PlasticoSul #136

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Editorial Divulgação

Expediente Conceitual - Publicações Segmentadas www.plasticosul.com.br Av. Ijuí, 280 CEP 90.460-200 - Bairro Petrópolis Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3062.7569 plasticosul@conceitualpress.com.br Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844 Redação: Brigida Sofia e Gilmar Bitencourt Consultor de Redação: Júlio Sortica Departamento Financeiro: Rosana Mandrácio Departamento Comercial: Débora Moreira e Magda Fernandes Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777) Capa: foto por Gilmar Bitencourt Plástico Sul é uma publicação da editora Conceitual - Publicações Segmentadas, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 8.000 exemplares. Filiada à

Uma curva a mais

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Brasil já é conhecido pela enorme capacidade de emergir das cinzas. Os desafios da nação descoberta pelos portugueses em 1500 são grandes conhecidos nossos. De país do samba e futebol para região com potencial de grandes investimentos nas áreas industriais, subimos alguns degraus e ganhamos o respeito mundial. Claro que as coisas por aqui andam difíceis. Mas estamos de olhos bem abertos mirando o velho mundo. Por lá, tudo está muito pior. E o nosso irmão norte americano também anda lá com suas dificuldades. Ou seja, os desempenhos estão em ritmo lento na maior parte das regiões do mundo, com algumas já conhecidas exceções. Mas o Brasil é um bom motorista. Estamos passando por mais uma curva, das tantas que já deixamos para trás. Na curva, todos sabem: não podemos frear, e sim tirar o pé do acelerador e só voltar a pisar fundo quando já estivermos em linha reta. Isso é fundamento de auto-escola e se aplica perfeitamente bem nos desafios que estamos passando. Engana-se quem pensa que estamos com o pé no freio. Estamos sim desacelerados, mas atentos ao final da manobra, quando enfim poderemos voltar a acelerar o ritmo de nossas produções. É o caso, por exemplo, da indústria automobilística. Assim como diversos setores industriais, no ano de 2012 ocorreu um desaquecimento no setor, mesmo que aparentemente os resultados da isenção de impostos demonstrem o contrário. Mas todo o cenário que expomos em reportagem especial nesta edição indica que estejamos a um passo de enfiar o pé no acelerador. O contexto demonstra que aumentará a participação nacional na produção dos veículos automotivos e que o plástico, pelas suas infinitas particularidades que proporcionam inúmeros diferenciais, vai pegar uma bela carona nessa estrada. O Brasil precisa de mais investimentos em P&D, necessita de carros mais leves, econômicos e bonitos, deve estar atento às tecnologias vindas de fora. O mesmo cenário podemos observar na reportagem que trata do mercado de injeção. O desempenho da indústria em geral não trouxe bons resultados ao segmento, mas também ninguém fala em pé no freio. É nesta hora que os fabricantes de injetoras precisam investir em inovações que gerem produtividade e sustentabilidade. E eles apostam nesta teoria para atrair os transformadores e auxiliá-los a ganhar competitividade nesta fase de desaceleração da indústria nacional. Cada um de nós, portanto, é um motorista que deve ter precaução na hora das curvas, olhos atentos na estrada, esperando para que ali adiante possamos acelerar e seguir viagem nesta pista cheia de subidas, descidas e obstáculos que é o setor plástico nacional. Boa leitura!

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Melina Gonçalves / Editora melina.goncalves@conceitualpress.com.br 4 >04Plástico > Plástico Sul Sul > Outubro > Outubro de 2012 de 2012 >> >>


FOTOS: DIVULGAÇÃO

PUBLIEDITORIAL

SOCIESC – GESTÃO TECNOLÓGICA

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Sociedade Educacional de Santa Catarina – SOCIESC presta consultoria por meio de projetos que visam impulsionar a tecnologia e inovação nas micro, pequenas, médias e grandes empresas. O principal foco dos trabalhos está em oferecer diferenciais competitivos e incremento de produtividade às empresas. As consultorias tecnológicas são direcionadas a um público de atuação tática e operacional, que necessita executar da forma mais assertiva o processo de fabricação. As áreas de atuação das consultorias da SOCIESC estão perfeitamente ligadas ao viés tecnológico e alinhadas a visão da instituição, que é ser um centro de excelência e referência em educação e tecnologia. Executam-se projetos e treinamentos em desenvolvimento de produtos e processos, layout de fábrica, ajuste de parâmetros de máquinas, adequação de produtos para o comércio exterior, redução de refugos e adequação de equipe e de processos para atendimento de normas. No segmento de plásticos, a SOCIESC oferece serviços de análise reológica por meio do software Moldflow, desenvolvimentos de ferramentais, aplicações

Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE e pelo Sistema Brasileiro de Tecnologia – SIBRATEC através de ações da Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP, órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI. Neste caso, os projetos são parcialmente financiados por estes órgãos. A SOCIESC dispõe de laboratórios completos na área de materiais, metrologia, fundição, tratamentos térmicos, desenvolvimentos de produtos, simulação e transformação de plásticos. A equipe de consultores é formada por engenheiros, especialistas mestres e doutores de experiência comprovada na indústria e com disponibilidade para atuar em qualquer região do país. PS de novos materiais e pigmentos, ensaios mecânicos e análises térmicas, regulagem de parâmetros de sopro, injeção, termoformagem e extrusão. Atualmente a SOCIESC é um dos principais agentes de inovação às empresas do sul do Brasil. Além dos trabalhos diretos às empresas, executa projetos de extensão tecnológica por meio do Serviço

gestaotec@sociesc.org.br www.sociesc.org.br Fone: 47 3461.0222 <<<<Outubro Outubrode de2012 2012< <Plástico PlásticoSul Sul< <05 5


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PLAST VIP Ricardo Guerra

Região sul como berço da sustentabilidade

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estaque nacional na produção de milho, a cidade de Pato Branco (PR) será a sede da primeira fábrica de biopolímeros derivados do cereal da América do Sul, a Limagrain Guerra do Brasil. A companhia é uma joint venture formada pela empresa paranaense Sementes Guerra e pelo grupo francês Limagrain. A fábrica, com 2.000 metros quadrados de área, deverá ser inaugurada no segundo semestre de 2013. A produção inicial será de oito mil toneladas por mês do Biolice. O empreendimento foi beneficiado pelo programa estadual Paraná Competitivo. Segundo a empresa, o Biolice é obtido a partir de farinha de milho e pode ser utilizado para a fabricação de sacolas de plástico 100% biodegradáveis. Também pode ser usado como cobertura de solo na agricultura e na fabricação de produtos extrudados ou termoformados, tais como canudos, hastes, potes, copos e bandejas para sementes. De acordo com Ricardo Guerra, diretor executivo da Limagrain Guerra do Brasil, o biopolímero é resultado de mais de 10 anos de pesquisas em novas tecnologias que visam utilizar cereais, agregando valor à matéria-prima para transformá-los em produtos sustentáveis. Ele explica que o Biolice é produzido através de um processo único no mercado de bioplásticos, a partir de grãos de cereais inteiros e de um número específico de variedades de milho Limagrain Guerra. O diretor informa que os produtos fabricados com o biopolímero são degra8 > >Plástico 08 PlásticoSul Sul> >Outubro Outubrode de2012 2012>>>>

dados por micro organismos, após a sua utilização e eliminação. “Este processo produz húmus de boa qualidade, apropriado para uso em jardinagem e agricultura. É um processo natural de reutilização de resíduos”, acrescenta. Na entrevista abaixo Ricardo Guerra fala sobre o biopolímero e sobre a joint venture, quee teve a pedra fundamental lançada em agosto passado. Segundo ele as parcerias com empresas internacionais são fundamentais para o crescimento do setor, “já que não existe um meio de você concorrer com as grandes multinacionais aqui instaladas se não tiver um respaldo biotecnológico grande”, acrescenta. O grupo Limagrain tem volume de negócios anual de 1,5 bilhão de euros e emprega, em 38 países, mais de 7.200 pessoas, incluindo 1.400 pesquisadores. A Sementes Guerra, da família Guerra, de Pato Branco, atua na produção de milho no Brasil e no Paraguai e vendeu para a Limagrain 70% de sua divisão de milho. Revista Plástico Sul - Como ocorreu esta parceria entre a Guerra e a Limagrain? Ricardo Guerra - Nós já somos sócios deles em um negócio de sementes de milho híbrido, que iniciou em fevereiro de 2011. E nas visitas que fizemos à França nós conhecemos os diferentes negócios que a Limagrain possui, sendo um deles o Biolice, que é a resina de bioplástico, à base de milho. Conhecendo este negócio nós tomamos a decisão em conjunto de trazê-lo para o Brasil. Este produto é o resultado

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Depois da primeira planta em escala comercial de PE verde no mundo ser instalada em solo gaúcho, é a vez do Paraná receber uma fábrica voltada a produção de resina sustentável. O país será pioneiro na América do Sul na fabricação da matéria-prima biodegradável a partir do milho e Pato Branco foi escolhida para tamanho investimento.

de mais de 10 anos de pesquisa e eles comercializam o Biolice na Ásia e na Europa desde 2006. É um produto novo para a América do Sul e que vai fazer a diferença. Plástico Sul - A construção da fábrica de biopolímeros está sendo incentivada pelo governo paranaense, através do programa Paraná Competitivo. Quais foram os benefícios concedidos? Ricardo Guerra - É um programa que já existe para outras atividades no Paraná, é muito amplo e os benefícios são a redução de ICMS para aquisição de equipamentos e uma tributação especial nos primeiros oito anos de atividade da empresa. Plástico Sul - Como pode ser classifica-


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Ricardo Guerra: início das operações está previsto para 2º semestre de 2013

confidencialidade, que impede que eu revele os nomes, para que nós importemos algumas resinas para iniciar um trabalho experimental do produto no Brasil. Isso ainda está em fase de negociações.

do o biopolímero? Quais resinas termoplásticas que pode substituir? Ricardo Guerra - Na verdade o Biolice é uma resina que vem para incrementar o problema de compostabilidade de alguns plásticos. Nós acreditamos que cada plástico possui um fim específico, por exemplo a tecnologia biolice ainda não pode ser utilizada para embalar alimentos, mas é perfeita para armazenar o lixo orgânico. E já existem aplicações muito avançadas com o produto nos segmentos de extrusão e sopro. E este produto para este fim deve chegar daqui dois a três anos no Brasil. Por enquanto o nosso objetivo é trabalhar incentivando a compostagem através da implementação das sacolas e de embalagens para lixo. Plástico Sul - A produção do biopolímero é destinada para atender o mercado nacional e internacional? Qual a proporção? Ricardo Guerra - Estamos abertos para o mercado Sul Americano. Inicialmente começaremos os investimentos para o mercado brasileiro, mas é óbvio que se outros países da América do Sul se interessarem, estaremos abertos para exportação. Já temos bons contatos na Colômbia e no Chile. Ainda é cedo para falar quanto será consumido pelo mercado interno e pelo externo. Vamos ter uma noção mais exata quando começar a produção e a comercialização. Pode ser que o mercado externo nos surpreenda, mas o nosso foco principal é o

mercado nacional. Plástico Sul - Qual a previsão para o início das operações da fábrica? Ricardo Guerra - Entre julho a setembro de 2013. Plástico Sul - Quais os principais segmentos em que pode ser aplicado o Biolice? Ricardo Guerra - Vou te dar um exemplo iniciando pelo segmento das sacolas plásticas. No Brasil são consumidas anualmente 17 bilhões de sacolas plásticas. O nosso objetivo é iniciarmos atuando neste segmento e ao mesmo tempo incentivando o trabalho cultural e o trabalho de implementação de usinas de compostagem no Brasil, para que possamos trabalhar de forma séria e diferenciada com os lixos orgânicos. Pretendemos incentivar o desenvolvimento deste segmento. Já temos tecnologia para plásticos mais rígidos, inclusive para injeção, mas acreditamos que o mercado de copos descartáveis, de canudos e cotonetes, podem ser uma realidade em curto espaço de tempo. Plástico Sul - A capacidade instalada da empresa é de uma produção de oito mil toneladas por ano. Até o início das suas atividades qual o percentual da produção que já deve estar comercializado? Ricardo Guerra - Ainda não temos nada comercializado. Estamos em negociações com algumas empresas que ocorrem com

Plástico Sul - O milho, matéria-prima para o biopolímero, será todo ele fornecido pela Guerra? A empresa tem capacidade de ampliar esta oferta, caso seja necessário aumentar a produção do biopolímero para atender a demanda do mercado? Ricardo Guerra - Sim. Será industrializado dentro do parque industrial da empresa. E a Companhia tem plena capacidade para ampliar a oferta de matéria-prima. Nós estamos preparados para crescer. Veja bem, a nossa atividade começa com a planta que tem capacidade para dobrar, mas este parque industrial está em uma área de 300 mil metros quadrados, na micro região de Pato Branco, que é destaque no País na produção de milho. Temos condições totais de atender o crescimento futuro. Plástico Sul - O fato do mercado de alimentos, tanto interno como externo, em algum momento se tornar mais atrativo, pode oferecer algum risco de abastecimento para a produção da resina e consequentemente no preço da mesma? Ricardo Guerra - Não acredito nesta competição. O Brasil é um país que ainda possuí uma das últimas fronteiras agrícolas do mundo que tem a capacidade de produzir milhões de toneladas de milho no futuro que ainda não são cultivadas. Além disso, existe um espaço enorme para crescimento de produção de milho no Brasil por hectare, especialmente com o avanço das biotecnologias. E tem mais, nós hoje temos um volume de exportação de milho e uma demanda, que está aquecida no Brasil, em função das consequências climáticas que tivemos na América do Sul na última safra do verão e em especial da seca que ocorreu nos Estados Unidos. Em anos normais o país tem excedente de produção de milho, inclusive >>>> <<<<Outubro Outubrode de2012 2012<<Plástico PlásticoSul Sul<<09 9


PLAST VIP Ricardo Guerra DIVULGAÇÃO

Fábrica é resultado de uma joint venture entre a paranaense Sementes Guerra e o grupo francês Limagrain

não sabe o que fazer para comercializar este produto. Em 2010 o governo federal despendeu alguns milhões de reais para garantir o preço mínimo para agricultores, principalmente do Mato Grosso, que naquela época produziram até então uma safra recorde. Então dentro desta visão não existe competitividade entre o milho para resina e o milho para alimento. Em nossa visão isso é praticamente impossível de acontecer. Plástico Sul - Os transformadores de plásticos necessitam fazer alguma adaptação nas suas máquinas para utilizar o biopolímero, ou ele pode ser usado como qualquer outra resina termoplástica? Ricardo Guerra - Não precisa fazer nenhuma adaptação. Pode ser usado normalmente como qualquer outra resina. Os transformadores podem ficar tranqüilos, porque os testes já foram feitos em mais de 10 anos de uso na Europa e não houve a necessidade de mudança de maquinário para aplicação da resina no processo de extrusão. Plástico Sul - Qual a relação de valores do Biolice com as resinas convencionais? Ricardo Guerra - O Biolice é duas vexes e meia mais caro. Plástico Sul - Uma das aplicações apresentadas para o Biolice é produção de sacolas plásticas. Na relação custo benefício, o biopolimero será atrativo para esta finalidade, competindo com outras resinas produzidas em escalas bem maiores? Ricardo Guerra - Depende a maneira que você analisa a situação. Se for analisado do modo simplista, não. Realmente fica muito mais caro. Mas se for observado pelo modo amplo, com certeza o produto é extremamente viável. Atualmente grande parte dos 17 bilhões de sacolas plásticas que consumimos durante o ano acaba em aterros sanitários ou lixões no Brasil, ocupando espaço e tornando o metro 10 > Plástico Sul > Outubro de 2012 >>

quadrado de uma região dessas mais caro do que em Alphaville (SP), em função da impossibilidade de reuso. Diante disso, se pensarmos seriamente na viabilidade de usinas de compostagem no Brasil, que ainda não existem e que precisam ser implementadas urgentemente, por uma questão não apenas ambiental, mas pela questão do trato do lixo, este produto se torna extremamente viável economicamente. Plástico Sul - Como se dá a degradação do Biolice? Qual o tempo estimado para degradação? Ricardo Guerra - No caso das sacolas plásticas a degradação do Biolice ocorreu em até 126 dias. E o correto é fazer um trabalho de compostagem. Isso não significa que ele não pode ter benefícios em outras áreas. Na China, eles possuem um problema muito grande com a plasticultura. Lá eles usam muito plástico no solo, para auxiliar na germinação das sementes e para isso utilizavam apenas plásticos convencionais, causando sérios problemas no meio ambiente, pois não recolhiam os filmes que ficavam poluindo o solo. Estou falando em centenas de milhões de metros quadrados de filmes deixados no solo. Depois resolveram tornar este plástico em oxibiodegradável, mas você sabe que o oxi não é um produto biodegradável. Ele se fragmenta em partículas invisíveis, mas continua existindo e poluindo, sendo pior que o plástico normal, pois continua po-

luindo, mas fora do seu alcance de visão, tornando impossível a reciclagem ou retiradas do produto do solo, contaminando a água e os lençóis freáticos. Para resolver a questão foi desenvolvido o Biolice, visando atender a demanda na Europa e na China. O produto tem uma aplicabilidade muito grande em outros segmentos. Na França também é usado em embalagens de cimento, substituindo o plástico que ficava no interior dos sacos de cimento, que são de papelão, para evitar que o produto empedre. O Biolice domina em torno de 80% deste mercado. Plástico Sul - Atualmente o foco principal do Biolice no Brasil é o segmento de sacolas plásticas. O Sr. acredita que deva haver o crescimento do uso do produto no país para atender outras aplicações? Ricardo Guerra - Com certeza absoluta, a partir do momento que o produto começar a ser comercializado no Brasil, em conjunto com os transformadores de plásticos, vamos encontrar diversas aplicabilidades para o biopolímero. E o preço que hoje é duas vezes e meia mais cara, com certeza vai reduzir na medida que a tecnologia avançar. Mas para isso tem que ter consumo, senão não ocorre este avanço tecnológico. Plástico Sul - O que a Limagrain Guerra do Brasil estima faturar no primeiro ano e quantos empregos diretos/indiretos vai gerar? Ricardo Guerra - Empregos diretos serão cerca de 100 no parque industrial. Quanto ao faturamento não posso falar em números. Plástico Sul - De que forma a empresa pretende se relacionar com as entidades de proteção ao meio ambiente? Ricardo Guerra - Com muita proximidade, com muito diálogo, com muita atenção e com debate para troca de experiências. Se somarmos forças quem vai ganhar é o país, o meio ambiente e o mercado. E o nosso intuito é de trabalharmos muito próximos e com muito respeito, para que possamos compartilhar experiências e tecnologias para construirmos um mundo que precisa de mudanças urgentes. PS


