Aerovisão nº 251 JAN/FEV/MAR

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OPERACIONAL

Lembrai-vos da guerra É nos estandes de tiro aeronáutico que os pilotos da Força Aérea Brasileira são formados na arte da guerra. Em cinco áreas isoladas, distribuídas nos estados do Pará, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte, acontecem operações, exercícios e treinamentos com emprego de armamentos, como bombas e foguetes.

SGT Alexandre Manfrim/ Agência Força Aérea

Tenente Jornalista GABRIELLI DALA VECHIA

U

m caça A-29 Super Tucano se aproxima e, ao avistar o alvo em solo, inicia um mergulho para, logo após, recuperar altitude. A manobra, conhecida como balsing, serve para que a aeronave não seja reconhecida pelos radares, ao mesmo tempo em que ganha altitude para realizar um lançamento de bomba. Quem autoriza, ou não, o lança-

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mento, é o crupiê – um militar com treinamento específico que fica no alto de uma torre, correspondente à altura de um prédio de seis andares, e tem visão privilegiada da área que será atingida pelo armamento. Por uma estação de rádio instalada na sala, o crupiê informa ao piloto do caça o comando de “cassino livre”, ou seja, de que não há impeditivos para

o lançamento. Em seguida, ouve-se, na fonia, a expressão “senta a pua!” – grito dos pilotos combatentes na Segunda Guerra Mundial, utilizado até hoje na aviação de caça. Em instantes, vê-se a fumaça subindo, e, segundos depois, ouve-se o som da explosão – tão forte que faz estremecer a estrutura da torre do crupiê. Essa sequência de eventos acontece de forma muito


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