Jornal Evangélico Luterano - Ano 44 - nº 782 - Abril 2015

JORNAL EVANGÉLICO LUTERANO - IGREJA EVANGÉLICA DE CONFISSÃO LUTERANA NO BRASIL - ANO 44 - ABRIL 2015 - Nº 782

Junt@s, a caminho

Jorev Luterano - Abril - 2015

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Editorial

Cristo vive: Feliz Páscoa!

E

m 2015 e parte de 2016, vamos continuar a ‘visita’ que o Jorev faz aos Sínodos da IECLB, iniciada em 2009, e completar esse ciclo de intercâmbio de ações e experiências. Começando na primeira edição do ano, dedicamos as Editorias Sustentabilidade, Comunicação, Formação (eixos transversais do Plano de Ação Missionária da IECLB - PAMI), Tema do Ano e Vai e Vem (Campanhas nacionais para a unidade e de ofertas para a missão, respectivamente) a um Sínodo de cada vez.

Nesta edição, é o Sínodo Brasil Central que responde: Em que estágio se encontra a implementação do Planejamento Estratégico nas Comunidades no âmbito do Sínodo?, O que tem dado certo no âmbito da Comunicação (com o objetivo de, como Igreja, cumprir a missão de Deus) na área de abrangência do Sínodo?, Na região do Sínodo, quais são as ênfases para a qualificação de Ministros e a capacitação de leigos? Como o Tema do Ano, ou seja, a proposta de um único tema a ser refletido durante o ano por toda a Igreja, auxilia o Sínodo a promover a unidade dentro do seu âmbito de atuação? e O quanto a promoção

de uma Campanha nacional de missão, a Vai e Vem, auxilia no sentido da conscientização para a solidariedade entre os membros desta Igreja?

Na Editoria Atualidade, leia sobre a Reunião da Presidência da IECLB com os Pastores e as Pastoras Sinodais, tendo a participação da Secretaria Geral, realizada na Casa Matriz de Diaconisas, em São Leopoldo/RS, entre 9 e 14 de março de 2015.

Na Editoria Presidência, Podemos afirmar que Jesus Cristo vive - Podemos desejar: Feliz Páscoa é o título da Mensagem, de autoria da Pa. Sílvia Genz, Pastora 1ª Vice-Presidente da IECLB. Rumo às comemorações dos 500 anos da Reforma Luterana, que serão completados 2017, o Jorev continua a série especial Lutero - Reforma: 500 anos, iniciada em 2012. Em 2015, todos os textos são escritos à luz do Tema do Ano: Igreja da Palavra - chamad@s para comunicar. Nesta edição, o P. Günther Karl Fritz Wehrmann apresenta a reflexão Bíblia, a Palavra de Deus.

Na Editoria Fé Luterana, de maneira

Na série especial Lutero - Reforma: 500 anos, o P. Günther Wehrmann apresenta a reflexão

a estimular a reflexão sobre a confessionalidade luterana e os ensinamentos da Bíblia, dois Ministros Pastores discorrem sobre Bíblia - referência da verdade para a vida.

Na Editoria Geral, leia sobre a caminhada permanente da Educação Cristã Contínua na IECLB. Programa de Acompanhamento a Estudantes de Teologia - III ganhou destaque na Editoria Comportamento.

Die Schatzkiste des Lebens é o título da meditação da Editoria Deutsche Seite.

Na Editoria Compartilhar, a Comunidade luterana partilha momentos significativos da vida cristã.

Boa leitura!

Bíblia, a Palavra de Deus

Atendimento ao leitor Mariana Mattos Paim Fone: (51) 3284.5400 - Fax: (51) 3284.5419

jorev@ieclb.org.br

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Capa

Reunião da Presidência da IECLB com os Pastores e as Pastoras Sinodais, tendo a participação da Secretaria Geral, realizada na Casa Matriz de Diaconisas, em São Leopoldo/RS, entre 9 e 14 de março de 2015. Leia matéria especial na Editoria Atualidade, na página 4.

Democracia e igualdade Prezado P. Dr. Oneide Bobsin, tendo lido sempre os seus artigos no Jorev, tomo a liberdade de me manifestar sobre o texto ‘Preta, pobre e evangélica’, publicado na edição de outubro/2014.

Sou militante do Partido Socialista Brasileiro (PSB), pelo qual Marina Silva disputou a Presidência da República.

Marina não conseguiu passar para o segundo turno, mas demonstrou que, no nosso sistema democrático, todo cidadão, independente de etnia, classe social e religião, tem condições de disputar qualquer eleição.

A IECLB está em um contexto formado pelas mais diversas etnias, classes e religiões. A maioria dos membros descende de imigrantes, pessoas que contribuíram com os seus dons, mas muitas se afastaram por sofrerem preconceitos, principalmente econômicos.

Nesse sentido, faz-se necessário resgatar estes membros, bem como dar abertura a todas as pessoas, como Jesus ensinou: Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações.

Este assunto deve alcançar Ministros, Presbíteros e lideranças da IECLB, além de estar presente nos materiais pedagógicos da nossa Igreja.

Abraços, Wainer Quitzau Indaiatuba/SP

Pastor Presidente P. Dr. Nestor Friedrich Secretária Geral Diác. Ingrit Vogt Jornalista Letícia Montanet Reg. Prof. 10925

Revisão Margret Reus Administrativo Mariana Paim ISSN 2179-4898 Cartas - Sugestões de pauta - Artigos - Anúncios

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Jorev Luterano - Abril - 2015

Curtas

Faculdades EST/ESEP: vocação para diaconia

O P. Prof. Dr. Wilhelm Wachholz assumiu em janeiro de 2015 a Reitoria da Faculdades EST (2015-2018), em São Leopoldo/RS. A Equipe Diretiva é formada pelos Professores Cat. Dr. Remí Klein (Ensino e Extensão), P. Dr. Rudolf von Sinner (Pós-Graduação e Pesquisa) e P. Me. Verner Hoefelmann (Gestão). A seguir, leia sobre as expectativas do novo Reitor da EST para a sua gestão.

Como surgiu a perspectiva de ‘co-reitoria’?

Desde o início do processo eleitoral na Faculdades EST e Escola Sinodal de Educação Profissional (ESEP), ressaltei a importância de uma gestão co-laborativa. A ges- P. Prof. Dr. Wilhelm Wachholz, tão de uma instituição é feita pelo novo Reitor da Faculdades EST grupo de docentes, funcionários e discentes. Afirmo o co na relação com as ‘Pró-Reitorias’ (assim nominado no Regimento da Faculdades EST). Dessa forma, todos constituem uma comunidade colaborativa.

Qual é o principal desafio da sua gestão?

Definir e executar as ações do Planejamento Estratégico realizado em 2014. Três eixos são fundamentais para nortear a caminhada: sustentabilidade, excelência e identidade.

Como a nova gestão pretende trabalhar as parcerias?

Faculdades EST e ESEP têm uma vocação única: a diaconia, ou seja, o cuidado do ser humano. EST e ESEP têm as suas raízes nas Comunidades da IECLB. O cuidado de pessoas pela Música, Teologia e Enfermagem tem longa data. Queremos reafirmar esta vocação para dentro da própria IECLB e para além da IECLB por meio de parcerias, como, por exemplo, com a Unimed para o curso de Enfermagem, com o Governo Federal para a oferta do curso Lato Sensu em Segurança Pública e Direitos Humanos, entre outras iniciativas.

Como integrar as diferentes áreas da EST e da ESEP? Considerando o conhecimento acadêmico de excelência como ‘ciência aplicada’, a vocação da Faculdades EST e ESEP se conecta com demandas sociais. Isso significa que a pesquisa, o ensino e a extensão exigem de uma instituição protagonismo transformador e humanizante. A Faculdades EST e a ESEP precisam ser despertadas a partir da sociedade, devendo ser sensíveis, refletir a realidade social e oferecer respostas inovadoras.

Qual é a sua perspectiva sobre o cenário educacional para as IES Comunitárias?

O status de Instituição de Ensino Superior (IES) Comunitária aproxima a EST do setor público. Esperamos que o anúncio do Brasil como pátria educadora, apesar dos cortes orçamentários do Governo Federal para 2015, possa potencializar a EST como parceira em projetos públicos nos próximos anos.

Sobre o que a JE está conversando?

Em nossa sociedade, o individualismo prevalece. Tudo é competição. As pessoas se ‘atropelam’, caminhando nas ruas sem nem mesmo olhar para os lados, para os olhos de quem sofre ou também para quem sorri, ‘atropelam’ quem quer que seja por uma promoção no trabalho.

A primeira característica que vem à cabeça quando penso na IECLB é Comunidade. A nossa vivência de fé é comunitária. Nesse sistema individualista, somos ‘do contra’.

Além dos encontros de grupos, anualmente acontecem dezenas de acampamentos e encontros sinodais da Juventude Evangélica na nossa Igreja e, a cada dois anos, temos o Congresso Nacional da JE. Juntos, estes encontros reúnem milhares de pessoas jovens. O que as motiva? Por que optar por estar em grandes grupos, em um coletivo em tempos nos quais o natural é estar só? Mais: Por que viver esse ‘comunitarismo’ também de forma online, no Facebook e em grupos do Whatsapp, antes e depois dos encontros presenciais?

A grande motivação para participar, mais e mais vezes, é vivenciar o amor de Cristo, o amor incondicional pelas pessoas, que se manifesta em cada reflexão e em cada sorriso nesses encontros. As pessoas jovens, ao contrário do que dizem por aí, querem viver comunitariamente.

O individualismo e a falta de amor para com as pessoas podem ser encontrados em qualquer lugar.

Vamos fazer o contrário, vamos ‘ser do contra’ em meio a uma sociedade intolerante, preconceituosa e individualista! Vamos motivar pessoas jovens ou nem tão jovens a estarem na nossa Igreja?!

Rodolfo Fuchs dos Santos Coordenador do Conselho Nacional da Juventude Evangélica (Conaje)

OFERTAS NACIONAIS 5 de abril Domingo da Páscoa Projeto de Missão no Sínodo Brasil Central Irmãos e irmãs ousaram procurar novos espaços de trabalho e sobrevivência no nosso imenso Brasil. São, como nós, luteranos e luteranas na diáspora, ‘migraram’ e levaram junto a sua história e a sua cultura religiosa. Pelas distâncias e pelo pequeno número, estão longe das Comunidades da IECLB. O Sínodo Brasil Central, presente em nove unidades da Federação, criou a Pastoral da Evangelização, para localizar e reunir toda essa gente com o desafio de estruturar e formar Comunidade, promovendo o Evangelho de Jesus Cristo e celebrando viDas em comunhão.

Desde a sua criação, em 2010, a Pastoral da Evangelização tem apresentado um crescimento. A regular presença pastoral contribuiu para a divulgação do nosso jeito de ser uma Igreja presente, acolhedora, transparente, democrática e solidária.

26 de abril 4º Domingo da Páscoa Trabalho com Jovens na IECLB A Juventude Evangélica é geração ativa, que por Deus foi gerada e Nele vive, se move e existe, com as suas diferenças e particularidades, e, dessa forma, gera ações que dão sabor e aromas não somente em nossa Igreja, mas também em diversos âmbitos, setores e lugares da sociedade.

