PlasticoNordeste #18

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FOTOS: DIVULGAÇÃO

Expediente Conceitual - Publicações Segmentadas www.plasticonordeste.com.br Av. Ijuí, 280 CEP 90.460-200 - Bairro Petrópolis Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3062.7569 plasticonordeste@conceitualpress.com.br Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844

“Você não consegue escapar da responsabilidade de amanhã esquivando-se dela hoje.”

(Abraham Lincoln)

04 – Da Redação Por Gilmar Bitencourt

Redação: Brigida Sofia e Gilmar Bitencourt Consultor de Redação: Júlio Sortica Departamento Financeiro: Rosana Mandrácio Departamento Comercial: Débora Moreira e Magda Fernandes Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777)

06 - Plast Vip

Capa: divulgação

Walter Câmara, do Simpepe

10 - Pernambuco Setor plástico cresce no estado

Plástico Nordeste é uma publicação da editora Conceitual - Publicações Segmentadas, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da

22 - Destaque Master e Aditivos fazem a diferença

Região Nordeste e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos,

26 - Balanço Apostando em 2013

30 - Evento Alagoas com foco no desenvolvimento

33 - Giro NE As notícias do Acre à Bahia

34 - Foco no Verde Ações voltadas à sustentabilidade

seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Nordeste. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 3.000 exemplares. Filiada à

36 - Bloco de Notas As últimas do plástico no Brasil ANATEC - Associação Nacional

38 - Anunciantes + Agenda Eventos e parceiros da edição

das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas Nov/Dez de 2012 < Plástico < Plástico Nordeste Nordeste < 03 <3


ARQUIVO

Editorial

Investimentos e desenvolvimento

"O Fórum Regional do Plástico mostrou que a união de esforços é fundamental para o sucesso, situação que o Estado de Alagoas experimenta hoje. "

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e o Nordeste é uma espécie de “oásis” do desenvolvimento no Brasil contemporâneo, sem dúvida, Pernambuco é a “bola da vez”, como se costuma dizer para quem vive uma fase positiva. Esta nossa edição quer oferecer um upgrade de boas informações em um país que passa por grandes transformações. Mesmo que o “dever de casa” não esteja sendo resolvido totalmente, o crescimento econômico-social é concreto, palpável. Por isso, neste momento colocamos o foco em Pernambuco e Alagoas, dois estados que atraem muitos investimentos, principalmente no segmento petroquímico-plástico. O Brasil está de olho no potencial de Pernambuco, e com razão. Afinal, o estado possui o décimo maior PIB do País e Recife é uma das 65 cidades com a economia mais desenvolvida dos mercados emergentes no mundo. Foi também este estado que registrou a maior geração de empregos no Nordeste em 2012: 46.571 postos de trabalho. Poderíamos elencar outros indicadores, mas vamos citar apenas o PIB. O crescimento acumulado do PIB de Pernambuco entre 2003 e o terceiro trimestre de 2011 foi maior que o brasileiro, revela o Banco Central. Enquanto o país cresceu 40,9% no período, o estado teve um avanço de 47,6%. Confira na reportagem que fizemos as ações e projetos de real valor como a geração de empregos de obras da PetroquímicaSuape, Refinaria Abreu e Lima, futuramente a fábrica da Fiat, mas também o crescimento da indústria de transformação do plástico. São várias empresas instalando filiais ou reforçando suas equipes tendo como base – e também destino de vendas – o mercado plástico pernambucano. O estado, aos poucos, muda o perfil econômico. E nem citamos os reflexos da Copa. Da mesma forma o desenvolvimento bate às portas de Alagoas, onde, em média, a cada mês duas empresas pedem audiência com autoridades para saber como se instalar no Estado Foi assim com a Corr, Clodax, Braskem e a Krona, apenas para citar algumas. Com foco nesse desenvolvimento foi realizado o primeiro Fórum Estadual do Plástico, promovido pela Cadeia Produtiva da Química e do Plástico de Alagoas. O evento realizado foi um sucesso, com mais de duas centenas de participantes que puderam atualizar seus conhecimentos no setor. Recomendamos a entrevista exclusiva com o novo presidente do Simpepe, Walter Câmara e a reportagem sobre o mercado de masterbatches e aditivos. Leia também notícias no Bloco de Notas, Foco no Verde e Giro NE. Boa Leitura!

Gilmar Bitencourt / Interino gilmar.bitencourt@conceitualpress.com.br 4 > Plástico Nordeste > Nov/Dez de 2012


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PLAST VIP NE Walter Câmara

Indústria automotiva estimula, mas capacitação preocupa

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iderar uma entidade de classe não é tarefa fácil, principalmente ser for do setor industrial e ainda mais no Nordeste brasileiro, onde, apesar de a região estar vivendo um ciclo de desenvolvimento, há muitas carências. Mas os desafios não assustam o pernambucano Walter Alves Câmara, 55 anos, natural de Paulista. Ele é o novo presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Estado de Pernambuco (Simpepe), fundado em 1991. Ele dará continuidade ao importante trabalho desenvolvido por seu antecessor, Luiz Fernando Pinheiro.

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Com formação acadêmica em Admi­ nistração de Empresas, Câmara tem uma larga experiência profissional e classista graças aos mais de 30 anos trabalhado no ramo da indústria de plástico, boa parte no Sul do Brasil, e há 18 anos na Região Nordeste. Atualmente é proprietário da Perfilnor, empresa dedicada ao segmento de borrachas e produtos plásticos. Walter Câmara assume o comando do Simpepe, o sindicato de um segmento que atualmente conta com 395 empresas formais e 190 informais, mas apenas 80 são associadas. O setor é responsável por gerar 20.165 diretos e 15.835 indiretos.

O segmento plástico é responsável por 2,78% do PIB de Pernambuco. Segundo Câmara, com o dinamismo do Estado, notadamente no setor de transformação de resinas plásticas, o segmento de PET está sendo o que mais cresce. “E também com perspectiva de forte crescimento da cadeia automotiva, o sindicato desenvolve suas ações objetivando se estruturar em relação às imposições legais impostas pelo sindicato dos obreiros em relação ao patronal”, ressalta. Desta forma, Câmara começa uma gestão de desafios, como por exemplo, a qualificação da mão de obra, a criação de


Plástico Nordeste – Como pode ser avaliado o atual momento do setor plástico em Pernambuco e porque? Walter Câmara – O dinamismo no Estado de Pernambuco é muito expressivo. Em nosso setor de Transformação de Resinas Termoplásticas é taxativo e no que tange a PET é forte com um crescimento galopante. Nossas perspectivas de crescimento estão para a vertente da cadeia automotiva com a chegada da Fiat e demais investimentos que deverão se instalar até 2014 em Pernambuco. E não deixando de olhar o mercado de material de construção, embalagens, etc. Plástico Nordeste – Qual o maior gargalo ou carência no setor no Estado? Walter Câmara – Mão de obra qualificada. Acesso tecnológico, principalmente para as pequenas e médias empresas, energia elétrica muito cara, porque para o plástico é matéria prima e também temos que considerar a guerra fiscal entre outros Estados da região Nordeste e ação predatória dos concorrentes dos outros estados do Sul e Sudeste. Plástico Nordeste – Qual é o maior desafio do sindicato hoje Walter Câmara – Mobilizar o setor para uma participação mais efetiva usando ações estratégicas para o crescimento dos transformadores de resinas termoplásticas em Pernambuco principalmente os que concorrem no mesmo mercado/segmento, pois consideram-se inimigos. Plástico Nordeste – E quais os seus planos para o setor? Walter Câmara – Já estamos elaborando de um projeto para conhecer o perfil das Indústrias Plásticas e de Reciclagem do Estado de Pernambuco. E com embasamento no diagnóstico, vamos montar um plano de ação para o segmento. Plástico Nordeste – Quais os segmentos

mais fortes por processo (injeção, extrusão, sopro etc?) Walter Câmara – Temos todos os processos e somos fortes em todos. Por exemplo: Extrusão: principalmente em PVC rígido temos no Estado: Amanco e Tigre - Tubos em PVC. No segmento de embalagens temos: Fiabesa - Saco de Ráfia PP (ampliação), Ruplast em filmes técnicos de diversos tipos e aplicações. Em Injeção temos: Alphaplast - Injeção de várias peças UD, e Renda Embalagens - Baldes injetados em PP para creme vegetal e também temos empresas de termoformagem para indústria alimentícia. E no Sopro empresas para envase de diversos produtos Plástico Nordeste – Qual foi o volume de resinas consumido pelo setor em 2011? Walter Câmara – Não temos o numero exato mais deve ter girado em torno de 100 mil toneladas ano, sendo que em torno de 40% deste numero é de resina de PVC. Plástico Nordeste – Houve crescimento em 2012? Quanto%? Walter Câmara – Houve crescimento de 5 a 15 % dependendo da resina, tendo resinas que podem ter chegado acima de 20%. Plástico Nordeste – Como o setor resolve as dificuldades geradas pela falta de mão de obra qualificada e de recursos para ampliar ou modernizar o parque industrial? Walter Câmara – Como um bom brasileiro. Procurando da melhor forma possível. O Simpepe está caminhando com um “Projeto de uma Escola Tecnológica” junto com o Instituto Tecnológico de Pernambuco – ITEP, onde o mesmo encontra-se na esfera federal para liberação de verba. Temos um histórico no estado de importar esta mão de obra mais especializadas de outros Estados onde já tem mais treinamento e já vem pronto para nosso mercado Plástico Nordeste – Pernambuco pensa em criar um Núcleo de Tecnologia nos moldes do que foi implantado em Alagoas? Walter Câmara – Sim. É um exemplo bem sucedido e deve ser replicado em todos os

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um núcleo de ensino profissionalizante e a busca de uma participação mais efetiva e integrada da cadeia do plástico, inclusive entre as empresas, que ele espera que possam ser parceiras e não inimigas. O Sindicato está elaborando um estudo para conhecer o perfil das indústrias do setor.

Estados brasileiros. Copiar o excelente é desenvolvimento com sustentabilidade. Plástico Nordeste – O que é preciso para concretizar este projeto? Walter Câmara – Articulação política e empresarial. Plástico Nordeste – Qual a participação do setor plástico no PIB do Estado de Pernambuco? Walter Câmara – Atualmente é de 2,78% Plástico Nordeste – Qual a atuação do Poder Público (União, Estado e Município) para ajudar a desenvolver o setor? Walter Câmara – Até o momento não existe nenhuma ação. Mas por outro lado temos que reconhecer que vai depender da união do segmento para que o poder público possa acreditar e fomentar ações. Temos que ser mais unidos, e isso nos falta, o associativismo com foco em crescimento sustentável. Plástico Nordeste – Existe programa de incentivo? Qual? Walter Câmara – Sim temos o PRODEPE: crédito presumido de 75 % a 95 % do saldo a pagar de ICMS. Depende da localização do empreendimento. Quanto mais longe da RMR, maior o incentivo. Plástico Nordeste – Qual a importância do Pólo Petroquímico de Suape no >>>> Nov/Dez Nov/Dezde de2012 2012<<Plástico PlásticoNordeste Nordeste<<07 7


PLAST VIP NE Walter Câmara ELAINE CÂMARA

Simpepe quer conhecer o perfil das empresas e melhorar relações com associações

desenvolvimento do setor? Walter Câmara – Para o segmento PET é muito importante para os demais, PE, PP, PVC não tem nenhuma importância, neste momento. Esperamos no futuro ter alguma importância para o setor. Plástico Nordeste – Como é o relacionamento do Simpepe com a Federação das Indústrias e com as associações setoriais (Abiplast, Abimaq, Abiquim, Abief, AbiPet)? Walter Câmara – Com a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco – FIEPE, 100% de relacionamento, afinal alguns dos nossos diretores são vice-presidente da Federação. Somos grandes parceiros. Com relação à Abiplast - 100% de relacionamento, temos uma cadeira no conselho da Abiplast, como também temos uma cadeira na Câmara Setorial de Reciclagem- CNRMP representada pelo vice-presidente Gessé Batista Santos. Somos grandes parceiros. Abief – temos um bom relacionamento. E as demais nunca fomos procurados por eles, mas nesta nossa gestão vamos fazer o possível para ter relacionamentos com todas as Associações Setoriais. Plástico Nordeste – Quantas empresas do setor petroquímico-plástico se

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Fiabesa Guararapes, Fibrasa, Ruplast, Tramontina Delta, Forteplásticos, Relevos Peças Técnicas, Perfilplast, Alphaplast, Copoideal, Norplast, Proplast, Sopack, Kopack, Pro Color, Plácido, Totalplast, Tritec, Garden do Nordeste, Renda Plásticos, etc. Plástico Nordeste – Quais setores e quantos empregos geraram? Walter Câmara – Tubos e conexões, sacaria de ráfia, móveis para jardim, filme técnico e sacolas, copos descartáveis, masterbacht, injeção de peças técnicas, pré-formas de PET, injeção de tampas e engradados para garrafas. Cerca de 2.500 empregos diretos.

instalaram em Pernambuco nos últimos anos? Walter Câmara – Acreditamos serem mais de 20, mas não temos conhecimento de todas por falta de informação por parte da Agencia de Desenvolvimento do Estado que trava estas informações. Plástico Nordeste – É possível citar nomes? Plástico Nordeste – Sim, Plastamp, Tigre, Amanco, Pisani, Sandene, Techplast, Alcan Packaging Beau, Closures System International, Daimex, Emplal, GG Plast,

Plástico Nordeste – O Nordeste vem experimentando um crescimento acima do índice do Brasil e também um aumento na renda da população. Isso ajuda o setor a crescer? Como? Walter Câmara – Claro. O aumento da renda acarreta o consumo e consequentemente 99% dos produtos no mundo giram em torno de Resinas Termoplásticas, aumentando o consumo dos produtos derivados da nafta. Plástico Nordeste – Algo a acrescentar? Walter Câmara – Precisamos de informações de: onde encontraremos mantenedores para colocarmos uma “Escola de aprendizado da resina termoplástica” e consequentemente com capacidade para qualificarmos nossa mão de obra. PNE


