Notaer - Edição de maio de 2012

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Ano XXXV

Nº 05

Maio, 2012

ISSN 1518-8558

FAEX XII exercita treinamento conjunto no Sul 2S REZENDE / CECOMSAER

Pela primeira vez, o AH-2 SABRE e o P-3AM atuaram com outras aeronaves da FAB. (Pág 5)

CAP AV MICHELSON / 5º/8º GAV

REAPARELHAMENTO

Esquadrões Harpia (Manaus) e Pantera (Santa Maria) receberam os novos helicópteros H-60L Black Hawk. (Pág 11)

TESTE FÍSICO

CURSOS DE LOGÍSTICA

ANTISSUBMARINO

OPERAÇÃO ETÁ

Militares contam qual o segredo para atingir a nota máxima no teste de aptidão e condicionamento físico (TACF). (Pág 15)

Abertas as inscrições para os cursos de logística de Aeronáutica. Veja quais as especializações oferecidas para militares das Forças Armadas. (Pág 11)

Aeronaves P-3AM realizam exercício operacional com lançamento de sonobóias, utilizadas para localização de submarinos. (Pág 6)

Hospital de Aeronáutica de Manaus (HAMN) e 7º ETA levam atendimento médico e odontológico à comunidades indígenas do Amazonas. (Pág 6)

CADERNO ESPECIAL

Fumaça 60 anos Comemoração deve reunir mais de 100 mil pessoas em Pirassununga, interior de São Paulo.


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Expediente

CARTA AO LEITOR

O jornal NOTAER é uma publicação mensal do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), voltado ao público interno.

Contagens histórias, por que não dizer afetivas, com a Fumaça. Não é por acaso que as quatro páginas centrais do Notaer de maio foram dedicadas ao trabalho desenvolvido por esta brava equipe. Você vai apreciar imagens captadas durante as exibições da Fumaça em pontos distintos do país e do mundo que se tornaram verdadeiros cartões-postais. Esta edição aborda também outra contagem regressiva, desta vez a dos cronômetros esportivos. Mostramos flashes de uma corrida mundial por uma causa única, a paz. Revelamos a nova etapa do projeto que resgata, por meio do esporte, a autoestima de jovens e adolescentes. Apresentamos

Chefe da Divisão de Comunicação Corporativa: Coronel-Aviador Gustavo Alberto Krüger 3S BATISTA / CECOMSAER

Esperamos com muita expectativa por este momento. A contagem regressiva começou há quase um ano, quando o emblema de 60 anos da Esquadrilha da Fumaça foi estampado no primeiro dos sete Tucanos T-27. Naquele momento era dada a largada para os preparativos do evento que marca seis décadas de história do esquadrão que enche de orgulho os brasileiros. Conhecidos como os embaixadores do Brasil nos céus, a Esquadrilha da Fumaça já cativou multidões aqui e no exterior. No mesmo final de semana em que celebramos o Dia das Mães, milhares desses fãs vão se reunir em Pirassununga, interior de São Paulo, para compartilhar suas

Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno

os campeões da nossa eterna corrida contra o tempo em busca de preparo físico e saúde. Boa leitura! Brig Ar Marcelo Kanitz Damasceno Chefe do CECOMSAER

PENSANDO EM INTELIGÊNCIA

Não leve trabalho sigiloso para casa! Levar trabalho para casa é uma prática polêmica, mas hoje em dia parece que poucos conseguem escapar do hábito, sendo muito comum entre os componentes da nossa organização. Os motivos para que isso ocorra são inúmeros e de diferentes nuanças, mas não se deve fazer desse hábito algo que possa colocar em risco as atividades do COMAER. Todo hábito tende a transformar-se em rotina e daí em algo que passa a ser executado de forma automática. Nesse sentido, o ser humano, com o passar do tempo termina por descuidar-se de detalhes fundamentais, dentre os quais dos aspectos de segurança. Quando se trabalha com assuntos sensíveis ou sigilosos, a prática de levar trabalhos para casa é completamente desaconselhável. Há poucos dias, uma das maiores empresas especializadas na proteção e gerenciamento de dados,

publicou o resultado de sua mais recente pesquisa sobre a segurança da informação. O resultado aponta que 33% das empresas já sofreram falhas de segurança que resultaram na perda ou vazamento de informações sigilosas ou sensíveis. A questão também atinge as grandes corporações e os Governos e seus diversos órgãos de Estado. Em um grande número de casos onde foram registradas perdas de informações sensíveis ou sigilosas houve a participação do ser humano em não cumprir os protocolos de segurança preconizados. Em muitos casos os trabalhos foram levados para fora das organizações, sendo perdidos ou subtraídos em suas casas ou em hotéis, aeroportos, transportes públicos etc. Há inúmeros registros, em delegacias policiais, de furtos a residências, onde, dentre outros bens de valor foram subtraídos equipamentos

ou outros meios que continham informações, dados ou conhecimentos valiosos, por serem sigilosos ou por serem insubstituíveis. Quando o integrante de uma instituição, empresa privada ou órgão público leva um assunto sigiloso ou sensível para continuar trabalhando no âmbito do seu lar, ele(a) coloca em risco não somente aquela informação e a própria organização, mas também, e principalmente, a sua própria família que pode sofrer algum dano colateral quando são executadas ações para se alcançar àquela informação valiosa. Lembre-se, portanto, que é muito mais fácil e discreto acessar informações valiosas num ambiente não protegido ou pouco protegido, em função de determinadas ameaças, do que se estivessem guardadas sob a segurança bem estruturada de uma organização. (Centro de Inteligência da Aeronáutica)