A JE faz parte da Igreja da Palavra e, como tal, também é chamada para comunicar.

As ações junto aos jovens envolvem articulação e desenvolvimento de atividades com grupos de jovens na e da IECLB, trabalhos do Conselho Nacional da Juventude Evangélica (Conaje), elaboração de materiais a serem usados pelos grupos de jovens nas Comunidades, na capacitação e formação de lideranças, em temas como a inclusão e o ecumenismo, bem como cursos de Educação Cristã Comunitária.

INDICADORES FINANCEIROS UPM Março/2015

3,6380

Índice Fevereiro/2015

1,55%

Acumulado do ano

3,57%

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Atualidade

Reunião da Presidência com Pastores Sinodais e participação da Secretaria Geral - março/2015 P. DR. ONEIDE BOBSIN

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Maconha

Prós e contras Causou grande surpresa o Grupo RBS, de Porto Alegre/RS, uma empresa de comunicação com perfil conservador, vir a público se posicionar a respeito da legalização da maconha. Antes dela, lideranças como Nelson Mandela, Bill Clinton e Fernando Henrique Cardoso, entre outros, já haviam se manifestado da mesma forma sobre o tema.

No Dia Internacional da Mulher, por meio do Jornal Zero Hora, a referida empresa se posicionou, afirmando que o modelo tradicional de combate ao tráfico de drogas fracassou e que a legalização da maconha seria uma estratégia para enfraquecer o crime organizado.

O posicionamento vem cercado de opiniões de Médicos, Parlamentares, Juristas e ativistas a favor e contra a liberação. Tanto os que são a favor da liberação quanto os que são contra apresentam ótimos argumentos. Os que argumentam a favor lembram que já temos o cigarro e as bebidas alcoólicas liberadas, embora altamente prejudiciais à saúde. Ainda: os impostos arrecadados pelos Governos com a venda de cigarros e bebidas alcoólicas não cobrem os efeitos dos acidentes no trânsito e os tratamentos em hospitais.

Entre os muitos argumentos dos que são contra a venda legal da maconha, assim como se vende cigarro e cachaça, destaca-se a opinião do Médico e Deputado Federal Osmar Terra, do PMDB, para quem não existe exemplo de que a liberação das drogas melhore a vida da população. Para os simpatizantes da liberação, é preciso observar a regulamentação feita pelo Uruguai e por estados norte-americanos.

Intrigante no debate é a ausência das Igrejas. Apenas um Coordenador da Pastoral Carcerária da Igreja Católica se manifestou sobre o assunto, dizendose alarmado pelo aumento de mulheres no tráfico.

Quando a dignidade da vida está ameaçada pelo consumo e, acima de tudo, pelo tráfico bilionário, a voz solidária junto aos consumidores e a denúncia dos que se enriquecem com a desgraça das famílias são tarefas das Comunidades cristãs. Há muitas Comunidades terapêuticas por este Brasil, que são promovidas por Igrejas e recebem apoio do setor de saúde pública. Esta parceria precisa ir além da terapia dos viciados. Precisa curar a sociedade por meio de ações que desmontem o poder do tráfico, mas não só pela repressão policial.

Podemos começar o debate dialogando sobre a venda de bebidas alcoólicas nas festas comunitárias.

Intrigante é a ausência das Igrejas no debate

As salas do Centro de Retiros, junto com a capela da Casa Matriz, oferecem um espaço ideal para retiros, encontros e eventos.

As instalações da hospedagem contam com quartos com banheiro, refeitório e local para estacionamento.

ste é um momento de muita alegria, também de muitas expectativas. Esta é uma oportunidade de aproximação entre os Pastores e as Pastoras Sinodais e entre estes e a Presidência, além da Secretaria Geral da IECLB”, comemorou o P. Dr. Nestor Friedrich, Pastor Presidente da IECLB, ao abrir a primeira das duas reuniões anuais entre a Presidência e os Pastores Sinodais com a participação da Secretaria Geral, realizada de 9 a 14 de março de 2015, na Casa Matriz de Diaconisas, em São Leopoldo/RS. “A caminhada da IECLB não começou comigo, não começou conosco, mas nós, que estamos aqui e agora, somos responsáveis pelo futuro desta caminhada”, alertou o Pastor Presidente a Ministros e Ministras Sinodais.

Ao grupo de 18 Pastores e Pastoras Sinodais, 12 deles iniciando na função, o P. Nestor destacou “Nós somos uma Igreja da Palavra, uma Igreja que está a caminho, uma Igreja que tem algo a dizer e uma Igreja que tem um Deus que pergunta Sobre o que vocês estão conversando pelo caminho? Então, como exercemos a nossa liderança? Deveria ser saindo de trás da mesa e encurtando as distâncias!”.

O Pastor Presidente apresentou o tema ‘Gestão em parceria’, frisando que esta gestão tem como prioridades estratégicas qualificar o cuidado com a fé, com as pessoas e com a ação missionária: “Cuidado implica em estar atento, detectar sinais, dialogar e ter atitude para corrigir ou empreender novos caminhos”.

A partir da ótica da Gestão do Cuidado, o P. Nestor citou os três Programas de Acompanhamento: Estudantes de Teologia, Ministros e Ministras e Qualificação funcional.

“Este é o convite para uma gestão em parceria e parceria requer respeito, reconhecer o fazer da outra pessoa, ‘pegar junto’ para qualificar a ação em favor de uma causa maior, a missão”, finalizou o Pastor Presidente.

No âmbito das prioridades de gestão, a Cat. Ma. Débora Conrad, Secretária de Formação, falou ao grupo sobre o andamento do Programa de Acompanhamento a Estudantes, Mentoria, Vocação e formação de Ministros, além do Programa de Qualificação Funcional.

A Cat. Dra. Haidi Drebes, Secretária da Habilitação ao Ministério, apresentou dados a respeito do Acompanhamento a Candidatos e Ministros, além dos avanços e desafios na Habilitação ao Ministério.

Na Secretaria do Ministério com Ordenação, os principais assuntos, apresentados pelo P. Marcos Bechert, estiveram ligados ao Estatuto do Ministério com Ordenação (EMO), Formulários, Seguridade Ministerial, Transferências, Licenças e afastamentos, Suporte de Missão e Formação, Formação contínua nos

O encontro ocorreu na Casa Matriz de Diaconisas

O grupo esteve na Sede Nacional da IECLB

No sábado, houve celebração de Culto com Santa Ceia

Sínodos e Seminário do Estágio Probatório.

A Diác. Ingrit Vogt, Secretária Geral, abordou principalmente a parte relativa ao cuidado com os documentos, banco de dados, protocolo, arquivo, atas, estatutos, escrituras e plano comum de contas. Referente ao tópico Finanças, o encontro teve suporte do Secretário Executivo de Finanças, Fábio Machado.

Ação Missionária e Estatísticas foram temáticas apresentadas pelo P. Altemir Labes, Secretário Adjunto de Missão e Diaconia.

Plano de Ofertas, Encontro de Ministras, Dotac - 2015 e Congrenaje 2016 foram alguns dos assuntos abordados pelo Secretário da Ação Comunitária, P. Dr. Mauro de Souza.

Na Secretaria de Missão, coordenada pelo P. Mauro Schwalm, as temáticas tratadas foram: Núcleo de Projetos, Projetos Missionários, Missão Global, prestação de contas da Campanha Vai e Vem 2014 e apresentação da Vai e Vem 2015.

Um culto com Santa Ceia marcou o último dia de reunião entre a Presidência e os Pastores Sinodais.

Para mais informações, acesse o Portal Luteranos.

Em meio a abundante natureza, o ambiente tranquilo e acolhedor favorece a reflexão, a integração e o lazer.

Dispomos de serviço de hospedagem, individual ou em grupos, ideal para realização de retiros, eventos ou para aqueles que desejam apenas hospedar-se aqui.

Av. Wilhelm Rotermund, 395 - Morro do Espelho - São Leopoldo Fone: (51) 3037-0037 | retiros@diaconisas.com.br | www.diaconisas.com.br

Jorev Luterano - Abril - 2015

Presidência

Podemos afirmar que Jesus Cristo vive

E

m 2015, a IECLB se ocupa com a pergunta de Jesus aos discípulos: Sobre o que vocês estão conversando pelo caminho? (Lucas 24.17). Ouvindo e conversando com irmãos e irmãs sobre as nossas preocupações a respeito da vivência como pessoas cristãs, ouvimos reações como a do jovem rico, mas também como daqueles que acompanham Jesus na caminhada até a cruz.

Algumas são como as da multidão que se alegrou com a condenação à morte. Entre estes, muitos vão ‘de arrasto’, esperando que, magicamente, algo aconteça. Poucos têm força para caminhar até o fim. Não havia mais nada para conversar, pois aquele que sempre foi ouvidos e tinha a palavra da vida estava morto. Como reagir? O que fazer? A força estava zerada pela

brutal violência. Era hora de se esconder, resolver como sobreviver.

O amanhecer renovou forças e esperança em ‘algumas mulheres que foram até o local onde Jesus fora guardado morto’. Eram forças de diaconia sobre cinzas e destroços, sobre opiniões como ‘Não adianta mais. Calemse e escondam-se!’.

Após um sentimento de derrota na permanente luta pela paz e justiça neste mundo, continua viva a esperança para nós. Ao lembrarmos que, em todos os tempos, o povo de Deus enfrentou a força do poder do mundo, podemos cogitar: ainda resta uma esperança! A madrugada da Páscoa nos relata que há força para o servir mesmo quando está confirmado que está tudo no fim – com a morte de Cristo na cruz.

As ações em meio a poucas espe-

PA. SÍLVIA GENZ Pastora 1ª Vice-Presidente da IECLB

Despedida do P. Peter Weigand, Diretor de Mission EineWelt

Conferência Cilca 2015 Abril 7-10/4 Conferencia de Liderazgo La Paz/Bolívia P. Nestor Friedrich

As Igrejas luteranas na Costa Rica, em El Salvador, em Honduras e na Nicarágua formam a Comunhão de Igrejas Luteranas na América Central (Cilca).

Nos dias 2 e 3 de fevereiro de 2015, representando a IECLB, o Pastor Presidente da Igreja, P. Dr. Nestor Friedrich, participou da Conferência da Cilca, realizada em Manágua, na Nicarágua, em função do intercâmbio entre a ELKB, a IECLB e as Igrejas luteranas da América Central por meio do convênio tripartite.

Representaram os seus países Erick Umaña (Costa Rica), Bispo Medardo Gomez (El Salvador), Pastor Martin Giron (Honduras) e Victoria Cortez (Nicarágua).

A Conferência teve como foco questões sobre a renovação do Acordo entre a Igreja na Baviera (ELKB) e a Cilca, mantido desde 1995, e o tema mudanças climáticas bem como as suas consequências.

Além dos cartéis de drogas, as Igrejas da América Central preocupam-se principalmente com a situação ecológica. Isto se tornou bem claro em El Salvador, onde as consequências das mudanças climáticas já são sentidas intensamente. Juntamse a isto doenças e também longos períodos de seca. Por conta disto, os países da América Central exigem dos países industrializados a redução da emissão de CO2 e o auxílio aos países empobrecidos.

ranças levaram a fazer diaconia naquele corpo morto. Muitas vezes, fazemos o que representa não nos dar ‘retorno’, o que causa frustração, pois somos forçados a pensar em produção e lucro para todas as nossas ações.

