Inácio Lemke conquista novo mandato
A 17a Assembleia Sinodal do Sínodo Norte Catarinense reelegeu o pastor sinodal Inácio Lemke para novo período de 4 anos. O pastor Marcos de Olivei ra continua vice. página 3
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LELU organiza seminário no Norte página 10
Brusque restaura e reinaugura seu templo
Um seminário de formação de liderança dos homens do Norte Catarinense teve a parti cipação de 39 pessoas em duas etapas, a última delas no dia 10 de maio.
A igreja do centro de Brusque sempre foi uma referência na cidade, por sua localização. Inaugurado em 1895 e agora renovado, a casa de ado ração brusquense recupera seu antigo brilho. página 10
As lições que o vento ensina na Alemanha
EM MAIO um grupo de seis brasileiros do Vale do Itajaí esteve na Alemanha, participando de parceria com a igreja do Norte da Frísia. O vento e o mar deram lições de sustentabilidade que impulsio nam a temática ambiental também no Brasil. página 12
Um século de fé na João Pessoa de Jaraguá
Aimigração
alemã no Bra sil é uma história contada aos pedaços. Esta data é simbólica e marcante, mas não é o começo de tudo. A relação do Brasil com a dinastia dos Habsburgo, por exemplo, vem dos tempos de D. João VI. A Imperatriz Leopoldina, esposa de D. Pedro I e filha do imperador germânico, foi a artífice da independência do Brasil. Os alemães andavam por aqui desde muito antes de 1824. O que o dia 25 de julho daquele ano tem de especial é sua ligação com os colonos, os verdadeiros artífices da colonização alemã no Brasil e da própria IECLB. É emocionante visitar o museu da emigração em Hamburgo-Alemanha e conhecer os motivos que levaram tanta gente à América. Aquelas malas, obje tos, imagens e documentos ali expostos ainda emanam o sofrimento, a dor, a esperança e a saudade de uma terra que lançou milhares de famílias à própria sorte, em terra estranha. Deu certo pela fibra dessa gente, que ousou sonhar uma nova pátria para si e para seus descen dentes. A eles, toda a honra.
A corrente da bondade
“Todavia estou sempre contigo; tu me seguras a mão direita. Tu me guias com o teu conselho, e depois me receberás em glória.”
SALMO 73.23-24
Uma criança brinca na praça. Apenas brinca. Não vê o que se passa no mundo ao redor. Não se preocupa com a violência. Não tem medos. Apenas brinca, feliz e despreocupada. Ela não tem medos, não tem preocupações, não tem an gústias, se sente segura e protegida – seu pai está ali, qualquer coisa é só pegar a sua mão e estará segura. Se cair, o pai a levanta. Se houver machucado, o pai “assopra”. Ela não precisa nem olhar para ver se o pai está lá. Ela sabe, confia, tem certeza que está. Se precisar, ainda que queira só brincar, é só chamar.
Segurança é o que buscamos sempre. No en tanto, estamos sempre tão agitados, preocupados,
angustiados por esta segurança, que nos esquecemos do mais importante: brincar. Na ânsia de alcançar a segurança por conta própria, a vida escorre rapida mente na ampulheta de nossas vidas. Não gostamos de ser dependentes! O ser humano quer autonomia de escolher e “comer o fruto do bem e do mal”.
Num primeiro momento, colocar-se nas mãos de Deus parece limitador, parece que nos apequena. Porém, dá às pessoas a liberdade de viver e brincar, como uma criança no parque. Segurar na mão de Deus, ter a certeza que Deus está junto, que guia, aconselha e depois recebe, é a mesma situação da criança que brinca tranquila. LIBERTA para poder viver, brincar, amar, cuidar, interagir, partilhar com o próximo. Não é preciso se preocupar, se o Pai vai estar lá. Sabemos que ele está. Não é preciso se preocupar, se o Pai vai nos levar para casa. Temos certeza que vai. Precisamos apenas brincar e viver nesta certeza.
O Pai? Não sei onde está, mas sei que estou muito seguro e livre para brincar!
CEM ANOS de existência da comunidade João Pessoa, da Paró quia Apóstolo Tiago de Jaraguá do Sul, iniciou numa igreja-escola em que se juntavam o conhecimento e a Bíblia. Conheça a história e a deter minação das famílias que integram a comunidade. que começou em 1914 com 25 pessoas e hoje é integrada por 363 famílias. É uma história de muita fé e determinação. página 14
Um pedaço do mundo luterano em suas mãos
OBRA DE PEDRO WEINGÄRTNER (1903), REPRESENTANDO COLONOS NA COLHEITA REPRODUÇÃO O CAMINHO
190 ANOS
Os imigrantes trouxeram na bagagem muita esperança, o sonho do recomeço e o desejo de construir aqui tudo o que a pátria lhes havia negado.
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MEDITAÇÃO P. ARMIN ANDREAS HOLLAS / Rio das Antas (SC)
JULHO DE 2014 Ano XXX - Número 7 Tiragem: 21.000 exemplares Preço avulso: R$ 2,50 SÍNODOS VALE DO ITAJAÍ E NORTE CATARINENSE Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil-IECLB
CENTENÁRIO
25 DE JULHO DE 1824 IMIGRAÇÃO
PARCERIA
DIVULGAÇÃO O CAMINHO Você consegue imaginar um jogo de futebol ao som do órgão? página 14
Estou sempre contigo, tu me seguras pela minha mão direita. Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes na glória.
73.23-24
Editorial
É tempo de conviver
P. Em. ANILDO WILBERT, Diretor Geral / Florianópolis
Nodia do início da Copa do Mundo o Pastor Presidente da IE CLB, Dr. Nestor Paulo Friedrich, expediu uma manifestação conclamando para sermos instrumentos na construção da paz e de afirmação da dignidade humana. O grande encontro esportivo oportuniza espaços relacionais significativos de convivência entre brasileiros e estrangeiros. Informa que “nas cidades-sede da Copa do Mundo haverá comunidades que estarão acessíveis para visitantes que queiram tomar parte nos cultos ou procurar algum tipo de orien tação e aconselhamento pastoral”. Pelo noticiário ouvimos turistas estrangeiros afirmar que “o povo brasileiro e muito receptivo, a gente é logo um amigo e convive com eles; vamos voltar mais vezes”.
Em 2014 comemoramos 190 anos de imigração alemã no Brasil. Em Santa Catarina a primeira colônia alemã estabeleceu-se na região onde hoje se situa o município de São Pedro Alcântara. A instalação desta colônia ocorreu em 1º de maio de l829, às margens do Cami nho das Tropas, denominado Caminho Imperial, em 1787, ligando Desterro, hoje Florianópolis, com a Vila de Lages. Dos imi grantes alemães lembramos muitas tradições e costumes que dizem respeito ao viver e conviver. Entre outras, a afirmação: “Igreja e escola precisa ter”. Não era apenas um slogan ou frase de efeito, mas eles próprios faziam construções que serviam de igreja e escola. Assim, tam bém aconteceu na comunida de de João Pessoa em Jaraguá do Sul (SC).
“Fazemos votos que possamos aprender sempre de novo a conviver, alicerçados nos ensinamentos de Deus, e busquemos saber onde está nosso irmão.”
De 1o a 8 de junho pas sado celebramos a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, com o tema “Acaso Cristo está dividido?” (1 Coríntios 1.1-17). Em muitas localidades aconteceram encontros e cultos, reunindo pessoas de diversas igrejas cristãs. Foram momentos fraternos, de oração, de louvor e de comunhão. Pessoas diferentes encontraram-se para conviver como irmãos e irmãs, reconhecer-se como iguais, filhos do mesmo Pai, que nos criou.
Fazemos votos que possamos aprender sempre de novo a con viver na família, na parentela, na vizinhança, na igreja, na socie dade, no trânsito, na preservação do meio ambiente, na política... Conviver alicerçados nos ensinamentos de Deus, conforme Salmo 133.1: Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! Que busquemos saber onde está o nosso irmão e saibamos responder a Deus, quando ele nos perguntar, Onde está o teu irmão? (Gênesis 4.9). Enfim, que saibamos vivenciar o novo mandamento (João 15.12) dado por Jesus Cristo: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.
CONCORDA COMIGO?
O futebol tem base bíblica?
Depende da “boa” exegese de certos textos bíblicos. Para alguns pode ter havi do jogo de “futebol” desde o início da humanidade. Isto se deduz de Gênesis 4.8: “Disse Caim a Abel, seu irmão: Vamos ao campo. Es tando eles no campo, sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o matou”. Era campo de futebol? A Bíblia não diz. Mas, sabe-se que futebol pode virar jogo muito disputado, violento até. Daí que um amigo meu da Alemanha, mais em tom de go zação, pergunta: “e quem diz que Caim e Abel não resolveram bater uma bola, a coisa descambou pra violência e Caim acabou matando Abel?”.
Outro texto para a “origem bíbica” do futebol é Isaías 22.1718, onde Sebna é advertido: “Eis que como homem forte o Senhor te arrojará violentamente; agarrarte-á com firmeza, enrolar-te-á num invólucro como uma bola para terra espaçosa; ali morrerás...”. Alguns tradutores usam “pelota” em vez de bola. Não modifica substancialmente o sentido. Rops, em seu livro “A vida diária nos tempos de Jesus” termina seu comentário sobre esta passagem dizendo que o texto parece “men cionar um jogo que foi o ancestral do nosso futebol”.
Cartas
Nova Friburgo
Perguntei-me: Por que a Bíblia só se refere a “futebol” violento ou que redunda em violência? O que me ocorreu como resposta foi: Naquela época não existia ainda o povo brasileiro e o seu futebolarte. Acho que se a Bíblia tivesse conhecido o povo brasileiro e a arte com a qual ele consegue jogar bola, ela iria colocar esse esporte em contextos de competição, sim, mas não de inimizades, violência e morte.
Mas, o futebol não é o único esporte na Bíblia. As deduções nesta área são controversas, mas dá pra arriscar o seguinte: há referências a natação, pescaria (Amós 4.2 e alguns dos discípulos de Jesus, que eram pescadores), tiro ao alvo (1 Samuel 20.20ss), caça (Lucas 11.51 e 21.34), corri das (2 Samuel 2.18ss; Eclesiastes 9.11).
Na Palestina a prática dos esportes mudou radicalmente
“Acho que se a bíblia tivesse conhecido a arte com que o povo brasileiro consegue jogar bola, ela iria colocar esse esporte em contextos de competição, sim, mas não de inimizade, violência e morte.”
quando em 174 a.C. é instalado um ginásio grego em Jerusalém, aos pés da acrópole (2 Macabeus 4.7ss, apócrifo presente nas bíblias católicas).
Segundo a Bíblia de Jerusalém, um “ginásio” grego era uma “insti tuição esportiva e também cultural onde os jovens atletas, chamados ‘efebos’, exibiam-se completamen te nus (no grego gymnós = nu) nos vários exercícios de corrida, luta, lançamento do disco e do dardo. Consistia numa vasta praça rodea da de pórticos, com vários anexos cobertos”.
Um ginásio grego não era só lo cal de esportes, mas cultivava todo um estilo de vida grego – maneira grega de viver e de ver o mundo; falar grego corretamente; vestir-se à moda grega; cultura grega, além dos esportes.
Nos Jogos Olímpicos, em giná sios e hipódromos eram praticados corridas a pé, provas equestres (bigas ou quadrigas e cavalos na sela), lutas (pugilato e pancrácio) e pentlato.
No Novo Testamento há várias referências a esses jogos praticados nas olimpíadas e nos ginásios. Os apóstolos usam os esportes para exemplificar verdades da fé e conduta dos cristãos. Alguns exemplos são obstáculos (Gálatas 5.7), cuidado com as regras (2 Timóteo 2.5), um bom final (2 Ti móteo 4.7) e o prêmio (2 Timóteo 4.8; Tiago 1.12). Veja também as várias referências ao “vencedor” no livro de Apocalipse (2.7,11,17,26; 3.5,12,21).
(Texto compilado com informações da internet)
O artigo sobre a primeira comunidade luterana do Brasil ter surgido em Nova Friburgo (RJ) é uma estrondosa novidade para mim (edição de junho, página 10). Durante décadas a história que chegou até nossos ouvidos nas comunidades da IECLB sempre foi a de que tudo começou em São Leopol do, no dia 25 de julho de 1824. Pelo menos, foi isso que eu ouvi do meu pastor no Ensino Confirmató rio. Trata-se de uma importante revisão histórica
E-mail: caminho@mythos.art.br
e, principalmente, mostra que aos poucos nos livramos da velha mania de imaginar a IECLB como uma invenção gaúcha. É bom saber que existe comunidade luterana fora do sul.
Gabriel Tilheiro, por e-mail
ERRAMOS
Informamos erroneamente, na edição de maio, no Concorda Comigo? (página 2), que Juliane Wolf é “psi copedagoga”. A autora do artigo “Isso não é brincadei ra!” é Psicóloga. Pedimos desculpas pelo equívoco.
DIRETOR GERAL
em. Anildo Wilbert (48)
P. em. Anildo
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Dr. UWE WEGNER é pastor emérito e ex-professor da Faculdades EST, reside em Ibirama (SC).
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O CaminhO ARTE FINAL E DTP Mythos Comunicação
LEMA DO MÊS DE JULHO
SALMO
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Lemke reeleito para mais quatro anos
O PASTOR SINODAL do Sínodo Norte Catarinense, Inácio Lemke, foi reeleito para um novo mandato de quatro anos. Lemke manteve a função por indicação da 17ª Assembleia Sinodal, nos dias 24 e 25 de maio, em Jaraguá do Sul (SC). O encontro foi hospedado pela paróquia Barra do Rio Cerro, Comunidade Cristo Salvador.
Além da recondução do pastor sinodal, a Assembleia foi palco de eleições gerais. O cargo de vice pastor sinodal fica com o pastor Marcos Aurélio de Oliveira, que havia sido eleito para a função em substituição ao pastor Renato Creutzberg na metade do primeiro mandato. O novo presidente do Conselho Sinodal, é Carlos Henri que Sacht, da paróquia Apóstolos de Joinville. Sacht assume a função em lugar de Elemer Kroeger, que cumpriu dois mandatos na função.
Para primeiro vice-presidente foi eleito Elói Witt, de Mafra, e como segunda vice Suzana Karina Tri bess Stricker, de Jaraguá do Sul.
O pastor Claudir Burmann, de Massaranduba, foi eleito representante do Sínodo Norte Catarinense no Conselho da Igreja. A pastora Marli Seibert Hellwig, de Barra do Rio CerroJaraguá do Sul, é a primeira vice e a pastora Cristina Scherer, de São Francisco do Sul, é a segunda vice. A assembleia elegeu ainda os integrantes do Conselho Fiscal e da Comissão Jurídica Doutriná ria do sínodo. Os delegados das paróquias também ouviram os relatórios pastorais, da Diretoria do Conselho Sinodal e financeiro, sendo homologados.
No sábado pela manhã, cerca de 400 pessoas participaram do culto de abertura na igreja da Comunida de Cristo Salvador. Após a abertura dos trabalhos, todos seguiram para o Centro Comunitário Wander Weege, onde aconteceu a assem bleia, que contou com a presença do pastor presidente da IECLB, Dr. Nestor Paulo Friedrich.
