O Caminho - Ano 30 - Número 8 - Agosto de 2014 - Parabéns, papai!

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Filme alemão conta saga dos Hunsrücker

A impressionante história das famílias que saíram do Hunsrück para erguer outra pátria no Brasil virou filme. Conheça os detalhes da saga da Família Simon e a obra que chega em DVD. página 10

Sim,estamos de pleno acordo. O Dia dos Pais é só mais uma invenção da mídia e da economia para alavancar o comér cio. Ainda mais nesses tempos de dificuldades, de vendas baixas e de inverno ameno. Mas, veja por um outro ângulo. Ser pai é um pri vilégio. Só por isso, a data merece ser comemorada. Se você não tem presente, pouco importa. Dê um abraço bem apertado nele. Ele jamais vai esquecer. Tantas expec tativas envolveram a sua chegada, seja você um filho legítimo, uma filha adotada ou alguém que sim plesmente foi chegando e se insta lando, abrindo espaço num coração masculino ao sublime sentimento do amor filial. Seu pai é assim. Ele é uma partícula de Deus, que é o Pai de toda a humanidade. No aconchego do seu colo é possível experimentar o colo de Deus. Por isso, esqueça o comércio, a mídia e tudo o mais, e dê apenas um abraço. Feliz Dia dos Pais!

Jovens do Vale visitam EST e IECLB página 11

Homenagem ao casal Gramkow

Numa experiência inédita de buscar novas vocações para o estudo de Teologia, o Sínodo Vale do Itajaí levou um ônibus de jovens à Faculdades EST e à sede da IECLB.

PARABÉNS, PAPAI!

O pastor em. Norberto Grankow e esposa Magdalene foram os cuida dores do Lar Vila Elsa, em São Bento do Sul. Ao encerrarem muitos anos à frente da casa, foram homenageados pelas mulheres da OASE. página 6

Obras da nova sede sinodal avançam

UMA SEDE sinodal própria, com espaço para a administração, reuniões e moradias de ministros é o projeto do Sínodo Vale do Itajaí. Saiba em que pé estão as obras e como você pode participar para que o prédio de cinco andares se torne realidade. página 13

Convite para louvar

“Cantai ao Senhor, todas as terras; proclamai a sua salvação, dia após dia.”

1 CRÔNICAS16.23

UM CONVITE nos é feito: “Cantai ao Senhor, todas as terras”. Este convite é para você, para mim e para todos que fazem parte deste lindo e abençoado planeta Terra. Somos um povo que vive em diversi dade de religiões, culturas, costumes, ideologias, mas não podemos esquecer que vivemos todos debaixo do mesmo “teto” chamado Terra.

No contexto do texto bíblico, o rei Davi, junto com os levitas, se alegrou ao trazer à sua cidade a Arca do Senhor que estivera sob o poder dos filisteus. Para marcar o retorno da Arca do Senhor, naquele dia Davi distribuiu ao povo pães, pedaços de carne e frascos de vinho. Davi também colocou alguns dos levitas perante a arca do Senhor por

ministros com a função de recordarem, louvarem e festejarem ao Senhor. Eles estavam felizes com a volta da Arca, tinham em seu coração sentimentos de gratidão e por isso “cantaram ao Senhor”.

O convite feito a todo o povo da Terra motiva-nos ao agradecimento a Deus por toda confiança que Ele tem nos dado. A cada novo dia nós ainda continuamos recebendo o convite para “cantar” e “proclamar”. Por este motivo podemos agradecer a Deus “dia após dia” por nossa salvação, com os mais diversos hinos cristãos. Assim “todas as terras” podem compreender-se como parte da história do povo de Deus.

Durante a Copa do Mundo, vimos seleções e torce dores cantarem seus hinos com grande fervor e alegria, proclamando a todo mundo o orgulho por sua nação. E nós? Temos alegria em “cantar ao Senhor e proclamar a sua salvação”? Nosso Deus é o Deus da graça que com todo o amor nos convida a demonstrar nossa fé, proclamando e cantando em sinal de agradecimento pela salvação que nos concede de graça.

PARTE da própria história de Joinville, a Igreja da Paz, mais antigo templo luterano da cidade, festeja 150 anos. A primeira parte da obra foi erguida ainda no Im pério como uma Casa de Oração, por conta da proibição de torres e sinos para templos não católicos. A comunidade da Paz convida para um churrasco de celebração do sesquicentenário do templo, no dia 17 de agosto. página 14

IGREJA DA PAZ
Itapema é a mais nova comunidade a embarcar no Galo Verde. página 13
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MEDITAÇÃO Pa. CHRISTIANE PLAUTZ / Brusque (SC) www.jornalocaminho.com.br AGOSTO DE 2014 Ano XXX - Número 8 Tiragem: 21.000 exemplares Preço avulso: R$ 2,50 SÍNODOS VALE DO ITAJAÍ E NORTE CATARINENSE Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil-IECLB Um pedaço do mundo luterano em suas mãos
Templo de Joinville completa 150 anos
DIVULGAÇÃO O CAMINHO

CONCORDA COMIGO?

Cantai ao Senhor, todas as terras; proclamai a sua salvação, dia após dia.

Editorial

A fidelidade e o amor andam juntos

No mês de agosto, o jornal reflete sobre a Semana Na cional da Pessoa com Deficiência (PD). O Censo de 2000 mostra que o Brasil registra 24,5 milhões de PD, em torno de 14,5% da população. A palavra chave em torno da Semana Nacional da PD é a “inclusão”. Sendo que incluir quer dizer fazer parte, inserir, introduzir. Inclusão é o ato ou efeito de incluir. A inclusão social das PD, por sua vez, significa torná-las participantes da vida social, econômica e política, assegurando o respeito aos seus direitos no âmbito da sociedade, do estado e do poder público. É um processo que acontece gradualmente, com avanços e retrocessos, isto porque os seres humanos são de natureza complexa e com heranças antigas; têm preconceitos e diversas maneiras de entender o mundo. Assim sendo, torna-se difícil terminar com a exclusão, mesmo existindo leis. Não são somente as leis que vão mudar a mentalidade e o preconceito, mas o desafio para uma reflexão criativa.

Alguma vez na vida você já deu um jeitinho para alguém? Alguma vez você pediu para alguém dar um jeitinho para você? Alguma vez na vida você já deu um jeitinho? Seja franco e responda em silêncio, para si mesmo, evitando mais uma vez o jeitinho. Ótimo, você passou na prova!

Brincadeiras à parte, vamos ver como brasileiras e brasileiros responderam a essas perguntas em uma pesquisa publicada no livro A Cabeça do Brasileiro. Se você não usa o jeitinho, estará entre um terço que não se enquadra em nenhuma das situações acima. Já dois terços da população fez uso do jeitinho alguma vez, burlando a lei.

e a graça de

sua breve vida, alcançando a cifra de 74%. Já as pessoas acima de 60 anos não fizeram tanto uso do jei tinho, caindo para 54%. Como os mais novos têm mais escolaridade do que os mais velhos, os índices se explicam.

Há outras respostas intrigantes em A Cabeça do Brasileiro. Dois exemplos bastam. Se alguém con segue liberar um empréstimo que demora muito a sair por ter um parente no governo, isto é favor para 13%, jeitinho para 45% e corrupção para 42% da população pesquisada. Dar 20 reais ao guarda para não aplicar a multa de trânsito é favor para 4% e jeitinho para 13%, mas 83% considera isso um ato de corrupção.

Se há parentesco entre favor, jeitinho e corrupção, estamos muito mal na foto. Contudo, uma conclusão muito apressada é perigora. Precisamos de mais informações para não sermos

injustos como aquela parcela que não apela para o jeitinho, atuando nos marcos da lei.

Sem trejeitos, vamos ficar com a ideia de que o jeitinho perpassa todas as classes sociais, os níveis de escolaridade e faixas etárias, o que leva o pesquisador a afirmar que temos um longo caminho pela frente como sociedade para superar o jeitinho e a corrupção, gêmeos bivitelíneos.

Como a igreja pode contribuir para mudar esta situação? Na história do cristianismo, temos um exemplo na Reforma liderada por Lutero e outros reformadores. Os reformadores atacaram o co ração do jeitinho, ao afirmarem que não é possível comprar um lugar no céu ou retirar uma alma do purgatório através de uma doação para a construção de um templo. Basta a fé; basta a Gra ça. Dispensa-se o dinheiro como mediador da transação entre nós e Deus.

Também é ilusão o que dizem as novas igrejas evangélicas mi diáticas, que fazem do dinheiro um meio para alcançar as bênçãos agora, aqui; já que o céu não lhes interessa.

“Toda pessoa tem potencial e na convivência com os outros seu horizonte se amplia. Não só as leis eliminam o preconceito, mas o amor a serviço da felicidade e da vida.”

Em agosto, também co memoramos o Dia dos Pais. Igualmente é uma data impor tante de reflexão, no sentido do papel dos pais em nossos dias. É verdade que a família como tal mudou muito. Mas ela con tinua! Crianças são geradas, adotadas e carecem de uma mão que as cuida e educa com carinho e amor e as conduz no preparo para a vida. Elas pre cisam de exemplos, de valores a seguir! Por outro lado, pais perguntam: Como ser pai em nossa época? Na verdade, a convivência de pais e filhos é um aprendizado mútuo; um interagir constante e transparente.

Um jornalista pergunta à teóloga alemã Dorothee Sölle (l9292003): Como a senhora explicaria a um menino o que é felicidade? Ela responde: Não explicaria. Daria uma bola para que ele jogasse. Falando em felicidade, um ditado navajo diz: A felicidade está onde o coração encontra repouso!

Toda pessoa tem o seu potencial, não importa o grau de suas dificuldades e limitações. Na convivência com os outros os seus horizontes se ampliam e contribuem para que os assim chamados “normais” tenham uma visão mais real do mundo. E neste convi ver, o mais importante não são as leis governamentais criadas, mas o mandamento do amor que Jesus nos ensina, o qual não exclui ninguém, mas vai ao encontro do necessitado. Amor a serviço da felicidade, da vida em abundância.

Mas, ficaremos mais sem jeito se você tem curso superior. Os dados da pesquisa do sociólogo Alberto Carlos Alberto nos dizem que 71% das pessoas com ensino médio e 70% com ensino superior apelaram para o jeitinho alguma vez na vida. Em outras palavras, nível elevado de escolaridade não produz uma educação que se des vie do irmão gêmeo do jeitinho, que é o favor, nem da corrupção, que é sua irmã. Boa escolarida de nem sempre significa mais educação.

Também os jovens entre 18 a 24 anos já deram muito jeitinho na

Cartas

Seu espaço

O espaço “Cartas” é destinado a você, leitor e leitora. Deixe-nos saber sua opinião sobre os nossos artigos de fundo, as matérias e as reportagens ou, mesmo, sobre O Caminho, o nosso jornal. A sua participação é importante para nós!

Da Redação

Portanto, a Graça acabou com o jeitinho. O melhor exemplo do evangelho é o filho que caiu em si depois de ter perdido toda a heran ça; ao voltar para casa arrependido, ele foi recebido com festa pelo pai (Lucas 15). Ele não podia comprar nada, muito menos o amor do pai, totalmente gratuito.

Por ser misericordioso, Deus perdoa sem dar um jeitinho e ape sar de nosso jeitinho de querermos barganhar as suas bênçãos.

Assinatura coletiva (a partir de 15 assinaturas): R$ 14,00 cada, para pagamento mensal com boleto para dia 15 de cada mês. Abaixo dessa quantidade, preço de assinatura individual para cada exemplar.

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“A Graça acabou com o jeitinho. Por ser misericordioso, Deus perdoa sem dar um jeitinho e apesar do nosso jeitinho de querermos barganhar as suas bênçãos.”
O jeitinho
Deus 5132 P. em. Anildo Wilbert, P. Norival Mueller, Nivaldo Klein, P. em. Heinz Ehlert, P. Sin. Inácio Lemke, Pa. Vera Cristina Weissheimer, P. Sin. Breno Carlos Willrich, P. Dr. Osmar Zizemer, P. Renato Luiz Becker, P. Roni Roberto Balz, jorn. Tobias Mathies e Cat. em. Loni Driemeyer Wilbert. CONSELHO DE REDAÇÃODIRETOR GERAL P. em. Anildo Wilbert (48) 3364-5763 DIRETOR DE REDAÇÃO P. Clovis Horst Lindner (47) 3340-8081 JORNALISTA RESPONSÁVEL Anamaria Kovács DRT/RJ 12.783 proc. nº 40.187/75 Periódico publicado pelos Sínodos Norte Catarinense e Vale do Itajaí, da IECLB (Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil) CAMINHO ON LINE: www.jornalocaminho.com.br E-mail: caminho@mythos.art.br Fone/Fax ((047) 3340-8081 (Redação) Fone/Fax ((047) 3337-1110 (Comercial)CARTAS E ARTIGOS: Rua Dr. Luiz de Freitas Melro, 395 Sala 201 - Centro 89010-310 - BLUMENAU - SC E-mail: caminho@mythos.art.br DISTRIBUIÇÃO: Rua Erich Belz, 154 - Bairro Itoupava Central - 89068-060 BLUMENAU/SC REDAÇÃO FINAL P. Clovis Horst Lindner P. Friedrich Gierus (Der Weg) IMPRESSÃO Jornal de Santa Catarina Vale do Itajaí PREÇO DA ASSINATURA Assinatura anual: R$ 55,00 Anúncio Valor de R$ 5,90/cm2 Anúncio Particular: R$ 1,90/cm2 Fechamento da edição de Setembro: 08.08.2014. Matérias entregues após esta data serão publicadas no mês seguinte. ASSINATURAS: Caixa Postal 6390 89068-970 BLUMENAU/SC Fone/Fax ( (47) 3337-1110 (Comercial) ANO XXX - Nº 8 AGOSTO DE 2014OPINIÃO2
O CaminhO ARTE FINAL E DTP Mythos Comunicação
LEMA DO MÊS DE AGOSTO
1 CRÔNICAS 16.23

Família: missão prioritária dos pais

O MUNDO nunca mudou tão rápido. Mudam-se conceitos, ideias, estruturas. A tecnologia da informação, com seu aprimo ramento permanente, promove a divulgação dessas inovações, provocando, na maioria das vezes, a sensação de insegurança, frustra ção e impotência em grande parte da nossa sociedade.

Também as relações humanas sofrem mudanças, transformando o antigo núcleo familiar em formas híbridas de união, alimentando um egocentrismo e hiperindividualis mo, com descarte de laços afetivos, aumento da violência, da banali zação da vida, comercialização e consumismo sem pudores e sem avaliar as consequências. Realmen te, o mundo já não é mais o mesmo, como muitos de nós o conheceu num tempo não muito distante.