Na Igreja, na Comunidade, queremos aprender a não desistir, mas confiar nas promessas de Deus e pedir: Fique conosco porque já é tarde e a noite vem chegando. Então, Jesus ficou... Sentou-se à mesa com eles, pegou o pão e deu graças a Deus... partiu o pão e deu a eles (Lc 24.29-30).

Vamos conversar sobre os nossos medos, as nossas dúvidas e reações causadas pelos ensinamentos de Deus. Então, Jesus abriu a mente deles para que entendessem as Escrituras Sagradas (Lc 24.45). Nesta certeza, podemos afirmar que Jesus Cristo vive e desejar Feliz Páscoa!

......

Podemos desejar: Feliz Páscoa!

9-11/4 Conselho Curador e XVI Assembleia Geral do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic) Brasília/DF P. Inácio Lemke 25/4 Assembleia Sinodal do Sínodo Uruguai Paróquia de Seara/SC P. Nestor Friedrich 26/4 Assembleia Geral da Missão Evangélica União Cristã (Meuc) São Bento do Sul/SC P. Inácio Lemke 28/4 Reunião entre as Presidências da IECLB e da IELB Porto Alegre/RS P. Nestor Friedrich

Com um culto festivo e recepção para cerca de 300 convidados, aconteceu a despedida e entrada na aposentadoria do Pastor Peter Weigand, Diretor de Mission EineWelt. O Conselheiro-Mor Michael Martin procedeu à despedida e declaração de aposentação e o Secretário Geral da Federação Luterana Mundial (FLM), Martin Junge, discorreu sobre a trajetória de vida de Weigand.

Na retrospectiva dos seus mais de 40 anos de serviço, a emoção se apoderou de Peter Weigand ao refletir sobre a sua despedida.

“Amo a minha profissão. Dói ter que deixá-la”, disse o Diretor de Mission EineWelt em sua prédica de despedida, na sexta-feira, 13 de fevereiro, na Igreja St. Nikolai, em Neuendettelsau, na Alemanha.

Os anos na América Latina, onde Weigand atuou durante uma década (Brasil e Chile), lhe mostraram a sua capacidade de, por um lado, atuar de modo conciliador, mas, ao mesmo tempo, expressar publicamente as suas convicções.

No sábado, foi finalizada a despedida oficial de Weigand, que, na ocasião, concedeu entrevistas, respondendo questões estruturais, de serviço e também particulares.

O P. Inácio Lemke, Pastor 2º Vice-Presidente da IECLB, representou a Igreja nos eventos.

150 anos da Comunidade de Pirabeiraba Os 150 anos de testemunho e fidelidade ao Evangelho da Comunidade de Pirabeiraba foram comemorados no dia 12 de fevereiro de 2015, no Centro do Distrito de Pirabeiraba, em Joinville/SC. Com a presença do Pastor Presidente da IECLB, P. Dr. Nestor Friedrich, do Pastor Sinodal em exercício, P. Marcos de Oliveira, demais representantes do Sínodo Norte Catarinense e convidados, a Comunidade se reuniu em adoração a Deus.

A Comunidade lembrou desafios, mas também bênçãos recebidas nesta caminhada a que é chamada a dar continuidade, como enfatizado pelo P. Nestor: “Desejo que esta comemoração não seja somente uma lembrança pelos 150 anos que passaram, mas também a conscientização sobre a missão que Deus confiou a vocês”.

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Jorev Luterano - Abril - 2015

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Sustentabilidade

O Sínodo Brasil Central busca concretizar a sua essência missionária

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O Planejamento Estratégico foi marcado pela satisfação devido à oportunidade de sonhar e organizar a caminhada, mas também pela preocupação em como concretizá-la!

que é ser sustentável? - Ao longo da sua história, portanto, há mais de cem anos, o Sínodo Brasil Central busca concretizar a sua essência missionária. Na IECLB, é provável que haja Paróquias com o número de membros correspondente à totalidade do Sínodo, cerca de 3600 pessoas batizadas, reunidas em dez Comunidades. A metade destas Comunidades já elaborou o Planejamento Estratégico e está na fase de implementação.

Com envolvimento de Ministros e Ministras, também foi elaborado o planejamento sinodal, intitulado ‘Construindo o Sínodo que queremos em 2020’, base para que as Comunidades desenvolvam os seus próprios planejamentos, possibilitando essa construção.

De modo geral, o Planejamento foi marcado por duas sensações em especial: satisfação pela oportunidade

de sonhar e organizar a caminhada e preocupação em como concretizála. Percebemos que o desejável, por enquanto, não é viável.

Partindo desta constatação, a Comunidade de Goiânia/GO, ao elaborar o seu Planejamento Estratégico, refletiu sobre ‘O que é ser sustentável na nossa realidade?’. O Planejamento verificou ações realizadas ao longo dos anos para diminuir a dependência de ajuda externa, além de formas para incentivar membros ao envolvimento e a maior participação.

No seu diagnóstico, entre as conquistas, estão: ter membros luteranos por convicção e amor, Ministra em tempo integral, reforma do templo (que proporciona um espaço simples e acolhedor para as celebrações) e aquisição de automóvel para os serviços pastorais. Como desafios: ser constantemente uma Comunidade que vive a Palavra,

Luterprev Responde

ajudando a planejar o seu futuro Você sabia que... ...a produção de comida e de bebida consome quantidades muito grandes de água?

O gasto de água nunca é proporcional ao resultado. Por exemplo, para produzir um litro de refrigerante, são necessários 200 litros de água. Para refinar um barril de petróleo, são utilizados 7000 litros.

Para produzir um quilo de açúcar, vão 1500 litros. Para igual quantidade de carne, espantosos 15500 litros de água! Estes dados mostram que usar racionalmente a água quer dizer bem mais do que encurtar o tempo no banho. Qualquer desperdício afeta o consumo de água. ...a Terra é um sistema fechado, por isso a água que existiu há milhões de anos é exatamente a mesma de hoje?

A água é a única substância encon-

trada de forma natural em três estados (sólido, líquido e gasoso). Cada uma das suas moléculas permanece no oceano durante 98 anos, faz parte do gelo por cerca de 23 meses, fica nos lagos e rios por duas ou três semanas, não durando na atmosfera mais do que sete dias. Diariamente, o sol evapora mais de um bilhão de toneladas de água, que permanece na atmosfera até voltar à superfície terrestre na forma de chuva. A quantidade de água é a mesma, enquanto que a de habitantes aumenta a cada dia! ...apenas 2,5% da água existente na Terra é doce?

Se toda água doce da Terra coubesse em uma garrafa de um litro, apenas meia gotinha estaria disponível para beber. Se a gota fosse dividida entre os seus habitantes, cada pessoa teria direito a apenas

disponibilizar tempo para a Igreja, construir uma moradia ministerial, para que seja possível receber uma família, pois, no momento, é restritivo, e ser economicamente sustentável.

A ordem das prioridades se deve à reflexão mencionada, da qual compartilho aspectos: a definição de Sustentabilidade segundo o dicionário é ‘um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade’. É, portanto, muito mais do que arrecadação.

No aspecto bíblico, sustentação é termo amplo, embora não muito usado, que se refere ao sustento que Deus proporciona, no aspecto material, por meio do maná oferecido no deserto (Dt8.16) e no encorajar a não temer, por contar com o amor de Deus: eu te fortaleço e te ajudo e te sustento com minha destra fiel (Is 41.10b).

Outro aspecto é a solidariedade como sinal de gratidão, como a oferta da viúva pobre, que oferece o seu sustento (Mc 12.44 e Lc 21.4). É a partir do abranger dos conceitos que a Comunidade de Goiânia sonha e está planejando ser espaço que sustente as pessoas que passam por essa região do Brasil. É do sustento que Deus tem nos oferecido que conseguimos chegar até aqui. É do sustento dos membros da Comunidade e do sustento que nós recebemos, como Sínodo, da IECLB, por meio do Fundo de Solidariedade, e da Oferta Nacional, que temos construído o Sínodo e a IECLB que queremos, dia após dia.

“É do sustento dos membros da Comunidade e do que recebemos da IECLB que temos construído o Sínodo e a IECLB que queremos, dia após dia”, destacou a Pa. Patrícia Bauer, Pastora Vice-Sinodal do Sínodo Sudeste

cinco litros de água. Como a distribuição é desigual, a falta de água potável causa a morte de cerca de 4500 crianças diariamente, enquanto, só nos Estados Unidos, a estimativa é de que 26,5 bilhões de litros sejam desperdiçados por vazamento de canos. Gotejando, uma torneira pode chegar a perder mais de 50 litros por dia!

média, por uma pessoa em países muito pobres para a sua higiene, para beber, para cozinhar e para limpeza. De toda a água utilizada no mundo, 10% vão para o consumo humano, 20% são para uso industrial e 70% são destinados à agricultura. No uso doméstico, 75% do consumo se dão no banheiro.

...mais da metade das reservas de água no mundo encontra-se concentrada em apenas dez países?

Uma em cada seis pessoas no planeta não tem acesso à água potável. Nos países desenvolvidos, uma descarga de banheiro consome um volume de água equivalente àquele utilizado diariamente, em

...o Brasil está em 12º lugar no consumo de água no mundo?

Antes dele, estão, pela ordem, Estados Unidos, Austrália, Itália, Japão, México, Espanha, Noruega, França, Áustria, Dinamarca e Alemanha, sendo que, aqui, estão concentrados 13,7% de toda a água doce do planeta.

Visite o site luterprev.com.br e faça também uma simulação para sua aposentadoria complementar e/ou para assistência financeira. No site, você encontra um link para encaminhar perguntas à coluna. Se preferir, envie-a diretamente para luterprev@ luterprev.com.br, com o assunto Jorev.

Jorev Luterano - Abril - 2015

Comunicação

Missão de Deus - Nossa vocação: a Comunicação no Sínodo Brasil Central

“Que Deus nos dê força para a continuidade dessa tarefa de levar a Palavra a todos os recantos do Sínodo Brasil Central”, compartilhou Armando Maurmann, Vice-Presidente do Conselho Sinodal

C

omunicar o Evangelho é vital para a missão e a evangelização, pois, sem comunicação, não existe missão! Nesse sentido, buscando encontrar soluções e alternativas que viabilizassem a sustentabilidade e a otimização dos recursos humanos, o Conselho Sinodal encaminhou, em 2011, à Conferência de Ministros e Ministras do Sínodo Brasil Central, a tarefa de elaborar o Planejamento Estratégico do Sínodo: ‘Construindo o Sínodo que queremos em 2020’, que contou com a assessoria especializada da Práxis Gestão Sustentável, enfocando principalmente a nossa realidade.

As Comunidades que compõem o Sínodo são pequenas, distantes umas das outras e formadas por imigrantes do sul do país, que, ao chegarem, trouxeram a Igreja como parte da bagagem cultural. As Comunidades quase não crescem e são poucos membros espalhados por uma geografia extensa, que vai desde o triângulo mineiro, passando pelos Estados de Goiás, Tocantins, Maranhão, Oeste da Bahia, Piauí, Sul do Pará, Ceará e Pernambuco, além do Distrito Federal.

