Notimp 03.12.2025

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03 de Dezembro de 2025

NOTIMP: 337 de 03/12/2025.

O Noticiário de Imprensa da Aeronáutica (NOTIMP) apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.

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Mísseis Meteor lançados pelos caças Saab F-39E Gripen da FAB acertaram os alvos designados com precisão

Redação Forças de Defesa - Publicada em 02/12/2025 16:07

Em novembro, a Força Aérea Brasileira (FAB) alcançou um marco importante ao realizar os primeiros disparos do míssil METEOR BVRAAM a partir do F-39E Gripen, fortalecendo o poder de dissuasão da defesa aérea do Brasil. Dois mísseis atingiram com precisão seus alvos designados, demonstrando a e cácia do armamento contra ameaças de longo alcance.

Os lançamentos ocorreram durante o Exercício Técnico BVR-X, na Base Aérea de Natal, no Rio Grande do Norte. Com a participação do Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA), o exercício reuniu quatro caças Gripen E em uma operação de grande escala que, pela primeira vez, permitiu que técnicos e pilotos da FAB manuseassem e empregassem o METEOR em condições próximas às de combate real.

O BVR-X foi um passo crucial para expandir as capacidades do F-39E Gripen. A combinação Gripen e METEOR projeta o poder de combate do Brasil e fortalece a dissuasão requerida por nossa Força Aérea e, acima de tudo, pelo país. Com sensores avançados, sistemas de missão e capacidades de guerra eletrônica, combinados a um míssil projetado para tornar a evasão praticamente impossível, temos uma combinação que oferece uma vantagem decisiva no combate aéreo , a rmou o Major-Brigadeiro do Ar Breno Diogenes Gonçalves, Comandante da Base Aérea de Natal e Diretor do Exercício Técnico.

O sucesso dessa operação re ete a forte parceria entre a Força Aérea Brasileira, a Saab e a MBDA. Por meio dessa colaboração próxima, estamos trazendo tecnologia de ponta para o Brasil. A combinação do METEOR com o Gripen coloca o país entre as poucas nações no mundo com acesso a esse nível de inovação em combate aéreo , disse Peter Dölling, Diretor-Geral da Saab Brasil.

O METEOR é um dos melhores exemplos do que está no cerne do DNA da MBDA: a cooperação. Ele é resultado do esforço conjunto de seis nações europeias, lideradas pela MBDA, para criar o sistema ar-ar mais so sticado em operação atualmente. O míssil, já certi cado para uso com o Gripen E na Suécia, representa uma mudança de paradigma que garante superioridade aérea ao seu operador. Ver o Brasil se bene ciar dessa capacidade é motivo de orgulho para a MBDA , explicou Ricardo Mantovani, Vice-Presidente de Vendas para Exportação das Américas na MBDA.

O motor ramjet do METEOR fornece propulsão contínua até a interceptação do alvo, criando a maior zona sem escape entre todos os mísseis ar-ar de médio alcance. Sua cinemática no engajamento nal

e sua ogiva de fragmentação garantem máxima e cácia. O METEOR pode engajar uma ampla variedade de alvos, dia e noite, em qualquer condição climática, inclusive em ambientes intensos de guerra eletrônica.

Os preparativos para o Exercício Técnico BVR-X aconteceram com suporte da Saab, da MBDA e de diversas unidades da FAB, incluindo o Instituto de Aplicações Operacionais, que recebeu conhecimentos essenciais sobre o emprego do míssil. Aeronaves de patrulha também atuaram na segurança da área marítima para garantir condições adequadas de lançamento. Os alvos eram dois drones Mirach 100/5 manobráveis, especialmente preparados para o exercício. Eles replicavam o per l de velocidade e altitude de caças modernos, criando um ambiente desa ador que comprovou a precisão do míssil e adicionou realismo à avaliação.

O resultado do exercício destacou o alto desempenho do F-39E Gripen em conjunto com o míssil METEOR, rea rmando sua importância dentro da capacidade de defesa aérea da Força Aérea Brasileira.

Sobre a Saab

A Saab é uma empresa líder em defesa e segurança, com uma missão duradoura: ajudar as nações a manterem seu povo e sua sociedade em segurança. Impulsionada por seus 26 mil pro ssionais talentosos, a Saab está constantemente superando os limites da tecnologia para criar um mundo mais seguro e sustentável. A Saab projeta, fabrica e mantém sistemas avançados nas áreas de aeronáutica, armamentos, comando e controle, sensores e sistemas subaquáticos. A empresa tem sede na Suécia, operações importantes em diversas partes do mundo e integra as capacidades de defesa nacionais de vários países. A Saab mantém uma parceria de longo prazo com o Brasil e fornece diversas soluções avançadas para o país, tanto civis quanto militares. Com o Programa Gripen Brasileiro, a empresa estabeleceu uma ampla transferência de tecnologia que está bene ciando a indústria de defesa nacional.?

FOLHA DE BARBACENA - EPCAR forma mais 59 novos Soldados da FAB em 2025

Com início em agosto, Curso de Formação de Soldados (CFSd) preparou os militares por meio de inúmeros treinamentos administrativos e operacionais.

Iuri - Publicada em 02/12/2025 10:50

A Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR) formou 59 novos Soldados da Força Aérea Brasileira (FAB), no último mês de novembro. A Bellator é a segunda turma oriunda do serviço militar obrigatório que passou, neste ano de 2025, pelo Curso de Formação de Soldados (CFSd) na Nascente do Poder Aéreo. A cerimônia de conclusão do Curso foi realizada no dia 26 de novembro, quando os militares prestaram seu Compromisso à Bandeira Nacional.

Militares do efetivo e convidados dos formandos participaram da formatura do CFSd, presidida pelo Chefe da Divisão Administrativa, Coronel Aviador Joel de Castro Sales. Ao incorporarem-se à Aeronáutica Brasileira, os Soldados devem cumprir rigorosamente as ordens das autoridades, respeitar os superiores hierárquicos e tratar com afeição os

irmãos de arma e com bondade os subordinados. Essas obrigações, explícitas no compromisso prestado durante a cerimônia, são condição para a dedicação ao serviço da Pátria, a ser defendida até mesmo com o sacrifício da própria vida.

Em sua Ordem do Dia, o Comandante da EPCAR, Brigadeiro do Ar André Luiz Alves Ferreira, destacou a conquista da Turma Bellator e os desa os superados, com muito esforço. Jovens Soldados, eu saliento que esta foi a primeira vitória alcançada. Os senhores apenas iniciaram seus caminhos no seio da FAB. O brilho do olhar que os trouxe até aqui precisará ser renovado a cada dia, mesmo nos mais difíceis, para que o foco jamais seja esquecido. Saibam que, ao ingressarem nas leiras da Força Aérea, os senhores passaram a fazer parte de uma das mais respeitadas instituições do Brasil , escreveu.