Chefe da Divisão de Comunicação Integrada: Coronel-Aviador Antonio Pereira da Silva Filho Chefe da Divisão de Apoio à Comunicação: Tenente-Coronel-Aviador Mário Sérgio Rodrigues da Costa Chefe da Subdivisão de Produção e Divulgação: Tenente-Coronel-Aviador João Carlos Araújo Amaral Chefe da Agência Força Aérea: MajorAviador Rodrigo José Fontes de Almeida Chefe da Seção de Divulgação: CapitãoAviador Diogo Piassi Dalvi Tiragem: 30.000 exemplares Jornalista Responsável: Tenente Jussara Peccini (MTB 01975-SC) Repórteres (JOR): Tenente Alessandro Silva, Tenente Marcia Silva, Tenente Flávio Nishimori, Tenente Humberto Leite, Tenente Gabriela Hollenbach, Tenente, Tenente Carla Dieppe e Tenente Jussara Peccini. Colaboradores: CIAER e SISCOMSAE (textos enviados ao CECOMSAER, via Sistema Kataná, por diversas unidades) Diagramação, Arte e Infográficos: Suboficial Cláudio Bonfim Ramos, Sargento Rafael da Costa Lopes e Cabo Lucas Maurício Alves Zigunow Revisão: Tenente REP Talita Vieira Lopes e Suboficial Cláudio Bonfim Ramos Estão autorizadas transcrições integrais ou parciais das matérias, desde que mencionada a fonte. Comentários e sugestões de pauta sobre aviação militar devem ser enviados para: redacao@fab.mil.br Esplanada dos Ministérios - Bloco “M” - 7º andar CEP - 70045-900 / Brasília - DF

Impressão e Acabamento: Log & Print Gráfica e Logística S.A


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PR

Soberania e cidadania

Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito Comandante da Aeronáutica

A

soberania de um país também depende de uma Força preparada para as demandas que o mundo contemporâneo impõe. É isso que nos move. É por isso que trabalhamos incansavelmente para manter nosso efetivo e frota atualizados. Mas esta ótica não é a única que impera enquanto nossos bravos guerreiros estão treinando. Ao mesmo tempo em que mantemos a operacionalidade e a destreza da tropa, contribuímos diretamente para o bem-estar da população. Enquanto exercitam técnicas e praticam doutrinas, os militares atuam para amenizar carências de comunidades isoladas e socialmente vulneráveis. Colocar lado a lado operacionalidade e assistência social é rotina em praticamente todos os exercícios realizados pelo Brasil. Um exemplo é a Operação ETÁ, realizada há poucos dias na região

conhecida como Cabeça do Cachorro, em São Gabriel da Cachoeira, no Norte do país. Na manobra, quase mil pessoas, na maioria indígenas, foram atendidas por médicos e dentistas da FAB. Atuar desta maneira é uma opção que tem como prioridade conciliar esforços para fortalecer a confiança que a sociedade deposita em nós. Conforme comprovam pesquisas recentes, em que as Forças Armadas ocupam o primeiro lugar no ranking de credibilidade dos brasileiros. O nosso trabalho apresenta resultados efetivos por que o objetivo sempre foi o mesmo: tudo o que fazemos deve ser revertido em prol da sociedade. Há inúmeros exemplos em que a FAB age em defesa do cidadão, como nas oportunidades em que transportamos urnas eleitorais para que o povo de comunidades isoladas possa escolher seus governantes; nas situações em que uma aeronave militar decola para missões de busca e resgate de um avião, de uma embarcação perdida em alto mar; ao encurtar distâncias para o sucesso de um transplante; ao tornar possível saúde de qualidade as famílias residentes na floresta; ou ainda quando contribuímos para amenizar o sofrimento de vítimas de enchentes e terremotos, seja aqui ou no exterior. As estatísticas das missões revelam que temos alcançado esta meta. Isso nos enche de orgulho. Todos os dias, as asas que protegem o país se desdobram em diversas missões para que cada cidadão tenha a certeza: estamos sempre prontos e em alerta a serviço do Brasil.

Imagens da Operação ETÁ realizada na Amazônia no mês de abril deste ano.

Fotos: Sgt Rocha / VII COMAR

PALAVRAS DO COMANDANTE


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COMANDO

O

Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Franciscangelis Neto assumiu (20/4) a Secretaria de Economia e Finanças da Aeronáutica (SEFA) com o desafio de manter o fluxo orçamentário para investimentos. “Os recursos são fundamentais para manutenção e a criação de outros projetos”, disse o novo secretário, após a cerimônia de transmissão de cargo realizada na

Fotos: CB V. Santos / CECOMSAER

Fotos: CB V. SANTOS / CECOMSAER

SEFA e Gabinete têm novos comandantes

Base Aérea de Brasília (BABR). A solenidade, presidida pelo Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito, contou com a presença do alto do comando e de outras autoridades civis e militares. O Tenente-Brigadeiro Franciscangelis, ex-Chefe do Gabinete do Comandante, sucedeu o Tenente-Brigadeiro do Ar Aprígio Eduardo

de Moura Azevedo, atual Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica. Ao dar as boas vindas ao novo Secretário da SEFA, o Comandante da Aeronáutica, ressaltou que não poderia ter feito melhor escolha.”Seu pragmatismo, sólido respeito ao próximo e contagiante bom humor, conferiram ânimo ao efetivo do GABAER”, lembrou o Tenente-Brigadeiro

Juniti Saito. Na mesma solenidade militar, o Major-Brigadeiro do Ar José Magno Resende de Araujo tomou posse do cargo de Chefe do Gabinete do Comandante da Aeronáutica. “Meu papel é ser um facilitador para toda a Força Aérea no contato direto com a alta cúpula”, afirmou o Oficial-General que Comandou o CIAAR.