No Sínodo Brasil Central, as distâncias entre as Comunidades e seus Pontos de Pregação são medidas em horas e até dias de viagem, por estradas nem sempre pavimentadas e que utilizam pontes feitas de troncos sobre rios ou ribeirões. A malha rodoviária e aérea não nos possibilita manter contato ou presença permanente.

Mais: quando nos referimos aos meios de comunicação atuais, constatamos a precariedade e, em alguns casos, a

Para vencer os desafios no âmbito da Comunicação, necessitamos de disposição, coragem e ânimo na busca de alternativas ausência dos mesmos.

Ao analisarmos esse contexto geográfico e populacional, verificamos as dimensões do nosso desafio: ser Igreja de Jesus Cristo no Brasil – nesta região!

Os trabalhos foram concluídos em abril de 2012 e, na Diretriz 2, Visibilidade e reconhecimento efetivo pela denominação e sociedade, está previsto, como objetivo estratégico, incrementar e viabilizar a comunicação interna e externa, com alcance, qualidade e identidade confessional.

O objetivo estava determinado, mas faltava o ‘como’ realizar. Inicialmente, foram incentivadas ações no sentido de identificar os nossos templos, aumentando a visibilidade da IECLB. O espaço destinado ao Sínodo no Portal Luteranos foi e continua sendo alimentado constantemente com fatos relevantes acontecidos no âmbito sinodal e das suas Comunidades.

Dando continuidade ao planejamento, optou-se pela edição de um Informativo Sinodal, mensal e eletrônico, lançado em 2013, com mensagens e notícias sobre Comunidades e Paróquias.

Ainda necessitamos nos aprimorar e buscar novas soluções! Para isso, estamos constituindo uma equipe sinodal de Comunicação, para pensar em formatos de levar a Palavra aos nossos membros, animados que somos pelo lema sinodal ‘Missão de Deus - Nossa vocação’ e, recentemente, pelo Tema da IECLB para 2015: Igreja da Palavra - chamad@s para comunicar’.

Desafios existem. Para vencê-los, necessitamos de disposição, coragem e ânimo na busca de alternativas. Que Deus nos dê força e disposição para a continuidade dessa tarefa de levar a Palavra e dar visibilidade à IECLB em todos os recantos do Sínodo Brasil Central.

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Jorev Luterano - Abril - 2015

Unidade

8 Unidade

Lutero - Reforma: 500 anos Bíblia: Palavra de Deus!

A Palavra de Deus cria vida boa: Ele criou o mundo com tudo aquilo que nele há – e viu Deus tudo o que criou e eis que era muito bom – como um belo jardim. Criou o ser humano para nele habitar e cuidar dele, mas, por causa das suas falhas e desobediências, as pessoas sofreram as consequências, como a perda do paraíso, o dilúvio e a confusão linguística. Contudo, Deus não desistiu da sua vontade de criar vida boa. Protegeu Caim, salvou Noé e o mundo animal, criou o seu povo e com ele fez uma aliança de fidelidade e amor. Abençoou-o a fim de que fosse uma bênção para as nações, mas, frequentemente, os ouvidos e os corações do seu povo tornaram-se insensíveis à vontade de Deus.

Apesar de tudo isso, Deus não desistiu da sua vontade de criar vida boa, por isso Ele chamou e enviou profetas para que anunciassem a vontade de Deus, em forma de Lei que denuncia e Evangelho que liberta dos poderes do mal e da não vida para o compromisso com a promoção de vida boa para tudo e todos.

Contudo, o seu povo não se mostrou fiel à aliança estabelecida.

Finalmente, Deus não mais viu outro jeito do que Ele mesmo tornar-se pessoa em Jesus Cristo. Esse, sim, tornouse sinal visível, concreto e palpável do amor de Deus que cria vida. Ele denunciou todas as manifestações de não vida

e morte. Promoveu vida boa, em forma de sinais concretos e palpáveis, onde não mais se poderia esperar nada de bom. Justificou e aceitou a quem não o merecia. Tornouse o ser humano ‘segundo a imagem de Deus’. Na cruz, Ele se sacrificou em favor do mundo ‘para que todo aquele que nEle cresse não perecesse, mas tivesse a vida eterna’.

Ressuscitando Jesus dentre os mortos, deu razão à vontade primeira e última de Deus: promover a vida boa que não mais morre. Cristo subiu ao céu, a fim de preparar lugar eterno para os seus e interceder por eles, para que a fé não desfalecesse. Enviou o Espírito Santo a fim de despertar, manter e consumar a fé dos seus e congregá-los em Comunidade e Igreja. Até hoje, Ele está unindo as pessoas batizadas na grande família, ou seja, no povo universal de Deus, a comunhão dos santos. Ela está aí para testemunhar os grandes feitos de Deus – que Ele fez, faz e vai fazer.

No final dos tempos, Cristo voltará para criar os ‘novos céus e a nova terra, nos quais habita a justiça’. Naquele dia, Ele ressuscitará os seus com novo corpo que não mais morrerá. Então, veremos o nosso Deus, de face a face, e o louvaremos sem fim.

Que história maravilhosa de amor é essa! Toda a Bíblia, do início ao fim, o testemunha de muitas maneiras diferentes. Lutero ficou tão entusiasmado com ela que traduziu a Bíblia toda para o vernáculo, de modo que o povo alemão pudesse ler a Bíblia.

Com muita inspiração, traduziu o Novo Testamento do original Grego e o Antigo Testamento do original Hebraico. Também com o intuito de despertar a fé nas pessoas, Lutero introduziu no culto a prédica, baseada em determinados textos bíblicos.

Estava convicto de que ‘a fé vem pela pregação’. Desse modo, Lutero queria formar o ‘sacerdócio universal de todos os crentes’.

Hoje, a pesquisa científica nos evidenciou que a Bíblia foi escrita, ao longo de aproximadamente mil anos, por muitas pessoas, de diferentes tempos, culturas e idiomas. Dependendo do tempo, do lugar e da cultura, os autores utilizaram os recursos e meios do seu próprio contexto, para que os seus contemporâneos pudessem entender e assimilar este amor de Deus que cria a vida. Para isso, o Espírito Santo inspirou tanto as pessoas que deram testemunho oral e posteriormente escrito, quanto ouvintes e leitores. O testemunho se dava, pois, de maneira humana e contextualizada. Se assim não fosse, ninguém conseguiria entender o testemunho. Isso corresponde bem ao amor de Deus, que encarnou em Cristo e quer encarnar nos seus seguidores.

Quando nós, hoje, lemos a Bíblia, pedimos pela iluminação do Espírito Santo. Ele nos faz atentar ao contexto em que e para o qual determinado texto foi escrito. Ele nos faz perguntar: Quem era o autor? Quem era o endereçado? O que o autor quis testemunhar naquele contexto em forma de Lei que denuncia e Evangelho que liberta das amarras do mal para o compromisso de promover vida boa? Assim, percebendo a intenção, ou seja, o espírito do texto, ele se abre para a nossa situação e o nosso contexto e os nossos leitores e ouvintes.

Assim, o testemunho sobre o amor de Deus não se repete literalmente, mas toma forma de hoje, encarna em nossa vida concreta, torna-se contextual. Afinal, é este o jeito do amor de Deus que encarna em nosso mundo. A sua encarnação culminou na vinda de Jesus Cristo e quer encarnar, de maneira multiforme, em nós hoje.

Para tanto, a nossa análise do contexto de então e do contexto atual é importante para não lermos o texto de maneira literalista e fundamentalista. Se assim fizermos, ele perderá a sua força libertadora, mas nos escravizará e se transformará em camisa de força, pois resultará na eternização de leis que, no contexto do passado, faziam sentido, mas não mais hoje. Basta lembrar-nos de apenas um exemplo, como o caso da mulher não dever falar em público na Comunidade. Na sociedade patriarcal, em que os apóstolos ainda viviam, tal recomendação fazia sentido para proteger as mulheres, mas, já no Antigo Testamento, esse sistema, por vezes, foi quebrado.

Pensemos apenas no cântico da Débora ou no Novo Testamento no cântico de Maria.

Hoje, vivendo em sociedade que procura ser igualitária, salvo algumas exceções, como a do mundo islâmico, a mulher não mais precisa de tal proteção. Pelo contrário, ela precisa de espaços para participar ativamente das decisões em casa, no estudo e no trabalho, na política, bem como na Comunidade e na Igreja. Eis como uma análise contextual pode contribuir para uma leitura libertadora!

Tal análise contextual, naturalmente, requer estudo qualificado que é pré-requisito para a pregação em público.

Para tanto, a IECLB prepara e ordena Ministros e Ministras.

A fim de que pessoas sem essa qualificação e ordenação também possam ler e entender melhor a Bí-

blia no seu significado de Palavra de Deus que liberta, a IECLB oferece cursos de formação de leigos, jornais eclesiásticos, devocionais diários e outras literaturas.

Independente disso, importa lembrar que o Espírito Santo sopra e age de mil maneiras para despertar, manter e consumar a fé, por meio da leitura bíblica diária, se possível acompanhada por uma meditação interpretativa.

A Bíblia é um testemunho sobre o amor libertador de Deus, que ele já manifestou, quer manifestar hoje e vai manifestar no fim bem-aventurado. A Bíblia fala disso em inúmeros símbolos e figuras. Lembremos apenas de alguns exemplos: a visão de Isaías 65 sobre os novos céus e a nova terra, onde lobo e ovelha pastarão juntos, a visão de Miqueias 4 sobre a transformação de espadas em relhas de arado, a visão sobre o Bom Pastor em Salmo 23 e João 10, a visão em João 14 sobre Jesus Cristo, que, junto ao Pai celeste, nos prepara lugar eterno e por nós intercede, a visão sobre Deus, que, conforme Apocalipse 21, na eternidade vai enxugar todas as lágrimas de nossos olhos.

Esses são apenas alguns dos símbolos e das figuras, em linguagem bem humana. Eles falam sobre a eternidade. Não são uma descrição nem uma fotografia dela.

Contudo, são inspirados pela eternidade e para ela apontam. Com frequência, querem ser, portanto, contemplados e meditados com os olhos interiores, com o coração, e lá se aninhar. Desse modo, podem fortalecer a nossa esperança diante da finitude da nossa vida – quem sabe, talvez mesmo quando estivermos em situação de coma. Esse milagre nenhuma análise meramente contextual é capaz de fazer. Somente a meditação iluminada pelo Espírito Santo o pode operar.

Necessitamos, pois, da orientação do Espírito Santo, tanto para a frutífera análise contextual quanto para a meditação e a contemplação dos textos bíblicos. Ambas não se excluem, mas se complementam e se necessitam mutuamente. Desse modo, pode acontecer o milagre de percebermos a Palavra de Deus, libertadora e transformadora, em palavra de homens e o Espírito Santo nos tornará instrumentos do amor de Deus, que cria vida boa em nossos contextos distintos, em forma de sinais concretos e palpáveis.