Fui criado em valores onde os laços da família são o maior tesou ro que podemos ter. Casamento é até que a morte os separe. Filhos, presente de Deus. Fidelidade, respeito e trabalho, fundamentos da dignidade humana. Bastava um olhar do pai, e a comunicação era melhor do que via web ou celular.

Porém, nos dias de hoje, com uma rotina de trabalho que sufoca e fragiliza a relação familiar, que consome o tempo por direito destinado à vivência em família, muitos núcleos familiares vão se rompendo, finalizando em divór cios, tragédia que vem crescendo a cada dia. Contudo, apesar do rompimento conjugal, o dom da paternidade é para toda a vida. A pergunta que surge então: Como ser pai geograficamente distante?

Como administrar mágoas do fim de um relacionamento conjugal sem prejudicar os filhos? Vale a pena reiniciar uma nova relação?

Não há como falar em Dia dos Pais sem considerar esta realidade na vida de muitos deles. Diante de tantas influências, exercer a vocação da paternidade na atuali dade é algo complexo e desafiador. Sabemos que os filhos precisam da convivência, da referência para seu desenvolvimento integral. Como

Um congresso no coração da Amazônia

No momento do fechamento desta edição d’O Caminho, a ju ventude da IECLB está vivendo uma aventura. Dois patinhos na lagoa é o número deste Congresso Nacional da Juventude Evangélica (JE), ou seja, o vigésimo segundo. De 20 a 25 de julho a geração jovem luterana está em Espigão

do Oeste, Rondônia. Ávidos por colaborar na edificação de um ou tro mundo, o tema do encontro dos representantes e grupos de jovens de todos os recantos da IECLB é “Geração JE no Mundo”.

A galera dos sínodos Vale do Itajaí e Norte Catarinense foi de avião até Porto Velho e seguiu de

ônibus até Espigão do Oeste; uma aventura de elevar ao máximo os níveis de adrenalina desse pessoal. E assim foi com todos os jovens. Eles foram com o desejo da expe riência, em busca da descoberta de uma igreja rica, desconhecida, nova. Foram com o desejo de ino var, de desentupir as coronárias da instituição com os seus sonhos e esperanças.

Por certo, voltam de Espigão do Oeste com uma visão na bagagem, dispostos a contribuir, colaborar, participar, vivenciar a sua fé e suas esperanças nas comunidades. É lenha nova no fogão da IECLB!

Na próxima edição, acompanhe a cobertura completa desta aventu ra dos jovens. Para encher sua boca de água, vai aí uma foto do pessoal por lá e a dica de espiar no Portal Luteranos, onde as notícias sobre o Congresso estão sendo veiculadas. Força aí, galera jovem!

fazê-lo? Pais são exemplos para os filhos em suas atitudes e hábitos a todo instante. Por mais que isso seja algo natural, é importante os pais re fletirem sobre que tipo de exemplo querem passar às crianças.

Como pais, somos a primeira referência para a criança, dada a proximidade. A pergunta é: E quando não estamos tão próximos? Quem são os sujeitos que assumem o papel de “pais” para nossos filhos? Quando estamos ausentes, onde os filhos têm buscado refe rência? Como podemos contornar este problema?

E quando a homenagem aos pais, o que não é diferente no dia das mães, se resume na entrega de um presente material? Não seriam isto sintomas ou formas de pais suprimirem e justificarem sua au sência? Penso que datas comemo rativas são uma ótima oportunidade para refletirmos sobre como temos desenvolvido a paternidade e ma ternidade junto aos nossos filhos.

Mais do que presentes, a famí lia carece de presença e convivên cia; não através de instrumentos de tecnologia, mas a partir da pele, do contato, da afetividade. Urge resgatar ações de carinho, afeto, gratidão. Dia dos pais é tempo de reconciliação, perdão e comunhão, sem a intervenção de presentes, mas pelo diálogo e abraço.

À medida que procuro ser uma boa referência para meu filho, acabo também repensando e mu dando meu modo de viver. E isto inclui a alimentação, a vivência da espiritualidade, a maneira como lidamos com o sedentarismo, o pra zer ou não que demonstramos pelo trabalho. Ou seja, os filhos vão se desenvolvendo pela influência de seu contexto, estejamos presentes nele ou não.

Que Deus nos dê a consciên cia da influência que temos na formação de nossos filhos e nos ajude a priorizar esta missão, não como escravos que lhes satisfa zem as vontades, mas como bons exemplos de conduta cristã, com valores morais e bons hábitos, e muita afetividade. Nós estamos em constante aprendizagem, podendo também melhorar como pais, mães, seres humanos. Felizes são os pa cificadores, pois serão chamados filhos e filhas de Deus. Eis a missão de todo pai e mãe.

Entre alegrias e belas imagens

Nunca antes o Brasil hospe dou tantos visitantes de países tão diferentes. Motivados pelo esporte, o futebol, acolhemos as melhores equipes dos cinco con tinentes. Todas as equipes foram pré-classificadas em torneios continentais para a Copa 2014.

Creio que é correto afirmar que todas as seleções participaram com o mesmo objetivo: Conquis tar o troféu, a Taça da Copa de 2014. E “a regra é clara”, apenas uma equipe recebe o troféu.

A pergunta que levanto para nós, que acompanhamos pela mídia, as belas imagens dos está dios, que nos alegramos com as vitórias e lamentamos as derro tas, o que podemos aprender da seleção que levou a taça?

Planejamento

Observo em primeiro lugar o planejamento minucioso de seu preparo. Depois, a estratégia na convivência, formando o espírito de uma grande equipe. O foco foi a vitória em equipe e não apenas de um ou dois heróis do time. O espírito de equipe comunitário fez toda diferença em relação a outras seleções, que também dispunham de bons jogadores.

O planejamento estratégico com certeza iniciou muito antes de se hospedarem no Brasil e se instalarem num arraial de praia na Bahia. Ali souberam conviver, festejar e deixar-se fotografar com os nativos, conquistando espa ço e corações. Nada, mas nada mesmo, aconteceu por acaso. Seríamos ingênuos se assim o acreditássemos.

Desafio

Aproveito para desafiar toda a liderança nas comunidades, para planejar estrategicamente as ações que pretendem realizar.

O Plano de Ação Missionária, lançado no Concílio em 2008, em muitas comunidades ainda não foi nem sequer estudado pelo mi nistro ou presbitério. Quem sabe, este é o momento de realizarmos um planejamento criterioso em nossa comunidade, desenvolven do um espírito de equipe.

Concluo com a palavra: O Se nhor já nos mostrou o que é bom, ele já disse o que exige de nós (Miquéias 6.8a)

DIVULGAÇÃO O CAMINHO INÁCIO LEMKE Pastor Sinodal do Sínodo Norte Catarinense, em Joinville/SC. Datas são oportunidades de reflexão sobre a paternidade que exercemos. JOVENS A juventude da IECLB reunida em Espigão do Oeste dá um espetáculo.
5133 O CaminhO FALA SINODAL ANO XXX - Nº 8 AGOSTO DE 2014 DESTAQUE 3
DIA DOS PAIS
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P. RONI ROBERTO BALZ / Blumenau

Almiro Wilbert é reeleito presidente do Conselho da Igreja

O CONSELHO da Igreja da IECLB tem uma nova lista de inte grantes e Almiro Wilbert, represen tante do Sínodo Sudeste, foi reeleito na função de presidente. A eleição ocorreu em São Leopoldo, durante a reunião de 4 e 5 de julho.

O novo CI é integrado pelos re presentantes sinodais: diácono Dério Milke (Amazônia), pastor Jonas Z. Beier (Brasil Central), Cláudio Kistenmacher (Centro-CampanhaSul), pastor Joel Schlemper (CentroSul Catarinense), Alcione Potratz (Espírito Santo a Belém), Ema M. Dunck Cintra (Mato Grosso), Ijoni J. Michaelsen (Nordeste Gaúcho), Ledy Zimmermann (Noroeste Rio grandense), pastor Claudir Bur

mann (Norte Catarinense), pastor Gilmar do Nascimento (Planalto Rio-Grandense), Ingo R. Brust (Rio dos Sinos), Rolf Leitzke (Rio Paraná), Almiro Wilbert (Sudeste), pastor Jorge A. Signorini (Sul-RioGrandense), Irton Brandt (Uruguai), Cristian Fuchs (Vale do Itajaí), Sér gio Hagemann (Vale do Taquari), e o representante do sínodo Paranapane ma (a ser eleito em 16 de agosto).

O número de representantes ministros e leigos é determinado pela Constituição da IECLB, ca bendo aos ministros um terço da representatividade dentro do CI, enquanto que os outros dois ter ços é integrado por representantes leigos. Os sínodos que devem

eleger representantes ministros são selecionados em rodízio entre os 18 sínodos da IECLB.

Na composição da diretoria, além de Wilbert como presidente, Ema Dunck Cintra é vice-presiden te, em substituição a Léa Stange de Oliveira. Ijoni Michaelsen é a nova secretária e o pastor Claudir Burmann, de Massaranduba (SC), é o novo vice-secretário.

Integram ainda o CI sem direito a voto o pastor presidente Nestor Paulo Friedrich, o pastor 1º vice-presidente Carlos Augusto Möller, a pastora 2ª vice-presidente Silvia Beatrice Genz, a secretária-geral, diácona Ingrit Vogt, e o presidente do Concílio da IECLB, Nivaldo Kiister.

Norte Catarinense investe diretoria sinodal

Aconteceu no dia 21 de junho à noite, com presenta de grande público, representantes das várias paróquias do Sínodo Norte Cata rinense, o culto de investidura da Diretoria eleita para o Conselho Sinodal do Sínodo Norte Cata rinense. O ato foi celebrado na Paróquia dos Apóstolos, em Join ville (SC), paróquia de origem do Presidente eleito.

Foram instalados Carlos Henri que Sacht (presidente do Conselho

Sinodal), Elói Witt (1º vice-pre sidente), Suzana Karina Tribess Stricker (2ª vice-presidente), Ele mer Kroeger, (tesoureiro), Vander Meier, (vice-tesoureiro), Marianne Maier (secretária) e Ademar Gaed ke (vice-secretário).

Também foram instalados os representantes no Conselho e no Concílio da Igreja, bem como o Conselho Fiscal. O pastor sinodal e seu vice devem ser instalados no mês de dezembro.

Ildo Franz assume Caçador

Ildo Franz é o novo pastor de Caçador (SC). Ele foi instalado no dia 27 de abril pelo pastor sinodal Inácio Lemke. Natural de Ituporan ga (SC), Franz é casado com Mari lu e tem dois filhos, Débora e João Victor. Franz atuou de 2011 até sua vinda a Caçador em AraguaiaJataí (GO). Foram assistentes da instalação os pastores Marcelo Jung (Oxford-São Bento do Sul) e Francinne de Oliveira Kerkhoff (Curitibanos).

MULHERES

A IECLB tem mais uma pastora sinodal

ROILI BORCHARDT é a mais nova pastora sino dal da IECLB. Ela elegeu-se para a função em Arroio do Padre (RS),

durante a 19ª Assembleia Si nodal do Sínodo Sul-Rio-Gran dense. Em 2015 ela assume o lugar do pastor sinodal Dietmar Teske. A pastora Roili é natural de Schroeder (SC) e exerce o ministério em Pelotas (RS).

Igreja Digital

A americana LifeChurch.tv está revolucionando o conteúdo religioso na internet. O aplicativo da Bíblia – YouVersion – mu dou o como e o quando se lê o evangelho. A ideia é mudar o entendimento do que é “missão digital”. O caminho dessa gran de proposta compreende plata formas de serviços eclesiásticos on-line, vídeos pré-prontos de cultos, distribuídos gratuita mente, sistema de contribuição e Bíblia interativa. Certamente a internet é o canal de distribuição de conteúdo cristão mais impor tante. Onde mais é possível atingir milhões de pessoas?

Vídeo inclusivo

A produção de um vídeo criativo sobre a inclusão da pes soa com deficiência na comuni dade foi proposta pela coorde nação de Diaconia Inclusão da IECLB. A JE da paróquia Martin Luther/Progresso em Blumenau (SC) cumpriu a tarefa e venceu o concurso. A partir disso foi premiada com 15 inscrições para o Congresso Nacional da Juventude Evangélica, totali zando R$ 2.250. A proposta é louvável e motiva os jovens para ações de inclusão das PD na vida comunitária.

Podcast para o dia Uma série de breves refle xões está disponível diariamente na internet. O podcast “Um Olhar para o Vale”, apresentado pelos pastores Clovis Horst Lindner e Renato Luiz Becker, pode ser acessado diariamente nos seguintes endereços: face book.com/sinodaovaledoitajai ou luteranos.com.br/conteúdo_ organizacao_lista/1/3/21. Vale a pena! Conteúdo indispensável para começar bem o dia.

Almiro Wilbert é do Sínodo Sudeste. CYBER FÉ Jorn. TOBIAS MATHIES BODAS DE OURO HARO E ELZITA (WRUCK) SCHWANTZ celebraram Bodas de Ouro no dia 7 de junho, sob a bênção de Deus, na Igreja da Reconciliação, em (SC), com no Haro sob o lema bíblico Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa (Atos 16.31). Pastor Ildo Franz e esposa Marilu. A nova diretoria sinodal foi investida em culto na Joinville-Apóstolos.
ARQUIVO PESSOAL
5134 O CaminhO ANO XXX - Nº 8 AGOSTO DE 2014GENTE E EVENTOS4
IECLB
FLASHES
ARQUIVO PESSOAL LEIA E ASSINE
Fortaleza Alta-Blumenau
confraternização
Clube Skat.
(03.05.1943) e Elzita (13.05.1945) são de Blumenau e tiveram três filhos – Carmo, Claus e Carlos –, três noras, quatro netos e duas netas. A família estava muito feliz em compartilhar essa passagem especial e suas lembranças com familiares e amigos

NOTÍCIAS BREVES

Vale do Itajaí reúne jovens adultos

O ENCONTRO “Jovens Adultos Luteranos” foi mais uma forma que a Pastoral da Criança e Juventude do Sínodo Vale do Itajaí encontrou para incluir jovens com mais de 20 anos na vida comuni tária. A primeira edição aconteceu no dia 5 de julho, na Paróquia Blu menau Itoupava Seca. A proposta reuniu jovens que já participaram de grupos de jovens anos atrás ou pessoas que não tiveram esta opor tunidade, mas que buscam um espa ço para viver a espiritualidade.

“Criamos uma grande expecta tiva com esta proposta. A PCJ tem esta função; buscar caminhos para incluir mais e mais pessoas na vida comunitária. Nossas comunidades são espaços de convivência, troca de experiências, espiritualidade e amizade”, ponderou o pastor sino dal Breno Carlos Willrich.