Em seu discurso de abertura, o presidente Elemer Kroeger leu um trecho da carta de Paulo aos Filipenses: “Então peço que me deem a grande satisfação de vive rem em harmonia, tendo um mes mo amor e sendo unidos de alma e mente. Não façam nada por inte resse pessoal ou por desejos tolos de receber elogios; mas sejam humildes e considerem os outros superiores a vocês mesmos. Que ninguém procure somente os seus
próprios interesses, mas também os dos outros. Tenham entre vo cês o mesmo modo de pensa que Jesus Cristo tinha”. Kroeger fez menção que encerra um ciclo em
sua vida, depois de oito anos na condução administrativa do Con selho Sinodal do Sínodo Norte Catarinense.
Um total de 326 delegados, 60 acompanhantes e o pessoal da or ganização participaram da assem bleia, vivendo verdadeiramente “viDas em Comunhão”.
No domingo pela manhã acon teceram o encaminhamento de mo ções e a criação de mais dois Cam pos de Atuação Ministerial, ambos Missionários, em Pirabeiraba e Rio Bonito. O culto de encerramento da assembleia teve pregação do pastor presidente Nestor Paulo Friedrich. Ao final do culto, o pastor presi dente agradeceu Elemer Kroeger pela dedicação com que conduziu os destinos do Sínodo Norte Cata rinense neste tempo e pediu uma salva de palmas.
Assembleia elege jovem para Concílio da IECLB
Um grupo de seis integrantes da coordenação sinodal da Juventude Evangélica-COSIJE do Sínodo Norte Catarinense participou da assembleia sinodal. Quatro eram delegados de suas paróquias e dois
representaram o COSIJE. Lucas Engel Sacht e Kathleen Hoberg Andre receberam indicações para concorrer a uma vaga de represen tante no Concílio, instância máxi ma da IECLB. Os dois encararam
o momento não como disputa, mas como mais um passo da JE Sinodal, que pela primeira vez concorreu a representante ao Concílio. No mo mento da apresentação, os jovens surpreenderam, trocando os papéis.
Um apresentou o outro, mostrando que a intenção das candidaturas não era benefício de um nome, mas demonstrar que a juventude pode representar bem o sínodo no Concílio. Com uma pequena diferença de votos Kathleen foi eleita e representará o Sínodo como delegada jovem no 29o Concílio da IECLB em Rio Claro (SP).
É a primeira vez que o sínodo terá representação jovem no Con cílio da IECLB, com voz e vez gerando ações. “Este é um espaço que estamos buscando há algum tempo e será de grande responsa bilidade ocupá-lo, estou grata por ter sido escolhida para represen tar e contribuir como Juventude Evangélica dentro desse espaço em nossa igreja”, disse Kathleen.
As expectativas são grandes para representar a GerAção JE, a espera e ansiedade pelas decisões e rumos que serão tomados, pela troca de experiências e vivência com as demais pessoas que são de legadas representantes dos sínodos da IECLB também são enormes.
maneira
Martim Lutero, na explicação do oitavo mandamento, que fala sobre o falso testemunho, escreve: devemos “interpretar tudo da melhor maneira”. Que conselho importante para nossos dias! Olhar para o próximo com olhar misericordioso, admirando o que há de positivo em sua caminhada e ajudando-o a melhorar. Olhar para os acontecimentos com olhar aberto e ao mesmo tempo crítico. Saber valorizar aspectos positivos e manter a visão crítica de mudanças necessárias é interpretar tudo da melhor maneira.
Posturas radicais
Mas não é isso que estamos vendo. Nos meios de comunicação, nas redes sociais e nas ruas vemos e ouvimos muita gente com posições radicais. Externar opiniões duras, ofender sem misericórdia e praticar justiça com as próprias mãos são atitudes vistas com admiração por parcelas sociais. Temas do momen to como Copa do Mundo, eleições nacionais, políticas de governo, greve de servidores, justiça, são alvo, por um lado, de apaixonadas manifesta ções favoráveis e muitas vezes sem visão crítica. Por outro lado, alvo de ataques destruidores, sem capacidade de fazer uma leitura mais profunda de contextos e realidade.
Tolerância e diálogo
Urge tomar a sério um dos gran des valores do luteranismo. “O ser humano é simultaneamente justo e pecador”. Não há quem seja totalmen te bom e não há quem seja desprezí vel. Também os acontecimentos que nos cercam não têm só um lado. Por exemplo, é verdade que a Copa do Mundo promoveu muitos gastos para os cofres nacionais, que a Fifa obteve privilégios injustos e que o governo não conseguiu cumprir todas as suas promessas. Mas também é verdade que os milhões de visitantes estão movimentando nossa economia, que os estádios ficaram prontos e que o Brasil está mostrando um bonito rosto para o mundo. Se nós somos simultaneamente justos e pecadores, por que não podemos ver os dois lados da moeda? Por que ficamos tão agarrados a nossas convicções e não nos permitimos uma reflexão mais positiva? Por que continuamos a apostar no dualismo entre bem e mal e fugimos do diálogo franco?
Deus nos conhece. Conhece nosso amor e nosso ódio. Mas seu olhar é misericordioso. Ele, a nosso respeito, interpreta tudo da melhor maneira, perdoa e ajuda a melhorar mos. Em gratidão busquemos, sem preconceitos, conhecer pessoas e realidades. Saibamos ser mais tole rantes, misericordiosos e dispostos a trabalhar por um mundo melhor.
Representantes ministeriais e das paróquias durante votação na assembleia sinodal em Jaraguá do Sul.
Carlos H. Sacht e o P. Sin. Lemke
A delegação jovem na Assembleia junto do P. Sin. Lemke, vice P. Sin. Oliveira e P. Pres. Nestor Friedrich.
BRENO CARLOS WILLRICH, Pastor Sinodal do Sínodo Vale do Itajaí, em Blumenau/SC.
5117 O CaminhO FALA SINODAL ANO XXX - Nº 7 JULHO DE 2014 DESTAQUE 3 Interpretar tudo da melhor
ASSEMBLEIA SINODAL
JANAÍNA BAADE
Pastoras são instaladas em seus novos campos de atividade
CONVITE
ENCONTRO DE LÍDERES POLÍTICOS LUTERANOS
Local: Centro de Eventos Rodeio 12 Data: 26 de julho , das 8h00 às 12h30min (término com almoço). Programa elaborado a partir do lema “A paz da cidade”
Acolhida: P. em. Meinrad Piske Meditação: “Procurai a paz da cida de” (Pa. Sisi Blind, Prefeita de São Cristóvão do Sul/SC).
Apresentação: O Brasil que somos e o Brasil que queremos ser: Senadores Luiz Henrique da Silveira e Paulo Bauer; deputados e candidatos a deputado; líderes políticos. (Convite especial para ministros e ministras da região!)
CYBER FÉ
Jorn. TOBIAS MATHIES
Redes Sociais
A pastora Carla Taís Krüger Bersch foi instalada no dia 18 de maio na Paróquia Bom Pastor, em Navegantes (SC). O ato foi oficiado pelo pastor sinodal em exercício, Irineu Valmor Wolf, e assistido pela pastora Aline Danielle Stüewer e pelo pastor Marcos Butzke. Na pregação, a pastora Carla destacou
a importância do trabalho da igreja junto às crianças, área em que tem experiência acumulada no Sínodo Noroeste Rio-Grandense, em Edu cação Cristã Contínua. A pastora de 36 anos é natural de Canguçu (RS). Casada com Darlan Kurz Reichow, Carla é mãe de Miquéias (5 anos).
Pastor Roberto Schulz despede-se da Vila Nova e assume Santa Rosa
O Sínodo Norte Catarinense escolheu este ano a Paróquia Bom Jesus-Vila Nova, em Joinville, para lançar a Campanha Vai e Vem 2014. A Comunidade local celebrou 160 anos de fundação no domingo de Pentecostes. Neste culto festivo também foi instalada a pastora Lígia Marli Schünke. A instalação
foi oficiada pelo pastor sinodal Inácio Lemke e assistida pelas pastoras Vera Cristina Weisheimer e Christiane Plautz. A pastora Lígia foi surpreendida com a presença de dois grupos de canto de sua antiga Paróquia de Brusque. Também o grupo de OASE de Lajeado (RS) presenteou-a com uma orquídea.
Encontro intersinodal prepara ministros para a vida de aposentado
Aposentadoria também é uma preocupação para pastores e pas toras. Nos dias 7 e 8 de maio no Centro de Eventos Rodeio 12, um grupo de ministros e ministras aceitou o convite do pastor sinodal Inácio Lemke, do Sínodo Norte Catarinense e exercitou uma refle xão sobre o futuro longe do talar. Também participaram colegas dos sínodos vizinhos Vale do Itajaí, Uruguai e Paranapanema.
O encontro foi espaço de infor mação e troca de experiência com
vistas a um projeto de aposentado ria. Foi muito importante ouvir dos colegas que estão perto da aposen tadoria como estão se preparando. A aposentadoria não deve ser vista como fim, mas como saída para um novo tempo de vida.
O encontro contou com as assessorias do secretário do Minis tério com Ordenação, pastor Erni Drehmer, do ex-diretor executivo da Luterprev Everson Oppermann e do assessor de vendas Rodrigo de Oliveira.
As paróquias dos sínodos Vale do Itajaí e Norte Catari nense estão investindo em materiais nas redes sociais, principalmente nas páginas do Facebook. Encontra-se muito material interessante. A Paróquia da Paz, em Joinville, tem mensagens da pastora, divulga os eventos paroquiais e traz informações dos cultos. Em Blumenau Centro a ênfa se é com as senhas diárias e palavras bíblicas de conforto e esperança. A Paróquia Bom Pastor/Garcia divulga suas ativi dades com setores de trabalho, cursos e reuniões. A comunica ção digital aproxima as pessoas e é uma ótima ferramenta de divulgação. Parabéns a todas as iniciativas, sejam elas amadoras ou profissionais.
Ecumenismo
O pastor Roberto Luis Schulz despediu-se da paróquia Bom Jesus, no bairro Vila Nova de Joinville (SC), em culto especial no dia das mães, 11 de maio. O novo campo de atuação ministerial de Schulz é a paróquia de Santa Rosa (RS).
Diversos grupos da paróquia e membros das comunidades Vila
Nova, Estrada dos Morros, Estrada Blumenau, Estrada do Sul e a Di retoria Paroquial homenagearam a família pastoral. Após a realização do culto todos confraternizaram num coquetel, no Centro de Convi vência da Comunidade Vila Nova. O pastor Roberto Luis Schulz iniciou suas atividades na nova paróquia no início de junho.
AS INSCRIÇÕES serão feitas nas secretarias das paróquias. Cada criança precisa entregar no ato da sua inscrição uma cópia do documento de identidade ou certidão de nascimento, como autorização para participação no evento.
O Conselho Mundial de Igrejas tem um canal no You Tube. Aos que compreendem o movimento ecumênico ao redor do mundo, tem muito material em vídeo. Celebrações, discus sões de gênero, assembleias, estudos sobre o clima e muito mais podem ser encontrados em youtube.com/WCCworld. É muito importante sentir e inte ragir com as igrejas sobre as discussões do mundo. Fazemos parte dele. Conteúdo rico. Vale a pena dar uma olhada!
Campanha Vai e Vem
A Campanha Nacional de Ofertas Vai e Vem já está com todo o material disponível no portal luteranos. Acesse luteranos.com.br e conheça a proposta de 2014. Além de uma rica diversidade de materiais, também podem ser baixados recursos litúrgicos, textos motivadores e mensagens em vídeo da Presidência da IECLB. Uma das inovações é o recurso de oferta on-line. Confira!
Pastora Carla durante a pregação na instalação em Navegantes.
Pastora Lígia na instalação na Vila Nova-Joinville, junto das filhas.
Pastor Roberto Schulz sendo homenageado ao lado da esposa.
O CAMINHO
Pastores e pastoras de quatro sínodos participaram do encontro
5118 O CaminhO ANO XXX - Nº 7 JULHO DE 2014GENTE E EVENTOS4
MINISTÉRIO PASTORAL DIVULGAÇÃO O CAMINHO
DIVULGAÇÃO O CAMINHO
DIVULGAÇÃO
RETIRO DE CRIANÇAS 2014 Centro de Eventos Rodeio 12 (Rua José Ostrowski Jr., 150 - Rodeio/SC) Das 8 horas do dia 2 de agosto às 16 horas do dia 3 de agosto PASTORAL DA CRIANÇA E JUVENTUDE DO SÍNODO VALE DO ITAJAÍ Fone: 47/3322-1364 - Email: pastoral.sinodo@terra.com.br DIVULGAÇÃO O CAMINHO
Orientadores realizam seminário
O SÍNODO Vale do Itajaí reuniu em torno de 60 pessoas no Seminário Sinodal de Orientadores do Culto In fantil, no dia 24 de maio, na Paróquia Unidos em Cristo, em Brusque (SC). A temática “Como usar materiais de apoio da IECLB no trabalho com crianças na minha comunidade” foi abordada pela catequista Ms. Sara Regina Hoppen. A catequista apre sentou diversos materiais que podem ser utilizados para o trabalho com crianças e reforçou a importância de utilizar títulos da confessionalidade luterana. Ela apresentou o ‘Encontros Bíblicos com Crianças’, ‘Manual do
Congresso reúne 50 jovens no Norte Catarinense
Foi sob a mensagem do tema e lema do ano que, nos dia 17 e 18 de maio no núcleo Joinville do Sínodo Norte Catarinense, aconteceu o IV Congresso Sinodal da JE, onde se reuniram cerca de 50 jovens. Os estudos sobre o tema do ano foram conduzidos pela diácona Simone Engel Voigt, que falou também sobre os programas de intercâmbio da IECLB. Na parte da noite acon teceu a noite cultural e a eleição da nova coordenação.
Nesta nova gestão, durante um período de dois anos, os jovens eleitos irão desenvolver e promo
ver atividades com juventude no sínodo, dando continuidade ao trabalho iniciado em 2010 na busca de estruturação e integração da JE no Norte Catarinense.
Já é possível desfrutar dos frutos deste trabalho, afinal irão ao CONGRENAJE (Congresso Nacional da Juventude Evangélica) cerca de 90 jovens, e projeta-se o envolvimento de 500 pessoas na Olimpíada Sinodal. A caminhada continua, o IV Congresso Sinodal foi mais um passo bem sucedido e a JE continua firme sendo protago nista em nossa região.
Culto Infantil’, ‘Crescendo com Je sus’, ‘Amigo das Crianças’, ‘Revista Aprender & Brincar’ e ‘A Bíblia para as Crianças da Editora Sinodal’.
A coordenadora da Pastoral da Criança e Juventude, Katilene Willms Labes, apresentou algumas propostas de jogos que podem ser aplicadas no trabalho com as crianças. “Existem diversas formas de jogos. Alguns despertam a ima ginação, outros são de cooperação, integração ou até de coordenação motora. A partir desta análise é pos sível aplicar o melhor jogo em cada situação”, completou.