ACONTECE NA FAB Acompanhe as mudanças nos comandos das unidades militares em todo o Brasil Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) - O Brig Ar Carlos Alberto da Conceição passou a Chefia ao Brig Ar Luis Antonio do Carmo Lourenço. Centro Logístico da Aeronáutica (CELOG) - O Maj Brig Ar Paulo João Cury passou a Direção para o Brig Ar Oswaldo Machado Carlos de Souza. Parque de Material Aeronáutico de São Paulo (PAMA-SP) - O Brig Ar Jorge Luiz Alves de Barros Santos passou a Direção do PAMA-SP para o Brigadeiro do Ar Roland Leonard Avramesco. Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR) - O Maj Brig do Ar José Magno Resende de Araujo passou o Comando ao Brig Ar Antonio Carlos Alves Coutinho. Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR) - O Ten Brig Ar Gilberto Antonio Saboya Burnier passou o Comando para o Ten Brig Ar Nivaldo Luiz Rossato. Sexto Comando Aéreo Regional (VI

COMAR) - O Maj Brig Ar Jorge Kersul Filho passou o Comando para o Maj Brig Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez. Diretoria de Intendência da Aeronáutica (DIRINT) - O Maj Brig Int Pedro Norival de Araújo passou a Direção ao Maj-Brig Int Manoel José Manhães Ferreira. Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) - O Maj Brig Eng Francisco Carlos Melo Pantoja passou a Direção ao Brig Eng Carlos Antônio de Magalhães Kasemodel. Departamento de Ensino da Aeronáutica (DEPENS) - O Ten Brig Ar Nivaldo Luiz Rossato passou a Direção-Geral ao Ten Brig Ar Luiz Carlos Terciotti. O Vice-Diretor de Ensino, Maj Brig Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez, passou o cargo para o Maj Brig Ar Dirceu Tondolo Nôro. Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico (DIRMAB) - O Maj Brig Ar Dirceu Tondolo Nôro passou a Direção para o

Maj Brig Ar Paulo João Cury. Assessoria Parlamentar do Comandante da Aeronáutica (ASPAER) - O Brig Ar Luis Roberto do Carmo Lourenço passou a Chefia ao Cel Av Rui Chagas Mesquita. Diretoria de Tecnologia da Informação da Aeronáutica (DTI) - O Brig Ar José Luiz Villaça Oliva passou a Direção ao Brig Int Pedro Arthur Linhares Lima. Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) - O Ten Brig Ar Ramon Borges Cardoso passou a Direção-Geral ao Ten Brig Ar Marco Aurélio Gonçalves Mendes. Diretoria de Administração do Pessoal (DIRAP) - O Brig Ar Waldeísio Ferreira Campos passou a Vice-Direção da DIRAP e a Presidência da Comissão de Promoções de Graduados (CPG) ao Brig Ar Mauro Martins Machado. Quarto Comando Aéreo Regional (IV COMAR) - O Maj Brig Ar Paulo Roberto Pertusi passou o Comando para o Maj Brig Ar José Geraldo Ferreira Malta.

Envie as informações sobre a sua unidade via Sistema Kataná. Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas ( EMCFA) - O Ten Brig Ar Ricardo Machado Vieira assumiu a chefia de logística do EMCFA. O Ten Brig Ar Marco Aurélio Gonçalves Mendes passou o cargo de Chefe de Assuntos Estratégicos EMCFA ao Almirante de Esquadra Carlos Augusto de Sousa. Comando-Geral de Apoio (COMGAP) O Ten Brig do Ar Ricardo Machado Vieira passou o Comando ao Ten Brig Ar Hélio Paes de Barros Júnior. Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR) - O Brig Ar Carlos Eurico Peclat dos Santos passou o Comando ao Brig Ar Waldeísio Ferreira Campos. Primeiro Comando Aéreo Regional (I COMAR) - O Maj Brig Ar Odil Martuchelli Ferreira passou o Comando do Primeiro Comando Aéreo Regional (I COMAR) e a Presidência da Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA) para o Maj Brig Ar Carlos Eurico Peclat dos Santos.