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DESTAQUE Injeção

Injetando tecnologia Indústria de injetoras sofre com o desaquecimento do mercado, mas investe no aprimoramento das máquinas. 12 > Plástico Sul > Outubro de 2012 >>

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m ano cheio de turbulências, mas com grandes destaques na área tecnológica. Assim pode ser analisado o período de 2012 para o setor de injeção de plásticos. Apesar de faltarem alguns meses para o encerramento do ano, os produtores e revendedores de máquinas são unânimes ao destacar as

dificuldades enfrentadas pelo segmento e acrescentam que o fechamento dos números registrados no período devem ser semelhantes aos apurados em 2011. O gerente de comercialização de injetoras da Pavan Zanetti, Gilson Pavan, faz uma análise detalhada do setor. Segundo ele o mercado sentiu efeitos de um PIB >>>>


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DESTAQUE Injeção

entre 1,5% e 1,8%, “ou seja, teve seus momentos de retração como alguns outros mercados também o tiveram”. Porém o executivo destaca que o bom desempenho de determinados setores de transformação de plásticos amenizou a queda nas vendas de máquinas. Como exemplo ele cita o setor automotivo, que contou com a inauguração de duas novas montadoras, Toyota em Sorocaba e Hyundai em Piracicaba, ambas no estado de SP. “Os fornecedores destas montadoras compraram máquinas direto na Ásia, Coréia do Sul principalmente”, informa. Também neste segmento o gerente observa que a previsão de venda de aproximadamente 3.500.000 veículos neste ano alavancaram a indústria automotiva, associado a redução de IPI. “A automotiva ‘puxou’ um crescimento no segmento de injeção. Outra área que foi puxada pela redução de IPI é a linha branca, ampliando a

Aquisição de Máquinas

demanda de injetoras”, acrescenta. Outro segmento de destaque no ano apontado pelo gerente é o de embalagens. Conforme Pavan, o aumento do per capta de plástico no Brasil deve passar dos 34 kg/hab no ano. Segundo ele o consumo aparente de plásticos no país deve chegar a casa de 6.750.000 T. “Desta forma exige-se mais máquinas para transformação, associado ao aumento do poder aquisitivo, vem o segmento de embalagens, ponta da cadeia, o supermercado”, comenta. Em comparação com o ano passado, o gerente observa que as vendas de injetoras em 2012 sejam semelhantes ao verificado em 2011. Ele estima que neste ano devam ser comercializadas em torno de 2.900 unidades, frente as 2.845 vendidas no período anterior. O crescimento da importação de máquinas é outro fato apontado pelo gerente. Ele comenta que

- Segundo a Abiplast, de janeiro a agosto o consumo aparente de máquinas para o setor plástico chegou próximo de R$ 1,2 bilhão. - Em relação ao mesmo período do ano anterior houve queda de 24% nos investimentos em máquinas para plástico. - Nos últimos dois meses houve um aumento na aquisição de equipamentos para transformados plásticos. - Somente no mês de agosto foram destinados R$ 218 milhões para esse tipo de investimento no setor plástico. - Do total dos investimentos, 60% das máquinas foram supridas por produtos importados no mês de agosto, o equivalente a R$ 865 milhões. - Por outro lado, as exportações de máquinas brasileiras cresceram 81% em relação ao exportado no mês anterior.

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Série MacroPower da Battenfeld se destaca pela grande distância entre colunas

do total de vendas previstas para 2012, aproximadamente 2.600 máquinas devem ser importadas, ficando para os fabricantes nacionais algo em torno de 300 unidades, “diminuindo ano a ano”, salienta. O executivo fala que esta tendência se justifica pelo aumento da qualidade das máquinas asiáticas, que está cada vez maior. “As injetoras estão cada vez mais commodities, sendo fatores diferenciais na aquisição o preço, a qualidade e principalmente o serviço pós-venda”, comenta. Neste contexto, o gerente espera um crescimento de 15 a 20% nas vendas da Pavan Zanetti em 2012 e um aumento considerável no valor agregado das máquinas, “visto estarmos entrando em um mercado de máquinas de maior porte”, acrescenta. Ironi Fernandes, diretor geral da Battenfeld do Brasil, confirma que os números do mercado de injetoras em 2012 devem ser semelhantes aos apresentados no ano passado. Fala que não houve incremento em termos de quantidade de produtos injetados e também de outros itens que fazem parte do mercado de transformação de plásticos. Dessa forma, ele comenta que a empresa não deve apresentar crescimento. “Nossos números devem ficar bem próximos do ocorrido em 2011”, salienta. Para o gerente comercial da Milacron Brazil, Hercules Piazzo, o ano não foi dos melhores se tratando de venda de máquinas injetoras. Comenta que o mercado não está muito comprador, alterando as previsões da empresa. “Porém ainda assim tivemos bons negócios, principalmente quando falamos de projetos especiais, os quais a Milacron possui grande versatilidade e uma gama ampla de produtos/ tecnologias para suprir este nicho”, salienta. A previsão da empresa é de fechar o período com cerca de 25% a menos do previsto, “o que não é um resultado ruim em vista do mercado atual”, frisa. A Arburg também sentiu as agruras do ano. O diretor da companhia no Brasil, Kai Wender, observa que houve uma queda nos investimentos de maneira uniforme em praticamente todos os segmentos de transformação de plásticos. Ele destaca que o setor


automotivo teve um recuo maior, mas está reagindo nos últimos meses do ano. Diante deste quadro a empresa prevê uma queda nas vendas de máquinas na ordem de 20% comparando com os anos 2009 a 2011. Para a Brasil Plastic System (BPS) o ano foi de turbulência no mercado de máquinas em geral, inclusive injetoras. “Fazendo uma analise fria acredito em um crescimento muito pequeno”, prevê Venceslau B. Salmeron, diretor comercial da companhia. Para o fechamento do ano, Salmeron diz que a BPS está projetando um crescimento em número de máquinas e faturamento da ordem de 35%, “porém isto graças ao crescimento de nossa participação no mercado e não de crescimento de demanda nesta ordem”, salienta. Já para Steve Xu, da Haitian, a empresa teve um crescimento nas vendas no primeiro semestre do ano. Porém a partir do mês de julho está ocorrendo uma retração no desempenho da empresa. Ele informa que a companhia está focando na indústria automotiva, estreitando o re-

lacionamento com as empresas do setor. “Já nos tornamos a primeira escolha para aquisição de máquinas injetoras”, observa. Ele justifica que a empresa oferece equipamentos com bom desempeno energético, preço acessível e qualidade. Além disso, acrescenta o pós-venda. Xu destaca que esperava que o governo apresentasse mais medidas de incentivo para a indústria do plástico, nos últimos anos. Por outro lado comenta que empresa prevê um crescimento nas vendas em 2013, devido ao lançamento de uma nova injetora.

Avanços tecnológicos

Ao mesmo tempo em que o ano de 2012 exigiu grande perícia da indústria de máquinas para manter as vendas de injetoras, os transformadores de plásticos foram beneficiados por lançamentos e grandes avanços tecnológicos nas máquinas. Gilson Pavan, da Pavan Zanetti, destaca que as injetoras, assim como as demais máquinas na transformação de plásti-

cos vêm vencendo barreiras de tecnologia. Comenta que as dedicas à injeção em especial venceram as barreiras de plastificação, “hoje temos máquinas com excelentes qualidades de rosca e consequente plastificação”. Outro avanço são os ciclos mais rápidos, “ciclos de 5 segundos não são mais impossíveis de serem vistos no dia a dia”, enfatiza. Mas de acordo com o gerente, na atualidade o grande anseio dos clientes é em relação ao consumo energético, “ou seja, maior quantidade de kg de material plástico transformado e uma menor quantidade de KW gasto na transformação, relação kW/kg”. O executivo salienta que as máquinas têm evoluído muito neste sentido, “hoje temos máquinas com servo motor, que propiciam economia de energia em torno de 60%, dependendo do ciclo, da peça e do processo no consumo energético”. Para demonstrar a economia que uma máquina com eficiência energética pode representar em dinheiro, Pavan faz uma projeção tomando como base o valor da energia cobrada no estado de São Paulo, >>>>

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que segundo ele pode variar de R$ 0,17 a R$ 0,93, dependendo do período do dia. Dessa forma uma máquina de 780 toneladas de fechamento, convencional, com bomba fixa, injetando 90 peças/hora, o consumo de energia mensal pode chegar a R$ 15.663,43. No caso de uma injetora com servo motor, utilizando o mesmo molde e com a mesma velocidade de ciclo, o gasto mensal cai para R$ 6.852,76. A economia anual em energia elétrica é de R$ 105.728,40, chegando a uma redução de aproximadamente 55%. Mas o gerente alerta que este é um estudo individual que não deve ser usado como regra. Venceslau Salmeron, da BPS, também observa que entre os grandes avanços tecnológicos pode-se destacar as máquinas dotadas de servo motor e driver com bomba fixa, em lugar da bomba de vazão variável e motor de rotação fixa. Segundo ele, estes equipamentos são a preferência de aproximadamente 70% dos clientes, dada a economia de energia elétrica “que fica na ordem de 20 a 40%, dependendo do produto injetado”, frisa.

O ovo ou a galinha

Mas o que motiva a evolução tecnológica? Este movimento ocorre para suprir uma demanda de mercado ou normalmente as novidades antecipam as demandas? Dentro desta discussão, Gilson Pavan faz a brincadeira do que veio primeiro: o ovo ou a galinha? Segundo ele são fatos paralelos, “as demandas exigem e as novidades 16 > Plástico Sul > Outubro de 2012 >>

aparecem, ou as novidades aparecem e viram moda”. Como exemplo, fala da feira K, que ocorre na Alemanha. Durante os anos 1980 o evento apresentou máquinas com troca rápida de moldes. Já no final da mesma década, foi mostrada a injeção com auxilio de gás neutro (nitrogênio). No início dos anos 1990 foi a vez das máquinas elétricas, multicomponentes. “Parece que estava combinado entre os fabricantes, últimas feiras, guerra dos tempos de ciclo, e agora a economia de energia. No ano que vem falaremos muito nisso, economia de energia”, comenta. Já na visão do diretor da Battenfeld, certamente as novidades antecipam as demandas. “Para a feira K de 2013 várias serão nossas novidades e certamente atrairão o interesse do público comprador de máquinas de ponta”, salienta. Para Hercules Piazzo, da Milacron, esta é uma excelente questão. Segundo ele as duas situações são verídicas, “sempre buscamos inovar e apresentar ao mercado inovações que tragam benefícios e que sejam palpáveis, também trazemos novidades que supram necessidades existentes do mercado”. Ele cita o caso das máquinas que possuem precisão de +/-0,01mm nos movimentos (exemplo: posição do colchão de injeção). Benefício necessário para alguns nichos de mercado, como o peças de alta tecnologia incorporada. “Por outro lado, em 1984 inovamos apresentando ao mercado uma linha de máquinas injetoras totalmente elétricas, naquela época energia

Injetoras da Pavan Zanetti estão enquadradas na NR12

elétrica não era um problema, hoje é e custa muito caro, neste caso inovamos antes da demanda por este benefício”, comenta. Venceslau Salmeron, da BPS, destaca que as situações são simultâneas. Fala que as empresas procuram inovar ao máximo os seus equipamentos em termos de tecnologia, não se esquecendo de catalogar todas as necessidades dos clientes, “isto em âmbito global, já que hoje as máquinas são fornecidas para o mundo”, acrescenta. Para Steve Xu, da Haitian, a evolução tecnológica das máquinas normalmente antecipa as demandas do mercado. Ele explica que a indústria deve estar sempre vislumbrando melhorias e trazendo novidades para os seus clientes.

Novidades para o setor

Para atender este mercado competitivo e cada vez mais exigente por novidades, Gilson Pavan destaca que a Pavan Zanetti está sempre aperfeiçoando suas injetoras, “hoje temos equipamentos totalmente dentro da nova versão da NR 12 e linhas de máquinas distintas para cada aplicação, ou seja, dependendo do produto que o cliente vai injetar temos a máquina mais adequada ao processo, isto são serviços que estão embutidos dentro do nosso produto”, acrescenta. Quanto as novidade tecnológicas, ele destaca novamente a utilização do servo motor no acionamento do sistema hidráulico da máquina e a também na plastificação, possibilitando simultaneidade de movimentios entre a abertura da máquina e a plastificação, “além de considerável economia de energia”. O gerente observa a importância das máquinas estarem totalmente enquadradas dentro das normas brasileiras, com destaque para NR 12, por ser uma norma de segurança de credibilidade internacional. “Alguns países de primeiro mundo não tem normas tão rígidas quanto a NR 12 em relação a segurança, razão pela qual algumas máquinas vem de outros países fora destas especificações e são comercializadas normalmente no Brasil, o que deveria >>>>


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DESTAQUE Injeção

ser vetado, ou as máquinas serem devidamente adequadas”, destaca. Dentro do contexto de novidades, a Battenfeld se apresenta como uma empresa inovadora. Ironi Fernandes comenta que vários avanços tecnológicos são apresentados ao mercado a todo o momento. Dentre eles o diretor destaca a ampliação de linha de máquinas Macropower, que no atualmente começa com 400 toneladas e se estende até 1.100 toneladas. “Para o ano vindouro lançaremos a Macropower de 1.300 e 1.600 toneladas”, informa. Conforme o diretor, esta linha de injetoras apresenta como característica principal a grande distância entre colunas, sendo capaz de aceitar moldes que normalmente necessitam de máquinas de maior porte. Como exemplo ele cita, “que Macro-

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Ironi Fernandes, da Battenfeld: números do mercado de injetoras em 2012 devem ser semelhantes aos de 2011

power de 500 toneladas, que tem distância entre colunas de 1000 mm, equivale a uma máquina de cerca de 800 a 1.000 toneladas de origem asiática”. Outro ponto importante desta série, são as pequenas

dimensões. “Uma Macropower de 500 toneladas tem comprimento de 7,4 metros enquanto uma de 500 ton da concorrência chega a 10 metros”, compara Fernandes. Por sua vez, a Milacron está investindo cada vez mais em máquinas totalmente elétricas e em máquinas hidráulicas que utilizam servo motor para o acionamento da bomba, o que a empresa denomina de máquinas “servo”. “Como a empresa sempre inovou em máquinas totalmente elétricas, neste ano não foi diferente, produzimos máquinas elétricas que hoje são 16% mais econômicas do que a geração elétrica anterior (da Milacron mesmo)”, informa Hercules Piazzo. O gerente comercial enfatiza que o objetivo da companhia se superar cada vez mais, inovando e trazendo equipamentos que proporcionem ganhos reais para os clientes, “como aumento de produtividade, precisão e real economia de energia elétrica, que hoje chega na casa dos 85% comparado a máquinas hidráulicas”. Ainda segundo ele, “hoje podemos dizer, sem dúvida alguma, que fabricamos >>>>


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DESTAQUE Injeção

a linha de máquinas totalmente elétrica que é a mais econômica disponível no mercado mundial”. O último lançamento da empresa é a série F. Conforme o Piazzo é a mais nova linha de máquinas da Milacron para aplicações especiais, como multi componente. A linha se caracteriza pela flexibilidade. Possui um mix de movimentos elétricos e hidráulicos que podem ser definidos de acordo com a aplicação do equipamento. “Para estas aplicações especiais quase sempre precisamos de movimentos hidráulicos, por esta razão esta série possui movimentos acionados hidraulicamente”, acrescenta. Outra novidade é a linha Maxima Servo de grande porte, com força de fechamento de até 4000 toneladas, que de acordo com o gerente, proporciona redução de energia elétrica na casa dos 50% comparado a máquinas hidráulicas. Segundo Kai Wender, a Arburg apresentou evolução na sua linha de máquinas HIDRIVE para atender as exigências do mercado de embalagens. Na área de lançamentos, o diretor conta que a empresa apresentou para o mercado de injeção a segunda linha de máquinas totalmente elétricas, a série EDRIVE com força de fechamento de 60 a 200 toneladas. A linha é destinada para atender a produção de peças técnicas, de alta repitibilidade e precisão. A EDRIVE complementa a família de máquinas elétricas, composta também pela série ALLDRIVE, que segundo o diretor são máquinas de alta performance, que 20 > Plástico Sul > Outubro de 2012 >>

foram lançadas em 2001. no mercado. Seguindo a onda de avanços tecnológicos, Wender observa que a série Goldenedition, mais vendida da empresa, lançada em 2006, agora conta com um pacote de produtividade. A máquina agora conta com um motor principal com velocidade variável. Segundo o diretor, este sistema reduz o consumo de energia e de água “ao contrário das soluções com servo bomba oferecidas por vários fornecedores no mercado a máquina mais rápidas”, observa. De acordo com o diretor, no ciclo de ensaio a Goldenedition fico 10% mais rápida. A grande novidade da BPS em 2012 foi linha Tederic TRX M dotada de Servo Motor e Driver (Rexroth) Alemão e ou (Techmation) de Taiwan, além de sistema de injeção mono bloco com um pistão único no conjunto de injeção em linha com o canhão e rosca e motor hidráulico. Segundo Venceslau Salmeron, as injetoras da série tiveram grande aceitação pelos clientes da empresa, que adquiriram máquinas de várias tamanhos, com esta configuração. “Isso prova a boa aceitação e performance do modelo”, comenta. A Sandretto do Brasil destacou na feira Interplast realizada em Joinville (SC), a Série Nove HP FAST. De acordo como Gilberto Baksa, do departamento de marketing da empresa, o equipamento propõe soluções simples e criativas para atender todas as necessidades dos transformadores de plásticos atuais. Esta linha