A temática “Laços de Amizade” foi abordada pelo catequista Daniel da Costa, a partir de Provérbios 17.17 – O amigo ama sempre e na desgraça ele se torna um irmão

Este tema aborda que mesmo com o passar do tempo, a amizade con tinua forte. O grupo constatou que apesar do longo período sem se encontrar, a sensação positiva de rever os amigos foi grande.

“Quando nos vemos novamen te, as lembranças do passado vêm à tona. Você se sente como se esti vesse naquela época, no grupo de jovens, nos eventos sinodais. Você conta como estão seus dias atuais; mas só quer falar do passado,

Palestra reúne lideranças

naquele dia de acampamento, no Femuca, na oficina de lideranças. Lembra-se das músicas, brincadei ras, e muito mais. É fantástico!”, enfatizou a secretária de Educação Cristã Contínua da JE Sinodal, Kathleen Suzan Zwicker.

O jovem Ramon Galdino lem brou que há muito tempo está afas tado da Juventude. Para ele, foi importante perceber como é bom estar em companhia de pessoas tão especiais. Poder conversar, rir, can

IMPRENSA

tar, louvar, lembrar momentos do passado, pensar no futuro. “Foram momentos antagônicos. De nostalgia pelo tempo passar tão rápido e de alegria por ver que todos estão bem e progredindo. Rever vários amigos de JE foi maravilhoso. Espero ter mais eventos assim e poder passar mais tempo com eles. Isto fortalece cada vez mais esses laços de amizade”.

A Pastoral da Criança e Ju ventude e a Juventude Evangélica Sinodal pretendem realizar esta mesma modalidade de encontro em outras comunidades do Sínodo Vale do Itajaí. A proposta reúne exintegrantes de grupos de JE ou até mesmo pessoas que não tiveram a oportunidade de participar de um grupo regular, mas que buscam uma forma de se integrar na vida de uma comunidade e viver a espiritu alidade. “Uma ótima oportunidade está surgindo. Somos uma Igreja inclusiva, queremos que mais pessoas vivam comunidade”, de safiou a coordenadora da Pastoral, Katilene Willms Labes.

Ainda se fala alemão no Brasil

O Brasil é mais alemão do que se pensa. Cerca de cinco milhões de brasileiros são de descendência germânica e 1,5 milhão falam ale mão como primeira língua; sem contar os que fazem curso da língua de Goethe. Em muitas localidades do sul, os teuto-brasileiros são mais de 50% da população. Tudo isso faz com que a cultura teutobrasileira seja bastante viva.

“Entre Rios”. Como grande parte dos descendentes de alemães é evangélica, a IECLB ainda celebra cultos em alemão e publica diversos periódicos e panfletos totalmente ou em parte na língua alemã. Entre eles está a publicação mensal O Caminho / Der Weg, que tem duas páginas no idioma dos imigrantes.

Percebi que devo agradecer ao povo Xokleng pela barragem construída em suas terras para proteger nossas famílias.

ENCHENTES

Apoio aos Xokleng

A pastora Cibele Kuss e a pedagoga Marilu Menezes, da Fundação Luterana de Diaconia, estiveram no Sínodo Vale do Ita jaí, no dia 14 de julho, para propor uma parceria com o COMIN e o Grupo de Apoio Psicossocial, para um projeto de ajuda aos indígenas Xokleng, atingidos pelas cheias do outro lado da Barragem Norte, em José Boiteux (SC).

MINISTÉRIOS

Aprovados no PPHM

A Secretaria de Habilitação ao Ministério divulgou, em 1º de julho, a lista dos aprovados no exame de admissão ao perío do prático. Vão continuar seus estudos em campos de atividade ministerial da IECLB onze futuros pastores, sete futuras pastoras, uma futura catequista e nenhum futuro missionário ou diácono.

Mais cinco anos no CMI

Na noite de 25 de junho a paróquia de São Francisco do Sul reuniu sua liderança e presbíteros das comunidades para uma palestra sobre o que é igreja e como com prometer-se com ela. O teólogo Jörg Garbers, de Jaraguá do Sul, palestrou para 35 pessoas. Houve

um belo momento de partilha de alimentos, oração, cantos e refle xão do tema. A paróquia se alegra com este momento de formação e agradece a Deus que motiva pes soas que querem viver e ser igreja e comprometem-se com seus dons que são colocados a serviço.

Segundo Björn Akstinat, diri gente do departamento de mídia da Rede de Publicações em Língua Alemã no Exterior, “existem mais de 30 publicações e ao redor de 20 programas de rádio em alemão”.

Faz parte dessa lista, por exem plo, a revista cultural “Entre Rios”, que circula na colônia dos suábios, de mesmo nome, em Guarapuava (PR). Os editores da revista também produzem dois programas de rádio em alemão, na Rádio Universitária

Também os Irmãos Menonitas, espalhados por todo o continente sul-americano, têm diversas comu nidades em língua alemã e publica ções dirigidas a esses fiéis.

“Vale a pena até pensar em empreender novos projetos midiá ticos em alemão no Brasil”, instiga Akstinat. “Háespaço, por exemplo, para um jornal voltado para em preendedores, turistas, alunos de cursos de alemão e estudantes de germanística”, ele exemplifica. É possível obter apoio e orientação para projetos assim, ele oferece.

O pastor norueguês Olav Fykse Tveit foi re conduzido à função de secretáriogeral do Conselho Mundial de Igrejas para

um novo mandato de cinco anos.

A decisão foi tomada pelo Comitê Central do CMI em sua reunião de 3 de julho, em Genebra.

DISSERAM CLAUDEMIR CASARIN, Psicólogo em Blumenau. PASTORAL JOVEM DIVULGAÇÃO O CAMINHO O primeiro encontro foi em Blumenau, na paróquia Itoupava Seca.
5135 O CaminhO ANO XXX - Nº 8 AGOSTO DE 2014 VIDA COMUNITÁRIA 5
LITORAL NORTE CATARINENSE
DIVULGAÇÃO O CAMINHO

Eleição e homenagem marcam assembleia em São Bento do Sul

NO DIA 26 de junho, no Lar Vila Elsa em São Bento do Sul (SC), a Associação Wally Heidrich (AWH) realizou a 16ª edição de sua Assembleia Geral Ordinária. A AWH reúne os grupos da OASE dos sínodos Centro-Sul Catari nense, Norte Catarinense e Vale do Itajaí. O encontro foi iniciado com meditação do pastor sinodal Inácio Lemke, do Sínodo Norte Catarinense.

Momento de destaque do en contro foi uma homenagem espe cial ao casal Magdalene e pastor Norberto Grankow, que deixou os trabalhos junto ao Lar Vila Elsa, da AWH. O casal afastou-se volun tariamente da função no início de 2014 por motivos de saúde.

Justa homenagem, simbolizada por uma placa onde se lê “Nossa

gratidão ao casal Magdalene e P. Norberto Gramkow, pela dedicação e cuidado com o Lar Vila Elsa. Associação Wally Heidrich – São Bento do Sul, 26 de junho de 2014 – Bendirei ao Senhor em todo o tempo e em meus lábios seu louvor sempre estará (Sl 263.1).

Agradecendo a homenagem, o pastor Norberto disse que nada mais fizeram na casa, do que “dar um copo de água a quem neces sitasse”. D. Magdalene também agradeceu pelo tempo em que pode servir a Associação e pela homena gem recebida.

A assembleia realizou a elei ção da diretoria e conselho fis cal. A diretoria é integrada por Ivone B. Beil (presidente), Ruth Thereza Baade (vice), Elfride Gabel (tesoureira), Dirce Schit koski (vice), Ruth Berg Prüsse (secretária) e Vera Lucia Bettega Küster (vice). O Conselho Fiscal tem como titulares Elia Jung Malburg, Christa Holz e Teresi nha Metzker; e como suplentes Marilene Loth, Anelise Eger e Vilma Grahl.

Mulheres de Brusque ajudam Recanto do Sossego

A Comunidade Bom Pastor, em Brusque (SC), realizou o segundo Café da Diaconia, no dia 14 de junho. Com o auxílio das mulheres que participam do grupo Despertar, a arrecadação do café foi revertida para o Lar de Idosos Recanto do Sossego, em Braço do Trombudo (SC).

O trabalho de solidariedade na comunidade iniciou no ano passado, com a iniciativa de duas mulheres que tiveram a ideia de promover um café e assim todo grupo se mobilizou e aderiu à proposta. “Louvamos a Deus por fazermos parte de uma comunida de viva e atuante”, enfatiza Elisa

Grupo Rosa celebra 50 anos de trajetória

Holz, coordenadora dos encontros das mulheres luteranas em Brus que Centro.

Os encontros acontecem duas vezes ao mês, no período noturno. A proposta é receber mulheres que trabalham durante o dia e que po dem encontrar um espaço no início da noite para conviver e ouvir a palavra de Deus.

O pastor Cláudio Siegfried Schefer é o orientador espiritual do grupo. “Somos muito gratas pelos estudos e reflexões bíblicas que nos edificam na fé. Aqui adquirimos conhecimento da palavra de Deus e cultivamos comunhão com nossas irmãs em oração por toda comuni dade”, finaliza Elisa.

O asilo Recanto do Sossego é uma casa que abriga pessoas idosas e com deficiência, localizada no município de Braço do Trombudo, no Alto Vale do Itajaí. O asilo, que hoje se situa na área de abrangência do Sínodo Centro-Sul Catarinense, no passado esteve sob o guardachuva da extinta Segunda Região Eclesiástica da IECLB. Desde há décadas, diversos grupos de OASE dos sínodos em que a RE 2 foi dividida continuam auxiliando o Asilo Recanto do Sossego a manter a instituição.

No dia 25 de maio, o Grupo Rosa de OASE, da Paróquia Após tolo Pedro de Jaraguá do Sul (SC), completou 50 anos de fundação. A data foi celebrada em culto de gratidão e louvor a Deus, ministrado pelo pastor Daniel Andréas Port. As integrantes do grupo entraram na igreja cantando o hino “Jesus Cristo

é Rei e Senhor”. O culto, transmiti do pelo radio, teve um breve relato da história do Grupo Rosa. Depois do culto, os convidados dirigiram-se ao salão paroquial para continuar as homenagens às fundadoras, ex-pastores e expresidentes do grupo, que deixaram suas marcas e ajudaram a escrever

a história destes 50 Anos de cami nhada em Comunhão, Testemunho e Serviço. Ao final, um delicioso almoço de confraternização foi oferecido à família OASE, seguido do coro de “Parabéns” e o corte do bolo comemorativo. Foi um dia festivo muito especial para todas as mulheres da OASE Grupo Rosa!

Cai, levanta

Cai de repente, levanta rapida mente. Quantas vezes assistimos isto nos jogos da Copa do Mun do? Os jogadores sabem de sua responsabilidade. São importan tes. O time precisa deles. Quase não fazem cena.

E nós, quando caímos? Quan tas vezes caímos! É o adversário que nos derrubou? Decepção, aci dente, desânimo, doença, pecado ou tristeza? Quem nos levanta? Em nosso meio cristão já temos a resposta na ponta da língua: “É Deus!”. Concordo.

Superioridade?

Às vezes precisamos das quedas para não nos imaginar su periores. Mas quando estamos no fundo do poço, Deus parece tão distante e inacessível. A nossa fé é violentamente abalada e nossos alicerces ruíram. Só depois de muita luta/muito luto consegui mos reconhecer a mão bondosa de Deus. Ele nos enviou Jesus Cristo, que nos mostrou por seu exemplo como sair outra vez. Ele conhecia o seu caminho, não se deixando intimidar por vaias, agressões, inimizade. Jesus tam bém conhecia a sua tarefa, sua importância no time. As tentações não o derrubaram.

Retiro

O campeão da Fórmula 1 Michael Schumacher, depois de tantos perigos nas pistas, foi derrubado numa pista de esqui. Acordou do coma profundo e garanto que vai lutar.

Tenho certeza que o nosso time precisa de nós. Só você conhece o seu time para o qual você é importante. Garanto que são muitos os que não querem ver você caído/a em tristeza, desânimo e desespero, que não ataca só os jovens ou os idosos. Os ataques são constantes. Jesus, então, se retirava para orar. Va mos seguir o seu exemplo!

no LAR VILA

Sul (SC), no dia 3 de setembro, das 9:00 às16:00 horas.

Para que serve? Será desenvolvido pela pastora

No Lar Vila Elsa (47/3634-0100), com Ivone Beil (47/3422-8076) ou Ruth Baade (41/3076-7240). O preço do Seminário é de R$ 30,00, que inclui lanche da manhã a partir das 08:30 horas, almoço e café da tarde no encerramento. Venha participar de mais esta oportunidade de edificação espiritual. Divulgue e convide seus amigos e amigas. Participe!

DIVULGAÇÃO ELFRIEDE RAKKO EHLERT é artista plástica em Curitiba/PR Norberto e Magdalene Gramkow. Café organizado pelas mulheres brusquenses leva solidariedade. O
CONVITE 5136 O CaminhO ANO XXX - Nº 8 AGOSTO DE 2014MULHER6 REFLEXÃO
ASSOCIAÇÃO WALLY HEIDRICH
A ASSOCIAÇÃO WALLY HEIDRICH convida para um seminário
ELSA, em São Bento do
Tema: ORAÇÃO: O que é?
Marlete Stein Giese. Inscrições:
DIVULGAÇÃO O CAMINHO
CAFÉ
DIVULGAÇÃO
CAMINHO

Wahlen: Genau hinhören

Singt dem Herrn, alle Länder der Erde!

sein

von Tag

Soeben

habe ich in den Nachrichten durchs Fern sehen erfahren, dass es Ende vergangenen Jahres in der ganzen Welt mehr als 51 Millio nen Flüchtlinge gegeben hat. So einen großen Flüchtlingsstrom hat es seit dem 2. Weltkrieg nicht mehr gegeben. Dabei sind die jüngsten Ereignisse in Afrika, im Nahe Osten (allein in Syrien mehr als 6 Millionen!), in Ost europa und in Asien noch gar nicht einmal mit einberechnet. Wenn man dann die Bilder der Menschen sieht, die ihr Leben retten wollen und nur mit dem Notwendigsten unterwegs sind in eine ungewisse Zukunft, dann überkommt einem das Erbarmen.

Ich persönlich werde da bei erinnert an die Zeit des 2. Weltkrieges, als meine Eltern ebenfalls Haus und Hof stehen lassen mussten und nur mit zwei Koffern und vier Kindern ver suchten, im Süden Deutschlands einen Zufluchtsort zu finden. Wenn man alles verliert, was einem gehört hat, dann kann dies verschmerzt werden. Wenn einem aber die Menschenwürde genom men wird, wie Vieh zusammen getrieben, hin und her geschubst und schließlich in Notaufnahme lagern zusammengepfercht wird, dann ist das ganz schlimm. In solchen Notsituationen zeigen sich die Charaktere der einzelnen Menschen. Die einen sind bereit alles zu teilen und wo immer möglich das Elend und Leid mitzutragen. Die anderen denken nur an sich und meinen, dass die Not alles erlaubt: Unehrlichkeit, Diebstahl, Gewalttat.