A necessidade de dedicação à vida militar foi repassada aos então recrutas pelos instrutores ao longo dos quatro meses de Curso de Formação, iniciado em agosto. É o que contou Samuel Fabiano Silva e Sousa, primeiro colocado, com média de 8,2. Aprendemos logo no início do curso sobre a dedicação, muito frisada pela equipe de instrução, e o padrão militar que temos que manter. Muito obrigado aos instrutores, porque eles foram essenciais e sempre falaram o quanto é importante estudar, que o conhecimento é um dos pilares da Força Aérea. Meu pai também foi Soldado, eu me senti muito honrado de ser 01 agora da turma por causa dele , explicou.

Durante a formação, os recrutas tiveram diversos treinamentos administrativos e operacionais. Um dos instrutores, o Sargento Especialista em Guarda e Segurança, Afoncelso Campos de Araujo Junior, ministrou a disciplina Táticas de Combate Terrestre, a qual inclui lições básicas para os militares, como tiro, camu agem e sobrevivência. Esta turma se destacou principalmente pela força de vontade de cumprir a missão. A turma sempre queria participar de todas as instruções, tanto as de regulamento quanto as de combate , contou.

Eleito padrão militar pelos instrutores e colegas de turma, o Soldado Maycon Daniel Costa Pires explicou que buscou, durante toda a formação, seguir o exemplo dos Graduados e O ciais da EPCAR. O elevado espírito de corpo me ajudou bastante, mas eu também quis ser como os excelentes militares daqui. Deu certo, e conseguimos honrar o nome que escolhemos, Bellator, que quer dizer guerreiro em latim, representando a nossa união , disse.

Matérias não publicadas no Portal da Força Aérea Brasileira

Se Europa quer guerra, estamos prontos agora, diz Putin

Antes de se encontrar com genro de Trump e negociador para discutir paz na Ucrânia, russo critica demandas europeias. Kiev nega perda total de cidade que Moscou disse ter conquistado na véspera do encontro com os americanos

Igor Gielow - Publicada em 02/12/2025 12:42

Pouco antes de se encontrar com os enviados de Donald Trump para discutir uma saída para o con ito que iniciou em 2022 na Ucrânia, o presidente Vladimir Putin voltou suas baterias para os aliados de Kiev no continente europeu. "Se a Europa quer lutar, estamos prontos agora", a rmou. O líder russo falava a uma plateia de empresários num evento em Moscou, enquanto o negociador Steve Witko e o genro de Trump Jared Kushner esperavam para encontrá-lo no Kremlin.

Putin se queixava das mudanças sugeridas pelos europeus no plano de paz que havia sido desenhado por Witko e o negociador russo Kirill Dmitriev, que era francamente favorável ao Kremlin, apesar de o presidente ter negado sua paternidade. Entre elas estavam deixar em aberto a possibilidade da entrada da Ucrânia na aliança ocidental Otan e o não reconhecimento internacional dos cerca de 20% do território ucraniano que Putin ocupa.

As demandas, disse, são "absolutamente inaceitáveis" e visam sabotar as negociações. Ele voltou a dizer que a Rússia não quer entrar em con ito com a Europa, mas mudou o tom ao dizer que está pronto para isso. Com isso, aumenta a pressão sobre os aliados de Kiev, buscando alinhamento direto com Trump e buscando pintar a Europa como adversária de ambos. Na visão russa, os europeus querem a continuidade da guerra para minar Moscou, o que por óbvio eles negam.

O discurso belicista europeu vem crescendo desde que Putin atacou a Ucrânia, com um movimento de rearmamento em curso. O problema disso é o tempo, dado que até aqui a Europa contava com o que considerava proteção automática dos Estados Unidos, algo que o republicano não parece disposto a fornecer. Com isso, diversos governos europeus já preveem algum tipo de con ito, senão uma guerra aberta, com a Rússia até 2030. Na elite moscovita, isso é visto por alguns como algo que pode acontecer antes do m do mandato de Trump, em janeiro de 2029.

Putin está revigorado pelo anúncio feito na véspera da mais importante vitória militar em quase dois anos, a tomada de Pokrovsk, centro logístico das forças de Kiev na região de Donetsk, joia da coroa da lista de desejos territoriais do russo. Zelenski insinuou que a conquista e outros avanços importantes, como a ocupação de Vovtchansk (norte), eram exageros. Mais tarde, seu Estado-Maior a rmou que as derrotas "não correspondiam à realidade" e o comando local ucraniano em Donetsk disse que ainda lutava em áreas no norte de Pokrovsk. O chefe do Kremlin, por sua vez, disse nesta terça que o seu Exército "estava em total controle" do local. Segundo analistas militares ucranianos e russos, contudo, os dados disponíveis indicam um fato consumado em favor do Kremlin na região. Como sempre no con ito, uma gura mais clara só irá emergir em alguns dias.

A queda de Pokrovsk, se for um fato, sinaliza a abertura de um caminho para a Rússia avançar sobre os 15% restantes que não controla de Donetsk, 1 das 4 regiões que Putin anexou ilegalmente em 2022 e que cuja posse e reconhecimento como suas é uma de suas demandas. O russo busca uma posição de força, ao gosto da política defendida por Trump nesta terça, disse ter tomado mais duas vilas no sul do vizinho. Ele também ameaçou "isolar a Ucrânia do mar" após dois ataques contra navios mercantes russos em poucos dias. "Assim não haverá pirataria", disse. Ele também a rmou que iria "tomar medidas" contra petroleiros de nações que apoiam Kiev, mas sem especi car

O clima otimista, verdadeiro ou não, espera os americanos em Moscou com o presidente convencido pela linha-dura do Kremlin que pode impor condições por ter a mão mais pesada no campo de batalha. Antes de se encontrar com Putin, a dupla americana se reuniu com Dmitriev. Fiel a seu estilo mascate, o russo postou nesta terça um vídeo feito com inteligência arti cial defendendo a ideia do "túnel Putin-Trump", uma obra que ligaria o Alasca à Rússia. Foi uma referência pouco sutil à sua defesa de oportunidades de negócios caso haja paz.

Zelenski e os europeus temem ser escanteados novamente da discussão. O ucraniano havia reagido ao plano inicial com apoio de aliados europeus e conseguiu fazer o que chamou nesta terça de versão re nada em duas etapas, ocorridas nos dois últimos domingos em Genebra e, depois, na Flórida. Ele, que está na Irlanda após visitar a França, escreveu no X que é vital manter os parceiros do continente à mesa nas negociações, algo a que Trump dá pouca importância.