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Pernambuco

Crescimento econômico beneficia o setor plástico

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Brasil está de olho no potencial de Pernambuco, estado que possui o décimo maior PIB do País e Recife é uma das 65 cidades com a economia mais desenvolvida dos mercados emergentes no mundo. Durante a crise de 2009, apresentou um dos melhores desempenhos do País pela pouca dependência do mercado externo. O crescimento acumulado do PIB de Pernambuco entre 2003 e o terceiro trimestre de 2011 foi maior que o brasileiro, revelou recentemente o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo. En-

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quanto o país cresceu 40,9% no período, o estado teve um avanço de 47,6%. Junto a isso, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve uma alta no Recife maior que a nacional: enquanto o IPCA brasileiro acumulado em 12 meses, até outubro de 2012, foi de 5,45%, na capital pernambucana foi de 6,86%, segundo dados do Boletim Regional Trimestral do Banco Central (BC). A publicação destaca que a economia pernambucana vem se mostrando mais resistente às crises econômicas. Ao contrário do que acontece no Nordeste, tem uma forte influência da administração pública estadual e dos serviços industriais de utilidade pública, como produção de energia elétrica, enquanto a agropecuária não teria tanto peso. A tendência, segundo Araújo, é do crescimento do estado se manter nos próximos anos. “Aqui existe um conjunto de projetos de investimento que estão em andamento ou foram anunciados e estão para se concretizar, de acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, em torno de 40% do PIB estadual. Mesmo que metade desses projetos não sejam concretizados, nós teríamos 20% do PIB de Pernambuco, o que antecipa para

os próximos anos o bom desenvolvimento que a economia vem apresentando e que vai continuar”, acredita o diretor. Preocupante, alem da seca que prejudicou o estado, é a balança comercial de Pernambuco, que era equilibrada até 2007, e passou a ser deficitária. “O primeiro ponto é a importação de material para a fábrica de garrafas PET instaladas no estado e a importação de combustível, entre outros pontos que fizeram o estado importar mais que exportar”, explica Araújo. Mas os setores produtivos confiam no potencial de consumo de uma população estimada em 8.796.032 habitantes (2010) e em projetos de grande porte que estão estimulando a economia: Refinaria Abreu e Lima, o Pólo Petroquímico de Suape, a fábrica da Fiat, vão gerar emprego e renda. Pernambuco foi o estado do Nordeste com o maior crescimento de empregos: mais de 46.571 mil novos postos de trabalho em 2012. O Estado conta também com os estímulos da Copa das Confederações e a Copa do Mundo. E o setor petroquímico-plástico pega carona nesse “trem” do desenvolvimento (veja abordagem específica na entrevista do presidente do Simpepe, Walter Câmara).


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Fábrica da Fiat: apoio do ex-presidente Lula (esq.) ao governador Eduardo Campos, foi decisivo

A força dos grandes projetos

Uma reportagem interessante do portal G1 sobre a importância do setor industrial para a economia de Pernambuco revela que os grandes empreendimentos que chegam ao estado – muitos deles relacionados ao setor petroquímico-plástico - têm contribuído para uma mudança no perfil da economia regional nos últimos anos. Um estudo elaborado pela Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem) aponta para uma mudança principalmente no setor da indústria, que deve chegar a 28% de participação na economia estadual até 2014. Intitulado “Impactos dos Investimentos na Economia Pernambucana”, o estudo analisa os impactos e influências dos investimentos da Refinaria Abreu e Lima, PetroquímicaSuape, Estaleiro Atlântico Sul, Hemobrás e as duas unidades da BR Foods, em Vitória de Santo Antão e em Bom Conselho. “Um dos pontos que se destaca nesse estudo é que, em 2014, vamos estar com a economia quase 50% maior do que estaria sem esses cinco empreendimentos”, afirma o presidente da Agência Condepe/Fidem, Antônio Alexandre. O impacto analisado na economia foi de 2007 a 2014. O estudo indica que, em 2014, com a influência desses cinco empreendimentos, o setor industrial saia de 21,8% da economia do estado para 28%, a agropecuária de 5,4% para 4,5% e o de serviços de 72,8% para 67,5%. “O choque total de demanda é de R$ 66,52 bilhões entre 2007 e 2014”, explica Wilson Grimaldi, coordenador técnico da pesquisa. O crescimento expressivo do estado a partir desses empreendimentos foi destacado pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, na época, Geraldo Júlio. “Não convivíamos com essa cadeia de petróleo e gás, mas com a refinaria passamos a lidar e é preciso conhecer para sabermos como agir. A gente está entrando em um cenário de competitividade global. As tecnologias aplicadas são as mais modernas, não aque-

las que eles instalariam há 20 anos em um país desenvolvido”, lembrou o secretário. A influência na cadeia produtiva do estado dos cinco empreendimentos é fantástica, considerando, além do impacto da fase de construção, também os reflexos na fase de operação. “A refinaria gera 543 mil postos de trabalho, mas não apenas na refinaria, na sua construção ou operação, mas sim na economia pernambucana. É esse impacto que estamos observando”, disse Grimaldi. Os postos de trabalho gerados no período, tanto direto como indiretamente, pelos empreendimentos são estimados em 1,2 milhão, sendo o maior impacto o da refinaria, com 44,3% do total e a Petroquímica, com 26,1% do total. Os cinco empreendimentos provocam uma mudança no perfil da economia pernambucana. O principal setor beneficiado é a indústria, principalmente a de transformação. O atual ciclo de industrialização, aponta o estudo, não apenas reforça as cadeias produtivas já existentes no estado, mas também abre espaço para novas cadeias, inclusive conectadas a uma escala global. “Nós estamos falando da indústria do petróleo, da petroquímica, da indústria naval, da biotecnologia, setor de alimentos forte e pungente. Esses números trazem uma alegria para o povo pernambucano, mas também uma grande responsabilidade de estar preparado para responder a esse desenvolvimento”, pondera o presidente da Agência.

Renda familiar e a Fiat - O impacto sobre a renda das famílias pernambucanas é outro fator que foi avaliado durante a pesquisa. A perspectiva é de que, no período analisado, o impacto seja de R$ 20,5 bilhões, sendo R$ 5,7 bilhões na fase de construção dessas empresas e R$ 14,8 bilhões na de operação. “Os maiores são os da PetroquímicaSuape, que representa 32,4% do total, e o do Estaleiro Atlântico Sul, com 31,1%”, conta Grimaldi. O impacto será ainda maior porque o estudo não inclui investimentos mais recentes na economia estadual, como a fábrica de automóveis da Fiat, que deve ser construída em Goiana, na Zona da Mata Norte – e outros projetos automotivos. “A Fiat vai chegar em um momento que a economia de Pernambuco está diferente de quando esses cinco empreendimentos começaram a se instalar no estado. Isso faz com que a gente precise olhar a Fiat a partir de outras variáveis, quais são aquelas empresas que vão atuar junto a ela”, justifica Antônio Alexandre. Um complexo automotivo é composto por vários sistemistas, muitos do segmento de peças técnicas e componentes de plástico, o que vai estimular a instalação de fábricas na região. PetroquímicaSuape é vital - A PQS é constituída pela Companhia

Petroquímica de Pernambuco (PetroquímicaSuape) e pela Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe). Jun- >>>> Nov/Dez de 2012 < Plástico Nordeste < 11


Pernambuco

tas, elas formam o Complexo Industrial Químico-Têxtil, que reúne três unidades industriais integradas: uma para produção de ácido tereftálico (PTA), outra para produzir polímeros e filamentos de poliéster e uma terceira, que fabricará resina para embalagens PET. A Companhia informa que o projeto foi unificado em 2009, com a saída do sócio privado. A Petrobras passou a ser a única acionista do empreendimento e resolveu instalar mais uma planta industrial, a de resina PET. A PQS está estruturada em três unidades industriais: 1 - Planta de PTA – produção de 700 mil toneladas por ano. O PTA é a principal matéria prima para a produção do poliéster têxtil, embalagens PET, filmes fotográficos e de embalagens e fibras industriais usadas na fabricação de pneus, materiais e equipamentos para o setor elétrico, automotivo e indústria do petróleo. A planta de PTA tem previsão de entrada em operação no início de fevereiro de 2013. 2 - Unidade de polímeros e filamentos de poliéster - fabricará 240 mil toneladas/ano, distribuída da seguinte forma: 86 mil toneladas/ano de POY (Partially Oriented Yarn); 85 mil toneladas/ano de filamento texturizado DTY (Draw Textured Yarn); 14 mil toneladas/ ano de filamento liso - FDY (Full Draw Yarn) e 55 mil toneladas ano de polímeros, que têm ampla aplicação no setor têxtil e em outras atividades industriais. 3 - Unidade de resina PET - produção de 450 mil toneladas/ano Atualmente a PQS já atende o mercado com fornecimento de dois produtos, o Filamento Texturizado para 159 clientes dos seguintes estados: AM, CE, RN, PB, PE, SE, BA, MS, MG, ES, RJ, SP, PR, SC, RS. E também o PTA, com 7 clientes de Pernambuco, São Paulo e Santa Catarina. Quanto à Unidade de PET, a empresa informa que a previsão de entrada em operação é para o início do segundo semestre de 2013. A PQS também informou quais foram os principais acontecimentos de 2012: Recebimento das principais matérias-primas para produção do PTA; Comissiona12 > Plástico Nordeste > Nov/Dez de 2012

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Refinaria Abreu e Lima: nafta, GLP, derivados e muitos empregos para Pernambuco

mento da planta de PTA; Contratação de gás natural com a Copergás (203 mil m³/ dia); Admissão de pessoal para operação das plantas industriais e apoio administrativo; e o avanço das obras de construção das unidades industriais. Segundo a Companhia, a PQS tem uma importância fundamental para o desenvolvimento do setor petroquímico-plástico do Nordeste. O Complexo Industrial Químico-Têxtil foi criado com o objetivo de estruturar uma cadeia integrada de poliéster para substituir a importação de matéria-prima para os segmentos têxtil, de fibras industriais e de embalagens PET. Além desses benefícios, a PQS dará grande contribuição para a revitalização da indústria têxtil de Pernambuco, que já foi um dos mais importantes polos de produção do Brasil. Essas unidades industriais também têm a característica de atrair empresas complementares às suas atividades, além daquelas que utilizam essa matéria-prima, como tecelagens, malharias, fabricantes de embalagens PET, etc.

Números – Segundo consta no site da PQS-PE, o investimento total no Complexo Industrial Químico-Têxtil será de aproximadamente R$ 6 bilhões; na fase de construção foram gerados mais de 12 mil empregos (no pico da obra); durante a operação serão proporcionados 1.800 postos de trabalho (próprios e contratados).Quanto ao relacionamento

da Petroquímica Suape com os sindicatos e entidades do setor plástico, em especial o Sindicato das Indústrias de Material Plástico de Pernambuco (Simpepe), a Companhia revela que ainda não relacionamento com a instituição. A PQS não comentou sobre a possibilidade de que no futuro outras resinas sejam produzidas, como PE, PP ou PS, visando beneficiar outros segmentos. Como forma de estreitar relacões e conhecer o mercado a Companhia participou da feira Embala Nordeste em 2010.

Refinaria Abreu e Lima - A Rnest, Refinaria do Nordeste, ou Refinaria Abreu e Lima, localizada no município de Ipojuca (região metropolitana de Recife) em Pernambuco, será a primeira refinaria de petróleo inteiramente construída com tecnologia nacional. A Petrobras considera que essa refinaria será a mais moderna já construída em território nacional, pois será a primeira adaptada a processar 100% de petróleo pesado com o mínimo de impactos ambientais e produzir combustíveis com teor de enxofre menor do que o exigido pelos padrões internacionais mais rígidos, de 10 ppm de enxofre. Inicialmente era previsto que a Refinaria teria capacidade para processar 200 mil barris por dia de petróleo, utilizando o petróleo pesado do Brasil e da Venezuela, países que possuem grandes reservas. A produção anual prevista para esta unidade da Petrobras ainda inclui 682 mil m³ de nafta petroquímica, 1.236 mil toneladas de GLP, 9,5 milhões de toneladas de diesel e 2,2 milhões de toneladas de coque[. A refinaria também produzirá o chamado “H-Bio”, a partir da mistura de biodiesel com diesel comum. O plano de negócios da Petrobrás de 2008 passou a prever ampliação na capacidade de refino para 240 mil barris por dia, podendo ter uma nova expansão para até 500 mil barris por dia, o que tornaria esta a maior refinaria do país. Esta iniciativa não se concretizou e a refinaria produzirá 230 mbpd, com partida estimada em 2014 a um custo de previsto de US$ 17,1 bilhões. A partida estava prevista para o final de 2010 e a produção de diesel 10 ppm é devido à legislação brasileira e não decisão da Petrobras. PNE


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Pernambuco

Capacitação é uma carência, diz CENNE

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ssa verdadeira explosão de crescimento se reflete no setor plástico. Estão sendo construídas no Recife a Refinaria Abreu e Lima e a Petroquímica no Complexo Industrial e Portuário de Suape (PE). Por isso, muitas fábricas de material plástico devem se instalar no entorno. Nos últimos anos, essa região tornou-se um importante polo transformador de PET e essa atividade deve se intensificar ainda mais. A falta de mão qualificada no setor de plásticos, no entanto, é uma realidade em todo o país, e em Recife também, como destacou o presidente do Simpepe, Walter Câmara.