Deb'Maq aposta na linha Spazio Platinum Plus, que contempla a injeção das resinas commodities

contempla a injeção das resinas de commodities e técnicas como PC, ASA, PBT, PA6, 6.6 aditivadas ou carregadas, blendas e PVC rígido. “Apresenta grande flexibilidade em suas características técnicas e grande facilidade de adequação para opcionais atendendo os mais complexos moldes e periféricos”, complementa Baksa. Na feira foi apresentado o modelo 900/220 Série Nove HP FAST que tem volume de injeção de 475 cm³, força de fechamento de 220 toneladas, velocidade de injeção de até 680 mm/s e capacidade de plastificação de 41 g/s de PP. Conforme Baksa, “a empresa utiliza toda sua experiência e conhecimento tecnológico, para a produção e aprimoramento de seus equipamentos já consolidados no mercado de transformação de plásticos por injeção 100% no Brasil”. Dentro das inovações contempla um novo comando eletrônico (Optinjet da Automata) e “grande otimização nos circuitos hidráulicos que a torna incomparável à máquinas asiáticas ou similares nacionais”, acrescenta. Entre as novidades da Deb’Maq do Brasil para este ano está injetora Diplomat Spazio Platinun Plus 190 toneladas com acumulador hidráulico dedicado a injeção. Dentre suas qualidades o equipamento propõe a injeção de peças de parede mais fina, para atender as necessidades especificas dos transformadores de plásticos atuais. Segundo Eduardo Trevisan, gerente de marketing da empresa, esta linha contempla a injeção das resinas de commodities e grande flexibilidade em suas características técnicas e facilidade de adequação para opcionais atendendo a grande maioria de moldes e periféricos. Na feira Interplast, a empresa expôs o modelo DW 190 Série Diplomat, com volume de injeção de 452 cm³, força de fechamento de 190 toneladas, espaçamento entre as colunas de 510 x 510 mm e acumulador hidráulico para aumento da velocidade de injeção. Conforme Trevisan, a Deb’Maq comercializa maquinas injetoras de 90 a


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Hércules Piazzo aposta na entrada de mais máquinas elétricas no Brasil

4000 toneladas de força de fechamento em duas linhas principais: a DW com acionamento através de bomba de vazão variável e motor de corrente alternada e a Série SE com acionamento através de servo motor e bomba fixa.

Tendências para 2013

Frente a tantas inovações o que podemos esperar para o setor no ano que vem. Quais as tendências em termos de máquinas injetoras para 2013? Para Gilson Pavan, as tendências estão voltadas para o menor consumo energético dos equipamentos. Ele acrescenta que nos próximos anos ouviremos falar muito em servo motores, ponte entre a bomba de vazão variável e a máquina totalmente elétrica, “esta ainda embrionária no Brasil visto sua

complexidade de manutenção e poucos fornecedores, além de pouca assistência especializada”, comenta. Destaca também o crescimento do uso do servo motor no

acionamento da bomba hidráulica, “neste caso, fixa de engrenagens”, complementa. O quesito economia de energia também é apontado por Ironi Fernandes da Battenfeld, como grande mote para o próximo ano. Segundo ele este fator vai balizar os investimentos que a empresa vai fazer na área de tecnologia. Destaca ainda para o próximo ano ampliação da série Macropower para 1.300 e 1.600 toneladas. O gerente comercial da Milacron crê que, para o próximo ano, a grande tendência seja a entrada de mais máquinas elétricas no Brasil, propiciando benefícios aos transformadores (economia real financeira) e ao País. “Posso garantir que a energia que alimenta uma injetora hidráulica pode alimentar no mínimo 2,5 injetoras elétricas do mesmo porte”, destaca. Hercules Piazzo observa que se todas as injetoras do País fossem elétricas, não seria necessário construir nenhuma nova usina hidrelétrica no Brasil “e poderíamos contribuir com o meio ambiente e com o povo que depende da natureza local, evitando des- >>>>

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DESTAQUE Injeção

truição”, salienta. Ao falar sobre tendências, a diretor da Arburg comenta que o mercado esta buscando a máquina ideal para o seu produto, para garantir o melhor retorno do investimento, “assim a máquina precisa uma grande modularidade na sua configuração”, comenta Kai Wender. Ele prevê que entre as principais demandas dos transformadores para 2013 está a automação dos processos de injeção. “Com a falta de mão de obra e custos cada vez mais elevados, o cliente busca cada vez mais automatizar a sua produção”, observa. Neste sentido o diretor acrescenta que a base para este processo é uma máquina que garanta repetibilidade, que se regule automaticamente. “Assim as máquinas de alta tecnologia são o foco do mercado”, comenta.

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Kai Wender, da Arburg, estima para 2013 demandas de automação dos processos de injeção

Apostando na automação, a empresa lançou uma nova serie de robô, o "Multilift Select H", com entrada horizontal. O robô pode ter de um a três servo-eixos e segundo o diretor, garante

a precisão no posicionamento e a rapidez do movimento. Wender destaca que o cliente ganha liberdade na área acima do molde para montagem ou uma eventual unidade de injeção vertical. Além disso, o diretor acredita que em 2013 haja uma melhoria nos investimentos, como já vem ocorrendo nos últimos dois meses. Ele acredita na retomada de muitos projetos que foram engavetados este ano, “tenho a expectativa que 2013, seja melhor”, projeta. Para o próximo ano a BPS pretende fazer o lançamento da nova linha Tederic da série D, tanto do modelo Dream como Dream M, “correspondendo as consagradas TRX e TRX M, com vantagem principal em tamanho de máquina e espaço entre colunas”, informa Venceslau Salmeron. Ainda de acordo com diretor, o mesmo deve acontecerdo com a Jon Wai, “onde estaremos com nova linha e também com máquina especial dotada de ciclo rápido em comparação a linha rápida atua TW com acumulador”. PS


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Balanço

Sem fôlego, mas com otimismo Produção da indústria do plástico cai 1,29% comparada ao mesmo período de 2011 e perda de competitividade do setor já se reflete no mercado de trabalho, com a criação de menos empregos em relação ao ano passado.

E

nquanto alguns setores apresentam melhora no desempenho, outros vão acumulando índices que apontam para a perda de competitividade. Recentemente o setor plástico, através da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) apresentou resultados do período janeiro a setembro de 2012. Ao mesmo tempo em que os números indicam que o mar não está para peixe, os transformadores plásticos acreditam que nos próximos meses a maré pode virar a favor. No período de janeiro a setembro de 2012, a produção do setor plástico acumulou queda de 1,29% em relação ao mesmo período do ano anterior. Após apresentar crescimento nos dois meses anteriores, a produção mensal voltou a recuar em setembro e foi 6% menor do que o mês anterior (agosto/12).No mês de setembro, todos os segmentos do setor plás-

24 > Plástico Sul > Outubro de 2012 >>

tico apresentaram desempenho de produção inferior a agosto, principalmente o de embalagens, que produziu 8,3% menos do que no mês anterior. No acumulado do ano, a produção de laminados plásticos foi a que apresentou o pior desempenho dentre os segmentos observados na indústria de transformados plásticos, registrando queda de 7% na produção em relação ao período de janeiro a setembro de 2011. A produção de embalagens e artefatos diversos plásticos no acumulado do ano estão nos mesmos níveis do registrado no igual período do ano anterior apresentando respectivamente -0,16% e 0,36% de variação.

Mercado de trabalho

Já no que se refere a mão de obra, ainda de janeiro a setembro de 2012 o setor de Transformados Plásticos gerou 6,7 mil empregos formais. O mês de agosto mostra-se até o momento como o melhor mês do ano na geração de empregos, registrando 2.221 vagas criadas. No total, o setor plástico acumula 358 mil empregados em 2012.Em relação a janeiro e setembro do ano passado a geração de empregos pelo setor de transformados plásticos foi 18% menor. Por outro lado, a Indústria de Transformação acumulou de janeiro a agosto de 2012 cerca de 212,5 mil novos postos de emprego, somando 7,893 milhões de empregados na indústria manufatureira. O

mês foi um pouco melhor que o setembro do ano passado, gerando 2,5% mais empregos na indústria de transformação.

Produtividade

De janeiro a setembro de 2012 a produtividade no setor de transformados plástico registrou crescimento de 4,7%. Este valor está acima do verificado no mesmo período de 2011, quando a produtividade cresceu apenas 1,1%. Pontualmente, o mês de setembro/12 apresentou uma redução no índice de 7% em relação a agosto/12, em decorrência da grande elevação do nível de empregos no setor. Entretanto, a Indústria de Transformação registrou mais que o dobro do crescimento da produtividade vista no Setor Plástico nos primeiros nove meses de 2012, alcançando a marca de 10% de crescimento. Setembro também foi um mês em que a produtividade recuou 8% em relação ao índice de agosto/12 na indústria da transformação.

Consumo Aparente

O consumo aparente do setor de Transformados Plásticos no mês de setembro recuou 5,5% em relação ao mês anterior, registrando R$ 5,1 bilhões no mês. Nos acumulado dos nove primeiros meses de 2012 esse montante foi de R$ 43,1 bilhões registrando um crescimento em termos nominais de 6% frente ao acumulado no mesmo período do ano anterior.


Em setembro, a produção nacional manteve o percentual de participação no consumo aparente em torno de 86%, somando neste mês R$ 4,6 bilhões. Do total produzido pelo setor plástico no Brasil, 5% foi exportado, o equivalente a R$ 237 milhões e 14% do consumo nacional de transformados plásticos atendido por importações.

Comércio Exterior

O setor de Transformados Plásticos também registrou resultados abaixo do esperado em sua balança comercial, apresentando um saldo deficitário de US$ 1,6bilhão nas transações internacionais efetuadas entre janeiro a setembro de 2012. Em relação ao mesmo período de 2011, registra- se um aumento de 20,4% no déficit da balança comercial de transformados plásticos. O total exportado durante os meses de 2012 equivale a US$ 1,01 bilhão e o volume importado soma US$ 2,7 bilhões. Proporcionalmente, as exportações do país correspondem a 38% de todo o volume de transformados plásticos importado. Os dados fornecidos pela Abiplast apontam ainda que, em relação aos meses do ano anterior, as exportações caíram 12%, enquanto as importações se elevaram em 6%. Considerando os valores comercializados em peso, há um saldo negativo de 341 mil toneladas no setor plástico. Do mesmo modo que em termos monetários, as importações se elevaram (em 7%) em contraste com a queda apresentada pelas exportações (de 14%) na comparação de janeiro a setembro de 2012 e 2011. Nesse caso, as exportações representam cerca de 34% das importações em toneladas de produtos plásticos. Já no que diz respeito a receita líquida, no acumulado de janeiro a setembro de 2012 o setor de Transformados Plásticos registrou receita de vendas de R$35 bilhões, um incremento de 3,24% em relação ao mesmo período do ano anterior. Observando a evolução mensal da receita líquida, de vendas da indústria de transformados plásticos, a entidade verificou que de janeiro a setembro de 2012 houve um aumento de 11,5% na receita mensal, enquanto em 2011, fazendo a mesma comparação o crescimento foi de 9,7%. É interessante notar que

em 2012, o volume mensal de receitas obtidas pela indústria oscilou mais do que no ano anterior. A variação da receita acumulada no ano de 2012 em relação ao ano de 2011 do setor plástico está acima da variação registrada pela Indústria de Transformação, que acumulou apenas0,03% de crescimento na comparação dos períodos. A variação do faturamento da Indústria Geral também foi modesta, de 0,24% de janeiro a setembro de 2012 em relação aos mesmos meses de 2011.

Aquisição de Máquinas

Ainda segundo a Abiplast, de janeiro a agosto de 2012 o consumo aparente de máquinas para o setor de transformados plástico chegou próximo de R$ 1,2 bilhão. Em relação ao mesmo período do ano anterior houve uma queda de 24% nos investimentos em máquinas para plástico.Nos últimos dois meses houve um aumento na aquisição de equipamentos para transformados plásticos. Somente no mês de agosto foram destinados R$ 218 milhões para esse tipo de investimento no setor plástico. Do total dos investimentos, 60% das máquinas foram supridas por produtos importados no mês de agosto, o equivalente a R$ 865 milhões. Apesar da indústria do plástico ainda ser suprida em sua maioria por máquinas importadas, a participação das importações nos investimentos do setor está em queda nos últimos três meses de 2012.

Por outro lado, as exportações de máquinas brasileiras tiveram um incremento, crescendo 81% em relação ao montante exportado no mês anterior.

Expectativas de mercado

Segundo informações concedidas pela Associação, o empresário do setor de Transformados Plásticos está mais otimista do que nos meses anteriores com relação ao ambiente de negócios para os próximos meses. A expectativa para a exportação, alcançou o maior nível de 2012. Já em relação à demanda para o setor de Transformados Plástico, apesar do índice ser positivo, ou seja, refletir um grau de otimismo quanto a evolução dessa variável, caiu em relação ao mês anterior, chegando a 56 pontos em setembro. Enquanto isso a previsão de compra de matérias primas cresceu no mês de setembro (registrando 58 pontos). Para a Abiplast, a Indústria da Transformação está mais receosa quanto ao ambiente de mercado, uma vez que todos os indicadores analisados apresentaram queda no mês de setembro.“Na comparação entre as expectativas do empresário do setor de transformados plásticos e os registros do sentimento do setor industrial brasileiro nos faz concluir que o empresário atuante no setor de transformados plásticos está um pouco mais otimista com relação ao desempenho do mercado do que a média geral da indústria”, avalia a entidade em nota divulgada à imprensa. PS

Desempenho de janeiro a setembro de 2012

- A produção do setor plástico acumulou queda de 1,29% em relação ao mesmo período do ano anterior; - A produção de laminados plásticos foi a que apresentou o pior desempenho, registrando queda de 7% na produção em relação ao período de janeiro a setembro de 2011; - No período, o setor de Transformados Plásticos gerou 6,7 mil empregos formais; - A produtividade no setor de transformados plástico registrou crescimento de 4,7%. - O consumo aparente do setor de Transformados Plásticos no mês de setembro recuou 5,5% em relação ao mês anterior, registrando R$ 5,1 bilhões no mês; - O setor de Transformados Plásticos registrou em sua balança comercial, um saldo deficitário de US$ 1,6 bilhão nas transações internacionais efetuadas entre janeiro a setembro; - De janeiro a agosto o consumo aparente de máquinas para o setor de transformados plástico chegou próximo de R$ 1,2 bilhão - No total, o setor plástico acumula 358 mil empregados em 2012

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Química

Resultados da indústria química recuam O mês de setembro apresentou-se com produção e vendas aquém do esperado, entretanto, dados do 3ª trimestre são favoráveis e apontam melhora no quadro geral

O

enfraquecimento geral da demanda, o menor número de dias úteis do mês, em razão do feriado, o corte de energia na região sudeste, que apesar de breve, impactou negativamente empresas da região, e os problemas operacionais em algumas unidades são algumas das razões que explicam a queda nas atividades do segmento químico no ultimo no mês de setembro. A opinião é da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), que recentemente divulgou o RAC (Relatório de Acompanhamento Conjuntural) da entidade. Segundo o material, os volumes de produção e vendas internas da indústria química apresentaram um recuo em setembro, Na comparação mensal, a produção registrou queda de 10,08% e as vendas internas caíram 3,81%. Em relação a igual período do ano anterior, a produção teve um recuo de 6,90% e as vendas internas de 0,76%. Já os dados do terceiro trimestre do ano são favoráveis. Na comparação com o segundo trimestre, o índice de produção aumentou 5,90%, enquanto que as vendas internas tiveram elevação de 11,96%. Em relação ao mesmo período de 2011, o volume de produção aumentou 2,05% e o de vendas internas cresceu 3,35%. Nos últimos 12 meses, o consumo aparente nacional (CAN) registrou queda 26 > Plástico Sul > Outubro de 2012 >>

de 0,38%, sendo que a produção aumentou 1,76%, a importação caiu 9,83% e a exportação recuou 1,98%, em relação aos 12 meses anteriores. “A desaceleração da economia mundial, especialmente na Europa e nos Estados Unidos, os problemas no Japão e o menor ritmo de crescimento na China, trouxeram impactos ao desempenho da economia brasileira, que, neste ano, terá um crescimento muito aquém do que se previa ao final do ano passado. Nesse cenário, a indústria química tem sentido fortemente os reflexos da desaceleração pelo fato de ser fornecedora de praticamente todas as cadeias industriais”, declara Fátima Giovanna, diretora técnica de Economia e Estatística da Abiquim. A economista faz um alerta sobre o cenário atual da indústria química. “A ociosidade das plantas instaladas no país é alta e, pior, não se atraem investimentos em novas capacidades nessa atividade tão importante para o desenvolvimento do país. Na Agenda do Conselho de Competitividade da Química, do qual a Abiquim participou ativamente, foram inseridas importantes medidas, que caminham na direção correta para a correção das principais distorções que afetam essa indústria. Neste aspecto, a entidade defende a adoção urgente dessas medidas, especialmente a que diz respeito ao preço do gás natural como matéria-prima, a desoneração de matérias-primas e o REIQ Investimentos (Regime Especial para a Indústria Química)”.