Para agravar sua situação, Zelenski enfrenta um enorme escândalo de corrupção no setor de energia de seu governo, que nesta terça derrubou mais uma autoridade em Kiev. A principal vítima até aqui, embora não esteja clara a acusação, foi seu poderoso chefe de gabinete, Andrii Iermak, que liderava as negociações de paz. Nesta terça, Zelenski disse que "esta é a melhor oportunidade para a paz" e que está pronto para discutir com os americanos os termos debatidos em Moscou. Ao mesmo tempo, a rmou que não haverá acordo sem "decisões difíceis" e que não permitirá que sejam feitos arranjos "pelas costas da Ucrânia". Ele voltou a pedir o uso de ativos russos congelados no exterior para armar Kiev e para a reconstrução do país, mas o plano enfrenta oposição. Segundo o jornal britânico Financial Times, o Banco Central Europeu rejeitou o plano da União Europeia de usar as reservas de US$ 300 bilhões, a maior parte num fundo belga, como garantia de um empréstimo de US$ 160 bilhões aos ucranianos. O órgão considera que a tomada do dinheiro seria ilegal, como a rma Moscou.

Lula

liga para Trump e discute combate ao crime organizado em meio a tensão na Venezuela

Sem citar Caracas, presidente pediu urgência em cooperação dos Estados Unidos sobre o assunto; Washington tem milhares de tropas posicionadas no Caribe e faz pressão contra Nicolás Maduro

Mariana Brasil - Publicada em 02/12/2025 14:08

O presidente Lula (PT) ligou nesta terça-feira (2) para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, telefonema no qual trataram do combate ao crime organizado. Sem citar as interferências do país na Venezuela, o brasileiro pediu cooperação dos EUA no tema. A chamada desta terça, que durou 40 minutos, também tratou de temas da agenda comercial e econômica, segundo o Planalto. Lula indicou ter sido "muito positiva" a decisão dos EUA de retirar a tarifa adicional de 40% imposta a alguns produtos brasileiros, como carne, café e frutas.

"[Lula] Destacou as recentes operações realizadas no Brasil pelo governo federal com vistas a as xiar nanceiramente o crime organizado e identi cou rami cações que operam a partir do exterior. O presidente Trump ressaltou total disposição em trabalhar junto com o Brasil e que dará todo o apoio a iniciativas conjuntas entre os dois países para enfrentar essas organizações criminosas", diz nota do governo brasileiro.

Os dois presidentes concordaram em voltar a conversar em breve sobre o andamento dessas iniciativas. Os Estados Unidos mantêm desde agosto uma operação antidrogas no Caribe, segundo uma carta de Maduro divulgada neste domingo (30). A mobilização americana inclui navios, caças, milhares de militares e o maior porta-aviões do mundo. Caracas a rma que as manobras não têm como objetivo combater o narcotrá co, mas sim derrubar o regime.

Em ligação feita no dia 21 de novembro com o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, Trump teria

rejeitado uma série de pedidos feitos por ele. A ligação ocorreu após meses da crescente pressão dos EUA sobre o país latino. No telefonema desta terça, Lula também voltou a tratar do tarifaço, a rmando que ainda há outros produtos tarifados que precisam ser discutidos entre os dois países, e reforçou a intenção do Brasil de avançar rápido nessas negociações.

Nesta semana, documento da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) sobre os desa os da instituição para o próximo ano apontou que a interferência externa e a atuação do crime organizado como riscos para o processo eleitoral de 2026. As conclusões estão no documento "Desa os da Inteligência Edição 2026", relatório em que a Abin apresenta à sociedade e às autoridades com sua avaliação sobre os riscos diretos e indiretos à segurança do país no próximo ano.

A pauta de combate ao crime organizado ganhou mais força política após a megaoperação policial no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos. Na ocasião, o governador Cláudio Castro (PL) travou embates com o governo federal, alegando falta de amparo da gestão de Lula para a segurança pública dos estados. Em reação, o governo tratou de acelerar o andamento de pautas de autoria da gestão petista no Congresso Nacional.

Os principais carros-chefes são a PEC da Segurança Pública, proposta pelo ministro Ricardo Lewandowski (Justiça), que centraliza no Executivo algumas diretrizes de segurança que os estados devem seguir. A pauta sofre com resistências de governadores. Junto a ela, o PL Antifacção foi um dos principais objetos de embate e discussão política entre governo e oposição, após mudanças feitas no texto de Lewandowski pelo relator Guilherme Derrite (PP-SP), secretário de segurança licenciado de Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Enviado de Trump chega a Moscou para se reunir com Putin em meio a negociações sobre plano de paz

A conversa vai ocorrer depois que um plano de 28 pontos apresentado por Washington e Moscou foi considerado uma capitulação por o ciais em Kiev e Bruxelas

Por Redação - Publicada em 02/12/2025 09:48

MOSCOU-O enviado especial dos EUA, Steve Witko , irá se reunir com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em Moscou nesta terça-feira, 2, para discutir as diretrizes de um plano de paz para acabar com a guerra na Ucrânia. O genro do presidente americano Donald Trump, Jared Kushner, também deve participar do encontro. De acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, a reunião durará o tempo que for necessário . A conversa vai ocorrer depois que um plano de 28 pontos apresentado por Washington e Moscou foi considerado uma capitulação por o ciais em Kiev e Bruxelas.

O plano mais alinhado ao Kremlin daria garantias a Moscou de que Kiev não entraria na Otan, além de uma promessa de que a aliança militar não se expandiria para mais perto da fronteira russa. A fórmula de paz também limitaria o tamanho do Exército ucraniano e exigiria a cessão das regiões ucranianas de Donetsk e Luhansk, que Moscou não controla totalmente. Depois de uma oposição vocal ao plano, o ciais europeus e uranianos se reuniram com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, em Genebra e conseguiram mover o pêndulo da fórmula de paz para condições mais favoráveis a Kiev e Bruxelas. A proposta foi encurtada de 28 para 19 pontos e agradou os ucranianos, mas pontos-chave, como as demandas territoriais russas, uma mudança constitucional que exclui a possibilidade de adesão ucraniana à Otan e a natureza exata da garantia de segurança dos Estados Unidos ainda precisam ser discutidos.

Negociação

No nal de semana, o ciais americanos se reuniram com negociadores ucranianos em Palm Beach. As conversas foram consideradas bem sucedidas por ambas as partes, mas o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, a rmou que há mais trabalho a ser feito. Zelenski disse que as conversas na Flórida tomaram como ponto de partida um documento que ambos os lados redigiram em uma reunião anterior em Genebra. O líder ucraniano apontou que esse documento havia sido nalizado , embora não tenha explicado o que isso signi cava.