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A construção da refinaria e da petroquímica no local vai fazer com que a procura por esses profissionais cresça ainda mais. Colaboradores despreparados trazem prejuízos para as indústrias. As máquinas utilizadas na transformação do plástico, injetoras e extrusoras, por exemplo, são equipamentos de ponta e muito caros. “Os empresários tem receio de confiar esses equipamentos nas mãos de pessoas que não tem nenhum preparo. Um simples botão apertado errado pode prejudicar uma produção inteira ou quebrar uma máquina que custa milhões”, explica Marcelo Reis, diretor do CENNE, especializada na geração de leads para o segmento de plástico, à revista TN Petróleo. Segundo Reis, as empresas que estão em Pernambuco ou pretendem se instalar no estado têm duas possibilidades para suprir a falta de mão de mão de obra: importar profissionais qualificados de outras áreas do país ou capacitar as pessoas da região. “Não tenho dúvidas de que formar profissionais é a melhor opção, pois isso vai gerar uma sinergia de ganhos de competitividade para a região como um todo, sob um custo muito menor que o deslocamento de profissionais de outras partes do país”, conclui. Uma pesquisa realizada pelo CENNE no primeiro semestre deste ano (2012) revelou que 75% das empresas de transformação aplicam algum tipo de treinamento em sua equipe. Pelo menos metade delas respondeu que isso acontece mais de 5 vezes por ano. Apenas 5%, no entanto, disseram que também oferecem oportunidades de capacitação para a área administrativa. A pesquisa foi realizada com 96 empresas do setor de transformação de plástico e borracha de São Paulo. Os cursos à distância ou in company são uma alternativa para as empresas que querem capacitar sua mão de obra, inclusive para aquelas que estão em áreas mais distantes. “Os profissionais que ministram os treinamentos são mestres e doutores nas áreas de gestão empresarial e possuem grande experiência na indústria de trans-

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Máquinas da Romi, como a nova EN 150 fazem parte do mix de opções para a região

formação de plástico e borracha e na área de projetos de moldes”, explica Reis, sobre os cursos oferecidos pelo CENNE. Uma opção mais barata e que tem se tornado cada vez mais comum no Brasil são os cursos online. Além de serem uma opção mais viável financeiramente, é acessível para qualquer lugar que tenha um computador com acesso à internet.

Máquinas e equipamentos em alta - Os investimentos em setores

de primeira geração vão se refletir na instalação de muitas indústrias de transformação de material plástico, tanto no segmento PET, de embalagens flexíveis para alimentos, peças técnicas automotivas, de escritório, utilidades domésticas, material de construção etc. E esse processo exigirá investimentos na infraestrutura operacional com aquisição de máquinas e equipamentos, bem como matérias-primas (resinas, masterbatch e aditivos). Por isso, muitos fornecedores que já estavam na região decidiram repensar suas estratégicas e as empresas de outros estados reestruturaram seus sistemas de estoque e distribuição no Nordeste, em especial em Pernambuco, seja com Centros de Distribuição, reforço de equipes ou parcerias. Foi o caso da Pavan Zanetti, fabricante de sopradoras e injetoras, com sede em Americana (SP). Segundo o Diretor Comercial Newton Zanetti, a empresa tem muitos clientes não apenas em Pernambuco, mas em todo o Nordeste, um mercado

que avalia “em ampliação”. O empresário destaca o crescimento nos últimos anos. “Verificou-se um crescimento considerável, não só de clientes existentes, como também na entrada de novos clientes. Considerando todo o Nordeste, podemos afirmar que de 2004 a 2012 triplicamos nosso mercado”, relata com satisfação. Ciente da importância desse mercado a empresa olhou para o futuro. “Baseado no exposto acima, a Pavan Zanetti inaugurou em agosto de 2011 um Centro Técnico em Pernambuco, disponibilizando máquinas injetoras pronta-entrega, peças de reposição e em breve, atendimento técnico local”, ressalta. Segundo Zanetti, a escolha do Estado para essa ação deu-se pelo ponto estratégico logístico, pois Recife está a 800km de Fortaleza, no Ceará, e a 800km de Salvador, na Bahia. “Nesse raio temos 70% do PIB nordestino e o aeroporto local possui o maior número de destinos para todo o Nordeste, facilitando a agilidade no despacho de peças de reposição a nossos clientes”, pondera. E como forma de estar atento ao desenvolvimento regional, a Pavan Zanetti participa da Embala Nordeste, feira com foco predominante no setor plástico. E estará no evento deste ano, em agosto, em Recife. “Participamos praticamente desde seu lançamento, entretanto, devido a outras feiras de expressão no mesmo período, em outras regiões, decidimos expor na Embala a cada dois anos, motivo pelo qual não estivemos neste último >>>> Nov/Dez de 2012 < Plástico Nordeste < 15


Pernambuco A SEIBT, gaúcha de Nova Petrópolis, cruza o Brasil para oferecer linha para reciclagem

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ano, mas esse ano estaremos cumprindo nosso cronograma”, afirma Zanetti. O empresário disse que é importante ressaltar “que o crescimento do Nordeste se deu pela política implementada do Governo Federal na gestão Lula, com obras de infraestrutura, incentivos fiscais federais, estaduais e municipais, que inclusive motivaram a migração de empresas de outras regiões e países”, completa.

Romi e Clodax apostam forte - Outra empresa paulista que sempre

dedicou especial atenção ao Nordeste e a Pernambuco, é a Romi, com sede em Santa Bárbara do Oeste. “A Romi conta com uma participação de mais de 20 anos no mercado pernambucano. A expansão industrial deste Estado foi consequência dos incentivos governamentais e os investimentos em infraestrutura. Essas ações não apenas fortaleceram o Estado de Pernambuco, mas sim, todo o Nordeste, atraindo pequenas, médias e grandes empresas. Já para o setor de Plásticos da Romi, o Nordeste tem um importante papel em nossas vendas”, explica William dos Reis, diretor de Máquinas para Plástico da Romi. Sobre as ações desenvolvidas nos últimos anos, o executivo informa que a Romi apresenta uma estrutura comercial própria, distribuída por todo o Nordeste. Essas unidades são representadas por nossas filiais de vendas, que contam com vendedores e técnicos de serviço. “Todos prontos para atender rapidamente a solicitação do nosso cliente.” E para reforçar o relacionamento a empresa também valoriza feiras como a Embala Nordeste. “A nossa participação neste evento já é tradicional e vamos continuar investindo neste mercado e nessa grande vitrine de negócios”, completa Reis. Com uma estratégia diferente, mas o mesmo objetivo, a Clodam, do setor de reciclagem também decidiu investir forte e em 2012 lançou bases da Clodax, uma unidade do grupo em Maceió (AL), ficando próximo de Pernambuco. Segundo o Diretor Ricardo L. Rogério, os motivos foram convincentes. “Temos clientes em Pernambuco sim. O mercado do Nordeste como um todo cresce a PIB Chinês e Pernambuco é o maior responsável”. Por isso o tratamento destinado à região é personalizado. “Montamos outra planta em Maceió em 2012. A maior razão é justamente porque a logística para

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Pernambuco e para todo o Nordeste é favorecida via Alagoas”, explica. Rogério informa que a planta de Maceió tem entrada em operação prevista para fevereiro de 2013, com capacidade instalada inicialmente de 9.600 toneladas/ano. Rogério reforça que a estratégia é vender não apenas para Alagoas, mas Pernambuco e para todo o Nordeste. “Nosso planejamento é crescer 20% ao ano”, revela. Quanto a participar da Embala Nordeste, afirma talvez no futuro esteja presente.O Nordeste realmente está atraindo as empresas paulistas de todos os segmentos. A Clodam, do setor de reciclagem também decidiu investir forte e em 2012 foi lançada a Clodax, uma unidade do grupo em Maceió (AL), ficando próximo de Pernambuco. Segundo o Diretor Ricardo L. Rogério, os motivos foram convincentes. “Temos clientes em Pernambuco sim. O mercado do Nordeste como um todo cresce a PIB Chinês e Pernambuco é o maior responsável”. Por isso o tratamento destinado à região é personalizado. “Montamos outra planta em Maceió em 2012. A maior razão é justamente porque a logística para Pernambuco e para todo o Nordeste é favorecida via Alagoas”, explica. Rogério informa que a planta de Maceió tem entrada em operação prevista para fevereiro de 2013, com capacidade instalada inicialmente de 9.600 toneladas/ano. Rogério reforça que a estratégia é vender não apenas para Alagoas, mas Pernambuco e para todo o Nordeste. “Nosso planejamento é crescer 20% ao ano”, revela. Quanto a

participar da Embala Nordeste, afirma que em 2013 ainda não estará presente. “Talvez no futuro”, sinaliza. A distância não parece ser problema para quem acredita no potencial da região Nordeste. A SEIBT – Máquinas para Plásticos, com sede em Nova Petrópolis, no Rio Grande do Sul, oferece uma completa linha para reciclagem de plásticos e há tempos dedica-se com determinação a esse mercado. Segundo Gilson Müller, Analista de Comércio Exterior / Marketing, a empresa possui diversos clientes em Pernambuco. “O mercado pernambucano e nordestino, de um modo geral, vem despontando como um dos que mais cresce a nível Brasil. Os investimentos realizados por grandes grupos nessa região vêm auxiliando também no processo de expansão da SEIBT nesse mercado”, explica. Para se manter atuante a esse crescimento, a empresa executa algumas ações importantes, como atender às indústrias e participar de eventos, como relata Müller.”A SEIBT, além da forte atuação junto a este mercado, de maneira direta junto a clientes, possui representação de vendas para Pernambuco, bem como para outros estados da região”. Além disso, ele destaca a participação na feira de embalagem. “A SEIBT participa da Embala Nordeste desde a sua primeira edição e este ano marcará presença mais uma vez, expondo sua tradicional linha de moinhos, contando também com sua equipe de vendas, pronta para oferecer informações ao cliente, identificando suas necessidades e oferecendo-lhe o equipamento adequado para atender a sua necessidade específica”, completa o executivo.

Mercado bom para resinas e master - O raciocínio é lógico: se novas

indústrias de transformação se instalarem em Pernambuco como consequência do desenvolvimento econômico, é natural que, além de precisarem de máquinas, equipamentos e profissionais capacitados, vão necessitar de matéria-prima, masterbatches e aditivos para plásticos. Foi com essa percepção que a Activas, uma das maiores dis- >>>>


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Pernambuco

tribuidoras de resinas e aditivos do Brasil passou a dedicar-se com afinco ao mercado nordestino. “A Activas atua em Pernambuco há 5 anos. Avaliamos que esse mercado apresenta um elevado potencial de crescimento devido à demanda local estar em alta, maior poder aquisitivo da população e pelos incentivos municipais e estaduais, sendo atrativo para as novas indústrias”, explica o Diretor Geral Laercio Gonçalves. Bem informado, o empresário comenta sobre o perfil econômico regional. “Este desenvolvimento cresce a uma média de 7,3% ao ano, segundo o IBGE, com a expectativa de um salto anual de 5%, nos próximos dois anos, bem acima da expectativa para o país. O potencial da região chama a atenção de grandes redes de varejo e indústrias, de olho em uma população de 50 milhões de pessoas, ou seja, 28,2% da população brasileira que, desde 2008, forma o segundo maior mercado consumidor do país”, avalia. Gonçalves faz um raio-x da situação e mesmo cauteloso, acredita no sucesso. Ele diz que o Brasil terminou 2012, um ano que começou cheio de boas expectativas, com um crescimento quase inexpressivo do Produto Interno Bruto (PIB). O cenário atinge diretamente a geração nacional de empregos. “Apesar do momento ainda ser otimista, as empresas brasileiras já esperam para 2013, um nível menor de contratação. Por outro lado, o Nordeste, com destaque para Pernambuco, vem traçando um caminho diferente do restante do Brasil. Alguns segmentos apresentam boas expectativas no mercado local, pois contam com investimentos em Suape, nos pólos automotivos, fármaco-químico e o aumento do consumo pelas famílias”, comenta. Para aqueles que, igualmente acreditam no potencial, o diretor da Activas dá um recado: “O Nordeste crescerá em consumo de resinas termoplásticas e o transformador tem a Activas como um parceiro para este desenvolvimento”, alerta. E garante que a empresa está preparada para atender a demanda. “A Activas atende a todos os estados da região norte/nordeste pela filial que fica 18 > Plástico Nordeste > Nov/Dez de 2012

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Laércio Gonçalves, da Activas, destaca o potencial da região e as estratégias da empresa

localizada em Recife, através dos canais de vendas: equipe de representantes comerciais e pelo Contact-Center”, informa. “Nosso foco de atuação é a satisfação dos nossos clientes e a excelência em serviços que prestamos, com condições comerciais compatíveis e competitivas no mercado. O Nordeste cresce acima da média nacional e a Activas tem acompanhado esta evolução. Consideramos a região estratégica e com elevado potencial de crescimento para o setor de transformação de termoplásticos”, destaca. Com relação às ações mais expressivas nos últimos anos, Gonçalves informa que logo no início de 2012 a empresa previu em seu planejamento estratégico que não teria um ano com mudanças significativas, “ou seja, teríamos a economia brasileira e o mercado crescendo em um ritmo muito lento e em momentos como estes, nós entendemos que a melhor solução está em tomar iniciativas internas”, avisa. E acrescenta um toque pessoal sobre como enfrentar eventuais desconfortos de mercado. “Avaliamos que no Brasil, um país de incertezas, não adianta esperar ‘o momento ideal’, onde o governo fará tudo certo, para tomarmos decisões estratégicas nas empresas. Não acreditamos que forças externas e que não estão sob nosso controle possam ditar os nossos resultados. E por termos a certeza de que a responsabilidade pelo sucesso da Activas é nossa, trabalhamos muito duro em 2012”, relembra. Por isso, valoriza o planejamento. “Buscamos incansavelmente a excelência

na gestão e a eficiência em nossos processos. Sendo assim, a Activas fechou o ano de 2012 focando as suas estratégias nas melhores práticas de gestão, definidas em seu Plano Estratégico (2012-2016) e utilizando efetivamente o BSC (Balanced Scorecard), como sendo a principal ferramenta de gestão”, revela o empresário. Entre outras ações para ampliar mercado e ativar o relacionamento com clientes está a presença em feiras e eventos na região. “Participamos da feira Embala Nordeste desde o ano de 2007, sendo que a próxima será nossa sexta participação. A presença da Activas no evento é de extrema importância estratégica para nós, pois avaliamos ser uma ótima oportunidade para estreitarmos o relacionamento com os clientes das regiões Norte e Nordeste. A Embala Nordeste tem evoluído muito nas últimas edições e certamente estará entre as principais feiras do setor plástico na América do Sul”, avalia o executivo. Outro posicionamento firme da Activas está no maior desafio da empresa, que é diversificar. “Temos como objetivo para 2013, vender mais utilizando a mesma estrutura e para que isso possa acontecer, vamos oferecer ao mercado um portfólio de produtos cada vez mais completo, onde o cliente possa encontrar todas as soluções em um único lugar”, revela Gonçalves. O empresário informa que no cenário atual, há uma grande tendência para resinas que proporcionem um melhor desempenho do ponto de vista industrial. “A proposta de valor destas resinas é gerar um efetivo ganho financeiro ao cliente, através de redução de custos de produção, como: redução de ciclos, redução do consumo de energia, redução de espessuras, aumento de produtividade e redução de peso no produto final, com foco na sustentabilidade, aumento da eficiência e melhora nos resultados financeiros das empresas”, explica. Gonçalves também comenta que os produtos biodegradáveis ou os de origem renovável, que apresentam uma preocupação com a “sustentabilidade” também são uma tendência muito forte para um futuro próximo. “Em 2013 a Activas estará trabalhando com novos fornecedores, aumentando o seu portfólio e disponibilizando ao mercado todas essas opções inovadoras de resinas”, completa.