Jogos anuais no Vale do Itajaí acontecem em Brusque
No domingo, dia 25 de maio, a Juventude Evangélica do Sínodo Vale do Itajaí realizou a terceira edição dos Jogos Anuais. A Paró quia Bom Pastor, em Brusque (SC), recebeu os mais de 200 jovens, nas dependências do Colégio Cônsul Carlos Renaux. O catequista Da niel Ricardo da Costa, orientador teológico da JE Sinodal, conduziu uma dinâmica de integração com o objetivo de promover harmonia entre os grupos. “Agradeço cada grupo que participou e contribuiu para o sucesso do evento. O espírito esportivo sempre presente prova que como jovens evangélicos luteranos promovemos, por meio do esporte,
paz e integração”, alegrou-se a presi dente da JE Sinodal Martha Maas.
A Juventude Evangélica Martin Luther, da Paróquia Blumenau Martin Luther/Progresso, alcançou o primeiro lugar geral dos jogos. Em segundo lugar ficou o grupo de Balneário Camboriú e na terceira colocação a JE de Brusque. As modalidades oferecidas nos Jogos Anuais foram Futsal, Salto em Distância, Revezamento 4x100, Arremesso de Peso, prova 70 me tros, prova 2 km masculino, prova 1 km feminino. Após a premiação dos vencedores, o pastor sinodal Breno Carlos Willrich conduziu a mensagem de encerramento.
TIAGO SPLITTER, Jogador de basquete de Blumenau (SC), ao ser campeão da Liga Americana de Basquete pelo San Antonio Spurs.
DIREITOS HUMANOS
Cresce nas igrejas o asilo humanitário
Cada vez mais pessoas procu ram asilo nas comunidades das igrejas na Alemanha. Em janeiro havia 34 pessoas asiladas em prédios da igreja. No final de maio este número havia saltado para 108 pessoas. Abrigar pessoas perseguidas ou ameaçadas de expulsão da Alemanha tornou-se uma forma comum de asilo desde 1983 no país.
O que é asilo em igrejas?
O asilo na igreja dá proteção a refugiados contra extradição e permite a revisão do direito de asilo que está suspenso ou não existe. No espaço de uma igreja, o regufiado está protegido e somen te será extraditado se deixá-lo. O templo é considerado território neutro, como as embaixadas.
Usar o espaço sagrado como último refúgio é provavelmente uma das mais antigas práticas humanitárias utilizadas. As igrejas sempre foram consideradas locais tabú e, portanto, lugares a salvo de perseguição. Entretanto, no passado também já houve casos em que a população buscou abrigo na igreja e o prédio foi incendiado com todo mundo dentro.
A cat. Sara Hoppen apresentou diversos materiais para uso no CI.
O
Participantes do Congresso de jovens em Joinville.
Colégio Cônsul Carlos Renaux recebeu os atletas dos grupos de JE.
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O CAMINHO
DIVULGAÇÃO O CAMINHO
É difícil botar em palavras o que estou sentindo. Eu nunca imaginei que um dia eu poderia ser campeão da NBA. O meu sonho era apenas estar na NBA.”
5119 O CaminhO ANO XXX - Nº 7 JULHO DE 2014 VIDA COMUNITÁRIA 5 NOTÍCIAS BREVES DISSERAM
CULTO INFANTIL
DIVULGAÇÃO
CAMINHO
JUVENTUDE EVANGÉLICA
Grupos noturnos reúnem 250 mulheres do Vale em Blumenau
NO DIA 29 de maio, a Paróquia Blumenau Centro recebeu mais de 250 mulheres da OASE, que parti cipam dos 17 grupos noturnos. O evento é organizado pela OASE Sinodal do Sínodo Vale do Itajaí a cada dois anos, sempre no Dia de Ascensão. A palestra foi dirigida pela irmã Ruthild Brakemeier.
Ela falou das ações diaconais de mulheres no período da Refor ma Luterana. A Idade Média era uma época com muita pobreza e, principalmente com mortes oca sionadas pelas doenças e falta de higiene. “Já naquele tempo, era fundamental a presença ativa das mulheres na comunidade, princi
palmente com o trato de doentes, na hospitalidade de refugiados e recepção de estudantes”.
O pastor sinodal Breno Carlos Willrich também deixou sua mensa gem. Ele refletiu sobre a importân cia da mulher nas comunidades de todo o Vale do Itajaí. Valorizou os grupos e, com o nome dos próprios
grupos, deixou uma mensagem de carinho, gratidão e testemunho.
A pastora Sinara Grellmann Kammers reforçou o Dia de As censão. Lembrou a promessa de Jesus, de que um dia Ele voltará e, para tanto, é preciso aguardar a sua volta ativamente, testemunhando o seu amor e servindo a Ele.
Núcleos do Norte Catarinense reúnem 1.160 mulheres
No dia da Ascensão, os grupos de OASE do Sínodo Norte Catari nense se reuniram nos três núcleos do Sínodo, elegeram as diretorias de cada núcleo e os ministros da orientação espiritual. O núcleo de Joinville reuniu 420 pessoas no restaurante Rudnick, com palestra do pastor vice-sinodal Marcos Aurélio de Oliveira sobre “ViDas em Comunhão”. Foram eleitas coordenadora do núcleo Marlene Koch e vice-coordenadora Carin Galsinski, e ministros orientado res diácona Nádia M. Dal Castel de Oliveira e o pastor Stefan Rui Krambeck.
O núcleo Jaraguá do Sul reuniu 560 participantes na Paróquia Bom Samaritano. A coordenação no núcleo ficou com Luzia M. Bruch,
Grupo de São Bento do Sul completa 80 anos
No dia 6 de maio, foi celebrado um culto de ação de graças pelos 80 anos do grupo Lídia Ruth, da comunidade de São Bento do Sul (SC). Participaram pastores que fizeram parte da história da OASE, ex-integrantes do grupo, os grupos de Rio Negrinho, Oxford, Bela Aliança, Fragosos, Campo Alegre e seus respectivos pastores.
Esteve presente o pastor sinodal Inácio Lemke, o pastor orientador da OASE do Núcleo Contestado Leomar Erlei Fenner, a presidente da Associação Venilda Rode, o 1º vice-presidente sinodal Elói Witt e esposa, o tesoureiro sinodal Vander Meier e esposa. Participaram o P. Werner Zischler e esposa, o P. Elpídio Carlos Hellwig e esposa Pª
O Culto iniciou com prelúdio e entrada de senhoras que levaram até o altar um banner registrando os 80 anos, seguida dos pastores Euclésio, Leomar e Inácio, ofician tes do culto. A mensagem e benção do pastor Inácio Lemke finalizaram a celebração. Em seguida todos seguiram para o salão da Comu nidade, onde 174 convidados ouviram a leitura do histórico do grupo seguida de um gostoso café de confraternização. Ao final todos ganharam toalhinhas bordadas a mão pelas mulheres.
tendo como vice-coordenadora Anegret Reinke Wudtke, ministro orientador o pastor Bernt Emmel e para ministra vice-orientadora a pastora Rosângela Radons.
Já o núcleo Contestado esteve reunido em Videira com 180 pes soas. A Coordenação da OASE do Núcleo Contestado para os próxi mos dois anos ficou com Elzi Maria Nogueira Hanschel e Clarice Maria Sander, com o apoio teológico dos pastores Armin Andreas Hollas e Cristiane Rubert. Foi um dia de encontros, celebrações e alegria por fazermos parte do Corpo de Cristo e podermos seguir dando testemunho de suas ações de amor, partilha, perdão e comunhão entre as mulheres que querem servir ao Senhor com alegria.
Seminário defende tempo para Deus e para o novo
No dia 14 de maio a Associa ção Wally Heidrich realizou um seminário no Lar Vila Elsa, em São Bento do Sul (SC), com 49 parti cipantes. A palestra apresentada pela pastora Marlete Stein Giese versou sobre o tema “Tempo para Deus, tempo para mim, tempo para o novo”, baseado no Livro de Rute. A meditação e o canto estiveram a cargo do pastor Ivário Giese. Os participantes saíram com cora ções alegres e cheios de esperança diante dos princípios norteadores contidos no Livro de Rute.
IX ASSEMBLEIA DA ASSOCIAÇÃO SINODAL DOS GRUPOS DA OASE
A Presidente da Associação Sinodal dos Grupos da Ordem Auxiliadora das Senhoras Evangélicas (OASE) do Sínodo Norte Catarinense, em conformidade com o Estatuto vigente, convoca a Diretoria, o Conselho Fiscal, as Coordenadoras dos Núcleos, Coordenadoras Paroquiais e Presidentes de Grupos, Pastor Sinodal , para a IX Assembleia Ordinária a realizar-se nos dia 12 e 13 de agosto de 2014 com início previsto para as 13h30min em primeira convocação, ou às 14:00 horas em segunda e última convocação, nas dependências da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana João pessoa, Rua Manuel Francisco da Costa, s/nº, Bairro João Pessoa, Jaraguá do Sul (SC), para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia:
1. Saudação e Leitura da Convocação
2. Reflexão e desenvolvimento do tema da Assembleia
3. Relatório da Presidente
4. Tesouraria – Prestação de Contas e Parecer do Conselho Fiscal
5. Apreciação do Orçamento para o exercício 2015
Alteração dos Artigos 10 e 12 do Estatuto da Associação
Eleição 8. Diversos 9. Encerramento Joinville, 30 de maio de 2014
“Se alguém me pergunta o que significa para mim meu retorno para Deus, e o que essa conversão me tem feito, como tem transformado minha vida, posso responder com toda since ridade e brevidade: significa tudo. Tudo se transformou em mim e ao meu redor. E para dizer com maior precisão, digo que tudo começou depois de ha ver encontrado Deus”. Assim escreve Tatiana Góricheva, escritora russa que diz ter crescido ateia.
Deus significa Tudo. E isso, mais uma vez, se confirma no Grupo de Apoio a Cuidadoras e Cuidadores, que desenvolvemos em Joinville. As reuni ões acontecem todas as quartas-feiras. Após muitas tentativas para encon trarmos o “lugar perfeito” para os en contros, com acessibilidade ideal para qualquer pessoa que nos procurasse, foi na sede do Sínodo Norte Catarinen se-SNC que encontramos esse lugar. A cada quarta-feira mulheres e, também homens, se reúnem para se acolherem, se ouvirem e se ajudarem. O grupo é coordenado por mim, que sou a pastora coordenadora do Departamento de Diaconia da Comunidade Evangélica de Joinville e a diácona Valmi Ione Becker, coordenadora do Departamento de Diaconia do SNC.
Na quarta feira, dia 19 de junho, o grupo teve um encontro especial fora da sala de sempre. Nos reunimos na casa de dona Verena. Ela quis inaugu rar seu apartamento que divide com o marido – que nem sempre a reconhe ce por causa da Doença de Levi –, uma cuidadora muito simpática, uma linda cachorrinha.
Na fala emocionada da filha: “Minha mãe está mais leve, encon trou um lugar para falar, desaguar suas dores, suas frustrações e suas limitações em relação ao cuidado com o marido”. Foi um depoimento sobre a importância desse apoio aos familiares diretamente envolvidos no cuidado com algum familiar doente grave, com deficiência, ou idosos.
A pessoa que precisa de cuidados acaba se vinculando com mais inten sidade com uma pessoa da família e essa pessoa acaba por se sobrecarre gar. A família “trata” o doente, muitas vezes, esquecendo que o familiar envolvido diretamente no cuidado (24 horas por dia, todos os dias, sem feriado, sem férias), corre riscos de adoecer psíquica e espiritualmente. A necessidade de um cuidado para si, muitas vezes, só é percebido quando essa já se sente totalmente esgotada.
O cuidado a quem cuida é ofereci do em clínicas, mas sem a dimensão espiritual. E essa é a grande diferença. Deus é Tudo, pois é pela fé que a pessoa é capaz de encontrar forças de seguir em frente quando a missão de cuidado que lhe foi designada ficar pesada demais. E ali no grupo apren dem que cada dia traz suas peculia ridades, seus sustos e dificuldades, mas também a certeza da maravilhosa presença do Deus do Cuidado.
DE CONVOCAÇÃO
Os encontros em Joinville, no Contestado e em Jaraguá do Sul.
Marli Seibert Hellwig, o Padre Car los Nicolodelli da Igreja Católica juntamente com alguns membros da mesma, Nivaldo Klein assessor de Comunicação do SNC e esposa.
O grupo jubilar recebeu seus convidados em culto seguido de café.
DIVULGAÇÃO
VERA CRISTINA WEISHEIMER é escritora, teóloga e ministra da IECLB em Joinville/SC
EDITAL
5120 O CaminhO ANO XXX - Nº 7 JULHO DE 2014MULHER6 REFLEXÃO Deus é tudo
ASCENSÃO
6.
7.
KRITISCH BEOBACHTET
Was ist Wahrheit?
P. em. FRIEDRICH GIERUS / Blumenau
Auf diese Frage könnte man ganz kurz und schlicht antworten: Wahrheit ist der Gegensatz zur Lüge. Eins schließt das andere aus! Lüge und Wahrheit sind wie Wasser und Feuer, beide lassen sich nicht vermischen. Wenn alle Menschen so denken würden, gäbe es nicht so viele Miss verständnisse. Die zwischen menschlichen Beziehungen würden nicht so belastet sein. Es gäbe weniger Streit. Dann gäbe es mehr Vertrauen untereinander. Aber wir wissen, in unserer Ge sellschaft funktioniert das nicht so. Die Lüge wie die Wahrheit sind manches Mal wie zwei Sei ten ein und derselben Münze. So nahe liegen sie beieinander. Ja, es geht noch weiter: Oft werden Wahrheit und Lüge bewusst miteinander vermischt, so dass man Schwierigkeit hat, sie voneinander zu unterscheiden. Wo hört die Wahrheit auf und wo fängt die Lüge an? Man kann auch hin und wieder hören, dass jemand nur die „halbe Wahrheit“ sagt, um etwas vorzutäuschen und sich selbst in ein besseres Licht zu stellen. Zum selben Zweck dient auch die sogenann te „Notlüge“. Sie wird moralisch als diplomatische Rechtfertigung begangener Fehler toleriert. Und wie viel wird bewusst gelogen, um jemanden zu scha den? Es gibt auch die versteckte Lüge. Man täuscht etwas vor, um sich Gewinne oder Vorteile zu verschaffen. Dabei denke ich besonders an den Bereich der Werbung und der Propaganda. Wenn alle Lebensmittel und Industrieprodukte so gut wären und die gute Qualität hätten, wie sie im Fernsehen oder im Radio dargestellt werden, dann gäbe es nicht so viele Beschwerden bei den Aufsichtsbehörden (Procon). Die Lebenserfahrung hat das so formuliert: Es ist nicht alles Gold, was glänzt.
Wir erleben gerade die Fuß ballweltmeisterschaftspiele bei uns in Brasilien. Auch da ist nicht alles Gold, was glänzt. Schon seit Wochen gibt es kritische Hinter fragungen dessen, was dem Volk da aufgetischt wird. Ohne Zwei fel sind bei uns die Menschen sehr dem Fußball zugetan. Und die Verantwortlichen rechnen damit, dass sich das fußballbe geisterte Volk blenden lässt und darüber all seine Not vergisst. Der Alltag wird gewiss wieder kommen mit all seiner Notdurft: der mangelnden Infrastruktur, des unzulänglichen Gesundheitswe sens und der unzureichenden Bildung in unserem Land.