Demanda por profissionais

O cenário atual, porém traz a tona outro debate tão importante quanto os números de desempenho da indústria. A qualificação de mão de obra é fundamental para qualquer setor e no químico não seria diferente. A demanda por profissionais será um dos principais assuntos debatidos pelos

participantes da Química 2012 – Feira da Indústria Química, que será realizada entre os dias 27 a 29 de novembro no Transamérica Expo Center, em São Paulo (SP). O setor que gerou em 2011 mais de 13,5 mil postos de trabalho diretos deve, segundo estimativas, continuar crescendo em razão dos altos investimentos que são esperados. No entanto, o mercado prevê dificuldades para preencher essas vagas que serão geradas com esse crescimento, visto que a formação profissional da mão de obra para este setor não tem correspondido às expectativas da indústria. Para Igor Tavares, diretor da Feira Química 2012, o evento é uma boa oportunidade para os profissionais das indústrias químicas discutirem o assunto e propor soluções. “As dificuldades surgem para todos e feiras como estas nascem exatamente para proporcionar trocas de ideias e experiências, permitindo que o setor se una para encontrar o melhor caminho”, completa Tavares. Organizada pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, a Química 2012 conta com o apoio oficial do Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos para Fins Industriais e da Petroquímica no Estado de São Paulo (Sinproquim) e da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), que em 2010 afirmou existirem no país 395 mil postos de trabalho diretos na indústria química. A Abiquim afirma ainda, em seus estudos, que a cada oito mil profissionais que se formam no setor, a indústria demanda de 20 mil, especialmente para a área de produção e funções técnicas, sobretudo engenheiros químicos. “Existe uma grande oportunidade de mercado, e certamente a Química 2012 vem para ajudar a solucionar as principais questões que envolvem o setor”, concluiu Tavares. A feira terá 100 expositores e cerca de 7 mil compradores qualificados dos mais variados segmentos da indústria química.PS


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Petroquímica

Braskem comercializa 951 mil toneladas de resinas no 3º trimestre do ano Ao anunciar seus resultados, empresa salienta market share próximo a 70% ao final de setembro e afirma que mercado brasileiro de resinas cresceu 18% em relação ao trimestre anterior.

A

sazonalidade e a contribuição do câmbio, mesmo frente às adversidades como o atual cenário internacional que configura crise na Europa, proporcionaram fôlego à maior produtora de resinas das Américas. A Braskem encerrou o terceiro trimestre de 2012 contabilizando EBITDA de R$ 930 milhões, valor 10% superior ao registrado no trimestre anterior e praticamente estável frente ao mesmo período de 2011. Esse montante é resultado principalmente do aumento do volume de vendas no período, especialmente no mercado doméstico, em função da sazonalidade típica do setor. Conforme divulgado pela empresa, a economia mundial continuou a ser influenciada pelas incertezas em torno da crise europeia, que ainda permanecem impactando a demanda internacional por resinas e outros petroquímicos. Ao mesmo tempo, os custos do setor mantêm-se pressionados em razão dos preços elevados do petróleo e das matérias-primas petroquímicas, especialmente da nafta. A economia brasileira, também sob os efeitos desse cenário, teve uma nova revisão da expectativa para o crescimento do PIB do ano, reduzida para o patamar em torno de 1,6%. Por outro lado, é esperado que os estímulos fiscal e monetário adotados pelo governo incentivem a retomada do crescimento da atividade industrial nos próximos trimestres. 28 > Plástico Sul > Outubro de 2012 >>

Mesmo com o cenário ainda incerto e desafiador, a demanda do mercado brasileiro de resinas termoplásticas evoluiu 18% do segundo para o terceiro trimestre, influenciada pela sazonalidade. As vendas da Braskem acompanharam esse crescimento e totalizaram 951 mil toneladas no período, com avanço de 19%. Na comparação com o terceiro trimestre de 2011, a demanda interna permaneceu praticamente estável, enquanto as vendas da Braskem cresceram 11%, refletindo uma recuperação de seis pontos percentuais no market share da companhia, que ficou próximo de 70% ao final de setembro. A receita líquida consolidada totalizou R$ 9,5 bilhões, com crescimento de 9% sobre o intervalo julho-setembro do ano anterior, influenciada pela apreciação média de 24% do dólar entre os períodos. Na comparação com o segundo trimestre de 2012, houve incremento de 3%, impulsionado pela alta no volume de vendas de resinas e dos principais petroquímicos básicos. No acumulado dos nove primeiros meses, a receita líquida alcançou R$ 26,8 bilhões, 10% superior à obtida em igual período de 2011. “Apesar do cenário internacional adverso, tivemos um trimestre mais forte por conta da sazonalidade e da contribuição do câmbio, que nos permitiram aumentar o volume de vendas de resinas no mercado interno com uma pequena recuperação da margem EBITDA em relação ao segundo trimestre. A Braskem vem fazendo a sua parte, disponibilizando novas capacidades produtivas para atender ao mercado, a exemplo da nova planta de PVC em Alagoas e a expansão de butadieno no Rio Grande do Sul, e reforçando a sua disciplina financeira”, diz Carlos Fadigas, presidente da Braskem.A Companhia encerrou o período julho-setembro com prejuízo de R$ 124 milhões, gerado es-

sencialmente pelo impacto do resultado financeiro contábil, que superou o melhor resultado operacional no período.

Investimentos

Mantendo o seu compromisso com a realização de investimentos com retorno acima de seu custo de capital, a Braskem investiu R$ 1,4 bilhão no acumulado dos nove primeiros meses do ano. Desse montante, 42% foram direcionados aos projetos de aumento de capacidade e melhoria de seus ativos, com destaque para as expansões de PVC e butadieno inauguradas no terceiro trimestre. Esses investimentos estão alinhados ao compromisso da Braskem de atender ao crescimento da demanda interna e de toda a cadeia produtiva da petroquímica e dos plásticos no Brasil. A Companhia realizou ainda desembolsos no valor de R$ 262 milhões em manutenção, em linha com o objetivo de manter seus ativos com altos níveis de eficiência e confiabilidade.

Exportação

“Apesar da recuperação verificada neste trimestre, é fundamental que o governo brasileiro mantenha iniciativas para defender a competitividade do setor, através da renovação do Reintegra, que estimula as exportações brasileiras, e colocando em vigor o Regime Especial da Indústria Química – REIQ, proposto no primeiro semestre deste ano por um grupo formado pelo próprio governo, pela indústria e por representantes das centrais sindicais de trabalhadores. O REIQ estabelece medidas de desoneração das matérias-primas e dos investimentos, bem como de estímulo à inovação, especialmente na área da química verde, medidas essas que são essenciais para gerar um novo ciclo de investimentos e reverter o enorme déficit da balança de comércio exterior do setor químico”, afirma Fadigas. PS


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Plรกstico no Automรณvel

Inovar - Auto abre mais portas ao plรกstico Por Brigida Sofia

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O setor automotivo não para de crescer no país. Os incentivos governamentais diretos e a ascensão social brasileira produziram um cenário muito interessante para a indústria e para as famílias, que agora ganham direito ao conforto e à eficiência de um carro. O último programa para o setor, recém-lançado, tem contrapartidas importantes e o plástico é um forte aliado para cumpri-las. Carros mais leves, econômicos, seguros e com design caprichado são as prioridades do mercado.

B

rasileiro é apaixonado por carro. A famosa publicidade que expressa um sentimento dominante no país poderia ser atualizada. Nos últimos anos, a paixão pode ser concretizada, com o maior acesso da população ao mercado de carros de passeio. Deixou de ser um sonho, desejo, ou o que fosse, para virar realidade. Uma nova gama de consumidores ávidos por adquirir um produto que em países desenvolvidos é mais um objeto, mas que aqui, ainda é sinônimo de status. A indústria automobilística recebeu nos últimos tempos incentivos, como a redução constante de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), novamente prorrogado até 31 de dezembro, para atender a esta realidade; oferecer carros a preço mais acessíveis, em condições facilitadas. Agora, um passo mais importante precisa ser seguido, o da fabricação de modelos mais leves, seguros, sustentáveis e econômicos no pós-compra. Nesse caminho, um forte aliado é o plástico. E aliada ao plástico está a o Inovar-Auto – Programa de Incentivo

à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores, novo regime automotivo para o período 2013-2017 do Governo Federal. Material onipresente que é, o plástico já está em grande parte da composição dos carros, interna e externamente, mas ainda há espaço para crescer. Mais econômico na produção, em função dos componentes, é mais leve, o que reduz os gastos com combustível e emissão de poluentes, e seguro, tanto para os motoristas quanto para os pedestres em caso de acidentes. Tantas vantagens que algumas vezes podem esbarrar em questão de competitividade. Mas que agora ganham um incentivo importante e forte, a lei. Para a Anfavea - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, o Inovar-Auto coloca a indústria automobilística brasileira em um novo ciclo tecnológico, de desenvolvimento da produção e de sustentabilidade. O presidente Cledorvino Belini acredita que o novo regime permitirá o planejamento a longo prazo, obje- >>>>

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DIVULGAÇÃO

Plástico no Automóvel

tivando preparar o setor para as demandas do mercado nos próximos anos em termos de produção, produtos e processos, inovação e tecnologia automotiva. Com um mercado interno projetado

32 > Plástico Sul > Outubro de 2012 >>

entre 5 e 6 milhões de veículos anuais nos próximos anos e um mercado internacional cada vez mais globalizado e competitivo, a indústria automobilística brasileira busca o adensamento de sua cadeia produtiva com

Aumenta a exigência do consumidor nacional, que começa a considerar o design na hora de comprar um carro

inovação e incorporação de tecnologias, mais competitividade e atração de novos investimentos no País, informa a Anfavea. A entidade alerta que o novo regime também estabelece muitos desafios para os fabricantes, exigindo investimentos e metas em nacionalização, inovação, engenharia automotiva, em valor agregado de produto e em eficiência energética dos veículos, visando à valorização da produção local. Para a Anfavea, como 4° maior mercado do mundo, o Brasil tem legitimidade para ser também um dos maiores produtores mundiais e mesmo capacitar-se como centro global de desenvolvimento de produtos.

O programa

Com o Inovar-Auto, todos os veículos >>>>


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Plástico no Automóvel

comercializados no mercado interno passam a ter seu IPI aumentado em 30 pontos percentuais, sejam veículos fabricados no Brasil ou veículos importados, percentuais esses que, entretanto, poderão ser reduzidos cumprindo-se critérios estabelecidos. Para importações procedentes do Mercosul e México prevalecem os termos dos acordos de comércio com parâmetros de conteúdo regional, trade flex ou cotas, não incidindo o adicional de 30pp de IPI. O programa estabelece diretrizes para as empresas e condições para redução de até 30 pontos percentuais deste imposto àquelas que se habilitarem ao novo regime automotivo, proporcional ao crédito presumido de IPI gerado pelo volume de compras nacionais/regionais de insumos, materiais e ferramentais. O programa também prevê a possibilidade de obtenção de até 2% da receita líquida para as empresas que realizarem inversões adicionais em P&D, inovação e engenharia e capacitação de fornecedores. Poderão habilitar-se atuais fabricantes de automóveis, comerciais leves, caminhões e chassis com motor; empresas já instaladas e com projetos de novas fábricas para a produção de novos modelos; novas empresas com projetos de instalação de fábricas no País; e também empresas importadoras, estas com condições específicas. O programa estabelece uma melhoria de eficiência energética mínima obrigatória de 12% para os veículos leves até 2017, o que equivale a uma redução de 34 > Plástico Sul > Outubro de 2012 >>

13,6% no consumo médio dos veículos no período. Esse é um objetivo relevante, segundo a Anfavea, que exigirá novos e intensos investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novos materiais, novas tecnologias e o lançamento de novos produtos, favorecendo a sustentabilidade. Esforços adicionais das empresas em favor da eficiência energética média de seus veículos – além dos 12% obrigatórios – poderão gerar reduções também adicionais de até 2 pontos percentuais de IPI. A Anfavea acredita que o programa impactará positivamente nos produtos e na produção automotiva no País, inclusive com o desenvolvimento de componentes de alta tecnologia e de eletrônica embarcada, buscando também maiores possibilidades para os veículos brasileiros no mercado internacional. A habilitação ao programa significará o compromisso das empresas e do setor para o fortalecimento e desenvolvimento da cadeia – montadoras, autopeças e matérias-primas – através de mais investimentos, desenvolvimento local e incorporação de tecnologias; aumento de compras locais de materiais, aumento da eficiência energética dos veículos e produtos de maior valor agregado.

Redução de peso é evidente

O InovarAuto prevê veículos mais leves, econômicos e sustentáveis, exigências que o plástico está pronto para suprir. Para Gilmar Lima, da MVC, do Paraná, a questão

Presidente da Anfavea, Cledorvino Belini: “Novo regime permitirá planejamento a longo prazo”

mais evidente é a redução de peso, economia de combustível. “Retirar o peso do veículo será cada vez mais comum e o plástico tem vantagens. Assim, a tendência é aumentar o uso e usar onde ainda não esteja, não apenas em carros (de passeio), mas em caminhões e ônibus. Isso vai acelerar, vai ser quase uma obrigação”, avalia. Para Lima, o Inovar Auto também abre espaço para fibra de carbono e fibras de vidro mais leves, além de polímeros com densidade mais baixa, mas igual desempenho. “Para a redução de peso, serão substituídos os plásticos atuais e também aço e alumínio, que também trabalharão para ser mais leves, todos trabalharão para reduzir peso”, ressalta. Com o Inovar Auto, o que era falado, desejado – tanto por questão de economia quanto de sustentabiidade/ imagem-, mas na prática esbarrava em na questão preço, terá que ser concretizado. O plástico é aplicável no motor, painel, piso, forro, revestimento e acabamento, parachoques, chassis. A aplicação externa deve aumentar, não ainda em toda a carroceria, para tanto existe um bom caminho, na opinião de Lima. Mas deve-se levar em conta que o que for nicho, pode deixar de ser. “Tem que ser uma mudança total de procedimentos, reduzir peso de peças, mas também de estrutura. É como uma casa, ela pode ser leve, mas a fundação, não. Ou tudo pode ser leve”, compara.

Questão estética

O plástico é um aliado do design mais caprichado, pois sua estrutura facilita realização das formas projetadas e, visualmente, não perde nada. Para Lima, o Brasil está deixando para trás modelos quadrados, sem formas. “Estávamos indo para um caminho de carro mais simples; no passado, andar em um Corsa fora do Brasil era totalmente diferente daqui. A exigência do brasileiro está aumentando. Mesmo o brasileiro da Classe C, que é exigente. Passou o período dos carros 1000 mais simples”, diz. A nova classe média vai gerar aumento de volume, mas não inovações estéticas a princípio. Não foi identificado nenhum


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gosto peculiar ainda. “Talvez eles tragam a importância do consumo do combustível menor, manutenção menor, porque tem a questão do bolso”, explica Lima. Esses consumidores são exigente por um lado, querem produto bom e bonito, mas as expectativas ainda são menores, pois trata-se do primeiro carro e eles estão preocupados com a prestação, que aliás não é a única, tem a da casa, dos eletrodomésticos. Também existe um desconhecimento geral a respeito da participação do plástico nos veículos, o que deve vir a ser explorado pelas montadoras, aliando componente plástico à economia no dia a dia, acredita Lima. Para Ademar Simoni, da Tabone – Indústria e Comércio de Plásticos, do Rio Grande do Sul, a aplicação de plásticos nos automóveis aumenta na mesma proporção do índice de satisfação de clientes e fabricantes com os resultados alcançados e vem conquistando novos mercados. “Tanques de combustível e motores de alguns veículos já estão sendo fabricados em plástico. A maior prova do potencial de crescimento dos plásticos no setor automobilístico foi apresentada no Salão do Automóvel (Salão Internacional do Automóvel de São Paulo). Um carro constituído de carroceria feita de plástico foi apontado pela crítica como o carro mais luxuoso produzido no Brasil. Entre as vantagens da aplicação do material, está a redução do custo de produção e do peso, de 100 quilos a menos em relação a veículos do mesmo porte”, afirma Simoni. Ela destaca que as principais resinas são Poliamida (PA), polibutileno tereftalato (PBT), policarbonato (PC), polietileno de alta densidade (PEAD), poliacetal (POM), acrilonitrila-butadieno-estireno (ABS), acrilonitrila estireno acrilato (ASA), polieterftalato de etila (PET), acrílico (PMMA) e blendas as mais diversas (ABS-PBT, ASA). “Essas resinas respondem, ano após ano, por mais e mais aplicações externas, internas e under-the-hood (sob o capô), em praticamente todos os veículos”, afirma Simoni. Segundo João Remo Boff, da Multilight Sinaleiras, também do Rio Grande do Sul, os materiais mais utilizados na indústria automotiva são o Polipropileno, ABS, Nylon, Policarbonato. “O termoplástico mais utilizado e de melhor aplicação é o Polipropileno, no qual são fabricados

Orlando Marin: “Não há mais espaço para a volta de outros materiais, o plástico veio para ficar”

os para choques. Os plásticos de engenharia são cada vez mais utilizados nos motores e seus periféricos, como a carcaça do radiador, coletores, carenagem, caixa do filtro. etc.”, diz Boff. Ele acredita que a tendência para os próximos anos é a utilização cada vez maior do plástico na indústria automotiva. “Praticamente o que existe lá fora já chegou, pois que a maioria das montadoras tem suas plantas em todos os continentes”, ressalta. Sobre o Inovar-Auto, Boff pensa que o programa veio em boa hora e está dentro das possibilidades da indústria nacional. “O principal objetivo é criar condições de competitividade e incentivar as empresas a fabricar carros mais econômicos e seguros. Justamente por incentivar a fabricação de carros mais econômicos, com menor consumo energético é que o plástico terá um papel muito importante no processo. Com certeza, a participação nacional será muito importante, pois será preciso investir na cadeia de fornecedores em engenharia, tecnologia industrial básica, pesquisa e desenvolvimento e capacitação de fornecedores”, avalia. Para Orlando Marin, presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do >>>> << Outubro de 2012 < Plástico Sul < 35


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Plástico no Automóvel Octavio Pimenta Reis Neto e Daniel Wenzer Trevizan, executivos da Braskem

caminhões, tratores, com tecnologia de ponta, com projetos padrão de carro mundial, possuindo grande reconhecimento internacional e exportando grande parte de sua produção”, afirma.