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OPERACÃO FAEX XII

AH-2 SABRE opera pela primeira vez na FAEX XII

O

diferenciado relevo de Santa Catarina foi o cenário do Exercício Operacional FAEX XII, que aconteceu entre 9 e 20 de abril na cidade de Florianópolis e nas localidades de Laguna, Criciúma e Jaguaruna. A operação coordenada pela Segunda Força Aérea (II FAe) reuniu cerca de 800 militares da Força Aérea Brasileira (FAB), Marinha e Exército, 12 helicópteros e 12 aviões, além das aeronaves de apoio. Foram 420 horas de voo no teatro de operações e quase 300 decolagens nos cinco dias de maior atividade, números que demonstram a dimensão deste treinamento. A partir da simulação de conflito entre dois países hipotéticos, foi possível o treinamento conjunto das aviações de caça, reconhecimento, patrulha, asas rotativas, busca e resgate e o Esquadrão de Operações Especiais (EAS), além do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC) e o Primeiro Grupo de Artilharia Antiaérea de Autodefesa (1º GAAAD). Os exercícios proporcionaram o desenvolvimento de novas técnicas e táticas de emprego que melhoram a capacidade da FAB em sua missão de manter a soberania do espaço aéreo. Esta foi a primeira operação em que o AH-2 SABRE e o P-3AM participaram de uma manobra com outras aeronaves da FAB. “O melhor fruto desta operação foi termos conseguido com que o P-3 AM levantasse a informação de onde estava o radar, o qual foi atacado por um helicóptero, controlado pela aeronave de controle e alarme em voo. Um piloto de caça ejetado em território dito hostil foi resgatado pelas equipes de Operações Especiais, que por, sua vez, foram infiltradas por helicópteros escoltados pela aviação de caça. Um cenário onde a atuação de um exerce influência sobre a atuação do outro”, afirma

Fotos: 2S REZENDE / CECOMSAER

Foram 420 horas de voo no teatro de operação e quase 300 decolagens nos cinco dias de maior atividade

AH-2 SABRE opera pela primeira vez no sul do Brasil em conjunto com outras aeronaves

Esta foi a primeira operação em que o AH-2 SABRE e o P-3AM participaram de uma manobra com outras aeronaves da FAB. o Brigadeiro do Ar José Alberto de Mattos, comandante da operação e da II FAe. O conhecimento produzido a partir da avaliação do exercício conjunto deverá ser difundido para aprimorar a atuação dos esquadrões e fazer com que as próximas ações da FAB sejam planejadas a partir do ganho operacional adquirido. AH-2 Sabre - De perto, a máquina Radar TPS-B 34, que será utilizado na Rio+20, foi instalado em Criciúma (SC) no desdobramento do exercício.

impressiona pelo porte e capacidade de combate. No contexto fictício do exercício, o SABRE é utilizado em missões de ataque, escolta e interceptação. Na vida real, além dessas missões a aeronave é utilizada, desde 2010, na região Norte do país, pelo Segundo Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (2º/8º GAV), o Esquadrão Poti, sediado em Porto Velho (RO), como meio de pronta-resposta da FAB nas fronteiras amazônicas.

“Várias gerações do Esquadrão Poti sonharam em usar um helicóptero de ataque nas manobras da FAB. Conduzir a implantação do primeiro helicóptero de ataque da Força Aérea Brasileira é dignificante e um grande desafio”, afirma o Tenente-Coronel-Aviador Claudio Wilson Saturnino Alves, comandante do 2ª/8ªGAv, explicando o desafio de mudar de sede, do Recife para Porto Velho, e da migração de aeronave, do H-50 Esquilo para o AH-2. Cobertura radar - Um radar móvel tridimensional de longo alcance TPS-B 34, utilizado na FAEX será deslocado para o Rio de Janeiro, onde será mais um elemento a integrar o sistema de defesa aérea do Brasil durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a RIO + 20, no mês de junho. ”Pela característica de ser tridimensional de longo alcance, é utilizado quando em situações que precisamos aumentar a cobertura radar, especialmente a baixa altura nos locais de maior interesse de defesa aeroespacial”, explica o Comandante do 1º GCC, Tenente-Coronel-Aviador Carlos Henrique Afonso Silva.


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OPERAÇÃO

Médicos militares atendem indígenas na Amazônia Ação cívico-social é realizada durante Operação ETÁ, que prevê o treinamento de novos pilotos

O

800

atendimentos médicos e odontológicos temos como comprar remédios, por isso é muito importante recebermos, aqui no hospital, as medicações”, explica Carmen Campos, moradora local. A dificuldade de acesso à localidade também implica o tratamento de alguns casos, como a leishmaniose. “O tratamento desse quadro clínico geralmente é de 45 dias, às vezes, até mais. Como não há recursos aqui, essas pessoas têm de ser removidas para São Gabriel da Cachoeira”,afirma a 2º Tenente Monteiro, dermatologista.

Fotos: SGT ROCHA / COMAR VII

exercício operacional ETÁ, que encerrou em 27/04, teve como objetivo a formação operacional e o aprimoramento dos novos pilotos do Sétimo Esquadrão de Transporte Aéreo (7º ETA). Durante o exercício, foi realizada ação cívico-social. Um trabalho em conjunto com os médicos do Hospital de Aeronáutica de Manaus (HAMN) que resultou em mais de 800 atendimentos médicos e odontológicos em cinco comunidades indígenas: Cucuí, Pari-Cachoeira, Iauaretê, Tunuí-Cachoeira e São Gabriel da Cachoeira. Para chegar nessas locais, os militares da área de saúde foram transportados nas aeronaves que participam da Operação ETÁ, o C-98 Caravan e o C-95 Bandeirante. Para Ilza Nascimento, agente de saúde da Unidade Mista de Saúde de Iauaretê, essas ações são de extrema necessidade. “É muito importante receber especialista de saúde. Aqui, não temos recursos para atender as diversas necessidades apresentadas pela população de Iauaretê”, afirma. A população recebeu medicamentos após a consulta. “Nós não

C-98 Caravan pousa em pista no meio da floresta transportando médicos da ACISO

P-3AM faz simulação de guerra antissubmarino Depois de 16 anos, volta a ser realizado o lançamento de sonobóias para localização de submarinos