Segundo um comunicado na rede social Telegram, o presidente ucraniano destacou que Kiev estava trabalhando para garantir que parceiros europeus estejam substancialmente envolvidos na tomada de decisões. A inteligência ucraniana fornecerá aos parceiros as informações que temos sobre as verdadeiras intenções da Rússia e suas tentativas de usar esforços diplomáticos como cobertura para aliviar sanções e bloquear decisões coletivas europeias importantes , apontou o líder da Ucrânia.

Complicações

Embora as reuniões desta semana possam avançar o processo de paz, poucos detalhes se tornaram públicos. Ainda não está claro como os enviados vão conseguir superar divergências entre os dois lados sobre questões básicas como quem ca com qual território. Aliados europeus dizem que o caminho para a paz será longo. A principal preocupação é conseguir garantias de segurança para a Ucrânia em um futuro pós-guerra, mas os o ciais em Bruxelas temem as futuras ambições territoriais da Rússia e estão tentando formular um plano para nanciar militarmente a Ucrânia além deste ano.

Outra questão é se Kiev aceitará ceder territórios a Moscou em troca da paz. Uma posição de longa data de Zelenski é de que qualquer trégua deveria congelar as atuais posições de combate, mas Putin já reiterou que quer que a Ucrânia ceda territórios para garantir a paz. O Kremlin anunciou na segundafeira, 1, que as forças russas capturaram a importante cidade de Pokrovsk, na região de Donetsk, mas a informação não foi con rmada por Kiev.

A posição russa

Apesar de se dizer aberto a negociar com Trump, Putin também está preparado para continuar a guerra. Mesmo com elevadas perdas no campo de batalha e as di culdades econômicas por conta das sanções, o líder russo acredita que pode continuar ganhando terreno com o objetivo de forçar Kiev a aceitar mais exigências antes de um acordo. Analistas ucranianos que conversaram com a revista britânica The Economist apontam que Putin não estará pronto para negociar até o nal do inverno no Hemisfério Norte, em fevereiro. Nessa data, o líder russo terá que decidir se irá lançar uma rodada mais ampla de recrutamento e a economia russa deve começar a sentir mais a queda das receitas de petróleo e o efeito das sanções. Para o presidente russo, é necessário anexar totalmente as províncias de Luhansk, Donetsk, Zaporizhia e Kherson para vender uma imagem de vitória perante o seu público interno./com AP

Os bastidores do Planalto e do Congresso Lula diz a Trump que ação militar na Venezuela teria efeitos colaterais, mas americano é evasivo

Em ligação feita da re naria Abreu e Lima, em Pernambuco, presidente pediu saída diplomática para o contencioso entre Washington e Caracas

Vera Rosa - Publicada em 02/12/2025 17:51

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está bastante preocupado com uma ação militar norte-americana na Venezuela. Em telefonema ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta terça-feira, 2, Lula disse a ele que o Brasil espera uma saída diplomática e política para o contencioso entre Washington e Caracas o mais rápido possível. Na conversa, o presidente a rmou a Trump que uma ofensiva dos Estados Unidos sobre a Venezuela teria efeitos colaterais sobre o Brasil, a Colômbia e países vizinhos. Em outras palavras, jogaria ainda mais gasolina na fogueira.

De acordo com relatos obtidos pelo Estadão, Lula destacou a importância de uma solução pací ca para o con ito, mas Trump foi evasivo sobre esse assunto. Não respondeu nem que os Estados Unidos vão bombardear a Venezuela nem que a tentativa de acordo está interrompida. O governo brasileiro e a cúpula do PT não creem que os Estados Unidos tenham apoio da União Europeia nem da Rússia ou da China para uma intervenção militar na Venezuela. Em conversas reservadas, auxiliares de Lula observam que, por trás dessa disputa, há o interesse cada vez maior dos EUA nos barris de petróleo do país comandado pelo ditador Nicolás Maduro.

Nos últimos dias, Trump recusou todos os pedidos feitos por Maduro. O líder chavista condicionou sua saída da Venezuela à anistia para ele e sua família, ao m do processo que enfrenta no Tribunal Penal Internacional e ao término das sanções americanas. Trump deu a Maduro prazo de uma semana para deixar a Venezuela. O ultimato terminou na sexta-feira, 28. De lá para cá, as pressões de Washington sobre Caracas só aumentaram, com fechamento do espaço aéreo venezuelano.

Além de abordar a questão da Venezuela, Lula expôs a Trump o que o Brasil tem feito para combater o crime organizado, com operações da Polícia Federal que as xiam nanceiramente as facções, como a Carbono Oculto. Na conversa de 40 minutos, os dois trataram, ainda, das rami cações internacionais do narcotrá co. O presidente dos EUA demonstrou muito interesse em trabalhar junto com o Brasil para neutralizar as facções.

Lula ligou para Trump quando estava na re naria Abreu e Lima, em Ipojuca, no interior de Pernambuco. Apesar de elogiar a retirada da sobretaxa de 40% imposta pelos EUA a produtos brasileiros como café, carnes e frutas, Lula pediu ao americano que acelerasse as negociações para reduzir as tarifas de 22% dos itens exportados pelo Brasil que ainda enfrentam esse problema. Trump foi simpático: não disse nem sim, nem não. Mas piscou.

Câmara põe sigilo em lista de passageiros de voo da FAB que levou Motta e Gilmar ao Gilmarpalooza

Rodrigo Castro - Publicada em 03/12/2025 05:56

A Câmara colocou sob sigilo a lista de passageiros de um voo da FAB que levou Hugo Motta e Gilmar Mendes para participar da primeira edição latina do Gilmarpalooza , o fórum jurídico organizado pelo ministro do STF, em Buenos Aires. O jatinho da FAB foi requisitado para apoiar o presidente da Câmara e saiu de Brasília em 5 de novembro, com 10 passageiros. A lista, no entanto, não foi publicada pela Aeronáutica, como em outros casos.

Na ocasião, a Aeronáutica alegou que o voo foi solicitado por motivos de segurança e, por isso, a relação de quem estava a bordo não seria divulgada. A coluna então pediu, via Lei de Acesso à Informação, a lista completa dos passageiros. Mas a Câmara alegou que o uso dessas aeronaves ocorre por motivos de segurança que impelem a classi cação de sigilo de informações como as reivindicadas .

Trata-se do mesmo expediente adotado em julho, após Motta viajar ao próprio Gilmarpalooza, em Lisboa. Naquela época, a Câmara também rejeitou um pedido de acesso à informação feito pelo repórter Rafael Moraes Moura, da coluna de Malu Gaspar, que revelou o voo. Diante da negativa, o TCU abriu um processo para apurar o sigilo. O subprocurador-geral Lucas Furtado entrou com uma representação na para que a Câmara fosse obrigada a informar a lista completa de passageiros.