Braskem destaca uso do PP

Nordeste Gaúcho (Simplás) e também diretor da Plasmosul, o plástico no automóvel significa a caracterização da modernidade. “As vantagens são totais, pois representam inovação, redução de consumo, maior desempenho e segurança, melhoria no nível de acústica e isolamento térmico, menor custo na reposição”, avalia. Ele diz que o polipropileno e seus compostos são hoje muito empregados em todas as partes do automóvel, porém os plásticos de engenharia vão continuar a compor os locais de maior exigência principalmente quanto à durabilidade, resistência mecânica e química e nas situações que envolvem risco humano. Em relação à questão estética, Marin acredita que não há mais discriminação

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quanto ao uso do plástico no automóvel, pelo contrário, hoje é um ponto muito positivo em toda a indústria automotiva. “Não há mais espaço para a volta de outros materiais. O plástico veio para ficar e aumentar muito mais sua participação neste mercado. Haverá um acréscimo muito mais forte no uso do plástico em todo o segmento automotivo, pois esta matéria-prima será a grande determinante nos avanços direcionados às reduções de peso e de consumo de combustível em toda a cadeia automotiva mundial”, diz. Sobre o papel do Brasil, Marin pensa que se não estamos na primeira fila, despontamos no pelotão da frente. “Hoje, o Brasil aprendeu a fazer bons automóveis,

Para Daniel Trevizan, da área Comercial de PP da Braskem, a área automotiva está cada vez mais exigente em suas demandas em relação à processabilidade e desempenho das resinas de PP. “Peças grandes utilizadas no exterior dos veículos requerem altos índices de fluidez, além de aumento nos requisitos mecânicos por conta de segurança e de testes de impacto”, diz. Para uso em peças no interior de veículos, as resinas devem atender a restrições crescentes de emissões de voláteis (também chamado de baixo VOC – volatile organic compounds), além de excelente estética e aparência. Para atender o mercado, a Braskem destaca que possui um portfólio de grades consagrados e lançamentos de resinas com um balanço de propriedades inédito, que atende e supera as atuais demandas e tendências do setor automotivo. Entre eles estão, CP 286 - Bumper Grade: Polipropileno copolímero heterofásico de alta performance, que possui maior fluidez que as resinas até então disponíveis >>>>


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Plástico no Automóvel

e um excelente balanço de rigidez e resistência ao impacto. O CP 286 foi formulado para atingir baixo nível de emissões (baixo VOC), corroborando com os requisitos do setor automotivo. “Assim, atendemos im-

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portantes necessidades dos clientes, como excelente processabilidade, excelente balanço de propriedades mecânicas e baixo VOC”, afirma o executivo. O CP 393 – PP de baixa contração é um polipropileno co-

Crédito mais fácil e barato, aliado à redução de alíquota de IPI animou o setor automobilístico

polímero heterofásico de baixa contração e CLTE que proporciona maior versatilidade e flexibilidade. Atende necessidades como estabilidade dimensional, balanço de propriedades mecânicas. O CP 100 – PP de alta Fluidez é um polipropileno copolímero heterofásico de alta fluidez com excelente balanço de rigidez e impacto. Já o CP100 da Braskem responde às exigências de maior produtividade do mercado automobilístico, proporcionando maior versatilidade e flexibilidade. Assim, de acordo com a empresa, atende às seguintes necessidades: baixo teor de VOC (Volatile organic compound) e excelentes propriedades organolépticas; maior facilidade de preenchimento no molde de injeção com excelente balanço de propriedades mecânicas; e maior produtividade em peças injetadas. “Um dos prin-


cipais atrativos para uso de PP nos veículos é que essa resina propicia significativa redução de custo e de peso das peças em relação aos plásticos de engenharia e metais. Portanto, com a evolução do PP e dos compostos que utilizam essa matéria-prima como base, estamos avançando cada vez mais em aplicações antes feitas com Plásticos de Engenharia e metais, como pedal de automóveis, coletor de admissão, cobertura do motor, Front-End, etc”, afirma Trevizan.

Mais habitantes por veículo

Hoje, a participação de automóveis e autopeças no setor plástico é de 15%. Octavio Pimenta Neto, também da área Comercial de PP da Braskem, comenta o cenário promissor dos próximos períodos. “O crédito mais fácil e mais barato, acompanhado da redução de alíquota de IPI trouxe ânimo ao mercado que se encontrava bem desaquecido no primeiro semestre de 2012. As iniciativas do Governo vieram em hora oportuna e sugerem a manutenção dos números de 2011; o que já é de extrema importância em função da crise econômica mundial, diz Neto. Segundo ele, o Brasil tem atualmente sete habitantes por veículo, e este número era praticamente o dobro há menos de 20 anos. Acrescenta que países como EUA, Japão, Canadá, Espanha, Reino Unido, França e Alemanha apresentam proporção entre 1,2 a 1,6 habitantes por veículo. O Brasil tem 3% da frota com mais de 20 anos de idade, sendo quase a metade com até cinco anos. A outra metade é de veículos com 6 a 20 anos. Em 2006, dos veículos em circulação, cerca de 9% eram fabricados fora do País. Já em 2011, alcançou 12,5% e só não foi maior em função do reposicionamento da alíquota de IPI para importados”, informa o executivo. Ele afirma que de posse deste cenário, o Governo brasileiro implementou o Inovar Auto, que busca materializá-lo em crescimento, estimulando a fabricação local de unidades mais econômicas, modernas e competitivas, com a contrapartida de desoneração da cadeia.“Montadoras como Toyota e Hyundai já partiram suas fábricas agora em 2012 somando ao mercado 100 mil unidades por ano. Outras como JAC, Nissan, Cherry e BMW já anunciaram seus planos para o Brasil. Além dos planos de crescimento de locais como a Fiat, partindo sua

fábrica de Goiana/PE em 2014”, comenta. O executivo destaca a questão dos importados. “Assim como a importação de matérias-primas compromete a perpetuidade e o crescimento das empresas de base, ou de primeira e segunda gerações, a importação de peças automotivas compromete em definitivo a terceira geração, responsável pela transformação dos insumos, como o plástico". Ele informa que até 2011 a taxa de crescimento de veículos e peças importados era de até 50%, e até então as licenças de importação eram concedidas e renovadas automaticamente. Acrescenta que desde o final de 2011 o Governo passou a rever alíquotas, concessões e renovações de licenças como pano de fundo para a implantação do Programa Inovar-Auto. "Além da busca pela competitividade, segurança e inovação das unidades produzidas em território nacional, o programa busca ampliar o conteúdo nacional para adensar a cadeia produtiva, o que é de extrema importância para o crescimento, inovação e perpetuação da primeira, segunda e terceira gerações de empresas do plástico”, opina Neto. Ele enumera as características fundamentais do setor que indicam o sucesso junto ao Inovar-Auto. “O plástico é um dos materiais de menor densidade e, portanto, confere menor massa transportada aos veículos. Transportando menor massa, menor o consumo de energia. Além disso, a segurança passiva, oriunda de para-choques, painéis, air bags, aliada ao design obtido com o uso do plástico, são condições importantes para as montadoras se beneficiarem e se manterem competitivas com o programa”, diz Neto. Neto também acredita que o Salão Internacional do Automóvel de São Paulo na recente edição de 2012 consagrou o Brasil como o grande mercado promissor da indústria automotiva mundial. “Anteriormente, as edições apresentavam unidades já lançadas em outros eventos no mundo. Neste último foi possível testemunhar lançamentos globais, bem como dezenas de anúncios de investimentos em construção de fábricas aqui no Brasil, o que reforça o compromisso com a geração de valor, sustentabilidade das operações, alinhamento das melhores práticas fabris e de projetos”, afirma. Conforme o executivo, “o conteúdo em plástico vem aumentando, conferindo estilo e design aos veículos, encantando e >>>> << Outubro de 2012 < Plástico Sul < 39


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Plástico no Automóvel

conferindo aos consumidores maior segurança e menor consumo de energia. Neste cenário, não nos parece impossível sairmos das 3,7 milhões de unidades fabricadas atualmente para mais de 5 milhões em 2020”, acredita Neto.

Lanxess: inovação e mobilidade no futuro

Anderson Maróstica, especialista técnico da unidade de negócios HPM (High Performance Materials) da LANXESS, diz que os plásticos são cada vez presentes no mercado de transportes e, especialmente, na fabricação de automóveis. “Os materiais da marca Durethan (PA) e Pocan (PBT) da LANXESS são muito utilizados na indústria automobilística brasileira, pois conseguimos incorporar até 65% de cargas em Poliamidas e 55% de cargas em PBTs, aumentando substancialmente o módulo e resistência desses materiais, permitindo a utilização em aplicações complexas e de espessuras de paredes finas substituindo os metais. Os plásticos são usados para uma série de produtos, incluindo painéis, interiores, componentes sob o capô, aplicações exteriores e acabamentos. A flexibilidade do material é uma vantagem em termos de estilo, enquanto o seu peso leve melhora o consumo de combustível ao substituir materiais mais pesados. Desde 2002 a sua taxa de crescimento vem aumentando, em parte devido às fortes vendas de carros e em parte devido à substituição contínua de materiais tradicionais”, avalia. 40 > Plástico Sul > Outubro de 2012 >>

Maróstica diz que outras pressões legislativas sobre o mercado automotivo podem ser esperadas em relação à economia de combustível, emissões, segurança e ruído e os plásticos terão um papel nestas questões. Os plásticos de engenharia tem aumentado sua participação no motor, pois existe uma tendência da redução do espaço e, portanto, um aumento da temperatura de aplicação, exigindo materiais de maior resistência térmica, como, por exemplo, a Poliamida 6 Durethan. Hoje a participação de automóveis e autopeças no setor plástico é de 15%. Maróstica diz que as perspectivas são mesmo de maior produção de carros e tendência de redução de peso, que exigem plásticos de alta tecnologia. “É uma inovação que possibilita a mobilidade do futuro. Algumas estimativas para o setor apontam crescimento global anual da produção de carros de 3,3%; aumento do uso de plásticos de alta tecnologia por carro de 7% ao ano até 2020; a produção global de veículos leves aumentará 30% nos próximos cinco anos; participação atual dos plásticos de alta tecnologia em carros deverá crescer entre 15% e 17%; a mobilidade elétrica impulsiona ainda mais os plásticos de alta tecnologia - espera-se que a participação total dos plásticos exceda 25% neste segmento”, informa. A LANXESS adquiriu recentemente na Alemanha, país conhecido por sua visão sustentável, a empresa Bond Laminates, especializada na produção de chapas de

ENGAGE XLT™, da Dow: peças com alta absorção de impacto e moldabilidade

compósitos reforçadas com diferentes tipos de materiais, como fibras de vidro. Esta tecnologia é comercializada sob a marca TEPEX. A LANXESS tem trabalhado em parceria com essa empresa desde 2006 em diferentes projetos de sucesso na indústria automotiva. Essas chapas de compósitos proporcionam maior resistência às aplicações, além de uma redução de peso em relação às chapas de metal, em torno de 20%. “Algumas aplicações que já são produzidas em plásticos de alta tecnologia lá fora e que poderemos ter aplicações locais aqui são: front end, carter de óleo do motor e câmbio, alojamento do estepe, etc”, informa Maróstica.

Resultado com menos material

No cenário de produção sustentável, competitiva e de alta performance, em que se esperam soluções inovadoras que abram o caminho para um novo patamar de conforto e segurança, além claro de valorização do design, a Dow destaca a linha ENGAGE XLT™. O elastômero proporciona o uso de menos material para a obtenção do melhor resultado: peças mais leves, econômicas e com maior flexibilidade de moldagem. Com esta solução, a injeção de peças internas ou externas pode ser feita com redução da massa do produto, o que resulta em peças com alta absorção de impacto, moldabilidade e qualidade no acabamento. "A indústria busca melhorar a rigidez e a resistência ao impacto das peças, além do melhor fluxo para aumentar a velocidade de produção e obter peças com desenhos mais complexos", segundo Andrea Rhodius, Gerente de Marketing da área de elastômeros para a América Latina. A linha de elastômeros ENGAGE XLT™ amplia o portfólio Dow com elastômeros de alta eficiência que permitem a elaboração de peças mais finas que ajudam a aumentar a velocidade de produção, reduzindo o tempo de esfriamento e o coeficiente de expansão, além de trazer redução do consumo de combustível, já que contribui para a diminuição de peso do veículo, e design


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Maróstica, da Lanxess, explica que aumentou a participação dos plásticos de engenharia nos motores dos carros

mais criativo, pois ao manter um elevado índice de fluidez nos compostos, consegue-se melhorar o enchimento dos moldes mais complexos. Além do visual, a textura de paineis e porta objetos contribui para um acabamento mais elaborado e confortável para o toque. No item segurança, peças como tampas de airbags se tornam mais finas, suaves e menos quebráveis e os para-choques absorvem impactos maiores.

Leveza para caminhões

Um incentivo a P&D

Um ponto importantíssimo do Inovar Auto é o incentivo a P&D, já que a busca por veículos mais leves e econômicos passa a ser uma necessidade. Gilmar Lima, da MVC, diz que atualmente toda a cadeia se encontra em uma zona de conforto, fabricante, transformador, usuário final. “A

nalizado. Agora, com o regime automotivo, vai ter que se ir adiante”, projeta Lima. As pesquisas são feitas pelos grandes fabricantes, que tem a iniciativa, mas nem sempre conseguem aplicação. Então, fica para empresas e centros de tecnologia, a universidade como área de apoio. “A universidade trabalha com visão não tão pratica, mais conceitual. A velocidade será o ponto principal daqui para frente. Projetos de 2, 3,4 anos têm que ser aplicados em meses”, diz Lima.

pesquisa existe e estamos evoluindo, mas é preciso investir mais. Além disso, sempre esbarrava na questão competitividade”, ressalta. Não basta pesquisa, tem que ter aplicação. “Quando batia em preço, era fi-

Um composto de plástico da BASF foi, pela primeira vez, utilizado na seção de ar de um veículo comercial neste ano. O duto de ar para motores de caminhão DD 13/ DD 15 é uma das primeiras aplicações de grande produção para a classe de poliamida (PA) Ultramid® A3W2G6. O componente, que é produzido pela ElringKlinger a partir da PA altamente resistente ao envelhecimento por calor, oferece elevadas capacidades mecânicas e térmicas. O módulo de >>>>

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Plástico no Automóvel O isolamento térmico e leveza, encontrados no Ultramid Endure, da Basf, são ideais para aplicação nos motores

Técnicas de desenho computacionais foram utilizadas para satisfazer ambos os requisitos: no primeiro caso, otimização numérica de topologia; no segundo, otimização da forma: empregando princípios biônicos nos locais virtuais de aproximação de plástico, precisamente os locais do componente onde é realmente necessário suportar cargas. Este desenvolvimento foi acompanhado de dispersão, pulsação de pressão e testes laboratoriais de ruptura de pressão do componente na Basf. admissão de óleo multifuncional também é fabricado a partir de uma poliamida da Basf. A designação DD 13/DD 15 abrange uma gama de motores de caminhão a diesel de alto desempenho com deslocamento aproximado de 13 e 15 litros, respectivamente, que a Detroit Diesel, fabricante de motores de caminhão e subsidiária da Daimler, produz nos EUA. A empresa diz que a tendência de leveza tem tomado conta do setor de caminhões e, assim como no setor de automóveis, o objetivo para DD 13/DD 15 é substituir peças pesadas de metal por componentes leves de plástico que proporcionam um desempenho equivalente. Comparado com o seu antecessor de alumínio, o leve duto de ar feito a partir da poliamida da BASF é 1,8 kg mais leve, ou seja ou 50% mais leve. A alta resistência ao envelhecimento por calor da poliamida de especialidade Ultramid® A3W2G6 é confirmada pelo seu desempenho em testes de pulsação de pressão do componente a 140°C. O duto de ar deve sobreviver 3.000 horas de flutuações de pressão entre 0,4 e 3,5 bar. Estes são os requisitos especiais no setor de veículos comerciais, segunda a Basf. Eles surgem a partir da mistura de ar fresco do motor com o gás de escape quente (até 230°C) recirculado (EGR: recirculação dos gases de escape). No ponto em que o gás de escape é reintroduzido e sob cargas elevadas, os picos de temperatura de até 200°C podem ocorrer. 42 > Plástico Sul > Outubro de 2012 >>

O módulo de admissão de óleo do DD 13/ DD15 também apresenta desafios exigentes para o material. É feito a partir de Ultramid® A3WG7 e, além da ligação de admissão de óleo e da linha de fornecimento de óleo, incorpora uma válvula de retenção integrada. No teste de componente, o material envelhecido tem de resistir a mais de 10 milhões de ciclos de pulsação de pressão de óleo entre 5 e 13 bar a 120°C. Em testes de longa duração, 500.000 ciclos devem ser suportados na presença de uma mistura de óleo que contém não somente o óleo do motor envelhecido, mas também os componentes do combustível. Enfim, é esperado para um caminhão dirigir cerca de 1,2 milhões de km. Nesta parte, a substituição de Ultramid para o metal e o elevado grau de integração funcional resultou em reduções de custo e de peso de 0,8 kg, ou 50% por peça.