Aber dies beobachten wir nicht nur in Notsituationen. Dasselbe kann man auch bei Menschen beobachten, die die Macht in den Händen haben, sei es durch Reichtum oder sei es durch poli tische Machverhältnisse. Es gibt

Reiche, die gerne teilen und alles tun, um Armut und Diskriminie rung zu bekämpfen. Aber unter ihnen gibt es auch Mitmenschen, die meinen, alles tun zu dürfen, um sich immer mehr Vorteile zu verschaffen, Reichtum anzuhäu fen, Machtpositionen auszu bauen, und dies meist unter dem Deckmantel der Gerechtigkeit.

Wir stehen mitten im Pro zess der Wahlen, die im Oktober stattfinden werden. Inzwischen haben sich Parteien und Politiker zusammengefunden, um sich voll in die Wahlkampagnen zu werfen. Und die Wähler? Als Christen dürfen wir uns auf keinen Fall dem ganzen Wahl prozess gegenüber gleichgültig verhalten. Das heißt, es ist sehr wichtig, genau hinzuhören, was die Politiker sagen oder verspre chen und genau zu analysieren, welche Akzente die einzelnen Parteien setzen und welche Ziele sie in der Politik verfolgen. Dabei kann es nicht darum gehen, in welcher Partei oder bei welchem Politiker ich durch meine Wahl

persönliche Vorteile ergattern kann, sondern darum, dass durch meine Stimme demokratische Werte erhalten bleiben: dass die Meinungsfreiheit garantiert wird, dass der Kampf gegen die Armut auf Nachhaltigkeit abzielt, dass die Korruption bekämpft wird, Reformen durchgeführt werden, wie etwa im Bereich der Justiz und im Gefängniswesen, dass die Bildung und Erziehung, vor al lem auch das Gesundheitswesen die notwendige Aufmerksamkeit erfahren, nicht zu vergessen die Wichtigkeit der Investition im Bereich der Infrastruktur, des Straßenbaus und der Sanierungs programme in den Städten, usw.

Über allem sind wir als lutherische Christen aufgefordert, uns im Blick auf die Wahlen der Losung des Jahresthemas unse rer Kirche bewusst zu bleiben, danach zu handeln und Verant wortung zu übernehmen: Sucht der Stadt Bestes…und betet für sie zum Herrn; denn wenn’s ihr wohl geht, so geht’s auch euch wohl. (Jeremias 29,7)

ACABO DE SABER pela TV que no final do ano passado havia 51 milhões de refugiados em todo o mundo. Um fluxo tão grande de refugiados não se via desde a segunda guerra mundial. Os fatos que provocam essa rea lidade estão na África, no Oriente Próximo (somente na Síria há mais de seis milhões!), enquanto o Leste Europeu e a Ásia sequer foram computados. Quando se vê as fotos das pessoas que querem salvar suas vidas e se põem a caminho somente com o estritamente necessário na direção de um futuro incerto, nos assalta a compaixão.

Pessoalmente, lembro-me dos tempos da segunda Guer ra, quando meus pais também tiveram que largar casa e chão e tentar, só com duas malas e mui tos filhos, encontrar um refúgio no sul da Alemanha. Quando se perde tudo que se tem, isso pode ser muito dolorido. Mas quando se perde a dignidade humana e se é arrebanhado que nem gado, isso se torna dramático. Em tais situações aparece o caráter in dividual das pessoas. Uns estão dispostos a dividir tudo e sempre que possível auxiliar a miséria e o sofrimento dos outros. Já outros pensam somente em si mesmos e julgam que a carestia permite tudo: desonestidade, roubo, violência.

Mas não se pode observar isso somente em situações de necessidade. É possível ver o mesmo também em pessoas que detêm o poder, seja adquirido por posses ou por conta das relações de poder político. Há ricos que gostam de repartir e fazem tudo contra a miséria e a discriminação. Mas há também

entre eles pessoas que imaginam poder fazer de tudo para con quistar cada vez mais privilégios, riqueza e poder, muitas vezes sob o falso manto da justiça.

Estamos no meio do proces so da eleição a realizar-se em outubro. Entrementes, partidos e políticos fizeram alianças para se lançarem na campanha com todo o ímpeto. E os eleitores? Como cristãos, todavia, não podemos ser indiferentes em relação a todo o processo eletivo. É muito impor tante ouvir bem o que os políticos dizem ou prometem e analisar bem quais acentos cada partido coloca e quais são os objetivos que persegue na política.

E não se trata aqui de avaliar em qual partido ou com qual político eu posso obter vantagens pessoais com o meu voto, mas que através do meu sufrágio se mantenham os valores democráti cos: que a liberdade de expressão seja mantida, que a luta contra a pobreza mire na sustentabilidade, que a corrupção seja combatida e sejam introduzidas reformas, como na justiça e nos presídios; que formação e educação, bem como também a área da saú de recebam a devida atenção, sem esquecer a importância de investimentos em infraestrutura, em estradas e nos programa de saneamento nas cidades, etc.

Antes de tudo, como cristãos luteranos, somos desafiados em relação às eleições a dar atenção consciente à palavra do lema da nossa igreja, a agir de acordo e a carregá-lo com responsabilidade: Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei e orai por ela ao senhor, porque na sua paz vós tereis paz (Jeremias 29.7).

Herr, nicht immer ist mir zum Singen zu Mute, aber Dein Heil, die Botschaft Dei nes Erbarmens und deiner Güte kann ich weitersagen und immer meinen Teil dazu beitragen. Amen.
5137 GEBET
OLHAR CRÍTICO SYNODEN VALE DO ITAJAI U. NORTE CATARINENSE Evangelische Kirche Lutherischen Bekenntnisses in Brasilien-EKLBB AUGUST 2014 Jahrgang XXX - Nummer 8 MONATSSPRUCH Eleições: ouvidos atentos
Tradução: P. Clovis Lindner
Verkündet
Heil
zu Tag. 1. Chronik 16,23 DIVULGAÇÃO O CAMINHO www.boavida.com.br planoboavida BLUMENAU (47) 3222 9999 INDAIAL (47) 3333-0300 POMERODE (47) 3395-0481 TIMBÓ (47) 3382- 0303 C R E M A ÇÃO E S T Á E M NOS S O PL A NO

UNSERE BOTSCHAFT

Die Musik kann Wunden heilen

WER in der Thüringer Kirche/ Deutschland aufgewachsen ist, kam nicht daran vorbei: Thuringia cantat! (Thüringen singt!). Mit diesen Worten hat Landesbischof Moritz Mitzenheim jahrzehntelang unzählige Kirchenchöre und Po saunenchöre begrüßt und gelobt. Und wem läuft nicht ein heiliger Schauer den Rücken hinunter, wenn er Händels Halleluja oder das Ave Maria hört.

Kann sein, dass meine Musi kauswahl sehr einseitig ist, aber dass Musik beeindruckt und mi treißt, steht wohl außer Zweifel. Mit Musik werden Stimmungen ausgedrückt, Wunden geheilt, Erin nerungen wach gehalten oder auch Aggressionen abgebaut – und vor allem Loblieder gesungen!

Dass wir auch ans Singen denken, wenn ein Lob gesprochen oder geschrieben wird, ist bezei chnend: Da schwärmt jemand in den höchsten Tönen, ein anderer stimmt ein Freudenlied an, Lo beshymnen erklingen.

Da Musik ja Geschmacksache ist, finde ich es gut, dass bei den Psalmen keine Melodien überlie fert sind. So kann ich sie in mir erklingen lassen, wie es mir gefällt. So kann auch ein unmusikalischer Mensch dem Herrn singen und sein Heil verkünden, immer und übe rall. Eine Stimme allein klingt nicht

immer so toll, mehrer Stimmen, aufeinander hörend, miteinander im gleichen Rhythmus, das ist ein Fest für die Sinne, reißt mit, lädt ein, mitzutun. Das wünsche ich mir auch für die Verkündigung von Gottes Liebe, dass wir sie mitreißend und gemeinsam in der Welt, im Leben erklingen lassen.

Zahl der Flüchtlinge auf höchstem Stand

Genf (epd) – Die Zahl der Flüchtlinge weltweit hat nach An gaben der Vereinten Nationen den höchsten Stand seit dem Ende des Zweiten Weltkrieges erreicht. Zum Jahresende 2013 waren mehr als 51 Millionen Männer, Frauen und Kinder vor Gewalt und Un terdrückung auf der Flucht, teilte das Flüchtlingshilfswerk UNHCR zum Weltflüchtlingstage am 20. Juni in Genf mit. Ende 2012 wa ren rund 45 Millionen Flüchtlinge erfasst worden. Hauptgründe für den Anstieg der Zahl sind laut dem UN-Hochkommissar für Flüchtlinge, António Guterres, viele langanhal tende Konflikte wie in Syrien und in Afghanistan. „Es herrscht ein gefährlicher Mangel an Frieden“, warnte Guterres. Die Menschen auf der Flucht müssten den Preis dafür zahlen, dass bewaffnete Konflikte entstehen und lange nicht beendet werden. Die Weltgemeinschaft müsse enger zusammenarbeiten, um den Frieden zu fördern.

Das UNHCR erklärte, dass von den mehr als 51 Millionen Geflohe nen mehr als 33 Millionen Männer, Frauen und Kinder auf der Flucht im eigenen Land seien. Damit habe die Zahl der Binnenflüchtlinge den höchsten Stand seit Beginn der statistischen Erfassung im Jahr 1989 erreicht. Innerhalb Syriens

waren laut UNHCR Ende 2013 6,5 Millionen Menschen Flüchtlinge im eigenen Land, mehr als irgend wo sonst auf derWelt. Es folgen Kolumbien (5,4 Millionen) und die Demokratische Republik Kongo (knapp drei Millionen).

Die Zahl der Flüchtlinge, die im Ausland Schutz vor Gewalt und Verfolgung suchten, lag laut dem Hilfswerk Ende 2013 bei knapp 17 Millionen Menschen. Die Ursprungsländer der größten Flüchtlingsgruppen waren Ende 2013: Afghanistan (2,6 Millio nen), Syrien (2,5 Millionen) und Somalia (1,1 Millionen). Pakistan war den Angaben nach das größte Auf nahmeland mit 1,6 Millionen Flüchtlingen, gefolgt vom Iran und dem Libanon mit jeweils rund 860.000 Flüchtlingen.

Als dritte Gruppe der Menschen auf der Flucht führt das UNHCR die Asylbewerber an. Im Jahr 2013 baten 1,1 Millionen Männer, Frauen und Kinder in anderen Ländern um Asyl. Darunter waren mehr als 25.000 Kinder, die getrennt von ihren Eltern in einem fremden Land Schutz suchten. In Deutschland gingen laut UNHCR 2013 rund 110.000 Bewerbungen ein, damit war Deutschland der Staat mit den meisten Anfragen. Dahinter lagen die USA und Südafrika.

Starkes Zugehörigkeitsgefühl als Zeichen des Wachstums in der LWB-Gemeinschaft

Medan (Indonesien) / Genf (LWI) – In seinem Bericht an den Rat während dessen diesjähriger Tagung in Medan (Indonesien), hat der Generalsekretär des Lutheri schen Weltbundes (LWB), Pfr. Martin Junge, Entwicklungen her vorgehoben, die auf ein Wachstum in der Gemeinschaft hindeuten, sowie Arbeitsbereiche angespro chen, denen in den Vorbereitungen der Kirchengemeinschaft auf die Zwölfte LWB-Vollversammlung und das 500-jährige Reformations jubiläum 2017 noch mehr Auf merksamkeit geschenkt werden muss.

Die LWB-Gemeinschaft wach se, so Junge. Die 142 Mitgliedskir chen repräsentierten 2013 72,2 Millionen ChristInnen weltweit, im Vergleich zu 70,5 Millionen im Jahr 2011. Wachstum sollte jedoch nicht nur in den Zahlen gesehen werden. Auch die Beiträge der Kirchen, die diese in ihren jeweili gen Kontexten leisteten, wenn sie

sich an der Mission Gottes für Transformation, Versöhnung und Ermächtigung beteiligen, zeigt dieses Wachstum an.

Beziehungen, Verantwortung und engere Zusammenarbeit

– Durch die Abteilung für Welt dienst (AWD) hat die lutherische Gemeinschaft Anfang 2014 rund zwei Millionen Binnenvertriebe ne und Flüchtlinge unterstützt. 2013 waren es noch 1,5 Millionen gewesen. Während dieser Zuwachs leider zeige, dass die Zahl der Men schen, die vor Konflikten, Gewalt, Unterdrückung und Hunger fliehen müssen, jeden Tag um Tausende

ansteigt, erfülle die Art und Weise, wie der LWB reagiert, „mein Herz mit demütiger Dankbarkeit, da es die Geschichte einer Gemeinschaft wird, die zusammensteht und den Armen und Leidenden dieser Welt zu keinem Zeitpunkt den Rücken kehrt“, erklärte Junge.

Strategische Prioritäten – In den Sitzungen seiner Ausschüsse wird der LWB-Rat Vorschlä ge für die Neuorientierung der Abteilung für Mission und Ent wicklung (AME) diskutieren, mit dem Ziel, die Unterstützung und Begleitung der Mitgliedskir chen durch die AME im Kontext der rückläufigen finanziellen Ressourcen aufrechtzuerhalten. Junge brachte seine Dankbarkeit für die Unterstützung von LWBMitgliedskirchen, Partnerorgani sationen und anderer Partner zum

Ausdruck, die die finanziellen Kapazitäten für programmatische Arbeit auch in der neuen Abtei lung für Theologie und Öffentli ches Zeugnis gestärkt hätten.

Aus dem Engagement des LWB mit anderen weltweiten christlichen Gemeinschaften hob der Generalsekretär einige konkrete Beispiele für Ergebnisse des ökumenischen Dialogs mit der römisch-katholischen Kirche im Leben und Zeugnis von Orts gemeinden und für Menschen weltweit, die unter Konfliktsitua tionen leiden, hervor.

Mit Blick auf das 500-jähri ge Reformationsjubiläum 2017 wies Junge darauf hin, dass mit Angli kanern, Orthodoxen und Mennoniten, sowie mit der Weltge meinschaft Reformierter Kirchen und dem Ökumenischen Rat der Kirchen einheitliche Ansätze ent

wickelt würden, die dem Prinzip eines Jubiläums in „ökumenischer Verantwortlichkeit“ folgten.

