 Cartas E-mail: caminho@mythos.art.br - Fone (047) 3340-8081
GerAção JE vai à Amazônia
SOmOS GerAção JE no Mundo!
Foi a partir desta constatação que a Juventude Evangélica-JE da IECLB se reuniu em Espigão do Oeste (RO), entre os dias 20 e 25 de julho. O encontro reuniu cerca de mil jovens vindos de todos os 18 sínodos da IECLB espalhados pelo Brasil, para o duplo evento do 22o Congresso Na cional da JE-Congrenaje e 7o Fest’Art.
O encontro esteve sob o lema bíblico ‘‘Pois nele vivemos, nos movemos e existimos, porque Dele também somos geração’’ (Atos 17.28).
A partir de tudo o que foi apre sentado, estudado e refletido a JE foi incentivada a olhar para a realidade e perceber que por Deus foi gerada, nele vive, se move e existe, com as diferenças e particularidades; e assim gera ações, é ativa, não somente na igreja, mas fora dela.
Tudo foi preparado com muito cuidado, carinho e dedicação. A colaboração da turma do Sínodo da Amazônia foi impressionante. Mobilizaram e envolveram pessoas e instituições; constituíram, reforma ram e adequaram a estrutura física; acolheram, serviram, protegeram e possibilitaram convívio e integração aos jovens. Como alguém disse, “nos encantaram” e ficarão para sempre na memória e no coração de muita gente.
A programação foi toda pensada e organizada pelo Conselho Nacional da JE-CONAJE, que conta com a participação de uma pessoa jovem de cada sínodo, mais uma equipe de orientação teológica de cinco ministros e ministras e assessoria de uma pessoa da Secretaria de Ação Comunitária, que faz a conexão entre o CONAJE e a Secretaria Geral.
Espiritualidade intensa – No que se refere à temática, desde a ce lebração inicial, os estudos bíblicos das manhãs, as palestras, as oficinas e as meditações que fechavam o dia de atividades, até o culto de encerramen to, tudo foi pensado e preparado para que as pessoas que foram participar fossem fortalecidas pela palavra de Deus. O encontro foi marcado por uma intensa espiritualiudade.
Quem fez a pregação inicial foi o pastor presidente, Dr. Nestor Friedrich. A palestra sobre o tema “GerAção JE no Mundo” foi apresentada pela secretária-geral do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs-CONIC, a pastora da IECLB Romi Márcia Bencke.
A palestra sobre o lema “Pois nele vivemos, nos movemos e existimos, porque dele também somos geração” (Atos 17.28), foi feita pelo secretário de Ação Comunitária da IECLB, Dr. Mauro Batista de Souza. Os estudos bíblicos foram elaborados pela equipe de orientação teológica do CONAJE e orientados por ministros, ministras
e estudantes de teologia que partici param do Congrenaje.
As diversas oficinas foram minis tradas por pessoas qualificadas e espe cialmente convidadas. As meditações ficaram sob a responsabilidade de uma equipe litúrgica, composta por pessoas jovens dos sínodos Vale do Itajaí e Norte Catarinense, sob a orientação da pastora Louvani Kuhn Hirt.
A pregação do culto de encerra mento foi apresentada pela pastora sinodal do Sínodo da Amazônia, Vera Lúcia Engelhardt Prediger. Enfim, gente muito boa, gabaritada, compro metida e profundamente envolvida com o testemunho do evangelho e que desempenhou de forma contundente as tarefas de que foi incumbida. A todas essas pessoas, a nossa mais respeitosa gratidão.
Testemunho jovem – Foi uma semana intensa de atividades teóricas e práticas, como a visita a locais para conhecer o manejo sustentável da flo resta e outras atividades do cotidiano
Congrenaje tem participação de 65 ministros
Emocionada, a pastora orienta dora do CONAJE dirige as últimas palavras no culto de encerramento do Congrenaje. Em suas palavras de agradecimento, surgem também palavras de gratidão ao expressivo número de ministros e ministras da IECLB presentes ao evento. Anima a presença de 65 ministros e ministras, entre eles o pastor presidente da IE CLB, quatro pastores e uma pastora sinodais, duas pastoras e dois pastores vice-sinodais, além de estudantes de teologia e pphmistas.
Colocar-se ao lado dos jovens e apoiar seus sonhos, atividades e de safios é tarefa confiada a ministros e ministras que despertam e motivam a ser “GerAção JE no mundo”. O Con grenaje na Rondônia, o Grito da Juven tude e tantos momentos de encontros, celebrações, orações, formação, louvor e amizade nos motivam para viver em comunhão e anunciar o evangelho de
Um grande número de ministros e ministras participou com os jovens.
paz, amor e perdão neste mundo. Como ministros e ministras da Igreja de Jesus Cristo nos alegramos com a oportunidade do belo encontro e com o comprometimento de mais jovens e ministros da IECLB que querem testemunhar o Deus que con grega, capacita e fortalece sempre sua geração. Agradecemos pela acolhida e hospitalidade do Sínodo da Amazônia durante esses cinco dias, que ficarão
para sempre em nossos corações e nos impulsionarão para boas ações! Espe ramos que no Congrenaje de 2016, que será realizado em Timbó (SC), o envolvimento e dedicação possam surpreender positivamente, tanto da parte dos jovens como dos ministros e das ministras da IECLB.
CRISTINA SCHERER é ministra da IECLB na Paróquia Litoral Norte Catarinense, em São Francisco do Sul (SC).
da população de Espigão do Oeste. Teve o passeio no Cacoal Selva Park. Bem, este foi para confraternizar e relaxar. Também a JE chamou a atenção da população, que parou para ver o “Grito da Juventude” marcado por canções e falas que afirmaram a fé no Deus da vida!
Tudo o que aconteceu foi transmi tido ao vivo pela internet, registrado e gravado por uma equipe de comuni cação da Faculdades EST. Mas, cer tamente o encontro ficará gravado de maneira muito especial em cada uma dessas privilegiadas pessoas jovens que estiveram no coração da Amazônia nesses dias. A todas as instâncias e pessoas que apoiaram financeiramente este encontro fica o reconhecimento pelo esforço feito, o testemunho de que valeu muito a pena e a gratidão pela incondicional confiança.
Para encerrar fica a música “Ge ração JE”, composta pelo grupo de jovens da comunidade luterana de São Luis do Maranhão, que foi escolhida música tema do evento e animou e embalou vários momentos da vivên cia em Espigão do Oeste.
Diz a primeira estrofe: Que povo é esse, que grita, que canta e luta por um mundo novo? Que povo é esse que ama, que chora, que sente a alegria nos encontros? Esse é o povo de Deus, povo jovem e cheio de fé; protagonistas de um mundo novo, geração JE!
Continua a segunda estrofe: Esse povo que acredita na ação de Deus, o Senhor. Esse povo que se habilita a ser o novo em um mundo desigual. Esse é o povo de Deus; povo jovem e cheio de fé. Protagonistas de um mundo novo, geração JE!
E termina a terceira estrofe: Você é povo de Deus, é povo jovem e cheio de fé. Venha também co’a gente ser povo forte, geração JE. Esse é o povo de Deus; povo jovem e cheio de fé. Protagonistas de um mundo novo, geração JE!
MARCOS AURéLIO DE OLIVEIRA é pastor vice-sinodal do Sínodo Norte Catarinense, ministro da IECLB na Paróquia dos Apóstolos de Joinville e integra a equipe de orientação teológica do CONAJE.
Como vamos cantar?
Como haveríamos de entoar o canto do Senhor em terra estra nha? Perguntavam-se os exilados Israelitas na terra da Babilônia. Foram levados de sua terra com violência para terra estranha; eram oprimidos, explorados, machuca dos. E seus opressores queriam ouvir seus cantos de louvor! Mas, como cantar em meio a tanta dor?
CAntAmos ApEsAR dAs doREs: No mês de agosto aconteceram os encontros de corais do Sínodo Vale do Itajaí, e quando escrevo estas linhas nos preparamos para o Dia da Igreja. Momentos marcados pelo louvor e alegria.
Enquanto isto, recebemos muitas notícias tristes e estarre cedoras. Assistimos inertes os conflitos na Faixa de Gaza, onde numa onde de vingança, que tem como pano de fundo disputas territoriais e motivos religiosos, milhares de homens, mulheres e crianças perdem a vida. Assisti mos, abismados, a perseguição das minorias religiosas no Iraque. Entre outros, também cristãos, para escaparem da morte dos considerados infiéis se veem obrigados a deixar tudo para traz e fugir para a montanha de Sinjar. Enfrentam fome, sede, medo e estão sem horizonte. Estamos co movidos pelo acidente aéreo que tirou a vida de um dos candidatos à presidência. Esta tragédia traz a tona a dor de tanta gente que, em nossas comunidades, tem perdido filhos e amigos nos acidentes em nossas estradas. Como vamos cantar nesta terra estranha?
nossA RAzão Está Em dEus: Um dos corais entoou um hino que dizia: “Deus é a nossa razão de cantar”. Porque Deus tem a história em suas mãos, cantamos. Porque Deus nos tem dado, em meio às dores e dificul dades, muitas bênçãos, canta mos. Porque Deus nos prometeu um novo céu e uma nova terra, cantamos.
tEstEmunho tRAnsfoRmAdoR: Somos gente que espera em Deus e, por isto, insiste em cantar do amor e da comunhão em uma terra marcada por guerras, ódio e indiferença. Não cantamos para ignorar ou esconder as dores do mundo, mas para dar nosso tes temunho de que um novo mundo é possível. Não para anestesiar os corações, mas para mobilizá-los e fortalecê-los na busca por uma realidade onde haja mais comu nhão, respeito e amor.
DIVULGAÇÃO O CAMINHO
BRENO CARLOS WILLRICH, Pastor Sinodal do Sínodo Vale do Itajaí, em Blumenau/SC.
O Grito da Juventude foi um testemunho ousado dos jovens nas ruas de Espigão do Oeste.
Pa. CRISTINA SCHERER
DIVULGAÇÃO O CAMINHO
5149 O CaminhO FALA SINODAL ANO XXX - Nº 9 SETEMBRO DE 2014 DESTAQUE 3
CONGRESSO NACIONAL DA JUVENTUDE
P. M ARCOS A UR é LIO DE O LIVEIRA / Joinville (SC)
Duas delegações de peso em Espigão
O S S ín ODOS Norte Catari
nense e Vale do Itajaí estiveram bem representados no Congresso Nacional da JE, em Espigão do Oeste. Duas delegações numerosas botaram o pé na estrada rumo à Rondônia.
Na foto acima está a delegação do Vale do Itajaí, que teve a compa nhia do pastor sinodal Breno Car los Willrich e sua esposa Elisabete, além da pastora Louvani Kuhn
Hirt e do pastor Gilson Hoepfner. Junto com a professora Katilene Willms Labes, o grupo participou ativamente da organização das meditações do Congrenaje.
Na foto abaixo está a delegação do Sínodo Norte Catarinense, que foi acompanhada do pastor vicesinodal Marcos Aurélio de Olivei ra, um dos ministros orientadores espirituais do CONAJE, além de outros ministros e ministras.
INSTALAÇÕES
Dr. Vítor Schell assume cadeira de NT na FLT
No dia 22 de junho a Facul dade Luterana de Teologia (FLT) recebeu um novo professor. A instalação do pastor Dr. Vítor Hugo Schell na função foi realizada na paróquia em Oxford, São Bento do Sul (SC). O ato foi celebrado pelo pastor sinodal Inácio Lemke, do Sínodo Norte Catarinense. Foram assistentes do ato de instalação os pastores Ms. Marcelo Jung e
Dr. Roger Marcel Wanke. Schell, casado com Rebeca e natural de Três Coroas (RS), defendeu tese de doutorado na Universidade Fried rich-Schiller em Jena, Alemanha, e atuará na FLT na área do Novo Testamento. Na foto, da esquerda para a direita, estão a Pa. Daiana Ernest, o P. Ms. Marcelo Jung, o P. Sin. Inácio Lemke, o P. Dr. Roger Wanke e o P. Dr. Vítor Schell.
FLASHES
Outdoor na praça
Timbó irá hospedar o próximo Congrenaje
A paróquia de Timbó (SC), no Sínodo Vale do Itajaí, foi escolhida pelos jovens para receber o próximo Congresso Nacional da Juventude Evangélica (Congrenaje). A escolha aconteceu durante o Congrenaje em
Espigão do Oeste, Rondônia, nos dias 20 a 25 de julho. Uma apresen tação de vídeo sobre a comunidade e a cidade ajudou na escolha. O 23o Congrenaje e 8o FestArt está marcado para 2016.
Jovens japoneses também participaram
estudos teológicos com o intuito de ser pastor luterano.
Luís Wasserberg assume Estrada da Ilha e Jardim Sofia
Desde junho último a Paróquia Luz do Mundo, em Joinville (SC), no Sínodo Norte Catarinense, tem como ministro o pastor Luís Dirceu Wasserberg. Natural de Joaçaba (SC) e casado com Tânea Wasser berg, o casal tem dois filhos: Tábita e Nathan. A instalação de Wasser berg aconteceu no dia 20 de julho, na Comunidade da Ressurreição, em Estrada da Ilha. A Paróquia Luz do Mundo abrange as comunidades Ressurreição, em Estrada da Ilha, e Caminhando com Jesus, no Bairro Jardim Sofia. O ato da instalação foi oficiado pelo pastor sinodal Iná cio Lemke, e teve como ministros assistentes os pastores Daniel Port e Tácilo Schneider. Também esteve presente o 1º vice-presidente do Conselho Sinodal do Sínodo Nor
Wasserberg durante a pregação.
te Catarinense, Elói Witt. O tema da pregação foi A Família, tendo como base o texto de Hebreus 12.411. Após o culto houve um almoço comunitário.
