Plastico Sul 103 Guia 2009/2010

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FOTOS: DIVULGAÇÃO/PS

Expediente Conceitual - Publicações Segmentadas www.plasticosul.com.br Rua Cel. Fernando Machado, 21 CEP 90.010-321 - Centro Histórico Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3062.7569 plasticosul@gmail.com Direção: Sílvia Viale Silva

06

Edição: Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844 Coordenação Editorial: Júlio Sortica

12

Redação:

Da Redação Por Melina Gonçalves. >>>> Pág.

05

Balanço

Gilmar Bitencourt Departamento Financeiro:

Petroquímicas recuperam-se da Crise. >>>> Pág. 06

Rosana Mandrácio

3ª Geração

Departamento Comercial:

Retomada da indústria. >>>> Pág. 12

Débora Moreira, Lenise Mattar e Sandra Tesch

Dirigentes da Região Sul opinam. >>>> Pág. 15

Representante em Nova Iorque

Artigo

(EUA): Rossana Sanchez (rogu13associated@yahoo.com)

Por Taís Marcon >>>>

Representante em Caxias do Sul:

Pág. 20

Resinas (por aplicação)

Nédy Conde (54 9126.9937)

Construção Civil. >>>> Pág. 24

Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777)

Indústria Automotiva. >>>> Pág. 32

Plástico Sul é uma publicação da editora Conceitual -

Embalagens Plásticas. >>>> Pág. 42

Publicações Segmentadas, destinada às indústrias

Mercado Calçadista. >>>> Pág. 48

produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração

Tendências – área hospitalar. >>>> Pág. 53

petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil,

Foco no Verde

formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos,

Ações ecológicas em 2009. >>>> Pág. 54

Máquinas

fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem

O comportamento do setor. >>>> Pág. 56

necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul.

Eventos

É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que

As feiras que agitam 2010. >>>> Pág. 64

citada a fonte.

Agenda

Tiragem: 8.000 exemplares.

Programe-se para o ano. >>>> Pág. 66

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Capa: foto da IBM Internacional


ARQUIVO/PS

Da Redação

Se melhorar, NÃO estraga

O

ano de 2008, lá atrás, caminhava satisfeito exibindo ótimos desempenhos em toda a indústria. Até que, nos últimos meses, um vulcão chamado crise devastou o mundo e puxou para baixos resultados que até então pareciam históricos. Estados Unidos pararam. Europa estagnou. América Latina congelou. E quem diria, nós, considerados tupiniquins por muitos lá fora, com nossa bandeira verde e amarela, balançamos, balançamos, mas não caímos. Com a economia fortalecida, chegamos ao quarto trimestre de 2009 com crescimento em relação ao trimestre anterior, o que, segundo artigo da Maxiquim (que pode ser conferido na página 20) não garante crescimento quando se compara com o ano de 2008. Mas está claro que 2009 se encerra da melhor forma, com o mercado interno aquecido. Do lado da petroquímica, as exportações de resinas aumentaram e houve crescimento da demanda interna. Isso garantiu bons resultados principalmente nos últimos semestres. Houve um aumento no consumo de bens não duráveis, principalmente alimentos e bebidas. E os bens duráveis que, em tempos de crise, têm seu consumo diminuído, tiveram um empurrãozinho do governo. Foi o caso do setor automobilístico e linha branca, que tiveram redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Esta ação fez grande parte da população correr aos supermercados e concessionárias. Todo esse movimento por certo garantiu desempenhos satisfatórios e impulsionou o setor plástico. Entretanto, é preciso ter olhos atentos ao principal cliente das petroquímicas, das distribuidoras e das empresas de máquinas: o transformador brasileiro. Os produtores de

plásticos não tiveram os mesmo resultados positivos das fabricantes de resinas. Enquanto as exportações deste setor cresceu a passos largos (cerca de 79% no período de janeiro a setembro em relação ao mesmo espaço de tempo de 2008) as exportações de transformados caíram aproximadamente 22%. A merecida robustez da petroquímica, que através de fusões e aquisições se fortalece no cenário mundial não é questionada. O que é passível de discussão é o crescimento dos transformados plásticos nacional. O presidente da Abiplast, Merheg Cachum faz coro ao pensamento aqui manifestado. “Nós temos que conscientizar o governo de que ou fizemos alguma coisa ou seremos importadores de quase tudo, que sai mais barato. E é isso que queremos para o Brasil?”, questiona o dirigente na matéria da página 13. Ele diz que talvez haja uma preocupação muito grande em fazer a petroquímica tornar-se um player mundial mas deve-se entender que os transformadores também querem isso. Ora, pouco adianta ter a petroquímica fortíssima a nível internacional e altamente competitiva, se a indústria da transformação não acompanha este processo. Outro fator que compromete os fabricantes de plástico é a carga tributária, considerada umas das mais altas do mundo. Ou seja, muitos são os progressos alcançados principalmente nesse período de turbulências e oscilações mundiais. Mas 2010 é um ano de grandes desafios e a sinalização de melhora nos países desenvolvidos nos mostra que as chances de progressos podem aumentar. Portanto, 2009 não foi um ano dos melhores, mas também não foi ruim como imaginávamos lá no final de 2008. E para 2010, se melhorar... Com certeza não estraga.

MELINA GONÇALVES / Editora melinagoncalves@conceitualpress.com.br <<<< <<<< Setembro 2009/2010 de 2009 < Guia < Plástico PlásticoSul Sul<<05 5


Balanço

Voltando N a respirar

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Após o susto da crise econômica mundial, os setores plástico e petroquímico começam a retomar os números e planejam um desempenho ainda melhor em 2010.

em no céu, nem no inferno. Parece ser essa a sensação da indústria nacional quanto aos resultados esperados em 2009 e as expectativas para 2010. Ao que tudo indica a turbulência do Tsunami mundial que afetou a economia já foi amenizada. Mas os números não representam grandes maravilhas. Nada de bom acontecendo, mas também nada de ruim. Já é um alívio. Na verdade, dados da indústria no período de agosto de 2009 mostram que continua em recuperação, mas ainda apresenta níveis bem abaixo dos registrados antes do agravamento da crise econômica. A perda observada desde outubro de 2008 reflete-se no resultado acumulado do ano, que tem retração de 12,1%, pior resultado para o período de janeiro a agosto desde 1990, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na comparação com setembro de 2008, quando a produção industrial atingiu nível recorde, há queda de 10,2%, que posiciona a indústria brasileira em patamar semelhante ao observado em fevereiro de 2007. “A indústria segue em trajetória de recuperação, e há quedas menos acentuadas, em relação a 2008, na comparação com o ano passado”, afirmou a coordenadora da PIM (Pesquisa Industrial Mensal), Isabella Nunes. Segundo o IBGE a produção industrial brasileira teve oitava elevação consecutiva em agosto, com alta de 1,2% frente a julho. Em relação a igual período em 2008, porém, a indústria teve retração de 7,2%. O desempenho dos segmentos de bens duráveis e de bens intermediários vêm puxando a recuperação da indústria, explicou Isabella. De dezembro para cá, a produção de bens duráveis cresceu 82,9%, influenciada pelo setor automotivo. Ainda assim, o setor apresenta perda de 5,3% em relação a setembro do ano passado.

O setor petroquímico também pode sentir de perto

a reação da economia nacional e internacional. Segundo o presidente do Siresp, Vítor Mallmann, o seg- >>>> As resinas petroquímicas são os principais itens da pauta de exportações no país 6 >>Guia 06 GuiaPlástico PlásticoSul Sul>>2009/2010 2009/2010>>>> >>>>


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Balanço volume dessas exportações, próximas a 1,2 milhão de toneladas, cresceram 76,6% em relação a igual período de 2008.

A atuação das petroquímicas O bom desempenho das indústrias dedicadas à produção de matérias-primas serve como termômetro dos bons ventos que chegam. E foi na principal fornecedora que foram observados os melhores resultados.

O desempenho operacional e financeiro da Braskem apresentou forte evolução positiva no terceiro trimestre frente ao período anterior, sinalizando a retomada dos níveis de demanda por produtos

DIVULGAÇÃO/PS

mento começou o ano bastante impactado pela crise do final de 2008, mas viu melhoras a partir de março. “No segundo trimestre teve recuperação, entretanto a demanda de resinas considerando também importações deve ter apresentado um acumulado no ano com recuo de cerca de 10% frente aos primeiros meses de 2008”, revela o dirigente. Para 2010, Mallmann projeta um crescimento da demanda interna de 5 a 7% em relação ao ano anterior. Quanto as exportações de resinas os números são animadores. Segundo o Presidente da Abiplast, Merheg Cachum, de janeiro a setembro foram exportadas 1,1 milhões de toneladas de resinas, represen-

vez, apresentou elevação de 10% nas vendas domésticas, com destaque para os volumes comercializados de polipropileno e PVC, que cresceram 15% e 17%, respectivamente. Com um volume de vendas de PP no mercado interno de 202 mil toneladas, a companhia bateu o recorde de vendas dessa resina em um trimestre. O crescimento da demanda foi sustentado por altas taxas de ocupação de capacidade, que se mantiveram ao redor de 97% em média nos crackers de eteno e chegaram a 98% nas unidades de polipropileno, superando recordes históricos em várias de suas plantas. A rentabilidade dos aromáticos foi superior ao esperado. Em virtude do aquecimento da demanda doméstica, a Braskem priorizou seus esVista panorâmica da Quattor, que no primeiro trimestre teve expansão do Ebitda

forços de venda para suprir o mercado interno e reduziu os volumes de resinas destinados à exportação. Mesmo assim, a elevação dos preços das resinas e de petroquímicos básicos no mercado internacional, acompanhada de maiores volumes no segundo caso, proporcionou uma receita de US$ 579 milhões com exportações no terceiro trimestre, 7% maiores do que no trimestre anterior. No acumulado de nove meses, as exportações totalizaram US$ 1,5 bilhão, 20% menores que em igual período de 2008.

tando e um aumento de 79,78% com relação ao mesmo período de 2008. Isso representa 1,12 bilhões de dólares e um aumento de 3,68% em relação ao ano anterior e forma um superávit 342,7 mil toneladas e 177 milhões de dólares. As resinas termoplásticas são o principal item da pauta de exportações químicas do País. Em setembro, as vendas externas de resinas somaram US$ 155 milhões, 24,9% mais do que em agosto. No acumulado do ano, as exportações de resinas, de US$ 1,2 bilhão, respondem por 16,2% do total das vendas externas de produtos químicos. O 8 >>Guia 08 GuiaPlástico PlásticoSul Sul>>2009/2010 2009/2010>>>> >>>>

petroquímicos no mercado nacional anteriores aos do início da crise financeira global. Como principal evidência dessa evolução, o Ebitda – lucro antes dos impostos, taxas, depreciações e amortizações – da companhia cresceu 48% na comparação com o trimestre anterior, totalizando R$ 838 milhões. A margem Ebitda atingiu 20,7%, representando um resultado extraordinário para o trimestre e um desafio a ser batido nos próximos períodos. A demanda do mercado brasileiro de resinas aumentou 9% no terceiro trimestre em relação ao anterior. A Braskem, por sua

Do lado da Quattor os resultados também foram positivos. A empresa divulgou dados do 3º trimestre, indicando expansão de 52% no Ebitda, em relação ao 2º trimestre, totalizando R$ 236 milhões. No comunicado, a empresa também informa que neste ano, até setembro, sua geração operacional de caixa ficou em R$ 823 milhões. No período, a Quattor investiu R$ 354 milhões e, a maior parte desse montante, acrescenta a companhia, foi direcionada para o programa de ampliação da capacidade do Polo Petroquímico do ABC Paulista. Em 30 de setembro, a dívida líquida consolidada da Quattor foi reduzida em R$ 497 milhões frente ao endividamento líquido de 31 de dezembro de 2008; e o saldo de caixa consolidado atingiu cerca de R$ 1,1 bilhão. Para a LANXESS AG houve um desempenho operacional sólido no terceiro trimestre>>>>


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Balanço FOTOS: DIVULGAÇÃO/PS

Setor automotivo impulsionou os resultados positivos da Lanxess em nível internacional

mestre sofreu uma redução de 24% em relação ao ano anterior para •1,37 bilhões, mas aumentou 11% em relação ao trimestre anterior. Houve um pequeno aumento do estoque no terceiro trimestre, pois uma série de clientes de Performance Polymers anteciparam suas compras antes do aumento de preços anunciado para o quarto trimestre. O lucro líquido apurado no segundo trimestre foi de •23 milhões. No Brasil, as oportunidades identificadas no setor automotivo e novos desenvolvimentos consolidados no terceiro trimestre de 2009 no segmento de borracha contribuíram com o bom desempenho da unidade de negócios Rhein Chemie, com um consequente aumento de proConsumo de bens não duráveis, como alimentos, também favoreceu resultados das petroquímicas

dução e recuperação dos volumes de vendas no mesmo período. “Desenvolvimento de novos negócios na linha de plásticos também sustentaram a posição da unidade de negócios no período. A linha de lubrificantes também apresentou significante recuperação no terceiro trimestre, com volumes de vendas estáveis em relação ao mesmo período de 2008”, afirma Marcelo Lacerda, presidente da LANXESS no Brasil.

Já a Dow Chemical informou

de 2009, com EBITDA pré-excepcionais da ordem de •143 milhões. A empresa de especialidades químicas esperava que os resultados operacionais no terceiro trimestre atingissem o mesmo nível dos resultados do segundo trimestre com •112 milhões. O EBITDA pré-excepcionais sofreu uma redução de 26% em relação ao ano anterior, mas aumentou 28% em comparação ao segundo trimestre 10 > Guia Plástico Sul > 2009/2010 >>>>

em virtude de um cenário macroeconômico melhor em todo o mundo, estimulado pela China, e em virtude também das economias obtidas com o pacote de medidas “Challenge09-12”. Outra métrica importante de desempenho – a margem EBITDA pré-excepcionais – alcançou 10,4%; maior do que no trimestre anterior e próxima do nível do ano anterior. O faturamento no terceiro tri-

ter registrado lucro atribuível à companhia de US$ 796 milhões, no terceiro trimestre de 2009, com acréscimo de 85% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando os ganhos foram de US$ 428 milhões. Já no acumulado do ano, o lucro líquido totaliza US$ 476 milhões, contra US$ 2,1 bilhões nos mesmos meses de 2008. De julho a setembro, a receita líquida da companhia atingiu US$ 12 bilhões, ante US$ 15,3 bilhões em correspondente trimestre de 2008. De janeiro a setembro, a receita ficou em US$ 32,4 bilhões, sobre US$ 46,5 bilhões, um ano antes. G


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3ª Geração

e d o r p o Um s o ã ç a r e p recu 12 > > Guia Plástico Sul > 2009/2010 >>>>


Para esclarecer as dúvidas d o transformador e revelar números do setor em 2009 e perspectivas para 2010, o GuiaPlástico Sul foi buscar junto ao Presidente da Abiplas, Merheg Cachum os detalhes deste ano que foi marcado pelos reflexos de uma crise que não será esquecida tão cedo.