Auf der Tagesordnung der diesjährigen Ratstagung steht außerdem die Entscheidung über das Thema und die Daten für die Zwölfte Vollversammlung des LWB. Der Generalsekretär dankte dem Rat für seine anhaltende Unterstützung des Büros der Kir chengemeinschaft und betonte, wie wichtig es sei, eng zusammenzu arbeiten, um die nächste Tagung der Vollversammlung, die das oberste Entscheidungsgremium des LWB ist, zu einem „unvergesslichen und Energie verleihenden Erlebnis für die gesamte Kirchengemeinschaft zu machen“. Er rief zu Zusammen arbeit auf, um auf eine „freudige, Verwandlung ermöglichende, nach Vorne und Aussen schauende Voll versammlung“ hinzuarbeiten.

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Singt dem Herrn, alle Länder der Erde! Verkündet sein Heil von Tag zu Tag!
Chronik 16,23
FLÜCHTLINGSNOT WELTWEIT
SuplementO Der Weg - O CaminhO ANO XXX - Nº 8 AGOSTO DE 20148 DER WEG 5138
– 1.
Von
DIVULGAÇÃO O CAMINHO Der LWB-Generalsekretär Martin Junge stellt seinen Bericht bei der Ratssitzung vom 12.-17. Juni 2014 in Medan, Indonesien, vor.

Solução à vista para o muro

DEPOIS DE muitas idas e vindas e alguns sustos, aproximase uma solução dos problemas cau sados pelas chuvas de dezembro de 2013 e junho deste ano, quando o muro da igreja do Espírito Santo, no Centro de Blumenau (SC), des moronou parcialmente.

Em entrevista a O Caminho , o pastor Valmor Weingaertner, a presidente da paróquia, Adriana Neumann, e a secretária paroquial, Vera Lúcia Luchtenberg, fizeram uma retrospectiva e esclareceram dúvidas quanto à solução definitiva do problema, que abrange provi dências muito mais amplas que a simples reconstrução do muro.

Primeiros Passos – Segundo o pastor Valmor, a primeira reação ao desastre foi pensar na reconstrução do muro, que obstruiu a calçada e parte do corredor de ônibus. Che gou-se a apresentar um projeto à Prefeitura Municipal após a análise topográfica do terreno, a cargo de uma equipe orientada pela arquiteta

Rosália Wal. Também se buscou orçamentos junto a três empresas de construção civil para realizar a obra, cujo custo mais baixo beirava os 190 mil reais.

A Prefeitura rejeitou o pro jeto porque o muro, a igreja e a antiga casa pastoral onde fun ciona a secretaria são tombados pelo Patrimônio Histórico de Santa Catarina. “Em nenhum momento, a Prefeitura se mos

trou avessa em nos ajudar, muito pelo contrário”, afirma o pastor Valmor. Eles ofereceram parce ria para o conserto do muro, mas era preciso seguir os caminhos legais, emenda.

Segundo Adriana Neumann, presidente da Paróquia, já no mês de janeiro o alvará foi apresentado à Prefeitura, que o encaminhou ao IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

Diaconia transformadora para reconstruir

As notícias sobre os impactos das inundações em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul continuam chegando. A situação é dramática. A nossa cidade (Erval Seco/RS) não sofreu muito, mas Irai, que fica perto, foi quase destruída, disse a representante do Sínodo Uruguai no Conselho da Fundação Luterana de Diaconia (FLD), Cleci Terezinha Koch, que coordena o trabalho sino dal de Formação e Diaconia.

Para Cleci, a ajuda material é importante. “Mas sabemos que isso não é tudo. As pessoas precisam

se fortalecer novamente, retomar a esperança frente a uma tragédia dessas”, afirmou. Muitas famílias perderam tudo e, junto com o sofri mento, têm que pensar no futuro. O enfoque da ajuda deve ser Diaconia e o apoio ao emocional das pessoas.

Do ponto de vista do Apoio Psicossocial de Base Comunitária em Emergências, abordagem que a FLD utiliza para sua atuação, podem ser organizados grupos para conver sação, criados comitês locais para organizar ajuda. O fundamento desse trabalho é o reconhecimento da ca

pacidade de recuperação, resiliência e reconstrução da comunidade afeta da. Nessa perspectiva, se promove a Diaconia Transformadora.

Quem vai atuar diretamente com pessoas afetadas deve informar-se sobre o que aconteceu, sobre os serviços e apoios disponíveis no con texto e sobre os riscos de mobilidade e segurança.

Ao tratar com pessoas afetadas, é preciso encontrar um lugar tranquilo para conversar, respeitar a privacidade, manter a confidencialidade e a calma.

Ao passar informações é bom não complicar, além de demonstrar que compreende os sentimentos e lamenta as perdas. Escutar mais do que falar, estabelecer conexões e não pressionar também são atitudes importantes.

Evitar querer resolver todos os problemas no lugar do outro, reconhe cer as ações já em andamento e não prometer o que não pode ser realizado também é importante em situações de ajuda. Além disso, permitir o silêncio, evitar de abafar sentimentos com histórias alheias ou com os próprios problemas ajuda muito.

É possível também contribuir financeiramente, depositando na conta Fundo de Emergências da FLD (Banco do Brasil, Conta 14101-1, Agência 010-8, CNPJ 04358174/0001-81).

Novas Providências – “Bus camos então o contato com o pa trimônio histórico. Uma comitiva veio de Florianópolis em maio, com geólogos e técnicos, para uma análise de todo o entorno da igreja, inclusive das pedras do muro”, relata a secretária Vera Lúcia.

Percebeu-se então que o pro blema era muito maior, mas tam bém mais simples em termos de custos. O terreno do morro possui manilhas de drenagem muito antigas, da década de 1940, feitas de argila e desgastadas pelo tempo; isso desestabiliza o morro inteiro e provoca problemas de umidade nas edificações. Após o parecer técnico concluiu-se que será necessário drenar todo o terreno para resolver o problema, antes mesmo de reconstruir o muro – o que só poderá ser feito com as pedras originais, já que ele também precisará ser restaurado conforme era.

A presidente da Paróquia enfa tizou que o enfoque do problema mudou radicalmente, pois, o que antes se resumia à reconstrução de um muro, abrange agora a drena gem do morro.

-Como se trata de um problema emergencial, não temos dúvidas que o Instituto do Patrimônio vai concordar com a obra; entregamos o projeto a ele no dia 20 de maio. O Secretário de Obras da Prefeitura Municipal, Rafael Jansen, também ajudou bastante nas orientações: precisaremos levar o projeto para nova construtora; ele agora incluirá o alinhamento de vias, gabiões e paisagismo: um restauro completo, e não mais uma obra de contenção, apenas – disse Adriana.

Adriana Neumann recorda que muitos mostraram-se pessimistas e criticaram a lentidão das providên cias. Quando esclarecidas sobre a necessidade dos trâmites técnicos e legais, as pessoas compreenderam o problema. “Acreditamos que te remos uma resposta positiva sobre o nosso projeto dentro de uns trinta dias”, afirma.

Quanto aos recursos financei ros, o pastor Valmor destacou a disposição da Prefeitura Municipal em cooperar, e a busca de recursos através da Lei Rouanet, visto que se trata do restauro de um patrimô nio histórico.

Preservar ou destruir?

Assisti a um documentário que relatava a luta desesperada dos funcionários de edifícios históricos e museus de São Petersburgo, na Rússia, antes e durante o cerco das tropas nazistas, por 900 dias, de setembro de 1941 a janeiro de 1944. Com risco da própria vida, salvaram de pilhagem e destrui ção milhares de obras de arte, embalando e encaixotando-as, escondendo-as em local seguro, até nas próprias casas.

Restauro

Finda a guerra, começou outra batalha: a recuperação dos prédios tal como eram antes –alguns com mais de 300 anos – e também o restauro de obras da nificadas. O que mais me impres sionou foi o zelo com o passado da cidade e do país. Preservar a memória e recuperar a beleza de palácios e igrejas levou muitos anos, mas representa hoje mais do que um acervo a ser visitado.

E nós, brasileiros, como enca ramos os testemunhos da nossa história, as edificações antigas, as obras de artistas do passado? Não encaramos, na verdade, porque lhes viramos as costas. Afinal, não somos o “país do futuro”? Infelizmente, a maioria se esquece de que é sobre o passa do que o presente e o futuro são construídos. Somos o fruto do que já aconteceu e preparamos o caminho do que vier pela frente.

Valorização

Tanto as autoridades quanto os cidadãos se esquecem dessa verdade. Não creio que seja preciso uma ameaça tão dramática e letal quanto uma guerra para despertar o interesse e a valorização do passa do; no caso particular de Blumenau, basta levar as crianças a um museu – muita gente nem sabe que eles existem por aqui – e mostrar a elas de onde vieram e onde nos encon tramos na linha do tempo.

DIVULGAÇÃO ANAMARIA KOVÁCS jornalista e professora aposentada, em Blumenau / SC DIVULGAÇÃO O CAMINHO Jorn. ANAMARIA KOVÁCS / Blumenau Há formas de dialogar com vítimas de catástrofes. Muro caiu em abril por causa das infiltrações provocadas pelas chuvas.
O CaminhO ANO XXX - Nº 8 AGOSTO DE 2014 9COMUNIDADES PATRIMÔNIO HISTÓRICO EM TEMPO
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CHUVAS

A busca por uma outra pátria

UMA VIAGEM ao Hunsrück, na Alemanha, impressiona. A região de onde veio grande parte dos imigrantes alemães ao Brasil no século 19, ainda guarda vivos traços da cultura germânica que moldou o interior gaúcho, catari nense e paranaense. Foi possível perceber isso ao percorrer as ruas de Gehlweiler, uma simpática vila de 260 habitantes, um dos muitos lugares em que centenas de famí lias iniciaram uma inacreditável saga em busca de uma nova pátria que lhes abrisse as portas para sair da miséria e construir um futuro para si e seus descendentes.

É uma história emocionante. E ela foi registrada em três livros há três décadas, pelo roteirista e dire tor de cinema alemão Edgar Reitz. Em 2012, ele mesmo encarregou-se de transformar sua obra num épico do cinema alemão. Reitz meta morfoseou Gehlweiler, a vila real, transformando-a em Schabbach para filmar sua saga.

O cenário – Die Andere Heimat, Chronik einer Sehnsucht (A outra pátria, crônica de uma saudade) é a história da família Simon, que juntou seus poucos pertences numa carroça e partiu para a América com outras famílias de Schabbach e de muitas vilas do Hunsrück, em busca de uma nova pátria. Seu destino: o interior do Rio Grande do Sul; local em que surgiu uma nova Hunsrück, nas mui tas picadas da serra gaúcha.

O que empurrou os Simon e seus conterrâneos para fora da an

tiga pátria foi o trinômio fome/mi séria/opressão política. O filme de longa duração (230 minutos!) conta em detalhes o drama na Alemanha do século 19, que reduziu a miséria em seu território abrindo as portas para a saída dos mais pobres.

Muitos, de tão pobres e deses perados, venderam seus últimos pertences para comprar a passagem de navio. Com o ticket na mão, ima ginavam ter comprado o ingresso do paraíso. Nem sempre isso se confir mou e, para muitos, a miséria veio de

Oxford celebra meio século de fundação da comunidade luterana

Um culto de ação de graças no dia 13 de julho, na comunidade de Oxford, São Bento do Sul (SC) marcou o Jubileu de Ouro da comu

nidade. O pastor sinodal Inácio Le mke, do Sínodo Norte Catarinense, conduziu a pregação no culto.

A partir da parábola do semea

dor, Lemke recordou as sementes já lançadas e os frutos já colhidos, lembrando que lançar sementes é tarefa de todo cristão. Também participou o presidente do Conse lho Sinodal eleito, Carlos Henrique Sacht, diversos ex-presidentes e ex-ministros, professores da Faculdade Luterana de Teologia, convidados e a comunidade local, reunindo 300 pessoas.

Logo após foi servido um delicioso almoço, oferecido pela comunidade, permitindo estender a comunhão para além do momento do culto. Foi um momento bastan te marcante olhar para trás e ver o cuidado, a fidelidade e o guiar misericordioso de Deus ao longo destes 50 anos.

OASE Arco-Íris completa 65 anos

No dia 15 de junho, em culto festivo na Comunidade Martin Luther, em Blumenau (SC), a Oase Arco-Íris celebrou 65 anos de fun dação. No dia 13 de junho de 1949 o grupo iniciou os trabalhos na resi dência de Elsa Haase. As senhoras Paula Schwabe, Ida Hort, Johanne Haase, Lucia Hass, Renate Hort, Asta Gottesmann, Adelhaid Hort, Nora Hort e Bertha Hort, com o pastor Hans Mettner e esposa Ella foram os fundadores.

Hoje, a Paróquia Blumenau Martin Luther/Progresso conta com dois grupos de Oase: ArcoÍris, na Comunidade Martin Luther, e Estrela de Belém, na Comunidade João Batista. As lideranças agrade

Maconha é legal?

carona e se prolongou por gerações também na nova pátria.

Ao transformar Gehlweiler em Schabbach, Edgar Reitz e sua brilhante equipe (melhor filme alemão de 2013) reconstruíram caprichosamente o ambiente em que viviam essas famílias. Os detalhes dos cenários são de uma impressionante verossimilhança. Ao vê-los, um descendente dos imigrantes no Brasil pode sentir-se em casa. A “outra” pátria não se tornou tão outra assim. Em muitos casos, nem tão promissora quanto os sonhos dos que largaram tudo lá para recomeçar a vida aqui.

Como define Edgar Reitz, “Pá tria não se herda, não se compra, não se vende. Pátria só se pode edificar”. E isso vale para Gehlwei ler/Schabbach e vale para Monte negro, Ivoti, Feliz, Linha Nova, Picada Hartz, Picada Café, Lajea do, Palmitos, Mondaí, Itapiranga, Cunha Porã, Rondon, Matelândia ou qualquer outro lugar.

A lição – O filme de Reitz (lançado em DVD na Alemanha em 10 de julho) também é uma aula de objetivos e esperanças para os jovens, que embarcam na vida decepcionados com a “pátria” que recebem dos pais ou que gostariam de sacar da prateleira em algum shopping. Uma decepção infun dada, já que não se pode herdar ou comprar uma pátria. Também hoje os jovens precisam aprender, a duras penas, que “pátria” é so mente aquela que erguemos com as próprias mãos, na Alemanha, no Brasil ou em qualquer lugar.

Em recente artigo no jornal Zero Hora, a psicóloga e consultora Carla Rojas Braga compartilhou alguns resultados de pesquisas universitárias de diversos países sobre o consu mo da maconha. Na contramão das afirmativas das pessoas favoráveis à legalização da maconha, ela afirma:

O uso de maconha afeta muitos órgãos, como o pulmão. A fumaça tóxica da droga faz o sistema respi ratório apresentar problemas como bronquite e perda da capacidade pul monar. Além disso, por absorverem mais alcatrão da fumaça de maconha, usuários da droga estão mais sujeitos a desenvolver câncer de pulmão do que um usuário de tabaco.