Para divulgar sua presença na cidade, a comunidade de são BEnto do sul (SC), no Sínodo Norte Catarinense, distribuiu um outdoor no centro. A peça publicitária também marca os 127 anos da comunidade.
Testemunho aos jovens
O pastor sinodal BREno CARlos WillRiCh, comemo rou 25 anos de ordenação ao Ministério Pastoral. Ao lado de sua esposa, Elisabete, ele deu um emocionado testemunho dessa caminhada aos jovens du rante o Congrenaje em Espigão do Oeste (RO), para onde ambos foram, acompanhando os jovens do Sínodo Vale do Itajaí.
CyBER FÉ
intERnEt 1 - Segundo um estudo do Instituto Grey Matter Research, quase metade dos adultos que usam a internet, o fazem para fins religiosos. Destes, 19% visitaram nos últimos seis meses o site da igreja ou local de culto. Além disso, 17% leem blogs ou redes sociais de religião uma vez por mês e 14% tem o pastor ou outro líder religioso como amigo no Facebook. O estudo ainda apontou que 10% já curtiram a fanpage da igreja, 8% participam uma vez por mês de discussões on-line sobre religião. Da mesma forma que 70% das pessoas que leem a Bíblia pelo menos uma vez por mês usam a internet para este fim.
intERnEt 2 - Com base nos dados, o instituto salientou que a comunidade religiosa on-line não é necessariamente um reflexo da comunidade religiosa off-line Os jovens são particularmente suscetíveis a usar a internet para fins religiosos, mas eles parecem fazer tudo pela internet hoje em dia. No entanto, os jovens em geral são menos propensos que as pessoas mais velhas a frequentar os cultos ou ter uma identidade religiosa específica. Para essa geração, a internet parece ser uma parte significativa de sua experiência de fé. Nenhum tipo de uso ou método religioso domina a internet.
A Paróquia Japonesa de São Paulo pela primeira vez,enviou dois jovens para participar do Congrenaje, que aconteceu em Rondônia. Mai Yamada, que está no Brasil participando num progra ma de intercâmbio por um ano e retorna para o Japão em setembro, e Takashi Fujizaki, que vai ficar um ano em nossa paróquia e depois retorna ao Japão para iniciar seus
Agradecemos ao bondoso Deus por esta diversidade étnica e cul tural em nossas comunidades e pela presença luterana que está espalhada no mundo e em nosso Brasil. Os dois estão na foto ao lado, saudando os jovens em Es pigão do Oeste.
intERnEt 3 - A igreja precisa investir mais nas ferramentas digitais. As pessoas estão buscan do materiais, reflexões, histórias, interação e diálogo. Há uma diversidade na maneira como a web é usada, desde tirar dúvidas sobre a fé até participar virtualmente de cultos, períodos de oração ou lou vor. O estudo aponta que o uso da internet para fins religiosos é mais comum do que imaginamos. Vale a pena a reflexão e o investimento.
À direita, Dr. Vítor Schell com o pastor sinodal e colegas da FLT.
Jorn. TOBIAS MATHIES
L UIS M ELO é ministro da IECLB e pastor da Comunidade Nipo-Brasileira de São Paulo.
5150 O CaminhO ANO XXX - Nº 9 SETEMBRO DE 2014GENTE E EVENTOS4
AINDA O CONGRENAJE
P. LUIS MELO / São Paulo
DIVULGAÇÃO O CAMINHO DIVULGAÇÃO O CAMINHO DIVULGAÇÃO O CAMINHO DIVULGAÇÃO O CAMINHO DIVULGAÇÃO O CAMINHO
Retiro reúne crianças no Vale
nOS DI a S 2 e 3 de agosto, o Sínodo Vale do Itajaí realizou um retiro com crianças. O evento reuniu mais de 90 pessoas, entre crianças e orientadores, no Centro de Eventos Rodeio 12. “Crianças em Comunhão” foi a temática que norteou as ações do retiro.
“Foram marcas deste retiro a integração dos orientadores com as crianças e as crianças que se reconheceram como parte de uma igreja maior, onde todos conhecem as mesmas histórias que revelam o amor de Deus. Histórias bíblicas, dinâmicas, louvor, passeio, brin cadeiras e verdadeira comunhão edificaram a vida de nossas crian ças, animaram nossos orientadores e fortaleceram o Culto Infantil em
nosso Sínodo”, alegrou-se o pastor sinodal Breno Carlos Willrich.
O programa contou com estu dos bíblicos, meditação, gincanas bíblica e esportiva, teatro e noite cultural. A ideia é reunir anual mente crianças entre 8 e 10 anos para compartilhar fé e promover
convivência. Para Gustavo Schultz, 9 anos, o encontro foi muito legal e divertido. Ele pede que o retiro aconteça todo ano e destaca as brincadeiras e os momentos de reflexão, que foram de fácil enten dimento. Liedson Kauê Schmidt, 11 anos, disse que a integração com
as crianças de outras comunidades foi importante. “Gostei muito da programação. A história bíblica foi bem especial. Me lembro quando foi dito que precisamos chorar com quem está triste e se alegrar com quem está alegre. Ano que vem quero ir de novo”.
Japoneses visitam sínodo em Joinville
O pastor Hirotaka Tokuhiro, da Comunidade Nipo-Brasileira de São Paulo, acompanhou a jo vem Mai Yamada (26), em visita ao Sínodo Norte Catarinense, em Joinville (SC).
Enquanto o pastor Tokuhiro permaneceu apenas algumas horas em Joinville, a jovem Mai Yamada acompanhou, nos dias 6 e 7 de agosto, os trabalhos no sínodo, visitou projetos com crianças e adolescentes e trocou muitas informações. Ela faz parte de um programa de jovens voluntários, organizado sobretudo pelo pastor Tukuhiro, entre a Comunidade Ni po-Brasileira, que é acompanhada pelo pastor brasileiro Luis Melo, e a Igreja Luterana no Japão-JELC. A JELC – sigla em inglês – é dividida em cinco sínodos e Mai Yamada vem da cidade de Kumamoto, do Sínodo Sul do Japão.
Mai também viajou com os jovens na caravana do SNC ao Congrenaje em Espigão do Oeste
(RO), uma experiência muito in teressante e importante, conforme ela. Mai observa que no Brasil as distâncias são muito grandes. “O Japão, em comparação ao Brasil, é um país muito pequeno”, diz.
Quanto à IECLB, a jovem japonesa observa como ela ainda é marcada pelas características de sua imigração de povos da Europa Central. “Será que um dia isso
pode vir a mudar? Será que um dia poderia encontrar nesta igreja mais presença de asiáticos e des cendentes de povos africanos?” questiona.
Solicitada a apontar alguma coisa que lhe chamou atenção especial no comportamento dos jovens brasileiros, Mai afirma: “É muito difícil fazer comparações. São culturas bastante diferentes.
Parece que os jovens brasileiros não têm muito contato com jo vens de outros países. Aqui todo mundo logo quer abraçar e trocar beijinhos. No Japão há grande respeito com a individualidade. O cumprimento é feito por aperto de mão. Há grande respeito entre as pessoas e eu não posso invadir a privacidade de outra pessoa.”
“Às vezes me senti um pouco exótica, mas estou aprendendo muito neste ano de voluntariado no Brasil. Em setembro vou retornar ao Japão. Levo no coração o Brasil como minha segunda pátria. Eu gostaria de retornar ao Brasil, in clusive para estudar”, planeja.
Desejamos à Mai uma boa esta dia no Brasil e que um dia retorne ao nosso meio. Aprendemos muito com suas perguntas. Elas nos fazem pen sar e enxergar o mundo com outros olhos. Obrigado, Mai Yamada.
A Comunidade Nipo-Brasileira comemora 50 anos de presença em São Paulo, em 2015. Com o pastor Luis Melo, é a primeira vez que tem um ministro brasileiro.
NOTÍCIAS BREVES
DISSERAM
ESTADO E IGREJA
Virando as costas para a igreja 1
Uma mudança na legislação tributária na Alemanha, para o ano que vem, está aumentando em mais de 50% a saída de luteranos e católicos das igrejas. A partir de 2015, o imposto eclesiástico não será mais descontado do imposto de renda, mas diretamente dos rendimentos do capital, dedutíveis dos juros pagos pelos bancos.
Virando as costas para a igreja 2
As próprias igrejas se entu siasmaram com a nova modalida de. Agora se pergunta se estavam bem assessoradas ao apoiarem a mudança, uma vez que protestan tes e católicos tomaram um susto ao receberem comunicados de seus bancos nesse sentido e co meçaram a desligar-se da igreja.
Virando as costas para a igreja 3
O assunto está levantando polêmica na Alemanha, onde manchetes sensacionalistas acusam as igrejas de meter a mão no lucro financeiro de seus fiéis. Segundo as igrejas, as cartas dos bancos foram a principal causa da confusão, levando seus clientes a entender que haveria um novo imposto eclesiástico.
TOM FRIEDEN, Diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.
“Nós sabemos como deter o ebola. Já tentamos métodos que funcionam.”
Jorn. TOBIAS MATHIES / Blumenau
Objetivo principal do Sínodo é promover o compartilhamento da fé e a convivência das crianças.
P. INÁCIO LEMKE / Joinville
Mai Yamada e o pastor Tokuhiro, com os pastores Lemke e Oliveira.
DIVULGAÇÃO O CAMINHO
5151 O CaminhO ANO XXX - Nº 9 SETEMBRO DE 2014 VIDA COMUNITÁRIA 5
CULTO INFANTIL
DIVULGAÇÃO O CAMINHO
SÍNODO NORTE CATARINENSE
Grupo de mulheres doa som a Centro Catarina von Bora
estava cheio de pessoas assistindo as apresentações das crianças.
De onde viemos?
Em ab RI l de 2011 o Cen tro de Formação e Convivência Catarina von Bora iniciava suas atividades com crianças de 6 a 14 anos, no bairro Itoupava Central em Blumenau (SC). Trata-se de um projeto da Comunhão Martim Lutero (CML).
Empobrecimento de larga ca mada da população na periferia de Blumenau, aumento da violência nas ruas e casas, abuso sexual de crianças e os efeitos do tráfico de drogas são fatos que mostram a necessidade de criar espaços de proteção à criança, onde esteja pro tegida e possa conviver e interagir com outras crianças e adultos.
O Centro oferece oficinas de artes visuais e plásticas, dança e teatro no contra-turno escolar e, com apoio da Pró-Família de Blumenau, também o espaço para
ginástica da terceira idade. Embora o prédio ainda não esteja concluído no piso superior, com autorização das autoridades competentes já funciona no térreo do prédio, onde são desenvolvidas as atividades com crianças e idosos do bairro.
OASE vive julho de encontros
No dia 13 de junho, foi levada a efeito uma noite cultural, com pais e amigos do Centro convidados para o evento. Na oportunida de, as crianças mostraram o que aprenderam e conseguiram realizar nas diversas oficinas. O auditório
JUBILEU
Entre outros visitantes, também estavam presentes o pastor Roni Roberto Balz, junto com membros da Paróquia Bom Pastor-Fidelis. Eles ficaram encantados com o que viram. Entretanto, perceberam a precariedade de sistema de som.
Aí sentiram o desafio de apoiar o trabalho, doando um novo aparelho de som com mi crofone ao Centro Catarina von Bora. No dia 18 de julho, a presi dente da OASE “Água Viva”, da Comunidade de Itoupava Baixa, Ruth Stein, junto com compa nheiras da diretoria do grupo e o pastor Roni, trouxeram este belo presente para o Centro.
Para nós foi uma grande ale gria, pois vimos neste gesto o reconhecimento do nosso trabalho junto às crianças do bairro. Muito obrigado pelo apoio!
Grupo de Pirabeiraba completa 60 anos
Meu sobrinho, durante uma dessas idas ao cemitério para le var flores, pediu para ver a foto do “ta-ta-ta-ta-taravô”. Fui mostran do o túmulo dos avós maternos, dos bisavós, dos tataravós. Mas ele não sossegou. E insistiu: “e o tatatatatataravô?”. Depois de algum tempo emendou: “Quero saber de onde eu vim.”
Em geral, falamos pouco de nossos antepassados. De vez em quando, tirar o pó daquela caixa de fotos e rememorar com as crianças as histórias ajuda a criar um sentimento de pertença: per tenço a um lugar, a uma família, a uma história.
Ancestrais
Uma colega de faculdade participou de um intercâmbio com uma faculdade em Moçambique, na África. Os colegas moçam bicanos estranharam quando a brasileira não soube dizer quem eram seus ancestrais. Envergo nhada por não saber muito de sua história, na volta para o Brasil, começou a investigar sua árvore genealógica.
A terceira semana de julho foi de belos encontros para as mu lheres da Paróquia Litoral Norte Catarinense. No dia 15 de julho o grupo Marta Maria, de Balneário Barra do Sul, esteve com o grupo AMA, de Schroeder, dois grupos noturnos de mulheres. Anualmen te os grupos se visitam e houve
mensagens, convivência e lanche à moda junina.
No dia 17 os grupos Wally de Balneário Barra do Sul e Adele de São Francisco do Sul estiveram na OASE Estrada d’Oeste, em Rio Bonito-Joinville. Nos alegramos por estas oportunidades de inter câmbio.