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rop, now, now, now! Bóias na água." Com estas palavras do operador de armamento informando à tripulação da aeronave P-3AM sobre o lançamento das sonobóias, equipamento utilizado para a localização de submarinos, foi desfeito um hiato de 16 anos em que a Força Aérea Brasileira não participava deste tipo de missão. Desde 1996, com a saída de serviço das aeronaves P-16 Tracker, pertencentes ao extinto 1º Grupo de Aviação Embarcada, a guerra antissubmarino não fazia parte da

extensa gama de missões realizadas pela Aviação de Patrulha. O batismo das aeronaves P-3AM do Esquadrão Orungan (1º/7º GAV) em missões de guerra antissubmarino foi realizado durante a Operação ADEREX da Marinha do Brasil no mês de abril, com decolagens efetuadas a partir da Base Aérea de Santa Cruz (BASC), no Rio de Janeiro. Segundo o esquadrão, as características do exercício propiciaram um grande crescimento operacional aos tripulantes. “A tripulação pode utilizar os

equipamentos em um ambiente de guerra simulada, na qual os navios e os submarinos utilizam táticas reais de evasão, possibilitando um excelente treinamento para nossos operadores”, afirmou o Capitão-Aviador Fabrício Nery Fernandes, coordenador tático na operação. FAEX – Em abril, a aeronave P-3AM atuou em conjunto com outras aviações, como caça, transporte e asas rotativas. O exercício realizado durante a FAEX proporcionou ao Orungan, um momento único para

desenvolver as suas capacidades multidisciplinares. “Em um país em que 95% do comércio exterior é transportado pelo mar, o entrosamento entre Marinha e Aeronáutica é fundamental”, disse o Comandante da Segunda Força Aérea, Brigadeiro do Ar José Alberto de Mattos. A manobra também é uma oportunidade para treinar a interoperabilidade com a Marinha, que disponibilizou os meios navais que viabilizaram o resgate da capacidade antissubmarino da Aviação de Patrulha.


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A comemoração dos 60 anos da Esquadrilha da Fumaça, marcada para 12 e 13 de maio, deve transformar Pirassununga, no interior de São Paulo, em palco de um grande encontro aeronáutico. Os organizadores esperam receber mais de 100 mil pessoas em dois dias de evento, que será realizado na Academia da Força Aérea Brasileira. Além de pilotos e aviões civis e militares, a programação também inclui a participação de estrangeiros. Do Chile, virá a Esquadrilha de Alta Acrobacia Halcones. A Força Aérea do Canadá trará três F-18 Hornet do Demo Team. A Marinha americana participa da homenagem à Esquadrilha com dois F/A-18 Super Hornet.

3S BATISTA / CECOMSAER

Um mergulho no céu


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ESQUADRILHA DA FUMAÇA

O nascimento A

Esquadrilha da Fumaça nasceu em maio de 1952, quando a equipe pioneira teve autorização para a primeira demonstração oficial sobre o Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro. Os tenentes Mário Sobrinho Domenech (líder), Cândido Martins da Rosa, Haroldo Ribeiro Fraga e Paulo Cezar Roza formavam o quarteto que em pouco tempo ganhou a fama de “cambalhoteiro”. Os quatro instrutores já faziam sucesso nas horas de almoço da Escola de Aeronáutica. Para motivar os

cadetes, eles executavam manobras da aviação de caça a bordo dos monomotores North American T-6 Texan, aviões de treinamento avançado. A equipe adaptou, visando facilitar a observação dos espectadores, em 1953, um dispositivo para que os aviões produzissem um rastro de fumaça durante as apresentações. Em pouco tempo, os mecânicos passaram a chamar o grupo de Esquadrilha da Fumaça. Em seguida, todos os brasileiros já conheciam o esquadrão pelo apelido.

A história da Esquadrilha em números:

4

modelos de aeronaves

De 1952 a 1969

De 1982 a 1984

T-24 Super Fouga Magister

T-27 Tucano A partir 1984

De 1969 a 1982

T-6 Texan AL MUS

oficiais

EDA

124

T-25 Universal

Este é o número inclui aviadores e equipe de apoio, como médicos, engenheiros-mecânicos e outros profissionais, ao longo dos 60 anos.

137

anjos

Os anjos da guarda são os mecânicos das aeronaves. O carinhoso apelido foi cunhado pelos pilotos, devido a imensa confiança que depositam nestes profissionais.

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272

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As piruetas da Esquadrilha da Fumaça já conquistaram diversos países. Ao todo, 20 nações receberam demonstrações completas da Fumaça e outras 2 receberam aeronaves da Esquadrilha para desfile aéreo.

demonstrações no Brasil

Dentre as mais de 3 mil apresentações, a Esquadrilha da Fumaça fez uma apresentação em Joca Claudino/PB. De acordo com o Censo 2010, a cidade de 72 km2 possui apenas 2.615 habitantes. No mês de outubro, a cidade mais populosa do Brasil recebe um evento que já virou tradição na semana do Dia do Aviador. Os Portões Abertos do PAMA-SP que desde 2005 conta com demonstrações da Esquadrilha da Fumaça.

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demonstrações no exterior

Por 30 segundos, 12 aviões voaram em formação e de cabeça para baixo, manobra conhecida como voo de dorso. O resultado alcançado em 2006 durante o Domingo Aéreo na AFA foi para o Guinnes Book, o livro dos recordes.