Tradição e estrutura da Sasil - Outra distribuidora de resinas bem conceituada no mercado e que atua em todo o Brasil é a Sasil. E com a tradição de atender a região Nordeste. “Temos muitos clientes em Permanbuco, que é o maior mercado nordestino. O crescimento da economia desse Estado nos últimos anos tem estimulado empresas do segmento termoplástico a se instalarem por lá. Com a implantação do Polo Automobilistico haverá mais um motivo para novas empresas se implantarem no Estado”, comenta o diretor Fernando Caribé. E para garantir o melhor atendimento aos clientes da região, a Sasil já tem uma estrutura montada e experiência no setor. “A empresa já possui um CD em Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco e outro em Salvador, na Bahia, que atende a todo Norte e Nordeste”, informa Caribé. Participar de eventos é uma forma de relacionar-se com os clientes da carteira, como também apresentar-se ao compradores em potencial. Por isso a Sasil particiou

de quase todas as edições da Embala Nordeste, mas ainda avalia a participação na edição de 2013. Para completar sua análise setorial, Caribé, revela o tempo de atuação, como se fosse uma espécie de “casamento” bem sucedido. “O Nordeste é um mercado especial para nos, pois, foi onde nascemos ,e já atuamos a mais de 37 anos, onde mantemos a sede no nosso grupo empresarial, e um mercado que conhecemos bem as suas peculiaridades”, finaliza.

Colorfix consolida atuação - A Colorfix Masterbatches empresa com

23 anos de atuação no mercado oferece produtos e serviços diversificados para o setor de transformação de plástico, injeção, sopro, extrusão, termoformagem, rotomoldagem entre outros. A companhia tem sede em Colombo-PR (Região Metropolitana de Curitiba), mas atua nacionalmente, tendo filiais em São Paulo (São Caetano do Sul) e Pernambuco (Distrito Industrial de Recife). O Diretor Superintendente Francielo

Fardo destaca as ações mais importantes da empresa em Pernambuco e que beneficiam todos os clientes nordestinos.“A decisão por abrir uma filial na região está ligada diretamente a expansão do mercado do Nordeste na última década. Esse crescimento reflete também na demanda de novos serviços e trabalhos de qualidade. Logo, nossa terceira unidade contempla este mercado com o objetivo de levar toda expertise em masterbaches adquirida nos últimos 23 anos de empresa que têm unidades no Paraná e em São Paulo”. Explica. A dedicação a esse mercado se justifica pela sua importância no contexto brasileiro. O executivo ressalta que além da filial, que iniciou suas atividades no primeiro semestre de 2012 (Distrito Industrial de Recife) a Colorfix já estruturou equipe de consultores que pode atender a todos os estados do Nordeste, levando informações de seu trabalho e dos seus produtos. “Para apresentar ao mercado nossos produtos em detalhes, a participação da Feira Embala Nordeste no segundo semestre foi de ex- >>>>

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trema importância, pois aproximou a marca com os principais fornecedores regionais e também com a prospecção de futuros clientes e parceiros” destaca Francielo Fardo. A avaliação sobre a Embala Nordeste foi tão positiva que o executivo confirmou presença na edição de 2013. “A Embala se mostra como um dos principais canais de relacionamento com os stakeholders da Colorfix no mercado do Nordeste.

Cromex destaca crescimento - Uma das mais tradicionais fabrican-

tes de concentrados de cor, a Cromex, com 30 anos de atuação, tem duas unidades: a sede em São Paulo e a fábrica em Simões Filho, na Bahia, valorizando a região. Segundo o Diretor Comercial Marcos Pinhel, a Cromex tem muitos clientes no Nordeste. “O Nordeste como um todo vem crescendo, especialmente no segmento alimentício de marcas próprias. O mercado de transformação na Bahia também vem se destacando pela produção de filmes”, relata. A empresa informa que não poupou esforços para erguer sua filial em Simões Filho. Para atender à demanda dessa grande região, a unidade está estruturada com modernos equipamentos, profissionais especializados e capacidade produtiva de 36.000 toneladas por ano de masterbatches brancos, pretos e aditivos. “Toda essa infra-estrutura significa, para o cliente, a certeza de ter um portfólio de produtos de ponta, alta qualidade e serviços sob medida. A Cromex possui essa fábrica na Bahia e equipe comercial própria no Nordeste. Ela investe continuamente em melhorias técnicas e capacitação de seus colaboradores”, destaca Pinhel, citando os prêmios conquistados em 2012: A - Prêmio SESI Qualidade no Trabalho (PSQT). A Cromex venceu em duas categorias: Ambiente de Trabalho Seguro e Saudável, e com o programa de Saúde, Segurança e Qualidade de Vida. Também venceu em Desenvolvimento Sócioambiental, com a prática Gerenciamento de Resíduos: Redução e Reutilização de Resíduos. B - A unidade Bahia recebeu o 1º Lugar na categoria “Média Empresa” do “Prêmio Ser Humano Luiz Tarquínio – 2012”, organizado pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-BA). C - Prêmio Melhores Práticas de Estágio, entregue pelo Instituto Euvaldo Lodi

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(IEL) e que visa reconhecer as companhias que desenvolvem as melhores ações de inclusão estudantil. A Cromex venceu com o Programa Desenvolvendo Talento Estagiários, criado em 2002. Pinhel informa que em 2012 foram realizados Seminários Técnicos para os clientes na região, nos quais foram abordados conhecimentos técnicos e tendências no mercado de masterbatches. As cidades selecionadas foram Salvador e Recife e existe proposta de expansão destes seminários para outros estados. “O mercado nordestino é importante e considerado pela empresa um mercado foco que segue apresentando um ritmo forte e constante de crescimento”, ressalta. Por isso é importante estreitar relacionamentos como ocorre em feiras como a Embala Nordeste. “Sempre participamos por meio do estande de nosso representante e pretendemos participar da próxima edição”, conclui.

M&G: raízes no Estado – Desde 2002 integrando o Gruppo Mossi & Ghisolfi - um dos líderes mundiais no mercado de PET, a M&G, possui operações industriais em São Paulo (Paulínia e Indaiatuba), Minas Gerais (Poços de Caldas) e Pernambuco (Cabo e Porto de Suape). A Gerente Comercial da MG Polímeros Brasil S/A, Theresa Moraes, comenta sobre a região. “Temos vários clientes, desde 2007, quando inauguramos nossa fabrica de resina PET em Suape-PE. Após a inauguração da fábrica vários clientes se instalaram na região que se tornou hoje o maior polo de pre-forma do Brasil”, relata. Conforme Theresa, o mercado brasileiro cresce entre 5% e 7% ao ano, mas em Pernambuco o crescimento foi exponencial. Porém, a executiva aponta uma preocupação relacionada a tributos. “Este mercado poderá sair desta região devido a lei dos portos. A M&G tem que faturar com 17% de ICMS aos clientes da região, que têm grande volume de vendas fora do estado de Pernambuco e terão que faturar o produto com ICMS de 4%. Esta diferença de 13%, acaba sendo custo, que o mercado não importa”, explica Para comprovar que valoriza a região Nordeste e o mercado de Pernambuco em especial, a Gerente Comercial revela detalhes de ações recentes. “Investimos em uma planta de 550 mil tonelas/ ano de PET

e os nossos clientes também investiram na região formando o maior Polo da Industria de PET”, completa Theresa Moraes.

Pro-Color tem contato próximo - O relacionamento com Pernambuco

faz parte da estratégia da empresa há muito tempo segundo conta o Diretor Presidente do Grupo Pro-Color, Roberto Clauss. “A Pro-Color sempre atuou em Pernambuco e demais cidades do Nordeste, porém, até a inauguração da empresa, não exista um contato tão próximo com o cliente como ocorre hoje, pois os nossos produtos eram comercializadas através de distribuidores. Acreditamos no potencial do Nordeste em geral e existe uma forte tendência de crescimento não somente no segmento de plástico, mais também em outros ramos de atividades. O Nordeste prospera: são notáveis os grande investimentos realizados, a ascensão e principalmente o desenvolvimento em geral”, destaca. Atualmente o Grupo Pro-Color conta com uma fábrica em Cotia (SP), bem como duas filiais em Bauru e Jaguariúna, ambas no interior de São Paulo. Apesar de todo o reconhecimento adquirido pela marca nestas décadas de mercado, Roberto Clauss percebeu que o futuro do País está na região Nordeste. Assim, prevendo que poderia crescer juntamente com a região, começou um plano de expansão: em 10 de junho de 2011 inaugurou o primeiro Centro de Distribuição do Grupo em Jaboatão do Guararapes, em Pernambuco. “Sim, no primeiro instante nos instalamos com um estoque local de produtos acabados”, lembra. E não parou por aí. Objetivando melhor atender a necessidade de seus clientes ampliou os investimentos. “Há um ano inauguramos a fabrica de masterbatches brancos e aditivos que desde então são fabricados na nossa planta em Pernambuco”, ressalta Clauss. Por estes motivos, o Grupo Pro-Color é pioneiro na fabricação de masterbatches no Estado e orgulha-se muito desse fato. Como forma de reforçar sua atuação a empresa valoriza eventos regionais como a Embala Nordeste. “Participamos na edição de 2011/2012, e estaremos presente na edição de 2013, pois essa é uma das maneiras de prestigiarmos os nossos clientes na região Nordeste do Brasil”, completa Clauss. PNE


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DESTAQUE Masterbatches & Aditivos

Por Brígida Sofia

A cor tem um grande papel na escolha de um produto pelo consumidor, mesmo a branca e a preta. Por isso, a seleção dos tons e a qualidade das aplicações são importantes processos. Com o crescimento do Nordeste nos últimos anos, a atuação de empresas de todos os setores na região seguiu o mesmo caminho, abrindo mais espaço para o mercado de masterbatches e aditivos, componentes também fundamentais, conferindo mais qualidade às peças na produção, consumo e pós-consumo.

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Aliados no diferencial

22 22 >> Plástico Plástico Nordeste Nordeste >> Nov/Dez Nov/Dez de de 2012 2012


David Campos, da Ecomaster: “a primeira impressão é a que fica”

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O

s produtos plásticos são tão presentes na vida de todos que buscar a diferenciação é fundamental para quem atua no setor. Neste caminho, transformadores se interessam pelo que há em novidades em matérias primas para seus produtos. Na hora da compra, um dos primeiros impactos é o visual e cores, que agradam o consumidor brasileiro, especialmente o da Classe C, um importante público. Além do visual, características como resistência, leveza, design e acabamento são importantes. Nessas duas demandas, masterbatches e aditivos são aliados indispensáveis e as novidades e tendências são sempre de interesse dos empresários do setor. Uma boa notícia é a diversificação de produtos “verdes”. David Campos, Gerente Comercial da Ecomaster, fabricante de masterbatch, compostos e aditivos desde 2003, reforça a veracidade do ditado popular “A primeira impressão é a que fica”: Este foi o principal apelo de marketing que a indústria de higiene pessoal e beleza, produtos de limpeza e utilidades domésticas utilizou em 2012. As classes C e D passaram a ser alvo destas indústrias devido ao aumento do poder aquisitivo, passando inclusive a influenciar diretamente na decisão destas empresas na escolha de qual cor adotar em seus produtos. “Portanto, o brasileiro não só gosta, ele é movido por novidades que neste caso, são as cores”, afirma. Segundo o executivo, as cores vivas e que chamam a atenção foram as mais procuradas em 2012, com principal enfoque em metalizadas, fluorescentes e de interferência, e esta tendência deve se manter para 2013. Em relação a aditivos, aqueles que contribuam para a redução de custos, produtos com apelo sustentável e ou que agreguem valor ao produto final, são tendências muito fortes para os próximos anos. A Ecomaster tem como foco os segmentos alimentício, higiene e beleza, descartáveis, eletroeletrônicos, automobilísticos e recicláveis. “O setor de resina reciclada é o mais promissor hoje, já que a procura por produtos sustentáveis vem crescendo a passos largos no Brasil”, comenta Campos. A empresa tem capacidade de produção de 1400 toneladas/mês em duas unidades fabris: Franco da Rocha (SP) e Três Rios (RJ). Conta com laboratório de análises que garantem a qualidade de seus produtos, além de ser certificada pela ISO 9001/2008 desde 2010.