No dia 28 de julho o grupo de OASE Cristo Consolador, da comunidade do Distrito de Pira beiraba em Joinville (SC), festejou 60 anos de fundação. A data foi celebrada em culto de gratidão e louvor a Deus, ministrado pelo pas tor Carlos Krieger, juntamente com os ex-pastores Johann-Friedrich Genthner e Claus Brunken.
O pastor sinodal Inácio Lemke, do Sínodo Norte Catarinense, deu uma mensagem de incentivo e a presidente sinodal Venilda Rode
também se fez presente. Todos os grupos do Núcleo Joinville estive ram representados com duas parti cipantes. As integrantes do grupo entraram na igreja e cantaram um hino de louvor a Deus. Foram ho menageadas as seis fundadoras pre sentes e ex-pastores que deixaram suas marcas e ajudaram escrever os 60 anos de caminhada em “Co munhão, Testemunho e Serviço”. Ao final, no salão comunitário foi servido um gostoso café para todos que vieram.
AWH realiza seminário
No dia 9 de julho, a Associação Wally Heidrich-AWH realizou um seminário na Vila Elsa, em São Bento do Sul. O seminário foi di rigido especialmente para mulheres e esteve a cargo da pastora Marlete Stein Giese, de Curitiba. Versou so bre o tema “Atitudes para ser feliz”, baseado nas bem-aventuranças. A palestrante enfatizou que “Jesus só
pode nos fazer felizes se nós acei tarmos ser felizes”. Antes de Jesus consolar, curar e ajudar, o cristão deve desenvolver anseios em ser consolado, curado e ajudado. A pa lestra permitiu às 39 participantes analisar cada bem-aventurança e, acontecendo essas transformações na vida diária, bons frutos poderão ser colhidos.
Faça um exercício de tentar lembrar o máximo possível de sua genealogia e veja até onde consegue chegar. O próprio Deus se apresenta, em muitos momen tos, a partir da história vivida com seu povo: “Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó...” (Êxodo 3.6).
Fazer opções
Nós somos, em parte, fruto de nosso passado. Mas como ele irá influenciar nossa trajetória, isso é unicamente escolha nossa. No momento que conhecemos nossa história podemos fazer opções de como ela pode contri buir para nosso presente. Nosso passado pode ser uma bela plataforma para nos lançamos em belíssimos voos.
Que nossos caminhos sejam abençoados, se tivermos que retroceder algumas vezes para depois recomeçarmos com mais força e vontade. Que assim seja!
DIVULGAÇÃO
VERA CRISTINA WEISHEIMER é escritora, teóloga e ministra da IECLB em Joinville/SC
Doação foi feita pelo grupo Água Viva, da Itoupava Baixa.
P. em. FRIEDRICH GIERUS / Blumenau
5152 O CaminhO ANO XXX - Nº 9 SETEMBRO DE 2014MULHER6 REFLEXÃO
AÇÃO SOLIDÁRIA
Lieber Vater im Himmel. Ich danke Dir, dass Du dieses Wort an mich richtest und mich dadurch tröstest. Oftmals Spüre ich, wie die Angst mir den Atem nimmt. Dann erinnere ich mich an Dein Wort. Es gibt mir Mut weiterzu schreiten und aus der Hoffnung des Glaubens zu leben. Amen
Warum müssen so viele Menschen gewaltsam sterben?
P. em. FRIEDRICH GIERUS / Blumenau
18. Jul I 2014 passierte der Absturz einer Malaysia-AirlinesMaschine in der Ukraine mit 298 Menschen an Bord. Wie die New York Times weiter berichtet, sei die Maschine von einer russischen Rakete der SA-Serie abgeschos sen worden. Die Ukraine wirft den prorussischen Separatisten vor, die Boeing abgeschossen zu haben – wie zuletzt mehrere ukrainische Militärflugzeuge.
Russlands Präsident Putin hat die Verantwortung für den Absturz der Ukraine zugeschrie ben und Separatisten bestreiten Verantwortung für möglichen Abschuss. Die Welt ist erschüt tert über dieses Unglück. Es gibt Trauerfeiern und Schweigeminu ten mit Fahnen auf Halbmast, besonders in den zehn Ländern, aus denen die verunglückten Pas sagiere stammen. Allein Holland beweint 192 Opfer, Malaysia 44, Australien 27, Indonesien 12, England 10. Ohne Zweifel, so ein Unglück in diesen Ausmaßen ist schrecklich und geht einem zu Herzen.
Auf der anderen Seite frage ich mich, weshalb man nicht so sehr bewegt ist, wenn von mehr als 1.200 Toten im Krieg zwischen Israel u. Palästina berichtet wird oder von den mehr als 150.000 Opfern des Bürgerkriegs in Syrien, nicht zu sprechen von den vielen, vielen Toten in den kriege rischen Auseinandersetzungen der verschiedenen Länder Afrikas, wo es außerdem noch Millionen von Flüchtlingen gibt. Gehört das einfach zur Tagesordnung?
Aber wenden wir uns unserer brasilianischen Realität zu. Hier zeigt die Statistik erschütternde Zahlen. Die Zeitschrift Veja berichtet in einem Artikel in der Ausgabe vom 21. 12. 2013, dass 2012 60.000 Menschen im Straßenverkehr umgekommen
sind. Tendenz zunehmend. Gehen wir weiter: Gemäß der offiziellen Statistik (Veja vom 3.12.2013) sind in Brasilien im Jahr 2012 mehr als 50.000 Menschen ermordet worden. Die Zahl ist 2013 gewachsen. Das sind die offiziellen Daten! Forscher sind der Meinung, dass die Zahl der Ermordeten um etwa 20% höher liegt, als die offizielle Statistik angibt. D.h. in Brasilien sterben täglich etwa 165 Menschen, die umgebracht werden und etwa genau so viele, die im Straßen verkehr umkommen. Das heißt, in Brasilien sterben täglich 330 Menschen eines gewaltsamen Todes. Das ist eine Zahl, die uns erschüttern, die uns zutiefst trau rig machen muss.
Wenn ich nun weiterdenke, wie viele Menschen sterben bei uns in Brasilien, weil sie nicht genug zu essen haben? Wie viele sterben, weil sie verlassen, verein samt und durch die Schuld anderer Menschen vom Tod hingerafft werden? Darüber gibt es keine statistischen Zahlen. Der liebe Gott weiß das aber! Die Frage, die mich bewegt, ist: Was tun wir als Christen in unseren Familien, im Zusammenleben mit den Nach barn oder in der Gemeinschaft der
Arbeitskollegen? Tragen wir auch bei, dass Menschen sterben, weil wir nicht fähig sind zu vergeben? Weil wir nicht fähig sind, das Leben zu fördern? Weil wir nicht fähig sind unsere Feinde zu lieben, so wie Jesus dies seinen Jüngern geboten hat?
In diesem Sinn schreibt der Apostel Paulus seinen Lesern im Römerbrief Kap. 12,19-21: Rächt euch nicht selbst, meine Lieben, sondern gebt Raum dem Zorn Gottes; denn es steht geschrieben „Die Rache ist mein; ich will vergelten, spricht der Herr“. Vielmehr, wenn deinen Feind hungert, gib ihm zu essen; düstet ihn, gib ihm zu trinken. Wenn du das tust, so wirst du feurige Koh len auf sein Haupt sammeln. Lass dich nicht vom Bösen überwin den, sondern überwinde das Böse mit Gutem.
Ich will nicht behaupten, dass es leicht ist, dieser ethischen Grundregel christlichen Glaubens gerecht zu werden. Aber wenn wir als Christen in unserer Gesell schaft wenigstens unseren Egois mus, unsere Selbstgerechtigkeit und unsere Gier nach Macht und Einfluss bändigten, würden nicht so viele Menschen sinnlos und gewaltsam sterben!
Sei getrost und unverzagt, fürchte dich nicht und lass dich nicht erschrecken!
Por que tantos morrem de modo violento?
No dia 18 de julho de 2014 houve a queda de um avião da Malaysia-Airlines com 298 pessoas a bordo. Segundo relato do New York Times, o avião foi derrubado por um míssil de fabricação russa, da série SA. A Ucrânia acusa os separatistas russos de ter derrubado o Boeing –bem como os mais recentes aviões militares ucranianos.
Já o presidente russo Putin afirmou que a responsabilidade pela queda é da Ucrânia e os separatis tas refutam responsabilidade pela derrubada. Omundo está abalado por conta dessa tragédia. Luto e minutos de silêncio com bandeiras a meio mastro são celebrados nos países de origem dos passageiros mortos. A Holanda teve 192 vítimas, a Malásia 44, a Austrália 27, a Indonéisa 12, a Inglaterra 10. Uma tragédia dessas proporções, sem dúvida, é assusta dor e nos atinge na alma.
Por outro lado, eu me pergunto porque não nos comovemos tanto quando se fala em mais de 1.200 mortos na guerra entre Israel e Palestina iy em 150.000 vítimas da guerra civil na Síria, sem falar dos muitos e muitos mortos nas muitas regiões de conflito em diversos países da África, onde além disso ainda há milhões de fugitivos. Isso simplesmente faz parte od nosso dia a dia?
Entretanto, olhemos para a nos sa realidade brasileira. A estatística nos mostra números assustadores. A revista Veja relata em um artigo, na edição de 21.12.2013, que em 2012 60.000 pessoas morreram ví timas de acidentes de trânsito, com tendência para aumentar. Segundo as estatísticas oficiais, mais de 50.000 pessoas foram assassinadas em 2012. Esse número cresceu em 2013. São os dados oficiais! Segun do os especialistas, este número pode estar 20% acima disso. Isto
é, no Brasil morrem 165 pessoas assassinadas todos os dias, e outro tanto que morre no trânsito. Isso quer dizer que no Brasil diariamente 330 pessoas sofrem morte violenta. É um dado que deveria nos entriste cer profundamente.
Continuando a reflexão, quantos morrem no nosso Brasil porque não têm o suficiente para comer? Quantos morrem porque são aban donados, vivem na solidão e que são ceifadas pela morte pela culpa de outros? Não há estatísticas sobre isso. Mas Deus sabe! A pergunta que me move é: O que fazemos nós cristãos em nossas famílias, no con vívio com vizinhos ou dos colegas de trabalho? Contribuímos também para que pessoas morram porque não perdoamos? Porque não somos capazes de promover vida? Porque não somos capazes de amar o nosso inimigo, como Jesus ordenou a seus discípulos?
Nesse sentido, o apóstolo Paulo escreve em Romanos 12.19-21:
Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito; “A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei”, diz o Senhor. Pelo contrário, se o teu ini migo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.
Não quero afirmar que é fácil fa zer jus a esta regra ética fundamental da fé cristã. Mas se, como cristãos em nossa sociedae ao menos controlássemos o nosso egoísmo, nossa autojustiça e nossa ância por poder e influência, não morreriam tantas pessoas sem sentido e de modo violento!
KRITISCH BEOBACHTET
OLHAR CRÍTICO
Tradução: P. Clovis Lindner
5153 GEBET
SYNODEN VALE DO ITAJAI U. NORTE CATARINENSE Evangelische Kirche Lutherischen Bekenntnisses in Brasilien-EKLBB SEPTEMBER 2014 Jahrgang XXX - Nummer 9 MONATSSPRUCH
1. Chronik 22,13
Du bist auf dem richtigen Weg!
Marktwirtschaft sorgt für Ungleichheit
Genf (epd) – Der Ökumenische Rat der Kirchen (ÖRK) hat die marktwirtschaftliche Ordnung für die „alarmierende“ Ungleichheit auf der Welt verantwortlich gemacht.
Die kleinen Beinchen tragen ihn noch nicht lange ohne Halt. Aber ganz unverzagt stapft er los. An der Terrassentür macht er halt. Als plötzlich eine Katze vor dem Glas auftaucht, erschrickt er und kann sich nicht mehr auf den Beinen halten, er landet auf dem weichen Windelpops.
Dieses Bild ist mir vor Au gen, wenn ich den Monatsspruch bedenke. Wie schnell zieht es Menschen die Beine weg, wenn sie Angst haben, wenn sie erschreckt werden.
„Sei stark und mutig! Hab keine Angst und lass dich nicht ein schüchtern!“ So klingt der Satz aus der Bibel in gerechter Sprache, den König David seinem Sohn Salomo sagt und ihm den Bau des Tempels übergibt. Das Haus des Herrn soll gebaut werden, schön und prächtig, da bleibt Kritik nicht aus.
Lass dich nicht einschüchtern, es ist der Wille des Allmächtigen, es ist das Gebot Gottes, es ist menschlich, solidarisch, notwendig. Ich bin mir sicher, jeder Mensch kennt Situationen oder Geschichten, in denen Menschen unverzagt für ihre Überzeugung eintreten und dann werden Steine in den Weg gelegt, Knüppel zwischen die Beine gewor fen. Da verbreitet jemand Angst und Schrecken und man kann nicht stand halten, es zieht mir die Beine weg, ich drohe zu stürzen.
Ich helfe meinem Enkel auf die Beine. „Das ist zwar für dich ein großes Tier, du brauchst aber keine Angst davor zu haben, ich bin da, ich halte dich fest, ich helfe dir auf die Beine.“
Gut, wenn es Verbündete gibt, die Mut machen, lass dich nicht einschüchtern, du bist auf dem richtigen Weg!
FALLEN
Noch niemals ist ein Mensch so tief gefallen, als dass er nicht in Gottes Hände fällt.