De acordo com um decreto editado em 2020, referente ao transporte aéreo de autoridades em aeronaves da Aeronáutica, cabe ao órgão solicitante prestar esclarecimentos sobre a lista de passageiros que acompanharam a autoridade no deslocamento. A coluna recorreu e reiterou o pedido.

Alcolumbre cancela sabatina de Messias e critica demora de Lula em enviar indicação ao Senado: `Grave`

Lula anunciou escolha de Messias para vaga no STF, mas não enviou mensagem que formaliza indicação ao Senado. Alcolumbre defendia escolha de Rodrigo Pacheco para o cargo.

Vinícius Cassela, Isabella Calzolari - Publicada em 03/12/2025 16:40

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), anunciou nesta terça-feira (2) conforme adiantou o g1 o cancelamento da sabatina do advogado-geral da União, Jorge Messias, escolhido por Lula para substituir Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF). A sabatina de Messias na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e a votação da indicação no plenário do Senado estavam previstas para o dia 10 de dezembro. Entretanto, para ganhar tempo e viabilizar reuniões de Messias com senadores, o governo Lula não enviou ao Senado a mensagem que formaliza a indicação de Messias.

Sem isso, a Casa não consegue analisar a indicação no cronograma anunciado por Alcolumbre e pelo presidente da CCJ, Otto Alencar (PSD-BA). Em comunicado a senadores, o presidente do Senado classi cou a demora do governo Lula em formalizar a indicação com o envio da mensagem como "grave e sem precedentes". "Após a de nição das datas pelo Legislativo, o Senado foi surpreendido com a ausência do envio da mensagem escrita referente à indicação, já publicada no Diário O cial da União e

amplamente anunciada Essa omissão, de responsabilidade exclusiva do Poder Executivo, é grave e sem precedentes", disse.

O senador do Amapá também classi cou a falta do envio da mensagem ao Senado com uma "interferência" do governo no cronograma estabelecido pelo Poder Legislativo. Desde que Barroso anunciou a antecipação da aposentadoria no STF, Alcolumbre defendeu e fez articulações em torno do nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), seu aliado no Senado.

No entanto, Lula optou pela indicação de Jorge Messias, que já ocupou diversas funções em governos petistas e desde 2023 exerce o cargo de advogado-geral da União.

Governo não tem intenção de 'burlar', diz ministro

O ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Sidônio Palmeira, a rmou que "não tem nenhuma intenção de o Executivo burlar qualquer coisa", ao ser questionado sobre as críticas de Alcolumbre à demora do governo de enviar a mensagem ao Congresso com a indicação de Jorge Messias. A declaração de Sidônio ocorreu minutos depois Alcolumbre anunciar o cancelamento da sabatina do advogado-geral da União. O anúncio de Alcolumbre ocorreu enquanto Sidônio e outros ministros participavam de uma coletiva de imprensa no Palácio do Planalto. A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Ho mann, deixou a coletiva sem comentar a decisão do presidente do Senado.

Alcolumbre demorou a marcar sabatina de Mendonça

Em 2021, quando o então presidente Jair Bolsonaro (PL) indicou André Mendonça para o Supremo, Alcolumbre marcou a análise na CCJ para 142 dias depois. Naquela ocasião, Alcolumbre presidia a comissão, por onde a indicação precisa passar antes de ser votada no plenário, e nos bastidores também defendia um outro nome para a vaga o do ex-procurador-geral Augusto Aras. De todos os nomes indicados para o STF desde 1988, quando entrou em vigor a atual Constituição, Mendonça foi o que teve o maior tempo de espera 142 dias, ou quase cinco meses entre a indicação pelo presidente da República e a aprovação pelo Senado.

Drones: Avanços globais e a realidade brasileira

Publicada em 02/12/2025 08:57

As aeronaves remotamente pilotadas, também conhecidas como ARPs ou drones, vêm ganhando papel estratégico nas operações de defesa modernas. Inicialmente desenvolvidas para missões de reconhecimento, essas plataformas evoluíram ao integrar tecnologias como inteligência arti cial, sensores multiespectrais, sistemas de comunicação em tempo real e recursos de apoio eletrônico. Esse avanço as consolidou como ferramentas essenciais para missões de vigilância, inteligência e resposta tática.

Nos últimos anos, o uso de ARPs ganhou destaque em operações de grande escala, como as que ocorrem entre Ucrânia e Rússia e no Oriente Médio,

demonstrando sua e ciência em missões de ISR, sigla para Inteligência, Vigilância e Reconhecimento. Essas missões incluem apoio à tomada de decisão em tempo real, rastreamento de alvos, logística aérea e suporte às tropas em solo. Ao mesmo tempo em que ampliam a capacidade de atuação dos Estados, os drones também levantam novos desa os técnicos e operacionais.

O papel do ISR nas operações contemporâneas

ISR é um conceito central nas operações modernas, envolvendo o uso coordenado de sensores, coleta de dados e análise integrada para oferecer conhecimento situacional preciso. Essa inteligência em tempo real permite que forças operacionais tomem decisões rápidas e informadas em ambientes diversos, inclusive em missões humanitárias, vigilância ambiental ou proteção de fronteiras. A exibilidade e o alcance das aeronaves remotamente pilotadas permitem que o ISR seja aplicado de forma e ciente em ações interagências, operações de combate a ilícitos, monitoramento ambiental e vigilância de áreas estratégicas. Com essas capacidades, os drones tornam-se verdadeiros multiplicadores operacionais em diversos cenários.

Brasil

e os drones, uma trajetória de consolidação

O Brasil vem ampliando o uso de ARPs em suas forças de segurança e defesa, com foco na vigilância territorial e na modernização tecnológica. A Estratégia Nacional de Defesa, estabelecida em 2008, já previa o fortalecimento da base industrial de defesa e o domínio de tecnologias aeroespaciais, mesmo que o uso de drones ainda não estivesse plenamente difundido naquela época.

Como os ARP s podem ser úteis no Brasil em diferentes frentes:

Monitoramento de áreas sensíveis como a Amazônia, com foco em vigilância de fronteiras, scalização ambiental e combate a ilícitos transnacionais

Apoio a operações interagências, envolvendo Forças Armadas, Polícia Federal, Ibama e outros órgãos públicos

Atuação em operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e apoio à segurança pública em grandes eventos

Destaque operacional, o Hermes 900 e sua contribuição à FAB

Entre os sistemas em uso no Brasil, o Hermes 900 tem se destacado pelas suas capacidades operacionais. A Força Aérea Brasileira conta atualmente com essas aeronaves, operadas pelo Esquadrão Hórus, com base em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Com autonomia superior a 30 horas de voo, sensores eletro-ópticos, infravermelho e radares de abertura sintética, o Hermes 900 desempenha missões de vigilância aérea, reconhecimento tático e apoio a operações integradas com outras forças. Também é utilizado em situações de emergência, como o monitoramento de áreas sob risco ambiental, e em ações coordenadas com aeronaves tripuladas. Sua versatilidade permite aplicações que vão além do ambiente militar, incluindo vigilância de áreas costeiras, apoio à defesa civil e mapeamento de áreas remotas.