Cachum opina sobre o déficit do setor de transformação, que atingiu US$ 642 milhões

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A

s indústrias de plástico do país terão aumento no faturamento bruto, nos próximos anos, depois da queda de 17%, sofrida no 1º semestre de 2009, em relação ao mesmo período de 2008. A projeção é do presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), Merheg Cachum. A diretoria da entidade acredita que, com a recuperação da economia mundial a indústria de plástico no Brasil e no Estado de São Paulo deve aumentar sua receita. O faturamento bruto do setor, neste primeiro semestre, foi de R$ 644 milhões, enquanto em 2008, o faturamento de janeiro a julho foi de R$ 800,1 milhões. De acordo com o presidente da Abiplast, “todo o setor no Brasil, terá crescimento. Sem dúvida a tendência - não neste ano, mas nos próximos anos - é de forte crescimento”, diz Cachum. De acordo com dados da Abiplast, a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2008 mostra que os principais destinos de exportação do plástico brasileiro, atualmente, são os países do Mercosul, onde Paraguai, Uruguai e Argentina, ficam com 31% das exportações; os países da Associação Latino Americana de Integração (Aladi) com 23%, de países sul-americanos que não participam do Mercosul; a União Europeia, com 22%; e os Estados Unidos, com 10% do volume de exportações. Cachum diz que a principal estratégia para aumentar o volume das exportações de plástico do País é o Programa Export Plastic, patrocinado pela Agência de Promoção de Exportação do Brasil (Apex) e pela Abiplast, o programa formula estratégias para auxiliar empresas a iniciar, aumentar ou retomar suas exportações. O gestor do programa, Marco Vidra, estima que, de 2008 para 2009, as exportações tenham tido crescimento de 15%. Ele conta que este aumento é inferior a anos anteriores, quando houve acréscimo de 36,1% no volume de exportações de 2007 dos associados, que totalizam 77 empresas. Em 2007, as exportações resultaram em ganhos de R$ 174 milhões, enquanto em 2008, esses ganhos foram de R$ 237 milhões.

Guia Plástico Sul - Qual foi desempenho do setor plástico e petroquímico em 2009? Merheg Cachum - Temos alguns dados até setembro de 2009. Por exemplo, de janeiro a setembro, em laminados, tivemos uma redução de 14,76%, comparado ao mesmo período de 2008. Em embalagem houve uma redução de 5,14% no mesmo período. E artefatos plástico diversos, uma redução de 15,61%.

Evolução mensal do setor em 2009:

• Laminado: mês de menor nível de produção física foi dezembro de 2008. A partir de janeiro começa um crescimento com relação ao mês anterior. Porém registrou uma queda de abril a agosto de 2009. • Embalagem: atingiu o pior mês em dezembro de 2008. Mostrando recuperação a partir de janeiro de 2009. Registrando indicadores negativos apenas em fevereiro e abril de 2009. • Artefatos plásticos diversos: Atingiu o pior mês de produção em dezembro de 2008. E apresenta recuperação no ano. Fechando indicadores negativos em fevereiro, maio e setembro de 2009. GPS - Como foi o desempenho do setor em relação a mercado de trabalho? Cachum - Movimentação de empregados: 96.950 contratações, o que representa uma redução de 20% no número de contratações em relação ao ano anterior. De novembro de 2008 a abril de 2009 houve um fechamento 23.400 postos de trabalho. De maio a setembro de 2009, foram gerados 11.500 empregos. Dessa forma, para que o setor recupere os postos de trabalho que foram fechados durante a crise será necessário criar mais 11.800 empregos. Evolução mensal do mercado de trabalho: saldo entre admitidos e demitidos passa a ficar positivo a partir do mês de maio de 2009 e o número de contratações vem numa crescente o número de contratações em relação as demissões do setor. Isto é, 14.288 contratações, representando um aumento de 3,3%, em relação ao mês anterior.

GPS - Quais são os números de importações e exportações de transformados plásticos? Cachum - No período de janeiro a setembro de 2009 a importação de transformados foi de 328,3 mil toneladas, isso representa uma redução de 8,13% no período. E 1,4 bilhões de dólares, estamos falando em valores com uma redução de 15,82%. Exportação: foram exportadas 201,9 mil toneladas, representando uma redução de 22,01%. E em valores foram 854,1 milhões de dólares, representando uma redução de 19,01% com relação ao ano anterior. A Balança comercial é deficitária em 126,03 mil toneladas e em 642,2 milhões de dólares. GPS - Qual a sua avaliação sobre este balanço? Cachum - O terceiro trimestre teve uma curva ascendente. Alguns setores estão caminhando bem, como o setor automotivo, o da construção civil e a linha branca. São setores que estão tendo teoricamente um incentivo por parte do governo, com a redução da carga tributária e do IPI no caso do automóvel e da linha branca.

GPS - Os incentivos por parte do BNDES auxiliam também na aquisição de máquinas e equipamentos? Cachum - O BNDES está fazendo um trabalho maravilhoso. As empresas que estão qua->>>> <<<< 2009/2010 < Guia Plástico Sul < 13


3ª Geração lificadas para obter incentivos hoje têm maiores condições do que em 2008. É um trabalho muito importante do BNDES, que tem auxiliado as empresas, desde as de pequeno e médio porte até as grandes. GPS - O principal fator dos números negativos, principalmente em laminados e diversos se deve a crise financeira? Cachum - Sem dúvida nenhuma, a crise mundial teoricamente, afetou todo mundo, apesar de poder assegurar de que o Brasil foi o país menos atingido. Mas não quer dizer que não fomos atingidos. GPS - Além da crise, quais foram os principais entraves e desafios de 2009? Cachum - Acho que temos que ter uma política de estímulo para a indústria brasileira, como estamos tendo hoje na área automobilística e de geladeiras. Deveríamos repensar o Brasil em nível de carga tributária principalmente. O país que leva uma carga tributária elevada, como o Brasil carrega, tem dificuldade de ser competitivo e de crescer. Outros países que têm a carga tributária bem mais reduzida levam uma vantagem fabulosa com relação à indústria brasileira. Esta é a ótica que serve de referência para o governo brasileiro. O governo teve uma sinalização de que se reduzirmos a carga tributária tudo vai bem. Isso é sinal de que tem alguma coisa errada no nosso sistema tributário. GPS - Existe uma luz no fim do túnel, neste sentido? Cachum - Nós estamos trabalhando. Todas as federações brasileiras trabalham. A confederação nacional da indústria faz a sua parte. E nós temos que conscientizar o governo de que ou fizemos alguma coisa ou seremos importadores de quase tudo, que sai mais barato. E é isso que queremos para o Brasil? Vimos que há um superávit no setor de resinas e um déficit no setor de transformados. Talvez haja uma preocupação muito grande de se tornar um player mundial em relação à petroquímica, mas os transformadores também querem isso. A petroquímica está se fortalecendo, acho que isso é muito importante. São pontos altamente positivos. Mas, não adianta ter a petroquímica fortíssima a nível internacional e altamente competitiva, se a indústria da transformação não acompanha este processo. A petroquímica está no Brasil e em primeiro lugar o foco é a indústria bra14 > Guia Plástico Sul > 2009/2010 >>>>

sileira. Portanto, não adianta termos a petroquímica fortíssima a nível internacional e altamente competitiva, se a indústria da transformação não acompanhar. As petroquímicas estão no Brasil e o grande foco é a indústria brasileira. A petroquímica não foi montada visando exportação. GPS - Perspectivas para 2010. Quais oportunidades e obstáculos do ano? Cachum - Vejo mais oportunidades do que obstáculos. Em primeiro lugar já estamos em uma retomada. Tenho certeza que iremos continuar nesta retomada de crescimento, com uma curva ascendente suave, nada de grandes saltos. Afinal, com grandes saltos correm-se os riscos de grandes quedas. É um ano político e sem sombra de dúvidas, todo ano político se faz o possível e o impossível para que as coisas caminhem bem. Mas independente deste fato, acredito que 2010 será um ano de crescimento para a indústria. GPS - Além da carga tributária, quais são os fatores que influenciam na competitividade do setor plástico? Cachum - Temos energia mais competitiva, por exemplo, sendo que energia brasileira é uma das mais caras do mundo. Precisamos ter condições de competitividade em todo o segmento em que nos atinge, como na renovação do parque industrial brasileiro, o que eu considero de fundamental importância para modernização das indústrias visando a competitividade. GPS - Qual a sua opinião sobre a possibilidade de uma concentração ainda maior do setor petroquímico e uma maior participação da Petrobrás no setor? Cachum - Vejo a Petrobras atuando muito forte em vários projetos. Acho que hoje, o gigantismo é muito problemático e nos preocupa muito, com relação ao caso Petrobras. Ela passa a ter um controle tal e nós temos que estar preocupados. Mas, o crescimento da petroquímica eu acho que é inevitável. Ou iria ocorrer o crescimento da petroquímica como estamos observando, ou então perderíamos espaço no cenário internacional. GPS - Como foram os reajustes dos preços das resinas em 2009 e as expectativas para 2010? Cachum - As resinas têm que acompanhar

logicamente o preço internacional para que possamos ser competitivos. Não tem como ser competitivo comprando mais caro. Temos que ter hoje uma condição de competitividade internacional, para que cada vez nós possamos competir mais internamente e externamente também. A questão interna é fundamental, pois se eu não for competitivo internamente, entrarão produtos feitos fora com mais facilidade do que já tem hoje. GPS - Como avalia os patamares de crescimento do processamento de plástico dos últimos anos? Estão satisfatórios? Cachum - O plástico vem crescendo. Têm anos mais difíceis, outros com menos dificuldades. Acho que o crescimento mantém o determinado perfil. A nossa meta é que aumente o crescimento da indústria da transformação. São mais ou menos 11.400 empresas do setor constituídas no Brasil, gerando uma força de trabalho muito forte, são 330 mil empregos diretos. Esperamos que haja o crescimento destas indústrias e o fortalecimento de todas. Também existem muitas empresas para o volume de transformados no país. Não é muito lógico este número tão grande, acho que há uma tendência, de com o tempo ocorrer uma redução. Seria importante uma consolidação, com fusões. GPS - O que é preciso para ampliar o consumo per capita de plástico no Brasil? Ele é satisfatório? Cachum - Não, ele é baixo. É necessário aumentar o ganho do povo brasileiro. O povo quando tem a sua renda melhorada, amplia o consumo, compra mais comida, televisão, bicicleta, geladeira e outros bens e objetos. E isso é o que vai melhorar. Com o ganho. Sem ganho não tem milagre. GPS - Como avalia os resultados do desempenho da região Sul do país? Cachum - A região Sul do país é bem desenvolvida, forte, como sempre foi. Considero que temos que trabalhar o fortalecimento de todas as regiões do nosso país. Falo como Brasil, o importante é o crescimento do país. Acho que a região Sul está indo muito bem e a tendência é ir melhor ainda. Temos que olhar para as regiões menos favorecidas para nos empenharmos em promover o crescimento de todas. G


Crescimento lento e gradual

Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do Rio Grande do Sul (Sinplast), o segundo semestre do ano de 2009 foi de recuperação para o setor de transformação de plásticos no Rio Grande do Sul, o que está criando um clima de otimismo entre os industriais para 2010. Quem faz a avaliação é o Presidente da Entidade, Alfredo Schmitt que estima para 2009 um faturamento na ordem de R$ 3 bilhões e 650 milhões, assim como com um consumo de resina na ordem de 392 mil toneladas no estado. “De qualquer forma, o cenário mostra o

Schmitt destaca ações realizadas em 2009 em prol da imagem do plástico em geral

quanto é preciso encontrar novos caminhos e pensar no futuro do setor, que tem sido foco de constantes ataques por parte da opinião pública – em especial ambientalistas - que não percebem e não compreendem a real importância e utilidade dos artefatos plásticos para o conforto do dia-a-dia do ser humano, sem falar da sua total reciclabilidade, o que contribui diretamente com a preservação do meio ambiente”, avalia o dirigente que em 2009 ajudou a liderar o lançamento do Programa Sustenplást – RS Plástico com Inteligência. A ação visa contribuir para uma mudança cultural da comunidade gaúcha e brasileira acerca da utilidade, do descarte correto e da reciclabilidade do plástico, além da realização de eventos com ampla participação dos associados e encontros de capacitação, palestras e cursos no âmbito da gestão pela qualidade total.

Simpep com novos desafios O Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Paraná (Simpep) passa por nova fase. Isso porque em novembro de 2009 uma nova diretoria assumiu o sindicato para o triênio 2009 a 2012. Na presidência agora está Denise Dybas Dias, da Dyplast Ltda. Conforme a dirigente os desafios desta nova gestão são muitos, sendo em primeiro lugar dar continuidade nas ações que o SIMPEP já vinha fazendo sob a liderança de Dirceu Galléas. “A promoção da união do setor é um dos nossos principais objetivos, assim teremos mais força, respeito e representatividade”, afirma. Denise diz que os desafios sempre existem, não só pela troca de gestão, mas pela rápida dinâmica do mercado. “A cada dia aparecem situações novas: questões tributárias, políticas, mercado internacional, etc. Temos que estar sempre atentos e em conexão com os outros sindicatos para desempenhar bem o nosso papel; que é o de representar o setor no Paraná, congregar as empresas e acima de tudo defender nossa categoria econômica, pleiteando por condições de desenvolvimento de nossas indústrias”, diz.

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O

segundo semestre de 2009 foi de recuperação para a maior parte dos transformadores plásticos do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ao que tudo indica a crise começou a perder forças e os empresários iniciam seus planejamentos para o pós-crise. Assim como os principais setores da indústria, prevalece o meio termo: nada de crescimentos grandiosos, mas perdas maiores também não estão nos resultados dos transformadores segundo os sindicatos que lhes abrigam.

Transformadores plásticos do sul revelam o desempenho de suas regiões e projetam um 2010 de evolução suave, mas crescente.