Und wenn die Ängste quälend nagen, geh ich zu ihm und lasse fallen die Sorgen, mich.
Und der mich hält, der wird mich auch mit meinen Fragen tragen.
Reinhard Ellsel
GEBET
lieber himmlischer Vater, schenke mir die Unverzagtheit eines Kindes, das sich auf den Weg ins Leben macht, schenke mir das Vertrauen, ich bin nicht allein, ich habe Verbündete, die mir Halt geben, schenke mir den Mut, anderen zur Seite zu stehen, wenn sie für ihre Überzeugung unter Druck geraten.
Carmen Jäger
Tiere in der Bibel: Das Schaf
dAs sChAf gehört neben Ziege und Hund zu den ältesten Haustieren. Entsprechend alt ist der Beruf des Schafhirten. Schafe liefern Wolle und Fleisch, Milch und Dung. In der Ge schichte Israels wird die Schafhaltung von Anfang an erwähnt. Schon für den Nomaden Abraham galt der Rat: Geh sorgfältig mit deiner Schafherde um. Schafe geben dir Nahrung und Klei dung und dienen als Handelsgut. Im Weisheitsbuch der Sprüche hat dieser Rat seinen schriftlichen Niederschlag gefunden (Spr, 27,23–27). Auch dient das Schaf wegen seiner Reinheit, die ihm vom Menschen zugeschrieben wird, als Opfertier – im Gegensatz zur Ziege oder dem Hund.
Die biblischen Menschen erle ben Schafe im engen Miteinander durchweg positiv. Schafe gelten als gutmütig und dienen als Sinnbild für
Geduld. Symbo lisch stehen sie oft für den Menschen, der es nicht böse meint, aber auf Hilfe und Leitung angewiesen ist.
Von Jesus wird berichtet, dass er Mitleid hat mit den vielen Menschen, die seine Nähe suchen, „denn sie waren verschmach tet und zerstreut wie die Schafe, die keinen Hirten
Die 85 reichsten Menschen hätten ein größeres Vermögen als die 3,5 Milliarden ärmsten Menschen zu sammen, kritisierte die Vorsitzende des ÖRK-Zentralausschusses, die Kenianerin Agnes Abuom, am 2. Juli in Genf. Die Doktrin des gren zenlosen Wachstums vergrößere die Kluft zwischen Arm und Reich weiter, unterstrich die Anglikane rin. „Täglich sterben Menschen wegen Mangels an Essen.“ Ein würdevolles Leben”ohne Hunger sei für viele Menschen unerreichbar geworden, sagte Abuom.
Der ÖRK-Zentralausschuss ist das Leitungsgremium des knapp 350 Kirchen umfassenden Ver bandes. Investoren aus den EULändern, den USA und China hätten bei ihrem Engagement in armen Ländern nur ihre Profite im Auge, beklagte Abuom. Viele Deals zwischen Firmen und Regierungen in den südlichen Ländern brächten den Einheimischen keinen Nutzen. In Afrika klafften nur noch riesige Löcher in der Erde, nachdem die Firmen Öl und andere Boden schä tze gewonnen hätten. Viele Kirchen bekämpften die Armut nicht entschlossen genug, bemän gelte die Kenianerin.
Agnes Abuom ist die erste Frau und der erste Repräsentant aus Afrika an der Spitze des Zentral ausschusses seit der Gründung des Weltkirchenrats 1948. Sie wurde auf der ÖRK-Vollversammlung 2013 mit den anderen 149 Mitglie dern des Gremiums gewählt. Die Kirchen des ÖRK repräsentieren mehr als 500 Millionen Gläubige. Die katholische Kirche ist nicht Mitglied.
Zentralausschuss verlängert amtszeit um fünf Jahre – Der Norweger Olav Fykse Tveit bleibt weitere fünf Jahre Generalsekre tär des Ökumenischen Rates der Kirchen. Der Zentralausschuss
mangeln. Er wei det mich auf einer grünen Aue und führet mich zum frischen Was ser. Er erquicket meine Seele. Er führet mich auf rechter Straße um seines Namens willen. Und ob ich schon wanderte im finstern Tal, fürchte ich kein Unglück; denn du bist bei mir, dein Stecken und Stab
trösten mich“ (Ps. 23,1-4).
Jesus vergleicht sein Aufsuchen von sündigen Menschen mit einem Hirten, der „dem verlorenen Schaf nach geht, bis er’s findet“ (Lukas
des Weltkirchenrates berief den 53-jährigen Theologen am 3. Juli in Genf für eine zweite Amtszeit. Der Lutheraner ist seit Anfang 2010 Generalsekretär des Dachverban des von weltweit 345 Kirchen mit rund 500 Millionen Mitgliedern. Tveit bleibt nun bis mindestens Ende 2019 im Amt.
Die Vorsitzende des 150 Mit glieder zählenden Zentralaus schusses, die Kenianerin Agnes
Abuom, lobte Tveit als mutigen und vorausschauenden Generalsekretär, der sein Amt in schwieriger Zeit übernommen hatte. Die Bestätigung durch den Zentralausschuss sei ein „großes Privileg“, sagte der norwe gische Theologe. Im Mittelpunkt der ökumenischen Bewegung stehe der Einsatz für „Gerechtigkeit und Frieden in der Welt“.
Der Weltkirchenrat wurde am 23. August 1948 in Amsterdam gegründet. Der Weltbund versteht sich als Gemeinschaft von Kir chen mit dem Ziel der „sichtbaren Einheit“. Dem Weltkirchenrat gehören protestantische, anglika nische, orthodoxe und altkatholi sche Kirchen sowie Freikirchen an. Die römisch-katholische Kirche ist nicht Mitglied, arbeitet aber seit Ende der 60er Jahre in wichtigen Gremien wie der „Kommission für Glauben und Kirchenverfas sung“ mit.
15,4). Im Johannesevangelium sagt Jesus: „Ich bin der gute Hirte und kenne die Meinen, und niemand wird sie aus meiner Hand reißen“ (Joh. 10,14.28). Jesus geht im Kampf für die Menschen bis zum Äußersten: „Der gute Hirte lässt sein Leben für die Schafe“ (Joh. 10,11). Schließlich opfert sich Jesus sogar für seine irrenden Menschen und stirbt am Kreuz. Deshalb sagt Johannes der Täufer von ihm: „Das ist Gottes Lamm, das der Welt Sünde trägt!“ (Joh. 1,29).
Manchmal werden Pfarrerinnen und Pastoren als „Hirten“ bezeich net, die ihre Gemeindeglieder als „Schäfchen“ leiten. Das Wort „Pastor“ kommt nämlich aus dem Lateinischen und bedeutet „Hirte“.
Sei getrost und unverzagt, fürchte dich nicht und lass dich nicht erschrecken!
Olav Fykse Tveit
haben“ (Mt. 9,36). Der Prophet Jesaja beschreibt menschliches Irren mit den Worten: „Wir gingen alle in die Irre wie Schafe, ein jeder sah auf seinen Weg“ (Jes. 53,6). Entsprechend vergleicht
die Bibel das Verhältnis zwischen Mensch und Gott mit dem Verhältnis zwischen Schaf und Hirte – am ein drücklichsten wohl in Psalm 23: „Der HERR ist mein Hirte, mir wird nichts
Reinhard Ellsel
DIVULGAÇÃO
SuplementO Der Weg - O CaminhO ANO XXX - Nº 9 SETEMBRO DE 20148 DER WEG 5154
U NSERE A NDACHT
– 1. Chronik 22,13 –
Von C ARMEN Jä GER W ELTKIRCHENRAT
FOTO GIERUS
O CAMINHO DIVULGAÇÃO O CAMINHO
Diaconia realiza quarto fórum
Ex ISTE DI fERE nça entre caridade e diaconia? A pergunta es tava presente entre os participantes do 4º Fórum Sinodal de Diaconia do Sínodo Norte Catarinense, na Paróquia da Paz, em Joinville (SC), no dia 19 de julho.
A pastora Dra. Rosane Pletsch assessorou o tema “Da Caridade à Diaconia”. Antes da Reforma, interpretava-se a assistência aos pobres segundo as escrituras: “Dar esmolas expia o pecado”. Bispos e teólogos pregavam que Deus poderia ter feito todas as pessoas ricas, mas quis que existissem os pobres no mundo para que os ricos tivessem uma oportunidade de ex piar pecados. Diziam que os pobres carregam os ricos para o céu. Ser pobre era um prêmio de consola ção, era uma posição privilegiada e, por isso, não deveria ser alterada, sublinhou Rosane.
O propósito da caridade não era aliviar as dificuldades dos que a recebiam, mas obter méritos diante de Deus. A teologia legitimava a mendicância e valorizava o ato de dar esmolas, afirma a assessora.
O reformador Martim Lutero declarou que “Ninguém deveria pedir esmolas entre os cristãos”.
A Reforma Protestante deu impul sos práticos e um novo quadro de referências para criar um sistema de assistência social centralizado e coordenado por mãos públicas. Isso marca o início da modernida de, diz Rosane.
A “caridade” amarra as pesso as, faz com que sejam dependentes
Projeto missionário em Itapoá inaugura moradia para ministro
da misericórdia da sociedade. A diaconia é um serviço que trans forma, que restaura a pessoa in tegralmente, que luta pela justiça e pela igualdade entre as pessoas, que liberta e devolve a esperança a quem sofre. Sim, a diaconia é a igreja pé no chão, ali onde a palavra e a ação se tornam uma unidade. Isso mesmo! Tanto a palavra como a ação são proclamação do evange lho, esclarece Rosane.
O tema do Fórum de Diaconia estimulou as participantes a refle tirem sobre o que é diaconia. Uma das participantes declarou: “O tema remexeu os nossos conceitos do servir. A partir de hoje vamos rees truturar o nosso serviço”. O Fórum contou com a presença do coral infantil Tributo a Jesus, da Missão Morro do Meio. As crianças emo cionaram as pessoas presentes com suas vozes e expressões. Assim, como o grupo Irmãos pela Fé, que também encantou a todos.
Galo Verde convida para seminário em setembro
Nós, eleitores
A Paróquia Martinho Lutero, com sede em Garuva (SC), criou o Projeto Missionário em Itapoá, no litoral catarinense. Uma comu nidade jovem, de apenas 15 anos, tem enorme demanda devido ao turismo e à criação do porto.
Para unir a comunidade em torno do projeto a paróquia aco lheu os estagiários Jardel Néspolo (FLT) e Betina de Oliveira (EST) e a PPHMista Carina Schmidt (EST). Os três deixaram boas e profundas marcas. Este bom início mostrou a
necessidade de melhorar a estrutura física, preparando a comunidade para acolher um ministro ordenado no futuro. No ano passado, criouse uma comissão de obras, para prover projeto e recursos para a construção de uma casa pastoral. Desde então, houve um esforço conjunto de comunidade, paróquia, união paroquial, sínodo e IECLB, com ofertas de veranistas e apor tes da Obra Gustavo Adolfo. No domingo 27 de julho a nova casa pastoral foi inaugurada em culto festivo seguido de almoço. A casa foi consagrada com um carro na garagem; um membro de Garuva doou um Fusca 1982. A liturgia foi oficiada pelo pároco, pastor Euclécio Schieck, e a pregação pelo pastor sinodal Inácio Lemke. No próximo mês, a comunidade recebe a primeira inquilina da nova casa pastoral, a PPHMista Miriam Schenkel Cota (FATEV).
pARtiCipE do 2o sEmi náRio do GAlo VERdE O encontro será no dia 6 de setembro, na Escola Barão do Rio Branco, em Blumenau (SC). Sob o tema geral “Educação Ambiental”, serão palestran tes os ambientalistas Lúcia Sevegnani (Acaprena) e José Sommer (Faema). Se você quer saber como implantar o Programa Ambiental Galo Ver de em sua comunidade/igreja, participe! Vamos iniciar às 8h30min. Conheça a programa ção completa do dia e inscrevase pelo site galoverde.org.br.
Por que votar? Em quem votar? Vamos às urnas sob o comando da lei, não da nossa consciência. E quando deixamos a cabine eleitoral para trás, prontamente esquecemos em quem votamos. Foram tantas as decepções ao longo dos anos que desacreditamos, até, do sistema.
Estatísticas recentes mostram o desinteresse dos jovens, que votariam pela primeira vez, mas não são obrigados a isso; os adultos de todas as idades, porém, também estão de sencantados. Deveríamos votar, não por obrigação, mas por convicção e confiança na democracia; e principal mente para continuar desempenhando nosso papel de cidadãos e cobrar dos eleitos o cumprimento de suas promessas de campanha.
Prestar contas
Representantes do povo ameri cano são estreitamente controlados por seus eleitores, e frequentemente voltam às suas bases – não para fazer novas promessas, mas para prestar contas de seus projetos. O detalhe é que o voto americano é voluntário. Os eleitores sabem quem escolhe ram e por que o fizeram. Em anos recentes, os franceses, igualmente eleitores voluntários, negligenciaram seu papel e por pouco entregaram os destinos do país a um candidato que não desejavam ver na Presidência. O segundo turno deu-lhes a chance de reverterem o quadro.
Reforma Política
Em nosso país, é urgente que se reconheça a responsabilidade do eleitor e do eleito. A reforma polí tica, tão necessária, já deveria ter acontecido há muito tempo, mas não interessa a quem está no poder. Quem quer ser obrigado a prestar contas de seus atos? Mesmo assim, enquanto a situação não muda, precisamos prestar atenção à campanha eleitoral e discernir entre candidatos merece dores da nossa confiança; e cobrar deles, se eleitos, o cumprimento de suas promessas.