Nun stehen uns auch noch die Wahlen ins Haus. In den vergan genen Monaten und Jahren waren die Zeitungen voll von Berichten über Korruption, Betrug und Selbstbereicherung von Politikern und Regierungsorganen, so dass es dem Volk schwer fallen wird, Kandidaten zu wählen, denen sie ihr volles Vertrauen schenken können. Es gehört sehr viel Differenzierungsvermögen dazu, bei der Wahl den Weizen von der Spreu zu unterscheiden. Das heißt nicht, dass man sich dann einfach zurücklehnen kann und alles seinen Lauf lässt, weil „man
ja sowieso nichts ändern kann“. Im Gegenteil: Wir müssen lernen zu unterscheiden zwischen der Lüge und der Wahrheit. Gewiss, es ist nicht immer leicht.
So ging es dem römischen Statthalter Pilatus. Die Anklage von Seiten der jüdischen Führer schaft, die Jesus als Gottes lästerer und römischen Staats feind denunzierte, konnte Pilatus nicht überzeugen, so dass er Jesus persönlich verhörte. Und als er Jesus nach seinem Selbstver ständnis fragte, antwortete dieser: Ich bin dazu geboren und in die Welt gekommen, dass ich die Wahrheit bezeugen soll. Wer aus der Wahrheit ist, der hört meine Stimme. Und Pilatus antwortete mit der Frage: Was ist Wahrheit? (Johannes 18.37-38)
Ja, was ist Wahrheit? - Gibt es Kriterien, die uns bei der Suche nach der Wahrheit behilflich sein können? Ja, es gibt sie. Denn Jesus sagt: Ich bin der Weg, die Wahrheit und das Leben (Joh. 14,6). Was er uns durch die Bots chaft seines Wortes und seines Handelns sagt, vermittelt uns Kriterien, wann, wo und wie wir uns zu verhalten und was wir in allen Lebenslagen zu tun haben. Wir müssen nur auf seine Stimme hören.
O que é verdade?
Poderíamos responder a esta pergunta de maneira simples e direta: A verdade é o contrário da mentira. Uma exclui a outra. Elas são como a água e o fogo, que não se misturam. Se todos pensassem assim, não haveria tantos mal-entendidos. As rela ções interpessoais não estariam tão sobrecarregadas. Haveria menos brigas. Haveria mais confiança mútua. Mas sabemos que isso não é assim em nossa sociedade. A mentira e a verdade muitas vezes são como as duas faces de uma mesma moeda, Tão próximas estão. E isso ainda vai muito mais longe: É comum que verdade e mentira são conscien temente mescladas, de tal modo que se tem dificuldades em diferenciar uma da outra. Onde termina a verdade e começa a mentira? Também tem hora em que se ouve que alguém está dizendo só “meia verdade”, para dissuadir e colocar a si mesmo numa posição mais confortável. A dita “mentira útil” também tem o mesmo objetivo. Ela é tolerada moralmente como justificativa di plomática para erros cometidos.
E o quanto se mente para prejudicar alguém? Há também a mentira oculta. A gente blefa para obter lucro ou vantagem. Penso aqui especialmente na publicidade e na propaganda. Se todos os produtos tivessem a boa qualidade com que são apresentados na TV e no rádio, não haveria tantas queixas junto ao Procon. A experiência de vida formula isso assim: Nem tudo que brilha é ouro.
Estamos bem no meio dos jogos da Copa aqui no Brasil. Também aí nem tudo que brilha é ouro. Já a semanas se questiona tudo o que é oferecido ao povo. Sem dúvida, nossa gente adora o futebol e os governantes con tam com o fato de que o povo apaixonado por futebol se deixa iludir e esquece todas as suas
carências. O dia a dia certamente trará de volta todas elas: a falta de infraestrutura, o atendimento deficitário à saúde e a educação insuficiente em nosso país.
Agora também as eleições estão diante das nossas portas. Nos últimos tempos os jornais estavam repletos de relatos sobre corrupção, logro e enri quecimento ilícito de políticos e órgãos do governo, de tal maneira que ficará difícil para o povo eleger candidatos em que possam confiar plenamente. É preciso muita capacidade de discernimento para separar o joio do trigo nas eleições. Isso não quer dizer que devemos simplesmente entregar os pontos e deixar tudo correr solto porque “nada muda do mesmo”. Ao contrário, precisamos aprender a diferenciar entre a mentira e a verdade. Isso por certo nem sempre é fácil.
Algo assim aconteceu com Pilatos. A queixa dos líderes judeus, que denunciava Jesus como blasfemo e inimigo do Estado romano, não convenceu Pilatos e o levou a interrogar Jesus pessoalmente.
Ao perguntar pela autocompreensão de Jesus, este respondeu: Vim ao mundo para dar testemunho da verdade. Quem é da verdade ouve a minha voz. E Pilatos pergunta: o que é a verdade? (João 18.37-38).
Sim, o que é a verdade? Há critérios que nos ajudam na busca pela verdade? Sim, eles existem. Pois, Jesus diz: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida (João 14.6). O que ele afirma através da mensagem da sua palavra e da sua ação, nos apre senta critérios de quando, onde e como devemos nos comportar e o que devemos fazer em todas as situações da vida. Somente deve mos dar ouvidos à sua voz.
OLHAR CRÍTICO
SYNODEN VALE DO ITAJAI U. NORTE CATARINENSE Evangelische Kirche Lutherischen Bekenntnisses in Brasilien-EKLBB
Tradução:
Clovis Lindner
Dennoch bleibe ich stets an dir; denn du hältst mich bei meiner rechten Hand, du leitest mich nach deinem Rat und nimmst mich am Ende mit Ehren an. Psalm 73, 23-24
DIVULGAÇÃO O CAMINHO
Wahrheit: Gibt es Kriterien, die uns helfen sie zu finden und zu leben?
Lieber Vater im Himmel. Schenke mir, dass ich die Worte des Psalmisten nachbeten kann, wenn Ängste oder gar Hoffnungslosigkeit über mich kommen. Nimm mir das Gefühl der Einsamkeit und lass mich gewiss sein, dass Du mich führst und bei mir bist, auch wenn ich es nicht spüre. Amen
5121 GEBET
JULI 2014 Jahrgang XXX - Nummer 7 MONATSSPRUCH
P.
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BOTSCHAFT
Neue Zeit für Gott
Dennoch bleibe ich stets an dir; denn du hältst mich bei meiner rechten Hand, du leitest mich nach deinem Rat und nimmst mich am Ende mit Ehren an.
– Psalm 73,23-24
Der Monatsspruch im Juli stammt aus den Psalmen: „Dennoch bleibe ich stets an dir; denn du hältst mich bei meiner rechten Hand, du leitest mich nach deinem Rat und nimmst mich am Ende mit Ehren an“ (Psalm 73, 23-24). In ihnen spiegelt sich unser ganzes Leben. Sie sind moderne Gedichte.
Ich bin ganz begeistert, wenn ich meine Enkelin an der Hand halte, und mit ihr zum Spielplatz gehe. An der Hand halten ist ein sehr persönlicher Moment. Unser Psalmbeter hält sich eher entfernt von den Menschen. Er hat viel auszusetzen an ihnen: „Sie reißen das Maul auf, weiter geht es nicht, / sie geben an und zeigen sich. / Sie haben auch noch Zulauf.“ Er schwankt in seinem Glauben, er schwankt in seinem Zweifel. Wa rum also überhaupt noch glauben? Der Psalmbeter ist tief verunsi chert, schaut auf das Leben der anderen, blickt zurück.
RATSCHLÄGE
Und er geht in den Tempel, um zu hören und zu beten. Sein Ortswechsel bewegt ihn zu einer anderen Sichtweise, zu einem an deren Denken und Glauben. Wenn wir gedanklich nur im Gewohnten bleiben, kann sich nichts ändern. Gott ist jetzt nicht mehr der fremde Gott. „Dennoch / bleibe ich immer
bei dir. / Du hältst mich fest an meiner Hand.“
Jetzt ist Gott nicht mehr der ferne Gott. Wir brauchen neue Zeit für Gott, damit er uns bekannter wird – nicht nur Zeit für das, was uns wichtig erscheint. Es ist dieses Dennoch, zu dem wir dann geführt werden, auf dem Weg zu Gott hin.
Das Leben gewinnen
1. Einen einfachen Glauben leben
Orientieren Sie sich an Jesus. Der christliche Glaube ist einfach. Nicht Dogmen und komplexe Lehrgebäude sind wichtig, sondern der schlichte Glaube, wie ihn Jesus vorgelebt hat. Jesus bringt es in der Bergpredigt als Verheißung auf den Punkt: „Glücklich seid ihr, wenn ihr arm seid, ... wenn ihr trauert, wenn ihr nachgebt, wenn ihr hungert und dürstet, wenn ihr barmherzig und gut seid, ... wenn ihr Frieden stiftet untereinander.“ Jesus fasste das Gesetz und die Propheten in der Goldenen Regel zusammen: „Alles nun, was ihr wollt, dass euch die Leute tun sollen, das tut ihnen auch!“
2. Aufmerksamkeit schenken
Jesus sagte: „Gib, und dir wird gegeben.“ Das ist ein einfaches Gesetz des Lebens. Wir können es jederzeit in unserem Alltag erfahren, indem wir uns fragen, was der andere in diesem Moment am meisten gebrauchen kann. Manche brauchen Aufmerksamkeit, ein nettes Gespräch, ein Lob, ein Lächeln oder eine Umarmung. Wer seinen Mitmenschen etwas gibt, wird es vom Leben schon sehr bald zurückbekom men. Es kostet nichts, der Frau an der Supermarktkasse oder dem Busfahrer ein Lächeln zu schenken.
3. Auf Vergleiche verzichten Vergleichen Sie sich nicht mit anderen. Natürlich kann man anderen Menschen gegenüber seine Bewunde
rung ausdrücken oder ihnen Respekt zollen. Eifersucht und Neid dagegen zerfressen den Geist, rauben Zeit und hinterlassen schlechte Gefühle. Es gibt nichts, weswegen Sie andere beneiden müssen, denn Gott hat Sie selbst reich beschenkt.
4. Verzeihen und vergeben
Damit schaffen Sie sich seelische Belastungen vom Leib. Die urchristliche Tugend der Vergebung ist das, was für eine funktionierende Gesellschaft no twendig ist. In der Politik, in der Familie, in Beziehungen. Fehler macht jeder, doch vielen Menschen fällt es schwer, um Verzeihung zu bitten. Eine nicht ausgesprochene Entschuldigung kann Menschen schwer im Magen liegen.
Wer jedoch die Kraft der Vergebung erlebt, weiß, wie sich Freiheit anfühlt. Überall, wo Vergebung geschieht, wird das Leben einfacher.
5. Sorgen abgeben
Man kann sich viele Sorgen machen - um die Zukunft, um gestern, um mor gen, um Kinder oder Eltern, um kleine und große Dinge oder auch unnütze Dinge. Doch Sorgen machen die Sache nicht besser, sie verändern nichts und rauben Energie. Das Evangelium gibt darauf eine klare Antwort: „Alle eure Sorge werfet auf ihn; denn er sorgt für euch!“ In diesem schönen Bibelvers steckt die Lösung. Das ist die maxi male Entlastung. Gott hat die Dinge im Blick. Wir können die Sorgen im Gebet benennen und Gott übergeben. Mit dem
Amen können wir gewiss sein, das nun alles in Gottes Hand liegt. Befreit von allen Lasten können wir das tun, was notwendig ist.
6. Einfach essen Unsere Ernährung hat große Auswi rkung auf unser körperliches, aber auch auf unser seelisches Wohlbefinden. Der Körper braucht nicht viel, er benötigt in der Regel weniger als wir den Tag über zu uns nehmen. Gesundes Essen steigert gleichzeitig das Wohlbefinden. Fisch, Olivenöl, Obst und Gemüse: Dass mediterranes Essen gesünder ist und den Körper weniger belastet, ist mittlerweile auch wissenschaftlich bewiesen. Man fühlt sich fitter, mobiler, aktiver.
7. Reparieren statt wegwerfen Leisten Sie Widerstand gegen die Wegwerfgesellschaft. Nicht alles, was kaputtgeht, muss durch einen Neukauf ersetzt werden. Vielleicht findet sich in Ihrer Familie jemand, der sich für klei nere Reparaturarbeiten zuständig fühlt. Notwendig ist ein Gefühl für Materialien und ein technisches Verständnis. In manchen Gemeinden bilden sich inzwis chen Reparatur-Netzwerke.
8. Sich einfach bewegen Bewegen Sie sich regelmäßig und strengen Sie sich dabei an. Dann werden Glückshormone freigesetzt, die guten Gefühlen den Weg ebnen. Wer statt Rolltreppen und Aufzügen die Treppe nimmt, bringt seinen Kreislauf in Schwung und schützt sich damit vor
TIERE IN DER BIBEL
Der Fisch
Aber der HERR ließ einen großen Fisch kommen, Jona zu verschlingen“ (Jona 2,1). Was war geschehen? Gott hatte den Propheten Jona aufgefordert, nach Ninive zu gehen, um dort gegen die Bosheit der Einwohner zu predigen. Doch Jona nahm ein Schiff, weil er in die entgegengesetzte Richtung fliehen wollte.
Da schickte Gott ein kräftiges Unwetter auf das Meer. Jona erkannte, dass dies Gottes Strafe für ihn war. Weil er die Schiffsbesatzung nicht gefährden wollte, sagte er zu ihnen: „Nehmt mich und werft mich ins Meer, so wird das Meer still werden“ (Jona 1,12). Gott lässt Jona allerdings nicht ertrinken. Der große Fisch rettet ihn. Nach drei Tagen und Nächten im Bauch des Fisches speit dieser den geläuterten Propheten zurück an Land, der nun seinen Auftrag erfüllt.
Obwohl der Fischfang in Israel ein weitverbreiteter Berufsstand war und somit unterschiedliche Fischsorten bekannt waren, benennen die biblischen Schriften die einzelnen Fischarten nicht namentlich. Deshalb wissen wir auch nicht, was für ein „großer Fisch“ den Propheten geborgen hatte: Ein Wal, ein Hai? Unterschieden wird nur zwischen reinen und unreinen Meeresbewohnern: „Alles, was Flossen und Schuppen hat im Wasser, im Meer und in den Bächen,
dürft ihr essen“ (3. Mose 11,9). Alle an deren Meerestiere wie Aale, Tintenfische oder Schalentiere werden dagegen als unrein betrachtet.
Der Ausdruck „Fische des Meeres“ steht häufig als Teil für das Ganze, für alle Bewohner des Lebensraumes Wasser (Vgl. 1. Mose 1,26). Im Neuen Testament kommen Fische besonders häufig in den vier Evangelien vor. Das hängt damit zusammen, dass sich Jesus lange Zeit am fischreichen See Genezareth aufgehalten hat.