P. em. Günter Karl Fritz Wehrmann, formado no Missionsseminar em Hermannsburg, na Alemanha, atuou nas Paróquias gaúchas de Sapiranga e Canela, além da Paróquia de Pomerode/SC, foi Professor de Teologia Aplicada na EST, em São Leopoldo/RS, Assessor Teológico na Região IV, Assessor Teológico da Presidência da IECLB e Secretário das Relações com a América Latina na Obra Missionária Evangélica Luterana (OMEL), em Hermannsburg

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Formação

Sínodo Brasil Central: qualificando para a missão de Deus no mundo e para o sacerdócio geral

“As pessoas alcançadas pelos eventos de Formação realizados no Sínodo são multiplicadoras nas Comunidades e os resultados têm aparecido e fortalecido a confiança de estar no caminho certo”, comemorou a Diác. Débora Ristow Krauser Santos, Secretária do Sínodo Brasil Central

A

educação cristã visa a capacitar as pessoas para cooperar com a missão de Deus no mundo e para exercer plenamente o sacerdócio geral. Ela é contínua, ou seja, acontece em todas as fases da vida e pela vida toda a partir do Batismo (Linhas Mestras - PAMI, p. 12). Essa tem sido a ênfase do Sínodo Brasil Central: capacitar as pessoas para o exercício da liderança nas Comunidades e setores de trabalho, ou seja, instrumentalizar os Presbitérios para que auxiliem as Ministras e os Ministros no anúncio da Palavra de Deus e na administração dos Sacramentos, sejam conciliadores, promovam a cooperação, mobilizem dons e recursos pessoais para os trabalhos missionários e de Educação Cristã Contínua na Igreja, desenvolvam ações diaconais e promovam ações que fortaleçam os vínculos entre os membros. A tarefa inclui informar as normas civis, fiscais e eclesiásticas para que Comunidades e Paróquias estejam em dia com as suas obrigações. A Formação de lideranças visa a preparar pessoas para o Planejamento Estratégico e a avaliação nos novos moldes da IECLB. O Planejamento está sendo realizado e será eficaz com lideranças

acolhedoras e abertas para ser Igreja onde todos podem participar.

A Formação de lideranças vinha sendo realizada nos Seminários de Presbíteras e Presbíteros, encontros anuais de fim de semana, que acontecem divididos nos dois setores do Sínodo: Norte e Sul. O convite era aberto para lideranças atuantes e também buscava despertar novas lideranças nas Comunidades. Alguns dos temas tratados foram: Guia para o Presbitério, A pessoa do líder, Documentos Normativos da IECLB e A Diaconia do Ser, Participar, Testemunhar e viver comunidade. É possível perceber a qualificação na gestão administrativa das Comunidades e, de maneira tímida, o despertar de novas lideranças. A partir deste ano, este espaço de Formação, que priorizava membros dos Presbitérios, torna-se mais amplo em sua abordagem de qualificação de lideranças em geral.

Uma área de Formação que o Sínodo tem focado desde 2014 são os Seminários de Capacitação para o Trabalho com Crianças. Mesmo que haja poucas crianças nas Comunidades, é preciso a qualificação, a instrumentalização e a motivação das pessoas que fazem esse trabalho, pois crianças valorizadas são a certeza de membros fiéis e futuras lideranças atuantes na Comunidade.

Nas duas Conferências Ministeriais que acontecem anualmente, o Sínodo Brasil Central também quer proporcionar mais tempo de atualização teológica para as Ministras e os Ministros que atuam no seu âmbito. Desenvolver competências, atualizar e informar para que as Ministras e os Ministros possam qualificar o seu Ministério, bem como planejar a missão da Igreja neste local, será a ênfase das Conferências deste ano.

Com dificuldade, mas com muita esperança e alegria, o Sínodo Brasil Central segue confiante de que as pessoas alcançadas pelos eventos de Formação são multiplicadoras nas Comunidades e os resultados, mesmo que tímidos, têm aparecido e fortalecido a confiança de estar no caminho certo. Compreendemos que Formação é uma questão permanente na caminhada, pois toda a gestão comunitária passa pela compreensão do que somos como Igreja e de quais são as nossas tarefas como lideranças e membros de forma geral.

Secretaria da Ação Comunitária Chamad@s para comunicar e exercer: diaconia transformadora – Então, Jesus perguntou: sobre o que vocês estão conversando pelo caminho? (Lc 24.17) é o Lema bíblico que acompanha todas as atividades desenvolvidas pela IECLB em 2015, que tem como Tema Igreja da Palavra - chamad@s para comunicar.

Esta pergunta de Jesus possibilita que as duas pessoas possam expressar os seus sentimentos e compreender a realidade que estão vivendo. Após a conversa, Jesus, convidado para ficar na casa, é reconhecido quando partilha o pão. Após a partilha, as duas pessoas voltam para Jerusalém para comunicar que Jesus havia ressuscitado.

A partilha do pão é uma prática que perpassa as comunhões de mesa de Jesus: na multiplicação dos pães (Mc 6.30-44), na Última Ceia (Mc 14.22-26), na aparição do res-

surreto aos discípulos no mar de Tiberíades (Jo 21.12s), na reunião com cobradores de impostos (Mc 2.15-17). A partilha do pão ou a sua negação é tematizada também nas parábolas do servo vigilante (Lc 12.37), do homem rico e Lázaro

(Lc 16.19-21), do filho pródigo (Lc 15.23) e na narrativa do simpósio na casa do fariseu (Lc 14.7-14).

Os relatos da Última Ceia estabe-

lecem a relação entre a presença de Jesus e o pão partilhado. Com a presença de Jesus na prática da partilha do pão, a Comunidade ensaia novas relações sociais, novas práticas econômicas que contestam a existência das diferenças sociais e tem em vista a transformação da injustiça e do sofrimento.

O Dia Nacional da Diaconia, celebrado no dia 19 de abril, é uma oportunidade para refletir e avaliar se as nossas iniciativas diaconais estão em sintonia com as atitudes de Jesus presentes neste texto de Lc 24.

As ações diaconais das nossas Comunidades, representadas pela ‘partilha do pão’, buscam a transformação da injustiça e do sofrimento?

Sobre o que nós estamos falando e o que estamos fazendo pelo caminho para que todas as pessoas tenham vida em abundância (Jo 10.10)?

Diác. Ma. Carla Vilma Jandrey Coordenadora de Diaconia e Programa Diaconia Inclusão Secretaria da Ação Comunitária

Jorev Luterano - Abril - 2015

Fé Luterana 11

Referência da verdade para a vida Bíblia - Referência da verdade Lutero afirma que a essência da fé cristã se encontra no texto compreensível do Novo Testamento: a vida de Cristo esteve centrada na sua pregação a respeito do perdão incondicional de Deus de todos os pecados. Após a sua crucificação e ressurreição, o próprio Cristo se torna sujeito da pregação dos apóstolos sobre o Messias, por meio do qual a salvação de Deus se transforma em realidade histórica para todos. Essa verdade foi fixada pelos apóstolos na Bíblia. Para eles, Jesus é a verdade (Jo 14.6s). Quem segue Jesus sabe o que é a verdade.

Cristãos, contudo, sempre são confrontados com verdades e, não raro, ficam confusos. Exemplo disso é quando são questionados quanto à origem do universo e às teorias sobre o seu surgimento. No século XIX, as teorias para explicar essa verdade provocaram confusões nos meios cristãos, levando alguns a abandonarem a fé. Outras vezes, alguém encontra um versículo na Bíblia e esse passa a ser ‘a’ verdade.

Lutero nos legou uma certeza maravilhosa para eliminar as confusões e as ‘verdades’ que nos são colocadas no caminho, muitas vezes em nome de Jesus. Segundo ele, a Bíblia é uma manjedoura, na qual Jesus está deitado. Se, ao lermos a Bíblia, não o encontrarmos, só temos palha, mesmo que os textos que estejamos lendo tenham sido escritos por Paulo, Pedro ou João. Bíblia tem que ser lida a partir de Jesus Cristo, a verdade, e então encontramos nela a verdade, Jesus Cristo.

A verdade é fidelidade e perseverança naquilo que Jesus ensinou e ao que podemos dizer: Amém.

Tornar-se cristão é chegar ao conhecimento da verdade. Verdade é que o amor de Deus dá a sua vida

por nós (1Tm 2.4). Essa verdade é plena (Hb 10.26 e Tt 1.1). Essa verdade produz frutos (Cl 1.6). Ela dá vida e conduta agradável a Deus (2Pe 1.3), a verdade que nos foi revelada em Jesus.

Essa verdade do amor incondicional de Deus nos dá liberdade, liberta-nos de medo, morte, pecado. João nos afirma que no amor não existe medo (1Jo 4.18). Quem sabe do amor incondicional de Deus, ama. Cristãos vivem na casa do amor de Deus. Quando abrem os olhos e se descobrem nessa casa, a morte já não tem a última palavra, mas a vida. O Filho que Deus deu por amor ao mundo (Jo 3.16) nos dá a certeza de que a morte não tem a última palavra. A última palavra é vida. A verdade que Deus nos mostrou em Jesus Cristo lança luz sobre tudo o que nos quer afastar de Deus, liberta-nos do nosso umbigo, do pecado e leva-nos ao encontro do próximo.

Se vocês continuarem a obedecer aos meus ensinamentos, serão, de fato, meus discípulos e conhecerão a verdade, e a verdade os libertará (Jo 8.31s).

Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém pode chegar até o Pai a não ser por mim. Agora que vocês me conhecem, conhecerão também o meu Pai (Jo 14.6s).

“Se dizemos que não temos pecados, estamos nos enganando, e não há verdade em nós. No entanto, se confessarmos os nossos pecados a Deus, ele cumprirá a sua promessa e fará o que é correto: ele perdoará os nossos pecados e nos limpará de toda maldade” (1João 1.8s).

P. Prof. Claus Martin Dreher, graduado pela Faculdades EST, em São Leopoldo/RS Atua no Centro de Ensino Médio Pastor Dohms, pertencente à Rede Sinodal de Educação (IECLB), em Porto Alegre/RS

Para refletir, leia 1João 1.8s

Bíblia - Referência para a vida

P. Joel Schlemper, graduado pela Faculdade Luterana de Teologia (FLT), em São Bento do Sul/SC, exerceu o Ministério Pastoral na Paróquia de Dona Emma/SC. Atua na Paróquia de Barreiros, em São José/SC

Quando pensamos em uma referência segura para a vida, não podemos deixar de olhar para Jesus Cristo, a Palavra encarnada de Deus (Jo 1.1ss). É para Ele que o Antigo Testamento aponta, com as suas histórias, poesias e profecias, e também o Novo Testamento, com os seus relatos e com as suas orientações da nascente Igreja Cristã.

Por que um seguidor de Cristo lê a Bíblia como baliza e modelo para sua vida? Tentaremos apontar caminhos a partir de dois textos do livro de Apocalipse.

Em Apocalipse 20.12-15, Jesus dá ao apóstolo uma visão do grande julgamento no final dos tempos.

Nela, João vê uma multidão em pé diante do trono: grandes e pequenos, ou seja, ninguém escapa deste julgamento. Então, livros são abertos e todos são julgados de acordo com o que tinham feito, segundo o que estava registrado nos livros.