Mais adiante em seu artigo, ela aponta para o que educadores sociais, pais e psiquiatras já vêm afirmando há muito tempo: a maconha é a porta de entrada para outras drogas mais pesadas, letais e prejudiciais.

Carla Rojas Braga pergunta: Maconha é legal? Eu compreendo a palavra legal como algo bom, edifi cante, que faz bem à vida, que traz felicidade, que provoca alegria. Nesse sentido, a resposta para a pergunta é um não consciente.

As notícias sobre crimes, como assaltos e assassinatos, revelam a presença das drogas na vida dos en volvidos. A maioria dos crimes pode ser creditada ao consumo e à venda de drogas. Por isso, faz bem ouvir pessoas com informações confiáveis sobre os malefícios da maconha. Que rumos pretendemos dar à nossa sociedade? Legal mesmo é promover educação, vida saudável e convívio fraterno. Legal é viver com alegria e felicidade autênticas.

cem a todas as mulheres que ao lon go de toda essa história serviram e testemunharam a sua fé em Jesus Cristo, através deste tão importante grupo. “Somente a Deus, a Glória!

Somente a ele rendemos graças por todo o bem que nunca deixou de derramar sobre e através da Oase Arco-Íris”, finalizou a pastora Elaine Beatriz Fuchs.

Inclusive o Planeta Terra, nossa pátria globalizada, somente poderá continuar a ser uma “pátria” se nos ocuparmos de seus problemas graves de sustentabilidade, equi líbrio ambiental e energético e de paz, justiça e igualdade para todos os seus habitantes. Que Deus nos ajude a “construir” pátria também hoje, com todas as implicações de nossos sonhos e esperanças. Porque, quando nascemos, também temos só um ticket somente de ida, rumo a um futuro que não cai pronto do céu, mas nós mesmos construímos.

SERVIÇO: Você pode ver os cenários do filme no Youtube: https://www.youtube. com/watch?v=yrErv039Kk0 e https://www. youtube.com/watch?v=c8z_fPYa_gM.

DROGAS & INTERNET é tema deste livro da coleção e agora.com –A era da informação e a vida cotidia na – publicado pela Editora Sinodal. Este livro também está disponível em e-book na Livraria Cultura. O objetivo deste livro é possibilitar que mais e mais famílias falem das drogas, debatam o tema e atentem para o que circula na rede mundial de computadores, a internet. Ele ajuda na promoção dos cuidados, da preven ção e no enfrentamento de situações que se tornam assustadoras na vida das famílias.

LIVRO DO MÊS DIVULGAÇÃO JOÃO ARTUR MÜLLER DA SILVA, pastor, gerente editorial da Editora Sinodal, em São Leopoldo/RS DIVULGAÇÃO O CAMINHO CLOVIS HORST LINDNER / Blumenau A vila de Gehlweiler transformada em “Schabbach” para as filmagens de Die Andere Heimat
5140 O CaminhOHISTÓRIA10 PENSANDO BEM
ANO XXX - Nº 8 AGOSTO DE 2014 IMIGRAÇÃO 190 ANOS

Jovens do Vale visitam Morro do Espelho e sede da IECLB

O SÍNODO Vale do Itajaí, por meio da Pastoral da Criança e Juventude, reuniu 14 jovens interessados em conhecer as ins talações da Faculdades EST e a sede da IECLB, nos dias 19 e 20 de junho, em São Leopoldo e Porto Alegre (RS). A proposta era estabe lecer um primeiro contato com os professores e estudantes e auxiliar os jovens pela opção do estudo da teologia. “Aos que se sentem vocacionados, pretendemos dar um empurrão”, destacou o pastor sinodal Breno Carlos Willrich.

“Saudamos, pois, esta caravana da vocação”, destacou o reitor Dr. Oneide Bobsin, ao enfatizar que a capacitação de jovens em grupos comunitários representa um espaço valioso para despertar vocações.

Para o jovem Wagner Strelow foi bastante enriquecedor o diálogo com os membros da faculdade e o conhecimento adquirido sobre a própria igreja. “A decisão de plei tear qualquer curso universitário é altamente pessoal e não deve partir da tentativa de agradar outros indi víduos. Por isso, foi muito válida a imparcialidade empregada pelos apresentadores da instituição. Os visitantes se sentiram livres para refletir se de fato querem seguir o rumo da teologia”.

Em São Leopoldo, os jovens puderam acompanhar uma aula de Hebraico, ministrada pela profes sora Ms. Marie Krahn, e outra de Antigo Testamento, ministrada pelo professor Dr. Carlos Dreher.

Para o coordenador do curso de Teologia, professor Dr. Rodolfo Gaede Neto, a EST precisa cada vez mais abrir suas portas para que jovens possam se aproximar de professores e estudantes. “A

partir do próximo semestre, os jovens vinculados à caravana e que vierem a estudar na EST não estarão entrando numa instituição desconhecida”, pontuou.

Na sede da IECLB, em Porto Aleghre, o grupo visitou os ór gãos da igreja e se reuniu com o pastor-presidente, Dr. Nestor Paulo Friedrich e com a secretária de Formação, catequista Ms. Débora Conrad. Na oportunidade foram

apresentadas as possibilidades de bolsa e o programa de acompanha mento a estudantes de Teologia.

“Após essa visita acredito que muitos jovens tomaram sua decisão e voltarão daqui a algum tempo. A convivência abre nossos olhos, mostra a realidade e aumenta o de sejo de servir. Acredito que esse tipo de ação deveria acontecer com mais sínodos, pois vale muito a pena”, alegra-se Kathleen Zwicker.

Vale do Itajaí lança campanha em Balneário Camboriú

Na noite do domingo, dia 6 de julho, a paróquia de Balneário Camboriú recebeu lideranças das paróquias do Sínodo Vale do Itajaí para o lançamento sinodal da Cam panha Nacional de Ofertas “Vai e Vem”. A liturgia foi oficiada pelo pastor Valdim Utech e a pregação dirigida pelo pastor sinodal Breno Carlos Willrich. Com a temática Em Missão pela Paz, 14 projetos nacionais e três sinodais receberão

recursos da campanha.

“A campanha Vai e Vem não é para arrecadar dinheiro para a igreja. É uma campanha de mobi lização de pessoas, de mobilização de corações, que esperam, como Deus, ver as pessoas reunidas e que buscam conhecer a palavra. Deus espera que sejamos como os per sonagens das parábolas da Ovelha Perdida, da Dracma Perdida e do Filho Pródigo: um pastor que vai a

busca da ovelha perdida, a mulher que varre a casa e o pai que espera de braços abertos. As parábolas nos ajudam a entender a missão da igreja no mundo. A campanha nos desperta à ação missionária. Que Deus abençoe os recursos arreca dados”, disse o pastor sinodal.

O culto contou com a apresen tação dos jovens da comunidade, grupo de violinos, grupo de canto e coro. O louvor foi o ponto alto da celebração. Além de membros da própria comunidade, lideranças de outras paróquias do Sínodo tam bém participaram do culto. O coor denador sinodal da Campanha Vai e Vem, Roberto Boebel, agradeceu todas as dádivas destinadas até o ano passado e desafiou cada vez mais pessoas a se juntarem neste grande objetivo, que é ser Igreja de Jesus Cristo no mundo.

A Campanha Nacional de Ofer tas para a Missão Vai e Vem, que nasceu da constatação decorrente das reflexões sobre o Plano de Ação Missionária da IECLB (PAMI), de que a Igreja é missionária em sua essência, é uma das formas pela qual a IECLB cuida dos projetos missionários e de todas as pessoas que, envolvidas nessa comunhão,

expressam a sua fé, a sua espiri tualidade e agem. A Vai e Vem é viabilizada por meio das ofertas e do que elas proporcionam: o anúncio do Evangelho pelo viés luterano. Com motivação, ânimo, criatividade e esperança, é possível que irmãos e irmãs ofertem para que novas comunidades e trabalhos missionários e diaconais surjam e sejam apoiados por este Brasil afo ra. A campanha nacional apoia 14 projetos nos sínodos Brasil Central, Mato Grosso, Sudeste, Parana panema, Centro-sul Catarinense, Planalto Rio-grandense, Rio dos Sinos e Sul-rio-grandense.

No Sínodo Vale do Itajaí são destinados recursos para três pro jetos. A recém-criada Paróquia de Navegantes, a Comunidade de São João Batista e a Pastoral da Criança e Juventude foram selecionadas pelo Conselho Sinodal para in tegrarem a campanha em âmbito sinodal. Três projetos que estão sendo estruturados e precisam do apoio dos membros em mais uma edição da Vai e Vem. “O sentimento presente no coração dos membros certamente é de gratidão”, afirmou a pastora Carla Taís Krüger Bersch, da Paróquia de Navegantes.

Compreendes o que lês?

Qual seria a principal tarefa da igreja? Conforme a Grande Comissão (Mateus 28.18ss), a igreja é enviada a fazer dis cípulos de todas as nações, batizando e ensinando a Palavra de Deus. Em Atos dos Apósto los 8.26ss encontramos uma história que exemplifica isso muito bem.

Explica-me

Felipe, um dos diáconos da primeira igreja cristã (Atos 6.5), é enviado por Deus a se aproximar e a acompanhar um alto funcio nário da Etiópia. Provavelmente, ele era um simpatizante da fé judaica que estava de passagem em Jerusalém e voltava para casa. Felipe se levanta e vai, obedecen do ao seu chamado e, alcançando o etíope, tira tempo com ele.

Como poderei entender, se alguém não me explicar? Ao ini ciar o diálogo com o etíope, Felipe percebe que este estava lendo o rolo do profeta Isaías em uma de suas passagens mais centrais: Isaías 53. O etíope, porém, não compreendia o que lia. Não havia ninguém para explicar-lhe.

E entenderei

Começando por esta passa gem da Escritura, anunciou-lhe a Jesus. Felipe não hesita. A partir de Isaías 53, ele explica ao etíope toda a Escritura, anunciando-lhe a Jesus Cristo.

O resultado deste estudo bíblico no meio do deserto foi a fé. O etíope pede para ser batizado e volta para sua terra cheio de júbilo, confessando que Jesus Cristo é Filho de Deus (v.37).

Quem experimenta o Evan gelho não hesita em anunciá-lo. Eis a principal tarefa da Igreja: anunciar a Jesus Cristo, o Filho de Deus.

Também hoje Deus tem colocado pessoas à nossa frente, para que possamos nos aproximar delas e acompanhalas, ajudá-las a compreender as Escrituras e anunciar a Jesus Cristo. Assim, haverá júbilo no céu e na terra, pois é sinal de sal vação. Temos feito nossa tarefa de casa?

FELIPE DIVULGAÇÃO O CAMINHO DIVULGAÇÃO ROGER MARCEL WANKE, Doutor em Teologia, diretor de Ensino, Pesquisa e Extensão da Faculdade Luterana de TeologiaFLT, em São Bento do Sul (SC). Os jovens em companhia do P. Sin. Breno Willrich e do P. Pres. Nestor Paulo Friedrich, na sede da IECLB.
5141 O CaminhO ANO XXX - Nº 8 AGOSTO DE 2014 IGREJA EM AÇÃO 11 VOCAÇÕES
REFERÊNCIAS
VAI E VEM 2014

Vale do Itajaí convida para Dia da Igreja em Blumenau

NO DIA 24 de agosto, o Sí nodo Vale do Itajaí realiza o Dia Sinodal da Igreja, às 9h30, com culto especial, no Parque Vila Germânica, Setor 3, em Blume nau (SC). A pregação-palestra será dirigida pelo pastor sinodal do Sínodo Sudeste, P. Guilherme Lieven, com a temática “Vidas em Comunhão”.

O louvor estará presente em toda a programação. Um coro de trombones, um coro de vozes e um grupo instrumental animarão toda a celebração. Conforme a última edição, os setores de trabalho irão expor suas atividades e um mo mento de interação nos estandes está previsto. O almoço ficará por conta de cada participante. Será

possível levar o próprio lanche para o período do meio-dia ou almoçar nos restaurantes do Par que Vila Germânica e arredores. Uma lista de opções será enviada para os ministros e lideranças das comunidades.

Na parte vespertina, uma ce lebração com Santa Ceia encerra o programa. Participe, mobilize a comunidade e venha para o Dia Sinodal da Igreja. Um evento pre parado para toda a família luterana do Vale do Itajaí. Entre em contato com os ministros e lideranças da sua comunidade. São esperados mais de 4 mil luteranos nesta grande confraternização. Haverá estacionamento para veículos, vans e ônibus.

Anglicanos ingleses abrem caminho para mulheres no bispado

A Igreja Anglicana da Inglater ra decidiu que as pastoras já podem assumir a função de bispas na igre ja. Júbilo ecoou entre os delegados e as delegadas do Concílio Geral da Igreja Anglicana da Inglaterra, depois que dois terços decidiram a favor da proposição, no último dia 14 de julho. O Concílio Geral da Igreja reuniu-se na cidade de York, no norte da Inglaterra.

O júbilo geral pela aprovação da nova lei se justifica porque

somente há dois anos, no último concílio, a proposta não conse guiu a aprovação do conclave, o que contribuiu para lançar a igreja anglicana inglesa numa profunda crise. Com a aprovação de agora, a direção da igreja espera que tam bém a crise tenha sido superada.

Apesar da vitória, a divisão em torno do tema continua, uma vez que 45 delegados sinodais votaram contra a proposta também desta vez.

Jovem, homem, negro é o perfil das vítimas de violência no país

Em média, 100 a cada 100 mil jovens com idade entre 19 e 26 anos morreram de forma violenta no Brasil em 2012, mostra o Mapa da Violência 2014, que considera morte violenta a resultante de homicídios, suicídios ou acidentes de transporte. A reportagem é de Helena Martins, publicada pela Agência Brasil (03-07-2014).

O estudo mostra que, nos anos 1980, a taxa de mortalidade juvenil era 146 mortes por 100 mil jovens, e passou para 149, em 2012. Se a média geral não mudou significati vamente com o passar do tempo e o aumento populacional, a causa, sim. Naquela década, as causas externas, que independem do organismo, eram responsáveis pela metade do total de mortes dos jovens.

Já em 2012, dos 77.805 óbitos juvenis registrados pelo Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, 55.291 tiveram sua origem nas causas externas. Mais de 71% do total. Os homicídios e os acidentes

de transporte são os dois principais responsáveis por essas mortes, segundo o relatório.