Folgt mir nach; ich will euch zu Menschenfischern machen!“ (Markus 1,17). Mit diesen lapidaren Worten beruft Jesus die Brüderpaare Simon, den er später Petrus nennt, und An dreas, Jakobus und Johannes in seine Nachfolge. Damit wird neben dem Schaf auch der Fisch zu einem Symbol für die Gläubigen. Jesus macht seine ersten Jünger zu Fischern, die mit ihm und nach ihm Menschen aus dem Meer der Gottesferne für die christliche Gemeinde gewinnen.
Die Symbolkraft des Fisches wird in nachbiblischer Zeit noch verstärkt. Denn das griechische Wort für Fisch, nämli ch „IChThYS“, besteht aus den fünf Anfangsbuchstaben eines kurzen Glau bensbekenntnisses: „Jesus Christus, Gottes Sohn, Retter“. Das Fischsymbol wird zu einem Geheimzeichen, mit dem die verfolgten urchristlichen Gemeinden ihre Versammlungsorte kennzeichnen.
Reinhard Ellsel
Herz- und Gefäßkrankheiten. Wenn Sie zu Fuß unterwegs sind, kommen Sie der Erde näher. Sie können entdecken, dass „Gott die ganze Welt und alles, was auf ihr lebt, gehört“, wie es in der Bibel heißt. Auch regelmäßiges Joggen ist gesund. Es geht aber besser ohne Handy und GPS, ohne Pulsuhr, schrille Funktionskleidung, ohne Mu sik im Ohr, ohne Nährstoffbombe in Riegelform und teure Energiedrinks. Es reichen Laufschuhe, Hose, T-Shirt und Wasser.
9. Raum schaffen
Im Laufe der Jahre sammeln sich eine Menge Dinge an. Was davon brauchen Sie wirklich? Stellen Sie sich einmal vor, Sie müssten alles zurücklas sen. Was wäre wirklich unverzicht-bar? Es ist der erste Schritt, sich von über flüssigem Besitz zu trennen. Haben Sie ein schlechtes Gewissen, weil Sie all die
Dinge, die Sie in Ihrer Wohnung haben, nicht richtig wertschätzen können? Dann wird es Zeit auszuräumen und sich von unnötigem Ballast zu befreien. Bieten Sie die Bücher, die Sie nie mehr lesen werden, der städtischen Bibliothek an, nutzen Sie kostenlose Anzeigenblät ter, um Dinge gegen Selbstabholung zu verschenken.
10. Schöne Dinge weitergeben Geben Sie schöne Dinge aus Ihrem Besitz an die nächste Generation weiter. Solange Sie noch leben, haben Sie etwas davon: Sie gewinnen Platz und Sie erleichtern Ihren Angehörigen den Umgang mit Ihrem Nachlass. Bei interessanten Erbstücken können Sie noch eine Geschichte dazu erzählen. Sie können in den Tod nichts mitnehmen. Wo Sie dann sein werden, brauchen Sie diese Dinge nicht.
Helmut Frank (Sonntagsblatt Bayern)
Von ERICH FRANZ
Gemeindebrief
SuplementO Der Weg - O CaminhO ANO XXX - Nº 7 JULHO DE 20148 DER WEG
UNSERE
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5122
Um dia consagrado aos idosos
A OITAVA edição do Encontro Sinodal de Grupos, realizada no dia 3 de junho, um dia consagrado aos membros idosos das comunidades do Sínodo Norte Catarinense, com a presença de 560 pessoas. O En contro tinha o tema do Ano “Vidas e Vias em Comunhão”.
Após o lanche de chegada, a coordenadora da Pastoral do Idoso diácona Regina Krause saudou os participantes do encontro. Seguiuse a apresentação dos grupos com seus respectivos símbolos que os identificam, dirigido pelo pastor William Bretzke. A mensagem do pastor sinodal Inácio Lemke ba seou-se na multiplicação dos pães e Vidas e Vias em Comunhão.
O pastor William conduziu com
Núcleo Jaraguá faz primeiro encontro de instrumentistas
Um grupo de 51 instrumen tistas participaram do primeiro encontro de instrumentistas. no dia 31 de maio, na Paróquia Bom Samaritano, Comunidade Albert Schneider. O encontro foi dirigido pelos pastores Norival Muller, de Schroeder, e Elpídio Carlos Hellwig, coordenador de música do Núcleo. O grupo trocou ideias sobre expectativas, integração com outros grupos e participar em even
tos, elegeu Gilmar Baumann como participante do simpósio nacional de música em São Paulo, de 17 a 19 de julho em Campinas (SP). O encontro teve continuidade num culto, dirigido pelo P. Rolf Jatsch. A comunidade foi envolvida com a música que na parte da tarde havia sido trabalhada em conjunto. A comunidade vibrou com as con tagiantes melodias que tocavam ouvidos e corações.
a sua equipe o canto no culto, no horário do almoço e outros interca lados na tarde cultural dos idosos. O programa desenrolou-se com belas variações e, para fechar bem o mo mento cultural, o grupo Canto Feliz presenteou os participantes com lindas melodias. O encerramento após a oração de agradecimento e envio foi com um delicioso café.
Tínhamos múltiplos motivos para celebrar a festa da vida em comunhão, porque não há paradas na vida, não importa o quão longe tenhamos chegado. Foi um dia muito lindo de congraçamento e estávamos abertos para as dádivas de Deus que em sua graça nos convida para a comunhão mútua e com Ele.
Enchentes atingem Santa Catarina outra vez
P. Sin. INÁCIO LEMKE / Joinville
O que uma coisa tem a ver com a outra? Em princípio foi mera coincidência. Enquanto celebráva mos nas comunidades onde era pos sível, haviam outras, isoladas pelas águas dos rios que transbordavam. As chuvas que se precipitavam so bre a Região Norte Catarinense no sábado e domingo, 7 e 8 de junho, fez com que muitas famílias da Região tiveram que abandonar com urgência as suas casas.
Segundo informações da de fesa civil, 42 municípios de Santa Catarina foram afetados pelas chuvas, a maioria deles já decre taram situação de emergência ou de calamidade pública. No Sínodo Norte Catarinense, os municípios mais afetados em Santa Catarina foram Jaraguá do Sul, Guaramirim, Massaranduba, Schroeder, Corupá, Rio Negrinho, Mafra, Canoinhas e Porto União. Também no Paraná na área de abrangência do SNC foram atingidos os municípios de Rio Negro, Campo do Tenente,
Cruz Machado, União da Vitória, Colônia Amazonas e Porto Vitória entre outros.
Com a rápida intervenção da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Exército e cooperação da comuni dade foi possível evitar tragédia maior. Muita gente pode experi mentar a solidariedade concreta; tanto no ajudar como no receber. Assim formamos uma grande cor rente de solidariedade ecumênica e vidas em comunhão. Isso tem a ver com Pentecostes.
No Sínodo Vale do Itajaí tam bém houve estragos consideráveis, com as águas invadindo extensas áreas em municípios como Rio dos Cedros, Timbó, Pomerode. Blu menau, Benedito Novo e outros. Jasom de Oliveira, que atua na área indígena, apontou para a realidade dos moradores atrás do muro da barragem (veja à página 13).
As cheias motivaram a so lidariedade em muita gente. No domingo 15 de junho, Balneário Camboriú, organizou ajuda aos atingidos em Jaraguá do Sul.
Valores
Quando eu estudava Jornalismo, lemos um livro sobre o significado das palavras, cujo autor dava um exemplo interessante: imagine um pasto com um rebanho de vacas holandesas; elas são malhadas, e cada uma tem malhas diferentes das demais. Impossível dizer que são todas iguais. Se cada vaca é diferente das outras, o que dizer, então, dos seres humanos? Como julgar todo um grupo, se cada indivíduo é diferente de todos os outros?
Esse conceito não vale somente para comunicadores, que precisam ser precisos e objetivos em seu traba lho, mas para todas as pessoas. Não podemos generalizar nem pré-julgar os outros, sem conhecer os indivídu os. Opiniões são facilmente confun didas com fatos e transformadas em preconceitos pelos interlocutores, especialmente se estes forem crian ças que ouvem seus pais comentando sobre outras pessoas.
Inferiores, diferentes...
A partir do que ouvem, sem ex periência própria, os filhos absorvem preconceitos e os passam adiante, na escola, e, mais tarde, na vida, levando sofrimento e revolta a suas vítimas.
É difícil saber o que é “normal” numa cultura, porque esse conceito também é relativo. Antropófagos comem carne humana – para eles, é um ritual sagra do; em nossa cultura, causa horror.
Disfarces
Ultimamente, costumam-se masca rar nossos preconceitos com palavras e circunlóquios para disfarçá-los. Assim, quem é discriminado por ser considerado “fora dos padrões” recebe apelidos como “afrodescendente”, “cidadão da terceira idade”, “cidadão da classe C”, “portador de deficiência”, etc.
O preconceito continua lá, a exclusão é a mesma, só o rótulo mudou. Não se trata de mudar os rótulos, e sim, de conhecer nossos irmãos e irmãs e reconhecê-los como nossos iguais, filhos do mesmo Pai, que os criou.
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ANAMARIA KOVÁCS, jornalista e professora aposentada, em Blumenau / SC
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Cerca de 560 pessoas participaram do dia.
SOLIDARIEDADE
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O CaminhO ANO XXX - Nº 7 JULHO DE 2014 9ENCONTROS PASTORAL DA PESSOA IDOSA EM TEMPO
MÚSICA
Templo de Brusque é restaurado
UMA CELEBRAÇÃO es pecial marcou o fim do restauro do templo da Igreja Luterana de Brusque, Paróquia Bom Pastor, na manhã de Domingo, 27 de abril, em Brusque (SC). Mais de 600 pessoas participaram do culto de reinauguração, que re presentou um forte sentimento de gratidão. A pregação foi dirigida pelo pastor sinodal Breno Carlos Willrich. O resgate histórico e a liturgia do culto ficaram a cargo dos pastores Claudio Siegfried Schefer, Edélcio Tônio Tetzner e Christiane Plautz.
“O templo é sinal de espiritua lidade da comunidade. Quando nós valorizamos o templo, estamos va lorizando o espaço sagrado em nos sos corações. Isso é sinal de amor e gratidão por tudo o que já aconteceu na história desta igreja. Aqui nossos antepassados foram, nós fomos e nossos filhos serão filhos de Deus pelo sacramento do Batismo”, afir mou o pastor sinodal.
Após três meses de trabalho, a comunidade recebeu uma obra que contemplou a instalação da nova rede elétrica, iluminação moderna, som de maior qualidade, reboco e pintura impermeabilizantes, início da restauração do órgão de tubos, novas telhas e muitos outros de talhes. “Engenheiros e arquitetos,
Edifício em Balneário abriga capela luterana no hall de entrada
profissionais, lideranças e volun tários devolveram ao templo a sua beleza original. Somos gratos por cada pessoa que dedicou de alguma forma seus dons e talentos para o restauro deste templo”, comemo rou o presidente da paróquia, Ser gio Kuchenbecker. A obra custou em torno de R$ 600 mil.
“Nossos mais sinceros agra decimentos a cada doador e que Deus continue despertando em nós a fé Cristã, essencialmente comu nitária. Tantos doadores somaram esforços para a preservação do nosso patrimônio e fé comunitária. Família unida somos, família de Jesus; iluminados todos da mes ma santa luz”, alegrou-se o pastor Edélcio.
O templo é o segundo edifício mais antigo no centro de Brusque, inaugurado no dia 6 de janeiro de 1895. Em 1911 chegaram da Ale manha o sino e o relógio e em 1958 foi instalado o órgão de tubos com 1.200 flautas. Em 1978 recebeu a primeira grande reforma.
Para o pastor Claudio, a história da cidade e do município se interli gam. “O templo da igreja luterana é testemunha da história; é referência da cidade. Se você olhar as fotogra fias antigas, vai reparar que a igreja sempre está em evidência e serve como referência a todos”.
Cultura do medo
Foi inaugurado no dia 3 de junho, em Balneário Camboriú (SC), o edifício Tour Chapelle, com um diferencial que deverá transformar-se em novo marco turístico da cidade: a igrejinha luterana, construída em 1960 e tombada pelo patrimônio histórico municipal em 1998, foi mantida entre paredes de vidro, estará aber ta à visitação e poderá ser locada para eventos, como casamentos, batizados e outros.
A igrejinha da Rua 2.300, como ficou conhecida na cidade, foi construída graças à iniciativa de uma luterana de Curitiba, Berty Jensen que veio morar na praia em 1956. Ela bateu de porta em porta pedindo apoio para construir a igrejinha, que serviria como ponto de encontro para moradores e veranistas luteranos de Blumenau,
Pomerode, Brusque e Rio do Sul. Em 22 de janeiro de 1961 foi rea lizado o primeiro culto.
As características históricas da igreja foram preservadas, como a cruz talhada em madeira nobre pelo escultor Hermann Teichmann, o peculiar formato do telhado e o sino. Sobre a estrutura da capela, foram construídos os 29 pavi mentos do Tour Chapelle – nome francês que homenageia a presença da capela.
“Baseamos o projeto em obras da arquitetura de países europeus, principalmente, que interferem em construções históricas com o objetivo da revitalização e resgate do patrimônio cultural, aliando tecnologia, história e modernidade num só lugar, destaca Tero Nunes, diretor da Ciaplan, construtora do prédio inaugurado.
Hoje, mais do que em tempos passados, está em acelerado de senvolvimento a cultura do medo. A sociedade não conseguiu promover a cultura do bem-estar, da convivência pacífica, da fraternidade. O medo está tomando conta das pessoas, e isso não tem nada a ver com classe social, com prestígio social, com maior ou menor poder aquisitivo.
Hoje a cultura do medo nos faz desistir de muitas iniciativas, das mais simples às mais elaboradas. Por exemplo: sair de noite com amigas e amigos para sentar numa praça e conversar nem pensar! Viajar pelas nossas rodovias nos amedronta, porque podemos ser atropelados por motoristas embriagados. Ir ao banco para fazer um depósito ou retirar al gum dinheiro pode render um assalto à mão armada.
LELUT promove seminário de formação no Norte
HOMENS A Legião Evangélica Luterana -LELUT, realizou o Seminário de Formação e Liderança para legio nários dos núcleos no Sínodo Norte Catarinense. A finalidade foi debater os temas “Espiritualidade” e “Ge renciamento de grupos de trabalho e lazer”. Os temas foram abordados nos módulos Espiritualidade, Comu nicação, Administrativo, Financeiro e Cultural, Social e Lazer. O progra ma permitiu aos participantes identi ficar seus talentos e preparar-se para assumir funções na composição de diretorias dos núcleos e nos presbi térios das comunidades.
O seminário teve início no dia 5 de abril na Comunidade e Núcleo Cristo Salvador em Ja raguá do Sul, e foi concluído no dia 10 de maio, na Comunidade Barra Velha, Paróquia e Núcleo Piçarras. Participaram 39 legioná rios dos cinco Núcleos do Sínodo Norte Catarinense: Paz/Joinville,
Massaranduba, Piçarras, Cristo Salvador e Apóstolo Paulo/Jaraguá do Sul, e os grupos de homens das paróquias Ap. Tiago e Ap. João/ Jaraguá do Sul e da paróquia Cristo Bom Pastor/Joinville, que seguem no processo de oficialização como Núcleos LELUT.