Fonte dos dados: Esquadrilha da Fumaça (EDA)


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ESQUADRILHA DA FUMAÇA

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A cada apresentação, um cartão-postal

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REAPARELHAMENTO

FAB recebe mais três helicópteros H-60L Black Hawk Novas aeronaves foram entregues aos Esquadrões Harpia e Pantera que já operam estes helicópteros Força Aérea Brasileira (FAB) recebeu três novas aeronaves H-60L Black Hawk. Os novos helicópteros chegaram ao Brasil em (21/04), após 12 dias de viagem. A entrega oficial ocorreu no dia 10 de abril, na fábrica da Sikorsky, em Elmira (EUA). As tripulações dos Esquadrões Pantera (5º/8º GAV) e Harpia (7º/8º GAV) se revezaram para realizar as inspeções programadas e para a viagem, quando as aeronaves sobrevoaram a região do mar do Caribe e América Central até chegarem à América do Sul. Ao longo do traslado, foram realizados 12 pousos em vários países da América Central até a chegada a Boa Vista (RR). Dois H-60L seguirão para Manaus (AM) e um para Santa Maria (RS).

CAP AV MICHELSON / 5º/8º GAV

A

Novo H60L Black Hawk sobrevoa o mar do Caribe, na América Central, durante o translado dos Estados Unidos ao Brasil

CAPACITAÇÃO

Inscrições abertas para cursos de logística de aeronáutica Programas de especialização são oferecidos na modalidade a distância pelo ILA s militares da Força Aérea Brasileira (FAB) que estiverem interessados em cursar uma especialização na área de logística podem optar pelos cursos a distância do Instituto de Logística da Aeronáutica (ILA). Todos os anos o instituto oferece diversos cursos a distância para o efetivo da FAB e de outras Forças Armadas, no Brasil e no exterior. Atualmente, o ILA virtual conta com cerca de 340 alunos nas cinco regiões do Brasil. De acordo com o Chefe da Seção de Desenvolvimento de Ensino a Distância (EAD) do ILA, Capitão Especialista em Armamento Carlos Henrique dos Santos, esta modalidade de ensino permite que os militares não abandonem os cursos por terem sido deslocados para outras regiões do Brasil ou do exterior.

“Por exemplo, temos um aluno do curso de inspetor de manutenção aeronáutica que está em missão na Rússia e interagindo com o tutor e demais alunos do curso no Brasil por meio de fóruns de debates, realizando provas on line e outros trabalhos. Isto não seria possível se estivéssemos tratando de um curso presencial”, explica o Capitão. Os militares interessados em se matricular em um curso virtual na área de logística são indicados pelos seus comandantes das unidades militares, que encaminham a indicação para o ILA. Serviço Saiba mais sobre os cursos e os prazos de inscrição no site do Instituto de Logística da Aeronáutica www.ila.aer.mil.br

2S EUSTÁQUIO / ILA

O

Tutores de ensino a distância do Instituto de Logística da Aeronáutica, em São Paulo


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COMUNICAÇÃO

Adote o bom senso nas redes sociais É sempre bom: • Tome cuidado com as fotos que posta. Fotos de bi-

quíni na praia com os seus amigos podem ser legais, mas imagina seus chefes e colegas de trabalho falando sobre você e detalhes do seu corpo. Incômodo, não?

• Peça autorização dos amigos quando for publicar fotos

deles em baladas, piscina, etc. Eles podem se sentir incomodados ou achar a exposição inconveniente. Você, militar, que tem orgulho da farda, cuidado

para não criar uma situação embaraçosa. Cuidado com suas fotos

em que está uniformizado. Se elas estiverem em desacordo com os regulamentos, você poderá ser punido administrativamente.

Evite:

Educação. Parece repetitivo falar

trate as pessoas com educação. Não se sobre isso, mas

refira a pessoas e instituições de forma ofensiva, isso pode voltar em forma de processo judicial contra você.

• Publicar assuntos íntimos.

• Seja agradável ao fazer comentários sobre uma foto

ou um post que seu amigo publica. Se não tiver nada de bom para dizer, abstenha-se.

• Evite os erros de português. Por mais informais que sejam as conversas, escrever corretamente nunca cai de moda. Não precisa ser formal e abandonar as abreviaturas usuais na internet, mas um texto com erros é desestimulante para quem lê e pode depor contra a sua imagem.

Alguns assuntos, por mais interessantes que sejam, não devem ser publicados. Soa deselegante contar em detalhes, por exemplo, como foi boa a noite com seu (sua) namorado (a). Falar mal do seu chefe ou do seu trabalho. Atualmente essa tem sido uma causa comum de demissões nas empresas. Bater boca. O ditado “roupa suja se lava em casa” é o mais correto nesse caso. Pra que pagar mico na rede expondo uma briga que poderia ser resolvida off-line?

• Estender conversa com quem está ocupado. Muitas

vezes, uma pessoa está on-line, mas não está disponível para bate-papo. Respeite se ela disser que não pode conversar no momento.

• “Curtir” algo de negativo que seus amigos postam. Por exemplo, se seu amigo foi assaltado e relata isso no Facebook, não curta. É indelicado e soa como se você estivesse rindo dos problemas dele.

• Fazer comentários preconceituosos nas redes sociais. O mínimo que pode conseguir com isso é colecionar inimigos. Em alguns casos mais graves, você poderá sofrer um processo judicial.

