AEROVISÃO nº238 Out/Nov/Dez - 2013

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orientação via satélite. Conhecido pela sigla CNS/ATM, o conceito tem como diferencial o direcionamento da aeronave com mais precisão e segurança. O grande foco da iniciativa está em mudar o paradigma no transporte aéreo que baseia a otimização do sistema na chamada "Navegação Baseada em Performance", ou PBN (do inglês Performance Based Navigation), que otimiza e redesenha a estrutura dos trajetos de navegação. Do mesmo modo, o procedimento amplia o número de alternativas para novas rotas, o que faz diferença na hora de agilizar pousos e decolagens, desobstruindo terminais aéreos. Com o PBN, a navegação aérea passa a ser pensada como se cada aeronave voasse dentro de um túnel virtual, que varia de tamanho conforme as capacidades e os recursos a bordo. Se por algum motivo o avião ou helicóptero sair do seu “túnel”, os sistemas de bordo avisam automaticamente.

Com o Programa Sírius, os sistemas das aeronaves poderão agora utilizar informações enviadas por satélites, além dos sistemas de apoio à navegação instalados em solo

A utilização do PBN proporciona também um aproveitamento do espaço aéreo com maior eficácia, o que permite aumentar o número de voos simultâneos. Este é um dos motivos pelos quais o projeto é uma das principais metas do DECEA para a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas, em 2016. Rotas mais diretas e seus benefícios “O que acontece é uma reconfiguração das aerovias. As retas passam a ser predominantes durante o trajeto, o que encurta as rotas e diminui o tempo de viagem, princípio que inicia uma cadeia de benefícios que atinge diretamente a população”, explica o Capitão Alexandre Bastos, gerente do projeto de implementação operacional do PBN em área de Controle Terminal, uma das fases incluídas no Gerenciamento de Tráfego Aéreo do SIRIUS. A cadeia de benefícios da qual fala o Capitão é uma referência às consequências na redução no tempo das viagens. Para entender, basta lembrar que as rotas, antes em zigue-zague, agora ganham trajetos diretos, mais curtos. É essa nova configuração de rotas menores que representa um gasto menor de combustível, com uma natural redução de custos para as companhias, redução da emissão de poluentes na atmosfera. Até quem está no chão também é beneficiado. Na descida para os pousos, as aeronaves passam a realizar trajetórias contínuas. Isso quer dizer que os comandantes vão utilizar menos potência das turbinas e, assim, reduzir também a poluição sonora. “Maior segurança operacional, atuando com precisão e acurácia, aliado ao acréscimo na capacidade do sistema, dos terminais, da pista, do pátio e do número de passageiros, além da acessibilidade, com novas possibilidades de atuação meteorológica de voo e navegação, completam a lista os benefícios que tem o SIRIUS na vida da população brasileira”, finaliza Capitão Bastos. Aerovisão Out/Nov/Dez/2013

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