AEROVISÃO nº 244 Abr/Mai/Junho - 2015

Page 61

H

ans-Joachim Marseille foi um piloto alemão responsável por abater pelo menos 150 aeronaves durante a Segunda Guerra Mundial, até ele mesmo ser morto em combate, aos 22 anos, em 1942. Apelidado de “A Estrela da África”, ele combatia em caças Messerschmitt Bf 109. Um deles, original, pode ser visto de perto em São Carlos, cidade localizada a 250 km de São Paulo. Com mais de 100 aeronaves em seu acervo, o Museu TAM conta ainda com outras aeronaves de destaque na Segunda Guerra Mundial, como o inglês Spitfire Mk.IX e o norte-americano P-47 Thunderbolt, utilizado pela Força Aérea Brasileira. Todos são modelos reais, utilizados durante o conflito. O acervo vai além dos modelos de guerra. O Savoia-Marchetti SM-55 Jahú, por exemplo, está lá por sua história. Ele é um hidroavião monoplano da

década de 1920 que foi escolhido pelo comandante João Ribeiro de Barros para atravessar o Atlântico Sul em 1927. Desde 2002, o Jahú está tombado como patrimônio histórico de São Paulo. O Lockheed L-049 Constellation é outro avião com uma trajetória curiosa. Essa aeronave, que hoje está estampada com as cores e o logo da Panair, ficou abandonada por 34 anos no Paraguai. Durante esse período, chegou a ter até um restaurante funcionando em seu interior. Ela foi doada à TAM pelo governo paraguaio em 2000 e chegou a São

Carlos desmontada em seis carretas. Uma raridade exposta no museu é um Miles M.2H Hawk, da década de 1930. Existem apenas seis aeronaves desse modelo no mundo e a que está em São Carlos é a única ainda capaz de voar. Foi totalmente restaurada e levou mais de quatro anos para ficar pronta. Mais da metade das aeronaves do acervo ainda pode decolar, entre elas o Spitfire, que chegou ao Museu voando. O Corsair em exposição é o mais antigo do mundo e o único da sua versão ainda em condições de voo. Cinco aeronaves estão expostas em dioramas, cenários que remetem às situações reais em que as aeronaves operavam. Ve g e tação, solo e objetos ajudam a compor a atmosfera lúdica. Uma delas é o Cessna 140. A história deste avião foi relatada no livro Diário da Morte – A Tragédia do Cessna 140, de Walter Dias, sobre a morte do piloto Milton Verdi, que

Aerovisão

Abr/Mai/Jun 2015

61


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.
AEROVISÃO nº 244 Abr/Mai/Junho - 2015 by Força Aérea Brasileira - Issuu