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ANAMARIA KOVÁCS, jornalista e professora aposentada, em Blumenau / SC
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A casa pastoral em Itapoá já vem com um carro na garagem.
O CaminhO ANO XXX - Nº 9 SETEMBRO DE 2014 9ENCONTROS SÍNODO NORTE CATARINENSE EM TEMPO
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Diac. VALMI IONE BECKER / Joinville
FOTO: CACÁ SCHIECK
Pacificação completa um século
a n TES da chegada dos eu ropeus ao Vale do Itajaí, a região era coberta por magnífica floresta, hoje chamada de Floresta Atlânti ca, riquíssima em biodiversidade. Nela vivia um povo nômade, os Xokleng ou botocudos, que se deslocavam entre o planalto e o litoral, vivendo da caça e da coleta de frutos e sementes.
Com a vinda dos europeus ao Vale do Itajaí, a partir de 1850, embates foram travados. Os bran cos invadiram as terras dos índios e os índios reagiram. Os brancos da colônia Blumenau contrata ram milícias para afugentar os “silvícolas” e facilitar o “avanço do progresso”, notabilizado por Martinho Bugreiro. Um de seus capangas, de nome Ireno Pinheiro, relata: “Primeiro disparava uns tiros. Depois passava-se o resto no fio do facão... Cortavam-se as orelhas. Cada par tinha preço. Às vezes, para mostrar, a gente trazia mulheres e crianças. Tinha que matar todos. Senão, algum sobre vivente fazia vingança”.
Esta estratégia de ocupação teve reflexos internacionais, chegando a ser denunciado no Congresso em Viena, o que levou o governo federal a criar o Servi ço de Proteção ao Indio-SPI, que em 1911 envia a Hamonia (hoje Ibirama) um grupo com a missão de contato e pacificação dos Xok leng, entre eles Eduardo de Lima e Silva Hoerhan; um jovem, mui to jovem. Hoerhan meteu-se no
SPI aos 16 anos contra a vontade de seus pais e veio com a missão do órgão para o Vale do Itajaí. A missão fracassa, especialmente por falta de recursos, e o grupo
deixa Ibirama.
Apenas o jo vem Eduardo per maneceu, deter minado a por fim aos conflitos. Em
Hoerhan esteve preso sob acusação de assassinato, da qual foi absolvido pela justiça.
O jovem Eduardo de Lima e Silva Hoerhan entre jovens Xokleng e orquídeas.
22 de setembro de 1914, às margens do rio Platê, nu como os botocudos, fez o primeiro conta to. Estabeleceu com os indígenas um acordo: “nós brancos vamos delimitar uma área, o Posto Indígena Duque de Caxias, e vocês não saiam daqui”. Quando um índio saía da re serva, Eduardo se em penhava, às vezes por semanas, até trazê-lo de volta. Ele desestimulava incursões pela floresta, pois em um encontro com brancos a beligerância estaria restabelecida. Eduardo também se empenhou junto ao SPI para
garantir o sustento dos Xokleng confinados na reserva.
Carioca de nascimento e filho de austríacos, Hoerhan foi capitão da Marinha, e seu treinamento influenciou o modo como lidou com o povo Xokleng. Ele sempre defendeu os direitos dos indígenas e teve diversos conflitos por conta disso, com as autoridades e com a comunidade branca. Seu primeiro casamento foi com a gaúcha Fran cisca, que tinha sangue indígena e lhe deu cinco filhos. Morou com a família no posto indígena e mais tarde numa casa onde hoje é a Barragem Norte.
Embora polêmico, coube a Eduardo Hoerhan a pacificação entre índios e brancos e a promoção do aldeamento do povo Xokleng. Embora isso tenha contribuído para eliminar a caça aos bugres, muitos aldeados se envolveram com álco ol, tabaco, gripe e desgraça, sendo explorados e suas florestas esplota das até a última canela preta.
No final de sua vida, o pacifi cador lamentava: “Se eu pudesse prever que iria vê-los morrer tão miseravelmente, os teria deixado na mata, onde ao menos morreriam mais felizes e defendendo-se de armas na mão contra os bugreiros que os assaltavam”.
Segundo o Arquivo Histórico de Ibirama, Hoerhan morreu em 1976, no Hospital Miguel Couto em Ibirama, onde está sepultado no Cemitério Municipal, num túmulo em cuja lápide não aparece seu nome, nem datas. Há apenas uma flecha e sua denominação na língua indígena: Kathangara.
Um quarto de século de luta contra o mundo das drogas
M ARCOS M EY / Blumenau
Na inauguração da primeira ala do Centro de Recuperação Nova Esperança-Cerene em Blumenau (SC), o Dr. Luiz Carlos de Carvalho, então secretário da justiça de SC, disse: “Com o Cerene nasce uma nova esperança para Blumenau”. Até ali já haviam passado muitos homens pelo Cerene, que nasceu da necessidade de ajudar pessoas aco lhidas na sede da Missão Evangélica União Cristã-Meuc. O missionário Euler Westphal, com sua visão dia conal de serviço cristão, dizia que devemos ser não só ouvintes, mas praticantes da palavra de Deus. Ao lado do missionário Hans Fischer, de Pomerode, e outras lideranças da Meuc, foi fundada uma organização para acolher pessoas dependentes de álcool e drogas.
O Cerene nasce pequeno, hu milde e aos poucos, num lugar de pedras, rio e montanha, em uma casa de campo com estrebaria e rancho. Uma reunião com ata do dia 4 de maio de 1989 marca oficialmente a
fundação. Alair Scheidt, natural de Imbuia (SC), plantador de cebolas, pai de uma família de quatro filhos, conhecedor da palavra de Deus e com muito amor às pessoas, cons truiu os primeiros anos da história da instituição. Os primeiros residentes moravam na própria casa com a família. Mais tarde estrebaria, ran cho e garagem viraram alojamento, refeitório e cozinha.
A prefeitura de Blumenau inves tiu muitas horas em terraplenagem e novas construções foram erguidas. Campanhas, como da nota fiscal e da Celesc, ajudaram a sustentar a or ganização. Também foram firmados convênios com prefeituras, governo do estado e federal através da Secreta ria Nacional Anti-Drogas. Empresas também ajudaram através do pro jeto Selar. A unidade de Blumenau
firmou-se, e foram abertas unidades filiais em Palhoça, São Bento do Sul, Lapa-Curitiba e Ituporanga, para o público feminino.
O Cerene entende a dependên cia química como doença e adota a abstinência e a espiritualidade como terapia, com a perspectiva de processos de ensino-aprendizagem que consideram o ser humano modificável.
Há dez anos o Cerene iniciou um projeto que hoje atende 18 ado lescentes, com apoio de empresas privadas e Fundo da Infância e Adolescente. Esses garotos têm ati vidades físicas, oficinas de música e pintura e ensino pedagógico.
Hoje o Cerene atende 260 pes soas em suas unidades. A entidade recebeu os prêmios “Responsa bilidade Social da Assembleia Legislativa de SC” e “Mérito de Valorização da Vida”, da Secretaria Nacional Antidrogas. No dia 4 de maio um público de 1.100 pessoas prestigiou o evento que relembrou essa história e homenageou os fundadores do Cerene.
Pátria amada
JOÃO ARTUR MÜLLER DA SILVA, pastor, gerente editorial da Editora Sinodal, em São Leopoldo/RS
Durante os dias da Copa do Mun do, o Brasil enfeitou-se com as cores de sua bandeira. Foi um “porre” de verde e amarelo em todos os lugares. E agora chega setembro, e somos mo tivados a pensar em nossa pátria. E lá vêm as cores verde e amarelo enfeitar as cidades, as vitrines, as roupas, e por onde se anda as fitinhas verde e amare lo estão tremulando, tremulando...
Além das fitas, ouviremos em alto e bom som o nosso hino nacional e o refrão mais conhecido – Ó pátria amada, idolatrada, salve, salve... Afinal, estamos satisfeitos com nossa pátria? Ela é a pátria dos nossos so nhos? Hoje o Brasil mais parece um pesadelo do que um sonho realizado e construído com a participação cidadã. Na contramão de quem sonha com uma pátria livre de pobreza, de injusti ças e descalabros nas administrações públicas, temos um batalhão de brasileiros envolvidos com corrupção e improbidades administrativas. E também essas pessoas certamente cultivam admiração pelo verde e ama relo e cantam emocionadas o Hino Nacional, mas não cultivam respeito e amor pelos valores desta pátria tão espoliada por eles próprios.
O verde e o amarelo serão honra dos quando todos, aqui incluídas as autoridades e políticos do Congresso Nacional, das assembleias legislativas e das câmaras de vereadores aban donarem os caminhos da corrupção e da enganação. E se dedicarem aos caminhos da educação, do respeito, da cidadania e da justiça social. Por esses caminhos da educação cidadã o Brasil justo e tolerante será realidade, e todos nós seremos felizes na pátria onde nascemos!
liVRo do mês
Roberto E. Zwetsch, professor da Faculdades EST, é o organizador do livro – Cenários urbanos: Realidade e Esperança - Desafios às comunidades cristãs. Na introdução, ele faz uma declaração de amor: “Amar a cidade é conhecê-la e lutar por sua dignidade, liberdade e futuro.” As pesquisas e estudos de seis pastores e ainda uma reflexão sobre Teologia e cinema: uma arte urbana – fazem deste livro uma fonte valiosa para quem trabalha na comunidade cristã na cidade. Propos tas e experiências compartilhadas nes te livro animam a missão na cidade.
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REPRODUÇÃO O CAMINHO
Colaboradores do Cerene durante a homenagem pelos 25 anos.
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5156 O CaminhOHISTÓRIA10 PENSANDO BEM
ANO XXX - Nº 9 SETEMBRO DE 2014 COLONIZAÇÃO E POVOS INDÍGENAS
REPRODUÇÃO O CAMINHO
M ARIA A PARECIDA C UST ó DIO e N ELCIO L INDNER / Blumenau
CERENE 25 ANOS
Rio Negro celebra 125 anos
a C O mun ID a DE Luterana de Rio Negro (PR) reuniu-se em culto de ação de graças no dia 20 de julho para celebrar o testemunho e a missão cristã como IECLB ao longo de 125 anos, na região de Rio Negro, Mafra e Itaiópolis.
Na prédica o coordenador mi nisterial, pastor Jairo Lindolfo Menezes dos Santos, falou sobre “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor” (1 Co 13.13). Lembrou que um dos
Um jogo sobre o tema do ano da IECLB
A Secretaria de Formação da IECLB acaba de lançar um interessante jogo de tabuleiro sobre o Tema do Ano 2014.
“A Cidade da Paz” foi elabo rado em parceria com a Edito ra Otto Kuhr e é inspirado no lema bíblico do tema do ano, de Jeremias 29.7. O jogo quer fortalecer ações de cidadania e contribuir para o bem-viver na cidade. As crianças vão aprender brincando que cida dania é a relação com o lugar onde se vive e as pessoas que fazem parte dele, fortalecen do e ensinando as regras de convívio. “Como pessoas
AGRADECIMENTO
Partiu para o Senhor a nossa muito querida mãe, avó, bisavó e tata ravó, no dia 02 de julho de 2014, aos 97 anos, 8 meses e 4 dias. ClARA RothEmBuRG, (nascida Müller), nasceu na cidade de Ibirama/SC em 28/10/1916. Deixou duas filhas e um filho (um filho e uma filha já faleci dos), um genro, duas noras, doze netos, dezessete bisnetos, uma tatara neta, uma irmã com 86 anos e uma cunhada. Agradecemos a todos que, com carinho ajudaram de alguma forma, em casa e também no Hospital Santo Antônio e a manifestação de conforto e apoio por familiares, amigos e conhecidos. Agradecemos ao Pastor Werner Kröcker pela mensagem de ânimo e fé que nos trouxe através da palavra de Deus. Nossa mãe Clara nos deixou um exemplo de vida e uma família bonita e abençoada.
“So nimm denn meine Hände
Und führe mich bis an mein selig Ende. Lass ruhn zu Deinen Füssen Dein armes Kind
Es will die Augen schliessen, Und immer fester glauben.
Jesus: Du bist der Herr meines Lebens, Du bist für mich am Kreuz gestorben.”
Rosita Rothemburg
cidadãs, já nascemos com uma série de direitos: direito à vida, ao trabalho, à liberdade, à educação e ao lazer, mesmo que, é verdade, nem todos os direitos são respeitados. No entanto, num tempo onde tudo parece girar em torno do consumo e do lucro, ser pes soa cristã e cidadã é também levantar bandeiras e firmar o pé em favor da vida boa, sim ples e digna”, escreve a secre tária de formação da IECLB, catequista Débora Conrad. Adquira o seu exemplar na Livraria Martin Luther, pelo telefone 47/3337-1110.
IDADE
sinos instalados na torre do templo recebeu o nome de fé; mais adiante, o segundo sino recebeu o nome de esperança. Quando a comunidade ouve os sinos, reunida em comu nhão era fortalecida na fé e na espe rança, para ao sair do templo fosse testemunha do amor de Deus.
No Culto dos 125 anos a comu nidade acolheu com alegria as boas palavras do presidente do Conselho Sinodal do Sinodo Norte Catari nense, Carlos Henrique Sacht, e recebeu as boas palavras do repre sentante da Igreja Católica de Rio Negro e Mafra, diácono Dorvalino Alves da Silva. Também marcaram as mensagens do presidente da comunidade, Maurio Grimm, e da presidente da paróquia, Silmara Cassias Werner.