Testes precisos

Com a ajuda de seu instrumento universal de simulação em computador Ultrasim®, a Basf prestou assistência à equipe de desenvolvimento na ElringKlinger. No caso do módulo de óleo, por exemplo, um objetivo foi o de prevenir a fadiga induzida do material pelo funcionamento dinâmico do motor e deste modo maximizar a vida de serviço. Ao mesmo tempo, as junções de solda precisaram ser concebidas com muito cuidado: junções de solda são potenciais pontos fracos que devem ser submetidos à menor carga possível durante a operação.

Ultramid Endure:1ª aplicação na Alemanha

Dois anos após a sua introdução, o plástico de engenharia resistente a altas temperaturas Ultramid® Endure da Basf tem sua primeira aplicação de produção em grande escala: a empresa Montaplast, na Alemanha, uma fornecedora global para a indústria automotiva, está usando a especiliadade de poliamida Ultramid Endure D3G7 para a proteção ao calor no tubo de admissão de ar usado no motor do automóvel a diesel de 4 cilindros da Daimler, informa a Basf. Na região da entrada de ar no tubo de admissão de ar, que dispõe de recirculação total dos gases de escape, o ar fresco e os gases de escape quentes são reunidos. Este é o lugar onde altas temperaturas de mistura e forte turbulência se encontram. Até agora, um blindagem de alumínio fornecia proteção para a parede e um sensor embutido. Agora, uma inserção de plástico resistente ao calor cumpre esta função. A resistência especial ao envelhecimento por calor do Ultramid Endure entra em jogo aqui: o material resiste facilmente a uma temperatura de serviço contínua de 220° C e às temperaturas de pico de 240° C. A tecnologia de estabilização cria uma camada superficial de proteção em que o plástico é responsável pela elevada resistência ao calor da especialidade de poliamida.

Diferenciais do plástico

Duas propriedades adicionais do plástico diferenciam sua nova proteção ao calor


do seu antecessor de metal: em primeiro lugar, as funções do plástico como um isolante térmico. Adicionalmente, foi possível incorporar aberturas na proteção ao calor do Ultramid Endure para produzir uma turbulência específica na admissão do ar. Além disso, o peso da peça de plástico corresponde apenas à metade da peça de alumínio utilizada anteriormente. O compartimento do motor se torna cada vez mais compacto e, portanto, mais quente. Ao mesmo tempo, o veículo deve ficar mais leve com a substituição do metal pelo plástico. A nova poliamida Ultramid® Endure combina a sua resistência extraordinariamente elevada ao envelhecimento por calor com a boa processabilidade de PA66 – a característica que é o fator determinante quando se trata de custos do sistema. Assim, o material é uma alternativa ideal para aplicações em todo o sistema de admissão de ar nos modernos motores turbinados. Graças à liberdade de design que o plástico moldado por injeção proporciona, o fornecedor automotivo pode suprir as ne-

cessidades individuais de um fabricante de veículos especificamente.

Volvo Trucks: sustentabilidade da Sabic

A Sabic anunciou no primeiro semestre um marco em sustentabilidade obtido junto a Volvo Trucks, a primeira aplicação feita com material reciclado em caminhões norte-americanos, fabricada a partir de matéria-prima pós-consumo (post-consumer recycled - PCR). Especificamente, a resina de tereftalato de polibutileno (PBT) Valox iQ* da SABIC, que incorpora em sua síntese garrafas de água pós-consumo, é usada nos suportes do sistema de deflexão de ar lateral em todos os sete modelos da plataforma de caminhões pesados Volvo VN 2012. A Valox iQ, além de ajudar a Volvo a fornecer melhor desempenho em condições severas de uso, contribui para um conceito mais sustentável. Outras soluções da SABIC usadas para aprimorar a sustentabilidade e o desempenho em caminhões Volvo VN incluem a resina Noryl GTX* utilizada em

paralamas, a resina Cycoloy* para as grades e a resina Lexan* para faróis dianteiros. Além de oferecer a resina com conteúdo pós-consumo, a Sabic oferece suporte técnico no desenvolvimento de novas aplicações para ajudar esta empresa líder mundial na fabricação de caminhões a transformar seu projeto em realidade e a avançar em suas metas de sustentabilidade. A resina Valox iQ pode ter até 60 % de conteúdo pós-consumo e ajudar a reduzir a pegada de carbono da resina em até 49% em relação às resinas de PBT virgem. No entanto, ao contrário de outros materiais reciclados, que perdem desempenho através de repetidos processos de fusão, as resinas Valox iQ recicladas têm desempenho comparável ou superior ao dos materiais convencionalmente fabricados, segundo a Sabic. Como resultado, a resina Valox iQ proporciona uma excelente resistência ao impacto, a produtos químicos e a fadiga. Outros materiais da Sabic, tais como as resinas Noryl GTX e Cycoloy, ajudam a economizar combustíveis ao reduzir signi- >>>>

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ficativamente o peso em componentes de veículos grandes pela substituição do metal tradicional e outros materiais mais pesados que os plásticos de engenharia.

Plástico no lugar do aço em paralama

A unidade Innovative Plastics da Sabic anunciou em agosto que o fabricante automotivo indiano Mahindra & Mahindra (M&M), com o apoio do fornecedor de nível 1(Tier 1) Plastic Omnium, desenvolveu os primeiros paralamas em plástico moldados por injeção da Índia, destaque na SUV XUV500. A substituição do aço pela resina Noryl GTX*, com capacidade para suportar o processo de pintura em linha, ajudou a Mahindra & Mahindra a reduzir o consumo de combustível e as emissões, aumentar consideravelmente a liberdade de design e a resistência a pequenos impactos na SUV. A utilização da resina Noryl GTX para os paralamas ajuda a tornar o modelo global XUV500 em uma das SUVs mais leves de sua categoria. A Mahindra & Mahindra buscava redução de peso, capacidade de pintura em linha, melhor gerenciamento dimensional e excelente resistência a impactos em baixas velocidades. A resina proporcionou liberdade significativa para criar paralamas mais com designs mais agressivos e maiores, com curvas acentuadas e linhas ousadas de acordo com o design inspirado em um leopardo para o modelo XUV500, informou a Sabic. "A Mahindra & Mahindra é uma 44 > Plástico Sul > Outubro de 2012 >>

empresa de veículos utilitários de primeira linha da Índia que possui uma tradição histórica de lançar SUVs inovadoras, e eles fizeram isso de novo com o novo veículo XUV500", disse V. Umamaheswaran (UV), diretor de marketing Automotivo da Innovative Plastics. "Estamos honrados de termos desempenhado um papel importante no alcance das metas de redução de peso neste veículo, ajudando a Mahindra & Mahindra a ficar mais próxima de sua meta de desenvolver a mais leve SUV no mundo.

Ford e Citroën

Pelo uso inovador dos materiais termoplásticos da Sabic em duas aplicações, Ford e Citroën são finalistas na 42ª competição anual “Automotive Innovation Awards” da SPE® (Society of Plastics Engineers). A entrega é em novembro. A primeira é a bateria elétrica de alta voltagem do Ford Focus, moldada com a resina NORYL™ GFN da Sabic, que ajudou a proporcionar ao novo veículo elétrico maior propulsão, maior capacidade da bateria e menor peso quando comparada aos modelos fabricados com materiais convencionais. A segunda aplicação é a janela traseira do Citroën DS5 hatchback, moldado em resina de policarbonato (PC) LEXAN™ GLX. A peça termoplástica permite um ambicioso design tridimensional e uma economia de 20 por cento no peso em comparação aos modelos de vidro. As resinas NORYL GFN e LEXAN GLX auxiliam os clientes automotivos da Sabic na redução de peso dos veículos, avanços

Resinas fabricadas pela Sabic proporcionam diferenciais ao modelos Hyundai

na tecnologia e maior liberdade para criação de modelos de classe internacional. O modelo totalmente elétrico Ford Focus depende de sua bateria EV de alta voltagem para alcançar uma autonomia de 76 milhas (122 km), proporcionando uma economia de combustível de 105 milhas por galão. A Ford selecionou a resina NORYL GFN da SABIC para a estrutura da bateria porque o material permite moldagem com paredes finas que aumentam o espaço para um número maior de células da bateria. A combinação do design de paredes finas e a baixa gravidade específica da resina NORYL GFN reduz o peso em 15 por cento. Esta resina de poliéter de fenileno modificado (MPPE) também apresenta excelente estabilidade dimensional e retenção das propriedades em ambientes adversos. O design do Citroën DS5 é aprimorado pelas janelas traseiras suavemente curvadas. A LEXAN GLX permite a criação de um design 3D que dificilmente poderia ser executado em vidro e ainda reduz o peso da peça na ordem de 20 por cento, segundo a Sabic. Essas são as primeiras janelas traseiras em produção a utilizarem a moldagem por injeção-compressão para reduzir a tensão residual das peças finais. Os componentes se beneficiam da alta transparência, resistência a intempéries e compatibilidade de revestimento desse novo material.

Outras aplicações destaque da Sabic

O paralama dianteiro do veículo utilitário esportivo compacto (SUV) Outlander Sport 2013 da Mitsubishi foi indicado pelo uso pioneiro da moldagem por injeção de duas cavidades utilizando a resina NORYL GTX. Moldando os componentes direito e esquerdo simultaneamente é possível reduzir o tempo do ciclo pela metade. Além disso, o modelo integra suportes para o sistema de absorção de energia para pedestres. O carregador EV portátil do Volt 2013 da Chevrolet, fabricado pela Delphi Corp., baseia-se em diversos tipos (grades) da resina VALOX™ da Sabic, que fornece alto desempenho e conformidade com as regulamentações.


O parachoque traseiro do Fiat Panda 2012, fabricado com a resina NORYL GTX, é o primeiro sistema híbrido plástico/aço de parachoque capaz de receber revestimento por eletrodeposição (e-coating) no próprio OEM. Esse recurso reduz o peso e o custo e proporciona ótima absorção de energia em comparação ao metal puro. Os consoles internos das portas com portacopos do sedã de luxo Lincoln MKZ 2013 são os primeiros a utilizar a resina CYCOLOY™ com a tecnologia de moldagem 'nano talc' para aplicações fabricadas já na cor final desejada. O material fornecido pela SABIC aumenta a resistência ao calor comparado ao ABS e PC/ABS convencionais, permitindo que o OEM atenda aos requisitos de resistência/ deflexão térmica em altas temperaturas

Preço final é desafio

Uma das grandes questões quando se fala de carro no Brasil é o preço final. Já foi escancarado há tempos o peso dos tributos no valor desembolsado pelo consumidor. Com a internet, a situação ficou mais evidente, não é preciso sair do país para ver que veículos que custam US$ 20 mil nos Estados Unidos, passam dos R$ 100 mil no Brasil, como mostrou um anúncio de jornal americano postado no Facebook. A respeitada publicação Forbes chegou a fazer graça do valor que brasileiros estão dispostos a pagar por carros que no Eua são acessíveis, destacando inclusive a disparidade dos preços finais no Brasil em relação ao salário médio dos brasileiros. Desconsiderando o, não menos importante, posicionamento de produto, existe uma questão forte tributária e de Custo Brasil. “Com a maior entrada do plástico, a tendência do custo é baixar, o investimento para fazer em plástico é menor, tende a reduzir preço, mas esse fator é pequeno perto da reforma tributaria necessária. Tem que focar menos tributo na cadeia toda, basta ver como a redução de IPI deixa o carro competitivo”, avalia Lima. Ou seja, o preço final pode baixar, mas não é o plástico que vai resolver a questão dos valores altos. Em entrevista recente ao jornal Zero

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Rafael Mesquita, da Villares: aço destina-se a moldes para peças plásticas dos setores automotivo e de eletrodomésticos

Hora, o presidente da BMW no Brasil, Henning Dornbusch, disse que alguns carros chegam a custar três vezes mais no Brasil em função do custo/carga tributária. O executivo afirmou que a margem de lucro no Brasil é uma das menores no mundo. Mesmo assim, o Brasil está em destaque, tanto que a multinacional alemã vai instalar uma fábrica em Araquari, em Santa Catarina. Os primeiros modelos brasileiros devem sair no final de 2014. Dornbusch disse que o Brasil tem uma demanda reprimida muito grande, há um movimento de distribuição de renda para os próximos anos, e o número de habitantes por carro no país Brasil ainda é muito elevado. Em relação ao Inovar-Auto, o executivo diz que agora o governo brasileiro começa a alinhar os interesses de desenvolvimento do país à qualidade das indústrias já existentes e aos novos entrantes, assim como China, Índia e Rússia. “O Brasil demorou muito tempo para desenvolver uma política automotiva. O que nós tínhamos antes não era uma política propriamente automotiva, mas regras bem antiquadas”, informou Dornbusch à publicação gaúcha.

Novo aço para moldes

Atendendo uma tendência e necessidade de mercado de desenvolver moldes de alta dureza, a Villares Metals lança o VP Atlas, um aço de elevada resistência mecânica, melhor usinabilidade e polibilidade. É indicado para processos que exigem desempenho superior na produção de

moldes de elevada resistência mecânica e de desgaste, comparado ao fabricados em P20 e 1.2738. O produto foi apresentado em Joinville/SC e Caxias do Sul/RS, dois polos de ferramentarias e potenciais mercados para esse lançamento. “A novidade garante mais qualidade e brilho superior à peça plástica e vida útil prolongada ao molde. Apesar da elevada dureza do aço, o produto permite a fabricação do molde com facilidade”, revela Rafael Agnelli Mesquita, diretor de novos negócios e marketing da empresa. Patenteado pela Villares Metals, o VP Atlas não pertence a nenhuma classe padronizada de aços, mas é indicado para substituir os aços pré-endurecidos para 40 HCR, com o DIN 1.2711 e suas versões modificadas. É fornecido no estado beneficiado na faixa de dureza em 350 - 390 HB (38 – 42 HRC) em dimensões com espessuras de blocos de até 900 mm. O produto foi desenvolvido com tecnologia nacional e profissionais brasileiros no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa e contou com experiências práticas aplicadas em clientes. O novo aço destina-se a moldes utilizados em peças plásticas dos exigentes segmentos automotivo e de eletrodomésticos. A aplicabilidade na linha auto destina-se a emblemas, frisos, peças plásticas reforçadas com fibras abrasivas, calotas e grades. Para linha o branca o uso é indicado, por exemplo, para peças internas de refrigeradores, como gavetas, e tampas de lavadoras, que exigem alta polibilidade. “O produto inovador possui composição química balanceada, passando por tratamento de microinclusões, o que lhe garante melhor equilíbrio e desempenho, vistos como vantagens competitivas em mercados tão acirrados, como o automotivo”, comenta José Bacalhau, engenheiro pesquisador, responsável pelo desenvolvimento do produto. Rafael lembra que é crescente o uso de peças plásticas em automóveis que exigem um design mais avançado e, por consequência, o desenvolvimento de moldes com características especiais. “A ideia de desenvolver esse produto, veio de uma necessidade externa dos nossos clientes e a nossa proposta é exatamente essa, captar as tendências de mercado e transformá-las em produtos”, acrescenta. PS << Outubro de 2012 < Plástico Sul < 45


Tendências

& MercadosABS

Nas curvas do ABS Tendo como grande mercado de atuação o setor de automóveis, matéria-prima derrapou nas curvas em 2011, mas estimativa é de aceleração no desempenho deste ano, recuperando margens e demonstrando seu potencial de crescimento.