Prestigiaram o evento e a sole nidade de entrega dos certificados aos participantes o presidente do Conselho Sinodal, Elemer Kroeger, e o pastor sinodal Inácio Lemke.
A impunidade alimenta essa cultura do medo, porque as pessoas que transgridem as leis, assaltando, assassinando, sequestrando, não permanecem atrás das grades. As prisões são consideradas escolas do crime, do banditismo. São poucas as pessoas que saem das prisões e tornam-se cidadãs, pessoas que aprenderam a viver de acordo com as leis que regem a convivência social.
Essas situações alimentam a cul tura do medo, pois o sistema judicial e as políticas públicas de segurança não produzem a situação que so nhamos: uma sociedade com menos violência, com menos assassinatos, com menos roubos, com menos as saltos. Enfim, a cultura do medo está nos encurralando em nossas casas e apartamentos, desacreditados de tudo e de todos.
Este livro nasceu do trabalho pastoral com pessoas afetadas pelo alcoolismo e do aprendizado com os grupos de Alcoólicos Anônimos.
O livro é constituído de quatro seções: uma introdução, que sistema tiza conceitualmente a problemática do alcoolismo; um enfoque pastoral; as vivências de uma pessoa alcoo lista e sua família; as maneiras de intervenção pastoral no processo de recuperação; duas peças de teatro: Do abismo à nova vida, versão teatral do livro, e Viva a farra!, que apresenta a problemática da alcoolização entre jovens.
PENSANDO
LIVRO DO MÊS
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JOÃO ARTUR MÜLLER DA SILVA, pastor, gerente editorial da Editora Sinodal, em São Leopoldo/RS
CRISTÓVÃO VIEIRA
Restaurado, o templo volta ao brilho original.
Maquete eletrônica da entrada do prédio com a capela.
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BEM
ANO XXX - Nº 7 JULHO DE 2014 PATRIMÔNIO HISTÓRICO
Santa Catarina tem primeiro encontro Diaconia em Rede
A FUNDAÇÃO Luterana de Diaconia-FLD e a Coordenação de Diaconia/Secretaria de Ação Comunitária/Secretaria Geral da IECLB promoveram, nos dias 5 e 6 de junho, o I Encontro da Diaco nia em Rede – Santa Catarina. O encontro foi realizado no Centro de Eventos Rodeio 12, com a par ticipação de 17 representantes de instituições diaconais vinculadas à igreja. A iniciativa integra o projeto Fortalecendo a Diaconia em Rede (http://www.diaconiaemrede.com. br), iniciada em 2011, que conta com o apoio das organizações Pão para o Mundo e Federação Lutera na Mundial.
A meditação de acolhida foi feita pela coordenadora interina de Diaconia da IECLB, Carla Jan drey, com base no texto de Mateus 24.13-35 – O caminho de Emaús –, que aborda a dimensão do cami nhar juntas e juntos. Muitas vezes, dificuldades e contratempos do dia
Grupo que participou do encontro da FLD/Diaconia, em Rodeio 12.
a dia impedem que as instituições diaconais se reconheçam na cami nhada. Da mesma forma como no texto bíblico, onde os discípulos que caminhavam com Jesus ape nas o reconheceram no momento do sentar à mesa e partir o pão,
as instituições diaconais poderão reconhecer-se mutuamente a partir de momentos nos quais possam compartilhar suas experiências.
O Dr. Leandro Hofstätter, de Joinville, abordou o tema Impli cações da Teologia Luterana para
a Diaconia, atualizando algumas discussões da época de Lutero. Ele também falou sobre as implicações da diaconia cristã em um contexto permeado pela concepção de boas obras como forma de salvação.
Hofstätter não se ateve apenas às questões religiosas, mas apre sentou a realidade política e social da época. Alertou sobre os riscos de uma ação assistencialista, que pode erroneamente ser confundida com a verdadeira ação diaconal da igreja. “A diaconia deve ter o espaço comunitário da igreja, o culto, entre outros, como locais de fortalecimento”, afirmou.
Na sexta-feira, a coordenadora programática Marilu Nörnberg Menezes conduziu uma dinâmica e os representantes puderam discutir sobre vulnerabilidade e fortalezas das instituições. Foram planejadas formas de atuação da rede e defini do o grupo gestor para a organiza ção dos próximos encontros.
Encontro de Diaconia entra na cozinha de Katharina
Os Sínodos Centro-Sul Catari nense, Vale do Itajaí e Norte Catari nense, apoiados pela Secretaria da Ação Comunitária-Coordenação de Diaconia da IECLB promoveram, entre os dias 31 de maio e 1° de junho no Centro de Eventos Rodeio 12, o terceiro Encontro Intersinodal de Diaconia.
O Centro de Eventos só tem capacidade para acolher 120 pesso as para pernoite. Pois se somaram a esse número mais 32 irmãs e irmãos e foi preciso muita criati vidade, boa vontade, solidariedade e jeitinho para atender todos que vieram participar do evento.
O tema trabalhado no En contro Intersinodal de Diaconia foi “Katharina von Bora e sua Ação Diaconal”. A assessora foi a Diác. Dra. Márcia Paixão que, de imediato, vestiu um avental. Que cena bonita perceber a professora Márcia mexendo em louças na cozinha da Katharina. Foi a partir deste cenário que ela encantou com sua fala. Aquela cozinha tinha sido
um local de encontros em que se produziu comida para o corpo e para a alma; em que uma ousadia teológico-diaconal foi verdade a partir de uma mulher, que de sempenhou papel importante na Reforma da igreja.
Todos os participantes sim plesmente degustavam as palavras servidas. O grupo era constante mente provocado por perguntas e afirmações que desassossegavam, desacomodavam e instigavam à reflexão. Para a Dra. Márcia, o diaconar da esposa de Lutero sempre foi um desafio. Ela nos animou a fazermos Teologia, a discutir sobre a vida nos espaços
privados das nossas cozinhas, tanto com os amigos como com nossas famílias.
Depois de tudo, cada partici pante tinha a chance de escolher uma oficina para crescer nos con ceitos do serviço cristão. Havia cinco opções: Ações diaconais das mulheres na reforma; Como formar grupos de enlutados; Cui dando de quem cuida; Impulsos para o trabalho com pessoas idosas e Diaconia transformadora e justi ça de gênero.
À noite o grupo confraternizou com música e ludicidade, momento que a musicista Elisiana e o mu sicista Marciel conduziram com maestria. O ambiente se encheu de alegria. Todas as pessoas se diver tiam. Foi bonito vivenciar aqueles momentos de descontarão.
A noite não encerrou ali, tinha mais. A equipe organizadora suge
riu às pessoas inscritas no evento que trouxessem alguma comida típica de sua região para comer ou beber. Era hora de ir literalmente para a cozinha e preparar as boas comidas e bebidas que seriam co locadas sobre a “Mesa da Kathari na”. A mesa foi se enchendo com frutos do mar, bolos, pães, lingui ças, licores, cervejas, um barril de chope, vinhos, empadinhas, pasteizinhos, sanduíches e doces. Quanta comunhão! A música nos envolvia e entusiasmava.
Nesses dias parei para pensar e imaginei a festa de casamento em Canaã. Jesus participou dela con tribuindo com vinho. Na avaliação do evento uma mulher frisou que saía dali reabastecida, e isso fisica mente, espiritualmente e emocio nalmente. Eu sonho comunidade assim como eu pude viver aqui. Eu saio feliz deste encontro.
A diaconia da IECLB e a OASE da IECLB têm uma história de íntima relação. As raízes desta história estão na Alemanha. O Superintendente Geral da Igreja Evangélica na Westfá lia, o P. Wilhelm Zöllner, ao receber cartas de pastores da América do Sul solicitando insistentemente o envio de diaconisas para as comunidades, propôs a criação de uma Casa Matriz de Diaconisas para o Exterior.
O P. Zöllner sabia, porém, que o envio de diaconisas ao exterior exigia também a criação de condições para a manutenção do trabalho delas. Foi por isto que propôs a criação, em 1908, da “Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas para o Exterior”.
Zöllner não se limitou às iniciati vas na Alemanha. Tinha a convicção de que as comunidades no Brasil também podiam criar as suas OASEs. Por esta causa ele se empenhou pessoalmente quando veio ao Brasil, em 1910: viajou pelas comunidades dos sínodos e pregou a necessidade desta modalidade de diaconia de tempo parcial.
Formação diaconal
Zöllner também previu a neces sidade da formação de diaconisas no Brasil. Por isso, adquiriu, em 1910, uma área de terras em São Leopoldo, onde, mais tarde, deveria ser cons truída uma Casa Matriz de Diaconisas.
Entretanto, houve mudanças de planos: em lugar da construção de uma casa em São Leopoldo, optou-se pela construção do Hospital Alemão (Moinhos de Vento), em Porto Alegre, que também serviria de base para as irmãs. Mais tarde, OASE e irmãs adquiriram nova propriedade em São Leopoldo, onde iniciaram as ativida des da Casa Matriz de Diaconisas em 1939. Em 1956 foi inaugurada a nova casa da irmandade brasileira junto ao Morro do Espelho.
O avental
Toda a história da ação diaconal na IECLB, outra coisa não quer ser do que testemunho prático da misericór dia de Deus em relação às pessoas que se encontram em situação de fragilidade. Vestir o avental do serviço ao próximo é o que a Igreja faz em obediência ao próprio Cristo que, após lavar os pés dos discípulos, disse: “Assim como eu vos fiz, façais vós também” (João 13.15).
Irmandade e OASE
DIACONIA NA IECLB
NILSON WEIRICH
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RODOLFO GAEDE NETO, Doutor em Teologia, coord. Bacharelado em Teologia da Faculdades EST, São Leopoldo (RS)
O Centro de Eventos Rodeio
12 ficou pequeno para receber todos os participantes do encontro.
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5125 O CaminhO ANO XXX - Nº 7 JULHO DE 2014 IGREJA EM AÇÃO 11 DIACONIA
REFERÊNCIAS
Diác. VALMI IONE BECKER / Joinville
Parceria impulsiona novos ventos
BINÓCULO na mão, miran do o horizonte, um frísio pode preparar-se para uma visita duas semanas antes que ela chegue. É o ditado popular na Frísia do Norte-Alemanha, uma região de intermináveis pradarias costeiras, em que o vento corre solto e move milhares de imensos moinhos de energia eólica. As maiores eleva ções na costa do Mar do Norte são engenharia humana. Infindáveis diques impedem o mar de invadir ainda mais terra como no passado, arrasando campos, gado, gente e cidades. Erguidos desde o século 13 e em constante elevação, os diques são testemunhas da determinação de um povo em preservar o que é seu, com comovente amor à terra.
Nessa paisagem estranha para quem vem do montanhoso Vale do Itajaí, um grupo de brasileiros passou duas semanas de intensas experiências eclesiais. A visita, entre 7 e 23 de maio, integrou a par ceria do Sínodo Vale do Itajaí com o Kirchenkreis Nordfriesland, e tinha como tema a sustentabilidade. O grupo era integrado pelos pastores Breno Carlos Willrich (sinodal), Jorge Kuhn Hirt (Benedito Novo) e Clovis Horst Lindner (Galo Verde); a auxiliar administrativa Ivanete Bruns (Brusque), a secretária paro quial Silvana Kindel e a profissional de Informática Karina Marquardt Willrich (ambas de Blumenau).
Vento e mar – A paisagem do litoral norte da Alemanha marcou a delegação brasileira por sua extra ordinária lição. Mais do que mover moinhos, o vento lança as águas do Mar do Norte com fúria regular con tra o continente, arrasando tudo.
As visitas às ilhas de Nords trandischmoor, Hallig Hooge e Pellworm revelaram o significado extremo do conceito sustentabili dade. No passado, todas elas eram parte do continente. O mar levou tudo, até vilas inteiras, menos a persistência em ficar e a disposição de recomeçar. “Ouviram os sinos tocando? Vocês acabaram de passar por cima de uma vila que o mar levou”, gracejou o presidente da comunidade luterana de Pellworm, quando atracamos na ilha.
A igreja de Hallig Hooge –erguida sobre uma das muitas
Warften (elevações artificiais para manter as construções fora d’água)
– é um quebra-cabeças de diversos outros templos destruídos pelo mar há séculos. Enquanto os homens caçavam baleias, as mulheres reergueram o templo e as casas, mantendo a esperança e o lar.
A ilha de Pellworm tem 34 Km2 e 1.200 habitantes. Fica mais de um metro abaixo do nível do mar, é cercada por um dique e não recebe um único quilowatt de energia do continente. O cabo sub marino serve apenas para exportar o excedente. Tudo é produzido na própria ilha, com energia solar, eólica e biogás.
Além de pastagem para o gado, as áreas inundáveis de todas as ilhas são um estratégico entreposto de abastecimento e descanso para milhões de gansos selvagens a caminho da reprodução na Sibéria. Para a natureza, um espetáculo; para os agricultores, uma verda deira praga; para os caçadores, um alvo fácil e proibido.
Sobre os diques cobertos de ver de pastam milhares de ovelhas. Sua principal tarefa é impedir que o mar os destrua. Numa ruminante sanha carpideira, suas bocas são roçadeiras
e suas patas milhares de pequenos socadores, firmando a terra.
Os exemplos de determinação na luta por sustentabilidade não se esgotam. São lições perenes do que fazer para recuperar o que a humanidade destruiu da Criação de Deus. É preciso erguer diques de preservação ambiental contra os tsunamis da destruição ambiental, lançados contra a natureza pelos ventos da ganância descontrolada da humanidade ao longo de séculos de exploração predatória.
Galo Verde – Sustentabilidade não é apenas mais um tema. É con fessionalidade que compromete o próprio credo. Toda a igreja da Ale manha está envolvida até o âmago nesta causa. O Kirchenkreis Nordfriesland elaborou um programa maçudo, de mais de 350 páginas, com cada detalhe do ambicioso projeto que quer levar a igreja à emissão zero de CO2 em 2050.
Ambicioso e complicado, ainda mais numa igreja que tem 80% de seus templos – alguns com mais de 900 anos – e 60% de suas casas pastorais tombados pelo patrimônio histórico e cultural da Alemanha. Prover aquecimento
e isolamento térmico sustentável em prédios assim não é exatamente uma tarefa fácil, nem barata.
O fato de o Galo Verde ser desconhecido naquelas terras de ventos enfurecidos, não significa que as suas boas causas não sejam contempladas. Ele chegou ali pela mão do grupo de brasileiros, cuja passagem levou ao Norte ninguém menos que Reinhard Benhoefer, o maior especialista em Galo Verde na Alemanha, que atua na igreja de Hannover.
Aquelas 350 páginas são um evidente testemunho de que a causa ambiental é um tema eclesiástico prioritário também no Norte da Frísia. Os impulsos vindos do Galo Verde e desse projeto frísio darão pano para manga no Vale do Itajaí.