“Devemos buscar a competitividade plena do setor. E isso é o ponto central do trabalho que o Sinplast vem desenvolvendo junto às empresas filiadas e associadas – que juntas somam, hoje, 770 indústrias no Rio Grande do Sul”, revela. Para a nova gestão (2009-2012), a diretoria já formatou o>>>>

Denise recebeu o apoio e a indicação da atual gestão presidida por Dirceu Galléas, que vê como promissora e importante a participação da mulher no cenário empresarial. “A Denise é muito competente, está no segmento há 17 anos fazendo um grande trabalho em sua empresa e tenho certeza que será uma ótima presidente para nossa instituição”, relata Galléas. A nova presidente vai encampar várias bandeiras, entre elas o aprimoramento dos serviços oferecidos pelo sindicato, aumentar o número de associados e apostar na capacitação profissional. Outra proposta da presidente é pleitear junto ao governo benefícios para as empresas do setor plástico que, segundo ela, vêm sofrendo com a alta carga tributária e a atual guerra fiscal dos Estados.“É um novo desafio assumir este cargo, mas conto com uma excelente diretoria e, juntos iremos desenvolver um trabalho sério que leve benefícios para todas as empresas de transformação”, diz Denise. Hoje o setor plástico paranaense conta com 600 empresas, que geram 18 mil empregos diretos. O faturamento anual do setor é de US$ 3,2 bilhões. <<<< 2009/2010 < Guia Plástico Sul < 15


planejamento estratégico, com 12 metas propostas e divididas em Comitês. Defesa incondicional do plástico, valorização da cadeia, capacitação dos empresários e incentivo à participação de jovens na entidade estão entre as ações do Sindicato para o próximo triênio.

Para o Estado de Santa Catarina, como 2008 foi um ano muito bom, só apresentando problemas a partir de outubro, a estimativa é de que haverá uma queda no volume em 2009 de cerca de 15%. O Presidente do Sindicato das Indústrias Plásticas do Estado de Santa Catarina, Albano Schmidt justifica esse resultado devido a crise financeira internacional. “ O ano começou ruim e melhorou no terceiro trimestre”, avalia. Para 2010 o dirigente prevê uma recuperação tendo em vista a as obras do PAC Programa de Aceleração do Crescimento - e as preparações para a Copa do Mundo. Outros fatores que contribuirão com o desempenho do ano serão o aumento no consumo de bens duráveis devido ao crescimento da

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Denise Dias é a nova presidente do Simpep, e pretende unir-se a outros sindicatos na promoção do setor

confiança da população e os auxílios do Governo Federal como redução do IPI, que ajudarão a aumentar a demanda. “ A previsão de aumento de consumo de alimentos também gera aquecimento já que Santa Catarina tem muitas empresas fabricantes de embalagens para o setor”, afirma. Conforme números da Maxiquim o setor plástico do Estado Catarinense parece já ter atravessado a fase mais aguda de correção, embora a comparação com o mesmo trimestre de 2008 ainda seja bastante negativa no que diz respeito a consumo de resinas e faturamento, mas, sobretudo, no nível operacional. A boa surpresa, conforme o material divulgado pelo Simpesc, foi o crescimento do número de empregos. A recuperação é mais evidente nos segmentos de embalagens, descartáveis e de peças técnicas. Ainda conforme o documento, há outros seg-

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3ª Geração

mentos onde os níveis de produção podem demorar um pouco mais para voltar a um patamar mais razoável, sobretudo o de construção civil, em que há normalmente uma maior inércia, tanto para desacelerar como para retomar a velocidade. >>>>


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3ª Geração "Em 2009 a crise financeira internacional refletiu no segmento plástico, atingindo a grande maioria das nossas empresas. Nosso segmento abastece a indústria final e a maioria das empresas está agora num momento de retomada em função do aquecimento do mercado. O ano de 2009 na média esteve muito aquém em comparação a 2008. No comparativo houve setores cuja queda esteve na ordem de 50% e as empresas com produto próprio, ligados à construção civil, utilidades domésticas, eletroeletrônicos, tiveram um desempenho até muito parecido com 2008. Neste momento o plástico se enquadra numa fase de aquecimento, justamente pela demanda dos produtos chamados “fins” e pela proximidade do final do ano, dos produtos de consumo final. A região nordeste é muito rica em desenvolvimento e produção de produtos plásticos. Somos muito fortes em autopeças, componentes automotivos, produtos para segmento de transportes, construção civil e tantos outros. Não há um produto que mais se destaca e sim todos os segmentos são significativos para a economia do setor. Em 2010 certamente voltaremos a crescer. O setor apesar da crise foi o que mais investiu e reinvestiu no processo produtivo. O nosso segmento é muito inovador. Há uma previsão de que o setor como um todo, deverá buscar os patamares de 8% de crescimento."G

Cadeia Petroquímica-Plástico

Orlando Marin Presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho

- Capacid. produção de resinas termoplásticas: 2.065.000 ton/ano - Brasil: 5.875.000 ton/ano

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Nº de empresas: - RS: 1.255 - RS + SC + PR: 3.036 - Brasil: 11.263 - Região SIMPLÁS: 417 empresas (8 municípios: Caxias do Sul, Coronel Pilar, Farroupilha, Flores da Cunha, Garibaldi, São Marcos, Nova Pádua e Vale Real) Empregos: - RS: 27.536 - RS + SC + PR: 85.298 - Brasil: 298.169 - Região SIMPLÁS: 15.000 empregados Fonte: MTE - Rais 2006 - Rais Estabelecimentos Estoque 2006/ Caged - Relação Admitidos e Desligado Jan/07-dez/07

Principais setores de atuação das indústrias de material plástico na região: Automotivo - Alimentício – Moveleiro – Eletroeletrônico - Matéria-prima/reciclagem – Cosméticos Construção Civil - Utilidades Domésticas Embalagens - Calçados Fonte: MAXIQUIM

Pólo Petroquímico de Triunfo-RS

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Simplás projeta 2010

Indústria de Produtos Plásticos do Rio Grande do Sul Consumo de Resinas no ano de 2006: 446.463 toneladas PEBD: 11,5% PEAD: 10,7% PP: 33,1% Outras Resinas: 11,3% Materiais Reciclados: 17,6% PVC: 5,7% PET: 3,7% PS: 1,3% PEBDL: 5,2% Consumo de Resinas por Segmento de Mercado Embalagens: 36,6% Componentes Técnicos: 6,7% Componentes para Calçados: 16,8% Móveis: 9,3% Agricultura: 9,2% UD e Brinquedos: 9,0% Construção Civil: 6,3% Outros: 6,1% Fonte: MID –Maxi Indicadores de Desempenho –MaxiQuim 2007


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Artigo

Petroquímica 2009 e 2010: conquistas, perdas e desafios Taís Sozo Marcon

A

petroquímica brasileira iniciou 2009 nocauteada após um quarto trimestre de 2008 de péssimos resultados. O movimento de alta nos preços em 2008 fez com que toda a cadeia 20 > Guia Plástico Sul > 2009/2010 >>>>

se estocasse, prevendo um aumento da demanda no final do ano e também se precavendo de novas altas que ainda pudessem ocorrer. Porém, no último trimestre de 2008 o cenário se inverteu: preços e demanda caindo drasticamente mundo afora. Resultado: toda a cadeia se concentrou em desovar

seus estoques, o que fez com que algumas unidades petroquímicas operassem a níveis próximos a 50% no final de 2008. O ano de 2009 se inicia com cenário de queda de preços dos petroquímicos básicos e resinas. A demanda ainda se mostrava muito fraca, com estoques sendo con->>>>



sumidos. A queda nos preços das resinas não foi suficiente para a retomada da demanda no setor industrial. A incerteza quanto ao final e mesmo às consequências da crise econômica não permitia qualquer compra de matéria-prima além da necessária para a produção imediata no setor da transformação de plásticos. Ao final do primeiro trimestre de 2009, os níveis de produção nas unidades petroquímicas já tinham sido praticamente retomados. O aumento nos volumes de exportação, principalmente para a China, foi imprescindível para tal retomada. O percentual de poliolefinas exportadas frente à produção total chegou a ser na ordem de 50% em determinados meses. O segundo trimestre seguiu com recuperação da demanda no mercado interno, e os preços registraram ainda queda moderada. A recuperação de parte dos preços na cadeia se deu no terceiro trimestre. Nesse momento, a demanda se mostrou ainda crescente, principalmente nos segmentos de bens duráveis, como automóveis e eletroeletrônicos. No lado da oferta, em 2009 houve a consolidação da integração no polo de Triunfo, com a incorporação da Petroquímica Triunfo pela Braskem. Houve ainda o aumento da capacidade de produção de polietilenos, realizada pela Quattor, e a partida da unidade de PP de Paulínia, da Braskem. Destaca-se aqui o aumento da participação do refino na petroquímica, com o aumento do fornecimento de propeno pela Replan e Revap. Chegamos ao quarto trimestre de 2009 e, ao que tudo indica, ele será de crescimento em relação ao trimestre anterior, o que não garante crescimento quando se compara com o ano de 2008. Mas é unânime a percepção de que o ano está se encerrando da melhor forma, com o mercado interno aquecido. A estratégia de aumento das exportações de poliolefinas foi mantida ao longo do ano, em paralelo com o crescente aumento da demanda interna. Isso garantiu bons níveis de produção nas unidades petroquímicas, principalmente nos três últimos semestres.

E para 2010? Do lado da demanda interna, a expectativa é de que os patamares alcançados com os sucessivos crescimentos na retomada em 2009 sejam mantidos e até mesmo aumen22 > > Guia Plástico Sul > 2009/2010 >>>>

tados. No mercado externo, já há sinais da retomada do consumo — ainda em patamares inferiores à pré-crise — nos EUA e Europa, regiões onde os efeitos da crise se fizeram sentir de forma mais intensa. É verdade que ainda existem algumas incógnitas em relação ao rumo da economia em tais regiões, principalmente em função das próprias medidas tomadas para conter a crise e suas consequências. Mas o fato é que, analisando os indicadores mais recentes, os resultados são positivos. No lado da oferta, há dois aspectos a serem considerados: o alto volume de resina exportado em 2009 foi favorecido pelo fechamento de muitas unidades de baixa rentabilidade no mundo, juntamente com o fato dos projetos de novas unidades de produção de petroquímicos básicos e derivados — principalmente na Ásia e China — terem sido adiados. Mas tudo indica que ainda em 2009 e em 2010 alguns desses projetos devem entrar em operação. Sendo assim, a oferta mundial vai crescer, aumentando a competitividade entre os países produtores. Ou seja, a indústria petroquímica local que possui oferta excedente deverá ser ainda mais competitiva globalmente. Essa competitividade é resultante de algumas estratégias: integração desde a produção de eteno, a principal matéria-prima petroquímica, às resinas, o que já foi consolidado no Brasil, com a formação da Braskem e da Quattor. Isso já coloca a indústria petroquímica brasileira entre as dez maiores do mundo em capacidade de produção de eteno. Porém, ao analisar algumas das cinco maiores — como ExxonMobil e Sabic, por exemplo —, percebe-se uma integração ainda maior, desde a produção do petróleo, o que garante um nível de competitividade superior. Grande parte do volume adicional de eteno que deve começar a ser produzido a partir de 2010 vem de empresas com esse perfil. Nesse sentido, a indústria brasileira já mostra algumas iniciativas, como a recente divulgação pela Pemex, empresa de petróleo e gás do México, da associação entre a Braskem e a mexicana Idesa, para a construção de uma planta de 1,0 milhão de toneladas de eteno naquele país. A criação do Comperj é outro exemplo, com a participação fundamental da Petrobras. A criação das join-ventures Polimérica e Propilsur, com a

ARQUIVO PESSOAL/PS

Artigo

PDVSA, na Venezuela, segue o mesmo perfil. Sendo assim, o que se observa é que como na época da integração da primeira com a segunda geração petroquímica brasileira — fundamental para a competitividade atual dessa indústria —, essa nova estruturação já está sendo trabalhada e recebendo investimentos com vistas a manter o nível de competitividade global, que é cada vez maior. Outro aspecto a ser considerado em 2010 é o nível das importações de resinas, que desde o início de 2009 se mantém em índices maiores que os registrados em anos anteriores. O perfil em 2010 pode ser mais preocupante, uma vez que haverá maior oferta de resina aliado a um câmbio que, se mantido na média atual, favorece as importações. Assim, uma vez considerando a economia brasileira em ritmo de crescimento acelerado em 2010, os principais fatores que podem influenciar diretamente no desempenho do setor petroquímico em 2010 são a entrada ou não de novas unidades de eteno/ polietilenos no mundo e o ritmo da recuperação da economia nas outras regiões do mundo, ou seja, o tamanho do mercado para a nova oferta e quão mais competitiva a indústria petroquímica brasileira poderá ser ainda mais em 2010. G Taís Sozo Marcon Diretora MaxiQuim Assessoria de Mercado


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FOTOS: DIVULGAÇÃO/PS

RESINAS Construção Civil

Previsão de crescimento Construção civil criou mais de 151 mil postos de trabalho no ano de 2009

A

construção civil, um dos principais setores produtivos do país, sentiu os efeitos da crise financeira mundial, mas mostra que já está conseguindo vencer as dificuldades enfrentadas em 2009 e prevê crescimento para o próximo ano. Segundo o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão, os reflexos da crise foram superados. “Atravessamos a crise muito bem. Os 110 mil empregos perdidos no setor entre novembro e dezembro de 2008 já foram recuperados. A construção civil criou mais de 151 mil postos de trabalho no acumulado de 2009, cerca de 25% do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do país”, ressaltou Simão. A previsão do pre-

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sidente da CBIC é de que o setor encerre 2009 com queda de 5% em relação aos 8% de 2008, mas com crescimento de 3% quando comparado a 2007.

