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GTE do futuro

Cap Av Freitas, Cap Av Junqueira, Cap Av Calenzani e Cap Av Felipe Malta

Planejar o futuro é uma ação imprescindível para se manter um status de excelência no tempo presente. É dessa forma que o GTE vem constantemente se adaptando e inovando no transporte especial, tanto na assessoria para aquisição de aeronaves e equipamentos, quanto no aprimoramento de capacidades e doutrina de voo. O GTE possuiu em sua frota aviões e helicópteros com tecnologia avançada, porém sempre há espaço para melhorias e adequações. Por exemplo, recentemente as aeronaves VC-2 e um exemplar do VC-99B receberam a instalação do sistema ADS-B, visando aprimorar a comunicação entre aeronaves e controladores, possibilitando maior efi ciência e segurança no tráfego aéreo, principalmente em rotas internacionais; em breve, outro VC-99B também contará com essa tecnologia.

Em termos de aquisições e atualizações, alguns estudos estão andamento para cada projeto voado, por exemplo:

Para o AIRBUS A319-133CJ, o nosso VC-1, vislumbra-se a aquisição do FANS A+B ou FANS C (Future Air Navigation Systems). Tal sistema permite a comunicação entre aeronave e órgão ATC, em áreas remotas ou continentais, por meio de mensagens de texto, sendo mais confi áveis que as mensagens de voz, usualmente adotadas. Já o HUD (Head Up Display) é uma possibilidade complementar à aviônica existente, sendo totalmente integrado ao cockpit, fornecendo a trajetória real da aeronave e aumentando a consciência situacional do voo. Por fi m, a aquisição do pacote para a realização dos procedimentos de aproximação RNP (AR) - Required Navigation Performance (Authorization Required), possibilitaria a realização de aproximações IFR em uma gama maior de aeródromos, sob condições específi cas de terreno e meteorologia, elevando nossa capacidade operacional.

Para os VC-2, EMBRAER E-190, espera-se, num futuro próximo, aumentar ainda mais a consciência situacional dos pilotos através da instalação do SVS (Synthetic Vision System), que utiliza banco de dados de terreno, obstáculos, hidrológicos

entre outros, armazenados a bordo da aeronave e que transmite estas informações por meio do sistema de navegação da aeronave, diretamente nas telas de navegação dos pilotos. Uma solução que permite visualizar em 3D o ambiente de voo. Na linha EMBRAER E-135, os VC-99 operados pelo GTE-2, além da iniciada instalação do sistema ADS-B, avançam os estudos quanto à renovação de interiores para proporcionar maior conforto e modernidade aos passageiros.

Uma outra opção de modernização ou substituição da frota, seriam aeronaves PRAETOR 600, também fabricadas pela nacional EMBRAER e que surgem como uma revolução da bem sucedida linha Legacy. Vantagens relativas à capacidade de navegação, maior conforto, maior autonomia e menores custos de operação podem ser vistos como uma substituição efi ciente dos vetores aéreos.

Quanto aos helicópteros, que operam vetores modernos e efi cazes, há um projeto para unifi car as capacidades que o VH-35 e VH-36 oferecem num único vetor, que poderia ser chamado de VH-X. Teria como principais requisitos a capacidade de transportar até 12 passageiros, com autonomia para voar até 450 NM com 20 minutos de reserva, e, velocidade de cruzeiro de 160 kt, sendo capaz de operar em Categoria A, CAT – A, em todas as fases do voo. Em termos de tecnologias, o VH-X terá uma redução no seu nível de ruídos em 50%, quando comparado aos modelos atuais, e redução dos níveis de vibração comparados ao de jatos executivos. A aviônica do VH-X será a primeira totalmente desenvolvida e integrada por uma fabricante de aeronaves de asas rotativas, que proverá elevados padrões de segurança, expressiva redução da carga de trabalho da tripulação, acurada consciência situacional e redundância de sistemas, com piloto automático nos 4 eixos e capacidade de realização de procedimentos RNP-AR.

Por fi m, destacam-se como atitudes majoritárias do efetivo do GTE, o entusiasmo com o cumprimento da missão, a observância constante da segurança de voo e o foco no aprimoramento contínuo, independentemente dos meios e recursos disponíveis. A busca pela melhoria contínua faz parte desta organização que trabalha com foco na excelência.