Drones como instrumentos estratégicos de soberania

O Brasil ainda não emprega drones com armamentos embarcados. Essa decisão envolve uma combinação de fatores. Do ponto de vista estratégico, a doutrina de defesa nacional prioriza a proteção do território e a atuação dissuasiva, enquanto o uso de drones armados está mais associado a posturas ofensivas, que não re etem a realidade regional brasileira. Há também fatores políticos e sociais, incluindo a preferência por investimentos em tecnologias de defesa passiva e vigilância, e a preocupação com a imagem internacional do Brasil como um país pací co e cooperativo na América Latina.

A evolução dos drones no Brasil mostra um caminho sólido de modernização e integração tecnológica. Com plataformas como o Hermes 900, o país reforça sua capacidade de proteger o território, antecipar ameaças e operar de forma integrada com diversas agências. A aposta em sistemas de vigilância e inteligência oferece ganhos reais em segurança, e ciência operacional e soberania nacional. O cenário global aponta para uma crescente valorização de dados, sensores e interoperabilidade, áreas nas quais o Brasil já dá passos rmes.

Caiado defende o uso das Forças Armadas no combate à criminalidade de facções | BASTIDORES CNN

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), falou em entrevista coletiva, nesta segunda-feira (2), após a discussão da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Segurança Pública. Caiado defendeu a presença das Forças Armadas no combate à criminalidade das facções no Brasil.

da Redação - Publicada em 02/12/2025 15:10

Trama

golpista: Braga Netto é o general mais sujeito a perder patente

Apuração de Luísa Martins, no CNN 360°, indica que Walter Braga Netto teve participação mais signi cativa na trama golpista, enquanto outros generais podem manter seus postos por histórico nas Forças Armadas

da Redação - Publicada em 02/12/2025 18:20

O STM (Superior Tribunal Militar) pode tomar decisões distintas em relação aos militares condenados no núcleo 1 da tentativa de golpe. Segundo apurou Luísa Martins, no CNN 360°, o general Walter Braga Netto emerge como o militar com maior risco de perder sua patente, devido à avaliação de sua participação mais expressiva nos eventos. Sua situação se destaca por ter recebido a segunda maior pena entre os condenados no processo.

"Se o julgamento acontecesse hoje, poderia ocorrer um cenário em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e Braga Netto perderiam suas patentes, devido à participação de maior importância na trama golpista", a rmou a analista.

Em contrapartida, existe a possibilidade do general Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), e do general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, manterem suas patentes. Fontes próximas ao tribunal indicam que a maioria dos ministros pode considerar a extensa carreira militar de ambos, argumentando que um único erro não deveria invalidar décadas de serviço às Forças Armadas. O caso do almirante Almir Garnier Santos permanece em análise, considerando que foi o único comandante das Forças Armadas que, conforme estabelecido pelo STF, teria disponibilizado

tropas para participar da tentativa de golpe de Estado.

A decisão nal sobre a perda das patentes ainda aguarda os procedimentos formais do Ministério Público Militar. O procurador-geral da Justiça Militar sinalizou que a representação necessária para dar início ao processo será apresentada somente no começo de 2026.

Maior feira aeronáutica da América Latina, FIDAE projeta forte participação de expositores em 2026

Murilo Basseto - Publicada em 02/12/2025 13:41

De 7 a 12 de abril de 2026, será realizada a 24ª edição da Feira Internacional do Ar e do Espaço (FIDAE), em Santiago, no Chile, consolidada como a Exposição Aeroespacial, de Defesa e Segurança de maior tradição, relevância e renome da América Latina. Às vésperas de completar 46 anos de existência, o evento já conta com cerca de 65% dos espaços comerciais contratados, além de 108 expositores con rmados, provenientes de 23 países, o que rea rma a importância que a FIDAE tem na região, ressalta a organização do evento.

Isso se deve, em parte, ao fato de que a feira reúne o melhor mix de empresas do continente, em um ambiente projetado para ser uma plataforma ideal que potencializa a geração de negócios e intercâmbio comercial, promove relações B2B, incentiva o networking e produz importantes conferências sobre temas relacionados ao setor Aeroespacial, de Defesa e Segurança, tornando-a uma exposição integral que evolui junto com os avanços do setor aeroespacial. Além disso, a Feira Internacional do Ar e do Espaço consolida os laços de colaboração entre expositores, clientes e potenciais compradores, tornando-se uma excelente oportunidade para explorar novas alianças comerciais na América Latina.

Na edição anterior, em 2024, a FIDAE contou com 428 expositores, 25 conferências, 10 seminários, 411 meios de comunicação, 1.513 jornalistas e spotters credenciados, 116.377 visitantes, 57 países participantes e 55 delegações o ciais, 3.086 reuniões agendadas.

FAB autoriza o pouso de caças F-16 da Argentina na Base Aérea de Natal

Mateus Alves Mateus Alves - Publicada em 02/12/2025 21:00

A Força Aérea Brasileira autorizou na noite desta terça-feira (02) o pouso e permanência de caças F-16 da Força Aérea Argentina (FAA), junto de outros aviões de suporte. As seis aeronaves, sendo quatro do modelo F-16B MLU de dois lugares (biplace) e dois do modelo F-16A MLU, de um lugar (monoplace), foram compradas da Dinamarca e estão sendo transferidas esta semana para o arsenal argentino. Junto desses caças está um Boeing 737-700 e um KC-130H Hércules da FAA dando apoio logístico, enquanto três aviões Boeing KC-135R Stratotanker dos EUA farão o apoio de reabastecimento aéreo para a travessia do Atlântico.

Nesta terça o comboio se encontra na Ilha de Gran Canária, na Espanha, e fará a travessia do Atlântico nas primeiras horas desta quarta-feira, 3 de dezembro. A FAB informou em nota o cial que os

aviões argentinos e americanos estão autorizadas a sobrevoar e pousar na Base Aérea de Natal (BANT) e que permanecerão no Rio Grande do Norte até sexta-feira, dia 5, quando decolarão para a Base Aérea de Río Cuarto, na província de Córdoba, onde carão sediados.