A previsão de investimentos no setor da Construção em 2010 é de R$ 100 bilhões. Sendo R$ 30 bilhões provenientes das cadernetas de poupança, R$ 20 bilhões>>>>


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RESINAS Construção Civil Segundo o presidente do Instituto do PVC, Miguel Bahiense, a Copa

do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e R$ 50 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Programa Minha Casa, Minha Vida. A expectativa é de que sejam criados 800 mil postos de trabalho no setor e que o número de empregados formais no segmento chegue a 3 milhões em 2010. O aumento do investimento do setor em relação aos recursos de 2009 é da ordem de 10%, considerando os R$ 90 bilhões que estão sendo investidos neste ano. A Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) também destaca a recuperação do setor. Vários fatores como a redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), a chegada de estações mais quentes, como primavera e ve-

Um dos principais produtores de PVC e soda cáustica para o Mercosul, a Solvay Indupa também vê com o otimismo o próximo ano e destaca a importância da Copa de 2014 para o setor, principalmente nas obras de infra-estrutura, construção e renovação de instalações elétricas, que deverá ampliar o consumo de produtos de PVC. Prevê para 2010 um crescimento de 7%, sustentado pelo cenário positivo do segmento da construção civil que vem demandando fortemente com as ofertas de créditos imo-

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Indústria do plástico comemora o aumento de aplicações dentro das residências

2014, que será sediada no Brasil, é outra boa oportunidade para o setor da construção civil e, conseqüentemente para o PVC. “Engana-se quem pensa que para se realizar uma Copa do Mundo basta construir um belo estádio e fazer cumprir o Estatuto do Torcedor. Serão entre 10 e 12 sedes escolhidas e estas terão que estar preparadas para receber milhões de torcedores e potenciais turistas com infra-estrutura adequada. Serão necessárias a construção dos estádios, às melhorias locais, construção de hotéis, a solução de problemas crônicos de saneamento básico, entre outras. Isso sem contar os investimentos em melhorias nas redes viári-

dade e valor agregado aos produtos. Se os desafios estão presentes, devemos encarálos como parte do esforço para ampliarmos mercado”, diz.

rão, o fim do ano e o recebimento do 13º saláriofazem com que a venda de materiais de construção aumente, nos últimos meses de 2009, chegando até a 20%. A expectativa é de que, até o final do ano, a expansão cheguasse a 6,5% sobre 2008, quando o setor bateu recorde de faturamento: R$ 43,23 bilhões. “Isso indica uma retomada das obras, mesmo com o mês de setembro tendo um grande índice de chuvas. Devemos que lembrar que, nessa época do ano, as pessoas já começam a preparar a residência para as festas de fim de ano”, explica Cláudio Conz, presidente da Anamaco, acrescentando que, para 2010, projeta-se um crescimento de 10%.

Este clima de otimismo é comemorado pela indústria do plástico, que cada vez mais ocupa o espaço de outros materiais neste segmento. E neste rumo de crescimento, a Copa do Mundo e as Olimpíadas também sopram bons ventos para a construção civil e deixam otimistas os vários segmentos que atendem este setor. E não só os fabricantes de máquinas para a construção que estão de olho nos gordos contratos que devem ser gerados com os projetos da Copa e Olimpíadas, mas o plástico também pega uma carona nesta onda. A expectativa é que o PVC, muito utilizado em obras de saneamento, também anote incremento com os eventos esportivos no País. 26 > Guia Plástico Sul > 2009/2010 >>>>

as, portuárias e aeroportuárias do Brasil para o deslocamento dessas pessoas”, comenta. Ele destaca que o futuro é de oportunidades e desafios. Fala também que a cadeia produtiva do PVC está investindo pesado em inovação, como por exemplo, na busca de alternativas para as matérias-primas usadas hoje. “Nesse sentido, a indústria brasileira saiu na frente e anunciou para 2010 a produção de PVC a partir de cana-de-açúcar - matéria prima 100% renovável - substituindo os 43% de petróleo que compõe a resina. Além disso, nossos investimentos em nanotecnologia conferem mais competitivi-

biliários disponíveis atualmente no país. De acordo com gerente comercial da empresa, Gibran Tarantino, existe a tendência de que o crédito imobiliário no Brasil deverá triplicar a relação da proporção sobre o PIB nos próximos cinco anos, passando de 3.5% para 11.4% em 2014. Isso, com base no grande potencial de crescimento do setor e na carência existente para obtenção da casa própria. “Importante também frisar o forte trabalho que temos nas ações do PAC frente à carência de saneamento básico existente no país e que o Governo Federal tem demonstrado interesse e vêm divulgando constan->>>>


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RESINAS Construção Civil temente a importância em se investir nesse setor e que representará forte demanda de PVC para o setor”, comenta o executivo. Acrescenta ainda, que apesar dos esforços do governo federal, o acompanhamento feito pelo Instituto Trata Brasil, entidade da qual a Solvay é apoiadora, mostra que pouco mais de 10% dos recursos aplicados no PAC e saneamento chegaram efetivamente a se transformar em obras. O setor da construção civil é foco da empresa no mercado brasileiro. Em média, 65% das suas vendas de PVC no país é destinada para este segmento. Tarantino comenta que a utilização do PVC na indús-

de peças rígidas e de conexões; SolVin 263 RB para extrusão de perfis rígidos em geral, portas sanfonadas,e forros; SolVin 266RC para extrusão de tubos rígidos e perfis de janela e SolVin 265PY e SolVin 271 PY para revestimentos de fios e cabos, geomembranas e laminados para piscinas e pisos.

Entre as novidades na área de PVC destaca-se a parceria firmada entre a Braskem e a Mexichem, da Colômbia. A Braskem iniciou a comercialização em fase de pré marketing das resinas PVC Especialidades produzidas pela companhia colombi-

de. “Vale ressaltar que a Braskem permanecerá no Negócio PVC Especialidades por meio da parceria com a Mexichem mantendo a mesma linha de produtos, aguardando o melhor momento para investir em uma nova planta. A unidade de Vila Prudente será transformada em Centro de Distribuição de Produtos, onde, além de PVC Especialidades, poderá também armazenar e expedir outras resinas da empresa”, destaca. A suspensão da produção no local beneficiará a população instalada na região em virtude da conseqüente redução do impacto ambiental e da menor exposição aos riscos inerentes a qualquer atividade in-

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Copa do Mundo é uma grande oportunidade para o crescimento da demanda por resinas

dustrial. A parada está prevista para 31 de janeiro de 2010. “Nos dois meses subseqüentes ocorrerá a limpeza e higienização das instalações, mantendo os ativos “hibernados”, aguardando decisão futura”, informa a empresa.

De olho na Copa de 2014

tria da construção não é novidade, pois os tubos e conexões já vêm sendo usados há muito tempo, com longa vida e também a grande versatilidade, custo benefício e facilidade na sua aplicação. “Atualmente, o PVC também é utilizado na fabricação de janelas, perfis, sidings, pisos, fios e cabos, cercas, portas sanfonadas, divisórias, forros, decks e coberturas de piscinas, geomembranas, formas de concreto, entre outros”, acrescenta Além da construção a Solvay Indupa atende vários segmentos, como o calçadista, médico, automotivo, de brinquedos, entre outros. As resinas de PVC da empresa são: SolVin 258 RG para injeção 28 > > Guia Plástico Sul > 2009/2010 >>>>

ana, mediante um contrato de fornecimento firmado entre as empresas com duração de 5 anos. O acordo visa manter o abastecimento regular desse mercado em decorrência da iniciativa da Braskem de hibernar uma pequena e antiga unidade industrial localizada no bairro de Vila Prudente, em São Paulo, a partir do próximo ano. Segundo a Braskem, essa decisão foi tomada com base na sustentabilidade do negócio, que em razão da baixa escala de produção da planta e da distância das principais fontes de matéria-prima (MVC) - transportada pela Braskem de Camaçari, na Bahia, em uma complexa operação logística - vinha apresentando perda de competitivida-

Não só os apaixonados por futebol estão na expectativa da Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil. A construção civil está de olho nas obras que deverão ser realizadas para abrigar o campeonato. Na torcida também está a indústria do plástico, que aposta no crescimento do mercado construção, sendo que os produtos transformados estão cada vez mais presentes neste setor oferecendo novas soluções ou em substituição de outros materiais. Vislumbrando a Copa e com objetivo de suprir esta demanda crescente do plástico neste setor, os produtores de resinas já vêm a longo tempo desenvolvendo novos produtos e ampliando o seu grade destinado para este mercado. Segundo estimativa dos organizadores, as obras necessárias para a Copa do Mundo, os Jogos Olímpicos e a exploração do pré-sal vão exigir um enorme esforço do Brasil em investimentos. Estima-se que só os dois principais eventos esportivos do mundo vão demandar quase R$ 130 bilhões em infraestrutura, reforma e modernização de estádios e urbanização.


QUATTOR - A principal aposta da Quattor para a Copa do Mundo está na família Diya de produtos com nanotecnologia que agregam ao PP características diferenciadas que permit em uma performance superior quando comparada a outros materiais plásticos ou não. Segundo o Gerente de Marketing PP, Gustavo Sampaio, a principal aplicação do Diya é o assento para estádio com PP antichama. “Buscamos atender às especificações da FIFA para grandes eventos e que foi apresentado na última Brasillplast com sucesso para o público presente”. Além disso, os materiais fabricados pela Quattor, polipropileno e polietileno, podem ser aplicados ainda em superfícies e estruturas que demandam pela aplicação de mantas de geotêxteis, visando reforçá-las. “Temos ainda em PE a produção de conduítes e assentos sanitários em EVA”, revela, o Gerente de Marketing PE da Companhia, Rafael Navarro. SOLVAY INDUPA - Para a Solvay Indupa a Copa da mundo é um grande filão, afinal praticamente todos os produtos fabricados pela Companhia possuem aplicações nas construções e obras do evento. “No que refere-se à construção civil, nossos produtos são transformados pelos clientes em tubos, conexões, forros, revestimentos de fios e cabos elétricos, pisos, geomembranas e outros laminados para impermeabilização, papel de parede vinílico, eletrodutos, esquadrias e janelas e muitos outros”, diz Édison Carlos. O grande destaque, entretanto, são os tubos e conexões e grandes laminados chamados de geomembranas, que são utilizadas nas coberturas de estádios europeus e com grande tendência de aplicação no Brasil. SABIC - De olho nos padrões internacionais de segurança, a SABIC possui um amplo portfólio de plásticos com alto desempenho para atender aos requisitos de segurança normalmente exigidos por normas internacionais para a construção civil e uma equipe técnica para dar o suporte necessário aos clientes na definição das melhores resinas. O portfólio inclui materiais com resistência às intempéries, baixa emissão de fumaça, baixa toxidade de fumaça, resistência à propagação das chamas, resistência ao impacto para atender a demanda dosclientes em aplicações no setor. Entre os principais produtos da SABIC

para a construção, destacam-se: as chapas de policarbonato Lexan* em formato alveolar (Thermoclear*), com diversas espessuras (4 - 32mm), perfis e cores, com ampla utilização na cobertura dos mais modernos estádios esportivos no mundo, devido a resitência mecânica, facilidade na instalação e isolamento térmico; a resina ASA Geloy* XTW, que pode ser usada na injeção ou extrusão/termoformagem de peças, o grade Geloy HRA222F é uma excelente opção para assentos de estádio pois é retardante a chama, possui ótimo impacto e resistência a intempéries; a resina PPO Noryl*, destinada para ambientes com aglomerações e confinados, as normas internacionais têm exigido o uso de materiais que sejam retardantes a chama e ofereçam baixo nível de toxicidade de fumaça em vários itens de infra-estrutura como conduites e suportes de cabos; chapas de policarbonato Lexan* compacto, com diversas espessuras (2.4 - 12.7mm) e cores, pode ser aplicado como divisórias, cobertura de passagens de pedestres, proteção contra vandalismo, mantendo a transparência e iluminação natural.

BAYER - A Bayer vê o evento como uma grande oportunidade de negócios, uma vez que seu portfólio tanto de plásticos como também de tintas, vernizes e sistema de poliuretanos é amplamente utilizado em todos os setores que demandarão investimentos. Na área de resinas plásticas os principais produtos da empresa são o policarbonato (Makrolon(r) e Apec(r)) e suas blendas de PC-ABS e PC-ASA (Bayblend(r)), PC-PET, PCPBT(Makroblend(r)) na forma de grânulos ou chapas. Essas resinas podem ser aplicadas em interruptores, plugs, tomadas, conduítes, refletores e difusores de iluminação, medidores de energia elétrica e caixas de proteção destes medidores além das coberturas e painéis dos estádios. Conforme o gerente da área de Policarbonatos da Bayer, Alexandre Savignani, os principais produtos da linha de PUR com maior potencial de uso na Copa de 2014 são os sistemas de espumas rígidas de PUR para isolamento térmico da linha Baytherm(r) que podem ser utilizados para fabricação de painéis e telhas tipo sanduíche (contínuas e descontinuas) para construção civil, e para aplicações de spray em prédios residenciais e comercias. O executivo cita ainda o isocianato Desmodur(r) 1520 A15/BRA que>>>> <<<< 2009/2010 < Guia Plástico Sul < 29


RESINAS Construção Civil é muito utilizado como aglutinante de madeira para fabricação de placas de OSB utilizadas na construção civil. Savignani destaca alguns produtos que são grandes apostas para o campeonato mundial. Na área de Policarbonatos as aplicações principais são chapas de policarbonato Makrolon(r) compactas (corrugadas & planas) e alveolares para cobertura, fachadas e painéis dos estádios e aplicações de blendas de PC-ABS Bayblend(r) no setor eletrônico e de eletrodomésticos. Já pelo PUR os produtos da linha Baytherm(r) terão plena utilização para aplicações nas construções de alojamentos, depósitos de matérias, galpões, e também em locais que necessitarão de um ambiente com temperaturas agradáveis e controladas e que necessitem um reduzido consumo de energia.

BASF - Segundo o diretor da Divisão de Polímeros de Performance para a América do Sul da Basf, Klaus Ries, o desenvolvimento de novos produtos para atingir a excelência na competição, ao receber os competidores e em todas as novas infraestruturas, irá impactar diretamente o segmento

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plástico. Ele acredita que empresas de todas essas áreas irão buscar soluções inovadoras, práticas excelentes e parceiros confiáveis. “A Copa do Mundo de 2014 (e os anos antes) serão momentos importantes para conseguirmos ganhar foco em nossas atividades e lançar novos produtos para suprir as necessidades dos consumidores acerca da competição. Ou seja, o evento e a sua preparação serão ótimas oportunidades para a BASF e para seus clientes”, revela. Para utlização nas obras do evento, a empresa tem suas apostas. Um deles é o Basotect(r), que atende perfeitamente às necessidades atuais de redução de barulho. O produto pode ser aplicado em qualquer tipo de construção como residências, escritórios, restaurantes; mas também tem ótimos resultados em transportes como aviões e trens. Outra resina com grandes expectativas de demanda para a Copa é o Styropor(r). “Não menos importante, o Styropor(r) e o Neopor(r) são produtos que melhoram o isolamento térmico, economizando energia - um grande foco no Brasil, pelo alto consumo de ar condicionado”.