A diferença também é diagnos ticada quando comparados homens e mulheres. Entre 1980 e 2012, no total das mulheres, as taxas passam de 2,3 para 4,8 homicídios por 100 mil. Um crescimento de 111%. En tre os homens, a taxa passa de 21,2 para 54,3. Um aumento de 156%.

No caso dos suicídios, a pesqui sa revela mortalidade três a quatro vezes maior no caso dos homens, no Brasil. Entre as décadas citadas, as taxas masculinas cresceram 84,9%. Já as femininas, 15,8%.

Uma terceira variável chama a atenção na pesquisa: a vitimização dos negros é bem maior que a de brancos. Morreram proporcional mente 146,5% mais negros do que brancos no Brasil, em 2012. Considerando a década entre 2002 e 2012, a vitimização negra, isso é, a comparação da taxa de morte des se segmento com a da população branca, mais que duplicou.

Pai

Oi Pastor! Meu segundo marido é um pai querido, amoroso, presente, comprometido com a educação dos meus dois filhos do primeiro casa mento. Eu noto que ele se esforça para ser um bom padrasto. Atitude assim não parece ser comum na sociedade...

Um Bom Pai...

Olá Lurdes! Um bom pai rees truturou sua personalidade; lutou para superar os obstáculos que a sociedade impõe. Lembra do José, o padrasto de Jesus? Ele sempre apare ce em gravuras como figura apagada, com semblante surpreso com o nascimento do Menino. Nos presé pios, ele é mostrado em segundo plano, junto com o boi e o jumento. A verdade é que, para ser um pai, José precisou abdicar dos seus sonhos pessoais. Quem foi José? José não foi um homem bajulado pela sociedade, mas um sujeito quieto, observador e sonhador. Note que esse tipo de homem sempre é exaltado na Bíblia como figura de referência.

... não confunde Ruídos

Homens com esse perfil ouvem Deus com mais facilidade. Quando Deus o desafiou a reformatar seu perfil, a abdicar de antigos conceitos, a entender que o Prometido vinha aí e que Ele necessitava de um pai terreno, José, mesmo estressado com aquela estranha gravidez, não confundiu a voz do seu Senhor com os ruídos que brotavam da boca de amigos. Quer di zer, se o seu marido busca ouvir a voz de Deus e tenta agir como José agiu, então as perspectivas estão presentes na sua família. Abraços!

A VIDA ENSINA DIVULGAÇÃO RENATO LUIZ BECKER, pastor na paróquia Itoupava Central, em Blumenau / SC
O CaminhO
é referência ANO XXX - Nº 8 AGOSTO DE 2014GERAL12
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Itapema adere ao Galo Verde

UM CULTO especial, na manhã do dia 15 de junho no bal neário de Itapema (SC), marcou a entrada oficial daquela comunidade litorânea no Programa Ambien tal Galo Verde-PAGV. O pastor Clovis Horst Lindner, coordena dor do PAGV do Sínodo Vale do Itajaí, apresentou prédica-palestra durante a celebração oficiada pelo ministro local, pastor Günter Bayerl Padilha.

Com base na parábola dos dois fundamentos, em Lucas 6.46-49, o pastor Lindner comparou a huma nidade ao mau construtor, que edi ficou sobre a areia com sua relação predatória com a Criação de Deus. “Se destruirmos a Terra, nossa úni ca casa, mesmo que digamos haver outros planetas iguais no Universo, não haverá caminhão de mudança para lá”, provocou o pastor.

Depois de arrolar os principais problemas ambientais globais e a falta de cuidado ecológico domés tico, o pastor listou uma série de situações em que a própria igreja deixa uma pegada ambiental des

trutiva pelo simples fato de existir e de fazer uso dos recursos da natureza.

“Vamos apenas usar os nossos púlpitos para pregar como o mundo deve cuidar melhor da Criação, ou vamos dar o exemplo, começando dentro de casa?”, desafiou. O Galo

Verde, que é um programa de gestão ambiental voltado para as comunidades, quer nos ajudar a dar o exemplo, disse Lindner.

Após o culto, alguns integran tes do presbitério da paróquia de Itapema e diversos voluntários participaram de uma reunião que

detalhou os passos necessários para implantar o Galo Verde em Itapema. “Estamos dispostos a encarar o desafio e já na próxima reunião da diretoria vamos re gistrar a nossa decisão em ata”, proclamou o presidente Walter Montá.

Obras da sede sinodal do Vale continuam a todo vapor

O Sínodo Vale do Itajaí está construindo sua sede sinodal. O prédio terá pouco mais de 1.300 m2, divididos em cinco pavimentos. A atual sede é cedida pela Paróquia Blumenau-Centro e as residências pastorais são alugadas. A sede própria, que está sendo construída no bairro Fortaleza Alta, abrigará a sede administrativa, as moradias pastorais, um auditório e duas salas comerciais. Ela representa um passo importante para a missão sinodal e para a unidade da caminhada.

“O primeiro passo foi dado. Precisamos agora da contribuição calorosa e valorosa dos membros. A casa do Sínodo Vale do Itajaí é um projeto essencial para que os trabalhos possam ser cada vez mais abrangentes e inovadores. O Sínodo tem uma série de setores de trabalhos e coordenações. Tudo isto está a serviço da causa do reino de Deus. Convido a todos que queiram se engajar. Junte-se a nós!”,

enfatiza o pastor sinodal Breno Carlos Willrich.

A Paróquia da Fortaleza cedeu o terreno em troca de área construída. Atualmente, o projeto conta com o auxílio de alguns doadores, que co locaram à disposição um valor substancial para o início das obras. Verbas do orçamento sinodal e de empréstimo junto à IECLB completam os recursos disponíveis. Para a segunda fase da obra, uma campanha junto aos membros das comunida des, intitulada “Eu ajudei a tornar realidade”, está acontecendo. São as dádivas de cada pessoa, que transformarão este sonho em realidade.

“A tarefa espiritual é prioritária e necessita de meios materiais para acontecer. Assim, agradece mos a cada membro, comunidade e paróquia que tem contribuído com alegria para que a missão seja possível”, conclui o presidente do Conselho Sinodal, Rubens Olbrisch.

Os políticos e as promessas

“Um príncipe prudente não pode nem deve guardar a palavra empenhada quando isso lhe é prejudicial e quando os motivos que o levaram a isso deixarem de existir.” Assim ensina o ilósofo italiano Niccolo Maquiavel já em 1513, no seu livro O Príncipe (Não confundir com O Pequeno Príncipe). “Aquele que engana encontrará sempre a quem enga nar”, emenda ele. É uma espécie de regra de ouro para sobreviver na política, aprendida, absorvida e intensamente praticada em todos os tempos e lugares.

Conceito de Estado

Segundo a Wikipedia, o livro de Maquiavel é considerado um tratado político fundamental, crucial na construção do conceito de Estado. No mesmo estilo do Institutio Principis Christiani, de Erasmo de Roterdã, Maquiavel descreve as maneiras de con duzir-se nos negócios públicos, ensinando a conquistar e manter um principado.

Ainda segundo a Wikipedia, O Príncipe sugere a famosa expres são os fins justificam os meios, significando que não importa o que o governante faça, desde que seja para manter o poder. Embora a expressão não se encontre no livro, ela resume bem o pensa mento de Maquiavel.

Virtudes de fachada

Sua lição suprema: “Não é necessário a um príncipe pos suir todas as qualidades, mas é preciso parecer ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso, já que às vezes é necessário agir em contrário a essas virtudes; porém, é necessário que esteja disposto a modelar-se de acordo com o tempo e a necessidade”.

Maquiavélico, não? Os nossos políticos aprenderam tudo direi tinho. Saiba que, espertos como raposas, eles saberão usar isso com muita desenvoltura durante a campanha eleitoral que vem aí.

O próprio Maquiavel adverte em seu livro: “Um príncipe dos nossos tempos – cujo nome não convém mencionar – prega sem cessar a paz e a fé, sendo, contu do, inimigo de uma e de outra”. Por isso, ouvidos atentos e muito cuidado nas urnas!

DIVULGAÇÃO CLOVIS HORST LINDNER, pastor, diretor de redação d’O Caminho, em Blumenau / SC A paróquia decidiu monitorar sua pegada ambiental através do Programa de Gestão Ambiental Galo Verde. ESPECIAL Estágio atual das obras em Blumenau. TOBIAS MATHIES 5143 O CaminhO ANO XXX - Nº 8 AGOSTO DE 2014 FÉ E VIDA 13 TERRA BRASILIS CONTRIBUA: Você pode ajudar a tornar realidade a nova sede sinodal. Recorte o cupom abaixo e encaminhe sua doação através da sua paróquia.
ELEIÇÕES 2014 MEIO AMBIENTE

Templo de Joinville completa 150 anos

A JORNALISTA Maria Cris tina Lima, em reportagem no jornal Notícias do Dia , assim escreve: “Naquela segunda-feira, 1º de junho de 1857, a comunidade evangélica da antiga Colônia Dona Francisca tinha um compromisso inadiável: seguir para o terreno localizado na antiga Cachoeirastrasse para acom panhar, às 10 da manhã, a cerimônia de lançamento da pedra fundamental da Casa de Oração Protestante. Era o início da construção do templo, um local de fé que seria inaugurado em 7 de agosto de 1864. Hoje, às vésperas de completar 150 anos, a Igreja da Paz é um dos símbolos destes primeiros anos de colonização e continua presente no dia a dia da cidade, com o soar cadenciado de seus sinos marcando o ritmo do tem po, com a música que nasce em seu interior e com a reunião da comu nidade luterana. E para comemorar o sesquicentenário ela ganhou um projeto detalhado de restauro, que pretende preservar o prédio histó rico, recuperar o entorno e garantir a acessibilidade e segurança neces sárias aos novos usos. “A história da Igreja da Paz se funde com a de Joinville. Manter este patrimônio é, de certa forma, preservar esta histó ria”, define a pastora da Paróquia da Paz, Eli Deifeld.”

Esta primeira construção era simples. O governo imperial apro vou a planta de uma casa de orações – como a religião oficial do país era a católica, não se po dia construir templos de outras confissões com os elementos que caracterizavam uma igreja (torre e sinos, por exemplo).

“Quando foi inaugurada, a casa de oração já estava pequena para atender à sua comunidade e já se falava em uma ampliação. Ao longo de 150 anos, a igreja cresceu, incorporando as construções mais antigas. Assim, o atual prédio ain

da mantém as paredes de pedra e as aberturas originais do primeiro templo. As evidências demonstram que essas aberturas permanecem na igreja mesmo após a ampliação que a deixou com a configuração atual”, escreve Maria Cristina.

A partir de 1889, com a procla mação da república e a criação do estado laico, foi possível sonhar com uma torre e sinos para a igre ja. A inauguração da torre foi um marco para a comunidade evan gélica. Foi para esta ocasião que a organista Pauline Trinks formou um coral constituído por senhoras,

que cantariam pela primeira vez neste evento. Surge assim o Coral da Paz, que este ano comemora 122 anos de existência.

Convite – Para marcar as comemorações dos 150 anos da inauguração do seu templo e os 122 anos do Coral da Paz, a Igreja da Paz fará um culto comemora tivo no dia 17 de agosto, com a participação do Coral da Paz. Logo após teremos um delicioso almoço comunitário. Venha, participe você também deste momento tão impor tante para nós.

Hagia Sophia na disputa das religiões

No ano de 532 o imperador romano Justiniano I, que residia em Constantinopla (hoje Istambul/Turquia), ordenou a construção de uma imponente igreja “como não existe desde a época de Adão e nunca existirá novamente”. Mais de dez mil operários terminaram a estrutura externa em apenas 15 anos. Durante um milênio a basílica foi o maior templo do cristianismo. Justiniano investiu quase 150 toneladas de ouro na construção da Hagia Sophia (“Sagrada Sabedoria”, em grego). Desde meados do século VII, quase todos os soberanos bizantinos foram coroados nela.

O domínio bizantino sobre Constantinopla findou em 1453, quando o sultão otomano Mehmet II conquistou a cidade e transformou a Hagia Sophia em mesquita. Cruzes cederam lugar à lua crescente, sinos e altar foram destruídos ou desmontados, mosaicos e murais foram caiados por cima e a estrutura externa recebeu vistosos mirantes.

Em 1934, com a fundação da República da Turquia, o prédio virou museu. A secularização acarretou minuciosos trabalhos de restauração. Os antigos mosaicos bizantinos foram revelados; porém, cuidou-se também para não destruir

Palavras

Criação: P. Irineu Valmor Wolf José Luis Cortés em www.periodistadigital.com O CAMINHO Um registro colorizado da Igreja da Paz, do início do século 20. os posteriores acréscimos muçulmanos. Desde 1985, a Hagia Sophia é Patrimônio Cultural da Humanidade, declarado pela UNESCO. Muçulmanos e cristãos ortodoxos reivindicam a volta do uso do prédio como templo e o futuro da Hagia Sophia é incerto. (Fonte DW-World)
O CaminhO
Cruzadas Criação: Irineu Walmor Wolf 5144 ANO XXX - Nº 8 AGOSTO DE 2014EM FOCO14 ENTRETENIMENTO Criação: Irineu Walmor WolfHERMANO CORTÉS CURIOSIDADES DA FÉ IGREJA DA PAZ
DIPLOMATA FM 105,3 MHZ BRUSQUE (SC)www.diplomatafm.com.br A MELHOR E MAIS COMPLETA 24HS
REPRODUÇÃO O CAMINHO DIVULGAÇÃO

Presidente da igreja alemã renuncia

O BISPO Nikolaus Schneider renunciou ao mandato de pre sidente da Igreja Evangélica na Alemanha (IEA) e deixa o posto em novembro. O presidente do Conselho da IEA surpreendeu a comunidade protestante alemã e europeia com o anúncio de sua renúncia, no início de julho. O câncer de sua esposa é o motivo.

“Acompanhar minha esposa que contraiu um câncer torna este passo inevitável”, disse Schneider em um comunicado à imprensa.

“Pretendo dedicar todo o meu tempo ao nosso caminho em co mum e este é um desejo que não vou realizar ao lado do ministério na IEA”, concluiu Schneider. Anne e Nikolaus Schneider casaram

Rubem Alves falece aos 80 anos

RUBEM

ALVES, de 80 anos, morreu no dia 19 de julho em de corrência de falência múlti pla de órgãos,

em Campinas (SP). Ele estava internado desde o dia 10 de julho na UTI. Alves nasceu no dia 15 de setembro de 1933 em Dores da Boa Esperança, no Sul de Minas Gerais, e morava em Campinas há décadas. Um dos intelectuais mais respeitados do Brasil, Alves publi cou diversos livros e era colunista em jornais e revistas do país. Foi cronista, pedagogo, poeta, filósofo, contador de histórias, ensaísta, teó logo, acadêmico, autor de livros infantis e psicanalista.