Força Aérea ganha novo canal de comunicação Os programas da FAB TV serão veiculados via internet, no site da FAB a partir do segundo semestre

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atuação dos militares para a defesa da soberania aérea brasileira poderá ser acompanhada de perto em um novo canal de comunicação da Força Aérea Brasileira a partir do segundo semestre. A FAB TV será disponibilizada via internet, no site da FAB, e contará com edições semanais. Os programas, produzidos pela Agência Força Aérea, irão apresentar matérias, entrevistas e imagens sobre assuntos que envolvem a atuação da Força Aérea de norte a sul do Brasil. Conheça um pouco dos programas que vão compor a grade de programação da FAB TV:

Conexão FAB - com periodicidade quinzenal, tem como finalidade apresentar um resumo dos principais fatos envolvendo a Força Aérea. Nele, serão incluídas matérias e entrevistas abordando assuntos que, recentemente, tenham sido destaque envolvendo a Aeronáutica.

FAB em Ação - mostrará a rotina operacional dos militares que servem nas diversas das frentes de atuação da Aeronáutica, incluindo as aviações, controle de tráfego aéreo, saúde, ensino, manobras, exercícios e operações. Cada edição abordará um tema por meio de reportagens especiais.

FAB Entrevista - este programa terá periodicidade mensal e trará um convidado a cada edição. O programa televisivo vai proporcionar um maior aprofundamento sobre algum assunto atual e de interesse referente à Força Aérea ou às áreas de Defesa e de Aviação.


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FORÇAS NO ESPORTE

Programa será levado a regiões de fronteira Rio de Janeiro, Paraná, Pernambuco, Goiás, Fernando de Noronha, Alagoas, Mato Grosso, Tocantins, Pará, Santa Catarina e Rio Grande do Norte. Programa Segundo Tempo/Forças no Esporte – O projeto é uma parceria entre os Ministérios da Defesa, Esporte e Desenvolvimento Social e Combate à Fome. desenvolvido em 84 organizações militares das Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) distribuídas por todo o Brasil. O objetivo é fornecer condições para esses estudantes superarem a exclusão social, utilizando como uma das ferramentas o esporte. O programa atende 12 mil jovens. Na Força Aérea Brasileira (FAB), dez unidades participam do Forças no Esporte e atendem 2 mil crianças. As atividades do Programa são desenvolvidas sempre no contra-turno escolar. Oferece uma infraestrutura na qual disponibiliza aos jovens aulas de reforço escolar, duas refeições diárias balanceadas e práticas esportivas das mais variadas como tênis, tênis de mesa, badminton, basquete, futebol, vôlei e remo. Além disso, várias unidades militares, preocupadas com a inserção desses jovens no mercado de trabalho, oferecem oficinas profissionalizantes.

Crianças que participam do Forças no Esporte participaram do evento de lançamento

HISTÓRIA DA AVIAÇÃO

2S JOHNSON / CECOMSAER

ão Gabriel da Cachoeira, localizada a 850Km em linha reta ao norte de Manaus (AM) será a primeira cidade em região de fronteira a receber um núcleo do Forças no Esporte. Segundo, o presidente da Comissão Desportiva Militar do Brasil (CDMB), General de Divisão Fernando Azevedo e Silva, o Ministério da Defesa pretende estender as ações do programa para áreas de fronteira. Ele também destacou que o número de crianças e jovens beneficiados passará de 12 para 100 mil participantes nos próximos anos. O anúncio foi feito durante o lançamento do documentário sobre o projeto, no Ministério da Defesa, em Brasília (DF). O vídeo de 23 minutos, produzido pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), mostrou como o Forças no Esporte tem mudado a vida de crianças e adolescentes de norte a sul do Brasil. “São depoimentos espontâneos, daqueles que participam da rotina do programa e das crianças e familiares”, destacou ele. O documentário foi produzido durante um ano de trabalho, entre captação de imagens, entrevistas e edição. No total, foram 200 horas de gravação em unidades do Exército Brasileiro, Marinha e Aeronáutica em Brasília,

MUSAL

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3S BATISTA / CECOMSAER

Anúncio é feito no lançamento do documentário que registra como o programa está mudando a realidade dos jovens

Produção do documentário percorreu todo o Brasil para mostrar a rotina do projeto

Há 70 anos, no dia 22 de maio de 1942, uma aeronave ‘B-25 Mitchel’ partia do aeródromo do Recife para realizar a cobertura de navios mercantes brasileiros. Na missão, os então capitães aviadores Afonso Celso Parreiras Horta e Oswaldo Pamplona detectaram, localizaram e atacaram o submarino inimigo "Barbarigo". A data tornou-se o ícone da virada na batalha no Atlântico Sul na Segunda Guerra Mundial e passaria a ser comemorada como o Dia da Aviação de Patrulha.