DOW - A empresa tem uma série de produtos para o setor de construção, nos mais variados mercados, e especificamente para o setor de plásticos possui materiais de destaque: resina para tubulações pressurizadas para água e esgoto (Polietileno PE80 e Polietileno PE100) e para tubos corrugados que permitem elevada resistência química e à corrosão. Para o segmento de tubos de pressão para água e esgoto possui as resinas de polietileno bimodal de alta densidade ContinuumTM, que estão sendo introduzidas no mercado nacional. Outro destaque é a resina para Geomembranas (mantas de materiais sintéticos utilizadas como barreiras impermeáveis para conter o movimento de líquidos, sólidos ou gases). Podem ser usadas como isolante para a umidade na construção de edifícios; isolamento para reservatórios de água; barreira impermeável para obras de transposição de rios, revestimento de lagos e de canais de água para a agricultura, manta para impermeabilização em aterros de resíduos e iIsolamento de túneis. G


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Em alta velocidade

O

setor automotivo percebeu a crise, mas graças a ações estimulantes principalmente por parte do governo federal, como a redução do Imposto sobre Produtos Indus-

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trializados (IPI), o ano de 2009 teve seus resultados satisfatórios. A Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores divulgou o desempenho do setor referente a outubro e ao período

DIVULGAÇÃO/PS

RESINAS Indústria Automotiva

janeiro-outubro. Entre outros destaques tem-se que a produção de veículos em outubro (316,0 mil) é a segunda maior da história, atrás do resultado de julho de >>>> 2008 (318,4 mil).


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DIVULGAÇÃO/PS

RESINAS Indústria Automotiva Em outubro de 2009 a produção de veículos foi a segunda maior da história

as vendas de veículos bateram recorde, com o emplacamento de 308,8 mil unidades. Esse desempenho, impulsionado pela corrida dos consumidores às concessionárias para aproveitar o último mês antes da elevação gradual do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), representa um crescimento de 19,6% no comparativo com agosto. A projeção da Anfavea (associação das montadoras) é de crescimento de 6,4% nos emplacamentos em 2009 ante 2008, que já havia registrado recorde em vendas.

A Anfavea atribuiu o bom ritmo de produção de outubro à recuperação dos estoques, baixos em setembro, em função do bom nível do mercado interno (o estoque ao final

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de outubro era de 215,8 mil unidades, o equivalente a 22 dias de vendas; em setembro o estoque foi de 171,6 mil, o equivalente a 17 dias de vendas).No mês de setembro,

A prova de que o governo tem responsabilidade sobre o bom momento vivido por essa indústria é o anúncio feito pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que prorroga o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de 3% para automóveis bicombustível (flex) de até mil cilindradas,>>>>


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RESINAS Indústria Automotiva até 31 de março de 2010. E também informou que o governo vai estimular a fabricação de veículos com “ selo verde “ , menos poluentes. Segundo o ministro, automóveis a gasolina 1.0, hoje com IPI de 3%, voltam à alíquota cheia de 7%, de forma gradativa, também até março. Veículos até 2 mil cilindradas flex ou a álcool mantém a alíquota de 7,5% de IPI. No caso de motores 2 mil cilindradas a gasolina, o IPI sobe dos 9,5% atuais para 13% em março. Acima de 2 mil cilindradas, mantém o IPI de 25%. Para caminhões, tratores e ônibus, prolonga a alíquota zero de IPI até junho de 2010. Com o prolongamento da redução do imposto, adotado no início do ano como medida anticrise, o governo deixará de arrecadar cerca de R$ 1,3 bilhão até março. “As vendas serão elevadas, e essa renúncia vai ser diluída”, comentou o ministro. O governo quer incentivar a indústria automobilística a criar mecanismos menos poluentes, disse. Por exemplo, a produção de carros híbridos com energia renovável e elétrica, ou modelos mais compactos, serão estimulados, a exemplo da redução do IPI para eletrodomésticos da li-

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nha branca, que recentemente foi vinculada à economia de energia. “Queremos manter a posição de sexto maior produtor mundial de automóveis”, disse o ministro. Ele justificou que o setor automotivo “é estratégico, talvez a cadeia mais importante” da economia brasileira, representando 23,3% de toda a indústria, emprega 1,5 milhão de pessoas, tem cerca de 200 mil empresas gravitando ao seu redor e recolhe anualmente cerca de R$ 40 bilhões em impostos.

Um mundo de oportunidades O plástico representa hoje, em média, cerca de 10% do peso total de um carro de passeio fabricado no Brasil, algo em torno de 100kg, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast). Ainda é pouco, tendo em vista que na Europa este percentual chega a 25%. Hoje, nos carros, o plástico pode ser utilizado em substituição ao metal, em peças da carroceria, como, por exemplo, o fender, substituição parcial do metal em front-end, com estruturas híbridas plástico-metal, peças funcionais

decorativas como maçanetas de porta, grades e carcaças de espelhos retrovisor cromados. A demanda e interesse por plásticos com características técnicas superiores está crescendo notadamente. Produtos com alta resistência térmica e aditivo UV estão sendo bem mais procurados do que em anos anteriores. Uma outra propriedade do plástico que tem conquistado um maior espaço na indústria automotiva são os plásticos de toque macio, conhecidos como ASA Soft touch. Está em estudo a substituição do vidro e até do pneu pelo plástico, o que torna possível imaginar à médio ou longo prazo um veículo totalmente feito de plástico. O uso do plástico pelo setor automotivo também tem sido encarado como uma alternativa para reduzir o peso dos veículos e, com isso, torná-los mais eficientes e com menor emissão de CO2. O presidente da Anfavea, Jackson Schneider, disse que o plástico duro representa “uma boa alternativa” ao aço, para a confecção de algumas partes dos veículos, mas enfatizou que esta troca, não acontece no curto prazo, já que os modelos de en->>>>


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RESINAS Indústria Automotiva A utilização do plástico no setor de automóveis permite veículos mais leves e econômicos

genharia e de produção levam algum tempo para serem modificados.

Conforme Andreas Scheurell, Gerente da Unidade de Semi-Cristalinos da LANXESS para a América Latina, na indústria automotiva, a quantidade de plásticos

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de engenharia, como, por exemplo, a poliamida, dobrou na última década, por conta, principalmente, do desenvolvimento de peças e partes do veículo que são mais exigidas quanto à resistência mecânica, térmica e pressão. “De fato, os plásticos têm atributos e propriedades que permitem

a fácil substituição de outros materiais, ainda com vantagens, tanto na questão técnica e do desempenho, quanto no aspecto visual e na segurança das pessoas”, avalia. O executivo cita um exemplo: Uma inovadora tecnologia de moldagem por sopro de tubos de ar quente e do sistema de refrigeração, bem como a termoformagem de tampas do motor, está se tornando cada vez mais popular devido à facilidade de processamento das novas poliamidas. “A complexidade do desenho da peça e da integração de funcionalidades, tais como suportes, acoplamentos, blindagens térmicas, entre outros, só está limitada à criatividade do engenheiro. Pode ser realizada também a combinação de poliamidas duras e macias, até em combinação com outros materiais, sem processos secundários. Isso oferece uma riqueza de novas aplicações de poliamidas e reduz signifi>>>> cativamente o peso de um carro”, diz.


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As inúmeras possibilidades de aplicações, como em painéis e laterais, faz do material o preferido das montadoras

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RESINAS Indústria Automotiva

A perspectiva de aumento do preço do aço está trazendo à Rhodia melhores perspectivas de negócios na indústria automobilística. O presidente da gigante química para a América Latina, Marcos De Marchi, disse que esse fator vem acelerar a substituição, já em curso, de produtos metalúrgicos, por derivados plásticos. O executivo afirma que, hoje, trabalha em um patamar histórico de vendas para o mercado de autopeças, cenário bastante diferente daquele visto entre outubro e dezembro de 2008, quando a indústria automotiva experimentou forte queda na produção: “o plástico de engenharia está cada vez mais presente nesta indústria. Estamos em um momento muito forte, não só pela questão conjuntural de aumento do preço do aço, mas também para reduzir o peso dos veículos”. De acordo com o presidente da Rhodia, a ordem da matriz é aproveitar as oportunidades no Brasil, que responde por 15% do faturamento mundial do grupo. Nesse sentido, embora destaque que a ideia da empresa é crescer de forma orgânica, ele não descarta novas aquisições: “se for preciso, vamos, sim, às compras”, destacando que, hoje, o foco da companhia no Brasil está na cadeia de poliamida, derivados fenólicos, solventes (sobretudo oriundos do etanol) e áreas como fios para pneus e produtos para catalisadores. Segundo De Marchi, “o negócio de termoplásticos vai de vento em popa, e a Rhodia está preparada, para atender ao crescimento da demanda”.

As janelas automotivas transparentes (glazing) se tornaram uma ferramenta importante para que as montadoras consigam desenvolver veículos diferenciados, com mais liberdade de projeto, melhor desempenho e redução de peso em relação ao vidro tradicional. Para criar esta janela traseira do conceito de SUV compacto ixonic, exibido no 79o Salon International de L’Automobile (Salão Internacional do Automóvel), a Hyundai Motor Company trabalhou com a SABIC Innovative Plastics no 40 > Guia Plástico Sul > 2009/2010 >>>>

painel automotivo transparente Exatec* E900, que utiliza a resina de policarbonato Lexan GLX*. A SABIC Innovative Plastics tem trabalhado em parceria com a Hyundai em diversos projetos, inclusive no conceito Hyundai QarmaQ. “Nossas soluções em glazing (janelas automotivas transparentes) oferecem aos projetistas automotivos novas opções para desenvolver os veículos do futuro”, afirma Stephen Shuler, líder do segmento de glazing da SABIC Innovative Plastics. A janela traseira tridimensional apresenta diversos recursos integrados. Em cada lado, dois aerofólios verticais estão integrados à janela traseira para reduzir a resistência aerodinâmica. Na parte superior, apresenta um formato côncavo agressivo para possibilitar a integração do aerofólio de teto à janela traseira. Além disso, o painel ajuda a incorporar a terceira luz de freio na parte superior. Finalmente, uma curvatura tridimensional envolve o limpador traseiro para aprimorar o design da janela moldada. Antes do projeto de painéis transparentes do ix-onic, a SABIC Innovative Plastics colaborou com a Hyundai no veículo de demonstração de tecnologia avançada QarmaQ, que exibiu uma área de janelas de teto e laterais transparentes integradas em formato de C, criadas com a tecnologia Exatec. As soluções Exatec são parte da proposta de “superfícies personalizadas” (Signature Surfaces), da SABIC Innovative Plastics. G


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RESINAS Embalagens Plásticas

Em um período onde não houve nem avanços grandiosos e muito menos quedas significativas nos números, a grande ameaça foi a entrada de embalagens plásticas importadas.

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setor de embalagens plásticas comemora os grandes avanços em pesquisa e desenvolvimento. O plástico está cada vez mais inserido nesse segmento, principalmente pelas conhecidas características do material, como resistência, transparência, qualidade e design. Desta forma, percebe-se um aumento importante ano após ano de consumo de resinas nas fábricas dedicadas ao acondicionamento de produtos. O que, entretanto, desafia o segmento de embalagens plásticas atualmente é o aumento das importações destes transformados, levando a balança comercial de embalagens em geral, no primeiro semestre de 2009 a um resultado deficitário. “A balança comercial do setor de embalagens como um todo foi deficitária no primeiro semestre de 2009 e pela primeira vez em sua história”, avalia o Presidente da Associação Brasileira de Embalagens Flexíveis, Alfredo Schmitt. Segundo o dirigente, o desequilíbrio veio justamente do aumento da importação de embalagens plásticas. “Dos US$ 203,9 milhões importados no período, quase 63% foram de embalagens plásticas”, explica Schimitt acrescentando que embora o setor não seja exportador por natureza – apenas 5% da produção total são exportados – esta balança sempre foi superavitária. “Reverter este quadro certamente será uma das missões da ABIEF em 2010”.

Os números de 2009 ao que tudo indica não deverão ser muito di42 > Guia Plástico Sul > 2009/2010 >>>>

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Cresce importação de embalagens flexíveis

ferentes dos registrados em 2008. Nesse ano o setor de embalagens plásticas flexíveis consumiu cerca de 1,45 milhão de toneladas de resinas e faturou R$ 11 bilhões. O segmento é composto por pouco mais de cinco mil empresas, a maioria de pequeno e médio porte. Os grandes transformadores, contudo, respondem por mais de 65% do faturamento do setor. O Presidente da Abief revela que no início de 2009 a previsão era de que o setor fecharia o ano mantendo o seu nível histórico de crescimento, ou seja, uma e meia a duas vezes a variação do PIB. Esta previsão baseavase em uma sensível recuperação a partir do segundo semestre e um impulso mais significativo no quarto trimestre. “Mas ainda não temos como medir se isto efetivamente ocorreu o que dificulta, inclusive, uma >>>> previsão para 2010”, diz Schmidt. A produção física de embalagem decresceu 9,67%, no primeiro semestre de 2009, em relação a igual período de 2008. • Para o ano de 2009, a previsão é de recuo de 6%. • De dezembro de 2008 a junho de 2009, a produção mensal avançou 8,68%. • Mantido este ritmo, em um semestre a produção mensal retornará ao nível de setembro de 2008. • Os fabricantes nacionais de embalagem devem produzir o equivalente a R$ 33,2 bilhões, em 2009.


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RESINAS Embalagens Plásticas

Apesar do resultado das vendas não ter sido o melhor do setor nos últimos anos, 2009 foi um período importante para esta indústria. A campanha em defesa das sacolas plásticas certamente foi um marco na relação do setor com os demais elos da cadeia do plástico. “Afinal, pela primeira vez na história deste segmento a cadeia se uniu e encabeçou uma ação concreta em prol do plástico. Demos um passo inicial importante para que a indústria de embalagens plásticas ganhe mais massa crítica e se posicione com o respeito e a importância que lhe

Setor de flexíveis consumiu cerca de 1,45 milhão de toneladas de resinas

sível indicação de que a retomada da economia mundial está ajudando as vendas externas de manufaturas a recuperar em parte o grande declínio que tiveram após a crise”. A reação foi senti da, por exemplo, pela Klabin nas exportações de cartões utilizados para embalagens da indústria de alimentos, bebidas, congelados e produtos de higiene e limpeza. “Tivemos uma reação importante nas exportações para os EUA, desde abril e, a partir de junho, para a Europa. Foi uma surpresa”, disse o diretor da empresa, Edgard Avezum.