“A principal lição que fica é a necessidade que temos no Brasil de planejar com maior cuidado e de manter o foco principal, sem nos perdermos em detalhes e ini ciativas menores, embora também importantes”, resumiu o pastor sinodal Breno Willrich. “Temos a tendência de nos empolgar com pequenas iniciativas que acabam desfocando o todo”, completou.
De fato, séculos de paciente luta contra o vento e o mar ensi nam determinação e planejamento sólido. O conjunto salvou a obra. Se aquela gente tivesse apenas erguido diques ou somente amon toado Warften para salvar casas e igrejas, teria perdido a luta contra vento e mar. Era necessário pensar também nas ovelhas, no vento gi rando milhares de hélices e no sol aquecendo milhões de placas.
Agora, é possível reduzir tam bém o impacto do progresso con quistado por meio dessa secular luta, a partir da convicção de que a Criação é de Deus, mas a responsa bilidade é nossa. A igreja, na Ale manha e no Brasil, tem o grande desafio de dar o exemplo em lugar de apenas bons discursos.
Não há dúvida que esta visita foi bem preparada e aproveitada. Não somente por conta do binóculo dos frísios, mas por conta de sua secular determinação em não ficar assistindo de braços cruzados ao desenrolar da história. Estamos contagiados por isso e Deus há de nos ajudar a transformar essa força em ventos que impulsionam as hélices da determinação.
Pastor! Sempre ouço o sr. se reportar às pessoas com mais de 65 anos como sendo da “Terceira Idade”. Não seria melhor nomi nar este povo como da “Melhor Idade”?
IRMA COELHO (por e-mail)
Diálogo complicado
Querida Irma! Outro dia ouvi o diálogo de uma filha e uma mãe mais idosa: - Mãe! Eu retiro estas sacolas do porta-malas do seu carro! - Que é isso filha? Estás me chamando de velha? Pensas que eu não tenho mais forças?
Note que a filha que se ofere ceu para ajudar só queria o bem de sua mãe. Já a sua mãe “ouviu” nesta oferta de ajuda que ela era incapaz de fazer qualquer esforço, por causa de sua idade avançada. O mesmo acontece com crianças e pré-adolescentes quando se lhes diz: - “Vocês ainda precisam crescer para fazer isto ou aquilo.”
Força na Fraqueza
Não gosto do termo “Melhor Idade”. Quem se reporta desta forma às pessoas idosas está deixando a impressão que a velhice tem a ver com o adven to de alguma doença; com um estado de espírito que precisa ser escondido para que se seja mais bem aceita; aceito na sociedade. Creia! Não há nenhuma vergonha em se ser idosa ou idoso. Há, isto sim, dignidade e pura graça.
Cuidado, amigas e amigos, lei toras e leitores de O Caminho que vivem entre os 20 e o final dos 50 anos. Vocês não serão pessoas poderosas e fortes por toda a vida. Verdadeiramente fortes são as mulheres e os homens que sabem admitir as suas fraquezas. Ah! Prá terminar: Diga Terceira Idade. Soa melhor! Abraços!
de
186 - Estr. Blumenau, 3.860 89160-000 RIO DO SUL / SC - Fone (47)3531-9000
Melhor idade?
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RENATO LUIZ BECKER, pastor na paróquia Itoupava Central, em Blumenau / SC
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P.
O grupo de brasileiros e brasileiras que viajou à Alemanha em maio.
O CaminhO
ANO XXX - Nº 7 JULHO DE 2014GERAL12 A VIDA ENSINASUSTENTABILIDADE
Símbolo
Confiança Caldeiras, máquinas e equipamentos industriais Caixa Postal,
CLOVIS HORST LINDNER / Blumenau
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A cidade na perspectiva indígena
O COMIN-Conselho de Mis são Indígena realizou um seminário aberto sobre o tema da IECLB “Vi Das em Comunhão”, apoiado pelo Lema bíblico: Procurai a paz da ci dade para onde vos desterrei e orai por ela ao Senhor, porque na sua paz vós tereis paz (Jeremias 29.7), numa perspectiva bíblico-teológica e indígena. Como assessores, pa lestraram o P. Dr. Carlos Dreher e o cineasta guarani do projeto Vídeo nas Aldeias, Ariel Ortega, da região das Missões.
Muito diferente das cidades de hoje, a cidade na Bíblia é uma coxilha fortificada, onde moram o rei, os funcionários da corte e o exército, os funcionários da religião e os comerciantes. A cidade vive da exploração do campo ao seu redor, através da cobrança de tributos. Sua formação está vinculada ao proces so de passagem de uma sociedade tribal para uma sociedade de Esta do. A Bíblia tem uma postura muito crítica a essa cidade. Os profetas em geral nada lhe concedem de bom. Nessa mesma tradição, Jesus diz “Ais!” sobre as cidades e chora sobre Jerusalém.
Uma abordagem diferente veio do cineasta indígena Ariel Ortega que exibiu o documentário de 2008 – “Duas aldeias: uma caminhada” –, produção que mostra a realidade do povo Guarani em Porto Alegre e em São Miguel das Missões. Na película, o cineasta revelou que a diminuição drástica da floresta e dos rios impede os índios de caçar e pescar, obrigando-os a depender da venda de artesanato nas cidades.
“A cidade corresponde a uma realidade estranha para os povos da floresta”, afirmou o professor da aldeia Ikolen, em Rondônia, Zacarias Kapiar
Gavião que, nos dias 28 e 29 de maio, participou do seminário. Ao descrever a experiência de morar e estudar em Porto Velho (RO), Gavião disse que o seu apartamento era protegido com grades de ferro, o porteiro do prédio o advertia diariamente sobre os perigos de sair para rua à noite e comentava sobre casos de violência.
Na avaliação de Gavião, a al deia indígena representa um lugar onde as pessoas podem usufruir efetivamente da sua liberdade, um lugar que convida ao olhar no olho do outro, onde as pessoas se conhecem e vivem em interação.
“Na cidade tudo é controlado, as coisas todas são industrializadas e as pessoas não olham para você, elas simplesmente não te enxergam ou, quando olham, parecem assus tadas”, desabafou.
Cacica Guarani da Aldeia Gen gibre da Terra Indígena do Guarita, em Erval Seco, Teresa Fernandes compartilha das ideias de Gavião e também considera a aldeia um lugar onde se pode viver em liberdade. “Na aldeia a gente acorda, prepara o chimarrão, senta ao redor do fogo, e os avós dão conselhos aos seus filhos e netos”, descreveu.
Ao longo do dia, disse Teresa, os homens saem para caçar e pescar enquanto as mulheres preparam as refeições, principalmente a batata, a mandioca e o peixe. Se na aldeia as pessoas se conhecem, relatou a caci ca, nas cidades existem muitas pes soas que compartilham um mesmo lugar, mas que não se conhecem.
A coordenadora pastoral e pro gramática do COMIN, Renate Gierus, explicou que o seminário procurou oferecer indicativos para que a paz e a comunhão sejam pos síveis na cidade, lugar fortemente marcado por práticas individualistas, materialistas e consumistas.
As enchentes e o outro lado da Barragem Norte
É de conhecimento e angústia de todos a situação de muitas cidades frente às chuvas. Até a metade de junho, 42 cidades foram atingidas, sendo que 30 decretaram situação de emergência. Nessa triste lista mais um nome precisa ser adicionado, que por inúmeras vezes é ignorado e que tem papel fundamental para que a tragédia não seja pior: o outro lado da barragem.
A Barragem Norte, em José Boiteux (SC), é uma das três que controlam o Rio Itajaí-Açu, para minimizar a quantidade de água que chega às cidades do Vale. Atrás deste muro têm em torno de 640 famílias que vivem na Terra Indígena Xokleng-Laklãnõ e são afetadas sempre que há excesso de chuvas na região.
Desde o início em 1972, os im pactos da barragem são imensurá veis e se repetem a cada enchente. As promessas de indenização e os protocolos de compensação foram
cumpridos em parte. Entretanto, o diretor de Respostas aos Desastres da Secretaria de Estado da Defesa Civil, James Rides da Silva, afirma que a comunidade Xokleng já foi indenizada pelo alagamento das terras. No entanto, basta uma vi sita para confirmar que as estradas de acesso ficam submersas, casas ficam alagadas, aulas continuam sendo canceladas, aldeias ficam isoladas e outras consequências
que atentam contra a vida da co munidade indígena.
Nesta última cheia, foram con tabilizadas quatro aldeias isoladas, sete aldeias sem água potável, risco de deslizamento, seis casas inundadas e uma casa que desmo ronou. As quatro principais ruas de ligação entre as aldeias foram dani ficadas e/ou submersas e continu am intransitáveis. As crianças não têm acesso à escola, trabalhadores
têm dificuldades para ir trabalhar. Segundo a Cacique Presidente da Terra Indígena, Cintia Nubia M. Machado, no ano passado a Aldeia Toldo ficou isolada por 40 dias.
Entre as casas erguidas dentro da área alagável, estão as casas que o próprio Estado ergueu como medida compensatória e outras já foram condenadas pela Defesa Civil. Oficialmente existem catorze casas condenadas.
Em novo protesto, cerca de 200 pessoas estão mobilizadas em fren te à casa de máquinas da Barragem Norte, protestando. O objetivo é cobrar o que foi acordado com os órgãos públicos e não foi cumpri do. Bazilio Lili Priprá, cacique da Aldeia Barragem, afirma que é pre ciso deixar claro que a comunidade indígena não é contra a Barragem Norte, pois tem consciência de quantas vidas ela protege no Vale do Itajaí. Mas chama a atenção que outras vidas também precisam ser respeitadas e protegidas, as da terra indígena Xokleng-Laklãnõ.
Um Brasil fora de foco
Nos dias que antecederam a Copa do Mundo, o Brasil exibiu uma imagem desfocada. Por conta de uma imprensa ávida por sensacionalismo, jornais estran geiros e tupiniquins publicaram uma série infindável de matérias que passaram muito longe do gol.
Textos e imagens mostravam um país lotado de corruptos, vio lento, pedófilo, criminoso, cheio de pobres sem saída e de men tecaptos que babam feito loucos quando veem uma bola. Falava-se de inimagináveis milhões nas ruas em protesto, de uma economia à beira da bancarrota e de um país em que absolutamente nada funciona direito. Visitá-lo na Copa seria uma verdadeira furada.
Meias verdades
Embora algumas informações estejam corretas – e como qual quer outro país do mundo o Brasil também tem problemas –, houve muita superficialidade, fantasia e até mentira.
Aos poucos, porém, a língua longa tem perna curta. Os pró prios turistas viram outro Brasil, muito longe daquele descrito pelo Spiegel, pelo Financial Times e por diversos periódicos nacionais. Em meio a uma copa que transcorreu linda, redonda e calorosa por conta da típica simpatia nacional, a imprensa do mundo se rendeu e rasgou elogios. Em suma, passou vergonha quem disse o contrário.
Mais sobriedade
Mas é verdade também que lá fora falaram muito porque aqui dentro não medimos esforços para lavar a roupa suja no meio da praça. Assim, nem há como protestar contra tanta notícia ruim sobre o nosso país no exterior. Nós é que espalhamos tanta panfletagem incendiária.
5127 O CaminhO ANO XXX - Nº 7 JULHO DE 2014 FÉ E VIDA 13 TERRA BRASILIS Nosso país pode e deve ser melhor, mas o caminho só nós mesmos poderemos traçar e trilhar. Um bom começo será parar de alimentar essa enxurrada de e-mails estúpidos que enchem nossa caixa postal e passar a olhar a realidade com um pouco mais de sobriedade e seriedade e, então, começar a mudar as coisas nas urnas. As eleições estão aí, e é bom que votemos bem.
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CLOVIS HORST LINDNER, pastor, diretor de redação d’O Caminho, em Blumenau / SC
CARTÃO POSTAL
COMIN
O cineasta guarani Ariel Ortega durante sua palestra no encontro.
O
JASOM DE OLIVEIRA / Blumenau
Casas e estradas inundam, aldeias ficam isoladas e indígenas sofrem.
JASOM DE OLIVEIRA
Jorn. MICAEL V. BEHS / São Leopoldo
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CAMINHO
Cem anos de comunidade em Jaraguá do Sul
ASSIM COMO a letra vai sumindo do papel amarelado pelo tempo, a memória também fica mais lenta e confusa. Mas reunin do as poucas fotos da época com algumas preciosas lembranças de quem já viveu muito, vamos contar a história de fé de uma comunidade construída e recons truída por homens e mulheres abençoados por Deus. Na época, Itapocuzinhostrasse. Eram tempos onde estradas eram caminhos nada fáceis, mas percorridos na certeza da companhia do Senhor.
Em 27 de junho de 1914, 25 pessoas e uma escola denominada escola-igreja, reuniam num só lu gar o conhecimento e a fé. Não há alicerce melhor para uma história de sucesso. Hoje ali é o cemitério, onde nas lápides podemos ler os nomes de muitos que participaram dessa caminhada.
No calor do verão, no frio do inverno, sol ou chuva, era montado num cavalo que o pastor Ferdi nand Schlünzen fazia o percurso de Brüderthal até a escola-igreja para realizar os cultos. A primeira criança batizada na escola-igreja,
em 24 de outubro de 1915, foi Elise Eggert Jahn. Dos 100 anos da comunidade, Dona Elise viveu 94, acompanhou quase toda a trajetória, percorreu quase todo o caminho, chega aos 100 no coração e na memória de muitos.
O primeiro presidente da comu nidade foi Ferdinand Sacht. E assim se passaram mais de 20 anos, até que os membros Franz Klebber e a esposa Frida Friedemann Klebber doaram um terreno onde foi constru ída a Igreja. A inauguração foi em 6 de fevereiro de 1938, agora com 35 famílias-membro e o pastor da época
era Richard Hermann Waidner. A festa foi realizada no salão da socie dade João Pessoa. Também na época houve a inauguração dos sinos. O altar era um baú de madeira e um quadro adquirido pelo pastor Waid ner na Alemanha, que ainda hoje se encontra no altar da igreja.
A comunidade cresceu, a antiga igreja ficou pequena e a rua já encos tava nos primeiros degraus. Era che gada a hora de arregaçar as mangas e buscar recursos para uma nova igreja. A tristeza de ver no chão a igreja antiga foi substituída pela alegria no dia 3 de dezembro de 1978, quando foi inaugurado o novo templo.
Passaram 100 anos de lutas, alegrias, tristezas, construções e mais construções; mas o mais impor tante, a comunidade cada vez mais numerosa. Na época da escola-igreja eram 25 membros, na inauguração da igreja antiga já eram 35 famílias, na inauguração da igreja nova eram 116 e hoje são 363 famílias.
É uma história de muita fé. Toda gratidão aos que estiveram nessa caminhada, que ficaram no cami nho e aqueles que chegaram. Prin cipalmente, toda gratidão a Deus, que fez daquele caminho onde só passavam alguns uma estrada onde muitos podem passar.
Narração musicada dos jogos da Copa
COPA DO MUNDO E IGREJA lotada parece ser uma receita que não dá muito certo. Mas numa igreja de Berlim, capital da Alemanha, esta máxima parece desmoralizada. Desde o dia 13 de junho, na parti da Espanha x Holanda, a igreja está sempre lotada durante os jogos da Copa. O segredo é o organista Stephan Graf von Bothmer (42 anos).
