Informativo Sinodal do Sínodo Brasil Central. Ano I, Nº 5, Outubro de 2013

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Informativo Sinodal Sínodo Brasil Central - IECLB

Ano I

Nº 5

Outubro de 2013

PALAVRA DO PASTOR SINODAL

...verdadeiramente livres

Na

nossa caminhada rumo ao Jubileu da Reforma, 500 anos em 2017,

queremos celebrar estações intermediárias. A Comissão do Jubileu da IECLB sugere que no mês de outubro de 2013 seja abordado o assunto liberdade à luz da Reforma. De fato, uma ótima oportunidade para lembrar um dos assuntos que para as Igrejas Luteranas em todo o mundo, em geral, e para a IECLB, em particular, é de um significado todo especial. Diríamos: o tema da liberdade nos é muito caro! Quem não conhece o famoso e um dos mais importantes escritos de Lutero “Da liberdade cristã” no qual o Reformador define a fé evangélica e interpreta corretamente o Evangelho de Jesus Cristo? Suas conclusões são fundamentadas solidamente na Bíblia: livres por fé, servos no amor. Por outro lado, sabemos muito bem que a liberdade está sempre ameaçada, outrora por um sistema totalitário, atualmente através do materialismo e da falácia de um mercado religioso que confunde obras por fé e gratidão com obras de merecimento e auto-justificação. Se no passado dizia-se “penso, logo existo” hoje ouve-se “ tenho, logo posso”. Sabemos que não podemos tudo. E nem tudo nos convém! Portanto, a liberdade não é um certificado de autorização. É antes um estado no qual a pessoa pensa e age e nós, cristãos, precisamos saber que “o encontro de Sagradas Escrituras e do hoje se dá, por assim dizer, num ponto matemático: na consciência que está ouvindo”. O evangelista João, ao afirmar “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”, nos ensina que

somente Cristo pode nos justificar e libertar de todo tipo de jugo e escravidão. Como evangélicos de confissão luterana vivemos na sociedade do conhecimento, não mais na sociedade do Antigo Testamento que utiliza o termo liberdade somente para designar o estado do homem livre em contraposição ao escravo ou servo. Vivemos numa sociedade que tem mais de duas classes sociais, como era na época do Novo Testamento. Aliás, com tremendas, e injustas, relações de desigualdades. Verdadeiramente livre significa existir e não apenas estar no mundo. Significa pensar discernir, porque existe e não apenas porque está no mundo. Livre é quem ouve, quem vive, e não apenas sobrevive. No filme Central do Brasil, prêmio de melhor filme e melhor atriz no festival de Berlin de 1998 e que visava “mostrar o Brasil escondido ao Brasil oficial” chega a ser comovente o esforço de Josué para se defender – sobreviver – sobretudo, porque essa defesa opera acompanhando sua determinação em negar o luto pela ausência do pai (o Estado, para o diretor do filme). O mercado econômico bem como o religioso coisificaram a pessoa, a tornaram imersa no processo, inexistente enquanto capaz de decidir, descartável: nas planilhas, nas relações, nos deveres, no exercício da cidadania. Contraria, portanto, o centro do ser cristão: a fé permanece o agente, o amor a ação. Ou seja, “a fé dá a liberdade de fazer o que é necessário por causa do próximo, isto é, o que o amor exige”. Livres, vamos, então, trabalhar. Somos servos de Deus! Pastor Carlos A. Möller

PLANO DE OFERTAS PARA O MÊS DE OUTUBRO 01 08 15 22 31

20º Domingo após Pentecostes 21º Domingo após Pentecostes 22º Domingo após Pentecostes 23º Domingo após Pentecostes Dia da Reforma

Local Sinodal Nacional Local Sinodal

O Sínodo oferta para a Vai e Vem OASE Sinodal Missão entre povos indígenas LUPA

“Missão de Deus - Nossa Vocação”


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