Também foi apresentado o li vro dos 125 anos da Comunidade, compilado em parceria pelo pastor em. Horst Baumgarten e presbítero Vigando Ziehlsdorff. O livro, em fase de revisão final e editoração, foi simbolicamente entregue a Helga Plothow, primeira mulher presidente da Paróquia, em 1988, e representando a nova geração a Laura Kundlatsch, participante ativa no ministério com crianças.
O encontro foi finalizado com um almoço comunitário no salão da igreja e um delicioso bolo de ani versário acompanhado de café.
Grupo de idosos promove encontro com familiares
Desafios da atualidade
Familiares dos idosos participaram com entusiasmo do encontro.
No dia 19 de julho aconteceu o 11º Encontro com Familiares do Grupo de Idosos Orquídea, da comunidade dos Apóstolos, paró quia Apóstolo João de Jaraguá do Sul (SC). O encontro reuniu 350 pessoas de quatro gerações. O tema
Família foi apresentado pelo pastor Willian Bretzke. O grupo de idosos Orquídea completou 34 anos de fundação. Como grupo convidado estava o grupo Hedwig Froelich Bruns. O evento aconteceu na co munidade Ilha da Figueira.
As pessoas de um modo geral se mostram ansiosas, angustia das, fragilizadas, emocionalmente carentes, inseguras, deprimidas em vista de tantas situações que, em outras épocas, não existiam com tamanha força: medo de ser assaltado; contrair uma doença grave; falência; perda de alguém no trânsito ou na violência urbana; do envolvimento dos jovens com as drogas; pelo futuro profissio nal dos filhos; da fragmentação do matrimônio e da família; da velhice; da morte. A experiência do medo passou a fazer parte do nosso no dia a dia. É o medo de afundar em alguma desgraça.
Medo de afundar
Figura que ilustra bem essa realidade é o apóstolo Pedro, quando tentou caminhar sobre as águas profundas e perigosas do mar (Mt 14.22-33). Os ventos eram contrários; abaixo de seus pés estava um abismo que podia engoli-lo; perdeu o “chão” debai xo dos pés; teve medo e começou a afundar. Necessitou da mão estendida de Jesus, para salvá-lo do abismo.
Igreja do Cuidado
A Igreja do Cuidado é edificada sobre o fundamento do cuidado de Deus. Toda a ação de Deus outra coisa não é senão o cuidado que ele realiza em favor de sua criatura, o cuidado da salvação. Salvação, não num sentido má gico, abstraído da realidade, mas como processo contínuo de cura do ser humano. Não é por acaso que os termos cura e salvação estão tão próximos em sua raiz. Em outras línguas, essa relação fica bem evidenciada, como é o caso de Heil (salvação) e Heilung (cura). Então, a Igreja do Cuidado existe onde pessoas de fé se colo cam a serviço do cuidado de Deus e permitem que este cuidado de cura e salvação chegue às pesso as em sua realidade cotidiana, em suas necessidades, sejam elas do corpo ou da alma.
IGREJA DO CUIDADO
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RODOLFO GAEDE NETO, Doutor em Teologia, coord. Bacharelado em Teologia da Faculdades EST, São Leopoldo (RS)
Além do culto de ação de graças, a data terá lançamento de livro.
“A CIDADE DA PAZ” pode ser adquirido junto à Livraria Martin Luther, em Blumenau, pelo telefone 47/3337-1110 ou no site da Livraria:
5157 O CaminhO ANO XXX - Nº 9 SETEMBRO DE 2014 GERAL 11 HISTóRIA
REFERÊNCIAS
TERCEIRA
MATERIAL
www.livrariamartinluther.com.br. DIVULGAÇÃO O CAMINHO DIVULGAÇÃO O CAMINHO
Joinville realiza encontro familiar
a pó S an OS sem acontecer na União Paroquial de Joinville, os encontros locais de integração com famílias que tem filhos ou filhas com deficiência foram retomados pela equipe de trabalho do Depar tamento de Diaconia. No sábado, dia 9 de agosto, na Paróquia Cristo Libertador no Bairro Boa Vista, reuniram-se pessoas de diferentes bairros, paróquias e tradições reli giosas para o encontro cujo tema foi “Amar é cuidar e cuidar é...”.
A equipe de voluntários se empenhou em fazer do encontro um evento onde o cuidado foi a palavra principal. Com oficinas para as pessoas com deficiência e
OBRA GUSTAVO ADOLFO
para os pais, mães e responsáveis um grupo de conversa a partir da Oração do Cuidado de Rodolfo Gaede Neto, a tarde foi muito dinâ
Representantes têm reunião em São Leopoldo
Nos dias 24 e 25 de julho, no Centro de Retiros da Casa Matriz, em São Leopoldo (RS), aconteceu o encontro anual dos represen tantes sinodais da Obra Gustavo Adolfo-OGA. Além da diretoria, participam também o represen tante da Secretaria Geral, pastor Mauro Schwalm, e os integrantes do Consórcio Missionário OASE/ LELUT/JE.
Com exceção de três sínodos, todos os demais participaram do seminário de estudos no dia 24 e da assembleia no dia 25. No seminário, com assessoria da catequista Maria Dirlane Witt, foi refletido sobre o tema criança. À semelhança do mochileiro da
Ação Confirmandos, foi definido um conjunto de mascotes, desen volvidos por Artur Nunes, que poderão ser usados em diversos materiais para crianças.
No dia 25, a assembleia ele geu a Diretoria. Foram reeleitos o presidente, pastor Osmar Luiz Witt; o vice-presidente, pastor Rui Bernhard; as secretárias Ani Cheila Kummer e pastora Ângela Ulrich; bem como o tesoureiro Carlos Bo bsin. Para vice-tesoureira, no lugar de Gizela Bonow Münchow, foi eleita Klotilde Wachs. Compõem o Conselho Fiscal Eloir Kich, Herich Schmidt e Clarel Selbach e, como suplentes, Jorge Paulo Olschowsky e Gizela Bonow Münchow.
mica. O grupo de conversa foi uma oportunidade para refletir sobre o cuidado que as famílias precisam ter, também, para consigo mesmas
e, principalmente, a necessidade de se deixarem cuidar por Deus e pelas mãos de pessoas – como grupos de apoio, encontros nas comunidades – que Deus usa para alcançar a cada um.
Agradecemos à Paróquia Cris to Libertador e ao pastor Stefan Krambeck por compartilharem o espaço para este encontro. À catequista Liane Zwetsch Klamt por encantar com a contação da história e a todos e todas que se empenharam desde a arrumação do espaço, na cozinha fazendo o delicioso lanche e na organização da tarde. O próximo encontro já está marcado para o dia 29 de no vembro, às 13h30min, na Paróquia Cristo Redentor. Até lá!
Contribuição voluntária é tema de evangelização
Olá Pastor! Outubro é o mês no qual festejamos a Reforma. No seu entender, quais são os perigos que rondam nossas Comunidades Cristãs hoje em dia?
Mirta Nunes (por carta)
Tomar cuidado
Querida Mirta! Um dos peri gos é a Teologia da Prosperidade. Quem navega nestas águas não ouve mais falar sobre pecado, ar rependimento e perdão em Cristo, mas se envolve com uma espécie de “comércio religioso” que só traz satisfação pessoal. Outro perigo é a religiosidade humana que só induz a pessoa à “re-ligarse” com Deus através da religião. Ora, a proposta com a qual nós, IECLB, estamos comprometidas e comprometidos tem a ver com a fé cristã. Não somos nós que buscamos a Deus, mas é Ele que vem ao nosso encontro na pessoa de Jesus que desceu da glória celeste (Natal) com o objetivo de doar Sua vida na cruz (Paixão e Páscoa) em favor de mim e de ti; de nós.
Entre os dias 1 e 3 de agosto, a Comunidade de Gravatá, per tencente à Paróquia Bom Pastor de Navegantes (SC), realizou um programação especial. A Evange lização foi conduzida pelo pastor
emérito Raul Wagner e teve como tema “Deus é Voluntário”. A pro posta da comunidade é fortalecer os laços e criar uma consciência de contribuição mais digna e res ponsável.
Casais de Navegantes fazem retiro em Pomerode
Nos dias 19 e 20 de julho, na Casa de Retiros Pomerland em Pomerode (SC), nove casais da Pa róquia Bom Pastor de Navegantes (SC) participaram de um retiro com o objetivo de vivenciar sua fé e co munhão. O encontro foi assessora do pelo pastor Werno Stiegemeier e sua esposa Inge. “Foram dias onde juntos celebramos, partilhamos e refletimos sobre a vida conjugal e familiar”, explica a pastora Carla
Bersch. O encontro de casais é um ministério da comunidade em Navegantes que visa estimular a vivência evangélica entre os cônjuges e despertá-los para um envolvimento mais ativo na missão de Deus na comunidade e na socie dade. A missão dos encontros de casais é fortalecer os laços afetivos do casal e da família e proporcionar orientação fundamentada na Bíblia e na doutrina luterana.
Com o Corrimão
Creia! Não podemos resolver a nossa culpa e garantir a nossa eternidade usando o corrimão da religião. Não é qualquer cami nho que nos leva a Deus, mas Jesus Cristo que é o caminho, a verdade e a vida! (João 14.6) Se temos alguma culpa, alguma dívida e algum pecado, podemos apresentar o nosso “documen to de quitação”! Na cruz Jesus afirmou: - Está consumado; está quitado! (João 19.30) Eis aí a grande redescoberta das Igrejas da Reforma do século 16. Eis aí a mensagem que sempre precisa ser anunciada pela Igreja Cristã Mirta! Abraços!
P. Renato
RENATO LUIZ BECKER, pastor na paróquia Itoupava Central, em Blumenau / SC
Pa. VERA WEISSHEIMER / Joinville
Pais e familiares de PD participaram das dinâmicas no encontro.
O CaminhO Está quitado! ANO XXX - Nº 9 SETEMBRO DE 2014GERAL12 A VIDA ENSINAPESSOA COM DEFICIÊNCIA
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Símbolo de Confiança Caldeiras, máquinas e equipamentos industriais Caixa Postal, 186 - Estr. Blumenau, 3.860 89160-000 RIO DO SUL / SC - Fone (47)3531-9000 5158
COMUNIDADES
LITERATURA Valor R$ 9,00 82 páginas Tamanho fechado 15 x 21 cm Acabamento costurado, capa com orelhas Mulheres tiveram papel importante na história da Reforma. Porém a historiografia até nossos dias não lhes tem dado o devido destaque. Há pouca literatura sobre este assunto. A Editora Otto Kuhr coloca de novo no mercado: Katharina von Bora - uma biografia, da pastora brasileira Heloisa Gralow Dalferth, buscando resgatar a história e o papel da esposa do Reformador Martim Lutero. KATHARINA VON BORA uma biografia À venda na Livraria Martin Luther, (47) 3337-1110 folhetos@centrodeliteratura-ieclb.com.br DIVULGAÇÃO O CAMINHO DIVULGAÇÃO O CAMINHO
IECLB reúne candidatos em Rodeio
E VEIO o sábado! Tinha um evento que versava sobre política em Rodeio 12 no dia 26 de julho de 2014. Não dava para perder e lá me fui. Logo na chegada percebi muito movimento. Gente querida que se achegava de todos os cantos e recantos das nossas comunidades e paróquias luteranas.
Os pastores Meinrad Piske, Friedrich Gierus e Osmar Zizemer se mostravam atentos junto da sua colega Mariane Beyer Ehrat. Na roda a prefeita de São Cristóvão do Sul, pastora Sisi Blind, nos dirigiu uma meditação. Ali também estavam os candidatos a deputado estadual Marcelo Schrubbe, Gilmar Knaesel e Jean Kuhlmann; os candidatos a deputado federal João Paulo Klei nubing e Sérgio Boebel. Também se fazia presente o candidato a governa dor, senador Paulo Bauer. No meio de todo este povo ilustre estávamos nós, as curiosas e os curiosos, que querem construir um mundo melhor a partir da IECLB.
Naquele momento lembrei-me da escritora gaúcha Lya Luft. Para ela, “há gente que em vez de des truir constrói; em lugar de invejar presenteia; em vez de envenenar embeleza; em lugar de dilacerar reúne e agrega”. Sim, era isso que tentávamos orquestrar ali, naquele lugar: construir, presentear, embe lezar, reunir, agregar.
Se eleito, Jean Kuhlmann quer orientar, mostrar o caminho para o seu eleitorado. Mais do que isso, espera que as pessoas participem com ele do seu projeto de mais vida. Paulo Bauer quer usar este tempo de três meses até a eleição fazendo política. Depois disso, quer se dedicar ao trabalho em prol do povo que o rodeia. Para Marcelo
Você sabe para onde vai a sua oferta?
Quem determina o destino das ofertas que são levantadas nos cul tos? Você recebe informações so bre os destinatários desse dinheiro? Qual é a dinâmica que determina para quem vai a oferta?
A IECLB estabelece anual mente um Plano Nacional de Ofertas-PNO. Para o ano de 2014, há 22 domingos (dois por mês, em média) nos quais as ofertas têm um destino determinado para toda a
igreja. Nesses domingos, as ofertas de todas as comunidades em que há culto têm o mesmo destino.
