fonte de peças de reposição. A FAB terá, até o fim do próximo ano, uma frota total de 47 caças F-5EM e seis F-5FM. Eles serão os principais vetores de defesa aérea do País até a chegada dos Gripen NG. O projeto permitiu não apenas levar a aviação de caça da FAB a outra realidade operacional, mas também desenvolver o parque industrial brasileiro. Datalink A frota de F-5 ainda terá um novo reforço tecnológico, a ser recebido em 2018. Trata-se de um novo datalink, sistema que vai permitir aos aviões trocarem dados sem o uso de comunicação por voz. Será possível, por exemplo, transmitir uma imagem, o que permitirá confirmar a identificação de um alvo. A própria lógica do combate aéreo
pode ser modificada. Um caça pode ir em direção aos alvos hostis com seu radar desligado, e dessa forma se manter fora dos sistemas de alerta inimigos, e ainda assim conhecer toda a situação tática à sua frente, graças a outra aeronave, mais recuada, transmitindo todos os dados dos seus próprios sistemas. Há a possibilidade até de um avião disparar seus mísseis a partir de dados enviados por outro. Chamado de Link BR2, o novo datalink é superior aos sistemas hoje em uso no Brasil por integrar mais aeronaves em uma só rede, além de estações em solo, inclusive para uso do Exército e da Marinha. Em 2019 deve ocorrer a integração do Link BR2 em quatro caças F-5, quatro A-29 Super Tucano e em dois aviões-radar E-99. Os A-29, que não contam com radar, poderão ter em suas
cabines informações enviadas pelos E-99M, capazes de detectar aeronaves a centenas de quilômetros de distância. O projeto envolve não apenas a aquisição do sistema, mas o seu desenvolvimento no Brasil. Por contrato, a empresa israelense Rafael, fornecedora dos rádios de comunicação, já transfere tecnologia para militares da FAB e da Marinha, além de civis da empresa brasileira Mectron. O planejamento prevê instalar o Link BR2 futuramente em um maior número de aeronaves, incluindo helicópteros, aviões de patrulha e de reabastecimento em voo. E-99M A partir de 2002, a FAB teve um componente inédito em suas operações aéreas: o avião-radar E-99. Trata-se de uma versão militar do jato regional Embraer 145 que atua como um verdadeiro posto
SGT REZENDE / Agência Força Aérea
Cinco aviões-radar E-99 estão em fase de modernização. Eles vão receber o Link BR2 e serão capazes de transmitir dados diretamente para as cabines dos caças.
Aerovisão
Abr/Mai/Jun 2015
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