Ecomate é novidade

Um destaque recente é o aditivo oxibiodegradavel Ecomate, que adicionado ao plástico convencional transforma-o em plástico biodegradável, sendo absorvido pelo meio ambiente em 180 dias sem deixar resíduos nocivos ao solo. Outro aditivo recém lançado é o Absorvedor de Odor ECO 1145, que ajuda na eliminação de odores em resinas recicladas, deixando o plástico livre de odores indesejáveis de degradação, lavagem ou contaminação. Para tanto, basta adicionar de 2 a 3% do ECO 1145 diretamente na resina antes dos processos de transformação como extrusão tubular, sopro e injeção. Já o aditivo antimicrobiano Nanox Clean confere eliminação e proteção de fungos e bactérias de qualquer superfície plástica, podendo ser utilizado em qualquer resina e processo de transformação. Com apenas 1% de aplicação, elimina 99,9% das bactérias presentes no plástico. “Na Ecomaster a busca por novas tecnologias é constante, tanto em equipamentos como em matéria prima. Isso é crucial para o desenvolvimento de produtos diferenciados. É uma empresa que além dos masterbatches convencionais, desenvolve e vende soluções. Nos últimos dois anos, lançamos mais de dez produtos que de alguma forma têm apelo sustentável, e o mais recente é o aditivo absorvedor de odor”, diz Campos. Para o gerente da Ecomaster, este produto passará a oferecer maior opção de escolha ao transformador, já que ele poderá diminuir e até eliminar este odor dentro de sua própria fábrica sem alterar em nada seu processo de produção. Campos também comenta especificamente sobre o Nordeste. “Acho que o mercado nordestino tem crescido muito, principalmente após algumas medidas que os governos tomaram para acelerar o volume de negócios nesta região. Mercado extremamente promissor e com grande potencial de crescimento”, ressalta o executivo.

Soluções Pro-Color

Com unidades em São Paulo e Pernambuco, a Pro-Color desenvolveu nos úl-

timos anos alguns aditivos com o objetivo de solucionar problemas nos processos dos clientes e também na tentativa de reduzir os seus custos internos, mesmo que para isso tenham que usar um aditivo para a fabricação do item que está sendo transformado. Vanessa Falcão, Gerente de Vendas nacional, destaca dois aditivos: Dessecante (redução no consumo de energia) e Desmoldante (ganho na produtividade). Há dois anos, a empresa realiza pesquisas de um novo produto que provavelmente será apresentado ao mercado na próxima Feiplastic, em maio de 2013 em São Paulo. Pouco antes, em abril, a Pro-Color celebra o primeiro aniversário da nova planta em Jaboatão dos Guararapes (PE), a fábrica de masterbatches brancos, coloridos e aditivos. A proposta é atender a todos os estados do Nordeste e Vanessa diz que “este primeiro ano de operações foi um período positivo de crescimento, com muita aprendizagem”. A executiva destaca a boa receptividade e o interesse por tecnologia, inovações e conhecimento como características do mercado local. “O Nordeste prospera, é notável, através dos investimentos realizados, a ascensão e principalmente desenvolvimento em geral, não somente no segmento plástico, mas alimentício, automotivo, entre outros, e muitos que ainda estão para acontecer”, comenta. Sobre destaques e tendências em cores, a executiva diz que a escolha depende muito do segmento no qual o fabricante atua: cosméticos, brinquedos ou utilidades >>>> Nov/Dez de 2012 < Plástico Nordeste < 23


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DESTAQUE Masterbatches & Aditivos

Francielo Fardo, da Colorfix, destaca produtos da linha sustentável

domésticas. Em cosméticos, a maior procura é pelas cores com efeitos pérola e metalizados; brinquedos, cores que são atenção das crianças, fortes, cítricas, alegres; utilidade domésticas, cores transparentes, que valorizem o produto e ao mesmo tempo permitam uma boa visualização. “A escolha pode ser feita através da tendência do que está sendo usado no mo24 > Plástico Nordeste > Nov/Dez de 2012

mento, na região em que o produto que será fabricado. São quesitos importantes para a tomada de decisão. Atendemos setores diferenciados, é imenso o mercado onde pode ser usado masterbatches e existe uma grande expectativa para a Copa do Mundo no Brasil agora em 2014”, comenta Vanessa. A Pro-Color está no mercado há 26 anos, tem matriz em Cotia (SP), filial em Bauru (SP), além da nova planta em Jaboatão dos Guararapes (PE).

Linha sustentável Colorfix

Em 2013, a Colorfix vai intensificar a divulgação da linha sustentável com des-

Pro-Color: produtos para solucionar problemas e reduzir custos

taque para Greenfix, concentrado de cor formulado com resina de polietileno verde Braskem e com pigmentação e aditivação diferenciada. A grande vantagem é que este produto reduz o gás carbônico substituindo o petróleo por produtos de origem renovável. “A sustentabilidade promovida pelo uso do PE verde e o MB Greenfix reflete no meio ambiente e proporciona valores à cadeia produtiva do setor, clientes e sociedade”, destaca Francielo Fardo, Diretor Superintendente da Colorfix, que também abriu uma filial em Pernambuco no primeiro semestre de 2012, no Distrito Industrial do Recife. Além do Greenfix, a Colorfix tem uma linha exclusiva voltada para sustentabilidade como, por exemplo, o Biofix, concentrado de cor veiculado em PLA totalmente biodegradável em compostagem (degradação em até 180 dias) ou degradação em até dois anos em aterro normal. Fardo aponta os principais setores de interesse da empresa: cosméticos, construção civil, brinquedos, utensílios domésticos e automotivo. “Assim como em 2012, os efeitos do Glitter, voltados para produção de brinquedos, indústria cosmética e linha bebê devem continuar em alta. Cores peroladas que se sobressaiam também devem seguir a mesma tendência. Isto acontece porque esses produtos ainda têm um grande espaço a ocupar no mercado e continuarão sendo bem procurados nos próximos meses. Outro fator é o custo médio e que oferece qualidade e diferenciação”, avalia. Em relação ao gosto do brasileiro por cores, ele faz uma ressalva, “Por se tratar de um país tropical, esta premissa é verdadeira; cores combinam com o clima e região. Porém um fator que se deve ressaltar é que o brasileiro adora novidade e gosta de seguir tendência, seja no mundo da moda, nos diferentes meios de transporte, indústria cosmética, entre outros”, observa o executivo.. Ao mesmo tempo, diz que essa pré-disposição gera uma demanda por novidade e a cor neste sentido vai ao encontro da necessidade de apresentar ao mercado objetos que sejam agradáveis aos olhos. Sobre brancos e pretos, o executivo afirma que


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quando há esta demanda, a Colorfix trabalha na especificidade do produto que o cliente deseja ofertar ao mercado, como por exemplo, acrílicos e pet. “Com esse foco, conseguimos ofertar produtos de alto padrão, com diferencial no mercado. Nosso negócio não é focado nas commodities”, revela A Colorfix Masterbatches tem 23 anos de atuação com produtos e serviços diversificados para o mercado de transformação de plástico, injeção, sopro, extrusão, termoformagem, rotomoldagem, entre outros. A companhia tem sede em Colombo (PR) e filiais nos estados de São Paulo (São Caetano do Sul) e Pernambuco (Recife).

e de higiene pessoal, de embalagens, entre outras, que demandam cada vez mais produtos com baixo impacto ambiental, tanto no processo produtivo, quanto no descarte”, ressalta Pinhel. E, ainda na linha sustentável, a Cromex conta com produtos desenvolvidos para melhorar a reciclagem, como os aditivos que eliminam a água residual, o que facilita o processo e os estabilizantes de processos e térmicos.

Cromex amplia catálogo

A Cromex atende 15 segmentos no setor de transformados plásticos, tais como automotivo, calçados, fibras, linha branca, brinquedos, embalagens e tampas para diversos produtos (alimentos, bebidas, cosméticos, higiene pessoal, limpeza), construção civil e agrobusiness. São mais de 30 anos de mercado e, em 2013, a expectativa de destaque é para higiene e beleza, que segue crescendo fortemente especialmente impulsionado pelas novas classes. “Outro foco é o mercado agrícola, em expansão, e, que em função do crescimento populacional mundial, vai exigir modernização tecnológica e demanda por novos produtos para suprir o crescimento deste setor” afirma o Diretor Comercial Marcos Pinhel. Na área de masterbatches e aditivos, a empresa desenvolve novos concentrados de cores para fabricação de multifilamentos, filamentos contínuos e não-tecidos (PP e PET). De olho nos eventos esportivos que o Brasil sediará nos próximos anos, possui produtos específicos para assentos de estádio, com compostos de cores a base de PP e PE Verde. Ainda com foco na inovação e na sustentabilidade, possui uma série de masterbatches desenvolvidos em PLA (plásticos biodegradáveis), os quais já atendem a diversos segmentos, como cosméticos e alimentos. Tem uma linha completa para BOPP, que inclui brancos puros e com carga, compostos para cavitados e aditivos de performance. “A grande tendência da Cromex na área de masterbatches está nos protetores contra radiação ultra violeta, protetores anti chamas (v0 e v2) e deslizantes. Há também a linha de clarificantes, especialmente para o segmento de higiene e beleza pessoal e/ou

Marcos Pinhel, da Cromex: foco em higiene, beleza e setor agrícola

Investimentos

segmentos onde a alta transparência da embalagem é um benefício para a categoria de produtos”, afirma Pinhel. Segundo o executivo, em 2012, as cores mais procuradas foram com efeito perolado e fluorescente. Para 2013, a tendência está nas cores que imitam madeira, cores de efeito. “O perolado, que é muito procurado para o segmento de cosméticos, está sendo utilizado também no segmento de produtos de limpeza”, comenta Pinhel. Diz que o mercado automotivo também apresenta maior utilização de cores de efeito metalizado. A variação de gosto e demanda maior por uma ou outra cor dependem do segmento de produto, informa o diretor. “A Cromex se mantém atualizada com as principais tendências do Brasil e do mundo em termos de cores, sazonalidade, preferência, para oferecer soluções a seus clientes mediante as demandas apresentadas”, acrescenta. A cultura da sustentabilidade faz parte da empresa. A Cromex tem atuado fortemente no desenvolvimento de cores e aditivos voltados aos plásticos verdes (fontes renováveis e biodegradáveis). Além da nova linha de produtos voltados para os plásticos feitos com o polietileno (PE) verde, de fonte renovável, proveniente do etanol da cana-de-açúcar, desenvolveu uma série de masterbatches desenvolvidos em PLA (plásticos biodegradáveis) os quais já atendem a diversos segmentos. “O objetivo com esta linha de produtos é atender a mercados, como a indústria automobilística, de brinquedos, de cosméticos

O diretor informa que a Pesquisa e Desenvolvimento é um trabalho contínuo que a Cromex realiza para promover qualidade e atualização de seu portifolio, o que se traduz em soluções personalizadas aos clientes e parceiros. “Temos investimentos constantes para que novas soluções e inovações sustentáveis sejam apresentadas ao mercado”. Nesta linha, de atividades e investimentos voltados a promover as melhores soluções para os clientes, foram adquiridas, em 2012, novas extrusoras da linha de produção para atender o crescimento do setor plástico, tanto no Brasil, como para ampliar a participação no mercado externo. Pinhel não identifica particularidade sobre o mercado nordestino ou os transformadores da região, mas diz que é importante destacar que as indústrias locais passam por uma fase de crescimento com fortes investimentos em seus processos. “Hoje muitos transformadores desta região não deixam nada a desejar frente às indústrias das regiões Sudeste e Sul”, compara o executivo. Além da sede em São Paulo, a Cromex possui uma fábrica em Simões Filho, na Bahia, e equipe comercial própria. Investe continuamente em melhorias técnicas e capacitação de seus colaboradores. O mercado nordestino é importante e considerado pela empresa um mercado foco, que segue apresentando um ritmo forte e constante de crescimento. “O Nordeste como um todo vem crescendo, especialmente no segmento alimentício de marcas próprias. O mercado de transformação na Bahia também vem se destacando pela produção de filmes”, afirma Pinhel. PNE Nov/Dez de 2012 < Plástico Nordeste < 25


Balanço

Por Gilmar Bitencourt

Empresários fecham o ano de 2012 com dificuldades, mas apostam no crescimento do setor industrial no próximo ano.

A

cadeia produtiva do plástico encerra mais um ano difícil. Especialistas e dirigentes de entidades representativas de indústrias ligadas ao setor destacam que foi um período de fraco desempenho para o segmento industrial, motivado principalmente pela grande concorrência externa. A crise na Europa e a baixa competitividade das empresas do país, foi a combinação perfeita para o ingresso de importados no país. Apesar das dificuldades enfrentadas o empresariado reserva perspectivas positivas para 2013, projetando a retomada do crescimento do setor. As palavras do presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), José Ricardo Roriz, confirmam as agruras enfrentadas pelos transformadores em 2012. O dirigente afirma que foi um ano de estagnação na produção da indústria de transformados plásticos. Observa que o primeiro semestre foi fraco, ocorrendo uma recuperação na segunda metade do ano, mas que não o suficiente para elevar a produção aos níveis observados em 2011. “O cenário de alta nos custos de suas principais matérias-primas, impulsionado por fatores como o aumento na proteção tarifária para essas matérias-primas, determinaram esta estagnação”, explica. Ele acrescenta que ocorreram iniciativas governamentais com objetivo de reverter esse quadro e aumentar a competitividade da indústria como um todo, “mas que ainda não surtiram o efeito esperado”, observa. O consultor Otávio Carvalho, da Maxiquim, também faz uma análise grave do período. “Não podemos classificar o ano de 2012 como um desastre total, como foi 2009. Mas foi um ano longe do que poderia ter sido se tivéssemos uma infraestrutura pronta, um sistema tributário mais inteli> Plástico Nordeste > Nov/Dez de 2012 26 >26Plástico Nordeste > Nov/Dez de 2012

gente e uma burocracia compatível com o século XXI”, salienta. Na área internacional o presidente da Abiplast comenta que a crise econômica europeia retraiu o consumo, principalmente dos países da Europa e nos EUA. Consequentemente os grandes produtores globais, que tradicionalmente exportavam para estes países, direcionaram os seus excedentes para os mercados consumidores emergentes como o Brasil. “Essa concorrência ocorre no mercado interno (através das importações brasileiras), bem como na concorrência em mercados onde o Brasil tem potencial exportador”, avalia. O consultor Otávio Carvalho, da Maxiquim, também destaca a recessão europeia, entre os acontecimentos econômicos que afetaram o setor plástico. Ainda no cenário internacional, Carvalho acrescenta a desaceleração da economia chinesa e a lenta recuperação americana. Já no cenário nacional, o especialista aponta a invasão dos importados (apesar da alta do dólar), as dificuldades da indústria manufatureira, a desaceleração dos investimentos do setor privado, as dificuldades das estatais de por seus planos de investimento em andamento e a lentidão das reformas, principalmente a tributária.