Esta analogia indica que tudo o que o ser humano fez na sua vida está registrado e será usado na sua avaliação eterna. Esta afirmação gera a inquietante pergunta: Quem pode escapar se o julgamento invocará todas nossas ações? Se, ao tropeçarmos em um pecado, somos culpados de todos, como declarou Tiago (Tg 2.10), quem será declarado inocente? A conclusão é sombria: sendo julgados de acordo com a nossa história registrada nos livros, estaremos condenados.

O livro de Apocalipse não para ali, não se reporta apenas à analogia dos livros, mas menciona também outro livro, o livro da vida. No capítulo 21.21, o anjo lembra João de que este é o livro da vida do Cordeiro, ou seja, o livro da vida de Jesus. Quem tiver o seu nome escrito neste livro, não será julgado segundo o que os livros registram do seu passado, mas segundo a história de Jesus, que o substitui no julgamento.

Esta é a poderosa mensagem da graça que redime a humanidade. Deus, em seu Filho, Jesus, veio a este mundo para substituir a desgraçada história da humanidade pela sua própria história, proporcionando à humanidade a possibilidade de uma nova vida baseada na história de vida do seu filho, Jesus. A humanidade pode retomar o rumo para a qual fora criada e Jesus, a Palavra encarnada, torna-se o redentor e o modelo de vida para aquele que nele crê.

O que isto tem a ver com a ‘Bíblia ser a referência para a vida’? Lutero ensinou que a Bíblia sempre quer apontar para Jesus, a perfeita Palavra de Deus. Se, pela graça de Deus, podemos substituir as nossas falhas pelos acertos de Jesus, então a história de vida de Jesus passa a ser também a nossa história, a nossa referência de vida. Ter Jesus como referência de vida nos leva à dupla constatação: primeiro, nos lembra da nossa fragilidade pecaminosa e, de contínuo, nos adverte a não confiarmos em nós mesmos, mas em Jesus somente. Segundo, desafia a nos revestirmos de Cristo (Ef 4.24) e nos tornarmos sempre mais parecidos com ele. As suas virtudes passam a ser nossas.

Concluímos que também na ética a Bíblia torna-se a nossa referência de vida, nos compromete com o próximo e com a justiça social e nos chama ao cuidado com a Criação de Deus.

Para refletir, leia João 1.1ss

Jorev Luterano - Abril - 2015

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Geral

Educação cristã

Cat. Ma. Débora Raquel Klesener Conrad, Secretária de Formação da IECLB

vivendo, aprendendo e ensinando

A criança e o lúdico - Brincar é uma necessidade para o desenvolvimento saudável da criança. A brincadeira não é somente um passatempo, mas um meio pelo qual a criança aprende a viver no mundo e a interagir com as pessoas. As brincadeiras oportunizam às crianças a vivência de sentimentos e sensações que são fundamentais para o seu crescimento. Ao experimentar sentimentos como alegria, medo, expectativa, surpresa, esperança e desapontamento durante as brincadeiras, as crianças vão elaborando conceitos, definindo valores, testando os seus limites e as suas potencialidades.

Quando uma criança brinca de ‘faz de conta’, ela cria uma situação imaginária e assume o papel de uma pessoa da sua convivência, Professora, Professor, mãe ou pai, por exemplo, imitando o seu comportamento. Relações de confiança ou desconfiança, de diálogo amoroso ou de autoritarismo serão parâmetros para ela definir a sua postura diante do mundo e das pessoas.

Na sequência, narro uma cena que observei há algum tempo e que me levou a refletir sobre como as brincadeiras espelham o mundo das pessoas adultas. Algumas crianças dispu-

tavam um pequeno espaço no pátio da casa dos avós, que se localizava entre um muro e algumas plantas.

O espaço tinha um telhadinho improvisado, algumas tábuas no chão e todos os objetos que ambos os grupos haviam conseguido reunir para a brincadeira. Para um grupo, o espaço era a ‘casinha’ e para o outro, o ‘clubinho’. O espaço havia sido ocupado pelo grupo do ‘clubinho’, pois o grupo da ‘casinha’ o havia abandonado por algum tempo. Depois de argumentação e conversa, os dois grupos chegaram a um acordo, decidindo dividir o espaço e fazer um contrato por escrito sobre o uso do local. Assim foi feito e o contrato, assinado.

Na situação narrada, ninguém queria perder o seu espaço e, por meio do diálogo, chegaram a um acordo, embora

tenha sido necessário a utilização de um registro por escrito, o contrato assinado. Nesse caso, as crianças buscaram, a partir dos seus próprios recursos, a solução do conflito. Esta situação possibilitou que elas

Caminhar na fé Raquel Jaqueline Marques,

Coordenadora Sinodal da Juventude Evangélica no Sínodo Norte Catarinense e representante no Conselho Nacional da Juventude Evangélica

experimentassem diversos sentimentos com os quais tiveram que lidar até chegar a um acordo e permitiu que as crianças testassem as suas habilidades e identificassem os seus limites.

Para viver a infância de forma livre e por inteiro, a criança necessita de espaços para brincar sozinha e também com os seus pares, fazendo novas experiências e criando novos mundos por meio do faz de conta.

Assim, é fundamental que nós, pessoas adultas, estimulemos o brincar da criança nos diferentes espaços: em casa, na praça, na escola, na vizinhança e nos encontros comunitários. Este estímulo favorecerá, de forma saudável, uma infância mais plena e feliz.

Vai e Vem 2015!

Já são do nosso conhecimento os projetos apoiados durante 2015 pela Vai e Vem. Os materiais da oitava edição da Campanha estão sendo encaminhados neste momento!

No dia 25 deste mês, pessoas de cada Sínodo da IECLB estarão reunidas no Encontro de Coordenadores e Coordenadoras Sinodais da Vai e Vem para se familiarizarem com a arte e os materiais da Campanha 2015.

No próximo mês, maio, se dará o lançamento nacional da Vai e Vem 2015, Domingo de Pentecostes.

Na sequência, a doação de ofertas será animada e elas serão recebidas com muita alegria!

Aí vai um pedido especial: não esmoreça, não desanime e não deixe de contribuir! A tarefa é contínua, portanto não pode nem deve parar!

- Que a oferta seja de coração para coração. A intenção não é ‘cumprir com um compromisso’, mas gerar senso de unidade e cuidado recíproco.

- 2015 pode ser o ano em que vamos atingir um milhão de reais em ofertas! Para isso, a sua ajuda renovada e valorosa é imprescindível!

- Conversem em Comunidade acerca de possibilidades missionárias no seu contexto. A Vai e Vem precisa de Projetos pensados na perspectiva de ampliação de horizontes, de crescimento da IECLB. - A prioridade não deveria ser resolver problemas imediatos. Planejamento é fundamental!

- Qual é a visão que está diante dos seus olhos? Há espaço para crescimento? Será possível garantir a continuidade do projeto depois?

- Quem pode ajudar? Ministro, Ministra local, lideranças cristãs com visão empreendedora, pessoa do Sínodo que articula a Vai e Vem, Pastor ou Pastora Sinodal, Secretaria de Missão, Núcleo de Projetos da Secretaria Geral.

Vamos lançar mãos à obra e planejar ações missionárias (não para amanhã, mas, quem sabe, para 2016, 2017...)! O convite a ‘Criar e Recriar Comunidades’ continua válido, sempre com ‘Fé, Gratidão e Compromisso’!

Abraço!

P. Mauro Schwalm Secretário de Missão

Os bebês engatinham, caem e aprendem a andar. Ao longo dos tempos, também aprendem a falar. Surge a primeira motoca, depois a bicicleta com rodinhas e, depois, pais e mães tiram essas rodinhas. Então, bebês começam o caminho rumo a se tornarem ‘gente grande’. Vamos caminhando... Vem o primeiro dia na na escola, a formatura, a faculdade e a vida continua...

A vida é assim, cheia de ideias, ciclos que vão e, às vezes, voltam, nem que seja em uma simples lembrança. Até mesmo a nossa história, a nossa caminhada de fé tem certo percurso. Você é batizado, batizada. Depois de poucos anos, você participa do Culto Infantil, começa a ouvir aquelas histórias da Bíblia, que ficam na sua memória para sempre. O tempo vai passando e você vai, devagarinho, aprendendo um pouco mais.

No segundo ano do Ensino Confirmatório, você é convidado e convidada a participar da Juventude Evangélica.

Você começa a frequentar. Alguns anos transcorrem, outros planos aparecem, você entra na faculdade e, muitas vezes, só depois de um tempo volta a participar na Igreja, seja em um Grupo de Casais, no Coral...

De repente, o tempo passou. Você ficou velhinho, já tem uma longa história e conta que ‘no meu tempo não era assim não, a minha juventude...’.

Mais uma nova fase que vem mudando e acontecendo.

Percebo que, apesar das muitas mudanças que ocorrem em nosso mundo, algumas coisas permanecem semelhantes... A juventude continua sendo uma fase de descobrir, aprender, conhecer coisas novas, pessoas, lugares e, principalmente, de se apaixonar por aquilo que nos uniu ao amor, que nos uniu como filh@s do nosso Deus, que nos fez irmãos e irmãs na fé.

A Juventude Evangélica cativa e emociona. Nós, jovens da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), somos protagonistas de um mundo novo, que quer mostrar a tod@s que queremos fazer a diferença.

Queremos ser reconhecid@s por aquilo que somos: uma geração que grita, canta e luta por um mundo novo.

Então, celebre a comemore com a sua JE esta data tão importante, o Dia Nacional da Juventude Evangélica: 21 de abril!

Jorev Luterano - Abril - 2015

Comportamento 13

Programa de Acompanhamento a Estudantes de Teologia - III

P. Carlos Heinz Eberle, formado pela Faculdades EST, em São Leopoldo/RS, Mestre em Teologia prática pela Faculdade Teológica Sul-Americana, Especialista em Missão Urbana pelo PPG da Faculdades EST, foi Docente na Faculdade de Teologia Evangélica (Fatev), em Curitiba/PR, e Pastor nas Comunidades de São Luiz Gonzaga/RS, Presidente Venceslau/SP e Canoas/RS. Atua na Comunidade da Ascensão, em Novo Hamburgo/RS.