T

endo como principal filé a indústria automobilística, o mercado de ABS mantém certa estabilidade nos últimos anos quando o assunto é consumo nacional. Apresentando em 2011 leve queda de 3% no volume de vendas, o consumo no país chegou a 80 mil toneladas da resina. O pequeno percalço será compensado em 2012, segundo estimativas da consultoria Maxiquim. Neste ano, as perspectivas apontam crescimento de 5% no consumo brasileiro, ficando em torno das 84 mil toneladas comercializadas. A resina, aplicável em diversos setores da indústria, tem nos

46 46 >> Plástico Plástico Sul Sul >> Outubro Outubro de de 2012 2012 >> >>

veículos automotivos, seguido dos eletroeletrônicos, seus principais mercados de atuação. Ainda conforme informações da Maxiquim, cerca de 40% do volume de ABS comercializado no Brasil são destinados aos carros, onde o material se destaca perante o aço devido à sua leveza e também ganha espaço em relação a outros plásticos devido a inúmeras resistências, como a quebra. Apesar da linha de consumo no Brasil manter-se estável, apresentando em certas ocasiões crescimento, e da expansão dos plásticos de engenharia no país, ainda não há planta de ABS em solo nacional. O fato é que ainda não há consumo suficiente que justifique os investimentos, já que há outros mercados mais fortalecidos que explicam a produção local. Por enquanto, a resina chega por aqui através de revendedores de multinacionais estrangeiras, que identificaram no ABS um grande mercado com inúmeras possibilidades. A Innova, por exemplo, revende no país o ABS e o SAN. O Pólo Petroquímico de Triunfo (RS) abriga três unidades industriais da Companhia, totalizando 220 mil m² de área ocupada e 113 mil m² de área construída, enquanto que os dois escritórios - um em Porto Alegre (RS) e outro em São Paulo (SP) - concentram as áreas Administrativa, Comercial, de Marketing e Serviços. Com capacidade de produção de Estireno em 260 mil toneladas por ano, a empresa também oferece Etilbenzeno e Poliestireno. Marcos Pires, Coordenador de Marketing & Inteligência de Mercado da Innova, diz que as principais aplicações do ABS estão nos acabamentos interiores, retrovisores, peças cromadas, tetos de ônibus. Segundo o executivo, a participação da Innova na indústria automobilística ainda é pequena, mas a empresa considera este segmento bastante promissor. “A tendência de crescimento está no aquecimento desta indústria e principalmente pela substituição do aço e alumínio, ajudando na diminuição dos pesos dos veículos. Sem contar no apelo ecológico, já que a diminuição de peso reduz o consumo de combustível e emissão de gases nocivos a saúde”, comenta. Pires diz que, no mercado nacional, a tendência é de aumento do desempenho do ABS em decorrência do aquecimento da indústria automotiva, linha branca, duas rodas, construção civil, etc. Sobre o mercado internacional de ABS, comenta que a oferta mundial é de 8,1 milhões de toneladas (base 2011) e que as principais empresas produtoras estão localizadas na Ásia. “Na América do Sul não há produção, atualmente o mercado nacional é abastecido por importações. A demanda mundial de ABS vem se mantendo relativamente constante nos últimos anos, entre 7 e 8 milhões de toneladas/ano. Os setores de eletroeletrônicos e peças para indústria automobilística serão responsáveis pela demanda, estima-se um crescimento para o mercado período 2011 a 2016 em torno de 5,4%”, afirma Pires. A Unigel chegou a anunciar em 2011 o investimento em uma unidade de produção no Guarujá (SP) que envolveria a injeção R$ 70 milhões. O projeto, que previa o início das operações até o final de 2012, foi adiado pela Companhia, que dependendo das decisões internas pode começar a produção até dezembro de 2013. PS


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Foco no Verde

Mexichem Brasil instala-se em edifício sustentável

A sede administrativa da Mexichem Brasil, detentora das marcas Amanco, Plastubos e Bidim, será transferida para o Edifício Rochaverá Corporate Towers, no bairro do Brooklin, em São Paulo, referência em construção sustentável. LEED do Green Building Council pelo aproveitamento máximo dos espaços abertos com vegetação, presença de transporte público próximo ao prédio e utilização controlada de iluminação, entre outros pontos. Para a escolha das novas instalações, além do conforto e localização do espaço, ao lado dos shoppings Market Place e Morumbi e integrado à Estação Morumbi do Trem Metropolitano, a Mexichem Brasil levou prioritariamente em consideração aspectos relativos à questão da sustentabilidade, que é um dos pilares da empresa, especialmente no que diz respeito à água. No Rochaverá, há um eficiente sistema de recolhimento e tratamento de água da chuva e lavatórios, que posteriormente é utilizada, por exemplo, para a irrigação 48 > Plástico Sul > Outubro de 2012 >>

dos jardins. Outro ponto de destaque são as soluções empregadas para a conservação da água, já que em um prédio de porte semelhante são utilizados anualmente uma média de 197 litros por metro, contra 122 do edifício sustentável. Além de ser padrão em sustentabilidade, o conjunto de prédios também já se transformou em dos marcos urbanísticos da cidade. Suas fachadas inclinadas atendem às tendências de design e cercam uma praça semipública, proporcionando um agradável ambiente de convivência aos pedestres.

Parceria entre Braskem e DuPont cria nova linha com Plástico Verde

A DuPont Packaging & Industrial Polymers (DuPont) anunciou o lançamento de uma nova linha de resinas adesivas e modificadores de polímeros em parceria com a Braskem ampliando assim suas linhas de resinas DuPont™ Bynel® e DuPont™ Fusabond®. Os produtos foram desenvolvidos para igualar ou superar o desempenho de

seus equivalentes derivados de petróleo, além de complementar a crescente carteira de soluções da DuPont visando maior sustentabilidade. Os produtos são ainda totalmente recicláveis através das atuais redes de reciclagem de polietileno (PE). Através da parceria, anunciada oficialmente na European Bioplastics Conference, em Berlim, na Alemanha, a DuPont empregará o PE de fonte renovável, conhecido como Plástico Verde, da Braskem, na produção de alternativas substitutivas às resinas adesivas e modificadores de polímeros de origem fóssil. Assim, usuários poderão atingir melhores indicadores ambientais sem alterar os níveis de desempenho ou processabilidade dos produtos. “Estes dois materiais possuem inúmeras aplicações em diversas indústrias,” diz Shanna Moore, diretora global de sustentabilidade da DuPont Packaging & Industrial Polymers. “Estamos comprometidos em auxiliar os clientes a atingirem seus objetivos, visando oferecer maior sustentabilidade em seus produtos. Através de nossos


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esforços dedicados de pesquisa e desenvolvimento e parcerias como essa com a Braskem, podemos atender com sucesso os desejos de nossos clientes de reduzir sua pegada de carbono”, ressalta. “A Braskem está empenhada em transformar o desenvolvimento das linhas Bynel® e Fusabond® em uma parceria longa e frutífera com a DuPont”, diz Marcelo Nunes, diretor de Químicos Renováveis da Braskem. “Sabemos que a utilização de biopolímeros em produtos voltados para a indústria de filmes e embalagens multicamadas é uma tendência e os negócios crescerão bastante”. As resinas adesivas de coextrusão DuPont™ Bynel®, geralmente chamadas de tie layers, ajudam fabricantes de embalagem a melhorarem suas barreiras, vedação de calor e outras funções em estruturas multicamadas como filmes, garrafas, tubos e folhas termoformáveis. A DuPont oferece à indústria de embalagens a maior variedade disponível destas resinas especializadas. Com os novos grades de origem renovável, a empresa pretende ajudar fabricantes de filmes e embalagens multicamadas que passaram a utilizar o polietileno verde da Braskem a aumentar o conteúdo de material renovável em suas estruturas.

Projeto “Plástico reciclado, vidas renovadas” conquista Top Sustentabilidade

Ainda referente à Braskem, a Companhia conquistou o prêmio Top Susten-

tabilidade ADVB/RS, que faz parte da 30ª edição do Prêmio TOP de Marketing da Associação dos Dirigentes de Marketing e Vendas do Brasil (ADVB/RS). O anúncio da premiação foi realizado recentemente na sede da ADVB. A PricewaterhouseCoopers foi a responsável pelo acompanhamento do processo de escolha dos vencedores, que envolveu 29 categorias avaliadas por um seleto grupo de 42 jurados, formado por empresários, acadêmicos e profissionais de Marketing. A Braskem foi premiada com o case “Plástico reciclado, vidas renovadas”, que detalha as ações de incentivo da empresa à reciclagem no RS. A petroquímica já investiu, desde 2009, mais de R$ 1,1 milhão na reestruturação e capacitação de cinco centros de reciclagem em Nova Hartz, Canoas, Campo Bom, Nova Santa Rita e Dois Irmãos. A cerimônia de premiação acontece no dia 26 de novembro, às 19h, no Teatro do Bourbon Country.

Edra Equipamentos ganha premiação com caixa eletrônico sustentável

O primeiro caixa eletrônico sustentável fabricado no Brasil levou a Edra Equipamentos a conquistar o Prêmio Excelência em Composites na categoria “Melhor Desenvolvimento Tecnológico”. A premiação também se estendeu a Jorge Braescher, presidente da empresa, que foi eleito a “Personalidade do Ano”. Na sua 11ª edição, o Prêmio Exce-

Edra conquista prêmio pelo primeiro caixa eletrônico sustentável fabricado no Brasil

lência é organizado pela Artsim, empresa que também promove a Feiplar, principal feira do setor de compósitos da América do Sul. “É sempre uma satisfação ver um projeto ambientalmente amigável ser reconhecido”, comenta Braescher. A Edra Equipamentos também foi eleita este ano uma das “50 empresas do bem” pela Revista IstoÉ Dinheiro. Denominado Banco Contemporâneo, o caixa eletrônico apresenta mais de vinte inovações em relação aos modelos convencionais, entre elas, paredes e teto de compósitos “verdes” – as resinas são derivadas parcialmente de fontes renováveis e recicladas. A novidade também apresenta outras sacadas ambientalmente amigáveis, como o piso, que é de madeira plástica composta por mais de 90% de resíduos de embalagens descartadas. Destaque também para a iluminação natural, captação de energia solar e sistema de reaproveitamento da água da chuva para o cultivo de jardim no teto, entre outros pontos. No início de outubro, a Edra Equipamentos anunciou a criação de uma tecnologia sustentável para a moldagem de peças de compósitos. Denominado RTM-G (Resin Transfer Molding – Glass), o processo combina a injeção de resina no molde com o uso de resíduos pós-consumo de vidro temperado, que atuam como material de reforço no lugar das tradicionais fibras e mantas de vidro. Além de permitir o reaproveitamento do vidro que seria descartado, o RTM-G contempla apenas a utilização de resinas incolores derivadas de fontes renováveis e recicladas. E o catalisador usado na cura ou endurecimento dos polímeros é livre de ftalatos, substâncias consideradas prejudiciais ao meio ambiente. De início, o RTM-G será usado pela Edra Equipamentos para produzir móveis. “Os resíduos de vidro temperado deram um aspecto bastante interessante às mesas e bancadas que produzimos na fase de testes”, comenta Braescher. PS << Outubro de 2012 < Plástico Sul < 49


Reciclagem

Aumenta reciclagem de plásticos pósconsumo no Brasil

A

pesar dos inúmeros entraves enfrentados pela indústria de reciclagem nacional, como o aumento de preço do material reciclado, que gera queda na competitividade em relação a resina virgem, e os altos custos de energia elétrica, a reciclagem de plásticos pós-consumo apresentou crescimento no ano passado. Pesquisa da Maxiquim, consultoria especializada no segmento industrial, desenvolvida com base em 2011, aponta que, no período, foram reciclados no Brasil 21,7% dos plásticos pós-consumo. Ou seja, 736 mil toneladas de plástico que se destinariam ao lixo foram transformadas em novos produtos. Em 2010 a marca foi de 19,4%. A pesquisa é anualmente encomendada pela Plastivida Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos e desenvolvida de acordo com metodologia do IBGE. A pesquisa aponta ainda que no ano, o Brasil registrou 815 recicladoras de plásticos, 52,4% delas no Sudeste, 34,2% no Sul, 8,8% no Nordeste, 3,9% no Centro-oeste e 0,6% no Norte do país. Essas empresas faturaram juntas, em 2011, R$ 2,4 bilhões, frente aos R$ 1,95 bilhão faturado em 2010, ou seja, um crescimento de 23%. Essas empresas geraram 22,7 mil empregos diretos. Mostra também que a região Sudeste foi a que mais reciclou material plástico em 2011 (55,5%), seguida das regiões Sul (27,7%), Nordeste (9,9%), Centro-Oeste (5,4%) e Norte (1,5%). O presidente da Plastivida, Miguel Bahiense, acredita que a educação - a disseminação dos conceitos de consumo responsável, reutilização dos produtos e destinação adequada dos resíduos, entre eles os plásticos - é o canal mais eficaz para que toda a sociedade – população, indústria, poder público – compreenda seu papel em prol da sustentabilidade. “É por meio da educação e do empenho de todos – poder público indústria (produ50 > Plástico Sul > Outubro de 2012 >>

tos e serviços) e população - que vamos conseguir aproveitar melhor os recursos, gerar economia e garantir a preservação ambiental”, afirma o executivo.

Principais apontamentos da pesquisa:

- Os segmentos que mais consumiram plásticos reciclados no ano passado foram Utilidades Domésticas, Agropecuária, Industrial, Têxtil, Construção Civil, Descartáveis, Infraestrutura, Limpeza Doméstica, Eletroeletrônicos, Indústria Automobilística, Móveis e Calçados. - O nível operacional médio da indústria brasileira de reciclagem de plásticos em 2011 foi de 63% da capacidade instalada, que é de 1,7 milhão de toneladas. A pesquisa mostra que esse fator é um reflexo da falta de sistemas de coleta seletiva no Brasil, já que dos 5.565 municípios brasileiros, apenas 443, ou seja, 8% contam com algum tipo de coleta seletiva e que não necessariamente atendem à demanda necessária para o incremento da reciclagem de materiais como um todo. - Outros fatores que ainda limitam um aumento expressivo na atividade, apontado pela pesquisa foram: aumento do preço do material reciclado e consequente queda na competitividade em relação à resina virgem, altos custos de utilidades, como energia elétrica, impedem o crescimento das recicladoras, a baixa qualidade do material que é coletado, a informalidade das empresas, entre outros. - Ainda assim, a posição do Brasil no ranking mundial em termos de índice de reciclagem mecânica de plásticos pós-consumo tem relevante destaque. Suécia (35%), Alemanha e Noruega (33%), Bélgica (29,2%), Dinamarca (24%), Itália (23,5%), Suíça e Reino Unido (23%), Eslovênia (22%) e Brasil (21,7%). A média da União Europeia é de 24,7%. PS


Evento

C

erca de 280 expositores nacionais e internacionais participam de 06 a 08 de novembro de 2012, da sétima edição da FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR - Feira e Congresso Internacionais de Composites, Poliuretano e Plásticos de Engenharia. O evento ocorre no Pavilhão Verde do Expo Center Norte, em São Paulo, SP. São aguardados mais de 14 mil visitantes. A entrada é gratuita para a exposição e todos os eventos simultâneos A FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR mostrará novidades em produtos acabados, matérias-primas e equipamentos para a fabricação de peças em Composites/Plástico Reforçado, Plástico de Engenharia e Poliuretano. Além das novidades dos mais de 280 expositores, de cerca de 30 países, os visitantes podem participar do Congresso Internacional de Composites, Congresso Internacional de Plásticos de Engenharia e do Congresso Internacional de Poliuretano, que serão realizados em paralelo aos três dias de evento. Estima-se que o evento como um todo será visitado por cerca de 15 mil profissionais de toda a América Latina. Simultaneamente à FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR 2012 acontecerão 9 painéis setoriais, que terão o objetivo de

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Feira impulsiona indústria dos plásticos de alta performance na América Latina

apresentar, especificamente, as inovações de Composites, Plástico de Engenharia e Poliuretano para diversos segmentos industriais: construção civil, ambientes agressivos, automotivo, aeroespacial, energia eólica, isolamento térmico, náutico, espumas flexíveis e sustentabilidade (reciclagem e matérias-primas de fontes renováveis). Outro evento paralelo são as demonstrações técnicas gratuitas, realizadas nos três dias com o objetivo de apresentar, na prática, as performances de matérias-primas, equipamentos e processos em composites e poliuretano. Entre as novidades, esta edição do evento traz a Compocity, uma cidade de

composites organizada pela Almaco – Assoc. Latino-americana de Compósitos; um seminário específico sobre as normas ABNT série 15708; o primeiro seminário, no Brasil, da Sampe - Sociedade para o Avanço de Materiais e Engenharia de Processos; e a iniciativa de auxiliar as empresas transformadoras de composites a inovar para crescer. A FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR é organizada pela Administrador de Eventos, que pertence ao Grupo ArtSim, e que também publica a Revista Composites & Plásticos de Engenharia e a Revista Poliuretano - Tecnologia & Aplicações. Mais informações: www.feiplar.com.br PS

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Fornecedores Deb’Maq destaca máquina de seu portfólio com garantia de precisão

Com 15 anos de tradição, a Deb’Maq é reconhecida por sua completa linha de produtos de qualidade para garantir total satisfação ao cliente. Com certificação ISO 9001, a empresa acredita no desenvolvimento de seus profissionais e isso impulsiona a indústria a patamares cada vez mais altos no mercado, sendo destaque absoluto por onde passa. Com um espaço com 30.000m², a empresa está dentro dos mais altos padrões de engenharia, arquitetura e estrutura do país. Graças a isso, a fábrica tem a garantia de comercializar produtos como o Centro de Usinagem Skybull MCV-L850, vertical, com guias lineares, estrutura sólida e compacta, que oferece versatilidade operacional e garantia de precisão e repetibilidade, a máquina é referência no mercado de usinagem no Brasil. Além disso, o produto conta com transportador de cavacos tipo parafuso, partes principais fundidas em Meehanite e carenagem com portas amplas para visualização das operações.