Queda na produção

De acordo com a Abiplast, a atividade da indústria de transformados plásticos caiu 0,9% no ano, a produção física de 2012 ficou em 6,45 milhões de toneladas, em comparação com as 6,5 milhões de toneladas, registrada no ano passado. Os dados apresentados pela instituição apontam a queda de 8,1% na produção de laminados como o grande subsegmento que puxou a queda. De acordo co Roriz, o faturamento do setor subiu como resultado da implementação de reajuste de preços médios que ficaram 5,6% acima do ano passado. Com o aumento de preços, o faturamento ficou em R$ 53,22 bilhões, alta de 4,5% na comparação com os números do ano passado. Como base de comparação, ele citou o aumento médio das resinas termoplásticas que ficou em 20% no País, deixando o produto nacional cerca de 40% mais caro que o encontra-

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Acreditando na retomada

Roriz, da Abiplast, diz que 2012 foi ruim, mas confia na recuperação

do pelos concorrentes da indústria nacional no mercado internacional. O dirigente credita a queda da produção e o aumento do faturamento do setor à entrada de mais importados e ao incremento das vendas de produtos de maior valor. Essa afirmação se baseia no indicador de consumo aparente de transformados plásticos, que avançou 6,4% no ano para R$ 57,65 bilhões. Com esse cenário, Roriz explicou que a produtividade caiu 2% no período. Como reflexo, o investimento do setor na aquisição de máquinas acompanhou esse desempenho com queda de 19% na comparação com os dados do ano passado.

Abalo na petroquímica

O setor petroquímico também sentiu os abalos da economia internacional. O responsável por estratégia, marketing e gestão de desempenho da Braskem, Rafael Christo, comenta que o setor plástico brasileiro em 2012 foi impactado diretamente pela crise mundial, que ocasionou um aumento dos excedentes de produção nos países desenvolvidos e naqueles que têm foco no seu


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abastecimento, direcionando este fluxo a alguns países emergentes. Ele explica que o resultado desta nova ordem do mercado foi o aumento das ofertas de produtos importados no Brasil, com economia relativamente melhor que nestes países, e redução dos spreads petroquímicos. “Ainda no âmbito da economia internacional, o movimento de desvalorização da moeda com intuito de elevar a produção e exportação em alguns grandes centros produtivos também gerou algum impacto na competitividade do setor plástico no Brasil, dificultando as exportações e por vezes a plena utilização da capacidade dos ativos petroquímicos e da transformação”, complementa. A indústria de plásticos nacional é responsável por aproximadamente 45% do faturamento da Braskem (base Brasil). As exportações, por outro lado, representam aproximadamente 25%, incluindo as vendas de resinas e petroquímicos básicos. “Dentre os destinos destas exportações, os mais significativos para as resinas são os países da América do Sul, sobretudo Argentina, e alguns países da Europa com destaque para Alemanha e Espanha”, informa Christo.

Déficit comercial

De acordo com Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), as empresas do setor venderam US$ 153 bilhões no ano de 2012. Apesar do resultado, a perspectiva é de que o déficit comercial do setor bata um novo recorde ao crescer 12% em comparação com o ano passado e alcance US$ 28,1 bilhões desde janeiro até o final deste mês. O balanço da entidade mostra que a evolução do fatura-

Rafael Christo, da Braskem: o setor sofreu o impacto internacional

mento líquido do setor caiu 2,7% quando se compara os dados em dólares, pois no ano passado as vendas somaram US$157,3 bilhões. Já em reais houve um aumento de 12,4%, passando de R$ 260,7 bilhões para R$ 293 bilhões no fechamento de 2012. De acordo com o VP do Conselho Diretor da Abiquim, Marcos De Marchi, o setor de fertilizantes é um dos principais responsáveis por esse desempenho. Ele comenta que o cliente da indústria química não esta comprando mais químicos este ano, nem importado ou nacional. Destaca que o setor está andando de lado, “o que significa que há a substituição do produto nacional que ele vende para importar o acabado e revendê-lo no mercado interno”, afirmou. Grande parte desse movimento tem origem no segmento de produtos químicos para uso industrial. O executivo disse que o Brasil tem exportado produtos de menor valor agregado e as importações têm sido, em grande parte, por produtos de maior valor ou já acabados. Uma das formas que a indústria vê para reverter o processo é ter acesso a matéria-prima mais competitiva, como preço da energia elétrica e a nafta mais competitivas, em comparação com os encontrados no exterior, a reorganização dos impostos em cascata e melhores condições de logística. Porém, o dirigente reconheceu que houve avanços e citou a ação do governo no câmbio e o incentivo à inovação.

Culpa do câmbio

De acordo com o economista e ex-ministro Delfim Netto, a indústria está sendo vítima do câmbio valorizado. Salienta que esse câmbio valorizado destruiu a sofisticação do setor industrial que o país tinha. Acrescenta que tem um efeito devastador sobre o nível de atividade. Conforme o economista o plano real é um dos melhores em termos estabilização da economia, principalmente na questão da inflação, “ele domina todos os outros planos”, afirma. Mas no quesito crescimento Delfim diz que o plano é fraco. Ele explica, que no momento da estabilização, ocorreu a liberação dos preços e dos salários, e precisava ser eliminada a >>>> Nov/Dez de 2012 < Plástico Nordeste < 27


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Balanço Para o economista Delfim Netto câmbio valorizado foi um problema

do setor privado as condições de competição”, observa. Destaca que hoje isso está entendido e estão sendo criadas medidas de incentivo a produção, mas de uma forma muito lenta.

Perspectivas positivas

causa da inflação, que era o déficit público. Dessa forma, destaca que o governo teria que ter tomado uma decisão: “ou corta 3,5% o custeio ou aumenta 3,5% a carga tributária, e teria ido para o equilíbrio. Como não fez nenhum dos dois, manteve o sistema pendurado no câmbio supervalorizado”, explicou. Ele afirma, de uma forma bem humorada, que o câmbio “é tão importante que não devia ficar na mão de economista”. Ao comentar o tripé no qual se baseia a economia brasileira – equilíbrio fiscal, meta de inflação e câmbio flutuante – disse que câmbio flutuante “é simplesmente uma questão de livro-texto, não existe em nenhum lugar do mundo”. Ainda de acordo com Delfim Netto o responsável pelo crescimento de um país é o setor privado e, para que o Brasil se desenvolva, é fundamental que haja um aumento da confiança entre os setores público e privado. Para ele, sem essa confiança recíproca é impossível pensar em desenvolvimento. Por isso, o economista afirma que é importante induzir o setor privado a recuperar o espírito animal e, assim, tomar alguns riscos a mais do que vem tomando atualmente. Porém, ele destaca que é preciso criar condições isonômicas para a produção nacional – e que foi justamente isso o que foi tirado do setor privado. “O Brasil é o país com a maior carga tributária, é um país que tinha a maior taxa de juros, uma taxa de câmbio supervalorizada. Retiramos 28 > Plástico Nordeste > Nov/Dez de 2012

Apesar de 2012 ter sido um ano difícil, as previsões para o ano que se inicia são otimistas. Roriz, da Abiplast, prevê um crescimento na produção de transformados plásticos, mas na questão da concorrência internacional, acredita na manutenção da situação de aumento da participação dos importados no consumo nacional de plásticos. De acordo com o dirigente a produção física terá um avanço de 1% frente a 2012 e o percentual de aumento do consumo aparente, estimado em termos nominal será de 7,8%, com avanço de 13% nas importações de transformados plásticos. “O setor de transformados plástico vai gerar cerca de 10 mil novos postos de trabalho em 2013 encerrando o ano com 370 mil trabalhadores empregados nesta indústria. Os investimentos continuarão no mesmo patamar do observado em 2012”, complementa. Para a Braskem as perspectivas para a economia e cenário regional é de crescimento superior ao que foi observado em 2012, com expectativa de crescimento de PIB brasileiro superior a 3,0%, com maior influência do crescimento da produção industrial. Este contexto levará a um aumento do consumo de plásticos, associado não só ao crescimento da indústria, como dos serviços (efeito em embalagens) e no setor agrícola com crescente aplicação do plástico às suas operações. “A previsão de crescimento da demanda por plásticos deve ficar entre 3% e 4% para o ano de 2013”, estima Rafael Christo. Ainda de acordo com Christo, no contexto internacional, o cenário para o setor também deve ser mais positivo iniciando um movimento de retomada de níveis maiores de crescimento que virão no ciclo dos próximos anos. PNE


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A força do plástico no desenvolvimento Mais de duas centenas de participantes ouviram palestras de especialistas sobre custos, competitividade e reciclagem em Maceió.

O

Radisson Hotel, em Maceió, foi palco do primeiro Fórum Regional da Indústria do Plástico, um evento importante para a indústria do setor no Nordeste, realizado nos dias 8 e 9 de novembro. Esse segmento assume cada vez um papel de maior destaque na cadeia de desenvolvimento industrial de Alagoas. Duas recentes ações marcaram definitivamente a força do segmento no Estado: as inaugurações da nova unidade de PVC da Braskem e a da Krona Tubos e Conexões. Por sua importância, em especial para Alagoas, que detêm a maior produção de 30 > Plástico Nordeste > Nov/Dez de 2012

PVC da América Latina, e também uma excelente Cadeia Produtiva da Química e do Plástico (CPQP) – reconhecida em âmbito nacional, o encontro mostrou a integração e o potencial do setor. Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), industrial José Carlos Lyra de Andrade, o Estado está plenamente preparado para o desenvolvimento. “A modernização e criação de Polos Industriais, os Arranjos Produtivos Locais, as obras de infraestrutura, a moderna lei de incentivos fiscais – Prodesim e o fortalecimento da Cadeia da Química e do Plástico fazem de Alagoas um bom lugar para se investir”, destacou. Esse aquecimento do mercado das empresas de primeira, segunda e terceira geração foi enfatizado pelo dirigente, que apresentou números atualizados de comercialização. “O setor plástico apresentou um faturamento de aproximadamente R$ 50 bilhões em 2011, e é o terceiro maior empregador da indústria de transformação brasileira com

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EVENTO Fórum de Alagoas

mais de 350 mil postos de trabalho. É importante destacar que 94% das empresas do setor são de micro e pequeno porte, fator que mostra uma diversificação da economia”, enfatizou. O evento foi uma realização da Cadeia Produtiva da Química e do Plástico de Alagoas, através do Governo do Estado, Fiea, Sebrae, Braskem e Sinplast. Na oportunidade, os participantes puderam conferir palestras e debates com profissionais e estudiosos renomados, e dessa forma, aumentar a troca de conhecimentos na área. Com dois dias de programação, o Fórum apresentou especialistas, executivos e pesquisadores da química e do plástico de todo o País para discutir propostas de desenvolvimento do setor. O evento teve foco na sustentabilidade e o objetivo de ampliar o conhecimento relacionado à utilização do plástico. A solenidade de abertura teve as presenças do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), José Carlos Lyra de Andrade, dos secretários de Estado do Planejamento e


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Desenvolvimento Econômico, Luiz Otavio Gomes, e de Ciência e da Tecnologia, Eduardo Setton, do presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Competitividade do Setor Químico, Petroquímico e Plástico do Brasil, deputado Vanderlei Siraque, dos presidentes da Abiplast, Ricardo Roriz, do Sinplast-AL, Wander Lobo, da Adedi, Gilvan Leite, da Assedi de Marechal Deodoro, Manoel Marques, do diretor superintendente do Sebrae/ AL, Marcos Vieira, do vice-prefeito eleito de Maceió, Marcelo Palmeira; do deputado estadual/AL, Judson Cabral; diretores do Sistema Fiea, da Braskem e representantes de setores produtivos e instituições públicas.

Seplande e Sebrae

Mais de duas centenas de pessoas entre empresários, executivos, profissionais, estudantes e autoridades, participaram do evento e tiveram uma importante atualização do que ocorre no Brasil e no mundo, bem como estimularam um clima de debates sobre vários temas. O secretário de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico, Luiz Otavio Gomes, representou o governador Teotonio Vilela Filho. Na cerimônia que marcou o início do ciclo de palestras e mesas temáticas, o secretário Luiz Otavio Gomes lembrou o trabalho integrado que os agentes que compõem a Cadeia Produtiva em Alagoas vêm fazendo para que o Estado se

Participantes do Fórum em visita à nova unidade de PVC da Braskem

consolide como um dos principais locais para investimento. O secretário afirmou que o Fórum foi uma grande ocasião para que novas oportunidades de negócios sejam geradas. “Vivemos um momento de consolidação. Tudo isso começou em 2007, quando o governador Teotonio Vilela Filho traçou um planejamento direcionado para uma política de desenvolvimento que proporciona a geração de riquezas. Uma prova disso é o crescimento industrial de Alagoas no primeiro semestre desse ano, que atingiu o patamar de 14,1%, superando a média regional e nacional”, destacou Gomes. “As palestras e mesas temáticas foram definidas para que os principais assuntos ligados ao setor sejam colocados em discussão. É importante que o Estado esteja atento aos processos inovadores associados à sustentabilidade”, alertou o superintendente do Sebrae Alagoas, Marcos Vieira. “É com muita satisfação que participamos deste Fórum Regional da Indústria do Plástico por ser um segmento tão significativo para a economia alagoana. Identificamos em eventos como este uma importante iniciativa das >>>> Nov/Dez de 2012 < Plástico Nordeste < 31


EVENTO Fórum de Alagoas instituições e entidades organizadoras em contribuir para a disseminação de informações e de conhecimento em temas específicos como sustentabilidade, competitividade, resíduos sólidos e oportunidades de negócios no setor de química e plástico”, disse. Para o Sebrae/AL, informações como essas propiciam à empresa de pequeno porte elementos de extrema importância para a gestão do seu negócio. “Em Alagoas buscamos parcerias e tentamos superar as dificuldades atuando sempre em consonância com o setor produtivo. Desenvolvemos projetos e planos estratégicos nos permitindo ter mais chances de atingir resultados satisfatórios e sustentabilidade a médio e longo prazos, respeitando os interesses legítimos do público alvo de cada projeto”, completou.