Destinatários como a Literatura Evangelística, ecumenismo, pessoas com deficiência, projetos de missão, bolsas de estudo para teologia estão tradicionalmente nessa lista. Há textos motivacionais que explicam o que se quer com essas ofertas e o que fazem os destinatários. A lista é divulgada por e-mail e está disponí
vel no Portal Luteranos (www.lute ranos.com.br). Basta digitar “Plano Nacional de Ofertas” no mecanismo de busca do Portal.
A lista anual dos destinatários nacionais das ofertas é estabelecida pelo Conselho da Igreja-CI, que reúne representantes dos 18 sínodos da IECLB. Muitas dessas ofertas foram determinadas em concílios da igreja. Quando não há decisão conciliar, o CI decide ad referendum
“Um país chamado favela” surpreende
Você sabe qual é o quinto esta do mais populoso do Brasil? Pois é, eu também tive que pesquisar para descobrir que é o Rio Grande do Sul. Um livro lançado em julho, entretanto, faz uma revelação sur preendente. Segundo o livro, se as favelas brasileiras fossem reunidas num estado da federação, o “Estado Favela” passaria a ser o quinto es tado mais populoso do Brasil. Mais ainda, tal “Estado” seria capaz de movimentar 63 bilhões de reais a cada ano.
O livro de Renato Meirelles e Celso Athayde, publicado pela Editora Gente, apresenta a pesquisa “Radiografia das Favelas Brasi leiras”, reunindo números surpre endentes e reveladores sobre esse território muitas vezes estigmatiza do pelo senso comum. Segundo os autores, é difícil entender o Brasil sem entender as favelas.
A obra junta o rigor científico de sua pesquisa ao conhecimento prático dos moradores das favelas. Para a mídia e para muitos inte
lectuais e até empreendedores, o livro revela um território com um poder transformador desconhecido e solenemente ignorado.
Os autores desmistificam a favela com apoio em informações inéditas, mostrando que é um território não apenas importante e em desenvolvimento, mas também uma área de grandes e comparti lhadas oportunidades de negócios. A favela é o coração vibrante do Brasil, segundo a maior pesquisa já feita sobre o tema no país.
Schrubbe os políticos, de um modo geral, agradecem quando o povo cruza os braços. João Paulo Klei nubing explicitou que a política precisa ser exercida em conjunto para que a nossa vida e os nossos valores melhorem. Sérgio Boebel espera que o povo nunca se afaste do seu lado. Já Gilmar Knaesel disse que a política é um sacerdócio onde se trabalha, se articula o bem; o lado material da vida.
Que riqueza aquelas três horas que passamos juntos. Quase no final do nosso encontro, nós, mi nistras e ministros luteranos, fomos desafiadas e desafiados a promover debates deste quilate também na base isto é, junto às vereadoras e aos vereadores que pleiteiam car gos municipais. Fomos desafiadas e desafiados a matar a corrupção que também campeia nas nossas relações cotidianas; fomos inci tados a fazer a boa política: a que envolve. Quando o relógio apontou para a hora do almoço, precisamos nos despedir.
Corretivo químico
do concílio, ou seja, suas decisões são como se tivessem sido tomadas por uma plenária conciliar.
Além desses domingos de ofertas nacionais, há no PNO de 2014 dezoito domingos em que as ofertas são determinadas pelos sí nodos. Nesses domingos, as ofertas de todos os cultos realizados em cada sínodo têm o mesmo desti no, determinado pelos conselhos sinodais ou por suas assembleias. A divulgação dos destinatários dessas ofertas é de competência dos sínodos.
Em 2014 foram estabelecidos ainda outros 19 domingos que constam no PNO como “locais”. Isso significa que nesses domingos os destinatários são escolhidos pelas comunidades em que há cultos. Normalmente, quem de cide sobre esses destinatários é o presbitério local ou a assembleia da comunidade. Também há casos em que essas ofertas foram deter minadas em nível paroquial, o que estabelece um destino comum da oferta em todas as comunidades da paróquia em que há culto naquele domingo.
O país que aboliu o castigo físico nas escolas e famílias, já encontrou seu meio predileto para “domar” crianças rebeldes. O consumo de Ritalina cresceu 775% em dez anos.
O metilfenidato é um medica mento agressivo, que manipula a personalidade e doma o compor tamento irritadiço provocado pelo Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). A infor mação é do Instituto de Medicina Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
Psicobomba
Uma verdadeira bomba psico lógica, a Ritalina é usada sobre tudo em crianças e adolescentes afetados pelo transtorno. Mas, os especialistas concordam que há leviandade médica no diagnóstico e abuso na receita de Ritalina para tratamento do “mal”. Os pesquisa dores da UERJ alertam para o uso abusivo e indevido da substância, até por pessoas saudáveis que buscam aumentar o rendimento em atividades intelectuais.
Segundo a tese de doutorado da psicóloga Denise Barros, o volume dessa droga, importada ou produzi da aqui, aumentou 373%, passando de 122 para 578 kg. Ela retirou as informações dos relatórios anuais da Junta Internacional de Controle de Narcóticos da ONU.
Solução fácil
Para o psiquiatra infantil e professor da UERJ, Rossano Cabral Lima, a alta do consumo é motivo de alerta porque o diagnóstico de TDAH nem sempre é acompanhado de uma investigação aprofundada das possíveis causas do comportamento incomum da criança. “Isso parece ter se tornado solução rápida e fácil de vários problemas, sem que a origem deles seja analisada a fundo”.
Segundo Lima, “não se ques tiona se a inquietude da criança pode estar relacionada a alguma questão na escola”. Em muitos casos, são os próprios pais que não estão sabendo lidar com seus filhos. Como castigar é contra a lei, preferem injetar um pouco de “calma” no moleque. O resulta do é uma geração de crianças e adolescentes apáticos, indefesos e que passam pela infância numa névoa mental cujas consequên cias são imprevisíveis.
DIVULGAÇÃO
CLOVIS HORST LINDNER, pastor, diretor de redação d’O Caminho, em Blumenau / SC
EDUCAÇÃO
Os candidatos foram sabatinados pelos presentes.
(Clovis Horst Lindner, especial para O Caminho)
5159 O CaminhO ANO XXX - Nº 9 SETEMBRO DE 2014 FÉ E VIDA 13 TERRA BRASILIS
IGREJA E ELEIÇÕES
P. RENATO LUIZ BECKER / Blumenau
MORDOMIA
ANÁLISE
DIVULGAÇÃO O CAMINHO
A tragédia do Ebola e o papel das igrejas
“Das profundezas eu clamo a ti, Senhor. Escuta o meu grito. Ouve o meu pedido de socorro” Salmo 130.1-2
COmO representante da IECLB num encontro internacional (veja matéria na página 15), tive a opor tunidade de conhecer Janice Gonoe, coordenadora do departamento de saúde e prevenção do HIV/AIDS da Igreja Luterana na Libéria. Na data de 8 de Agosto de 2014, dela recebi a seguinte mensagem:
“A situação na Libéria por causa do virús Ebola está piorando a cada dia. Hospitais e clínicas de saúde fecham suas portas porque a própria equipe médica está sendo infectada e morta pela doença. Desta feita, pessoas com outros tipos de doenças também estão sofrendo porque não há integrantes da equipe médica dis poníveis para atendê-las. Dois pas tores da Igreja Luterana na Libéria e um missionário indiano enviado pela Igreja Evangélica na América pereceram devido ao vírus Ebola. O governo declarou ‘estado de
A informação sobre prevenção depende de ajuda internacional.
emergência’. Muitas pessoas e or ganizações estão de quarentena, im possibilitadas de se locomoverem. A necessidade humanitária aumenta a cada dia. Muitas pessoas e famílias não têm os recursos necessários para se evitar a contaminação. É urgente a necessidade de se educar a população quanto aos meios de prevenção disponíveis para se pro teger do virús Ebola. O governo, entretanto, está demasiadamente sobrecarregado e solicita ajuda internacional. A Igreja Luterana na
Deus não nos dispensa!
A foto ao lado mostra a comemoração dos 20 anos da Pastoral do Idoso na Igreja da Paz, no bairro Velha em Blumenau (SC), no dia 26 de julho. Em home nagem ao grupo, o pastor Renato Luiz Becker, que é orientador sinodal da Pastoral dos Idosos, redigiu o poema “Deus não nos dispensa!”. Veja:
O grupo “Pastoral do Idoso” é conhecido E que ele festeja a vida – ah isto é sabido! É a terceira idade pedindo sua passagem... São vinte anos de vida, que linda viagem!
Nesta hora não se vai mais com a massa, Pois nossa história com Deus é pura graça!
A juventude nos vê, reflete e se pergunta: Como pode tanta sabedoria andar junta? Sim, na nossa idade podemos nos colocar, Para ser sincero, quase nada a reclamar!
Libéria, com muita dificuldade, tem procurado conscientizar as pessoas dos recursos disponíveis e métodos de prevenção. O número de pessoas mortas é maior do que os dados oficiais do governo, pois há inú meras vítimas nas casas do interior e vilas que não são contabilizadas. Na capital Monróvia moradores têm bloqueado ruas e estradas para chamar a atenção do governo e da comunidade internacional. A Libé ria necessita de toda a ajuda e apoio possível.” (Janice Gonoe)
Sepultado em meio ao bosque
A nova moda na Europa são os cemitérios-flores
ta. Trata-se de bosques naturais em que pretendentes ao sepultamento no meio da mata escolhem uma árvore, para si, para a família ou até mesmo para um futuro túmulo comum com amigos. No local será aberto um buraco de 70 cm de profundidade em que é colocada a urna com as cinzas do morto. Não há lápide, nem lugar para colocar flores, nem mesmo placas com epígrafes. Só é permitido colocar uma pequena plaqueta com o número da árvore, um mon te de areia ou alguns galhos de cipreste; coisa bem natural e que a natureza poderá absorver facilmente. Quando muito, uma plaqueta indica o nome e um epitáfio. Em cemitérios-floresta, como por exemplo o de Hasbruch, na Alemanha, já há 2.300 urnas sepultadas. Os empreendimentos são privados. Duas empresas comercializam os túmulos junto às árvores na Alemanha, num total de 110 cemitérios-floresta
já implantados. Entretanto, aos poucos também comunidades cristãs começam a aderir à nova moda, implantando cemitérios-parque semelhantes aos dos empreendimentos privados.
Ó Blumenau-Velha – vive sempre e intensa Alegria e felicidade, isso Deus já compensa! Olha para o horizonte e tua saúde repensa: Coisa boa saber que Deus não nos dispensa!
O CaminhO Palavras Cruzadas Criação: Irineu Walmor Wolf 5160 ANO XXX - Nº 9 SETEMBRO DE 2014EM FOCO14 ENTRETENIMENTO Criação: Irineu Walmor WolfHERMANO CORTÉS CURIOSIDADES DA FÉ DEPOIMENTO
Criação: P. Irineu Valmor Wolf DIPLOMATA FM 105,3 MHZ BRUSQUE (SC)www.diplomatafm.com.br A MELHOR E MAIS COMPLETA 24HS José Luis Cortés em www.periodistadigital.com
DIVULGAÇÃO UNICEF/USA DIVULGAÇÃO O CAMINHO P. ALEXANDER BUSCH / Blumenau
DIVULGAÇÃO O CAMINHO
Encontro na Alemanha reúne luteranos de 24 países
Qual O pap E l e a contri buição da igreja para promover jus tiça e paz? Esta pergunta orientou o diálogo de 27 participantes de 24 países, representando diversas igrejas luteranas na MissionEi neWelt (MEW-Missão Um Mundo) em Neuendettelsau, Alemanha. Os pastores Alexander Busch, de Blumenau-Badenfurt (SC), e Armin Andreas Hollas, de Rio das Antas (SC), representaram a IECLB no encontro de três semanas, que ter minou no dia 27 de julho.
A MEW é uma instituição mis sionária ligada à Igreja Luterana na Alemanha (IEA), que desde 1853 envia pastores e pastoras a diver sas partes do mundo. No Brasil, pastores foram enviados no século 19 para auxiliar na organização das primeiras comunidades luteranas que deram origem à IECLB. A MEW também contribuiu para o surgimento de igrejas luteranas na África, Ásia e Ilhas do Pacífico.
O encontro reuniu representan tes dessas igrejas para focarem no tema “Papel da igreja na sociedade para promover a justiça e a paz”, com base em escritos de Martim Lutero às autoridades. Lutero era uma figura pública, engajado em
orientar as autoridades e o povo nos valores evangélicos que pro movem a boa e justa convivência entre as pessoas. Lutero chamou as autoridades à responsabilidade para governar não com vistas aos interesses pessoais, mas pelo bem
Casais Girassóis fazem retiro na Capital
Para proporcionar momentos de reflexão sobre a vida a dois, aconteceu, nos dias 2 e 3 de agosto, um retiro para casais. Participaram 13 casais integrantes do grupo “Ca sais Girassóis”, da comunidade de Itoupava Central-Blumenau, no be líssimo hotel Torres da Cachoeira em Florianópolis (SC), juntamente com o pastor Renato Luiz Becker e esposa Valmi e o casal de pales trantes, pastor Werno Stiegemeier e esposa Irmgardt.
No retiro houve momentos de lazer, comunhão e confraterniza ção, dando oportunidade ao casal de conhecer-se melhor, trocar expe riências, perceber que todos os ca sais podem superar as dificuldades
e amadurecer o matrimônio. Houve crescimento pessoal e espiritual, o casal se fortaleceu e os filhos foram beneficiados, gerando harmonia na convivência familiar. Pois, amar a
família, amar o esposo e a esposa, é aceitar um ao outro, é doar-se, é respeitar, é compreender... É sim plesmente AMAR! (Carla Klemz Rosemann)
da população. Exercer um cargo político, portanto, é um chamado para servir a sociedade em nome de Cristo.