Para o gerente de marketing de produtos da Braskem, Fábio Santos, 2009 foi um ano de recuperação de vários setores da economia, que sentiram os efeitos da crise internacional no último trimestre de 2008 e primeiro trimestre de Indústria de embalagens alimentícias sentiu menos os efeitos da crise

fazem jus”, avalia. O dirigente mostra-se ciente de que outros desafios estão por vir, como a ameaça das embalagens plásticas importadas. E finaliza afirmando que a ABIEF inclusive já está agindo para que o setor não seja pego de surpresa.

Mesmo com a ameaça dos importados, as exportações demonstram bons resultados. Dados dessazonalizados das exportações de setembro, elaborados pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), mostram que as vendas de manufaturados cresceram 1,7%, após terem aumentado 3,9%, em agosto. Segundo o Iedi, é uma “pos44 > Guia Plástico Sul > 2009/2010 >>>>

2009. Os setores ligados ao consumo de massa como embalagens para alimentos, cosméticos e utilidades domésticas sentiram menos os efeitos da crise, e apresentaram uma boa recuperação já a partir do segundo trimestre. A previsão de crescimento da demanda da Braskem em 2010 fica na casa dos 6% para PP e PE e 15% no PVC. A Braskem oferece as resinas de polipropileno (PP), polietileno (PE) e policloreto de vinila (PVC). Estes plásticos são empregados nas mais variadas aplicações e são utilizados como matéria-prima de várias indústrias. No PP se destacam as aplicações de embalagens de alimentos, eletrodomésticos utilidades domésticas e embalagens do setor agrícola; no PE, embalagens de alimentos, embalagens industriais, cosméticos e sacolas plásticas.

Outra empresa que atua fortemente no setor de embalagens é a >>>>


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RESINAS Embalagens Plásticas A tendência é de crescimento na utilização de embalagens pela população...

...que se conscientizou de que o plástico é um grande amigo na hora de acondicionar produtos

lhorar suas estruturas atuais. O objetivo da Dow é colaborar para que os clientes cresçam continuamente, oferecendo o que existe de mais avançado para o consumidor final. As plantas de polietileno da Dow distribuídas pelo mundo somam uma capacidade de produção superior a 7 milhões de toneladas por ano. A Dow conta também com a maior oferta de etileno do mundo, garantindo o abastecimento contínuo do produto. Dow. Conforme o Gerente de Marketing para Embalagens de Alimentos e Especialidades (Food & Specialty Packaging) para a América Latina da Dow, Bruno Pereira e o Diretor de Solution/PEBDL para a América Latina da Dow, Agustín Argibay a empresa conta com um amplo portfólio de resinas e uma equipe de especialistas em embalagens flexíveis para auxiliar o cliente a criar novos produtos ou a me-

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Na área de embalagens para alimentos, a Dow destaca como novidades: - Introdução de novas soluções de PEAD dedicadas à produção de filmes com elevada barreira à umidade: Convertedores e usuários finais têm a opção de utilizar uma resina com alto desempenho em filmes que necessitam de bar-

reira à umidade. Os novos grades apresentam uma combinação única de barreira à umidade e resistência mecânica, além de excelente estabilidade de balão durante a extrusão-sopro. Essas resinas são altamente indicadas para aplicações como embalagens para cereais, biscoitos e produtos secos. Outro fator importante é a promoção de maior shelf-life para os produtos alimentícios, permitindo redução de perdas e economia no transporte ao longo da cadeia logística. - Introdução de novos grades na família de r esinas ATTANE™ para embalagem de produtos congelados: A resistência à perfuração, principalmente a baixas temperaturas, faz do ATTANE uma alternativa espetacular para produtos congelados em geral - tais como embalagens para carnes e bolsas de gelo, entre outros. Além disso, esta linha de resinas traz mais sustentabilidade para a cadeia de alimentos, pois proporciona redução de perdas ocasionadas pela perfuração da embalagem. - DOWLEX 2049 para embalagem de arroz, farináceos e grãos em geral: Esta resina proporciona perfeito balanço entre propriedades mecânicas (garantindo proteção ao produto) e óticas (principalmente para laminação). O DOWLEX 2049 ainda agrega um grande diferencial de sustentabilidade, pois proporciona redução de até 15% na espessura da embalagem mantendo as características de proteção.G


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RESINAS Mercado Calçadista

Com os pés no chão Setor plástico investe em novas tecnologias para a indústria calçadista, que passa por dificuldades e precisa de muito apoio e trabalho para mudar a realidade.

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e janeiro a outubro de 2009, o saldo da balança comercial do setor calçadista ficou negativo em 34%, resultado de queda tanto nas exportações (-29%) quanto nas importações (-3,4%). Essa movimentação gerou uma corrente de comércio igualmente negativa, em 48 > Guia Plástico Sul > 2009/2010 >>>>

25,5%. Os dados são elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), com base nos números fornecidos pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Nestes índices, estão computados calçados e suas partes. No acumulado destes dez meses, o Brasil embarcou 104,4 milhões de pares de calçados (sem suas partes), com faturamento de US$ 1,1 bilhão, sendo que o preço médio ficou em US$ 10,82. Estes dados configuram redução de 25,4% em volume físico e 29,4% em receita em relação ao mesmo período do ano passado. O preço médio também sofreu retração, da ordem de 5,4%. De janeiro a outubro de 2008, foram exportados 139,9 milhões de pares, que somaram US$ 1,6 bilhão. O preço médio no período foi de US$ 11,44. Em volume, os Estados Unidos absorveram ainda a maior fatia, que é de 21,3% do total. Em termos financeiros, os norte-americanos também lideram o ranking, sendo responsáveis por 25,8%


do faturamento total. O preço médio para aquele país foi de US$ 13,09. A Argentina ocupou a segunda posição, comprando 10,9% dos pares vendidos ao exterior. Já no quesito financeiro fica em terceiro lugar, com 10,6% do total faturado. A média de preço dos calçados vendidos aos argentinos foi US$ 10,49 no período. Outro país vizinho aparece entre os melhores colocados. O terceiro maior comprador do sapato verde-amarelo foi o Paraguai, que abocanhou uma fatia de 7,7% em volume. Porém, caiu para o final do ranking em faturamento, pois o preço médio dos produtos ficou em US$ 2,45. O quarto maior comprador foi o Reino Unido, com o total de 5,8% do total exportado. Por comprar um produto de maior valor agregado, cuja média de preço por par foi de US$ 24,92, esta região apresentou o segundo melhor resultado financeiro, sendo responsável por 13,4% do total faturado.

Os segmentos registraram perdas Ao longo de 2009, todos os segmentos de calçados exportados contabilizaram quedas. De acordo com o capítulo 64 da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), os calçados sintéticos (6402) tiveram o maior volume nos embarques brasileiros, com o envio de 67,3 milhões de pares de janeiro a outubro, cujo faturamento foi de US$ 299,6 milhões. Os injetados apareceram em quarto lugar, com o envio de 457,8 mil pares e faturamento de US$ 145,4 milhões. Já os têxteis (6404) ficaram em terceiro lugar, com 4,2 milhões de pares vendidos no mercado internacional. O faturamento procedente da venda destes produtos foi de US$ 59,2 milhões. Os calçados de couro (6403) ocuparam a segunda posição no período, com o envio de 31,8 milhões de pares ao exterior. O faturamento d estes produtos, porém, apareceram em primeiro lugar, com US$ 759,6 milhões.

Analisando a situação por região, verificou-se que entre os principais Estados exportadores, todos registraram variações negativas, tanto em faturamento quanto em volume físico. Seguindo o ritmo já anunciado em outubro, o Estado de São Paulo teve uma redução de

37,3% no envio de pares ao exterior e de 40,5% em faturamento. Este ano, as fábricas paulistas exportaram 5,9 milhões de pares, que geraram US$ 96,7 milhões. No mesmo período do ano passado foram 9,5 milhões de pares a US$ 162,5 milhões. Já o Rio Grande do Sul caiu 32,5% em pares e 32,6% em finanças. Os gaúchos embarcaram este ano 29 milhões de pares, que resultaram em faturamento de US$ 639,9 milhões – enquanto em igual período de 2008, foram 44 milhões de pares a US$ 949,4 milhões.

As importações de calçados seguem em queda. No acumulado de janeiro a outubro de 2008, o Brasil importou 26,5 milhões de pares, pelos quais pagou US$ 249,6 milhões. A retração foi de 22,4% em pares e de 5,2% em valores, comparativamente ao mesmo período do ano passado, quando o País adquiriu 34,2 milhões de pares, a US$ 263,3 milhões. Analisando somente o montante vindo da China, a queda foi de 28,9% em pares e 13,6% em valores. Em 2009, o País importou 20,8 milhões de pares chineses a US$ 163,3 milhões, contra 29,3 milhões de pares a US$ 189 milhões de janeiro a outubro do ano passado. A China foi responsável por 78,6% das importações em volume. A redução das compras brasileiras vem sendo registrada desde junho e aumentou após o anúncio da alíquota antidumping, em setembro.

A indústria calçadista representada pela Abicalçados: • Exporta 165 milhões de pares (2008) • Divisas de US$ 1,8 bilhão com as exportações (2008) • Mais de 140 países importam calçados do Brasil • O principal importador de calçados brasileiros é o norte-americano, seguido pelo Reino Unido, Argentina e Itália (2008). • O parque calçadista brasileiro é formado por cerca de oito mil fábricas e emprega cerca de 300 mil pessoas (2008). • Os fabricantes dispõem de máquinas, equipamentos e matérias-primas de alta qualidade para o processamento do sapato, sendo grande parte obtida no >>>> próprio mercado interno. <<<< 2009/2010 < Guia Plástico Sul < 49


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RESINAS Mercado Calçadista

A tecnologia como aliada Mesmo com as turbulências enfrentadas nos resultados de desempenho do setor calçadista brasileiro, os fabricantes de resinas para os plásticos aplicados nessa indústria demonstram grande interesse em aprimorar tecnologias e realizar investimen-

tos. Em tempos de crise, inovação é um grande ponto positivo.

A Elastogran, empresa do grupo BASF, por exemplo, desenvolveu em menos de um ano o Pure 1.0, calçado feito somente em poliuretano e po-

Indústria calçadista enfrenta dificuldades mas se mantém firme rumo ao crescimento

liuretano termoplástico. O projeto do “calçado conceitual” foi desenvolvido para demonstrar todas as possibilidades de utilização do material na confecção de calçados. “O objetivo é demonstrar o potencial do poliuretano como um material inovador e versátil, além do comprometimento da BASF com a indústria calçadista”, destaca Fernando França, gerente de vendas da unidade de poliuretanos da BASF. O calçado foi confeccionado com Elastollan® e Elastopan®, produtos que são utilizados em diversos campos da indústria. O mercado de calçados esportivos já era explorado pelos produtos, mas não de maneira tão abrangente como demonstrada com a produção do Pure 1.0. Cada parte do calçado tem características específicas, sempre visando conforto, funcionalidade e segurança. O Lacesystem – dispositivo para fechar o calçado – é feito em Elastollan®, poliuretano termoplástico, com aparência semelhante a da borracha. É macio, livre de plastificante, resistente a hidrólise e flexível mesmo em baixas temperaturas. A palmilha é confeccionada com sistema de poliuretano Elastopan®.

A empresa parece dedicada a impulsionar os negócios do setor calçadista. Para isso, a BASF lançou também recentemente, em parceria com a Fujiwara, a primeira bota de poliuretano da América Latina Lançada na FISP – Feira Internacional de Segurança e Proteção. Este novo produto é feito de poliuretano, uma matéria-prima nunca usada antes para esta aplicação e que pode trazer benefícios em seu uso. A bota de poliuretano são mais confortáveis, mais leves, possuem mais resistência a baixas temperaturas, a agentes químicos e biológicos, a abrasão e flexão, e têm também tratamento antifungo e antibactéria, que são grandes diferenciais. “Analisamos o cenário internacional e visitamos as principais feiras do setor para verificar em quais tipos de indús50 > Guia Plástico Sul > 2009/2010 >>>>


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O plástico tem características importantes para o setor, como leveza, maciez e resistência

tria existe a procura por este produto”, afirma Miguel Vieira Filho, gerente de desenvolvimento de produto da Fujiwara. E foi com base nesta pesquisa que o foco inicial de distribuição serão as indústrias petroquímicas, alimentícias, de agronegócios e serviços, pois necessitam de produtos altamente seguros e de

boa qualidade. As botas de poliuretano são a grande inovação no que diz respeito a calçados industriais. Além de possuir todos estes diferenciais de performance, fazem parte da linha EcoBoots da Fujiwara.