Ele acompanha os jogos no enorme órgão barro co da igreja de Emaús, improvisando tons e acordes que buscam descrever sensações diante das jogadas, que são reproduzidas numa enorme tela dentro da igreja. Já no passado, durante a Eurocopa, ele reunia mais de 600 apaixonados fãs do futebol musicado no templo a cada jogo.
Compositor, pianista e organista, ele sabe o que está fazendo, pois é o maior especialista da Alema nha em criar linhas melódicas para filmes mudos. O resultado é que ele sempre enche a igreja. No
começo até ele era um cético quanto ao resultado, já que num jogo ao vivo é muito mais difícil estabelecer uma curva emocional clara. Agora, não faltam con vites também em outras igrejas. O ingresso é livre, mas no final a coleta vai para Bothmer.
Para ele, não se trata de transformar o futebol numa religião. Mas também não se deveria demoni zar o esporte mais popular do mundo, ele acredita.
Pa. ROSANGELA FENNER / Jaraguá do Sul
A comunidade diante da Igreja-escola no ano de 1933.
A comunidade celebra o centenário, em culto especial.
O CaminhO Palavras Cruzadas Criação: Irineu Walmor Wolf 5128 ANO XXX - Nº 7 JULHO DE 2014EM FOCO14 ENTRETENIMENTO Criação: Irineu Walmor WolfHERMANO CORTÉS CURIOSIDADES DA FÉ COMUNIDADE JOÃO PESSOA-APÓSTOLO TIAGO
Criação: P. Irineu Valmor Wolf DIPLOMATA FM 105,3 MHZ BRUSQUE (SC)www.diplomatafm.com.br A MELHOR E MAIS COMPLETA 24HS José Luis Cortés em www.periodistadigital.com
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IECLB manifesta mal-estar ao CLAI
O CONSELHO LatinoAmericano de Igrejas-CLAI, na última reunião de sua Junta Dire tiva em maio, decidiu abrir mão da função de secretário-geral, en cerrando antecipadamente o man dato do atual ocupante do cargo, o pastor brasileiro Nilton Giese (IECLB). Presidida pelo pastor Felipe Adolf, a Junta alegou um “processo de reestruturação, com o objetivo de tornar mais efetivo o trabalho do CLAI”.
O pastor Nilton Giese atua em Quito/Equador há cerca de uma década, primeiro como assessor de comunicação da entidade ecumêni ca latino-americana e depois como secretário-geral. Giese assumiu a função interinamente em 2008, sendo confirmado em 2009 ocupa o cargo desde então.
Diante da surpreendente deci são, a IECLB tornou público seu
IGREJA E DIPLOMACIA
mal-estar. O pastor presidente, Dr. Nestor Paulo Friedrich, enviou correspondência ao presidente e à Junta Diretiva do CLAI, na qual expressa sua profunda tristeza pela decisão que retirou da secretaria o pastor Giese. Segundo Friedrich na carta, esta situação se junta a outras contradições que foram acontecen do nos últimos anos, comprome tendo as relações entre a entidade ecumênica latino-americana e a igreja brasileira.
A carta de descontentamento da Presidência da IECLB foi encaminhada com cópia ao secre tário-geral da Federação Luterana Mundial, pastor Martin Junge, ao secretário-geral do Conselho Mun dial de Igrejas, pastor Olav Fykse Tveit, bem como à secretária-geral do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, a pastora Romi Márcia Benke.
Friedrich reafirma o compro misso da IECLB com a causa ecumênica e lembra a extensa lista de serviços e a histórica boa relação da igreja com o CLAI. Mas não vê outro caminho senão propor aos seus órgãos deliberati vos a possível retirada temporária da IECLB da entidade ecumênica latino-americana.
“A Presidência estará levando aos órgãos deliberativos da IECLB a proposta de suspensão da parti cipação da IECLB no CLAI até que as condições necessárias para uma saudável, respeitosa e provei tosa participação ecumênica nesse organismo sejam restabelecidas, organismo que a IECLB, como igreja constituinte, sempre apre ciou, valorizou e que gostaria de continuar valorizando”, enfatizou Friedrich na carta encaminhada à Junta Diretiva, em Quito.
Viagem papal ao Oriente Médio torna-se histórica
A VIAGEM do Papa Fran cisco a Israel, no final de maio, foi considerada de alto risco.
Transformou-se em uma pere grinação histórica pela Jordânia, Palestina e Israel, com grandes e boas consequências políticas, segundo os analistas. Como um humilde embaixador da paz, o papa não dispensou seu raro dom de dizer a verdade na hora certa.
O Papa Francisco convidou os presidentes de Israel e da Autori dade Palestina para encontro de oração no Vaticano neste domingo de Pentecostes. O Presidente da Federação Luterana Mundial-FLM e Bispo-presidente da Igreja Evan gélica Luterana na Jordânia e Terra Santa, Munib A. Younan, também participará.
uma cidade partilhada entre três religiões e duas nações”.
E acrescentou: “Quanto a mim, o que o Papa fez é muito simbólico e de grande importância. É também muito importante que tenha vindo à Terra Santa acompanhado de um líder religioso muçulmano e um judeu. Nós líderes religiosos talvez não possamos trazer a paz ao Oriente Médio, mas nós pode mos orar e ser uma voz profética clamando por justiça.”
Disse ainda: “Temos um papel a desempenhar em educar nosso povo a amar o próximo, de modo que israelenses possam ver em mim, um palestino, a imagem de Deus e eu possa ver a imagem de Deus nos israelenses.”
Deus sempre me ama
A letra não é uma tradução literal do original alemão “Gott ist die Liebe”, criado em 1852 com nove estrofes, mas acerta bem o conteúdo que o autor, August Dietrich Rische, queria transmitir. O pastor luterano Rische (1819 – 1906, Alemanha), após estudo de teologia, passou por um reavivamento espiritual com seu monitor de estágio. Isto o enca minhou ao pastorado com o firme propósito de renovar as tradições lu teranas. Para tal, fez uso de melodias populares para suas letras alcançarem rapidamente as comunidades. Can tando conseguiu cultivar a comunhão com crianças e jovens.
A melodia do hino em questão é do folclore alemão, de 1820. Foi também usada na canção natalina “No pinheirinho as luzes brilham”.
Por que Deus permite?
Nos Alpes suíços um menino de 9 anos morreu num desastre. Parentes e amigos chocados se perguntram: “Por que Deus permitiu isso?” O pastor que dirigiu a cerimô nia fúnebre convidou no final: “Agora vamos cantar ainda um hino que os pais pediram.” Era o favorito do seu filho, um hino que ele aprendeu no Culto Infantil: “Deus sempre me ama, co’amor me chama e assim me infla ma do mesmo amor...” Os amigos se assustaram: Tal hino numa situação triste como esta? Custou-lhes algum esforço para acompanhar o cântico e repetir nove vezes o estribilho “Deus é o amor. Ele ama também a mim”. Onde se vê o amor de Deus na vida curta deste menino? Com nossa inteligência humana limitada, muitas vezes não reconhecemos que Deus é um Deus de amor. Experimentamos tantas vezes a realidade da palavra de Jesus: “No mundo passais por aflições” (João 16.33a). Mas desco brir o amor de Deus e agarrar-se nele em qualquer situação da vida só é possível para quem aceita também a continuação desta palavra de Jesus: “Mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (João 16.33b).
5129 O CaminhO ANO XXX - Nº 7 JULHO DE 2014 ECUMENE 15 NOSSOS HINOS O pastor brasileiro Nilton Giese (IECLB) tem extensa lista de serviços prestados ao CLAI, como comunicador e desde 2008 como secretário-geral. Giese estará voltando ao Brasil em breve.
P. NORIVAL MUELLER (com base na pesquisa de Pastor Leonhard Creutzberg, no portal luteranos.com.br)
P. Dr. Walter Altmann
Declarando estar muito cons ciente de não ir sozinho ao Vatica no, mas em representação de toda a Comunhão Luterana, afirmou que o desejo desta, em compromissos já assumidos há mais de um quarto
de século, é de que “ambas nações (Israel e Palestina) vivam lado a lado com seus próprios Estados, nas fronteiras de 1967, em paz, justiça, reconciliação e igualdade. Também quer ver Jerusalém para
O Papa Francisco com os dirigentes de Israel.
AMÉRICA LATINA
HPD 209 DIVULGAÇÃO O CAMINHO
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Cada um sirva com os dons que Deus lhe deu
Pa. ROSANGELA FENNER / Jaraguá do Sul
MOMENTO ESPECIAL
dentro da educação e da formação cristã, o ensino confirmatório é um período onde temos os jovens, pelo menos por dois anos, se reunindo, se encontrando para o estudo da Palavra de Deus. É um tempo de conhecer e experimentar o viver em comunidade, um tempo de desafios e de preocupações.
Uma das preocupações é a de como envolver os jovens e suas famílias na vida comunitária de maneira mais intensa. Indo ao encontro deste desafio, nas comu nidades da Paróquia Tiago temos confiado às famílias dos confirman dos e das confirmandas duas tarefas que entendemos como ministérios: a acolhida e o serviço.
Ser bem acolhido em qualquer lugar muda a maneira como entra mos e participamos do evento. Nos cultos também não é diferente. Ser recebido na porta com um aperto
de mão ou abraço já nos insere na dinâmica do culto de uma maneira diferente, bela e aconchegante. Assim, este “ministério” tem sido assumido pelas famílias dos confirmandos e das confirmandas, que juntamente com a acolhida au xiliam em outras questões práticas no andamento do culto.
A segunda tarefa é o en volvimento destas famílias nas festas das comunidades. Nesses eventos, as famílias e os jovens assumem trabalhos variados, como recolher a mesa, servir e lavar a louça. O resultado deste “ministério” tem sido muito bom. Trabalhos compartilhados que se tornam mais leves, amizades, sorrisos e comprometimento.
“Porém, quando o Espírito San to descer sobre vocês, vocês receberão poder e serão minhas testemunhas...” ( Atos 2.8). São muitas as maneiras pelas quais podemos testemunhar nossa fé no Cristo Ressuscitado.
CVV reorganiza cartas reais de suicidas em publicidade
que dificulta a clareza sobre as situações da própria vida. Ao se sentir acolhido, sem pressões ou cobranças, a própria pessoa reor ganiza seus pensamentos durante a conversa com o voluntário do CVV e encontra outras saídas”, explica Adriana.
Diferente do que muitas pesso as acreditam, o suicida pede ajuda e tenta outras soluções até o ato final, porém, a falta de conscientização e de comunicação reduz as chances de prevenção do suicídio.
A Organização Mundial da Saúde aponta que nove de cada dez suicídios poderiam ser evitados. “Pelo menos 25 brasileiros morrem
vítimas de suicídio diariamente”, afirma Adriana. “A ideia suicida é muito mais comum do que se pensa. Um estudo da Unicamp aponta que 17% dos adultos já pensaram seriamente em se matar”, complementa.
O CVV é um serviço gratuito e realizado exclusivamente por voluntários desde sua fundação, em 1962. A entidade oferece apoio emocional a pessoas que sentem a necessidade de conversar de forma aberta e acolhedora, sem receber críticas, julgamentos ou cobranças, seja pelo telefone (141), Skype, chat, e-mail, carta ou pes soalmente.
Membros afastados
P. em. GERALDO SCHACH/ Itapema
Membros afastados não se sentem bem em nossa comunida de. Eis aí um tema delicado. A co munidade de Jesus Cristo que não consegue reconciliar-se com os seus irmãos afastados, não tem credibilidade para falar em fazer missão. Ainda mais quando ela vê como normal que as pessoas se desliguem da comunidade para se filiarem a outras denominações.
Ordem na casa...
Será que a causa do afastamen to reside no membro que sai, que não participa, não contribui, que até de “sócio” é taxado? Que tal a gente se colocar no lugar dele? Ou melhor, fazer-lhe uma visita para nos colocarmos a seu lado; não para acertar contribuições em atraso, não para falar de dinheiro, mas para ouvi-lo com o coração, para compreender os seus moti vos, as suas dores e dispor-nos a compartilhá-los? Ao longo do meu ministério, tenho observado que a causa do afastamento geralmente está dentro da comunidade, e não no membro afastado.
Pode ser doloroso, mas é preciso reconhecer que a prática comunitária que enaltece os méri tos humanos machuca os pobres e humildes e dificulta entre nós a vivência da justificação pela graça de Deus.
... ou fazer missão?
O caminho da reconciliação re quer revisão de atitudes e mudanças na forma de exercitarmos o nosso modo de ser comunidade, de viver a fé, de escolher as lideranças, de lidar com os recursos financeiros, de praticar a voluntariedade, a parti lha e a comunhão. Afinal, a graça de Deus nos basta ou precisamos de um monte de regras legalistas que põem ordem na comunidade e que, ao mesmo tempo, afastam os mais fracos do rebanho?
UMA IDEIA simples, porém muito marcante, é a linha adotada pela agência Leo Burnett Tailor Made para uma nova campanha publicitária do Centro de Valo rização da Vida-CVV, ONG que atua gratuitamente na prevenção do suicídio há 52 anos.
A agência se baseou em car tas reais deixadas por pessoas que atentaram contra a própria vida. Os textos foram reescritos,
utilizando as mesmas palavras, de forma com que os autores chegassem a conclusões dife rentes.
“Esse ato de reescrever sua própria vida ao reorganizar as ideias é um conceito fundamental da atuação do CVV”, comenta Adriana Rizzo, voluntária do CVV. “Muitas pessoas nos procuram porque as emoções se acumulam sem serem bem resolvidas, o
O CVV - Centro de Valorização da Vida, fundado em São Paulo em 1962, é uma associação civil sem fins lucrativos, filantrópica, reco nhecida como de Utilidade Pública Federal em 1973. Presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo. Os mais de um milhão de atendimentos anuais são realizados por 2.200 voluntários em 18 estados mais o Distrito Federal, pelo telefone 141 (24 horas), pessoalmente (nos 68 postos de atendimento) ou pelo site www.cvv.org.br via chat, VoIP (Skype) e e-mail. É associado ao Befrienders Worldwide (www. befrienders.org), entidade que congrega as instituições congêneres de todo o mundo e participou da força tarefa que elaborou a Política Nacional de Prevenção do Suicídio do Ministério da Saúde.
Crer “que o poder se aper feiçoa na fraqueza” (2 Coríntios 12.9) é, acima de tudo, confiar no Deus que não nos deixa faltar nada e nos ensina a alegria de abraçarmos o irmão, a irmã que voltam para casa (Lucas 15.11 ss). A comunidade de Jesus vive do perdão e, como tal, é aco lhedora, valoriza todos os dons, reconcilia-se com os afastados e confia na capacidade de decisão e de contribuição voluntária de cada um de seus membros.
SERVIÇO
O envolvimento dos pais com os jovens nessa fase é importante.
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TEMA DO ANO
5130 O CaminhO ANO XXX - Nº 7 JULHO DE 2014ESPECIAL16
ENSINO CONFIRMATÓRIO
ACONSELHAMENTO