Comunidades que acoque nos três existe uma lhem estudantes de Teolopreocupação constangia - Com muita alegria te em acompanhar de e expectativa, a Igreja perto estudantes novos tem acolhido uma das e ajudar no que for posprioridades da Presisível. No entanto, por dência da IECLB: o Promais que haja tal preograma de Acompanhacupação, verdade é que mento a Estudantes de os Centros de Formação Teologia. precisam focar no seu Também partilho objetivo específico: a dessa alegria, pois o formação teológica desassunto em questão tes alunos. sempre foi motivo de Além destas necespreocupação durante o sidades, que são opormeu Ministério Pastoral tunidades para as Coe estou convicto de que munidades se aproxiOs cuidados, as orientações e a atenção que alguém recebe durante a sua formação vão os cuidados, as orientamarem e receberem esdeterminar em grande parte o seu desempenho ministerial por toda a vida ções e a atenção que altudantes, existem ainda guém recebe durante a sua formação As inseguranças dos estudantes de outros motivos pelos quais estudanvão determinar em grande parte o seu Teologia naturalmente se manifestam tes precisam do cuidado das mesmas. desempenho ministerial por toda a durante a formação, como em qual- Provavelmente, a vivência da espirivida. quer universitário. Entretanto, em tualidade em contexto comunitário Uma das motivações que tenho relação ao exercício do Ministério na seja o aspecto mais relevante de tal para acolher e acompanhar estudan- Igreja, isso se agrava, pois, geralmen- interação, para a vida e o Ministério tes de Teologia vem das boas expe- te, há muitas expectativas no que diz futuro. A maioria dos estudantes é riências que tive como estudante, ra- respeito aos Ministros e às Ministras. oriunda de Comunidades onde tivezão pela qual também trago aqui um Além disso, trabalhar com pessoas ram intensa participação e boa vivênbreve relato pessoal: durante cinco requer dedicação, paciência e esforço cia da espiritualidade. Mesmo que anos e meio, fui acolhido e cuidado extra! haja vivência espiritual nos Centros pela Comunidade de Canoas/RS (a Por fim, é importante lembrar que de Formação, uma participação em mesma que, décadas depois, pude ser- a maioria do estudantado provém de Comunidade próxima do Centro de vir como Pastor durante nove anos) e, realidades diferentes e precisa deixar Formação poderá atenuar ainda mais por quatro meses, realizei atividades a sua família e a sua Comunidade. As esta necessidade. pastorais na Paróquia de Panambi/RS, mudanças culturais (zona rural para Por causa disso, os cuidados que durante dois anos, nas férias de verão. zona urbana, norte para o sul do país, estudantes de Teologia recebem das Já nos primeiros meses como estu- onde estão os três Centros de Forma- Comunidades são de fundamental dante, em São Leopoldo/RS, me deslo- ção da IECLB), fazem com que o es- importância e bem determinantes cava nos finais de semana para partici- tudantado enfrente inúmeras dificul- para o futuro deles. Daí uma palavra par das atividades da Comunidade de dades. Estas não estão relacionadas de orientação ou de encorajamento do Canoas, dando prioridade ao trabalho diretamente aos estudos, embora os Ministro, da Ministra pode significar com jovens. Recebia atenção e aco- afetem, mas a questões do seu dia a muito. Só o fato dos estudantes acomlhida da família pastoral e de muitas dia: saudades, dificuldades de enten- panharem o Ministro, a Ministra e vefamílias e lideranças. Na Paróquia de der o modo de vida no contexto e na rem a sua atuação e o modo como reaPanambi, aprendi a prática dos ofí- realidade onde estão inseridos os Cen- lizam o seu trabalho pode diminuir cios pastorais (orientado pelo Pastor tros de Formação, além de pequenos estas inseguranças. Também a expelocal), tive as primeiras experiências assuntos do cotidiano, como saúde, riência de ser bem acolhido e cuidado de atendimento a diversas Comunida- acomodações, recursos para despesas pelas pessoas da Comunidade certades e lembro com carinho de pessoas mensais, novos relacionamentos, etc. mente trará motivações de cuidado no e famílias que se preocupavam com o Tendo sido Docente em um dos futuro, quando este estudante estiver meu bem-estar.

Centros de Formação da IECLB, sei no exercício do Ministério.

A prática e o dom da hospitalidade As Comunidades da IECLB próximas aos Centros de Formação podem dar muito mais atenção ao cuidado com estudantes de Teologia, pois conseguem participar das atividades nos finais de semana ou até em algumas atividades durante a semana. A rigor, grande parte das Comunidades da IECLB pode acolher e cuidar de estudantes durante um estágio ou um período prático, em que eles permanecem por meses nestas Comunidades.

Em algumas Comunidades, existe até um lugar especialmente preparado para acolher estudantes, com quarto e banheiro nas suas dependências, ou na casa de alguma família, locais onde possam pernoitar e descansar ou mesmo morar por alguns dias ou meses, caso precisem realizar ali o seu estágio ou Período Prático de Habilitação ao Ministério (PPHM). O modo como este lugar é preparado para estudantes de Teologia já demonstra aos mesmos o quanto a Comunidade está interessada em acolher e cuidar.

A prática e o dom da hospitalidade fazem parte da história da Igreja desde o seu início e mesmo no Mistério

Cuidar é zelar, acompanhar, confrontar e encorajar

de Jesus, que foi hospedado e acolhido por muitas pessoas (como, por exemplo, Marta e Maria - Lc 10.38 e Zaqueu - Lc 19.7) e nestas casas realizou atividades ministeriais importantes. Nas cartas escritas às primeiras Comunidades cristãs, a prática da hospitalidade sempre é recomendada (Rm 12.13, At 10.23, At 17.7, Cl 4.15, 1Pe 4.9). É interessante observar que, entre as diversas recomendações às pessoas envolvidas diretamente com o Ministério, a prática da hospitalidade não deveria ser negligenciada (1Tm 3.2, 5.10, Tt 1.8). Isto nos dá um bom indício de que o gesto de acolher e cuidar de estudantes de Teologia por parte das Comunidades depende, em grande parte, dos Ministros e das Ministras. Se estes, durante o seu tempo de formação, foram acolhidos e cuidados, com alegria vão querer proporcionar a mesma acolhida e o mesmo cuidado aos estudantes de hoje. Com os esforços empreendidos pela Presidência da Igreja, a IECLB, como um todo, colherá muitos e belos frutos no seu futuro.

Jorev Luterano - Abril - 2015

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Deutsche Seite

Die Schatzkiste des Lebens Über das Altwerden gibt es viele Redensarten: „Alter: das ist immer noch das einzige Mittel, das man entdeckt hat, um lange zu leben.“ Und trotzdem: „Jeder will alt werden, aber keiner will alt sein.“ Der moderne Mensch meint ganz oft: „Du darfst nicht alt aussehen.“ Dagegen hört man: „Ich habe meine Falten so mühsam erworben, deshalb will ich sie auch behalten.“ Und so mag es sein: „Man kann nichts dagegen tun, dass man altert, aber man kann sich dagegen wehren, dass man veraltet.“ Irgendwo dazwischen befinden wir uns selbst, schreibt Kurt Rainer Klein. Man wird älter und damit ist man mal auf der heiteren Seite, mal auf der etwas traurigen.

Aus den Worten des 90. Psalms spricht die Lebensklugheit unserer Vorfahren, die in ihrer Beobachtung des Lebens erkannt haben: „Unser Leben währet siebzig Jahre, und wenn’s hoch kommt, so sind’s achtzig Jahre, und was daran köstlich erscheint, ist doch nur vergebliche Mühe; denn es fähret schnell dahin, als flögen wir davon.“ (Psalm 90,10) So kommt es einem vor – im Rückblick. Mensch, wo ist die Zeit hingegangen? Wo sind all die Jahre geblieben? Die Bibel sieht das Alter so: „Den Greis quälen oft Missmut und Unzufriedenheit; er weiß vielfach nicht mehr klar, was gut und böse ist. Die Glieder werden zittrig und krumm, Steigen und sogar Gehen wird schwer, selbst mit Hilfe des Stocks. Die Zähne fallen aus, die Augen werden matt oder sie erblinden. Das Gehör lässt nach, die Stimme wird schwach, Essen und Trinken schmecken nicht mehr, und der Schlaf flieht.

Der Körper wird nicht mehr richtig warm und die Zeit des Liebens ist endgültig vorbei.“ Und so bittet der Psalmist: »Verwirf mich nicht in meinem Alter, verlass mich nicht, wenn ich schwach werde.« (Psalm 71,9) Und das bedeutet ja im Blick auf die leiblichen Wehwehchen und Gebrechen des Alters nichts anderes, als dass man den Kopf ja nicht hängen lassen soll.

Die positive Einstellung zum Leben möge erhalten bleiben. Die Hoffnung möge einen stärken, dass Gott einem tagtäglich die Kraft gibt, die man braucht. Die Weisheit möge sich einstellen, die jeden Tag zum Geschenk macht.

Das Gefühl der Dankbarkeit möge das Heute zu einer wunderbaren Herausforderung werden lassen. Die Freude über die kleinen Dinge möge um sich greifen und Zufriedenheit verbreiten. Und – ganz wichtig – das Vertrauen zu Gott möge wie eine Brücke über alle Ängste und Zweifel und Anfechtungen sein, die einen trägt und aushält und vorwärts gehen lässt. Und das trotz al-

Was immer auch kommt, ich kann nicht tiefer fallen als in Gottes Hände.

Pfarrer Jaime Jung ler wild e n Wa s s e r , die unter einem toben, und aller ungewissen Stürme, die diese Brücke des Vertrauens schwanken lassen. Wenn Sie nach hinten schauen, werden Sie sicherlich feststellen: Aus Ihrem Schatz an Erfahrungen gibt es vieles zu erzählen: Witziges und Humorvolles, was die Leichtigkeit des Lebens hervorhebt.

Interessantes und Spannendes, was zum Staunen bringen kann.

Wertvolles und Wichtiges, was ja nicht vergessen werden sollte! Gewiss auch Trauriges und Kummervolles. All das gehört zu Ihrem Schatz an Erfahrungen, den Sie nicht für sich behalten

sollten.

Zum Verständnis von Jung und Alt ist es wichtig, dass Sie Ihre Schatzkiste immer wieder öffnen und erzählen. Warum? Weil das den Jungen auf dem Weg zum Älterwerden hilft. Weil das zur Besonnenheit beitragen kann. Und weil das Erzählen aus Ihrem Leben Ihnen selbst gut tut und Ihre Erfahrung im Erzählen wichtig und wertvoll macht.

Das „graue Haar“ ist ein eindrückliches Bild für die Weisheit des Alters, auch in der Bibel. Zu dieser Weisheit gehören zwei Dinge: Zum einen die Dankbarkeit für das, was gewesen ist. Es ist nun mal so, dass man das Vergangene nicht mehr ändern kann. Aber man kann Frieden schließen und sagen: „Es war gut so!“ Und dabei lässt man los und erleichtert sein eigenes Herz. Aber auch sehr wichtig ist die Gelassenheit für das, was kommen wird. Ich wünsche Ihnen so viel Gottvertrauen, dass Sie sagen können: Was immer auch kommt, ich kann nicht tiefer fallen als in Gottes Hände. Er hält mich, wenn ich alt und grau bin. Ich wünsche Ihnen, dass Sie auch mit Kurt Rainer Klein beten können: „Wenn ich heute auf mein Leben zurückschaue, möchte ich das Gute sehen, das du, Gott, mir geschenkt hast. Ich möchte dankbar sein, dass du mir so viele Jahre gegeben hast. Ich will sehen, wo ich Bewahrung erfahren habe und wo du mir deine Nähe geschenkt hast.“ Deine Hände sollen immer Arbeit finden, immer einen Groschen in der Tasche, wenn du ihn brauchst.

Das Sonnenlicht soll durch dein Fenster scheinen und dein Herz voll Gewissheit sein, dass nach jedem Unwetter ein Regenbogen leuchtet.

Der Tag sei dir günstig und die Nacht sei dir gnädig.