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ESPORTE

Corrida da paz mobiliza militares e civis no Brasil Há seis anos, evento promove integração entre Forças Armadas e sociedade por meio do esporte uma homenagem ao aniversário do Conselho Internacional de Esporte Militar (CISM), entidade fundada em 1948, após o término da Segunda Guerra Mundial. Todos os países filia-

dos ao conselho promovem o evento. O dia da Corrida da Paz foi reconhecido oficialmente pela ONU em 2006, como evento promotor da paz. Na última edição, 592 mil mili-

COMAR V

Corrida da Paz (CISM Day Run), realizada em 15/4, tem como principal objetivo promover a integração das Forças Armadas com a sociedade por meio do esporte, sendo

tares de 35 países foram envolvidos. Neste ano a meta é ultrapassar os 750 mil militares. O Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking das nações participantes. COMAR II

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COMAR I

CDA

Porto Alegre - Um momento de alongamento na Usina do Gasômetro

Belém - 1,2 mil corredores percorreram as principais ruas históricas da capital paraense

Rio de Janeiro - Foram 3 Km no Campo dos Afonsos

Recife - A orla da praia da Boa Viagem foi o cenário para a Corrida da Paz


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SUA SAÚDE

Mexa-se: é hora de melhorar seu condicionamento Técnico da CDA e militar que atingiram nota máxima orientam sobre como melhorar os padrões

Notaer: Quais os erros mais comuns de quem treina para o TACF? Ten Kin: Os principais erros são a falta ou o excesso de treinamento nos dias que antecedem ao TACF. A melhora no condicionamento precisa de um prazo para ocorrer e os exageros cometidos antes do TACF podem até gerar o efeito contrário, atrapalhando a performance. Acreditar que a “pelada” de final de semana vai compensar uma semana inteira de sedentarismo é outro erro comum. O certo é fazer atividade física várias vezes durante a semana. Notaer: Qual a dedicação mínima para melhorar o desempenho? Ten Kin: É muito difícil estabelecer linhas gerais para todos. A forma como cada um de nós responde aos exercícios varia de acordo com idade, sexo, nível de condicionamento e até de fatores psicológicos. Segundo recomendações do American College of Sports Medicine1, referência científica no assunto, adultos teriam que realizar exercícios cardiovasculares de média intensidade por pelo menos 30 minutos por dia, cinco vezes por semana. Se a atividade for intensa, o mínimo passa a ser de 20 minutos diários, três vezes na semana. Sugere-

Notaer: Fora o treino, quais os cuidados complementares? Ten Kin: O desempenho depende de uma tríade principal: alimentação, treinamento e descanso. Uma alimentação equilibrada prescrita por um nutricionista, somada a um programa de treinamento realizado com disciplina e boas noites de sono são a garantia do resultado. Importante: alimentação equilibrada significa escolher corretamente aqueles itens que comporão o seu prato.. Ficar sem comer ou pular refeições é uma estratégia pobre que não vai ajudar a emagrecer. Notaer: Como interpretar o laudo do TACF ? Ten Kin: As principais informações referem-se a composição corporal, resistência muscular e potência aeróbia. A composição corporal nos diz sobre o percentual de gordura. Muitos acham que diminuindo o peso estarão mais magros e saudáveis, o que não é verdade. Você pode estar perdendo massa muscular e água e ganhando gordura. O contrário também pode ocorrer, isto é, o sujeito fica mais pesado, aumentando a massa muscular e diminuindo a gordura. A resistência muscular e a potência aeróbica tendem a diminuir com o envelhecimento e com o sedentarismo, e, por isso, temos que nos esforçar para mantê-la em níveis mínimos. Além do mais, estas variáveis são importantíssimas em operações militares reais. O conceito Global e o Grau Final nos indicam como estamos, de forma resumida e geral. As informações são imprescindíveis para sua qualidade de vida e para auxiliar nossos Orientadores de Treinamento Físico na prescrição de programas de exercícios.

2S REZENDE / CECOMSAER

-se também a realização de exercícios neuromusculares (musculação e ginástica, por exemplo) de duas a três vezes por semana.

“Pratico musculação e ciclismo todos os dias antes do trabalho. Primeiro, porque acredito que como militar tenho obrigação de estar bem preparada fisicamente, afinal posso ser chamada a atuar a qualquer momento em uma operação real. Segundo, por uma questão de saúde.” Capitão Intendente Silvia Maria Martins Mattoso, 35 anos, SEFA, Brasília.

“Minha paixão pelo esporte vem da infância. Época em que minha família fundou um time de futebol em Pedralva, interior de Minas Gerais – o Anhumas Esporte Clube. Também fiz parte do time de vôlei e da equipe de corrida do colégio. Na Escola de Especialistas, participei de Olimpíadas do Corpo de Alunos. No IFI, jogo vôlei e corro com o efetivo nos dias previstos para Educação Física. Também freqüento academia e não descuido da alimentação, apesar de amar doces.”

ACERVO PESSOAL

Notaer traz o depoimento de alguns dos melhores colocados no primeiro Teste de Avaliação do Condicionamento Físico (TACF) realizado em março e abril em todas as unidades da Força Aérea Brasileira. O ranking dos militares que atingiram nota máxima foi realizado pela Comissão de Desportos da Aeronáutica (CDA). Para você que quer melhorar os índices na próxima avaliação marcada para setembro, fique atento para as orientações do preparador físico de atletas de alta performance da CDA o 1º Tenente QCOA Efi Kin Shung Hwang e para as dicas de quem associa atividade esportiva com saúde.

ACERVO PESSOAL

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3S Cíntia Lima da Silva, IFI 25 anos, Auxiliar de RH do Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), São José dos Campos.

“Sempre gostei de esportes. Antes de entrar na FAB, já praticava corrida rústica. Na seção de Educação Física do BINFAE tenho a oportunidade de fazer atividade física todos os dias. Acredito que por isso estou sempre de bom-humor, sou conhecido pelo meu alto astral. O segredo para quem vai retomar um treino é encarar a atividade como sinônimo de saúde, não como uma obrigação.”

S2 Wallison de Oliveira Morais, da Base Aérea Anápolis, 22 anos, BINFAE


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de Maio Dia da AviaÁ„ o de Patrulha


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