No mesmo dia está previsto um grande des le aéreo pelo país para apresentação ao público das novas aeronaves Fighting Falcon, trazendo de volta a capacidade aérea supersônica para a Argentina, que nas últimas décadas cou praticamente sem possibilidade de defesa aérea por falta de investimentos do governo, em constante e repetida crise econômica e scal, mantendo praticamente nenhum caça Douglas A-4 Skyhawk em operação.

Força Aérea Brasileira escolhe a Garmin para modernizar o cockpit de seus helicópteros Black Hawk

Mateus Alves - Publicada em 03/12/2025 06:46

A Garmin anunciou hoje (02) que seu conjunto integrado de aviônicos G5000H foi selecionado pela Força Aérea Brasileira, por meio da Ace Aeronautics, para modernizar os cockpits de 24 helicópteros Sikorsky UH-60L Black Hawk. A solução, certi cada para operações IFR, utiliza arquitetura modular de sistemas abertos e integra, em uma cabine com controles por toque, gerenciamento de missão, gerenciamento de armamentos e sensores de padrão militar. Hoje o aviônico é um dos mais utilizados na aviação executiva, vindo de fábrica instalados nos jatinhos Cessna Citation Latitude, Longitude e Learjet 75. A versão anterior, a G3000, equipa os jatinhos brasileiros Embraer Phenom 100 e 300.

O AEROIN já havia antecipado que os helicópteros Black Hawk que a FAB comprou deveriam vir já modernizados com o Glass Cockpit dos EUA, que poderia incluir a modernização das 16 aeronaves do modelo já operadas no país, além das 11 recém-compradas usadas dos estoques americanos. Junto da Ace Aeronautics, estamos animados para trazer o G5000H para a frota de Black Hawks da FAB. Este programa de modernização traz a última tecnologia em aviônicos nestes helicópteros. Os operadores terão uma redução signi cativa na carga de trabalho, aumento de consciência situacional e tecnologias modernas como HSVT e HTAWS , a rma Carl Worlf, Vice-Presidente de Vendas de Aviação da Garmin.

Segundo a empresa, o G5000H oferece capacidades atualizadas de comunicação, navegação e vigilância (CNS/ATM), com soluções comerciais baseadas em arquitetura moderna e aberta. O sistema permite integrar equipamentos militares, sensores diversos e rádios, utilizando as telas como interface primária dos pilotos. Os controladores sensíveis ao toque foram desenvolvidos para uso com luvas, facilitando o manuseio em ambiente operacional. A cabine modernizada do UH-60L contará com quatro telas panorâmicas de 12 polegadas em alta resolução e quatro controladores touchscreen. Dois displays primários de voo (PFD) e dois multifuncionais (MFD) suportam visualização em múltiplos painéis, permitindo que mapas, meteorologia, listas de checagem e outros dados sejam exibidos simultaneamente. As cartas são georreferenciadas e incluem procedimentos de aproximação do FliteCharts e diagramas SafeTaxi.

Entre as tecnologias disponíveis no pacote está o Helicopter Synthetic Vision Technology (HSVT), que apresenta uma representação sintética tridimensional do terreno, obstáculos e tráfego, simulando o que seria visto em condições meteorológicas favoráveis. O sistema HTAWS fornece alertas visuais e sonoros sobre possíveis ameaças de impacto com o solo.

A atualização também incorpora uma solução completa ADS-B Out e amplia as capacidades de navegação com suporte a WAAS/SBAS, além de oferecer ADS-B In para tráfego e meteorologia. Estão disponíveis ainda dados meteorológicos por datalink, incluindo NEXRAD, METAR, TAF, TFR e ventos em altitude; TCAS II com vigilância ativa e passiva; interface com equipamentos de terceiros; radar meteorológico GWX com detecção de turbulência; e altímetro radar GRA 5500, projetado para leituras

consistentes sobre terreno irregular, copas de árvores, areia ou água agitada. A Ace Aeronautics realizou a primeira instalação do G5000H em um UH-60 em 2020. Desde então, o programa vem se expandindo para outras frotas militares ao redor do mundo.

Trocano: a bomba termobárica que projeta o Brasil como força bélica

Jonas Moura - Publicada em 03/12/2025 06:33

A discussão sobre armamentos modernos no Brasil tem ganhado destaque com o desenvolvimento da bomba termobárica Trocano. Trata-se de um artefato projetado para emprego em cenários de combate especí cos, em que se busca grande poder destrutivo em áreas delimitadas. Inclusive o interesse em torno da Trocano está ligado tanto ao seu potencial de emprego tático quanto ao fato de representar um avanço na capacidade tecnológica da indústria de defesa brasileira.

Esse tipo de armamento não é isolado no contexto internacional, mas chama atenção por ser produzido no país e integrar um esforço de modernização das Forças Armadas. A Trocano é citada como uma das bombas mais modernas do arsenal nacional, associada a operações que exigem alto poder de impacto, especialmente contra estruturas forti cadas ou concentrações de materiais e equipamentos militares. Ao mesmo tempo, seu uso envolve debates sobre proporcionalidade, danos colaterais e regras de engajamento em operações militares.

O que é uma bomba termobárica e como ela funciona?

Uma bomba termobárica é um tipo de arma que utiliza o oxigênio do ambiente para potencializar a explosão. Em vez de depender apenas de explosivos convencionais contidos no interior da ogiva, ela espalha uma nuvem de combustível no ar e, em seguida, detona essa mistura. O resultado é uma onda de choque prolongada, de alta temperatura e pressão, que se propaga de forma diferente de explosivos tradicionais.

O funcionamento, em linhas gerais, ocorre em duas etapas: primeiro, a dispersão de um aerossol in amável sobre a área-alvo; depois, a ignição desse combustível misturado ao ar. Essa combinação gera uma explosão volumétrica, com alcance e intensidade especí cos para cada modelo. Em ambientes fechados, como túneis, cavernas ou construções, o efeito tende a ser maior, pois a onda de choque é re etida e ampli cada, o que explica o interesse militar por esse tipo de munição.

Do ponto de vista técnico, a principal diferença em relação a explosivos convencionais está na forma de liberação de energia. Enquanto uma bomba comum libera a maior parte da força em um único ponto, a bomba termobárica distribui o combustível e utiliza o ar atmosférico como parte integrante da reação, alcançando um raio de ação relativamente amplo. Essa característica faz com que seja classi cada, em muitos estudos, como um armamento de alto poder de destruição em área.

Trocano: a bomba termobárica brasileira em desenvolvimento

Analistas de defesa descrevem a Trocano como uma bomba termobárica brasileira criada para ampliar a capacidade de ataque de precisão das Forças Armadas. Além disso, militares e projetistas de nem o

artefato como um modelo de médio ou grande calibre, compatível com plataformas aéreas ou lançadores especí cos, conforme a con guração escolhida.