Impressoras 3D da Objet aumentam competitividade da indústria brasileira

Empresa israelense de alta tecnologia, a Objet é líder no segmento de impressoras 3D. Engenheiros, projetistas e designers utilizam a tecnologia Objet gerar protótipos 3D de produtos ou objetos sendo desenvolvidos. Extremamente exatos e também funcionais, os protótipos criados com a tecnologia Objet podem passar por vários testes – inclusive funcionais. Todas as impressoras da Objet trabalham com injeção de resina. Conforme informações da empresa, o "jet" de Objet vem daí – um jato de resina que irá, micro camada por micro camada, criar um sólido em 3D com excelente acabamento. A base desta tecnologia é a mesma para todas as máquinas Objet. A Objet Brasil é liderada por Renata Sollero e seu distribuidor é a Anacom. A Anacom, além de distribuir os equipamentos, também oferece as resinas usadas pela impressora para gerar os protótipos em 3D. No Brasil, a Objet tem clientes nas principais verticais de mercado, como indústria automobilística, indústria plástica, indústria aeronáutica e, também, em grandes centros universitários que formam os engenheiros e projetistas do futuro. Completa e flexível, a linha de soluções Objet vai das compactas impressoras Objet Pro até seu topo de linha – a família Objet Connex. As empresas que trabalham com a linha Objet Connex têm a possibilidade de trabalhar com resinas multimateriais. Os materiais de impressão são desenvol52 > Plástico Sul > Outubro de 2012 >>

vidos em laboratório pela própria Objet. A linha Connex chega a usar até 107 materiais diferentes para imprimir o sólido. A cada impressão, é possível combinar até 14 materiais diferentes. A impressão do protótipo em 3D na Connex é feita por fases - dois materiais de cada vez, injetados em partes diferentes do sólido. Embora a impressão 3D a jato de tinta seja conceitualmente semelhante à impressão 2D, na verdade o material jateado é um polímero, e não tinta, e a superfície da impressora move-se para baixo à medida que o modelo "cresce" na bandeja de montagem. Um dos aspectos mais impressionantes desse tipo de técnica aditiva é sua capacidade de jatear materiais diferentes com propriedades diferentes em peças montadas de forma homogênea. Com a linha Connex, um carrinho de brinquedo pode ser impresso com propriedades semelhantes à borracha para as rodas e um chassi rígido, impresso em resina rígida. E as rodas giram de verdade, sem nenhuma necessidade de montagem. Ao tirar o carrinho do interior da impressora, ele está pronto para rodar. “Graças à tecnologia Objet, os designers e engenheiros de produtos agora podem abandonar os tediosos ciclos de prototipagem que costumavam demorar semanas ou meses. O resultado da impressão 3D é um processo de prototipagem mais rápido e simples, que sempre resulta em um melhor produto final. E um melhor produto final resulta numa indústria mais competitiva e num Brasil cada vez mais capaz de ganhar mercados globais” aponta a empresa em nota divulgada à imprensa.


Dilutec assume distribuição de equipamentos da alemã Büffa

A Dilutec assumiu a distribuição exclusiva no Brasil dos equipamentos da tradicional empresa alemã Büfa. Fabricante de thinner, gelcoat e distribuidora de matérias-primas para o setor de compósitos, a Dilutec vai fornecer gelcoateadeiras e laminadoras spray-up, além de estações compactas de serviço – são máquinas que efetuam automaticamente a dosagem de catalisador na resina. “Forneceremos aos moldadores de compósitos equipamentos reconhecidos mundialmente pela excelente performance e confiabilidade”, afirma Evair Tozzi, diretor da Dilutec. Ao longo do primeiro

H3 Polímeros oferece solução em logística reversa

Antenada às exigências da Política nacional de resíduos sólidos (PNRS), a H3 Polímeros oferece uma solução completa em logística reversa, pilar da legislação que institui responsabilidades a todos os integrantes do ciclo de vida dos produtos. A empresa detém uma tecnologia patenteada para produção de polímeros primeuse de NYLON e POLIÉSTER, exclusiva neste segmento, no processamento de Polímeros de Nylon (H3NYL), 6 e 6.6. e Poliéster (H3PES), que retornam ao processo industrial através de um ciclo completo de logística reversa. A linha H3NYL – POLIAMIDA é para polímeros de nylon 100% - 6 e 6.6 branco, natural e preto, além de compostos, como fibra de vidro, carga mineral, lubrificante, antichama, etc. Já a linha H3PES – POLIÉSTER é para polímero de poliéster 100% branco e colorido. Além de uma solução completa de fornecimento de polímeros de NYLON e POLIÉSTER, a H3 Polímeros retira esses subprodutos das empresas, parte fundamental da PNRS. O ciclo da H3 Polímeros é composto por triagem manual - descontaminação patente H3 – moagem - compactação para pré-secagem - peletização com corte especial. O processo tem como características ser 100% sem contaminantes, umidade bai-

ano, Tozzi estima que a Dilutec consiga negociar ao menos 40 unidades. “Há uma demanda crescente no mercado brasileiro por máquinas modernas, compactas e com baixo índice de manutenção, principais características das linhas montadas pela Büffa”. Um dos exemplos é a gelcoateadeira ES1, simples de trabalhar e ideal para a aplicação de gelcoat em peças pequenas e médias, de 1 a 3 m². Com um volume por ciclo de 27 ml, a ES1 pode ser usada, por exemplo, em reparos de piscinas e embarcações. Já para as peças maiores, os moldadores têm à disposição o modelo GSU 6-C, cujo volume por ciclo é de 100 ml. Ambas as gelcoateadeiras são fornecidas com a pistola de projeção Century, do tipo airless e notadamente robusta.

xa; umidade baixa 100% controlada; pellets 100% padronizados; cor padrão; produto final sempre igual e 100% confiável. As vantagens são visíveis e atingem toda a cadeia: um processo de inovação tecnológica; redirecionamento de resíduos sólidos dos aterros sanitários para uso na Indústria; geração de empregos e receita em cima de resíduos sem valor comercial; utilização de tecnologia de ponta em um setor secundário da economia; geração novas frentes em função de patente e tecnologia de origem nacional; inclusão social na reciclagem por geração de empregos; responsabilidade social e sustentabilidade; disposição e tratamento adequado de resíduos sólidos; certificação e suporte ao fornecimento do Cadri; logística reversa em sua plenitude; e preços competitivos em relação ao mercado. A solução H3 de logística reversa representa um ganho de competitividade para as empresas devido ao menor custo do produto em relação aos polímeros virgens, porém com o padrão H3 PRIME de qualidade e repetitibilidade. Uma solução para as demandas de sustentabilidade da sociedade/ clientes e da legislação brasileira. O escritório da H3 Polímeros fica na capital paulista e a fábrica em Bom Jesus dos Perdões, interior de São Paulo. Saiba mais: www.h3polimeros.com.br. << Outubro de 2012 < Plástico Sul < 53


Institucional

Industrial Edilson Deitos assume a presidência do Sinplast

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Nova diretoria para o triênio 2012-2015 assume o Sindicato no mês de novembro.

O

industrial Edilson Luiz Deitos, fundador da empresa Zandei Indústria de Plásticos Ltda, assume a presidência do Sinplast (Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do RS) no triênio 2012-2015. Deitos, que atuava como diretor da entidade na gestão 2009-2012, assume a cadeira até então ocupada pelo industrial Alfredo Schmitt. Formado em Administração de Empresas e Administração Pública pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Deitos é também membro do Grupo Temático de Energia da FIERGS, do Conselho de Consumidores da RGE, do Conselho Fiscal da Câmara de Indústria e Comércio (CIC) de Guaporé e integrante da direção do Hospital de Guaporé. "O desafio frente ao Sinplast é grande para manter as conquistas já alcançadas e continuar trilhando em busca do crescimento do Sindicato e, consequentemente, das indústrias do setor plástico no Rio Grande do Sul", diz Deitos, que na gestão 2009-2012 atuou como coordenador do Comitê de Energia Elétrica do Sinplast, que visa alertar os industriais do setor sobre a importância da gestão energética para a competitividade das empresas. A nova diretoria do Sinplast, que assume formalmente no mês de novembro, seguirá trabalhando com uma moderna estrutura de gestão, a qual conta com comitês autônomos, que incluem temas como sucessão familiar, reciclagem energética do plástico, sustentabilidade, questões trabalhistas e tributárias, entre outros. "O Sinplast é mais do que um Sindicato patronal. Trabalhamos pelo desenvolvimento do setor e pela maior competitividade das indústrias de transformação", comenta Deitos. Sobre o Sinplast: o Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do Rio Grande do Sul (Sinplast/RS) completou, em 2012, 30 anos de fundação e tem o objetivo de congregar e fortalecer as empresas gaúchas do setor plástico. Atualmente, reúne mais de 700 empresas da terceira geração do setor plástico do Rio Grande do Sul. Outras informações podem ser obtidas pelo site www.sinplast.org.br. PS


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Bloco de Notas

Novo diretor comercial da Ashland na América do Sul

José Armando Aguirre é o novo diretor comercial na América do Sul da Ashland Performance Materials (APM), unidade de negócios da Ashland Inc. (NYSE: ASH). Ele substituiu Andrew Beer, que retornou aos EUA como vice-presidente global de marketing e desenvolvimento de mercado da APM. “Fiquei muito feliz em passar quase três anos no Brasil, onde o mercado de compósitos é bastante dinâmico e desafiador. Com a chegada de um profissional com as credenciais de José Aguirre, a APM reitera o seu compromisso de apoiar o crescimento da indústria brasileira”, afirma Beer. Desde 1991 na corporação, Aguirre atuou nos últimos anos como diretor da Ashland Water Technologies (AWT). Engenheiro químico formado pela Universidade Federal da Bahia, é pós-graduado em processos petroquímicos pela Universidade de Bologna, Itália. “A APM tem hoje um posicionamento sólido no mercado sul-americano de compósitos, o que favorece as nossas aspirações de crescimento. Para 2013, nossos maiores desafios serão interpretar as necessidades dos diferentes segmentos a que servimos e respondê-las com a maior agilidade possível, seja a partir do lançamento de novos produtos, aumento da capacidade produtiva e expansão das equipes de venda e assistência técnica”, comenta Aguirre. A propósito, Aguirre informa que a APM já deu início ao processo de compra de ativos que aumentarão em 25% a capacidade produtiva da unidade de Araçariguama (SP), onde são produzidas resinas poliéster e éster-vinílicas. “Com isso, mostramos mais uma vez que o Brasil é um país de investimentos prioritários para a Ashland”, conclui. Para mais informações, acesse www. ashland.com.br 56 > Plástico Sul > Outubro de 2012 >>

ABIMAQ e IPT debatem serviços de bionanomanufatura para as empresas

O Conselho de Tecnologia da ABIMAQ, coordenado pelo vice-presidente Celso Vicente, reuniu-se para debater com o Instituto de Pesquisa Tecnológica (IPT), novos modelos de negócio para a prestação de serviços de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) às empresas do setor. O Diretor do recém-criado Núcleo de Bionanomanufatura do IPT, Álvaro José Abackerli, apresentou vídeo institucional das realizações do instituto na área de inovação, as competências do Núcleo sob sua direção nas áreas de biotecnologia, nanotecnologia, microtecnologia e metrologia de ultraprecisão, e também o sistema de financiamento para projetos inovadores, promovido pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Abackerli destaca que “o IPT deseja ser o centro de P&D das empresas que não possuem uma estrutura própria para isso”. Na avaliação de Celso Vicente, “a apresentação do IPT no Conselho de Tecnologia da ABIMAQ reforça nossa crença de que as duas instituições têm muito a colabo-

rar entre si, em benefício das empresas fabricantes de máquinas e equipamentos”. Para João Alfredo Delgado, presidente do IPDMAQ e Diretor Executivo de Tecnologia da ABIMAQ, “hoje muitas empresas estão sozinhas no processo de criação de um novo produto, e não possuem a estrutura de P&D necessária. Contar com o IPT nesse desenvolvimento, e conseguir o apoio de recursos públicos para custear isso é uma forma de reverter esse quadro”. Uma das conclusões da 8ª Reunião do Conselho de Tecnologia foi sobre a importância de a ABIMAQ conhecer as necessidades das empresas em P&D, para viabilizar um diálogo contínuo com o IPT. Segundo Anita Dedding, Secretária Executiva do IPDMAQ, “o Monitoramento IPDMAQ da Inovação será um dos próximos grandes serviços que o Sistema ABIMAQ prestará às empresas. Estamos desenvolvendo uma ferramenta que coletará dados de forma simples, segura, através de um site amigável, e devolverá análises para cada empresa sobre o desempenho dela em inovação, comparado com o restante do setor. Este diagnóstico vai ajudar a ABIMAQ a conhecer melhor a demanda das empresas fabricantes de máquinas e equipamentos em inovação”.

Polinox conquista Top of Mind de Compósitos

Pelo segundo ano consecutivo, a Polinox conquistou o Top of Mind da Indústria de Compósitos na categoria “Catalisadores” – ficou entre as finalistas em “Desmoldantes” pela primeira vez. Organizada pela Associação Latino-Americana de Materiais Compósitos (ALMACO), a cerimônia de premiação aconteceu ontem, em São Paulo, e reuniu cerca de 300 pessoas. “Parabenizo a ALMACO pela seriedade com que conduz o Top of Mind, único prêmio do setor brasileiro de compósitos que conta com uma auditoria independente. E quero fazer um agradecimento especial aos nossos clientes. Saibam que continuaremos trabalhando para atender da melhor forma possível a todas as suas expectativas”, afirmou Roberto Pontifex, diretor da Polinox. Maior fabricante de catalisadores e ceras desmoldantes da América Latina, a Polinox opera um complexo industrial em Itupeva, no interior de São Paulo, com capacidade para a produção mensal de 300 toneladas de catalisadores – marcas Brasnox, Perbenzox e TecnoxSuper – e 20 toneladas das ceras TecGlaze. Além da plena garantia de fornecimento aos seus mais de 2.000 clientes ativos, entre eles, os líderes do setores de construção civil, transporte, infraestrutura, corrosão e náutico, a Polinox detém o maior portfólio de catalisadores da região. São mais de 40 formulações divididas entre MEKP, BPO, AAP, TBPB, CHP e blendas, o que garante total liberdade para o moldador escolher o produto que melhor se ajusta ao seu processo. Certificada conforme a norma de qualidade ISO 9001, a Polinox é uma das poucas empresas da cadeia produtiva global de compósitos que também conta com a certificação ambiental ISO 14001.


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Simplás presente em missão a Cuba

O Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho – Simplás esteve presente de 2 a 4 de novembro, em uma missão governamental, institucional e empresarial do Rio Grande do Sul à República de Cuba. Representaram o Sindicato, os diretores Lourenço Stangherlin e Ricardo Polo. De acordo com Stangherlin, o objetivo da missão foi aproximar compradores de Cuba do mercado da Serra Gaúcha, em especial o do segmento plástico, e oferecer aos associados do Sindicato as oportunidades que ele está tendo. “Muito do que produzimos aqui falta lá, então o objetivo foi conhecer o mercado daquele país, trocar informações e com isso aproximar o Brasil de Cuba, já que o Rio Grande do Sul tem muito potencial”. Conforme o diretor, a importância da missão está primeiramente em conhecer

a relação que o Brasil tem com Cuba. Segundo, em conhecer o mercado daquele país e as oportunidades para a venda de produtos, troca cultural e de tecnologias, e instalação de indústrias, que promete ser ampliada. “O Rio Grande do Sul é o Estado que mais tem oportunidades em Cuba nesse momento, muito pela sua indústria em desenvolvimento e em decorrência da nova política daquele país de abertura de serviços”, destaca. Sobre a experiência, o diretor ressalta o conhecimento sobre o Porto de Mariel, local estratégico para a exportação para outros países, que possibilitará além do

desenvolvimento do país, o do Brasil, que tem preferência no mercado da região. Para Ricardo Polo, o objetivo da missão foi uma maior participação de empresas do Rio Grande do Sul, na Feira La Havana, divulgando o estado e o que aqui se produz, e ainda, como mencionado por Stangherlin, a visitação ao Porto de Mariel, do qual o Brasil é um parceiro na construção e que se tornará um ponto estratégico para o comércio no mar do Caribe. A experiência de visitar o país, segundo ele, foi muito interessante, na medida em que Cuba ficou com um mercado fechado por muito tempo, e agora começa a abri-lo para o mundo. “Há uma necessidade de consumo do povo muito grande. Lá tudo ainda é muito controlado. Na agricultura para se ter uma ideia existe mais de 100 mil juntas de boi para o trabalho, internet a população comum não tem acesso, o povo depende do governo para quase tudo”, observa.

Plast Mix

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Activas / Página 11 Apema / Página 31

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Anunciantes

Caxias do Sul (RS)

ARCR / Oyster / Página 29 AX Plásticos / Página 54 Brasfixo / Página 39 Braskem / Página 27 CEB / Página 51 Chiang / Página 18 Deb’Maq / Página 13 Detectores Brasil / Página 36 Digitrol / Página 57 Feiplastic / Página 33 Fibrasil / Página 46 Furnax / Página 17 Geremia / Página 50 Haitian / Página 21 Incoe / Página 35 Innova / Página 60 Matripeças / Página 54 Mecanofar / Página 57 Mega Steel / Páginas 02 e 03 Metalúrgica Expoente / Página 41 Multi União / Página 43 Nazkom / Página 43 NZ Cooperpolymer / Página 38 Pavan Zanetti / Página 23 Plastech Brasil / Página 37 Radial / Página 38 Rosciltec / Página 57 Sandretto / Página 19 Seibt / Página 41 Shini / Página 15 Sociesc / Página 05 Trausi / Página 32 Villares Metals / Página 07

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Agende-se para 2012 Mercopar - Feira de Subcontratação e Inovação Industrial De 18 a 21 de outubro Centro de Feiras e Eventos Festa da Uva Caxias do Sul (RS) www.mercopar.com.br

Powergrid Brasil – Feira e Congresso de Energia (consumo eficiente) 27 a 29 de novembro Centreventos Cau Hansen – Joinville (SC) www.powergridbrasil.com.br


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60 > Plรกstico Sul > Outubro de 2012 >>


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