Trombonistas encontram-se em Garuva

A Obra Missionária Acordai (OMA) reúne músicos de instrumen tos de sopro na IECLB e está filiada à Comunhão Martim Lutero. Nos dias 28 e 29 de junho, aconteceu o encontro dos músicos catarinenses e paranaenses, na Comunidade Martim Luther, em Garuva (SC). Ao todo 51 trombonistas ensaiaram pela manhã e, na tarde de sábado aconteceu a reunião da OMA.

O culto e concerto na noite de sábado foi na comunidade de Rio Bonito. Os trombonistas desta Co munidade também participaram, o que muito alegrou a caminhada do grupo reunido neste encontro. Na manhã de domingo, a comunidade em Garuva, celebrou o culto e Con certo de encerramento, mais dois da série “500 Concertos a caminho dos 500 anos da Reforma”.

em 1970 e têm três filhos, sendo que a filha mais nova faleceu em 2005, vítima de leucemia. A luta da filha contra o câncer rendeu um livro que o casal escreveu em conjunto.

Schneider, de 66 anos, é o di rigente máximo dos protestantes na Alemanha desde 2010, quando substituiu a bispa Margot Käs smann na função. Kässmann já havia renunciado ao mandato em função de um rumoroso caso de embriaguez ao volante. O mandato do bispo Nikolaus Schneider no comando da IEA iria estender-se até novembro de 2015. Sua atuação à frente do Conselho era moderada e bem-avaliada pela comunidade ecumênica alemã.

Corais de língua alemã promovem encontro

NOSSOS

Senhor, tu nos chamaste

O chamado para a celebração é uma constante na igreja cristã. Na comunidade de fé acontece a comu nhão, há conforto no sofrimento, se recebe perdão de pecados, a voz de cada um/a se funde num louvor agradecido pelo cuidado de Deus pelo seu povo. Lá não há indivíduos, mas corpo de Cristo. É deste “aprender e conviver” que este hino fala.

Pastor criativo

Kurt Rommel (Alemanha, 19262011) é o autor da letra e da melodia. Foi pastor da Igreja Evangélica de Württemberg na Paróquia em Friedri chshafen. Em 1960 assumiu o cargo de pastor de jovens em Stuttgart. Em 1974 passou a ser redator teológico do jornal “Folha da Comunidade Evangélica” em Stuttgart.

A partir de 1962 aventurou-se em experimentar novas formas de cultos. Inventou os Kinogottesdienste = cultos com hinos acompanhados por uma banda de música (como no cine ma), em vez de usar órgão. Foi uma novidade que chamou em algumas ocasiões mais de 2.000 participantes.

Os cultos eram realizados em sa las de cinemas e em templos. Foi uma época propícia para o surgimento de músicas novas, com ritmos variados. “Cultos de Jazz” é o termo ainda hoje utilizado para tais celebrações.

Hinos para o Culto

Rommel é autor de cerca de 800 hinos e 1.000 cânones. Muitos deles estão em hinários evangélicos e cató licos na Alemanha, Holanda, Finlândia, Noruega e Suíça.

No dia 28 de junho, na Co munidade de Estrada D’Oeste, da Paróquia de Rio Bonito, Joinville, aconteceu o 7º Encontro de Grupos e Corais que cantam em língua alemã.

Participaram os corais de Es trada D’oeste, Pirabeiraba, Rio Bonito, Sociedade Cultural Líri ca, Shanty Chor, Estrada da Ilha,

Univille, Cristo Bom Pastor e o casal Marilene e Otto, de Joinville; Sängerhalle de São Bento do Sul; Cristo Bom Pastor, de Jaraguá do Sul;e a Família Fauht , de Massa randuba. O Encontro foi dirigido pelos pastores Nelson Sommer e Henrique Seick. Após o Encontro foi servido um gostoso café com cucas e salgados.

Do hino 130, escrito em 1967, as três primeiras estrofes falam do início do culto: “Nos convidaste... nos abre o ouvido e o coração... vem nos ilumi nar”; as três últimas estrofes, do final do culto: “Confiamos na promessa... levamos tua bênção conosco para o lar... conosco fica sempre, Senhor Jesus!”

P. NORIVAL MUELLER (com base na pesquisa de Pastor Leonhard Creutzberg, no portal luteranos.com.br)

DIVULGAÇÃO O CAMINHO Schneider encerra o mandato em novembro para acompanhar a esposa.
5145 O CaminhO ANO XXX - Nº 8 AGOSTO DE 2014 ECUMENE 15
HINOS
HPD 130 IGREJA EVANGÉLICA NA ALEMANHA
PESAR MÚSICA

O que nós podemos esperar da nossa igreja?

INVERTEREI as coisas. Não vou perguntar, como membro ou como pastor, o que devemos fazer pelas pessoas com deficiência (PD), como podemos compreendêlas ou de que maneira poderíamos intensificar sua inclusão na vida comunitária. Mesmo que tais per guntas sejam pertinentes, vou fazer uso consciente da minha cadeira de rodas – da qual dependo há décadas – para questionar como um de nós chega às claras com a igreja.

O que se pode esperar quando a igreja faz um esforço danado para nos incluir: vão nos tirar o tubo de vez (eu forço a barra de propósito) ou vamos, afinal, poder encher os pulmões? Que tipo de experiência de igreja transparece nas provoca doras palavras de um cadeirante que diz orar há algum tempo para que “Deus proteja os paralíticos, os coxos, os loucos... Deus os proteja todos... da igreja”?

A igreja não parece ter ne nhuma dúvida de que nos faz um tremendo bem ao empenhar-se para adaptar suas atividades a nós. O simples questionamento – se a igreja por meio disso não dificulta nossa respiração – já é visto como uma enorme falta de educação.

Mas, isso não me impede de questionar. A igreja desempenha um papel tão preponderante de ativista, que no mínimo se arrisca a expor as PD à condição de objetos (ainda que bem cuidados).

Reciprocidade – Quem organiza ajuda e reflete a respeito, não deveria enquadrar quem ajuda e quem pre cisa de ajuda em papéis estanques. Antes, é necessário abrir espaço de

manobra para a troca de ajuda. Para não ser mal interpretado: Quando critico a ajuda, não estou falando de familiares ou prestadores de servi ços. A principal questão não é como os ajudadores vão ao encontro dos que dependem de ajuda, mas como tal ajuda é entendida e organizada na igreja e na sociedade.

Na verdade, o problema é que em nossa sociedade se faz diferença entre os normais e o resto, entre a regra e as exceções. Também a igreja tem dificuldade em se libertar dessa diferenciação. Mas, a minha acusa ção não vai contra esta diferenciação (que talvez jamais consigamos superar plenamente), mas contra o fato de que mal nos damos conta de que ela está aí e muitas vezes fazemos de conta que ela nem existe. “Certamente, não na nossa igreja... quando muito, em outras!”. No fun do, somos inclinados a considerar os “normais” como pessoas aptas, e isso coloca os que dependem de ajuda do lado oposto.

Mas de nada adianta jogar isso na cara dos outros. É muito mais construtivo desafiar à reflexão criativa. Por exemplo, se Deus nos criou à sua imagem e semelhança, é óbvio concluir que ele criou o “normal” e o “deficiente grave” à sua imagem e semelhança. Ou, se somos desafiados à ajuda mútua, deve-se entender que falta muita coisa às PD se não há pessoas “nor mais”, mas também falta muito às “normais” se não há as PD. Ou, ainda, se Deus quer que façamos o bem ao próximo, deve-se concluir que Deus me usa quando eu ajudo uma PD, mas também usa uma PD para fazer um bem a mim.

A forma como ocorre tal dis tinção pode ser percebida também

quando se pergunta se a igreja já concluiu sua reflexão teológica sem a nossa contribuição ou se apenas pode dar tal passo por encerrado quando nos incluir no processo como sujeitos iguais.

Por exemplo, decide-se sem a nossa participação o que dizer teo logicamente sobre saúde e doença ou todos têm clareza que aqui também vale o mesmo que em outros debates – tal como não dá para falar de igreja e mulher sem a participação das mu lheres? Mais ainda, se a PD não deve ser tratada como um ser especial e a questão da deficiência não deve ser tratada de modo exótico, então ela não deve ser incluída somente na reflexão sobre igreja e deficiência, mas deve participar, com o seu ponto de vista, nos debates sobre Deus, sentido de vida, comunidade e outros temas.

Visão distinta – Que não se pode abrir mão da visão das PD sobre a mensagem bíblica e seu significado para a vida, isso eu aprendi em 20 anos de encontros semanais num grupo de estudo bí blico em que participavam pessoas gravemente deficientes e gente sem deficiência.

Por exemplo, sobre a pergunta “como Deus pode permitir isso?”, uma PD disse que “pedimos por forças para nos manter firmes em Deus, tal qual a mãe de um assassino que afirma: apesar de tudo, ele é meu filho”. Tal “apesar de tudo”, precisa impor-se muitas vezes e com extre mo sacrifício contra uma fé ingênua, que espera que Deus remova com urgência todas as dificuldades.

Outro exemplo: Ao falar sobre o significado do desejo “Deus te abençoe”, uma pessoa com múl

tiplas deficiências disse que, para ela, isso significa que tudo o que fazemos deve poder ser visto com simpatia. Peço não entender isso como uma saída fácil para alguém que tem muito pouco de bom e de sucesso a apresentar na vida. Não, esta resposta está muito mais pró xima da mensagem bíblica do que a nossa ingênua esperança de que a bênção de Deus se manifesta nos bens, na aparência e na saúde que ele nos presenteia.

Ainda um terceiro exemplo, que mostra a reação à declaração de uma pessoa “normal” do grupo, que havia passado semanas sem aparecer nas reuniões e afirmou ter sentido “muita falta” da turma.

“Isso vale muito”, disse uma PD. “Ao menos tem pessoas que sen tem falta de nós. Não é nada fácil encontrar alguém que sinta isso”, ela completou. A questão central é se a pessoa com deficiência precisa realmente aceitar que na comunida de cristã sempre é vista apenas sob o rótulo da necessidade de ajuda?

Mas, não resignemos. Uma pes soa “normal” que tem um contato pele a pele com uma PD desconhe cida e não experimentar nenhum constrangimento, sabe muito pouco sobre si mesma. Um diácono que atuou com PD adultos disse-me: “Três anos de trabalho com isso, e você saberá quem você é”. O contato intenso permitiu-lhe, antes de tudo, conhecer-se a si mesmo.

Todas essas dificuldades não podem ser removidas com um simples desejo, nem através da fé. Elas fazem parte de nós. Podemos aprender a lidar com elas, mas jamais conseguiremos superá-las integralmente – e talvez nem de vêssemos tentar fazê-lo.

Não se trata de desfazer tudo o que se faz, nem de tentar justi ficar o que vem sendo feito. Há décadas eu experimento os dois: gratidão e revolta; vitória e der rota; comunidade como “corpo de Cristo” e como um lugar do qual se queira sumir.

Nem no tempo de Jesus isso era diferente. Quando ele olhou para a sua igreja, havia somente onze discípulos e alguns deles eram repletos de dúvidas. Entretanto, é este grupelho instável que recebe de Jesus a tarefa de fazer missão “em todo o mundo”.

Mas isso não é desculpa para não ouvir críticas. Considero mi nhas advertências válidas, para que fique claro – definitivamente! – que pessoas com deficiência são “normais”. E aqui vale uma regra fundamental: No mundo estamos no mesmo hospital, no qual pode mos fazer a experiência comum de que somente podemos ajudar aqueles de quem efetivamente também esperamos ajuda para nós mesmos.

Igreja e estatísticas

A IECLB completa 190 anos de presença da Confessionalidade Lute rana no Brasil. Como nossa caminha da começou em 1824 com imigrantes suíços e alemães, se estabelecendo no interior do Rio ao interior do Rio Grande, de início podemos até estra nhar a referência ao ambiente urbano no lema, pois nos acostumamos a perceber nossa igreja como “do inte rior”. Assim, é oportuna e necessária uma breve situação.

A primeira contagem oficial da po pulação brasileira aconteceu em 1872 sem preocupação explícita de separar habitantes rurais e urbanos. Avaliações indiretas de estudiosos consideram aceitáveis proporções entre 6 a 10% de habitantes urbanos naquele censo. Em 1940, o primeiro censo com distin ção entre habitantes rurais e urbanos contabilizou pouco mais de 31% de brasileiros vivendo em condições de cidade. Os censos que seguiram mostram crescente urbanização da po pulação brasileira, chegando próximo de 85% em 2010 e variando entre 73% de habitantes urbanos no Nordeste e 93% no Sudeste.

Esta gradativa concentração da população nas cidades motivada não mais por guerras, como no tempo de Jeremias, mas por necessidade de vida e anseios de realizações pessoais e familiares faz com que a densidade demográfica nesses espaços seja cada vez maior. Enquanto a média brasileira global se aproxima de 22 habitantes por km2, na região metropolitana do Rio de Janeiro, por exemplo, onde moro e que concentra cerca de 13 mi lhões de habitantes em 19 municípios, esta ocupação chega à média de 2.222 habitantes por km2, variando desde pouco menos de 100 em pequenos municípios agrícolas ou industriais pe riféricos, a mais de 13.000 em outros com maior ênfase residencial.

Nesses espaços urbanos onde a proximidade física das pessoas é maior e constante e a distância pesso al se acentua, filhos e filhas do mes mo Deus interagem de forma anônima e inconsciente no dia a dia nos seus deslocamentos e afazeres de trabalho ou lazer e não se dão conta do quanto impactam ou são impactados pela ação ou omissão de cada um.

(*) Trechos do artigo “Nós Pessoas com Deficiência e a Comunidade Cristã, com o que podemos e com o que devemos contar?” (1994), de Ulrich Bach (1931-2009). O autor foi pastor e teólogo paraplégico, e escreveu vários livros sobre o tema Inclusão. Tradução e adaptação: P. Clovis Horst Lindner.

Ali somos chamados ao servir amoroso de Deus, sendo sacerdotes uns dos outros, tendo comunhão de vida. Este mandato de Cristo nos deve impulsionar ao resgate de valores do evangelho como cidadania, justiça, respeito, tolerância, diaconia, partilha, esperança e fé, entre outros, essen ciais ao bem estar e à paz de todos. Que Deus nos ilumine no testemunho concreto destes valores e a descobrir, ampliar, viver e conviver em comu nhão na comunidade ampliada que nos abriga as coisas boas que Deus coloca como graça entre nós.

ULRICH BACH*
DIVULGAÇÃO O CAMINHO 5146 O CaminhO ANO XXX - Nº 8 AGOSTO DE 2014ESPECIAL16

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O Caminho - Ano 30 - Número 8 - Agosto de 2014 - Parabéns, papai! by Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) - Issuu