Outra empresa que faz constantes investimentos em pesquisa e desenvolvimento com o objetivo de valorizar o produtor de calçados brasileiro e incentivar o desenvolvimento dessa cadeia produtiva no País é a Rhodia. Entre as novidades da empresa em

2009, um dos destaques é o desenvolvimento de PUBD, poliuretano de baixa densidade que substitui com vantagens materiais atualmente empregados em entressolas. Essa inovação foi desenvolvida em parceria com a empresa Coim, tradici onal fornecedora do setor, com estudos de campo coordenados pelo IBTeC – Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçados e Artefatos -, de Novo Hamburgo (RS). Outro é a nova geração de sílicas Zeosil 185 GR, uma evolução em performance e translucidez quando aplicada como reforço de borrachas para solados, com destaque para calçados esportivos. O novo produto oferece avanço tecnológico combinado com ganhos de produtividade para os fabricantes de componentes de calçados. O mercado de couro, calçados e componentes representa, em média, 7% (ou cerca de US$ 85 milhões) do faturamento anual da Rhodia no País, que em 2008 alcançou US$ 1,2 bilhão. Segundo o coordenador do grupo de calçados da Rhodia, Antonio Sérgio Luvizeto, os resultados obtidos pela empresa estão diretamente ligados aos desenvolvimentos realizados para atender as necessidades dos clientes e de evolução dessa cadeia produtiva. A empresa tem anualmente em seu pipeline de inovações cerca de 10 projetos específicos para essa cadeia produtiva. São projetos que estão fases distintas, da idéia inicial para atender a uma determinada solução para um cliente até o produto de industrialização.G

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RESINAS Tendências

O plástico pela vida

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iversas características do plástico fazem com que ele seja utilizado na maioria dos setores. Ele está presente na indústria automobilística, embalagens,construção etc. Mas é visível a invasão do material nos hospitais, auxiliando médicos e pesquisadores de saúde a encontrar soluções que melhorem a qualidade de vida da população. Na luta contra o câncer de mama, por exemplo, as mulheres podem realizar autoexames a fim de observar alterações em suas mamas. Hoje, a nova empresa de ciências biológicas PWB Health Ltd., de Dumbarton, Escócia, apresentou na MD&M West, o premiado Breastlight, um dispositivo de uso doméstico que facilita a realização de autoexames iluminando literalmente o tecido mamário, a fim de indicar alterações internas. Para otimizar o desempenho e a durabi-

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lidade do Breastlight, as resinas médico-hospitalares Lexan* e Cycoloy* da SABIC Innovative Plastics são usadas na carcaça e nas lentes do dispositivo. Esses materiais em grades médicos, combinados com o valor agregado em serviços técnicos e de projeto fornecidos pela SABIC Innovative Plastics, ajudaram a PWB Health a levar o Breastlight rapidamente ao mercado – oferecendo às mulheres uma nova e sofisticada ferramenta como parte de sua rotina normal de conscientização da saúde mamária. A Wideblue, parceira de projetos e desenvolvimento da PWB Health venceu o IDEA (Prêmio de excelência em inovação e projeto) 2008 pelo seu trabalho no Breastlight. O Breastlight foi exibido pela primeira vez nos Estados Unidos, no estande da SABIC Innovative Plastics, na MD&M West. Este dispositivo é um exemplo de como a SABIC

Innovative Plastics, uma pioneira no desenvolvimento de soluções em materiais avançados, trabalha lado a lado com seus clientes, como parceiros de longo prazo, ajudando-os a alcançarem o sucesso empresarial. Robin Sayer, chefe de projeto de produtos da Wideblue, observou que, como um novo lançamento em ciências biológicas, a PWB Health necessitava de algo mais do que apenas materiais adequados. “Estávamos procurando fornecedores de alto nível, com forte experiência na área de dispositivos médicos, que estivessem dispostos a investir tempo adicional para nos ajudar nos problemas técnicos e de regulamentação. A SABIC Innovative Plastics e a nossa parceira de produção, a Carclo Technical Plastics, forneceram vários tipos de assistência, inclusive sugestões de projeto, experiência em biocompatibilidade e regulamen-


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tações médico-hospitalares. Esta resina foi especialmente formulada para bloquear a luz vermelha e a SABIC Innovative Plastics foi capaz de fornecer um grade médico-hospitalar de PC/ABS (policarbonato/acrilonitrila-butadieno-estireno) Cycoloy, que foi avaliado em relação à biocompatibilidade. Como resultado, a SABIC Innovative Plastics atuou de maneira fundamental para o êxito do Breastlight”.

Dispositivo médico-hospitalar doméstico durável e eficiente Para criar o Breastlight, a PWB Health enfrentou vários requisitos de aplicação, começando pela carcaça do dispositivo. Como o produto é normalmente usado no banheiro, onde está sujeito a cair em um piso cerâmico, a empresa buscava uma resina rígida, resistente a impactos. Uma cor branca brilhante foi especificada, mas, ao mesmo tempo, era necessário que esta resina de coloração clara minimizasse a infiltração de luz das lâmpadas de LED vermelhas de alta potência. Para facilitar a utilização, a PWB Health buscava paredes relativamente finas

(2 mm) para tornar a carcaça leve, o que pedia uma resina de alto fluxo. Além disso, era necessário que o material fosse um grade médico. Para as lentes do Breastlight, a empresa procurava um material transparente, com excelente resistência ao impacto e capaz de ser soldado ultrasonicamente. G

SABIC confirma a tendência do material nos hospitais, auxiliando na saúde da sociedade

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Foco no Verde

Alvo de críticas, o plástico provou que não é bicho papão e sim parceiro do meio ambiente

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Sobrou para as sacolinhas Em 2009 elas estiveram no centro das atenções: as sacolas de supermercados foram alvo de inúmeras campanhas, mas com muita persistência e argumentos, setor provou que elas são mesmo amigas do meio ambiente.

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ão deu outra. O ano de 2009 foi marcado pelo preconceito ao plástico de uma forma geral. Entretanto, com muita fibra e paciência os empresários e dirigentes do setor arregaçaram as mangas e enfrentaram de frente as discriminações. E o balanço foi positivo.

Prova disso foi a campanha da Plastivida Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos, em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (ABIEF) e com o Instituto Nacional

do Plástico (INP), para incentivar o uso e o descarte adequados de sacolas plásticas veiculado na mídia nacional a partir do dia 11 de setembro. Com aporte de R$ 7 milhões para a primeira fase – até o final de 2009 - a ação foi desenvolvida pela cadeia produtiva dos plásticos, que se reuniu pela primeira vez para promover a responsabilidade compartilhada e a sustentabilidade. Para que esse posicionamento sensibilize a população, a cadeia produtiva do plás-

tico tem atuado para resolver outra questão – a padronização de sacolas plásticas disponíveis no mercado. Quando fabricadas de acordo com a norma ABNT 14.937, as sacolas ficam mais resistentes e oferecem segurança ao consumidor, que não precisa usar a embalagem pela metade ou utilizar em duplicidade ou triplicidade.

E o Rio Grande do Sul foi pioneiro na ação. Uma lei gaúcha


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que determina uso de sacolas plásticas dentro da Norma Técnica ABNT foi adotada no Estado, que proíbe a disponibilização de sacolas plásticas fora da norma 14.937, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Segundo o Presidente da Plastivida, Francisco de Assis Esmeraldo, a iniciativa deve ser um exemplo para outras localidades do Brasil reverem seus projetos de lei sobre este tipo de embalagem. Isso porque a Lei gaúcha (13.272) garante dois direitos do consumidor. O primeiro é o de poder usar sacolas plásticas. Pesquisa Ibope, realizada com mulheres das classes B, C e D, responsáveis pelas compras de seus domicílios, revela que 69% consideram as sacolas plásticas consideram como a embalagem ideal para carregar suas compras e 75% dizem que é função do varejo seu fornecimento. Além disso, 100% reutilizam as sacolinhas após as compras. O segundo direito é o de contar com sacolinhas de qualidade, com espessura mínima de 0,027 milímetros e que leva a indicação do peso que realmente aguenta. Isso

garante o transporte das compras, sem que haja a necessidade de colocar uma dentro da outra, o que evita desperdício.

No dia 7 de maio, o Sinplast -

Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do RS lançou em nível nacional, o Projeto SustenPlást – RS Plástico com Inteligência. A iniciativa tem como objetivo contribuir para uma mudança cultural da comunidade gaúcha e brasileira acerca da utilidade, do descarte correto e da reciclabilidade do plástico, visando à valorização de toda cadeia produtiva e a sustentabilidade do material. O projeto tem a parceria técnica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-RioGrandense (IFET), campus Sapucaia do Sul (RS). O desenvolvimento do projeto é fundamentado em diferentes ações trabalhadas sob três pilares: a utilidade do plástico, o descarte correto do material e a reciclabilidade. Esta é a terceira etapa do Programa Sinplast de Consciência Ecológica e Sustentabilidade, que iniciou em 2007 com a publicação de um encarte informativo e com a veiculação recente de frontlights sobre o tema em estradas do litoral norte do Rio Grande do Sul. G

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DESTAQUE Máquinas

A recuperação

do setor plástico 56 > Guia Plástico Sul > 2009/2010 >>>>


O

s caminhos para as indústrias de transformação do plástico do país serão bem mais confortáveis nos próximos anos, com aumento no faturamento bruto, depois da queda de 17%, sofrida no 1º semestre de 2009, em relação ao mesmo período de 2008 por conta da crise internacional. Quem faz essa projeção é Merheg Cachum, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast). A diretoria da entidade confia que, com a recuperação da economia mundial a indústria de plástico no Brasil deve aumentar sua receita. No primeiro semestre de 2009 o

Cachum, é o crédito oferecido pelo BNDES, a micro, pequenas e médias empresas, que possuem receita bruta anual de até R$ 60 milhões. A linha de crédito, denominada “Cartão BNDES do setor de plástico” fornece até R$ 500 mil, para compras financiadas de máquinas e equipamentos, computadores, softwares, móveis comerciais e veículos utilitários.

O avanço técnico e tecnológico é mola propulsora para o crescimento da indústria plástica

presas, que possuem receita bruta anual de até R$ 60 milhões. A linha de crédito, denominada “Cartão BNDES do setor de plástico” fornece até R$ 500 mil, para compras financiadas de máquinas e equipamentos, computadores, softwares, móveis comerciais e veículos utilitários.

Um artifício que deve aumentar a fluidez das empresas do segmento,

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destacado por Merheg, é o crédito oferecido pelo BNDES, a Micro, Pequenas e Médias Em-

faturamento bruto do setor foi de R$ 644 milhões, contra R$ 800,1 milhões de janeiro a julho de 2008. Segundo o presidente da Abiplast, “todo o setor no Brasil, terá crescimento. Sem dúvida a tendência - não neste ano, mas nos próximos anos - é de forte crescimento. Não só as empresas, mas também o governo estão lutando por isso”, enfatiza. E há motivos para o entusiasmo. Um artifício que deve aumentar a fluidez das empresas do segmento, destacado por

Otimismo na Comissão Setorial da ABIMAQ A Comissão Setorial de Máquinas e Acessórios para a Indústria do Plástico (CSMAIP), divisão da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (ABIMAQ), presidida pelo empresário Wilson Carnevalli destaca um cenário positivo tanto no balanço como na expectativa para 2010. Segundo o dirigen->>>> <<<< 2009/2010 < Guia Plástico Sul < 57


DESTAQUE Máquinas te, alguns setores apresentam em 2009 volume de negócios bastante superior aos níveis de 2008. “Em outros setores da indústria do plástico, a reação dependerá muito da evolução dos mercados/clientes finais para os quais as máquinas e equipamentos se destinam, políticas de incentivo do governo para a concessão de crédito, corte de impostos e volume de investimentos diretos e indiretos no país”, avalia. De acordo com Carnevalli, ainda sobre um balanço do último período, “o volume de negócios teve uma queda acentuada no último trimestre de 2008 e primeiro trimestre de 2009 (confira nas tabelas). A recuperação se iniciou de forma gradativa a partir do segundo semestre de 2009”, explica o executivo da Carnevalli e presidente da comissão setorial. O ano de 2010 se configura como positivo porque, além da recuperação mundial que está ocorrendo, alguns fatores nacionais contribuem para tornar este cenário ainda mais animador: o Brasil começa a dar início às obras de infraestrutura e serviços para

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a Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016; o País vive o clima e as promessas de um ano eleitoral majoritário; o Governo Federal estará em execução plena do programa habitacional “Minha Casa, Minha Vida”, que deverá aquecer o mercado da construção civil – onde o plástico é bastante utilizado. “A expectativa para 2010 é a melhor possível em função da recuperação mais rápida da economia brasileira em relação às demais, dos níveis de investimentos diretos no país e também das eleições programadas para o ano que vem, as quais sempre geram um volume de investimentos interessantes por parte do governo”, enfatiza Carnevalli, sem aprofundar avaliações para específicas.

Deb’Maq Uma das empresas com grande destaque na comercialização de máquinas e equipamentos, principalmente no ramo de injeção, a DEB’MAQ faz uma avaliação criteriosa sobre a passagem de 2008 para 2009 e os reflexos da crise internacional no segmento. O ano de 2009 começou com uma perspectiva muito delicada, porém, ao longo do ano

os resultados foram gradativamente melhorando e é possível afirmar que 2009 foi um ano muito bom para a DEB’MAQ”, destaca o Gerente de Marketing, Mauro Eduardo Trevisan. No entanto, encontrar explicações sobre desempenho de segmentos produtivos não é tarefa fácil, segundo o executivo. “Não conseguimos identificar, por nossa carteira, qual setor entrou ou saiu da crise mais rapidamente, mas é possível dizer que setores como o da indústria naval e petrolífera representaram uma grande fatia do faturamento da empresa, assim como as máquinas destinadas ao ensino técnico”. O planejamento estratégico de cada empresa certamente levará em conta que 2010 é um ano diferenciado, por uma série de fatores citados anteriormente, mas também porque a economia mundial já vive um ambiente de recuperação. Por isso a empresa tem uma visão positiva sobre sua área de atuação. “A DEB’MAQ está com excelentes perspectivas para 2010. Várias frentes de trabalho já foram iniciadas envolvendo convenção de vendas, participa-


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Herbet Buschle é diretor da HDB Representações e está otimista quanto aos rumos de 2010

ção nas principais feiras, eventos internos, treinamentos, enfim, a empresa está se preparando para um ano de muito trabalho”, revela Mauro Trevisan.

HDB Á HDB Representações, empresa fundada em janeiro de 1989 e que começou em São Paulo como prestadora de serviços de polimentos em moldes para terceiros para indústria de plásticos, evoluiu muito, segundo o diretor Herbert Buschle. Com o desenvolvimento da política de globalização, em 1991 a empresa deixou a área de prestação de serviços de polimentos para dedicarse, exclusivamente, ao ramo de representações de produtos com tecnologia incorporada, destinados ao mercado de transformação de plásticos. E o trabalho tem sido de constantes desafios, como avalia Buschle no balanço do último período. “O ano de 2009 foi, na minha opinião, um ano de estagnação aqui no Brasil. Em comparação com a Europa, onde aconteceu um forte recuo, conseguimos alcançar nos primeiros nove meses uma economia sem crescimento, mas também sem recuo. Nos últimos três meses se percebe uma

melhora nas atividades econômicas”, avalia. Porém, ele ressalta que as empresas estão preenchendo primeiro as capacidades ociosas, sem pensar ainda em novos investimentos para ampliar o quadro fabril. “Por isso é difícil falar já em recuperação econômica. Avaliamos assim este ano como regular”, opina. E acrescenta que, “em setores como a indústria de construção e materiais afins ,foram casos isolados, com recuperação mais acentuada. Consequentemente os fornecedores para este setor, como por exemplo as indústrias de fabricação de tubos de PVC, indústrias de armações, etc tiveram um quadro melhor”, compara Buschle.

Quando às perspectivas para o futuro, o diretor da HDB faz uma projeção mais otimista. “Economicamente vemos para o ano de 2010 um crescimento geral da indústria brasileira. Os sinais que se apresentaram nos últimos três meses parecem duradouros e acreditamos que o setor industrial pode crescer entre 4 a 5%.”, pondera. Mas Buschle desvincula esse desempenho de fatos pontuais como megaeventos esportivos. “Obviamente isso não tem nada a ver ainda com a Copa do Mundo, mas com o ano das eleições, quando o governo sempre habitualmente injeta recursos na economia”, destaca. E completa com uma análise macro. “Outro fator que terá influencia é a recuperação da economia mundial. Os nú->>>> <<<< 2009/2010 < Guia Plástico Sul < 59


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DESTAQUE Máquinas

meros demonstram que o mundo esta aos poucos saindo da crise que vai estimular as exportações brasileiras. Mas o governo tem que cuidar da taxa de câmbio. Por exemplo aliviar produtos de exportação da carga tributária, para aumentar a competitividade internacional”, aconselha.