Palestras e críticas

Depois da palestra inicial, “A competitividade da indústria brasileira de

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transformados plásticos”, feita pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), José Ricardo Roriz, o primeiro dia de programação se estendeu com outras cinco apresentações. José Carlos Pinto, do Coppetec/UFRJ com “A importância do plástico na vida do brasileiro”, tratando da questão da reciclagem e do rótulos de “vilão ou herói”; Marcos Ferreira do Nascimento, analista econômico da Abiplast discorreu sobre “Desempenho e expectativas para a indústria de transformados plásticos 2012-2013”; Fábio Lamo Sofri, da Braskem, falou sobre “Uma década de inovação e tecnologia”, citando cases de produtos inovadores; Marcos Jarowski, da consultoria Maxiquim, com “Panorama da indústria do Plástico e da Química e oportunidades de negócios”, e, por fim, Simone Carvalho Fraga, assessora técnica da Abiplast, com, “O impacto da política nacional de resíduos gerados pela cadeia produtiva”. No dia 9 foram organizadas caravanas para visitação à unidade de PVC da Braskem e ao Núcleo de Tecnologia do Plástico/NTPlas/Senai/AL. Por sua abrangência nacional no setor, a Abiplast desenvolve um trabalho importante de condução e integração. Por isso, na palestra do presidente José Ricardo Roriz, ele afirmou que o aumento da eficiência da indústria brasileira de transformados plásticos passa prioritariamente por uma redução nos altos custos de se produzir no Brasil, começando pelo acesso à matéria-prima com valores mais competitivos. “As resinas termoplásticas comercializadas no mercado brasileiro tem um preço 35% mais alto do que o praticado no mercado internacional, o que já torna mais difícil a concorrência do produto fabricado no Brasil frente ao concorrente externo”, disse Roriz. O dirigente desabafou: disse que o Brasil já passou ao status de um dos principais países produtores de petróleo e conta com uma indústria petroquímica consolidada e com atuação global. Sendo assim, seria mais interessante para o país e para própria cadeia petroquímica o estabelecimento de uma estratégia que contemplasse o fortalecimento e o aumento da competitividade de toda a cadeia, “ao invés de manter uma lógica

simplista de maximizar o ganho sobre o preço da matéria prima vendida no mercado brasileiro e manter grandes volumes de exportações (a preços internacionais)”, destacou. Segundo o presidente da Abiplast, a alta carga tributária e a complexidade do sistema tributário são outros fatores que reduzem a competitividade da indústria.

Sinplast/AL aprova

Como um dos organizadores ativos do evento, o Sindicato das Indústrias de Material Plástico e Tintas de Alagoas aprovou o resultado do evento, conforme parecer do presidente Wander Lobo. “A avaliação é positiva sim, porque conseguimos mostrar como o plástico é importante para o dia a dia da população e desmistificar as causas ambientais. E os participantes ficaram impressionados com o nível dos palestrantes e com os assuntos abordados no evento”, afirmou. A receptividade foi considerada muito boa, pois segundo Wander Lobo, a iniciativa mobilizou vários setores da cadeia produtiva. Foram 69 empresários, 42 autoridades, 73 estudantes e outros 27 profissionais de atividades diversas, totalizando 211 participantes. A realização do Fórum, uma iniciativa inédita, só foi possível graças ao nível de integração entre órgãos setoriais e entidades. “São aqueles que formam a Cadeia Produtiva da Química e do Plástico de Alagoas, ou seja, a FIEA/Senai, Sinplast/Al, Sebrae/Al, Braskem, Seplande/Governo do Estado de Alagoas”, relatou. Os organizadores do Fórum convidaram os sindicatos do plástico de outros estados, mas por questões de agenda, apenas o vice-presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico de Pernambuco (Simpepe), Gesse Batista, compareceu. Segundo Wander Lobo, a idéia da Cadeia Produtiva era promover o Fórum em Maceió a cada dois anos, podendo intercalar com a realização de uma edição em outro estado. Ele teme pela continuidade do evento. “Infelizmente não sei se será possível, pelo não comparecimento do Nordeste, mas seria muito salutar se isso acontecesse, pois a região poderia discutir sobre o assunto e se integrar mais”, completou Wander Lobo. PNE


Giro NE ZPE terá Amazon Polímeros

Foi definida em dezembro, em Brasília, a instalação da primeira indústria para a Zona de Processamento de Exportação do Acre (ZPE), durante reunião do Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE), com a presença do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que preside o CZPE; da ministra Chefe da Casa Civil; ministro de Estado da Fazenda, Guido Mantega, do Planejamento, Orçamento e Gestão; ministro de Estado do Meio Ambiente e o Ministro de Estado da Integração Nacional. A decisão definiu não só a instalação da primeira indústria na ZPE do Acre, mas a primeira indústria a ser instalada em uma Zona de Processamento de Exportação no Brasil. A primeira empresa instalada na ZPE/ Acre será a Amazon Polímeros Indústria, Comércio, Importação e Exportação Ltda. Especializada em fabricação de artigos plásticos pelo sistema de rotomoldagem, produtora de compostos de polietileno linear e policloreto de vinila, não plastificado. Objetivo principal da empresa é comercializar com o mercado externo, iniciando com os países como: Argentina, Bolivia, Chile, Peru e Estados Unidos, usando como principal via de escoamento a rodovia Transoceânica.

Alagoas Fábrica paulista de PVC

O Estado de Alagoas está prestes a ganhar mais uma fábrica de PVC. O diretor administrativo da empresa paulistana WRC, Almir Rodrigues, manifestou esse interesse ao secretário adjunto do Desenvolvimento Econômico, Keylle Lima. Voltado para a indústria de transformação, o grupo estuda a implantação de sua primeira unidade no Nordeste e buscou informações sobre benefícios fiscais, creditícios e locacionais oferecidos pelo Governo do Estado, através do Programa de Desenvolvimento Integrado do Estado de Alagoas (Prodesin). Consolidada em São Paulo, a empresa investiu recentemente em sua matriz, mas enfrenta problemas com a impossibilidade de expansão na localidade. A situação, então, tornou o momento propício para que outros Estados fossem cogitados. “A nossa produção é voltada para compostos de PVC

para diversos segmentos. Não conhecíamos os benefícios de Alagoas para esse tipo de transação. Através de uma indicação, resolvemos conversar com o secretario adjunto e avaliar com cuidado. O interesse existe”, garante Rodrigues. O projeto da nova unidade fabril prevê solucionar problemas enfrentados atualmente. Além da questão de espaço, o grupo busca facilidade no deslocamento da matéria-prima. A Braskem é responsável por abastecer 60% desse material, e o escoamento de produção. A planta no Nordeste registraria um investimento de R$ 50 milhões, com a geração de 250 a 300 empregos. “Nós precisamos de bastante espaço e visamos um terreno que atenda a demanda atual, mas que também nos dê a possibilidade de expansão no futuro. Uma fábrica do porte que planejamos terá a capacidade de produzir 400 mil pares de bota de PVC, o que equivale a cerca de 800 toneladas/mês. Para isso, um terreno que varie entre 30 e 40 mil m² parece ser o ideal”, explica o empresário.

Amazonas Suframa pode mudar PPB dos plásticos

A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) acenou de forma favorável a proposta de alteração do Processo Produtivo Básico (PPB) de alguns produtos do setor plástico na tentativa de evitar a ‘fuga’ de empresas do Distrito Industrial. O sinal positivo foi dado pelo superintendente adjunto de projetos da Suframa, Gustavo Igrejas. Ele tratou do assunto com representantes das empresas Foxconn e Lite-on, que amea¬çam fechar as portas pela falta de demanda, e membros do sindicato patronal e dos trabalhadores das indústrias de plásticos instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM). Uma das mudanças seria na legislação, que permite a Nokia do Brasil importar componentes do exterior. A compra de componentes diretamente da China afetou em cheio a produção da Foxconn, fabricante de peças plásticas para celulares, que reduziu, desde o início do ano, seu quadro de funcionários de 700 para 280 empregados, atualmente. Conforme a Suframa, por meio da assessoria de imprensa, as alterações de PPBs visam fortalecer a produção de peças plásticas na capital amazonense..

Bahia Bom para engenheiros químicos DIVULGAÇÃO

Acre

As oportunidades para engenheiros químicos crescem na Bahia. Empresas de origem química e petroquímica na Bahia a exemplo da Petrobras - com a refinaria e a Fafem - a Braskem com um complexo de muitas unidades, além de diversas outras empresas como Dow, DuPont, Elequeiroz, Detem, Oxiteno, Cristal, Monsanto, Unigel (foto acima) e Basf são as possibilidades de trabalho para o engenheiro químico. Outras áreas também estão contempladas pelo complexo industrial baiano, como as do ramo de cosmético, que inclui Avon e Boticário (em implantação), e do ramo de pneus, com a Continental e Bridgestone. No interior do Estado, existem algumas empresas da área de celulose e fertilizantes em que esse profissional também pode atuar. “Para um país em pleno crescimento como o Brasil, a profissão do engenheiro químico é de fundamental importância, pois é responsável por realizar e viabilizar a transformação da matéria-prima e dos recursos naturais, nos bens de consumo para sociedade moderna”, observa o coordenador do curso de engenharia química da Laureate/Unifacs e membro do Conselho Regional de Química da Bahia, Diniz Silva. O professor chama a atenção para o mercado regional, que, além do Polo Petroquímico, maior complexo integrado do hemisfério sul, com mais de 90 empresas, tem a previsão de inauguração de novos centros de pesquisa. “Exemplos são a Cetrel e a Unigel, além da implantação do novo polo acrílico com investimentos totais de R$ 4,5 bilhões. Isto faz da engenharia química certamente uma profissão promissora”, diz. Nov/Dez de 2012 < Plástico Nordeste < 33


Foco no Verde

Mercado de amenities aposta em embalagens biodegradáveis

Com a intenção de fidelizar clientes e contribuir para a preservação do meio ambiente, a Realgem’s - maior fabricante de cosméticos para hotelaria do Brasil - é pioneira na utilização de tecnologias inovadoras que tornam o plástico compatível com o meio ambiente. Muito mais do que surpreender os clientes com seus produtos inovadores, a Realgem’s Amenities – empresa especializada na fabricação de cosméticos para hotelaria – também está cumprindo sua função social e colocando no mercado produtos compatíveis com o meio ambiente. A indústria é pioneira em desenvolver e utilizar embalagens biodegradáveis para algumas de suas linhas através de uma inédita parceria com a RES Brasil, empresa especializada em tecnologias inovadoras que tornam o plástico um produto compatível com a preservação do meio ambiente. A Res licencia empresas fabricantes de embalagens para uso das tecnologias e distribuí as matérias primas. Como funciona a parceria? A RES fornece o aditivo para que a Realgem’s produza as embalagens e posteriormente preencha os frascos com cosméticos para entregar aos clientes. “Esta tecnologia é muito importante, pois muitas embalagens plásticas são descartadas de forma inadequada na natureza. Com o d2w, proporcionamos às embalagens um período de tempo menor de biodegradação e ao

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meio ambiente menos impactos negativos”, comemora o diretor comercial da Realgem’s, Mauro Carvalho. Para avaliar a importância, a empresa informa que uma embalagem de shampoo e condicionador, por exemplo, que forem produzidas com a tecnologia d2w, degradam e biodegradam entre 100 e 200 vezes mais rápido do que as embalagens plásticas convencionais. “Muita gente não sabe, mas nem sempre é a origem de um material –renovável ou fóssil – que determina sua capacidade de biodegradação. Materiais como o polietileno, polipropileno ou poliestireno com o d2w são biodegradáveis. A parceria com a RES nos trouxe bons negócios e, principalmente a tranquilidade de sabermos que estamos fazendo a nossa parte em relação à natureza”, acrescenta Carvalho. O diretor disse ainda que ter no mix de produtos da empresa produtos certificados a partir de rigorosos testes de biodegradabilidade, é motivo de muito orgulho.“Com certeza é uma grande conquista. Essa certificação é um grande diferencial no mercado de amenities, não só para nossa empresa, mas também para os nossos clientes, que precisam passar isso aos seus hóspedes diariamente,seja no descarte correto de lixos utilizados no hotel e também nos produtos que os hóspedes utilizam durante sua estadia”.

Ecologicamente corretos - Além das embalagens, a Realgem’s também é a única empresa do setor no país que oferece ao mercado cosméticos com fórmulas biodegradáveis, como shampoos, condicionadores, sabonetes e loções hidratantes, divididas em diferentes linhas. Todos os cosméticos desenvolvidos pela fábrica contam com rigoroso padrão de qualidade. Além de hidratar, embelezar e trazer muitos benefícios aos consumidores, eles têm um sério compromisso firmado com a preservação ambiental. Os profissionais dos laboratórios da Realgem’s, altamente capacitados, são treinados para desenvolver os melhores e mais modernos produtos do mercado para satisfazer os clientes e consumidores finais, consolidando cada dia mais o conceito “Realgem’s: uma empresa verde”. Uma das linhas biodegradáveis da empresa é a Terra Brasilis Riqueza Natural, que está entre as mais vendidas do portfólio.