Informações divulgadas em eventos e publicações setoriais indicam que a Trocano atua contra depósitos de munição, instalações logísticas e posições entrincheiradas. Da mesma forma, o armamento atinge estruturas em áreas de difícil acesso. O projeto busca oferecer uma opção nacional e reduz, portanto, a dependência de fornecedores estrangeiros. Assim, o desenvolvimento fortalece a autonomia tecnológica e diminui a vulnerabilidade a restrições de exportação.

Além do aspecto estratégico, a Trocano integra um movimento mais amplo de modernização que inclui sistemas de guiagem, sensores e planejamento de missão. Em muitos casos, bombas termobáricas modernas recebem kits de orientação que aumentam a precisão. Consequentemente, esses recursos permitem empregar a munição em cenários especí cos e reduzem o risco de atingir áreas fora da zona planejada.

Quais são as características e possíveis usos da bomba Trocano?

A bomba termobárica Trocano atua em missões que exigem alto poder de neutralização em áreas delimitadas. Além disso, esse tipo de armamento oferece grande capacidade de gerar onda de choque e calor em pouco tempo. Da mesma forma, funciona com alta e ciência em ambientes fechados ou semifechados, como abrigos e estruturas reforçadas. Por isso, forças armadas utilizam o modelo em ataques contra instalações de valor tático ou estratégico. Além disso, equipes de planejamento podem integrar a Trocano a aeronaves de ataque, caças ou vetores especí cos de lançamento.

No planejamento de uso, analistas consideram a Trocano em cenários que exigem a neutralização de um alvo com poucos artefatos. Assim, a explosão volumétrica gera vantagem operacional. No entanto, o emprego em áreas urbanas ou próximas a infraestrutura civil exige análise detalhada, pois a explosão termobárica atinge uma área relativamente ampla.

Em contextos doutrinários, esse tipo de munição costuma ser associado a: Operações contra posições defensivas difíceis de alcançar por meios convencionais; Ataques a centros logísticos militares, depósitos e galpões; Missões de apoio a tropas em solo, quando há concentração de forças inimigas em áreas restritas.

Aspectos éticos, legais e estratégicos no uso de bombas termobáricas

O uso de bombas termobáricas, como a Trocano, é alvo de debates em fóruns internacionais e entre especialistas em direito humanitário. Embora não exista, até o momento, um tratado global especí co que proíba de forma geral esse tipo de arma, sua aplicação é limitada por convenções que regulam a conduta em con itos armados, principalmente no que diz respeito à proteção de civis e à proporcionalidade do uso da força.

Em operações militares, a adoção de munições termobáricas exige planejamento rigoroso, de nição clara de alvos e observância das normas de engajamento da respectiva força armada. Documentos doutrinários normalmente destacam a necessidade de: Selecionar alvos exclusivamente militares ou de valor estratégico legítimo; Avaliar possíveis danos colaterais em áreas urbanas ou próximas a populações; Compatibilizar o emprego da arma com o direito internacional dos con itos armados; Registrar e avaliar o resultado das operações para aperfeiçoar normas de uso.

No plano estratégico, o desenvolvimento da Trocano indica um esforço de posicionar o Brasil como país capaz de produzir munições complexas e de alta tecnologia. Isso impacta acordos internacionais, parcerias industriais e programas de cooperação em defesa. Ao mesmo tempo, amplia a responsabilidade do Estado brasileiro na de nição de políticas claras de uso e de exportação, alinhadas

a compromissos multilaterais assumidos ao longo das últimas décadas.

Assim, a bomba termobárica Trocano se insere em um cenário em que capacidade militar, tecnologia nacional e marcos legais precisam caminhar juntos. Inclusive discussão sobre esse armamento tende a permanecer em pauta, acompanhando tanto a evolução da doutrina de emprego das Forças Armadas quanto o debate público sobre os limites e responsabilidades no uso de armamentos de alto poder destrutivo.

Tecnologia para o país avançar

A tecnologia é para o Brasil. E o Brasil é para todos.

João Carlos Silva - Publicada em 02/12/2025 14:32

Estive observando, dia desses, todo o projeto de país preparado pelo Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército Brasileiro. Poucos conhecem essas nuances que impulsionam nossa defesa nacional. São entregas de alto volume, respeitando sempre toda a questão envolvida em estudos de categoria. O DCT forma uma equipe altamente preparada para o futuro.

Impulsiona o futuro da defesa com ciência, tecnologia e inovação. É a visão dos grandes, preparados e brasileiros. Cada um de nós deveria conhecer um pouco mais daquilo que nossas forças entregam. Em salas, estão cérebros pensantes para aprimorar cada vez mais nosso potencial de defesa. Muitos de nossos militares contribuem com seus conhecimentos para outros países. Isso é prestígio intelectual conseguido com muito estudo, esforço e dedicação.

Neste ano, o DCT fez muitas entregas ao país. Para 2026, toda expectativa está voltada aos novos projetos que já saíram do papel. São iniciativas de altíssimo valor tecnológico e de inovação. O DCT não parou de produzir inteligência. É nesse quesito que nossa defesa investe. Cada vez mais, os avanços retratam novas perspectivas de futuro. Na pauta do cotidiano do DCT, só consta avançar, inovar, vencer. A tecnologia é para o Brasil. E o Brasil é para todos.?

CONJUR

- Lula nomeia dois novos ministros do Superior Tribunal Militar da Redação - Publicada em 02/12/2025 14:56

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou no Diário O cial da União, nesta segunda-feira (1º/12), os decretos que nomeiam dois novos ministros para o Superior Tribunal Militar. As nomeações o cializam a indicação do general de Exército Flavio Marcus Lancia Barbosa e do general de Exército Anisio David de Oliveira Junior para integrar a corte. Oliveira Junior foi nomeado para ocupar a vaga aberta com a transferência para a inatividade do ministro Marco Antônio de Farias. Já Lancia assume a vaga deixada pelo ministro Odilson Sampaio Benzi, também transferido para a reserva.

Cerimônias de posse

Oliveira Junior será empossado nesta sexta-feira (5/12), às 15h, enquanto Lancia tomará posse no próximo dia 9, às 16h. Ambas as solenidades ocorrerão no Plenário da corte, em Brasília. As cerimônias reunirão os ministros do STM, o procurador-geral de Justiça Militar, o defensor público federal de Categoria Especial, juízes federais da Justiça Militar da União em Brasília, magistrados auxiliares, diretores, secretários, chefes de gabinete, assessores e familiares dos novos integrantes. A apresentação o cial dos ministros está marcada para 26 de fevereiro de 2026, às 16h, durante sessão solene do Plenário do STM. Com informações da assessoria de imprensa do STM.

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