Visitas ao campo de concentra ção em Buchenwald e às cidades de Lutero também fizeram parte do programa. O grupo empreendeu uma viagem de cinco dias através da Alemanha, denominada “nas pegadas de Lutero”, passando pelo castelo de Wartburg e pelas cidades de Erfurt e Wittenberg.
focos missionários – A refle xão do grupo levava em conta os contextos específicos das igrejas luteranas ao redor do mundo. Exis tem diferentes formas de viver a fé e os problemas locais definem o foco e a perspectiva da missão.
Na Tanzânia, por exemplo, o papel público da igreja em pro mover justiça e paz precisa incluir o diálogo e o respeito entre as co munidades cristã e islâmica, para uma convivência livre de conflitos armados.
No Brasil, a IECLB faz muito tempo que também está engajada nas questões de justiça e paz. Nes te ano ela está focada no papel e missão da igreja na cidade. O que significa ser igreja na cidade é a pergunta que questiona o nosso pensar e agir. Importante lembrar que comunidades da IECLB do interior também são influenciadas pela cultura urbana.
Qual o papel e contribuição da igreja na sociedade para promover justiça e paz? Deus através do profeta Jeremias nos dá uma pista e orientação para nosso testemunho e missão: “Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei e orai por ela ao Senhor, porque na sua paz vós tereis paz” (Jr 29.7).
A palmeira e o junco
No mês da árvore lembramos que cristãos são comparáveis a plantas, que lançam suas raízes para colher água e nutrientes na comunidade cristã. O Salmo 92 nos faz imaginar uma palmeira florescendo em terras desérticas. Asaph Borba musicou este Salmo. Procurando um nome, sua mãe abriu a Bíblia e se deparou com Asaph, um salmista.
Cantor, instrumentista, arran jador e produtor musical, Asaph é mineiro e residente em Porto Alegre. Em 1978, gravou nos EUA seu primeiro LP, intitulado “Celebremos com Júbilo”, com Donald Stoll.
Igreja Viva
Durante toda a década de 90, Asaph Borba desenvolveu traba lhos como o projeto “Igreja Viva” com ministérios de vários pontos do Brasil, Argentina, Portugal e Alemanha. “Geração de Adorado res”, série instrumental “Toque de Adoração, Toque de Paz e Toque da Graça”. Juntamente com sua esposa Rosana os trabalhos com as crianças “Life Kids” 1, 2 e 3.
Pontes de amor
Membro da Comunidade Cristã de Porto Alegre, o ministé rio de Asaph Borba não se limita à música. Ele resume sua tarefa: “Adorador que gera adoradores/ as”. Com projetos gravados em Cuba, Colômbia, Peru, Chile, Ar gentina, Portugal, EUA, Jordânia, Iraque, Sudão, Israel e Alemanha, a palavra de Deus tem chegado através da música a regiões hostis ao evangelho. É o projeto “Pon tes de amor”. Como Palmeira no deserto: Florescendo...
P. N ORIVAL M UELLER (com base na pesquisa de Pastor Leonhard Creutzberg, no portal luteranos.com.br)
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Participantes vieram de igrejas luteranas em diversos continentes.
5161 O CaminhO ANO XXX - Nº 9 SETEMBRO DE 2014 ECUMENE 15 NOSSOS HINOS
HPD
MISSÃO
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Mente doente, alma sensível
P. em. SILVIO MEINKE / Alemanha
Emmédia, estamos alcan çando idade cada vez mais avançada. Com isso, aumentam os casos de de mência, que colocam a medicina e a enfermagem diante de novos desa fios. Como acompanhar adequada mente uma pessoa que vive em total ou parcial penumbra mental?
O tema está tão presente na sociedade alemã que um dos livros mais lidos é o de Arno Geiger, sobre seu pai enfermo (Der alte König in seinem Exil, O velho rei em seu exílio). Também no Brasil o número de pessoas portadoras de demência está aumentando.
Em nossa comunidade, três voluntários da diaconia que visi tam enfermos em suas residências deram seus depoimentos: um en fermeiro, a esposa de um enfermo e uma enfermeira em nome de um paciente. Traduzi os depoimentos e quero compartilhá-los.
O que me leva a divulgar o livro e os depoimentos é minha própria experiência com meu pai, que partiu aos 90 anos e trilhou os últi mos passos em completa ausência mental. Hoje sei o quanto eu estava distante de seus sentimentos e emo ções. Ausência mental não significa ausência de sentimentos.
Minha esposa disse, no final dos relatos em um culto: “Somos gratos pela rosa que vocês voluntá rios da Diaconia levam para o vaso de flores sobre a mesa dos nossos enfermos; somos gratos pela mão que vocês estendem às pessoas que visitam; pelo ouvido paciente que emprestam às pessoas portadoras de demência; pela determinação e criatividade que revelam diante de situações inesperadas e novos desafios. Não por último, somos gratos que podemos crescer em sabedoria e sensibilidade quando acompanhamos nossos queridos em suas enfermidades.”
Depoimento u m – Hanna Müller*, de 64 anos, cuida de seu marido. Os dois estão casados há 35 anos e ele é portador do mal de Alzheimer. “Faz quatro anos que a doença foi diagnosticada, mas ela já vinha se manifestando antes. Às vezes, ele fazia ou falava coisas que eu não entendia. Certa vez, pedi que fixasse um espelho na parede e ele levou meio dia para cumprir essa tarefa simples”, relata.
“Quando vinham amigos, ele costumava desaparecer na cozinha e mexer com talheres e pratos, sem voltar. Achei que lhe faltava boa vontade. Isso foi dificil para mim e o diagnóstico de Alzheimer trouxe clareza. Pude entender que suas atitudes estranhas eram condicio nadas pela doença”, detalha.
“Não consigo dar um passo sem que ele esteja grudado em mim. Ele é como uma sombra. Sempre quer
ficar perto de mim e tem grande difi culdade para orientar-se. Geralmen te, perde-se no caminho da cozinha para o banheiro”, exemplifica.
“Ele também não sabe que sou sua esposa e me confunde com uma visita. Às vezes, ele se queixa de ‘sua esposa’ para a suposta visita e me confunde com a nossa cozinhei ra, queixando-se que sua mulher foi dançar e o deixou sozinho.”
“Ele sabe que sua capacidade mental o está abandonando. ‘Pare ce que me encontro dentro de um lugar escuro sem saber como sair’, ele diz. Outro dia, me perguntou: ‘Podes dizer-me o que vem a ser um tomate?’”, detalha Hanna.
Segundo ela, acontecem situa ções que procura aceitar com humor, como ser confundida com a vizinha e ver o espanto dele ao descobrir que moramos na mesma casa. “Há dias que consigo rir disso tudo, mas há momentos em que preciso chorar”, ela confidencia. Sente-se sozinha porque seu marido não é mais um parceiro de diálogo. “É muito can sativo. Quando ocorre algo que não entende, ele se irrita e xinga, e eu levo tempo para acalmá-lo.”
O círculo de amigos diminuiu nos últimos anos. “Alguns ficam constrangidos com as atitudes es tranhas do meu marido, não sabem como agir e se retiram. Mas há quem mostre compreensão. Mesmo que se aproveite pouco de seus conselhos bem-intencionados, sou grata que continuam tratando meu marido com carinho e respeito”, conclui.
Depoimento Dois – Neste re lato, um enfermeiro lê as palavras de um doente. “Meus amigos e familiares perderam a coragem de olhar nos meus olhos e suas conversas comigo são cada vez mais curtas e superficiais, como se eu não pudesse acompanhar. Perguntei a vários amigos porque mudaram de comportamento co migo e dizem que não querem me constranger. Constranger quem? Eu sei que sofro de demência, mas isso
faz parte da pessoa que sou agora. Eu gostaria que meus amigos e familiares entendessem isso e me aceitassem”, escreve Ricardo*.
“Algumas pessoas pensam que a demência diminui a minha capacidade auditiva e falam mais alto comigo. Também falam mais devagar do que antes. Outras pen sam que meus braços ficaram mais pesados e insistem em sustentar meus cotovelos quando caminha mos pelo parque ou atravessamos a rua”, relata.
“O que mais me incomoda é que alguns têm medo e se sentem envergonhados, como se fossem culpados da minha situação; pen sam que algo está errado e que estou aqui apenas pela metade. Mas estou aqui por inteiro”, insiste. “Se rei eu, integralmente, até o último suspiro, e assim eu gostaria de ser tratado”, contemporiza.
“A doença não diminui minha necessidade de carinho, afeto e amor, e não perdi a necessidade de ter sentido na vida. Quero continuar inserido nas relações de convivência. Eu sou Ricardo e estou aqui como Ricardo. Sou Ricardo por inteiro, portador de demência”, finaliza Ricardo.
Depoimento Três – Neste depoimento, está a experiência de um enfermeiro voluntário. Um dos maiores desafios da vida é cuidar de uma pessoa com demência e viver com ela. Torna-se necessário com pensar com criatividade as lacunas condicionadas pela enfermidade, se quisermos manter a proximidade e o interrelacionamento; será preciso encontrar formas de comunicação sem o recurso de palavras, para fortalecer a confiança em novo patamar de relações, envolvendo sentimentos e emoções.
Essa é uma tarefa especial, num tempo em que aumenta o número de pessoas vítimas de demência, enquanto ainda se in siste em avaliá-las pelo brilho do seu raciocínio e pelo valor da sua
produção; classificando-as nega tivamente por não conseguirem corresponder às qualidades que nossa sociedade valoriza.
“As pessoas enfermas perce bem nossa avaliação negativa e tornam-se inseguras e temerosas”, pondera o enfermeiro. “Por vezes, reagem com agressividade, o que exige alto grau de profissionalismo dos cuidadores e paciência dos fa miliares. É preciso compreender as emoções que provocam agressões e xingamentos”, descreve.
“Mas, também há situações que nos levam a rir e brincar. É comum rirmos todos juntos, o doente, os familiares e o cuidador”, afirma. “Talvez soe estranho, mas não é difícil sermos recompensados com situações de leveza, cumplicidade agradável e riso”, emenda.
“Com permissão dos familia res, revelo o conteúdo de um bi lhete amassado que a viúva de uma pessoa doente encontrou no bolso do casaco de seu marido falecido, que mostra que nem mesmo em estágio avançado a demência des trói os sentimentos e as emoções”, exemplifica.
O bilhete diz: “Ainda estou aqui. Encontro-me prisioneiro des se pobre cérebro amolecido, que se nega a obedecer à minha vontade e zomba de mim quando pensamen tos, imagens ou sonhos procuram libertar-me. Se me deixares, e se teu amor por mim fraquejar, eu estarei perdido. Tu me mostras como pode ser nobre o coração de uma mulher. Seja onde for que um dia haverei de estar, procurarei por ti. Mas hoje, deves olhar para o futuro, deves sentir-te livre, deves apreciar a vida, alegrar-te com os filhos, passear com os netos, visitar amigos. Vela sobre minha memória e sobre nossas lembranças comuns e que Deus te abençoe”.
SILVIO MEINKE é pastor emérito da IECLB e escritor. Reside em Schwäbisch Hall, Alemanha.
(*) Nomes fictícios.
Sem imposições
P. ELOIR WEBER/ Porto Alegre
A Bíblia, no Novo Testamento, ressalta que, apesar da cidade ser espaço de pecadores, o Reino de Deus é prefigurado de forma plena numa Nova Jerusalém, oferecida por Deus, que desce do céu. A cidade, portanto, não está alheia ao Reino de Deus, pois esse se realiza nos e pelos seres humanos.
Na cidade, não se aceita o argumento da autoridade e, muito menos, a imposição. Não basta ditar as regras de uma religiosida de. As pessoas não se submetem a elas. Precisam convencer-se pessoalmente (não serem conven cidas). Além disso, a religiosidade não pode ser resumida a uma recitação de verdades absolutas e regras a serem seguidas.
Adultos na fé
Necessita-se também de con ceitos balizadores, ferramentas e uma espiritualidade que auxilie na busca por caminhos, processos, métodos que façam sentido para a vida e o dia a dia. Por isso, urge que a igreja fale para adultos. Pas sou o tempo em que os membros deviam ser tratados como crian ças na fé de forma permanente.
É necessário que a igreja seja capaz de provocar uma verdadeira e constante conversão nos adul tos. Caso contrário, ela verá os seus membros afastarem-se dela sem drama e com toda a tranqui lidade. A igreja que fecha-se em si e vive do passado glorioso, será eliminada da cidade. Nada, na cidade, é estável.
Espaço de missão
Por isso, precisa estar em constante estado de missão – e a cidade é, por excelência, espaço de missão. Até os membros de famílias tradicionais deixam de participar se a sua fé não se reno va sem cessar.
Havia um tempo em que a igreja preocupava-se em manter seus membros e famílias. Hoje, em contexto urbano, ninguém segura ninguém dentro de uma igreja. É necessário renovar sem cessar as adesões, fazer novos membros, cuidar da fidelidade dos mais antigos e convencer-se de que ninguém mais bebe de uma única fonte religiosa.
Trecho
reflexão sobre
TEMA DO ANO
5162 O CaminhO ANO XXX - Nº 9 SETEMBRO DE 2014ESPECIAL16
MAL DE ALZHEIMER
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de
2 Pedro 1.16-21, publicada em Proclamar Libertação 38