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Ford pesquisa uso de fibra de carbono em automóveis

As pesquisas na área automotiva garantem benefícios ao consumidor e à natureza. A Ford apresentou o protótipo de um capô de fibra de carbono como parte da pesquisa de novos materiais para reduzir o peso e o consumo de combustível dos automóveis. Esse material leve e super-resistente geralmente é associado a carros de corrida ou superesportivos. O capô de fibra de carbono pesa 50% menos que a peça convencional feita de aço. Com o desenvolvimento de novos processos que tornam o seu processo de fabricação mais rápido, os engenheiros do Centro Europeu de Pesquisa da Ford deram um grande passo para a introdução desse material na linha de montagem. “Não é segredo que a redução de peso dos veículos beneficia a economia de combustível, mas até hoje não foi desenvolvido um processo suficientemente rápido e acessível para a produção de peças de fibra de carbono em larga escala”, diz Inga Wehmeyer, engenheiro de pesquisa de processos e materiais da Ford Europa. “Em parceria com especialistas de materiais, a Ford está trabalhando para desenvolver uma solução que permita a produção de componentes de fibra de carbono com menor custo.” Dow Automotive participa- O Centro Europeu de Pesquisa da Ford é parceiro do projeto de pesquisa Hightech.NRW e firmou uma parceria com a Dow Automotive Systems para a pesquisa de novos materiais, processos de design e técnicas de manufatura. A parceria entre a Dow Automotive Systems e a Ford têm como foco desenvolver uma fonte econômica de fibra de carbono para aplicação automotiva e métodos de produção em larga escala, pontos críticos para aumentar a automonia dos futuros veículos híbridos e elétricos da Ford. A fibra de carbono oferece uma excelente relação de resistência e peso. Ela é cinco vezes mais forte que o aço e duas vezes mais duro, com um terço do peso. O uso desse tipo de materiais é chave para o plano da Ford de reduzir o peso de seus carros em 340 kg até o final da década. “Há dois caminhos para reduzir o uso de energia nos veículos: aumentando a eficiência na conversão do combustível em movimento ou reduzindo a quantidade de trabalho que o motor precisa realizar”, diz Paul Mascarenas, chefe técnico e vice-presidente de Pesquisa e Inovação da Ford. “A Ford está atacando o problema da conversão por meio da redução do tamanho dos motores, com o EcoBoost e eletrificação, enquanto a redução de peso e a aerodinâmica aprimorada são chaves para reduzir a carga de trabalho.”

Projeto integrado - A parceria da Ford com o projeto de pesquisa Hightech.NRW envolve especialistas dos Institutos de Engenharia Automotiva na RWTH Aachen University, Henkel, Evonik, IKV (Instituto de Processamento de Plásticos), Composite Impulse e Toho Tenax. Financiado pelo estado alemão da Renânia do Norte, o projeto começou em 2010 e está programado para continuar até setembro de 2013. E já fez progressos significativos em suas metas, que incluem o desenvolvimento de um método econômico de fabricação de compostos de fibra de carbono para aplicação em paineis, diminuição do tempo de produção de componentes e acabamento e redução do peso do componente em pelo menos 50%. O novo processo pesquisado utiliza resina pré-formada de material têxtil de fibra de carbono para uma produção rápida, estável e flexível, com resultados de alta qualidade. Os testes iniciais de um protótipo de capô do Ford Focus feito de plásticos reforçados com fibra de carbono mostrou capacidade de atender os elevados padrões de rigidez, resistência e proteção contra acidentes da marca. Ele também mostrou bons resultados na proteção de pedestres, usando uma construção inovadora com núcleo de espuma especial entre duas camadas de plásticos reforçados com fibra de carbono. “Esses resultados indicam que é cada vez mais real a possibilidade de termos, no futuro, a produção em larga escala de automóveis com peças feitas de fibra de carbono”, diz Wehmeyer. PNE

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Bloco de Notas

Lançamento da Innova para embalagens e descartáveis

Investir em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos é uma forma de manter-se em evid~encia no mercado. Assim, a Innova lança o R 770E, novo grade de Poliestireno de Alto Impacto de alta performance para os segmentos de descartáveis e embalagens transparentes (foto). O produto passa integrar o amplo portifólio da companhia. O novo grade foi desenvolvido e patenteado pelo Centro de Tecnologia em Estirênicos da Innova, e está focado nas aplicações de blendas de HIPS e GPPS, típicas nos segmentos de embalagens. O R 770E compõe a família de HIPS com propriedades avançadas, que exibem uma relação entre rigidez (módulo elástico) e tenacidade superior aos HIPS convencionais disponíveis no mercado brasileiro. “Além desta notável vantagem, que pode ser convertida em ganhos diretos para os clientes, o R 770E apresenta comparativamente níveis superiores de transparência e de processabilidade em relação às blendas de HIPS e GPPS”, destaca a empresa. Este desenvolvimento tem como base o domínio da tecnologia de produto e de produção, com esforço planejado e continuado de P&D, com investimentos no Centro de Tecnologia em Estirênicos e formação de pessoal especializado. “Com este novo desenvolvimento, a Innova reafirma sua estratégia de criar diferenciais tecnológicos que gerem ganhos para as cadeias de negócios de seus parceiros, através de produtos que aliam competitividade e inovação”, acrescenta a companhia. 36 > Plástico Nordeste > Nov/Dez de 2012

Mais duas fábricas da Tigre no Nordeste

O Nordeste continua sendo um mercado atrativo para muitas empresas do setor petroquímico-plástico, como o Grupo Tigre. Para saltar dos atuais R$ 3,1 bilhões de faturamento para R$ 5 bilhões, previsto para ser alcançado em dezembro de 2014, o grupo tem uma estratégia arrojada – ainda que bem conhecida pelos CEOs. O crescimento se dará de modo orgânico e também por meio de aquisições. O grupo terá cinco novas fábricas em 2013, três no Brasil, sendo duas no Nordeste. “Uma das aquisições deverá ser anunciada logo. É um negócio menor no qual já se faz auditoria interna dos dados econômico-financeiros e contábeis. Há três negócios de aquisições maiores em andamento. Olhamos todas as oportunidades. Há conversas com empresas brasileiras e do exterior”, declarou Evaldo Dreher, presidente da Tigre. Plantas em Alagoas, Bahia, SP e Peru – Dreher também confirmou que, ainda neste ano, a multinacional de Joinvile, do setor plástico, terá cinco novas fábricas, sendo três no Brasil. A Tigre /ADS, divisão de produtos para drenagem e tubos de grande diâmetro e

mineração, terá planta em Maceió (AL). Já a Tigre, que fabrica tubos e conexões, construirá novas unidades em Camaçari (BA) e em Rio Claro (SP). Outras duas unidades serão erguidas no Peru. O investimento total será de R$ 100 milhões. O planejamento da Tigre é visto com otimismo por analistas. Roulien Vieira, diretor do núcleo regional da Apimec de Santa Catarina, acredita que a principal razão que levou ao estabelecimento dessa meta é a gradual retomada da economia – no Brasil e no exterior. “Os preparativos para a Copa do Mundo de 2014, as Olimpíadas de 2016 e a retomada gradual, ainda que lenta, da economia europeia e norte-americana sustentarão esse crescimento da companhia”, aponta Vieira. Outro ponto que ele destaca é a disposição geográfica das novas unidades – duas delas no Nordeste. Ela se somam às unidades de Camaçari, na Bahia, Escada, em PE e Rio Claro, no interior paulista. E a aposta da Tigre no Nordeste é um acerto, segundo Roulien. “Desde a década de 90, o Nordeste tem recebido pesados investimentos do governo como também da iniciativa privada. O potencial ainda é enorme por lá”, contextualiza. (Fonte: Revista Amanhã - RS)

Export Plastic reposiciona sua marca de olho no exterior

Com o objetivo de fortalecer as empresas brasileiras da indústria plástica e promover os diferenciais do Programa, o Export Plastic fez um grande reposicionamento de marca, a começar pelo nome. Agora o Programa se chama Think Plastic Brazil, o que ampliará internacionalmente a identidade exportadora do País como um dos importantes players do mundo e seus diferenciais competitivos na indústria de transformação plástica mundial. Por meio de uma metodologia rígida, foi feita uma grande triagem e chegou-se à conclusão de que o nome precisava identificar a cadeia produtiva e o país de forma mais óbvia. Era preciso definir um posicionamento único, alinhado às possibilidades competitivas da indústria plástica. Adotou-se, assim, uma rota de soluções ao importador estrangeiro, que contempla o mix de produtos, a adaptabilidade, os serviços e a inovação dos associados. Isso posto, era necessário que tivesse uma fácil pronúncia, principalmente em inglês. No quadro final, identificaram sete nomes. Think Plastic Brazil foi escolhido por trazer consigo uma percepção provocativa, sugerindo o Brasil como um player a ser considerado. Uma marca que se caracteriza de maneira diferenciada no segmento. O antigo nome (Export Plastic) só fazia sentido para os brasileiros que exportavam e não para o exterior. Com a nova proposta, agora a premissa é que haja uma integração entre o Brasil e o mundo. “Queremos que outros países vejam nossa nação como um player competitivo ao se depararem com o nome. A marca é um tom de voz, sugere ao mundo que, ao pensarem em plástico, pensem no Brasil como uma indústria forte, que não deve nada aos principais fornecedores mundiais”, explica Marco Wydra, gerente executivo do Programa.


Gilmar Lima (foto), Diretor-geral da MVC, foi reeleito presidente da Associação Latino-Americana de Materiais Compósitos (ALMACO) para o biênio 2013-2015. Aos 50 anos, ele acena com a divisão do novo mandato em três principais frentes: capacitação do setor, interlocução com o governo e apoio à inovação. Capacitar as empresas, afirma, passa obrigatoriamente pelo aumento do número de profissionais pós-graduados em compósitos. Em 2011, ALMACO e Universidade Positivo instituíram o primeiro curso do gênero no Brasil. “Teremos pelo menos cem pessoas formadas até 2015”, calcula. Caxias do Sul e Curitiba, esta última com duas turmas, e Joinville, a partir de março, são as cidades onde a pós é oferecida – as aulas em São Paulo devem começar ainda este ano. “Também incentivaremos a criação da cadeira sobre o material nos cursos de graduação em engenharia e arquitetura. Em paralelo, ampliaremos o número de treinamentos para melhorar a mão de obra operacional e as práticas de gestão”. Durante os últimos quatro anos, a ALMACO promoveu, em conjunto com o Centro Tecnológico em Compósitos (CETECOM), mais de 200 cursos e workshops em toda a América Latina – cerca de 5.000 pessoas participaram. A associação ainda editou seis livros, um anuário e dois boletins com a cobertura da JEC, em Paris, maior feira da indústria global de

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Gilmar Lima é reeleito presidente da ALMACO

compósitos. “A ALMACO tem como obrigação ser a melhor fonte de conhecimento do mercado que representa”. Em relação ao governo, Lima sustenta que a competitividade do setor de compósitos depende do fortalecimento de ações como o Programa Investindo no Brasil. Criada pela ALMACO em 2012, a iniciativa busca a isonomia tributária com os materiais concorrentes, a revisão das alíquotas de impostos e o maior acesso às linhas de crédito. “Além disso, boa parte da demanda nos próximos anos virá de obras federais, daí porque teremos que estar presentes em Brasília durante os momentos decisivos, caso da publicação de normas que eventualmente excluam os compósitos de determinadas concorrências”. Lima destaca que o tripé da estratégia fecha com o incentivo à inovação. Ele conta que a ALMACO incluirá na edição deste ano do Top of Mind – tradicional prêmio organizado pela associação e auditado pela Destaque Business Research –, uma categoria para recompensar as empresas mais criativas. “Trata-se de mais uma ação em prol da competitividade. Aqueles que se recusarem a inovar terão

cada vez mais dificuldade de sobreviver”. Inovação, para o presidente da ALMACO, também abarca a questão da sustentabilidade. “Falar apenas em reciclagem já não basta. O que o mercado deseja são soluções que combinem respeito ao meio ambiente e criatividade”, afirma. Expansão - Localizada em São Paulo, a ALMACO conta com um escritório em Santiago (Chile) desde 2011. Nos próximos dois anos, Lima planeja iniciar as operações da associação na Argentina, Colômbia e México. “Queremos trocar experiências e nos fortalecer para a disputa numa região cada vez assediada por players dos EUA, Europa e Ásia”, completa.

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Düsseldorf, Alemanha

Activas / Página 05 ARCR / Página 17 Artefatos / Página 39 Clodax / Página 28 Eteno / Página 08 Feiplastic / Página 29 Friotec / Página 37 Furnax / Página 09 Inbra / Página 31 Incoe / Página 27 Ineal / Página 02 Mecanofar / Página 19 New Imãs / Página 32 NZ Cooperpolymer / Página 35 Olifieri / Página 34 Plastech / Página 21 Topack / Página 40 Wortex / Página 13

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Agende-se para 2013 Chinaplas Asia’s No. 1 plastics & rubber trade fair 20 a 23 de maio China import and export fair complex, Pazhou, Guangzhou, PR China www.chinaplasonline.com Feiplastic 2013 Feira Internacional do plástico 20 a 24 de maio Anhembi – SP www.feiplastic.com.br Plastech Feira de tecnologias para termoplásticos e termofixos, moldes e equipamentos 27 a 30 de agosto Pavilhões da Festa da Uva – Caxias do Sul/RS www.plastechbrasil.com.br

Mercopar Feira de subcontratação e inovação industrial 1 a 4 de outubro Centro de feiras e eventos Festa da Uva – Caxias do Sul/RS www.mercopar.com.br Embala Nordeste 27 a 30 de agosto Centro de convenções de Pernambuco – Olinda/RE www.embalanordeste.com.br K 2013 International trade fair No. 1 for plastic and rubber worldwide 16 a 23 de outubro Düsseldorf/Alemanha www.k-online.de


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