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Rulli Empresa de conceito internacional no segmento de máquinas extrusoras para a indústria do plástico, a Rulli Standard, de São Paulo, contabiliza resultados satisfatórios na passagem de 2008 para 2009, superando um eventual desgaste provocado pela crise in-

Rulli destaca a iniciativa do BNDES como fator importante no ano de 2009

ternacional. “Nosso balanço de 2009 foi positivo, com uma recuperação mais rápida do setor de embalagens flexíveis. O governo e o BNDES contribuíram significativamente para esta recuperação, graças à redução das taxas de juros para 4,5% anual”, ressalta o diretor-presidente Luís Carlos Rulli. Se o balanço foi positivo e se a qualidade dos produtos se mantém, a tecnologia avança e o mercado se recupera, certamente as perspectivas para o futuro também são animadoras. “Quanto à projeção para 2010, estamos bastante otimistas, acreditamos que a Copa do Mundo aumentará a confiança dos empresários nos produtos brasileiros, podendo inclusive refletir em nossas exportações, mas quanto às eleições, aí sim olhamos com muita cautela, pois os investidores sempre recuam mais, aguardando as novas regras políticas”, observa o empresário.

Pavan Zanetti O segmento de embalagens geralmente consegue encontrar soluções para as adver-


sidades globais, pois a cada ano oferece novidades, seja no setor de alimentação e bebidas, estética e beleza, domissanitários ou no agronegócio. As garrafas, potes e bombonas estão sempre em evidência. Assim, a Pavan Zanetti, com sede em Americana (SP), transita com desenvoltura nesta área. Líder nacional no segmento de máquinas sopradoras, a empresa confirma a boa fase. “O ano de 2009 foi seguramente positivo, apesar das expectativas negativas e da forte crise iniciada no final de 2008, quando as vendas despencaram”, revela o Diretor de Marketing Newton Zanetti. Conforme o executivo, a partir de maio, após a feira Brasilplast, as vendas cresceram de forma significativa e praticamente igualaram o ano de 2008. “Os setores em geral responderam bem e superaram a crise de forma mais rápida do que o esperado. Salientamos o setor de higiene e limpeza como o setor que mais rapidamente respondeu e partiu para as compras de máquinas e investimentos em geral”, observa Zanetti. “Também devemos salientar que as novas determinações da Finame com juros fixos de 4,5% ao ano foi determinante para fechar o final de ano com chave de ouro”, acrescenta. Superada com louvor a fase de transição, a Pavan Zanetti pensa no futuro com otimismo e justifica esse pensamento. “Diante das repercussões e aceitação da Finame PSI, o ano de 2010 começa bastante agitado e com vendas muito fortes, alongando os prazos de entrega em geral de equipamentos para sopro de nossa fabricação. Acreditamos num excelente ano, principalmente nesse primeiro semestre de fortes vendas”, ressalta Newton Zanetti. O financiamento foi fundamental para o bom desempenho nas vendas, diz o executivo. “Para o nosso setor as condições da Finame PSI foram determinantes e fazem parte de um conjunto de medidas do governo para acabar com a crise. O ano eleitoral deve manter aquecido até o final de ano nosso setor, caso não aconteça qualquer evento negativo”, completa.

Mega Steel Com sede em Indaiatuba (SP) e atuação em vários segmentos da indústria do plástico, a Mega Steel é outra empresa líder de setor com desempenho positivo. E quanto aos resultados do próximo ano o entusiasmo permanece. O sempre animado Alexandre Messias, diretor presidente do grupo, desta->>>> <<<< 2009/2010 < Guia Plástico Sul < 61


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DESTAQUE Máquinas ca os resultados desse período no qual muitos sucumbiram diante da crise internacional. “O balanço de 2009 foi ótimo. Crise? Graças a Deus não vimos”, informa. Segundo o executivo, quem primeiro superou a crise foi o setor alimentício.” Independente de 2010 ser um ano de início de obras da Copa de 2014 e também das eleições, Messias não muda seu rumo e repete suas convicções. “Como em todos os anos, não estamos esperando nada, apenas trabalhando e buscando sempre o melhor em tecnologia isto fazer mais e melhor com um bom custo”, completa.

Grupo NZ O Grupo NZ, também de São Paulo, tem sido uma das revelações empresariais dos últimos anos. Além de um excelente catálogo de produtos, também demonstra uma agressividade mercadológica eficiente. As ações de marketing colocam o nome da empresa em evidência, contribuindo decisivamente para melhorar o desempenho comercial. Assim, segundo Thiago Zaude, diretor responsável pela área de Importação/

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Logística, o Grupo está satisfeito. “Avaliamos o ano de 2009 como satisfatório, tendo em vista as turbulências

Zaude projeta para 2010 um ano com perspectivas positivas para o segmento em geral

da crise financeira, oscilação de dólar, além de uma diminuição de investimentos por parte das empresas. O nosso setor de termoplásticos de engenharia, bem como a divisão de máquinas e equipamentos consegui superar a crise, tornando-a como oportunidade de negócio e fixação da marca no mercado nacional”, explica. Diz o ditado que depois da tempestade vem a bonança. É assim que pensa Zaude para o futuro. “Projetamos 2010 como o ano da colheita, ano em que os investimentos parados serão retomados, tendo grandes avanços nas negociações e fechamento de pedidos, abertura de novos clientes e ampliação da fatia de mercado. Devido à Copa do Mundo, Eleições e as Olimpíadas, estamos bem vistos no mercado externo, o que traz confiabilidade ao investidor, aumentando os negócios no mercado nacional”, finaliza.


Ineal Os últimos anos têm sido extremamente favoráveis para a Ineal Equipamentos Periféricos para Indústria Plástica, com base em Santo André (SP). Os índices de crescimento sempre superam a média do setor. Empresa com atuação em todo o território nacional, oferece um amplo portfólio, e mesclando estratégias, soube superar a crise do final de 2008. Segundo Carol Oliveira, executiva de Vendas Técnicas, o ano de 2009 foi positivo. E ao justificar, a Ineal demonstra um grande “apetite” de mercado. “Esperávamos um crescimento maior que 2008, algo em torno de 10%, porém devido a crise isso não ocorreu. Podemos dizer que emplacamos o crescimento de 5% nas vendas quando comparamos a 2008. O mercado apresentou reação no segundo semestre, o que alavancou diversos projetos. Todos os setores apresentaram crescimento no período, principalmente com o suporte proporcionado pelo governo nos financiamentos bancários”, explica. Como não poderia deixar de ser, as

projeções para 2010 também são otimistas. ‘Estamos com boas previsões, não necessariamente por ser um ano eleitoral e muito menos pela Copa do Mundo. Os investimentos acontecerão, pois o mercado está cada vez mais exigente com a qualidade de seus produtos assim como aumento de produtividade, o que faz o nosso cliente investir em equipamentos periféricos”, justifica a executiva de vendas. Ela ressalta que outro alavancador será a utilização de materiais reciclados assim como os plásticos ecologicamente corretos. E acrescenta outra estratégia: “Para 2010 estaremos participando de duas grandes feiras do setor plástico - Plastshow e Interplast Joinville, onde nossos clientes poderão conferir de perto os nossos lançamentos de 2009: dosadores gravimétricos e para micro-esferas”, informa. Carol Oliveira acrescenta outra informação: “Em 2010 iniciaremos o desenvolvimento dos projetos de refrigerados e termoreguladores, assim como parcerias com fabricantes de esteiras e silos estacionários”, completa, otimista com os projetos.

JMB Zeppelin A solução dos problemas acarretados pela crise internacional e uma retração do mercado não foram superadas por todos os setores. Alguns ainda sentem o golpe, como a JMB Zeppelin Equipamentos Industriais Ltda, que no Brasil está instalada em São Bernardo do Campo (SP). Conceituada fornecedora de soluções em armazenagem e manuseio de sólidos, com destaque para silos de alumínio para estocagem de polímeros granulados, ainda busca readequar-se ao mercado. Segundo o diretor Ricardo B. Santos, o balanço do último período foi “negativo”. O executivo ressalta que seu segmento ainda busca soluções satisfatórias. “Em nosso setor a crise não foi superada ainda”, ressalta. E até por isso a projeção para 2010 fica prejudicada, nem mesmo com obras da Copa do Mundo e um ano eleitoral. “Não esperamos que seja um ano especial”, finaliza Ricardo Santos, sabendo que a empresa terá que fazer muito esforço para garantir números positivos. G

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Eventos maior feira do setor plástico do mundo, praticamente fechando o ano, em Düsseldorf, na Alemanha. Um empresário brasileiro do setor de transformação, se puder, deve participar de todas, seja em busca de novas tecnologias, ou ao menos para se atualizar. O investimento será compensado. O ano praticamente começa com a Argenplás, em Buenos Aires. Depois de enfrentar a crise Argentina e problemas na própria organização, a feira ressurge com força total, procurando contribuir para a atualização do parque industrial daquele país com a oferta de máquinas mais modernas e competitivas, bem como matérias-primas e aditivos de última geração. Para quem está mais focado no segmento de embalagens, a Embala Nordeste e a Embala Minas, promovidas pela Greenfield em vários estados, é a oportunidade de ‘regionalizar’ a oferta de tecnologia. Afinal, se ‘Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé’. Enfim, para aqueles empresários que não têm condições de visitar uma feira de grande porte fora do país, a Embala estará bem perto, seja no Sudeste, no Centro-Oeste ou Nordeste. O importante é estar atualizado, fazer um planejamento, buscar um financiamento e se atualizar. Na sequência, outro evento nacional destacado em 2010 é a Interplast, em Joinville (SC), pois cresce a cada ano e se consolida como um ponto de encontro entre a tecnologia e a inovação. Paralelo à mostra de máquinas, equipamentos, processos e matérias-primas, um concorrido Congresso Técnico (Cintec) atrai centenas de visitantes em busca de atualização. Para fechar o ciclo, nada mais do que a maior feira do setor plástico do mundo, a K, na Alemanha. É nessa imensa mostra, em 15 pavilhões, com mais de três mil expositores que circulam por volta de 200 mil profissionais de diversos países. A K se caracteriza por ser uma feira de vanguarda, na qual as empresas fazem questão de divulgar seus lançamentos. Há, ainda, uma série de outros eventos em diversos países e até mesmo no Brasil, alguns bem específicos. Faça seu planejamento, escolha os mais adequados ao seu ramo de atividades e boa viagem. Nos encontraremos em alguns destes cenários. G

Feiras K, Argenplás, Interplast e Embala mobilizam o setor

A

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oportunidade de divulgar novidades em tecnologia, processos e gestão é sempre bem recebida por quem precisa e necessária para quem oferece. Essa é a relação entre fornecedor e comprador, onde a síntese do sistema consolida-se nos eventos (feiras, mostras, seminários, congressos etc). E 2010 é um ano extremamente importante para o setor plástico nacional, internacional e regional, graças à realização de grandes eventos. Esses encontros mobilizam toda a cadeia petroquímica-plástico, apresentando as novidades do setor, muitas das quais pasDüsseldorf, cidade situada na Alemanha, é palco em 2010 da maior feira de plásticos do mundo

saram por anos de pesquisas e desenvolvimento de produtos. Desta forma, é importante destacar feiras como a Argenplás 2009, a série da Embala, a Interplast em Joinville (SC) e a K, a

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Plast Mix

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Brasil

www.arandanet.com.br

FMU – Feira de Ferramentaria, Modelagem e Usinagem Data: 02 a 05 de março Local: Joinville - SC Telefone: 47 3028-0002 http://www.marktevents.com.br

Emabala Minas - IV Feira Internacional de Embalagens e Processos Data: 06 a 09 de abril Local: Expominas Belo Horizonte – MG www.greenfield-brm.com

Semana Internacional da Embalagem, Impressão e Logística Data: 08 a 12 de março Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi – São Paulo – SP www.semanainternacional.com.br Techmei – Feira Internacional de Tecnologia em Máquinas e Equipamentos Industriais Data: 15 a 18 de março Local: Expo Center Norte – São Paulo-SP WWW.techmei.com.br Plastshow Data: 06 a 09 de abril Local: Expo Center Norte – São Paulo - SP

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Agenda

Fimec - 33ª Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes Data: 13 a 16 de abril Local: Parque de Exposições Fenac – Novo Hamburgo-RS www.fimec.com.br

Embala Nordeste 2010 - 5ª Feira Internacional de Embalagens e Processos Industriais do Nordeste Data: 23 a 26 de agosto Local: Centro de Convenções de Pernambuco – Olinda-Recife www.greenfield-brm.com

Mecânica - 28ª Feira Internacional da Mecânica Data: 11 a 15 de maio Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi - São Paulo-SP www.mecanica.com.br

Mercopar – Feira de Subcontratação e Inovação Industrial Data: 19 a 22 de outubro Local: Centro de Feiras e Eventos Festa da Uva – Caxias do Sul-RS www.mercopar.com.br

Metal Plast 2010 Feira de Metalmecânica e Plásticos Data: 16 a 19 de junho Local: Parque da Efapi Chapecó – SC Química & Petroquímica Data: 21 a 24 Junho Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi São Paulo-SP www.quimicapetroquimica.com.br Interplast 2010 - Feira e Congresso Nacional de Integração da Tecnologia do Plástico Data: 23 a 27 de agosto Local: Expoville Joinville - SC http:// www.messebrasil.com.br 66 > Guia Plástico Sul > 2009/2010 >>>>

Internacionais Argenplás – XIII Exposição Internacional de Plásticos Data: 22 a 26 de março Local: La Rural, Predio Ferial de Buenos Aires - Argentina www.argenplas.com.ar Plastimagen – 16ª Exposição Internacional da Indústria do Plástico Data: 23 a 26 de março Local: Centro Banamex – Cidade de México –México www.plastimagen.com.mx Chinaplas – Feira Internacional de Plástico e Borracha Data: 19 a 22 de abril Local: Shanghai New International Expo Center - China www.chinaplasonline.com Expoplast Peru Data: 12 a 15 de maio de 2010 Local: Centro de Convenciones del Jockey Plaza - Lima – Peru www.expoplastperu.com K’2010 Data: 27 de outubro a 03 de novembro Local: Düsseldorf - Alemanha Website: www.k-online.de


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