Die gute Hand eines Freundes soll dich immer halten, und möge Gott dein Herz erfüllen mit Frohsinn und Freude.

(Segensworte aus Irland)

Jorev Luterano - Abril - 2015

Compartilhar 15 Neste espaço, a Comunidade pode compartilhar os momentos significativos da vida cristã, como Nascimento, Batismo, Confirmação, Bênção Matrimonial, Encontros Familiares, Bodas e Sepultamento.

Entre em contato conosco!

Bênção Matrimonial Em gratidão a Deus e com alegria,

Falecimento A esposa, Lenita, os filhos, Walter Jr., Eduardo e Rodrigo Trennepoh, e demais familiares participam o falecimento, ocorrido no dia 27 de junho de 2014, de WALTER TRENNEPOH Walter nasceu em Palmitos/SC, no dia 28 de julho de 1938, filho de Luisa e Henrique Trennepoh, casando-se, em 3 de outubro de 1964, com Lenita, na Comunidade de Palmitos.

Tabelião de Notas e Protestos de Palmitos desde junho de 1965, Walter faleceu na Policlínica São Vicente de Paula, em Francisco Beltrão/PR, vítima de parada cardiorrespiratória.

O sepultamento foi realizado no dia 28 de junho, no Cemitério de Palmitos, conduzido pelo Pastor Jair Luiz Holzschuh.

Permanecem enlutados e lamentam a sua morte a esposa, os filhos, as noras, uma neta, dois netos, um cunhado, quatro cunhadas e demais familiares. A esposa carrega consigo a confiança e o desejo que os filhos, bem como as suas famílias, sejam continuadores dos bons caminhos e exemplos vividos por Walter.

A família agradece pelas mensagens, coroas e flores, pelo apoio e carinho recebido e também ao coral evangélico. A todos, muito obrigado!

Ainda expressamos a nossa gratidão a Deus por todos os momentos que pudemos construir e viver juntos.

Na esperança da ressurreição, a família lembra a palavra bíblica do Salmista:

MARIANA PAIM e DIEISON FERREIRA receberam a Bênção Matrimonial no dia 14 de março de 2015, em São Leopoldo/RS, na Comunidade Evangélica Luterana Scharlau.

Os convidados foram recepcionados no Espaço Decora Festas, em Novo Hamburgo/RS. Os noivos agradecem a presença de todos neste momento tão especial!

Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente.

Eclesiastes 3.14

Rendei graças ao Senhor, porque ele é bom e a sua misericórdia dura pra sempre.

Salmo 107-7

Cadastro Falecimento

Prezados e prezadas assinantes do Jorev Luterano

Com profundo pesar e muita saudade, comunicamos o falecimento de

Pedimos que mantenham atualizados os seus dados cadastrais: endereço, telefone fixo e/ou celular, endereço eletrônico (e-mail) e, se possível, informem também a sua Comunidade, a sua Paróquia e o seu Sínodo. É muito importante manter o seu cadastro atualizado, para que possamos enviar o seu exemplar mensal do Jorev, o seu doc para pagamento anual da assinatura, além de mantê-lo informado sobre o lançamento de cada edição e promoções especiais.

Enfim, manter os seus dados cadastrais regularizados é essencial para que o Jorev Luterano possa se comunicar com você! Então, pedimos que você mantenha contato com a Mariana Paim pelo e-mail jorev@ieclb.org.br ou pelo telefone 51 3284.5400 e atualize as suas informações.

LILI KLUG TIMM ocorrido no dia 22 de fevereiro de 2015, em São Lourenço do Sul/RS. Nascida em 27 de julho de 1925, em São Lourenço do Sul, filha de Florentina Krüger Klug e Franz Klug, Lili foi casada com Nestor Römer Timm, que lhe antecedeu na morte.

Lili alcançou a idade de 89 anos e 7 meses, deixando enlutados duas filhas, dois filhos, um genro, duas noras, doze netos, três bisnetos, sobrinhos e um círculo enorme de amizades.

Empresária aposentada e membro atuante na Comunidade da IECLB, Lili acompanhava, com o seu violino, os hinos nos cultos, participava nos grupos e na OASE, liderava um grupo da Terceira Idade e integrava a Acordai, onde só falava, cantava e orava na Língua Alemã.

A família agradece aos Pastores Artur Presser, Dietmar Teske e Reneu Prediger pelas palavras de conforto. Também agredece aos violinistas Heini Stift e Luis Fernando Bergmann pela homenagem prestada. Agradece, ainda, aos amigos, que enfeitaram o túmulo com flores e se fizeram presentes neste momento de dor.

Buscamos consolo na promessa de Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida.

Quem crê em mim, ainda que morra, viverá.

João 11.25

Desde já, agradecemos!

Equipe do Jorev Luterano

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TEMA e

lema de VIDA

Uma parábola conta que dois irmãos e as respectivas famílias eram vizinhas, mas inimigas. A revolta e o rancor estavam instalados. Certo dia, um deles foi viajar com a família. Antes, porém, solicitou ao funcionário que fizesse um muro que separaria as casas, inclusive, próximo ao riacho, para que não houvesse mais passagem de um lado para outro. Ao retornar, constatou que havia sido construída uma ponte e não o muro que havia ordenado. Saiu furioso à procura do empregado, quando percebeu que o seu irmão, sorridente e feliz, atravessava a ponte e vinha de braços abertos em sua direção.

Emocionado, recebeu-o com um abraço forte. Tudo mudou! O Tema e o Lema de vida mudaram.

De modo semelhante, somos convidados a comunicar o amor de Deus. A Palavra é o verbo encarnado. É amor de Deus visível. A parábola do construtor de pontes nos lembra que é melhor usar o esforço e o material que constrói muros para fazer pontes. Provavelmente, você já ouviu ou até cantou o hino que diz Palavra não foi feita para dividir ninguém, palavra é uma ponte onde o amor vai e vem.

A Palavra é amor e este é o ‘material’ que faz ligações, que cria pontes e encurta as distâncias. O amor tem centro, fonte e não conhece fronteiras.

Este amor que é o próprio Deus, que se revela na

O AMOR ENCURTA DISTÂNCIAS!

partilha, no caminhar juntos e na solidariedade.

No Sínodo Brasil Central, sentimos a solidão e a dificuldade provocadas pelas grandes distâncias geográficas. De Uberlândia/MG a Balsas/ MA, são 1690 quilômetros e, de Tucumã/PA a Uberlândia, são 1795 quilômetros. Assim, entre Comunidades ou Pontos de Pregação, temos grandes distâncias. Há membros que percorrem mais de cem quilômetros para participar do culto na sua Comunidade. Como diminuir distâncias, construir pontes e possibilitar mais comunhão entre os membros da Igreja?

Quando não é possível caminhar juntos, como os caminhantes que Jesus abordou, perguntando: Sobre o que vocês estão conversando pelo caminho? (Lucas 24.17), viajamos juntos. Viajar para visitar outras Comunidades é comunicar-se com irmãos e irmãs de realidades distintas, é comunicar sobre a vida e experiência de fé. Celebrar juntos, meditar em encontros de membros de Comunidades diferentes nos une e anima para o testemunho onde estivermos.

Um Tema e um Lema em comum em toda a Igreja não são apenas sinal de unidade, mas um incentivo ao crescimento na fé e no jeito de ser Igreja de Jesus Cristo pelo vasto Brasil, convidando à solidariedade e animando à união nas distâncias e nas nossas diferenças.

Viajar faz um grande bem!

“Não há distância maior do que a criada por muros erguidos separando pessoas. Isto acontece quando há acomodação, falta de iniciativa, quebra de relacionamento, soberba, egoísmo e outros comportamentos que inibem a vivência da Palavra.

Somos Igreja da Palavra chamad@s para comunicar.

Comunicação é algo concreto, prático e que se realiza, viabiliza com ações. Melhor ainda, quando estas ações são embasadas no amor”, afirmou o P. Dalcido Gaulke, Pastor Sinodal do Sínodo Brasil Central

Roteiros PLAN VIAGENS | 2015

Conheça a Europa com a PLAN VIAGENS Europa Central & Caminhos da Reforma Reforma Luterana & Movimento Pietista Caminhos Nórdicos Caminhos do Leste Europeu Caminhos Romanos Caminhos das Festas: cultura e tradições

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VIDA QUE pulsa

“O Sínodo Brasil Central é um ‘território’ de missão da IECLB. Isto significa que, mesmo em condições geográficas adversas, distante do berço do luteranismo no Brasil, a IECLB se sente chamada a comunicar a vontade de Deus, pela doutrina evangélica de confissão luterana, nesta região do Brasil”, frisou o P. Everton Luiz Knaul, Secretário Sinodal e Ministro da Paróquia de Ceilândia/DF

MISSÃO É MOVIMENTO CONTÍNUO DE RENOVAÇÃO

O povo luterano que habita esta região do país, ainda desconhecida à grande maioria dos luteranos de berço, é ajudado pela solidariedade das irmãs e dos irmãos de outros Sínodos, e auxilia a IECLB a compreender a missão de forma concreta. A sobrevivência diária das Comunidades e Paróquias do Sínodo revela que o amor cristão move e comove, fazendo a vida acontecer. O coração do cristão pulsa no ritmo do ‘vai e vem’, inspirar e expirar, receber e doar.

O Sínodo Brasil Central abraçou a Campanha Nacional de Ofertas para a Missão Vai e Vem desde o primeiro ano e, ano após ano, tem acolhido e respondido de uma forma muito bonita a esta proposta de ser Igreja. As ofertas arrecadadas no Sínodo, em proporção ao seu número de membros e à meta prevista para a manutenção dos projetos, têm sido um testemunho de quem sabe como faz diferença ser amparado pelos frutos da partilha solidária.

Os últimos números demonstram que arrecadamos 341% acima da meta prevista. A média de arrecadação somou a importância de R$ 5,08 por membro.

Logo, é motivo de alegria que o povo luterano do Sínodo Brasil Central (cerca de 3600 membros), espalhado por nove Estados da Federação e no Distrito Federal, esteja comprometido com a missão também no que diz respeito aos recursos financeiros.

As formas de promover a Campanha são as mais diversas, de acordo com a reflexão de cada Presbitério e Ministro, conforme as alternativas mais convenientes no contexto. Existem Comunidades que destinam as ofertas locais durante o período de duração da Campanha. Outras Comunidades se propõem a realizar eventos de comunhão e doam os valores para a Vai e Vem. Também há Comunidades que fazem leilão de produtos colhidos e/ou preparados pelos membros. Em algumas Comunidades, o Presbitério repassa do seu orçamento o valor proposto. No entanto, os cofrinhos são a alternativa mais usada e aquela que mais apresenta resultado na participação da maioria dos membros.

Destaca-se, ainda, que o Conselho Sinodal, envolvido ativamente na Campanha de Missão da IECLB, sempre traça metas reajustadas em relação ao ano anterior. No calendário de ofertas anuais, uma oferta sinodal também é destinada à Campanha Vai e Vem. Como o compromisso com a missão não termina, é movimento contínuo de renovação e quer alcançar todas as pessoas, também neste ano queremos seguir, afirmando que cremos, com tudo o que somos e com tudo o que temos, na Palavra de Deus, fazendo muita vida pulsar.